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Porte Pago Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE02692007MPC Director: António José Ferreira www.jornaldamarinha.pt Telefone: 244 502 628 J da Marinha ornal GRANDE Quinta-feira 28 de Abril de 2011 ANO XLVII - Nº 2457 Preço: 1,10(IVA inc.) Joaquim Carreira, antigo preso político, morre aos 82 anos... no Dia da Liberdade Polémica Câmara ignora críticas a obras ilegais Os vereadores do PCP acusaram a autarquia de ter fechado os olhos às obras ilegais na moradia anexa ao edifício camarário. A Câmara responde ao comu- nicado mas ignora a questão das ilegali- dades urbanísticas |Pág. 10| Futebol José Robalo sucede a Hélder Fernandes O AC Marinhense vai ter um novo pre- sidente. José Robalo deverá suceder a Hélder Fernandes na assembleia-geral de 19 de Maio. No campo desportivo, a manutenção está assegurada |Pág. 15| PáG. 5 O homicídio de Fernanda Barroca vai ser julgado amanhã (sexta-fei- ra), no Tribunal da Marinha Gran- de. No banco dos réus vai sentar- se o marido, Carlos Coutinho, que responderá por vários crimes. Política Presidente “apupado” na Praça Stephens Álvaro Pereira foi vaiado du- rante o discur- so do 25 de Abril, na Praça Stephens. O in- cidente ocorreu no início da madrugada de segunda- feira e não caiu bem a vários sectores da sociedade marinhense |Pág. 3| Joaquim Carreira morreu na segunda-feira, aos 82 anos. O homem que lutou contra a ditadura fascista, antigo militante do PCP, partiu precisamente no dia em que a democracia e a liberdade foram restituídas ao país. Nesta edição recordamos uma entrevista dada ao JMG em Abril de 2002 |Págs. 7 e 24| Pescador morre após naufrágio na Polvoeira |Pág. 4| Homicídio julgado em tribunal

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Câmara ignora críticas a obras ilegais José Robalo sucede a Hélder Fernandes Presidente “apupado” na Praça Stephens Álvaro Pereira foi vaiado du- rante o discur- so do 25 de Abril, na Praça Stephens. O in- cidente ocorreu no início da madrugada de segunda- feira e não caiu bem a vários sectores da sociedade marinhense |Pág. 3| Futebol Polémica Política Quinta-feira 28 de Abril de 2011 Porte Pago pág. 5 ANO XLVII - Nº 2457 Preço: 1,10€ (IVA inc.)

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Page 1: JMG 2457

Porte Pago

A u t o r i z a d o p e l o s CTT a c i rcular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE02692007MPCDirector: António José Ferreira www.jornaldamarinha.pt Telefone: 244 502 628

J da MarinhaornalGRANDE

Quinta-feira 28 de Abril de 2011ANO XLVII - Nº 2457 Preço: 1,10€ (IVA inc.)

Joaquim Carreira, antigo preso político, morre aos 82 anos... no Dia da Liberdade

� Polémica

Câmara ignora críticas a obras ilegais

Os vereadores do PCP acusaram a autarquia de ter fechado os olhos às obras ilegais na moradia anexa ao edifício camarário. A Câmara responde ao comu-nicado mas ignora a questão das ilegali-dades urbanísticas |Pág. 10|

� Futebol

José Robalo sucede a Hélder FernandesO AC Marinhense vai ter um novo pre-sidente. José Robalo deverá suceder a Hélder Fernandes na assembleia-geral de 19 de Maio. No campo desportivo, a manutenção está assegurada |Pág. 15|pág. 5

O homicídio de Fernanda Barroca vai ser julgado amanhã (sexta-fei-ra), no Tribunal da Marinha Gran-de. No banco dos réus vai sentar-se o marido, Carlos Coutinho, que responderá por vários crimes.

� Política

Presidente “apupado” na Praça Stephens Álvaro Pereira foi vaiado du-rante o discur-so do 25 de Abril, na Praça Stephens. O in-cidente ocorreu no início da madrugada de segunda-feira e não caiu bem a vários sectores da sociedade marinhense |Pág. 3|

Joaquim Carreira morreu na segunda-feira, aos 82 anos. O homem que lutou contra a ditadura fascista, antigo militante do PCP, partiu precisamente no dia em que a democracia e a liberdade foram restituídas ao país. Nesta edição recordamos uma entrevista dada ao JMG em Abril de 2002 |Págs. 7 e 24|

Pescador morre após naufrágio na Polvoeira |Pág. 4|

Homicídio julgado em tribunal

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Jornal da Marinha :: 28 de Abril de 2011

2Local

(R)Humor

RufinoFininha

Olha, Álvaro Pereira foi apupado durante o discurso do 25 de Abril na Praça Stephens...

Não foi pelo que disse, talvez tenha sido pela falta de jeito para falar em público!

Rufia (Cão rafeiro... que morde velhinhos)

O homem, um dia, ainda vai ser um grande orador!

“FOtO dA semANA

Nem a torneira da Fonte da Amieira resiste ao vandalismo!

“cONsuLtórIO AstrAL

Sou bissexual e a mi-nha namorada é lésbica. Mantemos esta relação há 3 anos, somos muito fi-éis sem tabus e com muitas fantasias por realizar, mas a rotina está a apoderar-se da nossa relação. Eu gostaria de surpreender a Raquel com uma noite di-ferente e sem tabus, nem rotinas. Temos conversado muito e imaginado juntar mais um elemento numa noite diferente. Será que posso convidar o meu ex-namorado para uma noite de prazer a 3? Não quero fazer nada que interfira na minha relação que nes-te momento é saudável e tranquila. Gostaria muito

de saber a sua opinião, porque a última coisa que quero nesta vida é mago-ar a pessoa que amo.

Ana Fernandes Analisei o vosso jogo

muito cuidadosamente e as cartas dizem que a vossa relação baseia-se em amor e sinceridade. Será que a sua namorada aceita mesmo outro elemento na vossa relação? O jogo diz-me que se a sua namora-da o fizer é com sacrifício, para lhe agradar a si! Por vezes, mais vale ficarmos pelas fantasias do que as realizar. O jogo é claro: existem ainda sentimentos passados que foram mal resolvidos e que podem voltar entre si e o seu ex-namorado. E ambas po-dem estragar algo bonito, que têm vindo a construir por brincarem com o fogo. Tenha cuidado!

Daniela Machado

“edItOrIAL

O presidente da Câmara Munici-pal da Marinha Grande não é um homem que tenha o dom de empol-gar as “massas”. Está longe de ser o líder que o concelho necessitava nesta altura, em que se assiste a uma evidente fragilização política, económica, social e cultural na nos-sa terra.

Mas foi Álvaro Pereira que os marinhenses, vieirenses e moitenses escolheram para liderar a autarquia e se não se verificar qualquer impre-visto, é este o presidente que lidera-rá os destinos deste concelho, pelo menos, até 2013, ano em que se realizarão novas eleições locais.

Ao que tudo indica, o actual pre-sidente da autarquia será de novo

o candidato do PS e é nessa altura, através do voto, que o eleitorado terá oportunidade de se pronunciar sobre o desempenho camarário.

É verdade que o 25 de Abril de 1974 trouxe-nos a democracia e a liberdade. A liberdade de poder-mos apupar aqueles com quem não concordamos. Mas a revolução dos cravos trouxe-nos também o respeito que deveremos ter pelo ser humano.

