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Igreja e Religião - Tópicos especiais Irisomar Fernandes Silva Bel em Teologia Especialista em Ensino Religioso Mestre em Ciências das Religiões Licenciado em História

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Page 1: Irisomar Fernandes Silva Bel em Teologia Especialista em Ensino Religioso Mestre em Ciências das Religiões Licenciado em História

Igreja e Religião - Tópicos especiais

Irisomar Fernandes SilvaBel em TeologiaEspecialista em Ensino ReligiosoMestre em Ciências das ReligiõesLicenciado em História

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Tanto no Paraíso quanto na Cidade Santa não há templos. No Paraíso a religião ainda não é necessária, e na Cidade Santa ela deixou de ser necessária. A religião é a memória de uma unidade perdida e a nostalgia por um futuro de reconciliação. Por isto a religião pressupõe sempre, sob as camadas superficiais de felicidade e paz que ela proclama, um eu irreconciliado com o seu destino.

(R.Alves)

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É importante entender que ao falarmos em religião, não estamos necessariamente nos referindo a um seguimento específico, nem tão pouco a um ou outro dogma. Pensar religião, é ir além de todas as possibilidades expostas no mercado, nos balcões da fé.

Religião

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Podemos crer de forma livre que é a religião uma “abstração”, e que materializando-se recebe formas e cores diferentes, de acordo com a cultura, língua, símbolos e, logicamente, com seus arquétipos. Os deuses e demônios, o santo e o profano são frutos do inconsciente coletivo, um legado cultural que se desenvolveu no decurso da história social de cada povo.

Abstração?

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Mas, o que é a religião? Como podemos compreendê-la em meio a tantas discrepâncias de informações e tantas nuances comportamentais advindas da diversidade de crenças e credos?

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Segundo Usarski (2007), a religião pode ser compreendida sob a égide de quatro elementos, a saber:

1º) Sistemas simbólicos e peculiares; 2º) Para o religioso, ela é a subjetividade do

transcendente (algo e maior e mais poderoso). Neste caso, a alteridade;

3º) As dimensões da fé, a instituição, os ritos, a experiência religiosa e a ética;

4º) As religiões alimentam esperanças do ser religioso, exercendo tarefas individuais e comunitárias, inclusive na dimensão política.

O que é religião?

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Religião: Crença no direito à salvação, está ligada a uma tradição de fé, crê na transcendência, na Alteridade.

Espiritualidade é aquilo que produz mudança interior no ser humano. São qualidades do espirito humano como: amor, caridade, misericórdia...

Para Dalai-Lama, a religião e a espiritualidade são coisas distintas, vejamos as diferenças:BOFF, Leonardo, Espiritualidade, p 21, sextante 2001.

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Creio que a religião está fundamentada sobre quatro pilares, esses logicamente são subdivididos, ganhando múltiplas cores e formas. São eles:Cultura e SociedadeMitos e ritosFenômeno religiosoSagrado e Profano

A religião e seus pilares

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É tudo aquilo que divinizamos (...) São considerados sagrados, a própria divindade (Deus ou deuses), também os seres ligados diretamente a ela, como os anjos, etc. (...) podemos identificar como sagrados coisas como, (o pão e o vinho oferecidos em sacrifício nos ritos cristãos da missa ou do culto), objetos (cálice, altar, roupas, bíblia, ícones, etc.) Lugares (templos, igrejas, sinagogas, montanhas, cidades, etc.), pessoas (profetas, sacerdotes, etc.), também existem outros tipos de coisas sagradas bastante curiosas como: árvores, pedras, o sol, a lua, etc.

Dom Dilermando Lima, FSNJ às 16:47 - http://ensinoreligioso1.blogspot.com.br/2012/06/o-sagrado-e-o-profano.html

O santo, o divino

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(...) nas primeiras décadas do século XX, os psiquiatras e, sobretudo, os antropólogos, na contingência de rever seus próprios conceitos de normal e anormal. Tornou-se patente que: 1º) comportamentos tidos como anormais em nossa cultura são considerados normais em outras; 2º) há certos tipos de anormalidade peculiares a determinadas culturas e 3º) comportamentos considerados normais em nossa cultura são anormais para outras.

