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Coimbra, 2010 As novas religiões em Portugal Carla Costa

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Coimbra, 2010  

 

 

As novas religiões em Portugal 

 

 

 

Carla Costa

Coimbra, 2010  

 

 

As novas religiões em Portugal 

 

 

 

Nome: Carla Marisa Sá Costa 

Nº da aluna: 2010148319 

Curso: Sociologia 

Disciplina: Fontes de Informação Sociológica 

Docente: Paulo Peixoto 

Ano lectivo: 2010/2011

Coimbra, 2010  

Índice     1. Introdução ………………………………………………………………………………………………………………  1 

2. O que é a religião? ....................................................................................................... 2  2.1 Características da Religião  ....................................................................................... 2 2.2 Importância da Religião  ........................................................................................... 3 

3. Novas Religiões em Portugal ........................................................................................ 3 3.1 Cristianismo  .............................................................................................................. 4      3.1.1 Ortodoxos  ......................................................................................................... 6       3.1.2 Católicos Romanos  ............................................................................................ 7      3.1.3 Evangélicos  ........................................................................................................ 7       3.1.4 Anglicanos  ......................................................................................................... 7 3.2 Judaísmo  ................................................................................................................... 8 3.3 Islamismo ................................................................................................................. 10      3.3.1 Muçulmanos  ................................................................................................... 11 3.4 Testemunhas de Jeovás ........................................................................................... 11 3.5 Budismo ................................................................................................................... 12 3.6 Hinduísmo ................................................................................................................ 13 4. Religiões no Mundo ................................................................................................... 15 5. Descrição detalhada do processo de pesquisa  ......................................................... 16 6. Ficha de leitura  .......................................................................................................... 18 7. Avaliação de página da internet  ................................................................................ 22 8. Conclusão  .................................................................................................................. 23 9. Referências Bibliográficas .......................................................................................... 24 

 

 

 

Anexos: Anexo A (Página da Internet) 

                Anexo B (Texto de suporte da ficha de leitura)

Novas religiões em Portugal 

1    

1. Introdução  

No  âmbito  do  regime  de  avaliação  contínua,  da  cadeira  de  Fontes  de Informação  Sociológica,  da  Licenciatura  em  Sociologia,  foi‐nos  proposto  que escolhêssemos  entre  quatro  temas,  o  tema  que  iria  incidir  o  trabalho  de avaliação contínua. 

De entre esses quatro temas, escolhi “Novas Religiões em Portugal”.  

Escolhi este tema porque foi o que me pareceu mais indicado e aquele em que encontrei melhores resultados após uma pesquisa simples sobre todos os temas propostos.  

A minha pesquisa baseou‐se em revistas científicas, artigos,  livros requisitados na Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e páginas da  internet  que  continham  informação  sobre  os  temas  que  pretendia desenvolver. Neste trabalho intitulado “Novas religiões em Portugal”, optei por desenvolver  o  tema  central,  das  novas  religiões  em  Portugal,  abordando separadamente  o  tema  religião,  o  tema  religião  em  Portugal,  e,  conforme  a constituição daquelas que  são  as novas  religiões  em Portugal,  fui  elaborando informação sobre cada religião separadamente. 

A página da  Internet que  escolhi para  ser  avaliada,  foi  a página  intitulada de “Lisboa Religiosa”, visto que é uma página oficial da câmara municipal de Lisboa, que aborda as religiões mais  importantes em Portugal, como o Cristianismo, o Islamismo,  o  Judaísmo  e  o Hinduísmo.  Esta  informação  foi‐me  útil  para mais tarde  elaborar  a  informação  de  cada  religião  praticada  em  Portugal separadamente. 

O trabalho, apesar de orientado para um tema acessível a nível de informação, pois  existe muita  informação  acerca  dele,  é  um  trabalho  em  que  é  precisa bastante  minuciosidade,  uma  vez  que  primeiramente  é  necessário  reunir  a informação recolhida sobre o tema e só depois de ter reunido a informação se pode dar inicio ao trabalho em si. Isso feito, depois de já ter toda a informação seleccionada  e  reunida,  é  mais  fácil  organizar  o  trabalho.

Novas religiões em Portugal 

2    

2. O que é a religião? A religião define‐se como um conjunto de crenças e práticas relativas a certos sentimentos manifestados  perante  o  “divino”  por  uma  dada  comunidade  de crentes, obrigando‐os a agir segundo a lei divina para que sejam salvos, libertos ou atinjam a perfeição.   

Cada  religião  defende  um  conjunto  de  valores  cuja  validade  pretende  ser universal. Na  religião pode encontrar‐se muitas crenças e  filosofias diferentes. As diversas religiões do mundo são de facto muito diferentes entre si, pois cada uma define as suas crenças e as suas próprias  filosofias. Porém, ainda assim é possível estabelecer uma característica comum entre todas elas. O que as torna semelhantes é facto de todas as religiões possuírem um sistema de crenças no sobrenatural,  geralmente  envolvendo  divindades,  deuses  e  demónios.  As religiões  costumam  também  possuir  relatos  sobre  a  origem  do  Universo,  da Terra e do Homem, e o que acontece após a morte. 

 A maior parte crê na vida após a morte. 

A  religião não é apenas um  fenómeno  individual, mas  também um  fenómeno social. (Wikipedia, 2010a) 

“É impossível definir o que «é» a religião no começo de um estudo como aquele que se segue. Quando muito, essa definição poderia aparecer no final. Aliás, nós não  temos  de modo  algum  de  tratar  da  «essência»  da  religião, mas  sim  das condições  e  dos  efeitos  de  um  determinado  tipo  de  comportamento comunitário, que, também no nosso caso, só se consegue compreender a partir das experiências subjectivas, das concepções e das finalidades dos indivíduos – ou  seja,  a  partir  do  «sentido»  ‐,  uma  vez  que  esse  comportamento  reveste formas  exteriores  extremamente  diversas.”  (Weber,  2006a:289;  Lisboa Religiosa, 2006) 

2.1 Características da Religião: 

Assim  sendo,  podemos  descrever  as  características  da  Religião,  não  de  uma forma particular, mas a um nível Universal. 

