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Prémio bienal de Arquitetura - Autarquia de Loulé - Design e PaginaçãoTRANSCRIPT
ÍNDICEMensageM do Presidente da CâMara MuniCiPal de loulé
Constituição do Júri
Presidente do Júri
Júri noMeado CoMo MuníCiPe de reConheCido Prestígio
Júri rePresentante da asseMbleia MuniCiPal
Júri rePresentante da ordeM dos arquiteCtos
Júri rePresentante da assoCiação Profissional dos urbanistas Portugueses
Júri rePresentante da assoCiação Portuguesa dos arquiteCtos Paisagistas
Categoria a - obra nova - Prémio
Categoria a - obra nova - menção Honrosa
Categoria a - obra nova - menção Honrosa
Categoria b - obra de reCuPeração e reabilitação - Prémio
Planta de loCalização das obras
aCta de reunião do Júri
outras obras a ConCurso
regulaMento do PréMio
fiCha téCniCa
0405060708091011
12162024
2830323436
é com muita satisfação e orgulho que registo, desde já, a realização da terceira edição do Prémio de arquitectura e urbanismo de loulé, iniciativa que o Município desta cidade em boa hora decidiu materializar, dando assim mais um passo em frente no sentido de estimular a inovação, a criatividade e a excelência como alicerces de uma correcta política urbana visando, a montante e a jusante, a qualidade de vida dos munícipes e o prestígio da imagem turística do Concelho. no respeitante aos objectivos que inspiraram a sua concepção, importa salientar que eles visam incrementar o reconhecimento público das vocações profissionais e criativas dos participantes, premiando obras de carácter inovador, conjuntos e espaços verdes de uso colectivo adequados às vertentes patrimonial e ambiental. neste âmbito, gostaria de sublinhar a participação dos concorrentes que, tendo correspondido às melhores expectativas, têm consolidado também o prestígio deste concurso.
a composição do Júri, integrando personalidades de áreas e sensibilidades distintas, como no caso da edição deste ano, com a honrosa presença do Prof. dr. João guerreiro, reitor da ualg, bem como a periodicidade bienal desta iniciativa visou conferir-lhe uma abrangência e solidez essenciais à sua credibilidade, concorrendo simultaneamente para um debate e reflexão exigentes. estou certo de que o Município de loulé, continua, com esta iniciativa, bem firme no propósito de tornar o nosso Concelho um exemplo bem visível do “saber viver” em harmonia com os espaços urbanos e com as obras de arquitectura, reflexo dos nossos próprios estilos de vida.
sebastião Francisco seruca emídio
MENSAGEM
DO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA
04
01 Vereador Joaquim Guerreiro
(Presidente)
02 magnifico reitor da Universidade do algarve Prof. Dr. João Guerreiro
(Munícipe de reconhecido Prestigio nomeado pela Câmara Municipal)
03 sr. albano Torres
(representante da assembleia Municipal)
04 arq. Camilo Vaz
(representante da ordem dos arquitectos)
05Dr. Diogo mateus
(representante da associação Profissional dos urbanistas Portugueses)
06 arq. Paisagista Gonçalo Duarte Gomes
(representante da associação Portuguesa dos arquitectos Paisagistas)
arq. sofia Pontes(representante da Câmara Municipal de loulé)
CONSTITUIÇÃO DO JÚRI
05
a realização de mais uma edição, a terceira, do Prémio de arquitectura e urbanismo do Município de loulé constitui facto que registo com a satisfação e orgulho de sempre. Para além das vertentes formais e técnicas do concurso em si mesmo, importa salientar que a criatividade e inovação voltaram a caracterizar este Prémio que, acima de tudo, visa colocar aos participantes o desafio de expressarem as suas experiências e personalidade através da vivência e gestão do espaço, afinal a “matéria prima” da nobre arte arquitectónica. Prosseguindo um objectivo de excelência, refira-se o facto de o júri incluir, este ano, o Prof. dr. João guerreiro, actual reitor da ualg, que se junta assim à professora lídia Jorge e ao dr. guilherme oliveira Martins, que integraram as edições anteriores. é de enaltecer, também, a participação da ordem dos arquitectos, da associação Profissional dos urbanistas Portugueses, da associação dos arquitectos Paisagistas e do representante da assembleia Municipal. nas linhas gerais de um balanço, necessariamente sucinto, importa realçar na presente edição que a habitação unifamiliar assume um papel de destaque, com obras em analise de grande qualidade e referencia, quer na Categoria
a como na Categoria b. é de assinalar o aumento do numero de obras em analise na Categoria b, relativamente a edições anteriores, com a atribuição de um prémio de excelência. entretanto, e visando assegurar a dignificação do concurso e seus pressupostos, foi decidido pelo júri não atribuir prémio à Categoria C, como forma de estimular a motivação e atenções em torno desta área. é no entanto de considerar o esforço e a preocupação dos urbanizadores na melhoria do trabalho efectuado. Penso que o fundamental se cumpriu, em mais um passo da autarquia de loulé no sentido de contribuir para melhorar o prestígio e qualidade de vida do Concelho numa área de grande sensibilidade: a da arquitectura e do urbanismo.
Joaquim Guerreiro
01
PRESIDENTE DO JÚRI
06
Por Um UrBanismo Harmonioso
a qualidade de vida proporcionada por um território pode revelar-se através de vários indicadores. a maior parte deles
refletem características do meio que foram, na sua quase totalidade, condicionadas pelo
homem. na verdade, dificilmente se encontrarão no nosso país parcelas do território que não tenham sido intervencionadas
pelas comunidades que, ao longo dos anos, utilizaram e
utilizam esses espaços.
os espaços urbanos e edificados são aqueles que resultaram de uma intervenção radical,
conducente à construção de uma paisagem totalmente
artificial, embora pretensamente adaptada às necessidades da
vida quotidiana dos membros da comunidade. necessidades
que englobam a habitação, o exercício da profissão, o lazer,
a mobilidade, o acesso ao consumo, etc., preenchendo
todas as funções que a evolução complexa das nossas sociedades
criou e obrigou a que fossem consideradas necessárias à nossa
vida coletiva.