Vaiar Álvaro Pereira durante o discurso do 25 de Abril, em plena Praça Stephens, é mais que um acto do exercício da liberdade, é uma falta de respeito e de educação que deve ser repudiada, independente-mente da falta de jeito e de carisma do autarca.

Morreu Joaquim Carreira. Tinha 82 anos. Quis o destino que este antigo preso político partisse no dia da liberdade, que se festejou na últi-ma segunda-feira, 25 de Abril.

Carreira militou no Partido Co-munista Português (PCP) mas aca-bou por ser expulso na sequência de “delitos de opinião”.

A Marinha Grande, nos últimos anos, olhou com indiferença para

este homem que lutou contra o regi-me fascista, tendo sido várias vezes preso.

Quem não se lembra de ver Jo-aquim Carreira a deambular pela estrada de S. Pedro de Moel, entre-gue aos seus sentimentos?

Se há homem nesta terra que teve a coragem de afrontar o anti-go regime, Joaquim Carreira foi um deles. Fica a nossa singela homena-gem. Paz à sua alma.

José Robalo deverá ser o futuro presidente do AC Marinhense. É cedo para perceber se esta será uma boa ou má solução. Certo é que Hélder Fernandes já não ti-nha condições para permanecer no cargo. A sucessão ocorrerá na próxima assembleia-geral e lá diz o povo que é preferível existir uma má solução do que não haver solução nenhuma. Cá estaremos para cons-tatar se o AC Marinhense muda para melhor… ou pior!

*Director do JMG

Os assobios ao presidente

Meteorologia

Céu pouco nublado, aumentando gradualmente de nebulosidade com ocorrência de aguaceiros, em especial nas regiões Centro e Sul. Condições favoráveis à ocorrência de trovoada. Vento fraco. Neblina ou nevoeiro matinal.quinta

Céu geralmente muito nublado. Aguaceiros.Condições favoráveis à ocorrência de trovoada.Vento fraco, tornando-se moderado de oeste na região Sul. Descida da temperatura máxima.sexta

CARTOON FMI EXTINGUE CÂMARA DA MARINHA GRANDE

´

António José Ferreira*

Ourivesaria Água Marinha

Compro ouro!Não venda a qualquer preço!O seu ouro usado valerá no mínimo 20€* a gramaCobrimos qualquer oferta – vamos ao domicílioRua Diogo Stephens, nº 49 – Marinha Grande - 96 826 10 19*oferta válida enquanto a cotação do ouro se mantiver acima dos 32€/grama

Comunico que esta Câmara

vai fechar as portas!

Não faz mal.Concorroà Junta!

Voudedicar-meà pesca...

...e euà costura, aliáscultura!

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w w w. j o r n a l d a m a r i n h a . p t

3Local

A Praça Stephens voltou a ser o cenário escolhido para comemorar a data histórica de 25 de Abril de 1974, dia em que o Movimento das Forças Armadas encetou um golpe de estado militar contra o regime do Estado Novo, golpe que ficou gravado na História de Portugal como a Revolução dos Cravos, tal foi a adesão popular à luta dos militares, simbolizada com a colocação de cravos nos canos das espingardas e metralhadoras dos soldados

Era inevitável. A Praça Stephens sempre foi o

centro dos acontecimentos da histó-ria da Marinha Grande. Lá nasceu a Indústria Vidreira. Lá se centrou a Revolução do 18 de Janeiro de 1934. Lá se desenrolaram as gran-des movimentações populares de protesto e lá aconteceram as gran-des cargas policiais contra os ma-nifestantes. Lá se comemorou o 25 de Abril de l974 e o 1º de Maio em liberdade. Lá se reconstituiu cenica-mente o 18 de Janeiro. Lá, 37 anos volvidos, se tornou a comemorar

Abril. Não com o espírito brilhante dos primeiros tempos. Os anos pas-saram sobre as pessoas. Os anos e as esperanças, sobretudo por uma qualidade de vida melhor e por uma justa repartição da riqueza. Muita coisa mudou de lá para cá e a juventude que depositou esperan-ças na mudança, está desiludida. E para uma grande parte, a data his-tórica não faz sentido. Culpa nossa. Mesmo assim, os jovens comparece-

ram. Talvez movidos pelo espectácu-lo musical que se previa. Talvez!

“Grândola Vila Morena”

À meia-noite soou pela Praça a voz inconfundível de José Afonso, para a maioria dos portugueses Zeca Afonso, cantando “Grândola Vila Morena”, canção que serviu de senha para dar início à Revolu-ção dos Cravos, acompanhada por todos os presentes e também para

dar início à cerimónia habitual da comemoração frente ao edifício da Câmara Municipal onde, na sua varanda, se encontrava todo o Exe-cutivo Camarário, o Presidente da Assembleia Municipal, o Presidente da Junta de Freguesia, deputados municipais e outros convidados.

Álvaro Pereira, Presidente do Município, nas palavras que diri-giu à população e depois de se ter referido à data histórica que se

celebra, frisou que “Portugal vive uma das piores crises económicas e financeiras da sua história recente, com importante impacto ao nível político e social, que se repercute no modo de funcionamento do Es-tado e na coesão social”, frisando que já no ano passado e do mesmo local onde se encontrava, evocou a crise mundial que afectava o país e que teve início nos Estados Unidos e se alastrou pela Comunidade Eu-ropeia, sobretudo em Portugal, um dos países mais vulneráveis. Perante a actual situação, Álvaro Pereira dis-se ser necessário “adoptar uma pos-tura política transparente, que esteja à margem de querelas partidárias, que permita aos portugueses acredi-tar nas suas instituições e encontrar fundamento nos sacrifícios que lhes estão a ser pedidos e que lhes con-tinuarão a ser exigidos no futuro”.

Mais à frente, Álvaro Pereira, referindo-se à gestão financeira do Município, frisou que tem enceta-do esforços para o “equilíbrio das contas do município e aumentar o nível de execução dos fundos comunitários para os grandes pro-jectos de reabilitação urbana”, citando os exemplos de algumas obras agendadas como o Edifício da Resinagem, a Casa da Cultura e o Património Stephens. Salientou a urgência de valorizar a iniciativa empresarial como contributo para o crescimento económico e referiu o esforço continuado de contactos com o Governo, no sentido do des-bloqueio do alargamento da Zona Industrial “para termos condições de instalação de mais empresas”, terminando por afirmar “ser possí-vel construir um caminho mais justo, mais equilibrado e fortalecido no futuro, sem nunca esquecer as con-quistas de Abril, que fazem parte do nosso passado e as quais nos de-vem continuar a orgulhar”.

À MarGeM…

Não gostámos de alguns apupos dirigidos ao Presidente da Câmara quando este lia o seu discurso. E não gostámos porque durante uma cerimónia em que todos festejamos a conquista das liberdades que nos foram tiradas e apesar das diver-gências que possamos ter, o local e o sentido do acto não justificavam o que sucedeu. Sabemos o que é a “agitação de massas”. Já andamos na luta há muitos anos. Somos mili-tantes. Com muito orgulho. Por isso não gostámos, mesmo nada!