As características são: 

1‐ A crença numa divindade ou num poder para além do indivíduo;  2‐ O indivíduo deve reger‐se pela doutrina, correspondente à sua religião; 3‐ Código de conduta; 4‐ Histórias  Sagradas;

Novas religiões em Portugal 

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5‐ Rituais religiosos. 

 

2.2 Importância da Religião 

“Esta análise  leva Weber a pensar que a  religião não é necessariamente uma força  conservadora,  possuindo,  pelo  contrário,  fortes  potencialidades  para produzir  grandes  transformações  sociais.  No  fundo,  o  que  Weber  pretende ressaltar desta análise é a influência dos valores e das crenças na determinação dos  comportamentos  económicos  e  na  orientação  da  acção  em  geral  …  a Religião  continua  a  desempenhar  um  importante  papel  para  a  coesão  e integração sociais por  implicar uma autoridade moral da colectividade sobre o indivíduo,  exercida  pelo  respeito  que  inspira  e  pela  reafirmação  dos sentimentos  colectivos  através  de  reuniões  e  assembleias  comuns… mas  no plano  sociocultural  a  religião  continua  a  ter  «algo  de  eterno»,  de  essência universal e persistente ‐ o culto e a fé”. (Jerónimo, 2002a:30) 

 

3. Novas Religiões em Portugal 

Em Portugal, assim como em todos os outros países, a cultura religiosa é regida não por uma só religião, mas sim por diferentes religiões. 

É certo que em cada país predominam mais umas religiões do que outras, como o  caso  do  Cristianismo  em  Portugal,  mas  todas  de  uma  forma  geral  têm seguidores, que seguem as doutrinas e princípios da religião pela qual se regem. 

Assim em Portugal, a população é maioritariamente Católica, contudo existem outras religiões que também estão presentes em Portugal, as chamadas novas religiões,  que,  para  além  do  Cristianismo,  fazem  sentido  em  Portugal  porque têm seguidores das suas práticas no país. Para além do Cristianismo, já referido como  a  “super”  religião  em  Portugal,  visto  que  não  se  trata  de  uma  nova religião  em  Portugal,  porque  o  Cristianismo  é  a  mais  antiga  e  a  com  mais seguidores. Portanto,  todas as  religiões, para além do Cristianismo,  são novas religiões em Portugal, na medida em que  foram surgindo e hoje assumem um papel na religião em Portugal. Caso disso é o Judaísmo, os Jeovás, o Budismo, o Islamismo e o Hinduísmo. 

As religiões em Portugal são então: 

• Cristianismo;

Novas religiões em Portugal 

4    

Ortodoxos;  Católicos Romanos;  Evangélicos;  Anglicanos; 

• Judaísmo; • Islamismo; 

Muçulmanos; 

• Testemunhas de Jeovás;  • Budismo; • Hinduísmo. 

Figura 1‐ Imagem representativa das religiões em Portugal, 2001 

 

Fonte: Lisboa Religiosa (2010a) 

3.1 Cristianismo  

O  Cristianismo,  define‐se  como  uma  religião  monoteísta.  Dentro  dele  tem correntes com práticas muito semelhantes, mas diferentes em alguns aspectos. Exemplos disso  são os Anglicanos, os Católicos Romanos, os  Evangélicos e os Ortodoxos. 

Esta  Religião  é  centrada  na  vida  e  nos  ensinamentos  de  Jesus,  presentes  no Novo  Testamento. A  fé  cristã  acredita  essencialmente  em  Jesus  como  Cristo, Filho  de  Deus,  Salvador  e  Senhor. 

Novas religiões em Portugal 

5    

Os cristãos acreditam que Jesus Cristo é o Filho de Deus que se tornou homem e o Salvador da humanidade, morrendo pelos pecados do mundo. Geralmente, os cristãos referem‐se a Jesus como o Cristo ou o Messias. 

Os seguidores do cristianismo, conhecidos como cristãos, acreditam que  Jesus seja o Messias profetizado na Bíblia Hebraica. A  ideia cristã ortodoxa baseia‐se em Histórias como a que Jesus teria sofrido, morrido e ressuscitado para abrir o caminho  para  o  céu  aos  humanos; Os  cristãos  acreditam  também  que  Jesus teria ascendido aos céus, e a maior parte das denominações ensina que Jesus irá retornar  para  julgar  todos  os  seres  humanos,  vivos  e mortos,  e  conceder  a imortalidade  aos  seus  seguidores. Os  cristãos  chamam  a mensagem  de  Jesus Cristo de Evangelho. (Wikipedia, 2010b) 

O Cristianismo em Portugal  

“Trazido  por  comerciantes,  soldados,  marinheiros  e  escravos  e  libertos,  o Cristianismo deve ter chegado à Ibéria nos dois primeiros séculos da era cristã. Paulo  refere,  na Carta  aos Romanos,  a  intenção  de  evangelizar  na  Península. Tiago  foi  miticamente  colocado  (possivelmente  no  século  VII)  a  fazer  essa tarefa, sendo depois sepultado o seu corpo no local do «campo de estrelas» ou do  «campo  de  estelas»,  nascendo  no  século  IX  um  dos  maiores  locais  de peregrinação cristã – Santiago de Compostela. Nenhum dos Apóstolos deve ter aportado em terras tão periféricas à bacia do Mediterrâneo. Mas, qualquer que tenha sido a data da chegada da religião cristã ao extremo ocidental da Europa, ela foi, de certo, bastante antiga, (sécs. I a V)”. (Lisboa Religiosa, 2006)  

Principais Ideologias do Cristianismo: 

• Monoteísmo (crença na existência de um único Deus); • Jesus  (O cristianismo reconhece  Jesus como o Filho de Deus que veio à 

Terra libertar os seres humanos do pecado através da sua morte na cruz e da sua ressurreição); 

•  A  Salvação  (A  fé  em  Jesus  Cristo  proporciona  aos  seres  humanos  a salvação e a vida eterna); 

• A vida após a morte (a crença no céu e no inferno); • A  Igreja  (Igreja  deriva  da  palavra"assembleia",  entendida  como  a 

comunidade  de  todos  os  cristãos  e  como  corpo  místico  de  Cristo presente na Terra e a  sua continuidade. As principais  igrejas  ligadas ao cristianismo  são:  a  Igreja  Católica,  as  Igrejas  Protestantes  e  a  Igreja Ortodoxa). 