Contudo, a intervenção do homem gera paisagens
humanizadas que podem traduzir-se em perfeitos atentados aos espaços
intervencionados, a distorções à funcionalidade espectável
ou a aberrações à estética prevalecente. Pelo contrário,
uma intervenção cuidada poderá conduzir a construções singulares, conjuntos edificados
e modelos urbanos que se enquadrem harmoniosamente
no meio onde se localizam e que traduzam uma integração,
uma funcionalidade e uma sensibilidade que, em conjunto,
proporcionam uma harmonia territorial. algumas destas
características são, naturalmente, subjetivas e, por ventura, datadas. Mas o percurso das intervenções
humanas, ao longo da história, está pejado por sucessivas e aparentes
contradições, que o padrão de cada época explica o que se
presume ser uma boa ou uma má qualidade do padrão urbanístico.
o exercício que o Município de loulé desenvolve em torno
do Prémio de arquitetura e urbanismo corresponde a uma ação orientada para valorizar as
iniciativas que melhor emprestam qualidade e funcionalidade ao
parque edificado do concelho. incidindo num ciclo bienal
e baseado na análise das obras realizadas, destinadas à
construção de edifícios novos ou à recuperação de antigos, é
feito um percurso pelo concelho realçando as intervenções que
afirmam a arquitetura, não só do ponto de vista do seu
enquadramento no meio, como também dos materiais que
utilizam, da simplicidade da sua estrutura e da funcionalidade que
proporcionam.através desta iniciativa
recuperam-se os padrões de intervenção urbanística com maior qualidade e harmonia.
simultaneamente disseminam-se ideias, projetos e soluções que contribuirão para garantir uma
paisagem estética e funcionalmente mais comprometida com uma
paisagem atrativa e de qualidade, onde se torna agradável viver a vida.
João Guerreiro(Universidade do algarve)
02
JÚRI MUNÍCIPE DE RECONHECIDO PRESTÍGIO,
NOMEADO PELA CÂMARA MUNICIPAL
07
este 3º PauMl coincide temporalmente com o período do início e crescimento da crise económico-financeira no nosso país, reflexo da implosão financeira de 2008 nos eua. no entanto este facto não foi perceptível na obra edificada no concelho, seja a nível tanto de qualidade como de quantidade das vertentes habituais dos anteriores dois prémios. ou seja na categoria a (obra nova), houve um número considerável de obras merecedoras de disputar o “pódio”. a obra vencedora é portadora de um conjunto de méritos (sobriedade, equilíbrio plástico, a escolha de materiais, etc.) aliado à contenção de custos conducente com estes tempos do frugal. ainda na categoria a, as duas menções honrosas foram escassas para as obras merecedoras da distinção, abrangendo uma pluralidade de linguagens arquitectónicas. as intervenções na área da recuperação e reabilitação ( categoria b) desiludiram pela escassez mas espantaram pela qualidade exemplar do conjunto a que foi atribuído o prémio desta categoria. a inacção visível na reabilitação urbana, principalmente na área urbana é desatenção imperdoável tanto da sociedade civil como das entidades públicas. Creio ser aqui necessário mais exemplos, mais ousadia e o papel catalizador dos poderes públicos em parceria ou não com os privados.e eis-nos chegados ao parente
pobre do PauMl. Pobre não pela enorme importância que representa no desenho e ocupação do território mas pela insignificância e precariedade das soluções apresentadas. ao urbanismo, tal como no anterior PauMl não foi possível ao júri atribuir qualquer distinção visto as obras presentes não alcançarem o mínimo exigido pela dignificação deste prémio. não serve de consolo ser este um mal nacional, nem o concelho de loulé ter várias áreas com excelente desenho urbano e óptima integração paisagista pois estes bons exemplos não frutificaram. talvez seja necessária uma regulamentação mais exigente e obrigatoriedade na concepção por profissionais da matéria.Parabéns pois aos promotores desta iniciativa por mais um balanço positivo. albano Torres
03
JÚRI REPRESENTANTEDA ASSEMBLEIA MUNICIPAL
08
a arquitectura, enquanto responsabilidade, deve reclamar um papel vital na qualidade dos
espaços do quotidiano, públicos e privados, interiores e exteriores.
o desenho e a qualidade de construção devem existir tanto
numa esfera mais intimista, pautada pelo detalhe na
aplicação dos materiais, como nos gestos mais amplos e
rasgados dos grandes espaços públicos.
nada existe sem uma vontade criadora, e é na resposta a este
desejo que se desenvolve o projecto, materializando-se a vontade na obra construída.
a instituição do PauMl é a
marcação clara da procura e do reconhecimento da qualidade no edificado, estimulando valores de
referência na produção.nesta edição do Prémio, o júri atribui dois primeiros prémios
e duas menções honrosas, reconhecendo o mérito, esforço e resultado do trabalho de todos
os envolvidos nestas obras, não só dos autores dos projectos,
mas dos empreiteiros, dos donos das obras e das restantes partes
envolvidas.
as obras escolhidas reflectem preocupação e cuidado,
apresentando uma qualidade elevada, e testemunham o espírito que é procurado e
patrocinado pelo Município de loulé na valorização dos seus
espaços.
Camilo Vaz
04
REPRESENTANTE DA ORDEM DOS ARQUITECTOS
09
a iniciativa da autarquia na realização de um prémio que destaque as melhores intervenções em matéria de arquitectura e urbanismo, já na sua terceira edição, é uma demonstração clara do empenho na motivação aos proprietários, autores dos projectos e construtores que actuam no município para um melhor desempenho na realização das suas obras.no que respeita ao urbanismo, pela segunda vez, decidiu o júri não atribuir prémio. este facto é demonstrativo da falha generalizada no que respeita ao urbanismo, a nível nacional, e revela um alheamento das preocupações urbanísticas por parte de quem constrói. o Município de loulé possui intervenções urbanísticas que se destacam pelo elevado interesse e qualidade mas que estão fora do âmbito do concurso. o urbanismo é responsabilidade pública mas também por isso é responsabilidade dos promotores.falhamos em Portugal na exigência, talvez porque a legislação é muitas vezes permissiva mas na verdade a ausência de exigência começa por nós, cidadãos, que vamos permitindo abusos, mesmo que legais, na ocupação do nosso território. nós, cidadãos, nada fazemos, não exigimos.esta não atribuição de prémio é, também, um alerta para a necessidade dos promotores apostarem mais no espaço
público, na oferta de condições para a qualidade de vida.Pensamos que, com o Prémio, as obras de arquitectura melhoraram, quer novos edifícios quer as de reabilitação. que a autarquia seja capaz de, nestes próximos anos, motivar a participação da população e com ela exigir aos promotores que façam mais e melhor território, recorrendo a profissionais preparados para o urbanismo, para a paisagem, a engenharia e a arquitectura. Cada um no seu domínio mas todos pelo bem comum.termino congratulando os vencedores, projectistas, construtores e donos de obra e, mais uma vez, a autarquia pelo incentivo à excelência.diogo Mateus, urbanistaPresidente da associação Profissional dos urbanistas Portugueses
Diogo mateus
05
REPRESENTANTE DA ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL DOS URBANISTAS PORTUGUESES
10
a arquitectura é, etimologicamente e em senso lato, o exercício de concepção do abrigo do homem, para seu
conforto, bem-estar e progresso. e o abrigo do homem traduz-se em variadas formas e tipologias.