Adriano Paiva

“NA prImeIrA pessOA… pOr pedrO mAteus

Entre os aspectos positivos destaco a li-berdade de expressão e o fim da Guerra do Ultramar, entre muitos outros acontecimentos que nos tornaram mais ‘abertos’.

Relativamente aos aspectos negativos acho que a nível de política não mudou mui-to, continuamos a apertar o ‘cinto’ à mesma, cada vez nos pedem mais sacrifícios, tudo aquilo que nos pedia o Salazar, logo acho esse aspecto muito negativo.

Maria Santos62 anos

Doméstica

Relativamente aos aspectos positivos, primeiro a liberdade de expressão, nós antigamente não podí-amos dizer mal do Governo, não podíamos criticar ninguém pois éramos presos, não víamos ninguém na televisão a dizer mal do Governo, politicamente era assim. Financeiramente, os ordenados eram mui-to mais pequenos, poucas pessoas tinham poder de compra, não tinham carros, não tínhamos a liberda-de que temos hoje. Nós agora vemos um casal que em casa tem três carros, é um para o marido, para a mulher e outro para o filho.

Antigamente na Marinha Grande só duas ou três pessoas é que tinham carro. Portanto não há dúvida que foi muito bom o 25 de Abril, para toda a po-pulação portuguesa. Quanto aos aspectos negativos não tenho nada a referir.

José Patrício 58 anos

Reformado

Eu acho que houve muitos aspectos posi-tivos, principalmente a liberdade de expres-são, porque nós antes do 25 de Abril não podíamos estar a conversar num grupo de amigos que éramos logo censurados, pensa-vam que estávamos a criticar o Governo.

Na minha opinião acho que o 25 de Abril veio melhorar muita coisa. Com o antigo re-gime Portugal estava um pouco oprimido. Os aspectos negativos foram os sucessivos Governos que não souberam orientar o País. Considero que o crédito fácil e o dinheiro que veio da União Europeia não foi bem di-vidido e, muito menos, bem estruturado.

Deolinda Faísca55 anos

Empregada de Balcão

Que aspectos positivos e negativos resultaram, na sua opinião, do 25 de Abril de 1974?

25 de AbrIL

“GRânDOLA” CAntADA nA PRAçA

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Jornal da Marinha :: 28 de Abril de 2011

4Local

Um homem com 64 anos faleceu na última segunda-feira, dia 25 de Abril, na Praia da Polvoeira, no concelho de Alcobaça, depois de o barco onde seguia se ter virado, alegadamente, na zona da rebentação

O pescador, natural da Nazaré, esta-va na companhia do genro, de 35 anos, que sofreu ferimentos ligeiros, tendo sido transportado ao Hospital de Alcobaça.

O naufrágio ocorreu cerca das 13 horas, quando os dois homens se encon-travam presumivelmente na pesca do ro-balo. O corpo do pescador foi retirado do areal duas horas e meia mais tarde, rumo ao Instituto de Medicina Legal de Leiria.

No local estiveram os Bombeiros Vo-

luntários de Pataias, com um total de 11 efectivos, apoiados por quatro viaturas.

A embarcação de pesca “Bruna”,

com cerca de sete metros de comprimen-to, foi retirada do local a meio da tarde pela Polícia Marítima. ß

Está marcada para as 21 horas des-ta quinta-feira, dia 28 de Abril, mais uma sessão ordinária da Assembleia de Freguesia da Marinha Grande, que tem inscritos na sua ordem de trabalhos

três pontos. A assembleia, que vai reu-nir nas instalações da Junta de Fregue-sia, vai debruçar-se sobre a apreciação e votação do Relatório de Actividade e Contas do ano 2010 e apreciação do

inventário; primeira revisão ao Plano Plurianual de Investimentos; e aprecia-ção do Relatório da Actividade da Jun-ta de Freguesia no primeiro trimestre de 2011 e informação financeira. ß

prAIA dA pOLVOeIrA

PeSCADOR mORRe em nAuFRáGiO

mArINhA GrANde

Assembleia de Freguesia reúne esta noite

Manuel Pedro, membro da União de Resistentes Antifascistas Portugueses, foi o orador convidado pela Associação de Reformados da Marinha Grande para debater o tema “Conquistas e retrocessos do 25 de Abril”

ÂÂ CarlaÂFragoso

O colóquio teve lugar na tarde do passado dia 21 de Abril, nas instalações da ASURPI, e contou com perto de três dezenas de pessoas na assistência.

O orador, que passou cerca de 10 anos preso e que foi libertado precisamente no dia 25 de Abril de 1974 do Forte de Peniche, falou sobre o tempo da censura fascis-ta, nomeadamente acerca da acção da PIDE, “que tinha 36 mil agentes e cerca de 200 mil ‘bufos’ espalhados pelo país. Não se podia falar sobre o Governo, nem en-tre amigos, que no dia seguinte havia logo alguém que era preso”.

Embora tenha reconhecido que o 25 de Abril trouxe “muitos direitos, como a saúde e a liberdade de ex-pressão”, Manuel Pedro considera que “hoje em dia não há verdadeira democracia, nem esta é igual à que havia há 20 ou 30 anos”. Para o orador, o facto de serem feitas actualmente escutas telefónicas, inclu-sive a altos membros da soberania nacional, “cerceia

as liberdades conquistadas no 25 de Abril”.Manuel Pedro afirmou ainda que “os militares e os

agentes políticos traíram o compromisso feito com o povo naquele dia”, referindo-se ao actual estado do país, acrescentando ainda que “não se conseguiu consolidar verdadeiramente a revolução devido aos sucessivos ata-ques da direita”.

O orador falou também acerca do pedido de ajuda externa de Portugal e do Fundo Monetário Internacional que só está no país “porque a luta de galos entre PS e PSD assim o quis”. Manuel Pedro vaticinou que os pró-ximos anos serão de “grandes sacrifícios” para os por-tugueses, com “mais cortes nas pensões de reforma”, e apelou a que a população se manifeste e “escolha bem em quem vai votar no dia 5 de Junho”, data das eleições legislativas. ß

LIberdAde

Reformados exaltam 25 de Abril

eXpOsIçãO

25 de Abril visto pelas crianças

“O rapaz da bicicleta azul... um ano depois” é o título da exposição que está patente até 6 de Maio, no átrio da Biblioteca Municipal da Marinha Grande, no âmbito das comemorações dos 37 anos do 25 de Abril de 1974

O livro “O rapaz da Bicicleta azul”, da autoria de Álvaro Magalhães, foi distribuído no ano lectivo an-terior por todos os jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo do concelho.

A análise ao livro realizada por alunos e professores culminou com a elaboração de trabalhos que integra-ram a exposição “O 25 de Abril visto pelas crianças”, que esteve patente ao público na Biblioteca em Abril do ano passado.

Na sequência deste trabalho, a Biblioteca Munici-pal lançou um novo desafio aos professores e alunos do 3º e 4º anos, para que fosse dada continuidade ao livro, que traduzisse o conceito de Liberdade das crianças entre os 8 e os 10 anos.

Os trabalhos podem ser apreciados até à próxima sexta-feira, dia 6, entre as 9 e as 18h. A entrada é livre. ß

cArtA AO dIrectOr

estes tipos andam cegos? Exmo. Sr. Director

do Jornal da Mari-nha Grande,

A senhora que se vê na fotografia, que por acaso é chinesa, não deve ter mais do que 1,50 metros de altura, e também teve que se baixar...