“Dizer aos católicos croatas e aos seus dirigentes políticos e religiosos que só a «recusa e  ignorância de Deus» os  faz adorar os  ídolos da nação, da  raça e do 

 

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Novas religiões em Portugal 

7    

3.1.2 Católicos Romanos 

Os Católicos Romanos são todos aqueles que aceitam o chefe da Igreja (Papa), que se fixou em Roma, mais precisamente, no estado do Vaticano. Usa‐se esses termos  no  sentido  de  diferenciá‐los  dos  Ortodoxos  (não  reconhecem  a autoridade do papa) e dos Católicos Anglicanos. 

 

 

3.1.3 Evangélicos 

O principal objectivo e prioridade de uma igreja evangélica é a apresentação de Jesus Cristo como Salvador e Senhor, no poder do Espírito Santo e de acordo com os textos bíblicos. 

Se  a  vida  terrena  presente  merece  toda  a  atenção  por  parte  dos  cristãos evangélicos,  não  é  menos  verdade  que  ela  só  pode  ser  verdadeiramente valorizada a partir da sua dimensão eterna. 

A  componente  física  e  material  da  vida  humana  é  importante  e  não  é menosprezada, mas só fica verdadeiramente enquadrada na consciência de que o homem é um ser espiritual. 

 

 

3.1.4 Anglicanos; 

A Igreja Anglicana, é a Igreja cristã estabelecida oficialmente na Inglaterra. Fora da  Inglaterra, a  Igreja Anglicana é geralmente denominada de  Igreja Episcopal, principalmente nos Estados Unidos da América e nos países da América Latina. 

Esta assume‐se como católica e reformada, católica na medida que faz parte da igreja Católica de Jesus Cristo, e Reformada na medida em que foi moldada por princípios  doutrinários  e  institucionais  da  Reforma  Protestante.

Novas religiões em Portugal 

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3.2 Judaísmo 

O Judaísmo é o nome dado ás crenças e ao culto religioso do povo judeu, é uma religião que  tem  como protagonista não um  indivíduo mas um povo, o povo hebraico, povo esse eleito e escolhido por Deus para iluminar todas as pessoas.  

O  judaísmo é a mais antiga  religião das  três  religiões monoteístas, que  são o Cristianismo (Já referido) e o Islamismo. 

 

Presença em Portugal 

“Os judeus da Península Ibérica (ou Sefarditas), cujas origens remontam ao séc. II  a.c.,  gozaram  de  uma  significativa  liberdade  religiosa  e  de  acção.  Esta realidade,  descrita  por  Sefarad,  esteve  sempre  associada  a  um  espaço  de felicidade  e  identificação  onde,  durante  séculos,  eles  prosperaram. No  entanto,  e  em  consequência  das  várias  perseguições  que  lhes  foram movidas, ao  longo dos séculos, actualmente, em Portugal, há apenas cerca de 1800  judeus, contrariamente às centenas de milhares do século XV. Hoje, 851 judeus – alguns cidadãos portugueses, outros estrangeiros (brasileiros, israelitas e, mais  recentemente, ucranianos) –, vivem na área metropolitana de  Lisboa. A  Comunidade  Israelita  de  Lisboa,  com  cerca  de  200  anos  de  existência,  foi fundada por judeus sefarditas, originários de Marrocos e Gibraltar. Ao longo do século XX, e, em especial, devido às perseguições anti‐semitas, esta comunidade cresceu  com  judeus  asquenazes  da  Polónia,  da  Rússia  e,  mais  tarde,  da Alemanha e de outros países da Europa ocupada por Hitler”. (Lisboa Religiosa, 2006) 

 

Principais Ideologias do Judaísmo: 

• A Circuncisão  (Oito dias depois do nascimento,  todo o  rapaz hebreu é circuncisado e nesta altura é‐lhe dado o nome); 

• O estudo da Torá  (é um dever do  judeu o estudo do  livro da  lei, onde estão contidas 613 obrigações); 

• Talith  (Quando  os  judeus  rezam  usam  o  talith,  um  xaile  com  franjas brancas e pretas, pela cabeça); 

• A Sinagoga (É o local de estudo, oração e reunião dos Judeus); • O Rabino (É um mestre, um guia espiritual para os fiéis na interpretação 

da Bíblia, parecido com o Padre que faz o mesmo, mas no Cristianismo); • O  Sábado  (É  o  dia  festivo  dos  judeus).

Novas religiões em Portugal 

9    

Figura 3: Símbolo representativo dos Judeus 

                                    

Fonte: Google Imagens (2010b) 

 

Visão do Judaísmo há uns tempos: “Nos séculos XV e XVI, a inquisição espanhola tinha uma definição muito exacta dos  melhores  –  os  cristãos  –  e  falava  da  necessidade  de  uma  limpieza  de sangue. Essa pureza era a distinção biológica última entre cristãos e  judeus: o sangue dos  judeus era  impuro e dever‐se‐ia  impedir, custasse o que custasse, que ele manchasse a “boa cepa” cristã através de cruzamentos. A  concepção  era que os  judeus não  aceitavam  a  revelação  cristã por  alguma coisa na sua biologia. Não se tratava de uma escolha, mas de algo que lhes era imposto pela sua substância física. Esse facto biológico, fosse ele qual fosse, não podia ser apenas uma expressão benigna da variedade humana, era uma falha. À  falta de noções de hereditariedade, a  Inquisição  regressou à  ideia antiga do “mau sangue”. O sangue dos judeus era impuro, ao passo que o dos cristãos era puro e estava em harmonia com a verdade do universe”. (Mendes, 2004) 

Desta  afirmação,  que  era  contestavelmente  uma  realidade  há  uns  tempos,  é também possível estabelecer uma comparação através do número de pessoas que segue o Cristianismo e as que seguem o judaísmo. O Judaísmo, talvez pelo decurso  da  história  e  de  como  era  visto  há  uns  anos,  tem  muito  menos seguidores  do  que  o  Cristianismo,  que  além  de  ser  a  religião  dominante  em Portugal,  é  também  a  religião  dominante  no  mundo.