é a casa, são as ruas, são os campos, são os jardins. em suma,
são as suas paisagens.
a arquitectura Paisagista constitui-se como a arte científica de
mediação entre os interesses e necessidades do homem e a capacidade de carga do meio que o acolhe, nesse processo de criação de paisagens, onde o todo é, quase sempre, mais
do que a simples soma das suas partes. e propõe-se fazê-lo numa
perspectiva de solidariedade inter-geracional, preservando
a perenidade dos sistemas fundamentais das paisagens,
garantindo que aos vindouros são deixadas as mesmas condições e oportunidades encontradas pelos
presentes.
dada a grande concentração de população nos aglomerados
urbanos, a complexidade e multiplicidade das actividades
que aí se desenvolvem e o impacto que estas têm sobre
o restante meio, o urbanismo, enquanto actividade de estudo
e planeamento destas áreas, tornou-se uma das disciplinas
mais importantes e com maior relevo na organização das
comunidades contemporâneas e das suas paisagens.
Perante esta realidade, a procura de respostas eficazes para fazer
face aos desafios que se colocam perante o desenvolvimento
humano contemporâneo carece do estabelecimento de sinergias
inter e multi-disciplinares, da partilha de saberes, e da reunião
de esforços entre as diferentes profissões e sensibilidades com
intervenção a este nível.
assumindo totalmente as anteriores premissas, o Prémio
de arquitectura e urbanismo do Município de loulé constitui,
através das suas diferentes categorias, um reconhecimento
público do contributo e investimento dos promotores
privados para a qualificação do espaço comum. uma qualificação
que assenta não apenas nos edifícios per se, enquanto peças conceptuais e artísticas de valor
intrínseco, mas também na perspectiva do conjunto que
formam com a sua envolvente e a forma como com ela se articulam
e integram, criando, justamente, um espaço de abrigo.
a própria constituição do Júri, reunindo um leque alargado e
plural de sensibilidades, promove um exercício de diálogo,
discussão e partilha, congregando diferentes áreas de conhecimento
e perspectivas.
nem sempre esta prática é promovida, como prova a
ausência de prémio na categoria de obra de urbanização. no
entanto, e embora ainda haja um longo caminho a percorrer, o
rumo actual é o correcto.
Por tudo isto, e reiterando a honra que constitui para a associação
Portuguesa dos arquitectos Paisagistas, através da sua
secção regional do algarve, a participação neste Prémio, resta
congratular as obras laureadas, e apresentar os votos de que este
galardão continue a servir de exemplo e incentivo à promoção
de uma crescente qualificação das paisagens, urbanas e outras,
do Concelho de loulé..
Gonçalo Duarte Gomes
06
REPRESENTANTE DA ASSOCIAÇÃO DOS ARQUITECTOS
PAISAGISTAS
11
CATEGORIA A
OBRA NOVAPrémio
13
Localizaçãoloulé
arquiteturaCarlos delgado Pinto (coordenador)
vera sousa, Julia vilhena(inloKi, lda)
estruturasbruno Caldeira (bC&a, lda)
infraestruturas aguas e esgotosbruno Caldeira (bC&a, lda)
infraestruturas elétricas, iTeD e Gáshélder Cardoso (h&d Cardoso, lda)
Decoração/ interioresJoão fernandes, ana luisa sequeira
(spaceinvaders)
Construçãoobra d’arte engenharia, lda
CATEGORIA A
OBRA NOVAPrémio
14
CASA EM LOULÉsão CLemenTe
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o projeto configurou o habitar para
uma jovem família tendo, no seu
processo, acompanhado o próprio
crescimento do agregado familiar.
o objetivo era claro: criar a “casa” da
família beneficiando do privilégio de dar
forma ao espaço de conforto e abrigo
e memória futura dos mais jovens.
uma ambição justa mas não simples
pois a possibilidade de se edificar
num lote vazio abre uma infinidade
de opções mas também de dúvidas
e ansiedades. a chave do processo
centrou-se na relação com os clientes,
os destinatários finais da obra, e na
exploração do potencial do projeto
enquanto ato criativo, simulador de
realidades e exercício exploratório e de
apoio à decisão.
o lote disponível localiza-se na zona
norte da cidade de loulé, numa área
residencial unifamiliar de expansão
urbanizada por meio de loteamento
urbano, junto do parque municipal.
a dimensão cadastral da fração do
loteamento adquirida, infelizmente, não
possibilita a existência de amplas áreas
exteriores. tendo como referencial as
normativas edificatórias regulamentares
do loteamento, o processo
operativo centrou-se na exploração
arquitetónica do volume edificável
definido, das relações espaciais e
funcionais e da exposição solar. o
recurso a operações de subtração
ao volume-base potenciou a criação
de terraços e varandas e estimulou a
criação de relações múltiplas entre os
compartimentos interiores e o exterior.
a viabilização de espaços exteriores e
de áreas de sombra são determinantes
para uma apropriação efetiva da rua,
tão apetecível nos contextos climáticos
mediterrânicos.
a cobertura é plana e acessível para
permitir uma utilização da “quinta
fachada” como área de lazer exterior,
alinhada com o espírito da arquitetura
modernista.
o modelo funcional estruturou o
habitar em dois pisos privilegiando as
áreas sociais na relação direta com
o solo, piso térreo, localizando aí os
espaços de estar, refeições, confeção e
escritório. os espaços da privacidade,
os quartos, foram instalados no
piso superior. a resistência à opção
de assumir a entrada e acesso de
estacionamento ao interior do lote na
frente de rua exposta a sul e que, à
imagem dos lotes vizinhos, é assumida
como “fachada principal”, revelou-se
como adequada e determinante para
uma melhor apropriação do espaço
disponível.
do ponto de vista material procurou-
se a definição de uma envolvente
construtiva que obtivesse bons
desempenhos no controlo térmico
interior, dominando o reboco térmico
com pintura em cor branca como
acabamento final e em evocação da
coloração da cal, tão característica na
região. os vãos são estruturados em
plena altura entre a cota de pavimento
e cota útil de teto. o sistema dos vãos
é tripartido e contempla um caixilho
em vidro e madeira, cortina interior,
para obscurecimento, e portada
exterior deslizante em ripado de
madeira, proporcionando a segurança
mas também um expressivo filtro à
luminosidade interior.