Será que nenhuma das pessoas que nos governa na Marinha Grande anda a pé pela cidade e nestes passeios da Av. Vitor Gallo?

Em poucos minutos que estive no passeio defronte do cemitério, pelo menos três pessoas comentavam ao passar: “estes tipos da câmara andam cegos”… No entanto, pagam a uma empresa que trata muito bem a jardinagem, como li há tempos no vosso jornal!

Joaquim Andrade

Luís

Fili

pe C

oito

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5Local

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A convite da Assembleia Municipal da Marinha Grande, realizou-se no passado dia 19 de Abril, no Auditório da Biblioteca Municipal da Marinha Grande, uma conferência sobre Inovação e Competitividade, integrada nas Comemorações do 25 de Abril de 1974 proferida pelo Dr. Carlos Magno, professor de jornalismo que lecciona Filosofia da Comunicação no Instituto Superior de Comunicação Empresarial de Lisboa

Com o auditório quase cheio, es-tando apenas vagas as cadeiras re-servadas aos deputados da autarquia que não se deslocaram à conferência, a sessão iniciou-se com a actuação do guitarrista clássico Ricardo Morais Martins que interpretou um prelúdio de Vila Lobos seguindo-se um arranjo para guitarra, do fado «Nem às paredes confesso», que foi muito aplaudido.

Telmo Ferraz, Presidente da As-sembleia Municipal e anfitrião do conferencista, começou por saudar Sandra Azevedo e Carlos Magno, que apresentou à assistência depois de cumprimentar as individualidades presentes, informando que o tema da conferência «Inovação e Competitivi-dade» fazia parte das comemorações do 25 de Abril de 1974.

De início Luís Miguel Morna, re-presentando a Gallovidro e a Vidra-la, tomou a palavra para abordar o tema em debate, tecendo o panorama daquelas empresas que produzem 190.000 toneladas de vidro com um fabrico de dois milhões de garrafas por dia, e dando o exemplo de um dos muitos clientes da firma, citou a Heineken, que gasta 90 milhões de garrafas por ano. Invocando a inova-ção, apresentou os variados modelos de embalagens de vidro em fabrico, salientando que a optimização da re-sistência das embalagens de vidro é uma preocupação constante que en-volve o design e a alta tecnologia, que permitem criar embalagens mais leves e mais resistentes que mobilizam pro-cessos e recursos em que estão impli-cados 290 colaboradores, exigindo a reconstrução de novos fornos de fusão todos os quatro anos. Esta muito bem documentada exposição, permitiu à assistência e ao conferencista convida-do fazerem um melhor conhecimento desta muito prestigiada firma do nosso

concelho que muito dignifica e enri-quece a Marinha Grande.

Sobre a inovação no sector dos plás-ticos falou-nos em seguida Jorge Mar-tins, abordando as exigências da alta tecnologia, começando por dizer que a inovação na indústria não são uns senhores designados especificamen-te para inventar coisas, nem nenhum sector destinado à actividade criativa. Com uma produção de 92% destinada à exportação de peças técnicas para a indústria automóvel, depreende-se que muitas das encomendas já vêm com modelos definidos pelos clientes, competindo ao chefe da empresa e aos quadros e funcionários, pelas suas atitudes inovadoras, assumir os riscos que os produtos impõem para a sobre-vivência num mercado muito exigente quanto aos preços, à qualidade do pro-duto final e o respeito pelos desenhos e o cumprimento dos prazos. Também as parcerias com institutos permitem a renovação de ideias e conceitos, citan-do a Logoplast implementada em 17 países com 51 empresas.

Falando do Centimfe, Rui Tocha apoiou a convergência das ideias ino-vadoras, em pólos situados em várias cidades, nos moldes já implementadas na América, Japão e China, afirmando que a inovação está muito ligada ao enquadramento económico, sendo por isso um exercício de alto risco fazer grandes previsões, citando a Pool-Net como pólo de competitividade com 40 unidades representando 64 milhões de euros. Seguiram-se exemplos de inova-ções que pela especificidade técnica e o veículo de informação ser a língua in-

glesa, nem sempre ficaram muito claros para um público que não fosse muito versado em tecnologia e língua inglesa.

Finalmente, Carlos Magno tomou a palavra e começou por dizer que ao título da conferência «Inovação e Com-petitividade» teria preferido Inovar e Competir, que teriam muito mais força. Em seguida, fugindo ao tema central do debate, e centrando-se mais na data da efeméride de 25 de Abril de 1974 pôs em relevo a tradição do es-pírito de luta da Marinha Grande e en-viou alguns recados. Lamentou que o poeta Afonso Lopes Vieira tenha caído no esquecimento do público. Lamentou também que nas estradas à entrada da Marinha Grande não haja placas indi-cando a cidade da Marinha Grande, não como um suporte publicitário de um qualquer banco, mas anunciando as suas vocações de cidade dos vi-dros, dos moldes e dos plásticos. Com o apoio de imagens, ilustrou a Marinha no que ela tem de belo e menos belo. Marcou a importância da Marinha Grande se afirmar como cidade cria-tiva, pólo de alta tecnologia, de talen-tos, progresso e tolerância. Prometeu voltar à nossa cidade onde tem muitos amigos. Abriu o debate com o públi-co em que se destacou como grande comunicador bem conhecido dos ou-vintes da Antena 1, em que brilha nos diálogos com o psicanalista Dr. Carlos Amaral Dias. Ficámos com fome que nos falasse mais de Inovar e Competir, mas pelos vistos não estava nessa com-petição. Até breve, Dr. Carlos Magno.

Sérgio Bento

cONFerêNcIA

«inOvAçãO e COmPetitiviDADe» em DiSCuSSãO

JustIçA

Homicida de Fernanda julgado em tribunalComeça a ser julgado amanhã, dia 29 de Abril, no Tribunal Judicial da Marinha Grande, Carlos Alberto Ribeiro Coutinho, que em Julho do ano passado matou a tiro a mulher, Fernanda da Nazaré Barroca

Segundo o nosso jor-nal apurou a primeira audiência está marcada para esta sexta-feira, a partir das 13h30. No banco dos réus vai sentar-se Carlos Coutinho, que na noite de 21 de Julho de 2010 disparou mor-talmente sobre a mulher, que viria a falecer em vir-tude dos ferimentos.

O arguido, que está a aguardar julgamento em casa com pulseira electrónica, está acusado dos crimes de homicídio qualificado, porte e uso de arma ilegal e vio-lência doméstica. O crime, ocorrido na habitação do casal, na Rua Augusto Torneira, chocou os residentes na localidade da Ordem, onde Fernanda Barroca, de 51 anos, era “muito estimada”.

Recorde-se que os dois, embora já estivessem separa-dos, continuavam a dividir a mesma casa, onde Fernan-da já teria sido ameaçada de morte e alvo de actos de violência doméstica. As ditas ameaças terão cessado na fatídica noite de 21 de Julho, cerca das 22 horas, quan-do Carlos Coutinho, na altura com 61 anos, disparou cinco vezes na direcção da esposa.

Ao arguido foi apreendida pelas autoridades uma arma de fogo de calibre 6,35 mm, com a qual terá atin-gido Fernanda Barroca.