Novas religiões em Portugal 

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3.3 Islamismo  

O  Islamismo  é  uma  religião monoteísta  que  surgiu  na  Península  Arábica  no século VII,   e esta é baseada nos ensinamentos  religiosos do profeta Maomé (Muhammad) e numa escritura sagrada, o Alcorão.  

O  Islão  é  visto  pelos  seus  aderentes  como  um  modo  de  vida  que  inclui instruções  que  se  relacionam  com  todos  os  aspectos  da  actividade  humana, sejam eles políticos, sociais,  financeiros, militares ou  interpessoais. A distinção ocidental entre o espiritual e temporal é, em teoria, alheia ao Islão. 

O livro sagrado desta religião é o Alcorão. 

Os  muçulmanos  acreditam  na  "predestinação",  cujo  sentido  mais  preciso  é "medir" ou "decidir a quantidade ou qualidade", uma vez que, para o islamismo, Deus foi o criador de tudo, incluindo dos seres humanos, e sendo uma das suas características  a  omnisciência,  ele  já  sabia,  quando  procedeu  à  criação,  as características que  cada elemento da  sua obra  teria. Assim  sendo,  cada  coisa que acontece a cada pessoa, foi determinada por Deus.  

“O  Islão,  fruto  serôdio  do  monoteísmo  do  Médio  Oriente  fortemente influenciado por motivos do Antigo Testamento e  judeo‐cristãos, é «adaptado ao  mundo»,  mas,  por  sua  vez,  num  sentido  completamente  diferente.  A religiosidade escatológica de Maomé, que no  seu primeiro período em Meca, ainda aparece como um conventículo citadino de pietistas apartados do mundo, transforma‐se,  logo  em  Medina,  e  depois  com  o    desenvolvimento  da comunidade islâmica primitiva, numa religião árabe de guerreiros e, sobretudo, com uma orientação corporativa”. (Weber, 2006b:304) 

O Islamismo, à semelhança do Cristianismo, também contém dentro dele outras religiões, isto porque se enquadram no Islamismo, mas tem algum aspecto que distingue umas das outras. 

Principais Ideologias do Islamismo: 

• Acreditar num único Deus (necessário para atingir a Salvação); • Rezar cinco vezes por dia voltado para Meca; • Jejum  anual  (processo  pelo  qual  os  seguidores  desta  religião  devem 

submeter‐se anualmente no mês do Ramadão); • Pagar dádivas rituais; • Efectuar uma peregrinação à cidade de Meca; • Crença  no  Alá  (Único  Deus  existente);

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Figura 4‐ Símbolo do Islamismo 

 

 

Fonte: Google Imagens (2010c) 

3.1.1 Muçulmanos 

Os muçulmanos, fazem parte da religião Islâmica, e ser muçulmano significa ser servo de Deus e acreditar que este é único, e que mais ninguém se equipara a ele.  Esta  religião  baseia‐se  em  seguir  os  mandamentos  de  Deus,  que  se encontram em obras como a Bíblia, a Tora. (Hanifa, 2007) 

Religiões  Divindade  Templo Religioso 

Livro Sagrado 

Profeta Denominação 

Cristianismo  Deus  Igreja Bíblia Jesus Cristãos 

Judaísmo  Jeová  Sinagoga Torá Abraão Judeus 

Islamismo  Alá  Mesquita Alcorão Maomé Judeus/Muçulmanos

 

3.4 Testemunhas de Jeová 

As  testemunhas de  Jeová  fazem parte de uma  religião bastante presente  em Portugal,  e  estes  representam  a  religião  cristã, mas  por  sua  vez  rejeitam  o dogma da trindade. Ou seja acreditam num Deus único e verdadeiro, o Jeová. 

 São  seguidores  de  Jesus  Cristo  e  crêem  que  a  religião  é  a  restauração  do verdadeiro cristianismo. Afirmam basear  todas as suas práticas e doutrinas no 

Novas religiões em Portugal 

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conteúdo  da  Bíblia,  porém  com  o  nome  de  Tradução  do  Novo Mundo  das Escrituras Sagradas 

Um dos rituais das testemunhas de Jeová, é a pregação casa a casa, para dar a conhecer as doutrinas desta religião às pessoas. (Wikipedia, 2010) 

Figura 5: Símbolo representativo das testemunhas de Jeová 

                                     

Fonte: Google Imagens (2010d) 

Principais Ideologias dos Testemunhas de Jeovás: 

• Pregação casa a casa; • Acreditam num Deus único,  Jeová. 

3.5 Budismo 

O  budismo  é  uma  "filosofia”  e  ao  contrário  das  religiões  já  faladas,  não  há crenças. Esta religião engloba um conjunto de tradições e práticas baseadas nos ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, mais conhecido como Buda.   

“Assim  que  o  próprio  Budismo  se  tornou  um  «religião  popular» missionária, transformou‐se,  em  conformidade  com  isso,  em  religião  de  um  salvador baseada  na  retribuição  do  Karman,  com  esperanças  no  Além,  que  são garantidas por meio de técnicas de devoção, de graça cultural e sacramental, e de  obras  de misericórdia,  religião  que,  naturalmente, mostra  tendência  para adoptar concepções puramente mágicas”. (Weberc, 2006:310) 

Principais Ideologias do Budismo: 

• Carma (Refere‐se a acções do corpo, discurso e mente, e refere que essas acções  têm  consequências  e  resultados  determinadas  por  elas;  lei  da causa‐efeito).

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• Gênese  Condicionada  (Significa  que  todos  os  dharmas  se  originam  de causas e condições e findam como resultado das causas e condições); 

• Três  Selos do Dharma  (São uma  importante doutrina do Budismo,  são como  um  carimbo  oficial  através  do  qual  se  pode  reconhecer  a autenticidade de mercadorias do quotidiano). 