Influências da Religião sobre a Saúde Mental, 2009, p 25

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A questão é que religiões semelhantes, tornam-se discrepantes quando se trata de sagrado e profano sem considerar os fatores culturais, pois o santo de um, pode ser o profano de outro. Os deuses e santos de uma religião, podem ser os demônios para as outras, variando obviamente de cultura para cultura, de credo para credo.

Pluralismo

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O problema “surge” quando religiosos ofertam uma vida impossível de ser alcançada, onde o fiel deve abrir da vida, da cultura adquirida no ethos, para buscar uma perfeição que nunca alcançará. Isso certamente trará sérios prejuízos mentais, pela culpa de não conseguirem realizar o irrealizável.

Religião e ethos.

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Os conflitos aumentam consideravelmente quando a religião se apresenta como obstáculo familiar. Por exemplo: Um católico que resolve mudar de denominação tornando-se “crente” e arrasta com a decisão tomada a oposição da família. Da mesma forma, um indivíduo criado nas práticas religiosas tradicionais que resolve assumir uma nova opção sexual, em detrimento da fé e crença familiar. Tais indivíduos carregarão o peso conflitivo, tanto interno como externo

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Como afirmou o Apóstolo Paulo, faço as coisa que não quero e não consigo fazer as coisas que quero.

É neste contexto que na oração Nietzschiana, o mesmo se demonstra em pleno conflito.

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Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu olhar para frente, uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti na direção de quem eu fujo. A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares festivos para que, em cada momento, tua voz me pudesse chamar. Sobre esses altares estão gravadas em fogo estas palavras:’ Ao Deus desconhecido’. Teu sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo. Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servir-te. Eu Te quero conhecer, desconhecido. Tu, que me penetras a alma e, tal um turbilhão, invades minha vida. Tu ó incompreensível, mas meu semelhante, quero Te conhecer, quero servir só a Ti

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“Sempre existiram demônios e poderes, e não nos compete criá-los, nem precisamos fazê-lo”. A única tarefa que nos cabe é escolher o ‘senhor’ a quem desejamos seguir, para que esse serviço nos proteja dos ‘outros’, que não escolhemos. “Deus não é criado, mas escolhido”.

Pg 92 – Jung –Psicologia e religião

A relação psicanálise e religião

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Se resolvermos escolher coisas diferentes das pré-estabelecidas pela família, pela sociedade ou pela religião, abriremos mão de preceitos fundantes de nossa formação moral, por outro lado, o conflito se instala também por deixar de fazer as coisas que desejamos por nós mesmos.

Religião e escolha

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Jung deixa a impressão de que ainda que escolhamos algo diferente do que realmente queremos ou acreditamos, os antigos sentimentos continuarão a fervilhar dentro em nós. Os preceitos familiares e religiosos deixam marcas indeléveis no ser humano, e essas, por serem inapagáveis o acompanharão em quanto este viver

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A questão é, sem Deuses e demônios, quem poderia levar as culpas de nossos erros e sandices? Ou, a quem recorreríamos diante de nossas impotências e incapacidades? Ou ainda, no caso da Alteridade transcendente, a quem transferir nossas esperanças diante dos desesperos frequentes

Escolhas

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“Tempo, Espaço e Morte” (Bitencourt, 2009).

Sem as transferências geradoras de esperanças, como nosso cérebro agiria? Suportaria? Creio plenamente que o ser humano necessita de seus deuses e demônios para viverem melhor. E tentar superar suas limitações absolutas

Religião e as limitações absolutas

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Construções teológicas Rituais Crenças Liturgias e homilias Hinologias ... Fé e esperança no porvir...

As teorias ganham formas e cores, em pedras e vitrais...

Os edifícios teóricos das religiões

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Como legado da “demonizaçao evangelística”, as religiões nativas passaram a ser tidas como coisas do diabo, do mal, mas das quais os “mouros” poderiam ser libertos por meio da excelência europeia, por meio da educação, da arte e da cultura. Uma ambivalência foi estabelecida, e desta vez não se tratava simplesmente de bem ou mal. Mas de domínio e dominados. Agora, a “religião dos brancos e nobres” sobrepunha-se às crenças de negros, nativos e silvícolas.