Carlos Delgado Pintoarquitecto
16
17
CATEGORIA A
OBRA NOVAmenção Honrosa
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Localizaçãovale do lobo
arquitecturaarqui+, arquitetura&design,lda
arq. vasco vieira
Colaboradores arq. Marco sousa
especialidadeseng. albino Martinho
Construçãolourenço Construções
CATEGORIA A
OBRA NOVAmenção Honrosa
20
CASA EM VALE DO LOBOaLmanCiL
21
a presente memória descritiva
refere-se ao projeto de uma moradia
unifamiliar com piscina, localizada no
sul de Portugal, mais precisamente
no empreendimento turístico de vale
do lobo.
encontramos o acesso ao lote, num
Cul-de-sac, por entre outros lotes que
confrontam a norte numa cota mais
elevada. o lote abre-se a sul e a Poente
onde visualizamos um lago e um dos
campo de golfe.
empreendimento turístico de grande
densidade e com lotes de limites
bem marcados, só atenuado pelas
manchas verdes dos campos de golfe
e envolvida pela costa atlântica, onde
a opção de construir as moradias no
meio dos lotes é o conceito mais
recorrente, transformando assim o
espaço exterior num conjunto de áreas
residuais e limitadas no seu uso.
de maneira a inverter esta situação,
propomos uma implantação continua
ao longo do limite do perímetro de
construção, resultando num pátio-
jardim de grande proporção . a forma
quadrada resultantes dos volumes
construídos é interrompida num dos
vértices pela caixa de escadas e em
outro vértice pelo vazio, permitindo
assim a relação visual do pátio-jardim
com a envolvente.
o limite exterior, a norte e nascente, é
bem marcada por muros verticais com
altura de 5 e 6mt que limitam as vistas
do exterior ao interior da moradia e do
pátio-jardim interior.
o muros verticais marcam um ritmo
de luz e sombra, num percurso em
rampa até a entrada. o hall de entrada
prolonga-se do interior ao exterior
num púlpito que recebe a rampa
exterior pedonal.
a concepção formal da moradia
constitui-se por dois volumes em “l”
sobrepostos. um volume com uso
interior e outro de uso exterior.
o volume com uso interior é dividido
em dois, uma área social de um piso
pavilhão e outra privada de dois pisos
em aula. o espaço exterior também
dividido em dois volumes, tem um
terraço longitudinal elevado num lado
e no outro lado uma piscina suspensa,
que conclui a privacidade do pátio.
a distribuição do programa faz-se em
dois pisos acima da cota de soleira,
um abaixo e o uso do terraço de
cobertura. o piso -1 composta em
22
três áreas diferenciadas, uma zona (
garagem, arrumos, lavandaria), outra
(home cinema, bar, sala de jogos)
e ainda outra (spa, piscina interior). o
piso 0 com uma zona de sala de estar,
jantar e cozinha e outra zona separada
ocupada com quatro suites. no piso 1
localizamos a Mastersuite. na açoteia
encontramos uma pequena piscina, o
bbq e um solarium.
Construtivamente, a moradia
desenvolve-se do exterior para o
interior, numa progressão de capas
diferenciadas pelo próprio peso
visual dos materiais. um exterior
estereotómico de muros estruturais
pintados a branco que marcam
bem o contorno na paisagem. uma
volumetria interior tectónica definida
pela estrutura ligeira, vãos contínuos
em vidro e a continuidade dos
materiais que definem percursos,
volumes e os seus usos. as paredes
revestidas em painéis de madeira de
nogueira. Pavimentos em pedra nos
espaços de circulação e madeira de
nogueira nas zonas de estar. terraços
exteriores revestidos em deck de
maneira a drenagem ser oculta.
a moradia propõe a contemplação e o
recorrido visual entre paisagem artificial
(sequencias de piscinas e o pátio-
jardim),e a paisagem natural existente
na envolvente.
Vasco Vieiraarquitecto
23
CATEGORIA A
OBRA NOVAmenção Honrosa
CATEGORIA A
OBRA NOVAmenção Honrosa
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Localizaçãovilamoura.
arquitectura Mestre arquitecto Jorge Manuel ventura da rocha Pinto
Colaboração
arq. diogo neves
atelier - arquitecto Jorge ventura, l.da
especialidades eng. luís lino Pires e eng. severino Ponte
Construção ConstruçÕes vila Maior, l.da
CATEGORIA A
OBRA NOVAmenção Honrosa
26
CASA EM VILAMOURAQUarTeira
27
uma “Casa com pátio”, no algarve!
uma casa, é um porto de abrigo. é a
âncora indissociável da célula familiar,
do espaço intimo, onde o indivíduo
encontra o seu refúgio, a parte física da
sua personalidade, da sua cultura, dos
anseios idealizados.
uma casa reflete o seu habitante. dá-lhe
forma. Materializa sonhos “empilhados”
em patamares de vida.
no caso da “casa com pátio”, a forma
de experimentar e viver a habitação,
reflete uma postura intimista e privada
de explorar o espaço interior e exterior
como prolongamento natural da
“concha”. a indivisibilidade desses
espaços, é tornada muito mais clara
e definidora dos limites e da forma
como se interpreta espaço delimitado
e privado.
uno, indivisível e indissociado do
ambiente interno.
Muito diferente das tradicionais “casas-
pátio”, a “casa com pátio”, interpreta
uma filosofia bastante mais apoiada
num momento e num clima específico,
como o do sul da europa.
Já na antiguidade grega e islâmica,
se experimentava esse lado intimista
e agregador, unificador pela água ou
pelo fogo, do espaço familiar. atitude
essa que se reflete numa certa lógica
de “desenhar” o tecido urbano e numa
imagem de cidade.
o Movimento Moderno, “bebeu”
nessa atitude a influência lógica
de projetar a casa em torno de um
espaço exterior, encerrado. tratou-o
como prolongamento dos espaços
internos tradicionais, e, fundiu-o nas
rotinas de habitar.
no caso da “Casa do algarve”,
situada num contexto planeado
fundamentalmente destinado a
habitações unifamiliares, no aldeamento
“vilamoura ténis”, o conceito de “Casa
com pátio”, emerge da necessidade de
incorporar num programa tradicional, a
necessidade de dar corpo á solicitação
de “criar”, de desenhar uma habitação
intimista, introvertida num momento
específico. no rigoroso momento de
confluência da maioria dos espaços
interiores.
sustentada na filosofia de base, em
que todas as células cumpririam um
desenho e uma atitude de volumes
28
justapostos e ordenados ao longo do
arruamento de apoio, a opção de fazer
gerar em torno do espaço vazio interior
todo o volume, permitiria organizar
em três momentos bem distintos
a implantação dos volumes finais.
o primeiro momento, dá-se com a
organização do ponto da chegada.
a recepção a quem se dirige á
casa, para a viver diariamente. as
aberturas para “acolhimento” de
pessoas e viaturas, ou a recepção a
quem visita e sente no momento da
chegada o sentido e identidade de
quem nela habita.
o segundo momento, com a criação
do “pátio”, peça central e organizadora
dos volumes que semi-encerram os
restantes ambientes internos.
o terceiro momento, o espaço
destinado ao usufruto do espaço de
lazer, de brincadeira e de convívio
familiar e social, onde a existência de
jardins e piscina motivam experiências.
os volumes, que se adaptam
á organização dos momentos
exteriores, cumprem uma estratégia de
justaposição e adição, deixam discorrer
pela linearidade da sua estética, da
composição plástica e formal, a
sobriedade das opções de linguagem,
das contingências físicas dos materiais
de composição, cujos atributos, foram
a razão pela opção da escolha dos
autóctones, naturais e que permitissem
refletir a geografia da sua localização.