Figura 6‐ Símbolo do Budismo 

 

Fonte: Google Imagens (2010e) 

 

3.6 Hinduísmo 

O  Hinduísmo  é  uma  religião  proveniente  da  Índia  e  este  baseia‐se essencialmente da crença na “Alma Universal”. 

Um dos  termos mais  importantes associado ao Hinduísmo é o Brâman que se refere ao mundo cultural e religioso, que é ordenado por castas. 

O Hinduísmo é  frequentemente citado como a “religião mais antiga”, a “mais antiga tradição viva” e a “mais antiga das principais tradições existentes”, e este é  formado por diferentes  tradições. O Hinduísmo não possui um  fundador, ao contrário das outras religiões já referidas anteriormente. 

Os hindus acreditam num espírito supremo cósmico, que é adorado de muitas formas  e  representado  por  divindades  individuais.  O  hinduísmo  é  centrado sobre  várias  práticas,  que  são  vistas  como  meios  de  ajuda  do  indivíduo  a experimentar  a  divindade  que  está  em  todas  as  partes. O  livro  Sagrado  das ideologias desta religião é os Vedas que significam o conhecimento divino. 

 A ética hinduísta consiste em quatro noções: é preciso aspirar à virtude, mesmo em detrimento de certos bens materiais; a virtude é a prática da não‐violência;

Novas religiões em Portugal 

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tem que sofrer pelos outros; e os vícios conduzem ao destino demoníaco que é a vida do conhecimento divino. (Wikipédia, 2010c; Religiões, 2005) 

 

O Hinduísmo em Portugal  

“Os membros  desta  comunidade  são,  na  sua maioria,  oriundos do  Estado de Gujarat, onde se situavam os enclaves de Goa, Damão e Diu, constituintes do antigo Estado Português da  Índia. Têm como principal  idioma o Gujarati que é ensinado  nas  instalações  da  Comunidade  e  em  cinco  escolas municipais  das Câmaras Municipais de Lisboa, no Areeiro, da Amadora, e de Loures, na Portela e em Santo António dos Cavaleiros. As  imigrações mais  importantes deram‐se por altura das anexações  feitas pela União  Indiana: em 1954, dos enclaves de Dadrá  e Nagar‐Aveli;  em  1961,  das  possessões  de Goa, Damão  e Diu;  e,  em 1975,  em  consequência  da  instabilidade  criada  pela  descolonização  de Moçambique. Fundada por escritura pública, a 14 de Janeiro de 1982, a actual associação da Comunidade  Hindu  de  Portugal,  CHP,  conta  com  900  sócios.  Criada  para representar os cerca de 15 000 hindus residentes em Portugal, tenta preservar a sua  identidade  cultural  e  religiosa,  além  de  oferecer o  apoio  necessário  para uma melhor integração no País. Destes, 11 000 vivem na área metropolitana de Lisboa, e frequentam o seu Templo dedicado a Radha Krishna”.(Lisboa Religiosa, 2006) 

 

 

 Ideologias do Hinduísmo: 

• A oração (deve fazer‐se, pelo menos duas vezes por dia, ao nascer e pôr‐do‐sol); 

• Aspirar à virtude (mesmo que seja necessário prescindir de certos bens); • Prática da não‐violência (É necessário sofrer pelos outros); • Os  vícios  conduzem  ao  destino  demoníaco  que  representa  o 

conhecimento divino; • Karma ( Significa, “Obra”, “Feito”, “acção”); • Yoga  ( Meditar.  Caminho  que  usam  para    atingir  a meta  espiritual  da 

vida); • Hinos devocionais (Ritual); • Cremação  (Nesta Religião a  cremação é obrigatória para  todos aqueles 

que  morrem).

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Figura 7‐ Símbolo do Hinduísmo 

 

Fonte: Google Imagens 

4. Religiões no Mundo 

“A religião foi e continua a ser para muita gente a mais profunda respiração do desejo,  uma  fonte  de  energia  para  superar  a  ameaça  do  caos,  religar  os fragmentos dispersos da existência e alimentar a  centelha divina que em nós tenta  resistir  ao  absurdo.  Como  lembrou Max  Horkheimer,  na  religião  estão depositados os desejos, as aspirações, os anseios e as queixas de gerações sem fim”. (Domingues, 2002b:42) 

Este é o motivo, para que em todo o mundo se pratique a religião, não no seu sentido abrangente, mas no sentido unitário, que  faz a  religião, ser nem mais nem menos do que a citação refere. A religião é Universal. 

As religiões no mundo assumem um papel semelhante ao papel que assumem em Portugal, visto que como já referido, o Cristianismo, continua a ser a religião com mais seguidores no mundo inteiro. 

Mas nem só o Cristianismo tem seguidores por todo o mundo, e se por um lado é  certo que o Cristianismo  se evidencia mundialmente por  ser a  religião  com mais  seguidores pelo mundo, por outro  lado existem outras  religiões,  se bem que  em  menor  escala,  com  bastantes  seguidores.

Novas religiões em Portugal 

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Essa são religiões que tal como o Cristianismo também se evidenciam a grande escala,  no  sentido  em  que  as  doutrinas  dessas  religiões  são  conhecidas  e praticadas por várias pessoas, pelos vários países do Mundo. 

Caso disso é o Judaísmo, o Hinduísmo, o Islamismo e o Budismo. 

Figura 8‐ Imagem representativa das religiões no mundo 

 

Fonte: Google Imagens 

5. Descrição  pormenorizada  do  Processo  de Pesquisa 

No  inicio  do  semestre,  dentro  do  regime  de  avaliação  contínua  foram‐nos propostos quatro  temas, para a elaboração de um  trabalho  sobre o pelo qual optássemos. Depois de realizar uma pesquisa simples pela  Internet sobre cada um deles, separadamente, decidi‐me pelo “Novas Religiões em Portugal”, visto que foi o tema que me pareceu mais aliciante, e aquele que através da pesquisa simples e básica me pareceu o mais indicado. 