RELIGIÃO NO BRASIL

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1) A Primeira Missa

Em 22 de abril de 1500 chegava 13 caravelas liberadas pelo Pedro Alves Cabral. No dia 26 de abril foi celebrada a primeira missa no Brasil. O Ministro foi o Frei Henrique de Coimbra.

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“A igreja era ligada ao Estado no Reino de Portugal. O catolicismo romano era a religião oficial. Portugal era considerado um Estado fidelíssimo em relação a Roma. Em consequência lhe era outorgado certos poderes sobre o clero local, na figura conhecida como padroado. Portugal havia recebido de Roma por meio de bula papal, o seu reconhecimento de soberania e direito divino de sua dinastia”. (Robinson Cavalcanti, 1985 p171).

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Ainda segundo Cavalcanti, neste período era o colegiado eclesiástico totalmente intolerante que julgava as questões como: heresias, e outras expressões ameaçadoras para a Igreja e o Estado. Os hereges eram condenados à morte no pleno fervor da contra reforma. A ordem, a paz e a unidade religiosa deveria ser mantida se preciso fosse pelo poder das armas. Ser batizado neste período era um sinônimo de direito de cidadania.

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(...) por essa razão tanto as guerras contra os indígenas para conquista do território como as sucessivas guerras para expulsão dos franceses e holandeses, assumem sempre uma tônica de cruzada ou guerra santa. Dentro desse contexto, os índios eram considerados mouros ou gentios, ou inimigos da fé; e os franceses e holandeses como hereges ou calvinistas. Vencê-los e expulsá-los era para os portugueses uma missão política e religiosa ao mesmo tempo.

AZZI, Riolando, 23

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Com o desenvolvimento temporal. Vieram novas articulações políticas, alianças entre protestantes e maçonaria, que gerou uma impulsão no contexto religioso e comercial. Surgiram templos suntuosos, com torres imponentes, vitrais carregados de teor artístico, e através deles se demonstravam as forças igrejeiras, quanto maiores e mais imponentes, mais força e poder.

MENDONÇA, Antônio Gouveia de. O Celeste Porvir , 1995, p 26

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Um importante fator para o avanço do protestantismo brasileiro foi a adesão de José Manoel da Conceição, um sacerdote, padre católico romano que em setembro de 1864 enviou uma carta ao Bispo D. Sebastião Pinto do Rego, renunciando ao sacerdócio católico e à Igreja católica. Segundo Mendonça 1984, p 84. O motivo da renuncia teria sido o contato com a Bíblia e suas convicções de ser a Bíblia a Palavra de Deus e a negação de algumas doutrinas romanistas.

JMC

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“Conceição recusou exercer o pastorado em igrejas locais ou urbanas. Visitava zonas rurais, estabelecendo aqui e ali novos núcleos protestantes. Enfatizava em suas mensagens a necessidade de uma aproximação sentimental com Deus. Esse pioneiro morreu em 1873, durante uma de suas viagens entre o Rio de Janeiro e São Paulo, vitima do cansaço, insolação e fraqueza”.

(Gutierréz e Campos, 1996 p 83)

J.M.C “O PADRE PROTESTANTE”

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As novas demandas humanas certamente influenciaram e continuam influenciando o comportamento social. Às necessidades financeiras e sociais, a insatisfação e o sentimento de fracasso, o stress, a depressão e muitas outras formas externadas de sofrimentos passaram a fazer parte de um novo mundo religioso, agora desencantado, mas ainda religioso.

Desencantamento

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No período atual, os valores líquidos estão cada ver mais exacerbados e sólidos mais distantes

Temos uma variedade de expressões religiosas, inclusive cristãs que não “se comunicam” nem “fala a mesma língua”.

Graças a liberdade religiosa e de expressão...

Hiper-modernade

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JESUS E OS 12:

Mateus 10:2-4: “Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu”.

A Igreja

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εκκλησία = Assembléia, ajuntamento, congregação.

Poderia ter a conotação religiosa, política, poética, filosófica. No AT era o ajuntamento santo do povo de Israel.

Mateus 16.18 – “...Edificarei a minha Igreja...”