Por fim, não poderia permitir que
a “ideia” de arquitetura popular e
tradicional, não se inscrevesse de forma
bem expressa e assumida no edifício. e,
pelo gesto contemporâneo do autor,
as influências e preocupações em
metamorfosear o que de melhor ambas
as vertentes permitem, deixasse de se
refletir na peça final, com as coberturas
planas a remeter para as açoteias, a
pérgola ou a alvura das fachadas que
tornam o sol mais envolvente.
Cada projeto de uma habitação, é
único. é indissociável do seu receptor.
Mas, muito mais importante que a
genealidade da peça final, é o resultado
real que interessa. e aí, é necessário
e fundamental, a preocupação com
a felicidade de quem nela irá habitar,
porque cada dia, cada história irá ficar
registada nas paredes, nos degraus, nas
madeiras, no vazio.
e, no contexto urbano, o respeito e o
equilíbrio deverá ser o resultado final
de uma experiência individual, para que
nunca se esqueça a memória passada.
Jorge Venturamestre arquitecto
29
CATEGORIA B
OBRA DE RECUPERAÇÃO E REABILITAÇÃOPrémio
31
Localizaçãobarrocal das torres de apra - loulé
arquiteturaCooptar, Crl
arqta. Jennifer silva Pereiraarqta. Patrícia Malobbia
arqto. rogério Paulo inácio
Paisagismogarden design, arqta. isabel blaser
estabilidade, Águas, esgotos, Térmica, sCie
Progótica, eng. rui graça e Costa
ins. mecânicas, Ventilação e Climatizaçãoenerpraxis, eng. valente silva
Gás
João Paulo Cristina das neves.
ins. eléctricas, Telefone e TelecomunicaçõesJosé Cabeçadas Paula ribeiro de Jesus
Construcão
filipe silva
Direcção de obratelma Patrícia Pintassilgo vairinhos Jacinto
CATEGORIA B
OBRA DE RECUPERAÇÃO E
REABILITACÃOPrémio
32
CASA NO BARROCAL DAS TORRES DE APRA
s. CLemenTe
33
uma parcela de terreno com 9500
m2 de área e uma casa de 1930 com
um esquema tipológico de corredor
central a separar quatro espaços de
configuração quadrangular.
uma cobertura em açoteia com
acesso interior e na frente da fachada
principal o antigo palheiro.
a sul um poial, o espaço da cisterna e
outra casa.
a Poente uma eira.
tudo suficientemente longe da estrada
para transmitir o sossego que se quer
para o nosso lar.
e desde logo todos disseram que seria
tudo para manter.
as premissas foram o aproveitamento
e recuperação na quase totalidade
de todos os elementos estruturais e
construtivos que conformavam a casa
existente, articulando-a com o novo
espaço a edificar - um volume situado
a norte da casa existente, privilegiando
aí as zonas comuns de maior
permanência e convívio, bem como
as áreas complementares, como a sala
de estar com ligação à zona de comer/
cozinha, e os espaços de quarto e de
instalações sanitárias necessários.
Propôs-se que a ampliação se
organizasse preferencialmente
sobre patamares distintos, criando
naturalmente a separação entre os
diversos sectores, procurando que a
34
casa acompanhasse sempre o terreno
– mas tal não se verificou possível.
Para criar a área exterior com piscina
no patamar superior foi necessário
escavar, e com a escavação surgiu a
surpresa que tornou a casa parte una
com a propriedade: um filão de pedra
escarpão com laivos muito peculiares
que, em blocos inteiros, pedra solta ou
chapa polida, concretizou muitos dos
acabamentos interiores e exteriores da
intervenção, acrescentando o detalhe
que faltava para conferir o carácter
único ao espaço da casa.
rogério Paulo inácioarquitecto
35
PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DAS OBRASConCeLHo De LoULé
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Casa em LouléMoradia unifamiliar no lote 10 a, urbanização residências do Parque, freguesia de s. Clemente
Casa em Vale do LoboMoradia unifamiliar em vale do lobo, , zona 9, freguesia de almancil
Casa em VilamouraMoradia unifamiliar no lote 3, zona 2, sector 3, vilamoura, freguesia de quarteira
Casa no Barrocal das Torres de apraMoradia unifamiliar no barrocal das torres de apra, freguesia de são Clemente
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ÚLTIMA ACTA DE REUNIÃO DE JURI
ao vigésimo dia do mês de Maio de dois mil e treze, pelas dez horas e trinta minutos, reuniu, na sala da direcção Municipal no edifício dos Paços do Concelho, o Júri do Prémio de arquitectura e urbanismo do Município de loulé, para a conclusão dos trabalhos iniciados a seis de Maio de dois mil e treze, sendo este júri constituído por:
Joaquim Guerreiro, que preside;
albano Torres, nomeado pela assembleia municipal;
João Guerreiro, nomeado pela Câmara municipal;
Camilo Vaz, nomeado pela ordem dos arquitectos;
Diogo mateus, nomeado pela associação de Urbanistas Portugueses;
Gonçalo Duarte Gomes, nomeado pela associação Portuguesa dos arquitectos Paisagistas;
sofia Pontes, nomeada pela Câmara municipal;
Das 47 obras pré-seleccionadas em todas as Categorias foram analisadas no local 31:
1. Cabeço do mestre, s. Clemente (Categoria C)
2. Barrocal das Torres de apra, s. Clemente (Categoria B)
3. Vale romeiras, almancil (Categoria a)
4. Loteamento do Golfe, Lote 12, Quinta do Lago, almancil (Categoria a)
5. Loteamento do Golfe, Lote 5 e 6, Quinta do Lago, almancil (Categoria a)
6. Loteamento do Golfe, Lote 20, Quinta do Lago, almancil (Categoria a)
7. Vale do Lobo, Unidade U5, U5a, Lote 5B.14, almancil (Categoria a)
8. Vale do Lobo, Lote 575, almancil (Categoria a)
9. Vale do Lobo, Lote 306, almancil (Categoria a)
10. sitio do Garrão, oceano Clube, almancil (Categoria a)
11. Vale do Garrão, Lote 49, almancil (Categoria a)
12. Vale do Lobo, Zona 9, Lote 1095, almancil (Categoria a)
13. novo Centro de almancil, Lote m19, almancil (Categoria a)
14. Loteamento industrial, Lote 4, s. Clemente (Categoria a)
15. rua ribeirinho e rua Patrão Lopes, Quarteira (Categoria C)
16. Zona 2 TG, Lote 12, Vilamoura, Quarteira (Categoria a)
17. sector 3, Zona 2, Lote 3, Vilamoura, Quarteira (Categoria a)
18. iPP2, Zona 1, Vilamoura, Quarteira (Categoria C)
19. iPP2, Zona 1, Lote 10, Vilamoura, Quarteira (Categoria a)
20. Pinhal Velho, Lote 41, Vilamoura, Quarteira (Categoria a)
21. Zona 1, Lote 46, Vilamoura, Quarteira (Categoria a)
22. iPP2, Zona 1, Lote 54, Vilamoura, Quarteira (Categoria a)
23. iPP4, Zona 2, subzona 1, Vilamoura, Quarteira (Categoria C)
24. ribeiro, Boliqueime (Categoria B)
25. sitio de alfontes, Boliqueime (Categoria a)
26. sobradinho de alfeição, s. sebastião (Categoria a)
27. Hospital da misericórdia, avenida marçal Pacheco, s. Clemente (Categoria B)
28. Urbanização residências do Parque, Lote 10ª, s. Clemente (Categoria a)
29. Urbanização residências do Parque, s. Clemente (Categoria C)
30. rua egas moniz, n. 12, s. sebastião (Categoria a)
31. rua de Camões n. 3, s. sebastião (Categoria a)
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terminada a visita aos locais passou-se à discussão e votação das obras, em termos de mérito relativo, de acordo com o definido no artigo nono do regulamento.