Como  tal,  comecei  por  pesquisar  no  catálogo  bibliográfico  da  biblioteca  da Faculdade de Economia,  livros que  contivessem  religião no  título,  livros esses que  contivessem  informação  estritamente  ligada  ao  tema  central  do  meu trabalho ,  a “Religião”. Procurei também em revistas científicas, que estivessem interligadas com o tema que desenvolvi. 

Já  na  internet  optei  por  pesquisar  com  palavras  ‐chave  como  “Religião”, “Religião no Mundo”, “Religião em Portugal”, e depois cada religião que abordei separadamente, usando‐as como palavra – chave para a religião que pretendia abordar.

Novas religiões em Portugal 

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Ainda na  Internet, mas no  site do CES  (Centro de Estudos  Sociais), entrei em publicações,  e  através  da  ferramenta  “find”,  tentei  encontrar  artigos relacionados com o tema do trabalho a ser desenvolvido. 

O  artigo  que  utilizei  para  a  ficha  leitura,  encontrei‐o  no  Scielo,  através  da pesquisa  em  artigos. Na  pesquisa  avançada  através  das  palavras  “Religião”  e “Portugal”, encontrei o artigo que  serviu precisamente para a ficha de leitura. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Novas religiões em Portugal 

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6. Ficha de Leitura Dados Gerais do Artigo 

Título  da  publicação:  “As  esferas  seculares  e  religiosas  na  sociedade 

Portuguesa”. 

Autor(es): Steffen Dix 

Título da revista científica: Análise Social 

Edição: nº 194 

Local onde se encontra: http://www.scielo.oces.mctes.pt/ 

Data da Publicação: 2010 

Nº Páginas: 5‐27 

Assunto: Redesenhar fronteiras e sobreposições entre as esferas seculares 

e as esferas religiosas dentro da modernidade portuguesa. 

Data da Leitura: Dezembro de 2010 

 

Resumo do Artigo: 

AS  AMBIVALÊNCIAS  NA  TESE  DA  SECULARIZAÇÃO

Novas religiões em Portugal 

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A questão que nos é apresentada neste subtema relaciona‐se com o papel que a religião  assume  na  nossa  sociedade,  pois  existem  sobre  a  sociedade  factores que  nos  levam  a  crer  uma  coisa,  mas  que  depois  de  as  observamos,  nos parecem completamente opostas. É esse aliás o caso da religião, que se por um lado apresenta factores que levam à queda da prática religiosa, por outro lado, aquilo  que  observamos  nos  espaços  religiosos  é  contraditório  aos  factos.  A religião nas sociedades modernas é precisamente vista como visível por um lado e invisível por outro, baseado em situações religiosas contraditórias. O  autor  do  texto  procura  assim  evidenciar  as  discrepâncias  que  existem  na religião, como por exemplo entre a percentagem de pessoas que acredita em Deus, comparativamente às práticas religiosas, e se ambas são complementares uma  da  outra,  qual  o motivo  que  as  leva  a  serem  tão  distintas  a  nível  de percentagem. E é através deste facto que surge a questão da secularização, pois esta “aparece actualmente quase como uma palavra‐chave para explicar a  situação  religiosa nas  sociedades  europeias”,  mas  que  ainda  assim,  segundo  a  análise  dos cientistas,  revela‐se  pouco  satisfatória,  pois  se  por  um  lado  não  há  acordo, quanto  à  sua  concepção,  por  outro  lado  esta  questão  revela‐se  crucial  na transformação das sociedades Europeias, e são estes pontos, positivo e negativo que geram dúvidas quanto à secularização, e a torna diferente da Religião. Assim, é  referido que a  religião, não pode ser vista comparativamente há uns séculos,  porque  tal  como  a  sociedade  sofre  alterações,  também  a  religião, membro  constituinte  da  sociedade,  sofre  alterações  e  os  factos  de  hoje  não devem  ser  comparados  com  os  de  antigamente.  Torna‐se  assim  importante reconhecer a importância tanto da secularização, como da religião e conjugá‐las de modo  a    não  optar  por  nenhuma  delas  individualmente,  como  nos  diz  a perspectiva dualista, mas sim pelas duas, pois ambas fazem parte da sociedade moderna.    AS  AFIRMAÇÕES  E  RECONFIGURAÇÕES  HISTÓRICAS  DO  CATOLICISMO PORTUGUÊS (SÉCULOS XIX E XX) Este subtema, descreve‐nos aquilo que  foi o percurso do catolicismo em Portugal, do Liberalismo, da I República e do Estado novo.  Portugal, durante o período do Antigo Regime, era um país bastante centrado na  Igreja  Católica  e  na  sua  influência.  Era dela  que  provinha  o  grande  poder económico  e  o  poder  de  “moldagem  de  mentalidades  na  orientação  dos comportamentos e das atitudes”, era assim bastante influente na sociedade. Contudo surge uma mudança política, o surgimento do liberalismo, que dá uma reviravolta  na  visão  antiga  da  Religião  e  que  por  consequência  passa  a desvalorizar  a  religião,  a  chamada  secularização.