Igreja (do grego εκκλησία [ekklesia] e latim ecclesia)

A IGREJA CRISTÃ! O QUE É E COMO DEFINÍ-LA?

O que é?

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É o ajuntamento ou a assembleia dos que se dedicam a seguir a Cristo. Ou, os que decidem ser discípulos de Cristo. Cristo, Jesus, o judeu de Nazaré, filho de José e Maria.

A igreja cristã nasce com as pregações do próprio Cristo, mas que, no entanto, não fundou ele mesmo uma nova entidade religiosa;

A proposta de Jesus foi de re-humanizar o homem, devolvendo-lhe a visão perdida ou deturpada do que realmente é comunhão com Deus. (Amor, fraternidade, perdão, humildade, justiça, esperança, oportunidade...)

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“O nome do cristianismo remonta ao pregador itinerante judeu de Nazaré. Sua origem na Palestina, há cerca de 2.000 anos, é relatada nos escritos do Novo Testamento, a Bíblia Cristã. Depois que ele foi crucificado, seus discípulos/as passaram a venerá-lo como filho de Deus ressuscitado, e chamaram-no Jesus, o Cristo. Atualmente o número de adeptos/as da fé cristã é avaliado em cerca de dois milhões. Cristãos/ãs de diferentes confissões, igrejas, seitas e movimentos são encontrados em todos os continentes. O número dos cristãos crentes no Brasil ultrapassa hoje 152 milhões”.

(Burkhars Scherer 2005

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Acredito que Jesus referiu-se não a Pedro, mas, a sua afirmação onde Pedro diz “Tu és o Cristo, Filho de Deus” – por que creio nisso? A resposta é simples.

MT 21.42 “A PEDRA QUE OS CONSTRUTORES REJEITARAM, TORNOU-SE A PEDRA ANGULAR”

At 4.11 “Jesus é a pedra angular” I Cor 10.1-4 “beberam da mesma fonte espiritual;

Porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo”

Ef 2.20 “fundamento dos apóstolos...ele mesmo, Cristo Jesus, pedra angular”

I Pe 2.6-7 “...essa veio a ser a principal pedra angular...”

JESUS, a pedra angular da Igreja?

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Cristo = Português

"Ungido" = Grego- Χριστός (Khristós) O termo grego, por sua vez, é

uma tradução do termo Hebraico: Messias יחpמש ( Māšîaḥ.

A palavra "Cristo" (em grego Χριστός, Christós, "O Ungido" ou "O Consagrado") é uma tradução para o grego do termo hebraico mashiach.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristo

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A palavra hebraica para ‘ele salvará’ [...] assim o nome do Messias é explicado com base naquilo que ele vai fazer. Etimologicamente, o nome yeshua’ é uma contração do nome hebraico y`hoshua´ (em português ‘Josué’) que significa ‘YHVH salva’. Também é a forma masculina da palavra hebraica ‘yeshu`ah’, que significa ‘ salvação”. (Stern, 2008 p 29)

Jesus - Josué.

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“Ele também conheceu necessidades terrenas, ele teve fome no deserto, ele teve sede na cruz. Ele também conheceu a pobreza. Ele não tinha onde pousar a cabeça. Sua alma estava cheia de tristeza até a morte. Na verdade ele experimentou toda tristeza humana mais dolorosamente que qualquer ser humano, ele que no fim mesmo foi abandonado por Deus – quando carregou todo pecado do mundo. Mais ainda, ele não é apenas nosso guia espiritual; ele é também nosso salvador. Ele não apenas compreende toda sua tristeza mais do que você mesmo a entende, mas ele quer tomar-te o fardo e dar repouso à tua alma”

(R.G. Quadros, 2006 p 16)

O Cristo histórico - (Kierkegaard Sec 19)