de modo a assegurar a dignificação e o grau de exigência do prémio e dos seus pressupostos foi decidido, por unanimidade, não atribuir Prémio nem Menção honrosa na Categoria C, encarando este facto como uma motivação para que se aumente a atenção e a discussão neste tema. são, no entanto, de louvar as diferentes intervenções e o esforço de requalificação do espaço público levadas a cabo pelos diferentes urbanizadores.
na Categoria b foi, por unanimidade, atribuído o Prémio á habitação unifamiliar em torres de apra, freguesia de s. Clemente, com licença de utilização n.º 104/11, propriedade / promotores arnold georg hubmann e Maria amália Coelho Costa hubmann e autoria de Cooptar, Crl - arq. Jennifer silva Pereira, arq. Patrícia Malobbia e arq. rogério Paulo inácio. uma intervenção de louvar em todos os níveis. no respeito e dignificação pela preexistência, no enquadramento e dialogo com a paisagem, um exemplo no seu cuidado, na criatividade, rigor da escolha dos materiais e construção. uma obra com mérito de introduzir os valores da cultura arquitectónica num tipo de temática onde ainda são muitas vezes ignorados.
na Categoria a:
- Prémio foi atribuído, por unanimidade, á habitação unifamiliar nas residências do Parque em loulé, freguesia de s. Clemente, com licença de utilização 368/11, propriedade / promotores Pedro neto gomes e autoria de inloKi, lda – arq. Carlos delgado Pinto (coordenador), vera sousa e Julia vilhena (colaboração).
trata-se de uma intervenção depurada e muito cuidada, conseguida pela exploração de um volume arquitectónico edificado num espaço urbano sem referências e trabalhado no sentido de dar resposta a um programa familiar, às relações espaciais interior/exterior e á exposição solar. os materiais explorados e a escolha do seu desenho denotam a sua função específica. uma solução aparentemente simples mas complexa no seu conjunto. -
- a primeira Menção honrosa foi atribuída, por unanimidade, á habitação unifamiliar em vale do lobo, freguesia de almancil, com licença de utilização n.º 412/11, com autoria de arqui +, arq. vasco vieira e arq. Marco sousa (colaboração).
é uma intervenção conseguida com gestos largos, onde os espaços surgem em sequência seguindo uma articulação em ortogonalidade ao longo dos limites do lote e do qual resulta uma articulação interior/exterior formando um pátio/jardim de grande proporção. a opção dos materiais utilizados e o jogo de planos e volumes desconstroem a massa do edificado.
- a segunda Menção honrosa foi atribuída por maioria á habitação unifamiliar no lote 3 da zona 2 do sector 3 – “aldeamento vilamoura ténis”, com licença de utilização n. 209/11, promotor iModuna - investimentos imobiliários, s.a., da autoria do arq. Jorge ventura e arq. diogo neves (colaboração). trata-se de uma intervenção com uma organização funcional interessante, de destacar a introdução do vazio entre os dois corpos do edifício tornando imperceptível do exterior o terceiro piso, onde existe um cuidado especial no detalhe de execução e um equilíbrio bem conseguido na escolha dos materiais denotando-se a practicidade das escolhas, quer em termos de manutenção ou durabilidade.
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OUTRAS OBRAS A CONCURSO
aLmanCiL
692/07Montreat holdings llcloteamento do golfe lt. 6/7 – quinta do lago46/11
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760/07oceano Clube-empreendimentos turísticos do algarve s.a: oceano Clube - sítio do garrão351/11
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680/06anthony ian Martimlote 026,zona 1d-vale do lobo 292/10
46/09Citiland Properties limitedvale do lobo lote 52777/10
466/92Maria João afonso gonçalves e outro Corgo da zorra lote 3264/10
163/05associação social e Cultural de almancil rua do Centro Comunitário lote 153156/11
48/07ana Cristina santos teodósio novo Centro de almancil lote M19282/11
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BenaFim
784/07Maria helena teixeira lima rua das bicas velhas no45 359/10
BoLiQUeime
1008/07ana rita neves diassítio de alfontes - boliqueime 115/11
322/04Maria dos anjos & Mário vale Construções lda. Pata de baixo310/10
185/06licínio afonso Mestre figueira e outra zambujal - boliqueime419/11
796/06Pateos do Mavajo lda. Casas leirias352/10
QUarTeira
254/06oleksandr bratkovi.P.P.2 - zona 1 lote 47 - vilamoura108/11
n.º de ProcesoPromotor
Localn.º de Licença
n.º de ProcesoPromotor
Localn.º de Licença
n.º de ProcesoPromotor
Localn.º de Licença
n.º de ProcesoPromotor
Localn.º de Licença
n.º de ProcesoPromotor
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Localn.º de Licença
n.º de ProcesoPromotor
Localn.º de Licença
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203/05Pita negrão -oftalmologia Médica Cirúrgica lda. lote 10 do i.P.P.2-zona 1-vilamoura166/11
56/10imoduna investimentos imobiliários s.a.sector 3-zona 2-lote 3 -urbanização de vilamoura209/11
259/08João Carlos bertolo duarte lote 12-zona 2 tg -vilamoura 195/11
208/04safe investments-investimentos imobiliários s.a. lote 46 do i.P.P.2, zona 1-vilamoura169/11
454/10lusotur ii – imóveis s.a.sala de exposições - vilamoura 242/11
387/07obtuse holdings limited vilamoura - Pinhal velho lote 41 14/10
573/04fundação antónio aleixo abelheira107/10
894/06Crestvalor gestão Patrimonial lda. semino146/10
278/08sant bridge - Compra,venda,Con. e arr. de imóveis lda. lote l35 da urbanização al-sakia218/11
64/04Manuel Maria & José Cavaco lda.Cavacos (r. do Pinheiro e r. s. tomé e Príncipe –quarteira202/11
683/07get – estudos técnicas e Construções lda. lote 54-zona 1 do iPP2 - vilamoura304/10
946/07steven nigel Wilson e outra iPP2-zona 1-lote 19 - vilamoura 487/11
são CLemenTe
214/08nt social-Cooperativa de solidariedade de loulé Crl urb. vale de rãs ou vale d’asnos - C2 e C320/11
756/06Carlos José da Costa Carneiro de oliveira Martins sítio dos barreiros120/11
404/08Poligreen - gestão e investimentos s.a. Campina de Cima ou Pinheiro lote 2 200/11
190/09luís Miguel gonçalves rodrigues valente urb. santa Catarina lote 30-são Clemente 323/11
724/08Pedro alexandre gonçalves Pereira neto gomes lote “a” 10-urbanização residências do Parque 368/11
417/08Marta isabel semião tomé areeiro331/11
475/07arnold georg hubmann e outra barrocal das torres de apra 104/11
522/04santa Casa da Misericórdia de loulé ava Marçal Pacheco205/11
324/08felber imobiliária lda.sítio do barrocal da fonte lote 13 395/10
197/05evicar-Comércio de Camiões s.a. loteamento industrial lote 4 187/10
são seBasTião
103/07antónio Carlos santos Cruz andrade Cação sobradinho de alfeição55/11
185/10Ceupa-Cooperativa de desenvolvimento universitário e Politécnico do algarve C.r.l rua de Camões no3424/11
750/08Joaquim Manuel Manteiga raposo sítio da serra e fazendas da serra 138/10
543/04vítor José dias sousa rua egas Moniz no12 283/10
209/06lusiário luz Calado Cabeça de Câmara 51/11
499/05Casa d’Água-sociedade de Construção e rest. lda. vargem da Mão -vale Judeu -são sebastião224/11
n.º de ProcesoPromotor
Localn.º de Licença
n.º de ProcesoPromotor
Localn.º de Licença
n.º de ProcesoPromotor
Localn.º de Licença
n.º de ProcesoPromotor
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n.º de ProcesoPromotor
Localn.º de Licença
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dos urbanistas Portugueses, um representante da associação Portuguesa dos arquitectos Paisagistas e um vogal especialista das matérias técnicas analisadas designado pelos serviços técnicos da Câmara Municipal.