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Contudo  nem  através  desta  secularização,  se  mudou  as  mentalidades  por completo,  pois  uma  parte  da  sociedade  continuava  fiel  à  religião  e  aos  seus princípios. Surgiu assim, com vista a resolver este problema a tese de Oliveira Martins que  destinava  a  separação  entre  estado  e  Igreja,  agindo  estes  dois  sectores separadamente,  o  que  do  seu  ponto  de  vista  iria  aumentar  o  número  de religiosos.  O  autor  distingue  ainda  o  séc.  XIX,  como  um  século  a  nível  religioso enfraquecido, devido em parte à  “influência  social e à politica do  catolicismo que tendia para um nível historicamente muito baixo”, igual ou parecido ao SÉC. XX, que mais uma vez volta a ser marcado por um período  fraco da  Igreja e o conceito  de  “ser  católico”  não  fez  jus  ao  aumento  da  prática  religiosa  em Portugal.  Porém na segunda metade do séc XX, dá‐se a tão esperada mudança, por parte de algumas pessoas, que deixa o estado e a  Igreja separados. A partir daqui a religião  ganha  dinamismo,  passando  a  assumir  uma  posição mais  vincada  e respeitada  na  sociedade,  apesar  dos  movimentos  anti‐religiosos  que  tudo fizeram para o impedir, desde a legalização do divórcio, à abolição dos feriados religiosos,  entre  muitas  outras  atitudes,  as  aparições  trouxeram  de  volta  a crença na religião. A Religião em Portugal  foi assim  reconquistada,  formando‐se a Acção Católica Portuguesa, a grande influência da vida religiosa.  Resumindo, o Catolicismo  foi ao  longo destes anos sofrendo alterações, tendo sido  umas  vezes  “desprezado”  e  outras  “adorado”e  foram  inevitáveis  as comparações de “esfera secular” e “esfera católica”, porém o Catolicismo foi‐se evidenciando como um  influenciador das actividades políticas e dos costumes, mas por outro não deixou de ser influenciado pelos contextos sociais.  RELIGIOSIDADE INSTITUCIONAL VERSUS RELIGIOSIDADE POPULAR: UMA TENTATIVA DE FENOMENOLOGIA Neste texto o autor apresenta exemplos, que ilustram as distinções entre o que é  a  Religiosidade  Institucional  e  a  Religiosidade  popular,  por  exemplo  a Religiosidade popular, é marcada pela veneração dos Santos. Já a religiosidade Institucional marca‐se por exemplo pelas promessas. Assim  cada  uma  destes  tipos  de  religiosidades  vida  dar  sentido  à  religião, através de práticas que cada uma delas instituiu.   A SOCIEDADE PORTUGUESA: SECULARIZADA, RELIGIOSA E CATÓLICA Este texto visa essencialmente enquadrar a esferas secularizadas com as esferas religiosas.  Assim  o  autor  apresenta  a  sociedade  Portuguesa  como  uma sociedade onde são evidentes os  indícios de uma secularização,  isto porque o país, contém não só uma estratificação social, como também geográfica, que se vão  separando 

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e  que  se  vão  rotulando.  Exemplos  disso,  dados  pelo  autor,  são  o  nível  de escolaridade,  os  escalões  etários,  a  identificação  de  “Norte  Católico”  e  “Sul anticlerical”, entre muitos outros aspectos. A Secularização, não pode então ser vista como um processo que desvaloriza a religião, mas sim como uma “amplitude não simétrica, na qual alternam  fases periódicas da secularização e da dessecularização”. Em Portugal, pode então referir‐se que a  Igreja Católica consegue desenvolver estratégias, capazes de se afirmarem em espaços públicos, mas que este facto  não significa uma crescente pluralidade dos espaços urbanos. Por  tudo  isto,  a  sociedade  Portuguesa,  assume‐se  hoje  marcada  por  um catolicismo  tradicional,  que  tenta  adaptar‐se  a  uma  secularização  crescente. Mas  apesar  essa  adaptação,  não  significam  um  acordo  simples, mas  sim  um desafio,  que  é  acompanhado  por  protestos.

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7. Avaliação da Página da Internet  

http://lisboareligiosa.cm‐lisboa.pt/ 

 

A página da Internet que escolhi, aquela em que encontrei o maior número de informação  sobre  o  tema  que  desenvolvi,  foi  a  Página  intitulada  de  “Lisboa Religiosa”, uma página oficial, da Câmara Municipal de Lisboa. 

Encontrei essa página através de uma pesquisa  simples no Google, em que a palavra – chave utilizada foi “Religião em Portugal”, depois de a ter encontrado, pareceu‐me  bastante  cuidadosa,  uma  vez  que  continha  informação  sobre  as várias religiões em Portugal. 

 Essa página foi editada em 2006, e apesar de ter sido há quatro anos, ainda se encontra  bastante  actual,  uma  vez  que  a  informação  encontrada,  foi precisamente a mesma, mas mais elaborada, do que a encontrada em outros sites bastante mais actuais. 

Esta  página  foi‐me  bastante  útil,  para  identificar  de  facto  quais  as  novas religiões  em  Portugal  e  também,  ajudou‐me  a  desenvolver  cada  uma  das religiões  separadamente,  uma  vez  que  a  informação  disponível  era  muito completa, contendo até tabelas  ilustrativas da significância destas religiões em Portugal e o número de seguidores que têm. 

O  mais  importante  que  destaco  desta  página,  algo  que  não  encontrei  em nenhuma das outras páginas em que pesquisei, foi o facto de poder encontrar informação referente ao surgimento de cada religião em Portugal. Assim, este facto permitiu‐me enriquecer o trabalho com esses dados, referentes à origem dessas Religiões, neste caso em Portugal. 

Assim  sendo, de todas as páginas da Internet em que pesquisei, elegi A “Lisboa Religiosa”,  visto  que  foi  a  página  que  me  deu  mais  informação  acerca  das religiões que desenvolvi, e para além disso, ainda me ajudou a enquadrar essas religiões no contexto que pretendia, “Portugal”, permitindo‐me assim  ter uma pesquisa  que  penso  ser  necessária,  tendo  em  vista  o  tema  do  trabalho.

Novas religiões em Portugal 

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8. Conclusão Depois de concluir este trabalho, é  importante reter as coisas  importantes que consegui aprender com ele, porque afinal um dos objectivos deste  trabalho é precisamente conseguir absorver informação sobre o tema do trabalho. 

Este  começou  por  ser  um  trabalho  que  à  partida  achei  acessível,  a  nível  de informação,  na medida  em  que  encontrei  bastantes  artigos  ligados  ao  tema “Religião”. No  inicio do  trabalho comecei por procurar na  internet artigos em que a palavra – chave fosse “Religião em Portugal”, mas como aquilo que obtive foi muito pouco conteúdo, para aquilo que estava à espera, optei por uma outra estratégia,  como  a  de  procurar  esses  títulos  separadamente  e  aí,  encontrei informação de acordo, com aquilo que pretendia. 