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“Depois de Yeshua ter nascido entre 8 e 4 ‘a.E.C’. A razão pela qual ele nasceu ‘a.C’ (‘antes de Cristo) é que Dionisius Exiguus, o monge do século VI que estabeleceu o calendário moderno, cometeu um erro ao determinar a data que não foi corrigida até tempos depois. Em vez do termo ‘A.D’ (‘Anno Domini’), no ano do Senhor Yeshua), a comunidade judaica normalmente chama esses períodos de ‘E.C’ (‘Era Comum’) e ‘a.E.C’ (‘Antes da Era Comum’), para evitar relacionar as datas explicitamente com o Messias” (Stern, 2008 p 33)

a.C - d.C - a.D, ou ainda a.E.C

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Em Antioquia foram chamados pela primeira vez de cristãos, em alusão ao Cristo que seguiam;

O nome veio como forma pejorativa, uma espécie de apelido por seguirem os ensinos de Cristo;

O apelido pegou, hoje somos cristãos por convicção, reconhecidos, respeitados como tal

Cristão, um apelido que deu certo

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Acredita-se que a primeira onda de perseguição contra os cristãos, deu-se no ano 63 ou 64 (+ ou - )E.C ou A.D

Quem governava neste período era o cruel Imperador romano Nero.

Assim dizem os historiadores: “uma noite do mês de julho do ano acima

citado, os habitantes de Roma foram despertados do sono pelo grito de ‘fogo’! Esta palavra terrível fez-se ouvir simultaneamente em diversas partes da cidade, e dentro de poucas horas a majestosa capital ficou envolvida em chamas”

(Knight e Angelin 1983, p7)

Perseguições

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Constantino I, Constantino Magno ou Constantino, o Grande (em latim Flavius Valerius Constantinus); foi proclamado Augusto (majestade, venerável) por suas tropas em 25 de julho de 306 e governou uma porção crescente do Império Romano até a sua morte.

Constantino e a legitimação cristã

Page 45: Irisomar Fernandes Silva Bel em Teologia Especialista em Ensino Religioso Mestre em Ciências das Religiões Licenciado em História

Antes de Constantino (O imperador romano início do IV século), o cristianismo era representado pela cruz e o peixe.

O imperador criou o cristograma para uma nova representação da religião oficial do império.

São as duas primeira letras da palavra Cristo. Do grego = Chi (χ) e Ró,(ρ)

Χριστός = CRISTO.

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Santidade: Separada por Deus e para Deus, para o serviço de Deus...

Catolicidade: Trata-se da universalidade, está em todo mundo, presente pelas nações variadas mas, mantem-se como a Igreja do Senhor

Unidade: É uma, um só corpo, unidos pelo Espírito Santo de Deus na Pessoa de Cristo para a Glória de Deus

Apostolicidade: É apostólica em sua mensagem. Ou seja, segue a mensagem dos apóstolos...

Os atributos da Igreja

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Fiel ministração da Palavra: Por Igreja Cristocêntrica, fiel à Palavra de Deus

Fiel ministração dos sacramento^: Batismo e ceia, conforma ordenanças de Jesus

Fiel exercício da disciplina: Mantendo o compromisso com o Senhor da Igreja

As Marcas da Igreja reformada

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Presbíteros: Oficial responsável por auxílio pastoral (ancião) Tg 5.14, I Pe 5.2, Tito 1.5, At 14.23 = mesmas funções do Episkopos... Douglas, Vida Nova, 1995, p 1314

Bispos: episcopus (latin)= vigilante, episkopos (grego) = na septuaginta remete a um oficial destinado a zelar pelos serviços do templo (At 17.18, Tito 1.5-7...); Davis, Juerp, 1985 p88

Apóstolos: Pessoa enviada, o enviado, Hb 3.1, Lc 11. 49, 2 Co 8.23, Fp 2.25

Anciões: Altos funcionários entre os judeus Gn 50.7, Dt 27.1, Jz5.11 – pode ser entendido também como ofício de Presbítero na Igreja Cristã – At 15. 2, 4, 6, 22-23, At 16.4, Tito 1.9, Fp 1.1...

Page 49: Irisomar Fernandes Silva Bel em Teologia Especialista em Ensino Religioso Mestre em Ciências das Religiões Licenciado em História

“A palavra presbítero, amplamente conhecida na literatura, é a tradução literal do vocábulo grego PRESBYTEROS (SENIOR, no latim), que é comparativo de superioridade de PRÉSBYS, velho, ou ancião (...)”

Martins, CEP 1985, P 15

Presbítero