2—o júri será assessorado por um arquitecto, que ficará responsável por todo o processo referente ao Prémio, e por um funcionário administrativo, a quem caberá a elaboração das actas das reuniões e o apoio ao regular funcionamento das mesmas.
3—os assessores referidos no número anterior deverão ser designados pela direcção municipal.
artigo 6.0
iMPediMentos
1—não pode fazer parte do júri qualquer interveniente com relação de parentesco, directo ou indirecto, com o autor, promotor ou construtor das obras em apreciação, ou que com eles colabore ou tenha colaborado regularmente.
2—o interveniente que se encontre nas condições referidas no número anterior deverá declarar-se impedido por declaração ditada para a acta, não participando na deliberação respectiva.
3—são nulas todas as deliberações tomadas em violação do disposto nos números anteriores.
artigo 7.0
seleCção e adMissão
1—a direcção municipal, na 2.a quinzena de outubro do ano anterior ao do Prémio, solicitará a todos os serviços municipais e demais serviços do estado ou empresas públicas que desenvolvam actividades na área da construção, urbanização ou recuperação de imóveis no concelho de loulé o envio, até 31 de Janeiro do ano seguinte, das relações de obras concluídas, ou com licença de utilização ou auto de recepção provisório, quando obrigatórios, nos anos respeitantes ao Prémio, com as respectivas localizações e com projecto de autoria de arquitecto/urbanista/arquitecto paisagista.
2—em 31 de Janeiro do ano do Prémio será encerrada a lista de admissão de obras a seleccionar para apreciação.
3—até ao dia 15 de fevereiro, a direcção municipal promoverá a exclusão da lista de obras a admitir para apreciação todas as obras que sejam beneficiações gerais.
4—só serão de admitir para apreciação obras novas ou recuperações totais e integrais.
reGULamenTo Para aTriBUição De Um Prémio BienaL De arQUiTeCTUra e UrBanismo Do mUniCíPio De LoULé
artigo 1.0
lei habilitante
o presente regulamento é elaborado ao abrigo do disposto no n.o 8 do artigo 112.o e do artigo 241.o da Constituição da república Portuguesa e do preceituado na alínea a) do n.o 6 do artigo 64.o e na alínea a) do artigo 53.o da lei n.o 169/99, de 18 de setembro,com a redacção dada pela lei n.o 5-a/2002, de 11 de Janeiro.
artigo 2.0
obJeCtivo e âMbito
1—é instituído o Prémio de arquitectura e urbanismo do Município de loulé (PauMl) com o objectivo de promover e incentivar a qualidade arquitectónica e urbanística do concelho de loulé, procurando traduzir publicamente o reconhecimento do profissionalismo e do espírito inovador dos intervenientes e proporcionar um serviço aos cidadãos, enquanto destinatários últimos das obras de arquitectura e de urbanismo, e, complementarmente, motivar o debate, a reflexão e a crítica acerca destas questões.
2—este Prémio destina-se a premiar obras novas, conjuntos e espaços verdes de utilização colectiva cuja concepção e qualidade sejam relevantes, assim como obras de recuperação e reabilitação cuja intervenção mereça destaque pelo respeito do património, assim como pela integração ambiental e pela sustentabilidade do imóvel. Para o reconhecimento da qualidade arquitectónica e urbanística de cada intervenção será dada uma especial importância aos aspectos do enquadramento e articulação com a envolvente, à criatividade e originalidade e ao rigor na construção.
artigo 3.oPerioCidade do PréMio
1—o PauMl será bienal e serão contempladas as obras concluídas, com licença de utilização ou auto de recepção provisória, consoante se trate de entidade pública, obra particular em edifício ou de urbanização, correspondentes ao biénio anterior ao ano da atribuição do Prémio.
2—excepcionalmente, na primeira edição do Prémio (2008) será contemplado o período entre Janeiro de 2004 e dezembro de 2007.
artigo 4.0
natureza e Conteúdo do PréMio
1—o PauMl será atribuído ao(s) autor(es) do projecto e ao promotor da obra e consta de:
a) um valor pecuniário no montante de e 1000 para cada categoria, a dividir em partes iguais entre o promotor e o(s) autor(es) do projecto;
b) atribuição, em cerimónia pública, de um diploma ao(s) autor(es) do projecto e outro ao promotor da obra;
c) atribuição de uma placa em material imperecível onde constem os nomes do(s) autor(es) do projecto e do promotor da obra e a referência ao PauMl para ser colocada na obra premiada, em local a definir pelo(s) autor(es)do projecto.
2—além dos prémios, poderá o júri decidir atribuir até duas menções honrosas por categoria, sem valor pecuniário. nestes casos, o(s) autor(es) do projecto receberá(ão) um diploma(s) e o promotor uma placa para colocação na obra premiada, nas condições referidas no número anterior.