Este trabalho,  foi bastante demorado, pois queria que este trabalho não  fosse apenas baseado numa fonte específica, mas em várias, de modo a reter o que de importante cada uma delas  transmitia. Assim pesquisei em livros, artigos, na Internet, etc. 

O  que  adquiri  com  este  trabalho,  a  nível  de  informação  foi  o  facto  de  as Religiões  em  Portugal,  assumirem  um  papel  semelhante  ao  papel desempenhado  no  Mundo,  uma  vez  que  as  religiões  que  predominam  em Portugal, são aquelas que predominam o Mundo. 

Para além disso, tentei estabelecer comparações entre as diferentes religiões de modo a perceber em que aspecto cada uma se distingue das outras, como por exemplo o livro sagrado, que não é igual em todas as religiões, os rituais de cada religião que é bastante diferente, entre outras coisas que dão a cada religião o sentido de singularidade.  

Concluindo, é bastante evidente quais aquelas que são as “Novas Religiões em Portugal”. O Cristianismo é sem  dúvida a Religião com mais seguidores não só em Portugal , mas como no Mundo, e para além disso é uma das religiões mais antigas, senão a mais antiga de Portugal. 

Assim sendo conclui‐se que à excepção do Cristianismo, devido ao facto de ser a mais  antiga  religião  em  Portugal,  todas  as  religiões  que  foram  surgindo  em Portugal ao longo destes anos se assumem como “ Novas Religiões” , na medida em  que  são  extremamente  recentes  e  não  estão  tão  esclarecidas  como  por exemplo  o    Cristianismo.

Novas religiões em Portugal 

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9. Refererências Bibliográficas  

Fontes Impressas: 

Dix, Steffen (2010), “As esferas seculares e religiosas na sociedade Portuguesa”. Análise Social, 5‐27.  

 Domingues, Frei Bento (2002a), As novas religiões e a cultura de Paz: Prefácio de Jorge Sampaio. Porto: Mário Figueirinhas.  Domingues, Frei Bento  (2002b), As novas religiões e a cultura de Paz: Prefácio de Jorge Sampaio. Porto: Mário Figueirinhas.  Jerónimo, Helena Mateus (2002a), Ética e Religião na Sociedade Tecnológica: Os Jesuítas Portugueses e a Revista Brotéria. Lisboa: Editorial Noticias.   Jerónimo, Helena Mateus (2002b), Ética e Religião na Sociedade Tecnológica: Os Jesuítas Portugueses e a Revista Brotéria. Lisboa: Editorial Noticias.   Mendes, Felismina R. P. (2004), “A herança dos “mal‐nascidos”: dos filhos do passado aos filhos da ciência”. Revista Critica de Ciências Sociais, 57‐79.  Weber, Max (2006), Sociologia das Religiões. Lisboa: Relógio D’ Água Editores  Fontes retiradas da Internet:  Google (2010a), “Cristianismo”. Página consultada a 5 de Dezembro de 2010, acedida em http://www.google.pt/images?um=1&hl=pt‐pt&biw=1366&bih=610&tbs=isch:1&aq=f&aqi=&oq=&q=cristianismo    Google (2010b), “Símbolo do Judaísmo”. Página consultada a 5 de Dezembro de 2010, acedida em  http://www.google.pt/images?um=1&hl=pt‐pt&biw=1366&bih=610&tbs=isch%3A1&sa=1&q=simbolo+do+juda%C3%ADsmo&aq=f&aqi=&aql=&oq=  

Novas religiões em Portugal 

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Google (2010c), “Símbolo do Islamismo”. Página consultada a 5 de Dezembro de 2010, acedida em  http://www.google.pt/images?um=1&hl=pt‐pt&biw=1366&bih=610&tbs=isch%3A1&sa=1&q=simbolo+do+islamismo&aq=f&aqi=&aql=&oq=   Google (2010d), “Símbolo dos Testemunhas de Jeová”. Página consultada a 5 de Dezembro de 2010, acedida em http://www.google.pt/images?um=1&hl=pt‐pt&biw=1366&bih=610&tbs=isch%3A1&sa=1&q=simbolo+dos+testemunhas+de+jeov%C3%A1&aq=f&aqi=&aql=&oq=  Google (2010e), “Símbolo do Budismo”. Página consultada a 5 de Dezembro de 2010, acedida em  http://www.google.pt/images?um=1&hl=pt‐pt&biw=1366&bih=610&tbs=isch%3A1&sa=1&q=simbolo+do+budismo&aq=f&aqi=&aql=&oq=   Google (2010f), “Símbolo do Hinduísmo”. Página consultada a 5 de Dezembro de 2010, acedida em  http://www.google.pt/images?um=1&hl=pt‐pt&biw=1366&bih=610&tbs=isch%3A1&sa=1&q=simbolo+do+hinduismo&aq=f&aqi=&aql=&oq=  Hanifa  (2007),  “Muculmanos”.  Página  consultada  a  1  de  Dezembro  de  2010, disponível em http://www.hanifaponte.net/muculmanos.htm   Lisboa  Religiosa  (2006),  “Religiões”.  Página  consultada  a  24  de Novembro  de 2010, disponível em http://lisboareligiosa.cm‐lisboa.pt/index.php   Sapo  (2004),  “Judaísmo”.  Página  consultada  a  25  de  Novembro  de  2010, disponível em  http://religioes.home.sapo.pt/judaismo.htm  Wikipédia (2010a), “Religião”. Página consultada em 24 de Novembro de 2010, acedida em http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o 

 Wikipédia  (2010b),  “Cristianismo”.  Página  consultada  a  29  de  Novembro  de 2010, disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo  Wikipédia (2010c), “Hinduismo”. Página consultada em 3 de Novembro de 2010, disponível  em  http://pt.wikipedia.org/wiki/Hindu%C3%ADsmo

Coimbra, 2010  

Anexo A (Página da Internet) 

Coimbra, 2010  

Anexo B (Texto de suporte da Ficha de Leitura) 

 Dix, Steffen (2010), “As esferas seculares e religiosas na sociedade Portuguesa”. Análise Social, 5‐27.