De referir ainda que o julgamento tem já uma segun-da sessão agendada para dia 2 de Maio (segunda-fei-ra), pelas 13h30. ß

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Jornal da Marinha :: 28 de Abril de 2011

6Local

O Bloco de Esquerda (BE) entregou na última semana no Tribunal de Leiria a lista de candidatos à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Leiria para as próximas eleições legislativas, marcadas para dia 5 de Junho.

Segundo faz saber o BE, a lista, que tem como mandatário Moisés Espírito Santo, respeita não só a lei da parida-de, como conta com a presença de vá-rios independentes e ainda de jovens.

O cabeça-de-lista volta a ser o eco-nomista Heitor de Sousa, seguido por José Peixoto e pela jovem marinhense Cristiana Sousa (na fotografia).

Seguem-se Vítor Dinis, Márcia Car-doso e Rui Crespo, todos independen-tes, Mónica António, e o marinhense

Amândio Fernandes, que em 2009 se candidatou à Câmara Municipal.

António Brandão Moniz e Manuela Pereira Franco integram ainda a lista

do Bloco de Esquerda que apresenta como suplentes Fábio Salgado, Adeli-no Granja, Filipa Pereira, Mário Canei-ra Martins e Alexandre Cunha. ß

Pedro Marques, Teresa Mesquita e Daniela Rosa, profissionais marinhenses ligados ao ramo imobiliário, vão ser distinguidos durante a Convenção Nacional da RE/MAX, que decorre até sábado em Punta Umbria, em Espanha

Os prémios serão atribuídos aos três profissionais da RE/MAX tendo em con-ta os seus desempenhos no decorrer de 2010 e o respectivo volume de negócios alcançado. Pedro Marques alcançou o Prémio Clube Executivo – agente nº1 do concelho e 7º da Zona Centro, entre Castelo Branco e Torres Vedras, já Teresa Mesquita conquistou o Prémio Presidente – 2ª melhor agente do concelho, e Da-niela Rosa venceu o Prémio Estrelas.

Para Pedro Marques, a trabalhar no

sector imobiliário há seis anos, “pesso-almente o ano de 2010 foi o melhor de sempre, a par de ter sido também o ano em que mais investi na minha formação. Apesar das notícias desfavoráveis estou

muito confiante e habituado a trabalhar nestes cenários, e reconheço que cada vez mais as pessoas necessitam da aju-da de um profissional quando querem comprar ou vender casa”. ß

pOLítIcA

mARinHenSeS inteGRAm LiStA DO Be àS LeGiSLAtivAS

O Centro de Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto (CDRSP), do Instituto Politécnico de Leiria, vai levar a cabo na próxima sexta-feira, dia 6 de Maio, pelas 9h30, o Workshop Anual, que terá lugar nas suas Instalações na Zona Industrial da Marinha Grande.

O evento contará com a presença do Prof. Doutor João Sentieiro, Presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, do Prof. Doutor Nuno Mangas, Presidente do Instituto Politécnico de Leiria e do Prof. Doutor Paulo Bártolo, Director desta Unidade de Investigação, entre outras individualidades da comunidade científica e em-

presarial. De referir que o CDRSP recebeu em 10 de Dezembro

de 2008 a classificação de excelente, o que coloca o Centro entre as principais Unidades de Investigação Nacionais, sendo no domínio da Engenharia Mecânica uma das três unidades que obtiveram classificação má-xima. A unidade de investigação integra, actualmente, cerca de 80 investigadores (13 Doutorados), sendo 47 os investigadores que desenvolvem trabalho científico com bolsas de investigação maioritariamente atribuídas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. ß

INVestIGAçãO

Centro de Desenvolvimento do iPL organiza workshop

NAturezA

Passeios pedestres para crianças do 1º ciclo

Estimular a actividade física e o contacto com o meio ambiente do concelho é a finalidade dos passeios pedestres que a Câmara Municipal tem vindo a promover, e que são destinados aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico

A iniciativa, que arrancou ontem, 27 de Abril, e de-corre até à próxima quarta-feira, dia 4 de Maio, está a ser promovida pela Divisão de Educação, Desporto e Intervenção Social da Autarquia, e envolverá mais de 1.600 crianças, de todas as escolas da rede pública e do Pátio da Inês. Os passeios, que têm por objecti-vo fomentar a adopção de práticas de vida saudáveis, alertar para os problemas ambientais e para a necessi-dade de preservar o ambiente, decorrem entre a Praia das Pedras Negras e a Praia Velha. ß

pOesIA

Joaquim Carreira (finado a 25.04.2011)

Naquele longínquo ano da minha meniniceChegaste, anunciado, da primeira prisão.Já não sei bem quem foi que o disseQue te aguentaras bem, dizendo não.

Prisioneiro da PIDE e do fascismoEras um exemplo da luta marinhenseQue, abraçando convicto o comunismoMostraste que o terror, a razão nunca vence.

Depois veio a liberdade dos cravos d’AbrilQue te encontrou de novo encarceradoE foste mais um, libertado entre mil,Que povoou Portugal, resgatado.

E vieram outras lutas, desta vez dialécticasPara impor uma razão a outra razão.Nem sempre tuas ideias foram as mais proféticas,Mas eram a voz do teu coração.

Quem sempre foi livre, ignora as torturasQue se faziam naquele triste tempoÉ fácil esquecer essas amargurasComo fácil será caíres no esquecimento

Repousa pois, amigo CarreiraJá não tens mais razão para lutarTalvez nalgum tempo, e d’alguma maneiraTeu exemplo de luta se venha a lembrar.

Sérgio Bento

ImObILIárIO

marinhenses premiados em espanha

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7Local

o Partido Comunista Português vive hoje alguma instabilidade mo-tivada pelas vozes discordantes que apelam à renovação. acha que este apelo à renovação lhe vem dar ra-zão a si em algumas questões que levantou há alguns anos atrás, antes e após a sua expulsão do PCP?

Obviamente. A transformação nos chamados países socialistas ou comunistas, na União Soviética e res-tantes países de Leste, deu-se devido aos erros cometidos e não derivaram tanto dos adversários políticos, dos que eram contra os ideais comunis-tas, adoptados por esses países, com todas as suas qualidades e todos os seus erros e daí a inevitável queda. Ninguém os derrubou, não houve qualquer revolução.

durante estes anos em que fez parte integrante do PCP o partido, em sua opinião, não evoluiu? Porquê?

Não. No fundamental não. Man-tém os mesmos sistemas sectários e fora de tempo. Parece-me que, após todos os acontecimentos que têm como marco a queda do Muro de Berlim, o PCP não deveria mais regular-se por aqueles ideais e pelas ideologias daqueles países.

Há uma crise de ideologia hoje no interior do PCP? Porquê?

Em primeiro lugar, porque o ide-al comunista não foi cumprido, o sistema de classes deu lugar a outro sistema de classes. Mas é bom frisar que não foi ninguém do exterior que derrubou o sistema, denominado de Leste, os chamados países comu-nistas ou socialistas. A crise não foi desencadeada de fora, mas foi fun-damentalmente uma crise a partir de dentro, de contradições insanáveis.

Continua a não se rever nos ide-ais deste PCP?