3—o Prémio integra três categorias:
Categoria a (obra nova)—são consideradas as intervenções não condicionadas por preexistências na área de intervenção;
Categoria b (obra de recuperação e reabilitação)—são consideradas as intervenções que respeitem as características originais do edifício existente e que concilie linguagens actuais com preexistências;
Categoria C (obra de urbanização)—são consideradas as intervenções de criação e remodelação de infra-estruturas destinadas a servir directamente os espaços urbanos ou as edificações e ainda espaços verdes ou espaços de utilização colectiva.
artigo 5.0
Constituição do Júri
1—o júri do PauMl terá a seguinte constituição:
a) Presidente do júri—designado pela Câmara Municipal;
b) vice-presidente do júri—designado pela assembleia Municipal;
c) Cinco vogais—um munícipe de reconhecido prestígio a nomear pela Câmara Municipal, um representante da ordem dos arquitectos, um representante da associação Profissional
REGULAMENTONº 273/2007
42
5—sempre que, tendo em conta os n.os 2 e 3 do presente artigo, existam duvidas quanto à admissibilidade da obra, a direcção municipal inclui-la-á na lista definitiva, de forma devidamente assinalada, para decisão do júri.
6—até ao dia 15 de Março, a direcção municipal promoverá a lista definitiva das obras admitidas para apreciação.
7—na lista definitiva referida no número anterior deverão constar, para cada obra, os seguintes elementos:
a) localização;
b) Programa;
c) nome do arquitecto ou arquitectos responsáveis;
d) nome do promotor da obra;
e) data da conclusão da obra ou da emissão da licença de utilização ou do auto de recepção, quando obrigatória;
f) número do processo de obra correspondente, caso exista;
g) outros elementos considerados de interesse.
diário da república, 2.a série—n.o 199—16 de outubro de 2007 29 887
artigo 8.0
Prerrogativas do Júri
1—o júri poderá inquirir o(s) autor(es) ou o promotor das obras admitidas acerca da sua vontade/disponibilidade em participar neste evento.
2—o júri poderá ainda solicitar ao(s) autor(es) do projecto e ao promotor da obra determinados elementos, designadamente:
a) documentação fotográfica em papel e em suporte digital, onde constem fotografias do terreno ou do imóvel antes da intervenção, como ainda fotografias que possibilitem avaliar a integração da intervenção no conjunto urbano e na paisagem envolvente;
b) Peças desenhadas, onde constem planta de localização, planta de implantação, plantas, cortes e alçados com indicação do nome do Prémio, em formato digital e um dossier com a documentação em papel.
artigo 9.0
aPuraMento e ClassifiCação
1—as obras constantes da lista definitiva submetida
ao júri serão, em primeiro lugar, apreciadas em mérito absoluto, sendo imediatamente excluídas as que não apresentarem qualidade bastante com classificação positiva, numa escala de 1 a 20, nos seguintes parâmetros:
a) enquadramento da obra na envolvente tanto a nível formal como funcional;
b) Criatividade e originalidade da obra;
c) rigor na construção/recuperação/requalificação.
2—até ao dia 30 de abril, as obras apuradas em mérito absoluto serão classificadas em mérito relativo, de acordo com a escala e parâmetros referidos no número anterior, para efeitos da atribuição do Prémio, em acta a homologar pelo presidente da Câmara Municipal de loulé.
3—as reuniões do júri são restritas aos membros que o integram e devem ser reduzidas em acta.
4 as deliberações são tomadas por votação nominal, mas serão por escrutínio secreto sempre que algum membro do júri o requeira.
5—as deliberações são tomadas por quórum dos membros presentes na atribuição dos prémios.
6—a Câmara Municipal de loulé não assume qualquer responsabilidade directa ou indirecta decorrente da atribuição deste Prémio para além das previstas no presente regulamento.
7—o PauMl destinado a cada uma das categorias poderá não ser atribuído, caso o júri entenda que nenhuma das obras apreciadas está em condições de o merecer.
artigo 10.0
exClusÕes
1—não serão aceites os trabalhos executados pelos próprios serviços autárquicos e as obras em cujos projectos tenham, a qualquer título, participado:
a) Membros do júri;
b) técnicos da entidade promotora do Prémio;
c) elementos com relação de parentesco, directo ou indirecto, com membros do júri;
d) associados ou colaboradores permanentes de qualquer membro do júri.
2—os autores e promotores de obras passíveis de serem premiadas que não pretendam ser considerados devem notificar a Câmara Municipal nesse sentido.
artigo 11.0
divulgação dos PréMios
1—a atribuição do PauMl, e respectivas menções honrosas, será publicada em jornal diário e na imprensa local, sendo transmitida aos interessados logo após a homologação da acta do júri.
2—a Câmara Municipal de loulé reserva-se o direito de expor e ou publicar, no todo ou em parte, o conteúdo dos projectos/obras, como forma de servir os objectivos da instituição do presente Prémio, após autorização escrita do(s) autor(es) respectivo(s) ou do promotor das obras.
3—o(s) autor(es) do projecto ou o promotor das obras premiadas e menções honrosas são convidados a entregar um painel a0, em suporte rígido, explicativo do projecto, onde deverão constar fotografias, memória descritiva e peças desenhadas, por forma que conste toda a informação necessária para a visualização das obras pelo público.
artigo 12.0
entrega dos PréMios
a entrega do PauMl terá lugar no salão nobre dos Paços do Concelho, em sessão solene, e será efectuada pelo presidente da Câmara Municipal de loulé ou por elemento do júri a designar, podendo ser antecedida de inauguração da exposição pública das obras premiadas e menções honrosas e de divulgação da brochura comemorativa ou, não o sendo, em data oportuna após a entrega do mesmo.
artigo 13.0
dúvidas e oMissÕes
os casos omissos e dúvidas de interpretação serão resolvidos e supridos pela Câmara Municipal de loulé.
artigo 14.0
entrada eM vigor
o presente regulamento entra em vigor 30 dias após a sua publicação no diário da república.
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orGaniZação
Câmara Municipal de loulé | departamento de administração do território
CoorDenação
arqt.ª sofia Pontes – divisão de urbanismo e reabilitação urbana
Comissão TéCniCa
arqt.ª ana filipa rodrigues – equipa de Projecto de desmaterialização dos Processos de urbanismo do Município | eng.ª arabela rodrigues, arqt. Paisagista ricardo Canas, rute guerreiro, assistente administrativa, João nuno gomes, desenhador, Pedro duarte, assistente operacional – divisão de urbanismo e reabilitação urbana | Paulo Costa, assistente técnico – departamento de administração do território;
CoorDenação GrÁFiCa
DesiGn GrÁFiCo e PaGinação
ConTeúDos FoToGraFia
luis da Cruz e fg+sg (www.ultimasreportagens.com)
eLemenTos esCriTos
Membros do júri e autores das obras
imPressão
gráfica Comercial
TiraGem
500 exemplares
FICHA TÉCNICA
2010/2011
44
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