Eu estaria de acordo com aquilo que era considerado na minha juven-tude o comunismo: uma sociedade sem classes, sem a exploração do homem pelo homem, uma sociedade livre que se não realizou e que caiu a partir de dentro, não a partir de fora. Não quer dizer que os de fora não tivessem contribuído com a sua pro-paganda, com as suas acções para esse próprio derrubamento, mas o derrubamento não vem de fora, vem de dentro. As contradições internas desses países levaram à queda des-se sistema.

Carlos Carvalhas é um líder a prazo no PCP?

Obviamente. Ele continua com as

teses antigas de manutenção de uma política que se verificou na prática incapaz de traçar um destino verda-deiramente socialista ou comunista no mundo. Aliás, eu penso que é cedo e não é possível neste momen-to e na época em que vivemos, por toda uma série de contradições exis-tentes, por toda uma série de concep-ções que hoje os homens têm sobre as coisas - os homens não são deu-ses, têm as suas qualidades e os seus defeitos, as suas derrotas e as suas vitórias, têm as suas concepções. A concepção comunista foi um ide-al que, a ter-se realizado tal e qual como era o programa inicial, era fabulosa, era uma coisa extraordiná-ria e o Homem não está preparado ainda para um sistema de igualdade comunista.

Julga que o Partido Comunista da Marinha Grande está dividido na questão ideológica?

Está. O último artigo no Jornal da Marinha Grande do Dr. Luís Guerra Marques é elucidativo. Eu não estou a dizer o que é que ele defendeu até aqui. Em determinada altura ele defendeu as coisas de uma maneira, era a sua ideia. Depois de uma série de acontecimentos e transformações que se verificaram no mundo em geral e em Portugal em particular, nomeadamente considerando as úl-timas eleições e não só, vão apare-cendo cada vez mais claras. Portan-to, a liderança do PCP, que não tem nada a ver com o acabar do PCP, porque este é necessário como força de oposição a todo o resto do siste-ma capitalista, que tem também os seus seguidores e não são poucos. Portanto, eu considero a necessida-de da existência do Partido Comunis-ta, alterando a sua própria política e filosofia de acordo com o desenvol-vimento histórico, fundamentalmente

dos últimos anos.

Álvaro Cunhal é uma referência para si?

Eu discordo com a sua atitude. Não estou a dizer que o Álvaro Cunhal é estúpido ou inteligente, não é esse o problema. Discordo como muita gente discorda, especialmente com o seu fanatismo que eu chama-ria de religioso em relação a uma opção política. A opção política está fora de tempo. Os homens ainda não estão em Portugal e no mundo em condições para estabelecer e muito menos restabelecerem um sis-tema que está fora de época, ou por outro lado, é uma tentativa de ante-cipação histórica, é um desconheci-mento dos vícios, das concepções milenárias do homem.

Pensa que o modelo comunista fará sentido algum dia?

Acredito, mas nunca neste século. Agora, os partidos comunistas são necessários no mundo como forma de oposição a um sistema de explo-ração capitalista que também não está certo.

o Partido Comunista Português foi injusto consigo quando o expulsou?

Teve os seus custos. Eu quando entrei em divergência com o PCP escrevi uma carta ao partido, uma carta pensada e amadurecida, por-que eu tenho alguma dificuldade em falar de improviso, porque se eu es-tiver num congresso ou num debate público tenho mais facilidade de me exprimir.

ainda tem recordações do tempo em que esteve preso?

Não me esqueço e faria o mesmo na luta contra o fascismo. Se fosse possível voltar atrás eu faria aquilo que fiz, naturalmente corrigindo as

experiências e as práticas erradas.

os anos que esteve detido marca-ram, de alguma forma, a sua vida?

Eu fui preso seis vezes, mais ou menos dez anos ao todo e quando saí da prisão voltei sempre ao com-bate. Só este combate que travei depois, contra os erros do PCP, as ideias erradas e ultrapassadas do partido e a maneira um pouco fa-nática do mundo em que vivemos é que me marcam pela negativa. Eu não podia esquecer a queda dos outros países, que caíram sem serem derrubados.

Tem algum sentimento de revolta dentro de si?

Revolta tenho contra os opres-sores. Eu nunca fiz declarações, recusei-me sempre a fazer declara-ções, a minha posição sempre foi muito clara - eles próprios o dizem para me condenar, não dizem para me elogiar. Ainda da última vez que fui preso, no dia 28 de Outubro de 1973, quando foram as últimas elei-ções, a minha prisão nessa altura foi só de seis meses. Mas como tinha um governo ditatorial em Portugal - e eu sou português - procurei comba-ter dentro do meu país contra uma ditadura.

acha que valeu a pena lutar pe-los seus ideais?

Voltaria a fazer o mesmo e fi-lo de-pois das várias prisões. Repare que depois de cerca de dez anos preso, no dia 28 de Outubro de 1973, re-gressei à luta quando saí da prisão - o meu julgamento foi o último de carácter político em Portugal, a 19 de Abril de 1974. Tinha sido deriva-do à minha prisão, já no tempo do Marcelo, da manifestação que fize-mos aqui junto da Câmara Munici-pal, ou da secção de voto que estava instalada no edifício da autarquia, e eu fui preso nessa altura, em plena praça, por boicotar as eleições, que eram uma burla, porque não havia concorrentes que não fossem os próprios do Governo. Portanto, não eram eleições, era uma fantochada e eu fui preso na Praça Stephens nesse dia. Como diz o poeta, “tudo vale a pena, quando a alma não é peque-na” e voltaria a fazer o mesmo. Não é possível voltar atrás, mas se fosse voltaria ao combate pela liberdade e por um verdadeiro socialismo.

depois de uma vida de luta não acha injusto a expulsão de um par-tido onde sempre militou?

Eu acho que foi completamente

injusto. Levantei problemas e defendi verdades. Verdades concretas. Ago-ra, se me perguntar se é possível na nossa época o comunismo respondo-lhe que não é. Mas acredito que um dia uma coisa mais ou menos próxi-ma, que eu não posso definir qual, nem de que maneira, a sociedade vai-se aproximar de alguns dos prin-cipais ideais defendidos pelo comu-nismo. O comunismo, neste momen-to, considerando o homem, a capa-cidade e evolução da inteligência humana, das próprias concepções por toda uma série de factores, não é possível. Essa sociedade comu-nista, de igualdade, não é possível neste momento. Acredito que daqui a trezentos ou quatrocentos anos, se calhar, não menos, isso será possí-vel, agora não. Até porque a socie-dade comunista, tendo à cabeça a União Soviética, nunca foi uma so-ciedade justa. Havia uma clique de funcionários, era uma burguesia de privilegiados que, não sendo donos dos meios de produção directos, na realidade essa clique tomou o poder dos vários países, sem excepção, e ruiu. E ruiu porque o Homem não es-tava preparado para uma situação de igualdade. É verdade que o po-der capitalista foi substituído por uma nova burguesia, e essa burguesia não era a burguesia dona das fábri-cas, mas era a burguesia dona do Estado e através, do próprio Estado, o salto verificou-se a favor de uma nova classe que era a classe dos do-nos dos partidos comunistas.

ainda continua a definir-se como comunista?

O ideal supremo, para mim, é o comunismo. Só que este não é possível nos dias que vivemos. Faz sentido continuar como partido, e é necessário, é fundamental, mas nunca no poder. Não há condições para o estabelecimento de um regi-me comunista, tal e qual como ele era definido.

Comunista até morrer?Comunista até morrer. O Partido

Comunista é necessário e fundamen-tal, mas alterando a sua táctica e a sua estratégia. Entrar num realismo onde não entrou pois aquilo era um sonho que ruiu, mas ruiu em todo o lado: na China, na Albânia, no Leste. Mesmo na Coreia as coisas hoje es-tão a transformar–se nesse sentido e no Vietname a mesma coisa, porque não se podem ultrapassar etapas.

Entrevista concedida ao JMG em 18 de Abril de 2002

JOAQuIm cArreIrA, eX-mILItANte dO pcp

“O HOmem nãO eStá PRePARADO PARA um SiStemA COmuniStA”

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Jornal da Marinha :: 28 de Abril de 2011

8Local

JornaldaMarinhaGrandeCompanheiros na comunicação

| telefones 244 502 628 - 244 555 920 | fax 244 569 093 | | travessa vieira de leiria, 9 marinha grande |

Dar a conhecer à população como a formação pode abrir novas oportunidades no campo profissional e pessoal é o principal objectivo da sessão de esclarecimento que terá lugar na próxima quarta-feira, dia 4 de Maio, nas instalações da ACIMG

A iniciativa, intitulada “Como Apren-der Mais”, é promovida pelo grupo de

formandos do Curso de Educação e Formação de Adultos de Empregado Comercial, a funcionar na Associa-ção Comercial e Industrial da Marinha Grande.

Com início marcado para as 9 ho-ras, a sessão contará com a entrevista a um representante do Instituto de Em-prego e Formação Profissional e com o testemunho de um empresário da Marinha Grande, que dará conhecer

as características que um empregador valoriza num empregado comercial.

Serão ainda apresentadas sugestões de como procurar emprego e como se preparar para uma entrevista de traba-lho. Pretende-se desta forma mostrar à comunidade marinhense como cada competência adquirida em formação contribui para o crescimento pessoal, individual e profissional em qualquer idade. ß

No âmbito do Curso EFA de Técnico Multimédia, os alunos da Escola Profissional e Artística da Marinha Grande, acompanhados pela formadora Márcia Santos, visitaram no passado dia 21 de Abril as instalações do JMG e da RCM para melhor conhecerem o funcionamento destes órgãos de comunicação

Foi com muito interesse e entusiasmo que os alunos ouviram as explicações, relativamente ao funcionamento do jornal e da rádio. Foram colocadas questões sobre alguns aspectos que poderão vir a ser-lhes úteis para o curso que frequentam.

Os aspirantes a técnicos de multimé-dia puderam ainda vivenciar algumas experiências, tais como participar em directo no programa “Manhãs da Rá-

dio”, transmitido entre as 9h e as 12h. Quem sabe se no futuro possamos

ter alguns destes alunos como colegas de trabalho! ß

FOrmAçãO

COmO APRenDeR mAiS?

cursOs eFA

Alunos da ePAmG visitam JmG/RCm

A Associação Protectora de Animais da Marinha Grande (APAMG) vai levar a cabo mais uma campanha de adopção de animais, agendada para este fim-de-semana, no Parque Mártires do Colonialismo

As voluntárias da associação marinhense apelam ao espírito solidário da população para ajudar a auxiliar os muitos animais que precisam de ajuda.

A APAMG, que tem neste momento 70 animais a ne-cessitar urgentemente de encontrar um novo lar, admite que não tem meios para acudir a todas as situações.

A campanha de adopção terá lugar, então, este sába-do e domingo, junto ao Cemitério Municipal da Marinha Grande, entre as 10h e as 18h30.

Para mais informações, contactar a APAMG pelo 919 737 733 ou 914 580 925. ß

cAmpANhA de AdOpçãO

Animais procuram novos lares

QuímIcA

Alunos marinhenses “em alta” nas Olimpíadas

António Almeida, professor de Ciências Físico-Quí-micas da Escola Nery Capucho, marcou presença nas nas Olimpíadas da Química Júnior, em Coimbra, com duas equipas de alunos do 9º ano.

Uma das equipas conquistou um brilhante 3º lugar. A Escola Nery Capucho esteve representada nas

sete edições da prova, conseguindo alcançar, por três vezes, o 3º lugar (2005, 2009 e 2011). ß

Jsd

marinha Grande nos órgãos nacionais

A JSD da Marinha Grande conta com mais um elemento nos órgãos nacionais da Juventude Social-Democrata (JSD)

Daniela Teixeira Serrano foi eleita para a recentemente criada Comissão Eleitoral In-

dependente, responsável pela gestão de todos os pro-cessos eleitorais da JSD.

Desta forma, Mónica Rosa é a nova Presidente da Mesa de Plenário e a Marinha Grande conta agora com Margarida Balseiro Lopes na Comissão Política Nacional e com Daniela Teixeira Serrano na Comissão Eleitoral Independente. ß

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9Cultura

Integrada nas comemorações do 25 de Abril de 1974 e por iniciativa da Associação Conce-lhia de Associações da Marinha Grande (ACAMG), realizou-se ao fim da tarde do último sábado, dia 23, a Tertúlia subordinada ao tema “O 25 de Abril, visto por alguns in-tervenientes da nossa terra”, com o apoio da Câmara Municipal, que se fez representar pelos seus Presidente e Vice-Presidente e pela vereadora da Cultura, e que teve como palco a Galeria Municipal, onde se encontra patente ao públi-co a Exposição de Pintura “Talentos da Marinha Grande”.

Osvaldo Castro, Henrique Neto, Álvaro Órfão, João Barros Duarte, Luís Guerra Marques, Fran-cisco Duarte, Guilherme Correia e Licínio de Sousa foram os convida-dos para a Tertúlia, moderada por Aires Rodrigues, que começou por centrar o testemunho dos interve-

nientes nas perspectivas que se vi-viam na Marinha Grande antes do 25 de Abril.

Da súmula das intervenções ficou a saber-se que a Marinha Grande, que então era vila, junta-

mente com Leiria, era um forte cen-tro da oposição com realizações de vulto, como o foi a Plataforma de S. Pedro de Moel da Oposição Democrática e foram lembradas figuras como José Vareda, Vasco

da Gama Fernandes e Joaquim Carreira, entre outros, considera-dos motores de muitas realizações da Oposição e que muitas vezes levavam à detenção pela polícia política.

Ficou também a ideia que a Marinha Grande se encontrava preparada politicamente para o 25 de Abril, como foi o caso da realização do 1º de Maio na Praça Stephens, que encheu des-de o seu centro até para lá do quartel dos Bombeiros. Aborda-ram-se depois capítulos pós 25 de Abril, em que muitos dos con-vidados participaram e quando o diálogo passou para a plateia falou-se da classe política actual, que promete, mas não cumpre, do descrédito a que está votada por parte dos eleitores e dos jo-vens, que se sentem desiludidos em relação ao seu futuro. Mesmo a terminar, porque a hora já ia adiantada, Licínio de Sousa pro-pôs à Câmara Municipal a reco-lha de testemunhos de pessoas e factos ocorridos antes da Revolu-ção dos Cravos, para memória futura. ß

cOmemOrAções

teRtúLiA DiSCute 25 De ABRiL

O Rotary Club da Marinha Grande comemorou o seu 10º aniversário do passado dia 25 de Abril, juntando no Hotel Mar e Sol, em S. Pedro de Moel, Companheiros, Companheiras e Familiares, aos quais se juntaram como convidados o Governador do Distrito 1970, representantes do Rotary Clube de Leiria, do Rotary Clube de Oliveira de Azeméis e o Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, que tomaram assento na mesa de honra, na companhia do Presidente do Rotary Club da Marinha Grande

As cerimónias protocolares da saudação das bandeiras da apresentação Rotária pre-cederam o almoço que decorreu animado até ao corte do bolo de aniversário e do canto de parabéns ao jovem Rotary Club da Marinha Grande. Antes, porém, as inter-venções protocolares, com Anisabel Órfão a tomar a iniciativa, começando por saudar o Governador do Distrito 1970, Armindo Carolino, os Clubes convidados e uma sau-dação especial a Gabriel Roldão, primeiro Presidente do Rotary Clube da Marinha Grande, e depois tomando como mote os dez anos do Club, dissertou sobre as dez boas razões para se ser Rotário.

Gabriel Roldão foi o orador seguinte e recordou o trabalho meritório que o Rotary desenvolveu durante os seus dez anos de vida, terminando por lhe dar os parabéns.

Por seu turno, Manuela Santos, Presiden-te do Rotary Clube de Leiria e António Pin-to Moreira, Presidente do Rotary Clube de Oliveira de Azeméis, endereçaram votos de parabéns ao clube aniversariante.

Álvaro Pereira, em nome da Câmara Municipal, agradeceu o convite que lhe foi dirigido para estar presente na cerimónia e deu as boas-vindas ao Governador do Dis-trito 1970, bem como à sua esposa, e felici-tou o Rotary Club da Marinha Grande pela passagem do seu 10º aniversário. Referindo que um dos lemas da instituição visa enal-tecer a cooperação e incentivar a troca de experiências e informações e tendo em con-ta o grande potencial, os conhecimentos, os contactos e as experiências de todos os pro-fissionais associados, para o Município da

Marinha Grande é crucial o estreitamento das relações institucionais e de cooperação, no exercício da sua actividade, dando a en-tender que o estabelecimento de parcerias entre entidades públicas e privadas, nacio-nais e estrangeiras, possibilita o engrande-cimento do trabalho de todos.

Alves Pereira, na sua qualidade de Presi-dente do Clube aniversariante, referiu que o mês de Abril é um mês cheio de significado para o Rotary Club da Marinha Grande, pois foi por um feliz acaso ter nascido a 25 de Abril de 2001. “Tendo dez anos, este Clu-be não passa de um pré-adolescente, com toda a sua irreverência, os seus desespe-ros, as suas dores de crescimento” e, como todos os Clubes e todas as Associações, “teve altos e baixos, coisas boas e menos

boas, mas como homens e mulheres de boa vontade e líderes, e com a ajuda dos seus sócios e de pessoas amigas, sempre foram ultrapassadas as dificuldades com que nos fomos deparando. Falou dos eventos que se avizinham, como o Baile da Primavera e o Piquenique e dirigiu um “agradecimento para todos quantos nos têm ajudado a cres-cer e a concretizar os projectos e iniciativas a que nos propomos com assinalável êxito, Clubes Rotários, entidades autárquicas, ou-tras entidades, empresas, familiares e ami-gos, comunidade em geral”.

Armindo Carolino, Governador do Dis-trito 1970, encerrou a série de discursos, agradeceu o convite que lhe foi endereçado e felicitou o Rotary Club da Marinha Gran-de pelos seus dez anos de filiação no Rota-ry Internacional. Referindo-se à actuação do Clube da Marinha Grande, Armindo Caro-lino disse que o Rotary conhece muito bem os caminhos a percorrer e os objectivos que tem que alcançar. Prestou testemunho de to-das as actividades que o Clube tem levado a efeito e disse que o Rotary da Marinha Grande lhe deu muitos ensinamentos, termi-nando por dar os parabéns à comunidade por ter um Clube que a engrandece.

O cantar de parabéns, o apagar das ve-las, o corte do bolo e o brinde final, foram o último acto das comemorações do 10º ani-versário do Rotary Club da Marinha Gran-de que só viu cair o pano quando todos os Companheiros efectuaram um passeio a pé até ao Penedo da Saudade. ß

sOcIedAde

Rotary da marinha Grande comemora 10º aniversário

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Jornal da Marinha :: 28 de Abril de 2011

10Opinião

O Executivo Municipal que pre-side à Câmara da Marinha Gran-de foi ontem confrontado com um comunicado da CDU com o título VEREADORES DA CDU – OPOSI-ÇÃO ATENTA, comunicado que mais não procura que não seja responder à crítica do Jornal da Marinha Grande que os acusou na passada semana de nada fa-zerem em prol do desenvolvimen-to do concelho.

Porque nesse comunicado não abundam factos verdadeiros, jul-gamos importante que a Popula-ção Marinhense conheça a verda-de dos factos.

Assim, vamos às mentiras do comunicado, uma a uma:

1.“O alargamento da Zona In-dustrial e a revisão do PDM está parada”.

Verdade dos factos – este exe-cutivo PS, que iniciou funções no final de 2009, encontrou estes assuntos exactamente no mesmo ponto em que o Executivo PS de Álvaro Órfão os deixou em Outu-bro de 2005. Foram quatro anos de total inacção, numa matéria que a CDU reputa de fundamen-tal.

Ora este executivo, relativa-mente ao alargamento da Zona Industrial, realizou no último se-mestre de 2010 três reuniões com o Primeiro-Ministro, tendo sido entregue toda a documentação necessária à tomada de decisão do Governo, o que se aguarda a qualquer momento.

A revisão do PDM está para-da, sim, porque o Executivo CDU não conseguiu concluir em 3 anos a necessária cartografia digital, instrumento legalmente indispen-sável à revisão do plano. Foi este executivo PS que reactivou o pro-cesso, estando já homologada a

cartografia 1/10.000 e em pro-cesso de conclusão a cartografia 1/2.000.

2. “O PS limita-se a dar segui-mento a algumas das obras para as quais a CDU garantiu o finan-ciamento, como a recuperação do património Stephens ou a Rua da Indústria em Vieira de Leiria.

Verdade dos factos – o execu-tivo CDU deixou uma espécie de projectos, dos quais retemos que no Teatro Stephens o projecto que o PS encontrou estava sub orça-mentado, não tendo por exemplo verba prevista para equipamentos diversos, e indispensáveis como as … cadeiras (!!!)

O projecto teve de ser nova-mente elaborado, orçamentado e apresentado a concurso, já concluído, estando nesta fase a aguardar o visto do Tribunal de Contas para ser iniciada a obra.

Quanto à Rua da Indústria, ela nem sequer foi apresentada ao QREN pela Câmara anterior da CDU – foi este Executivo que o fez! E com sucesso, já que ontem mesmo foi obtida a aprovação de-finitiva do financiamento QREN.

Mas quanto a obras, a CDU tem trabalho para apresentar de facto: pode ser interessante recordar que o atraso de 1 ano na obra da Rua do Repouso, já concluída por este executivo, se deveu porque se es-queceram de negociar cedências de terrenos dos particulares! Ou seja, a Câmara anterior estava a contar fazer obra em terrenos de particulares sem sequer pedir au-torização, quanto mais compensar as pessoas pelas cedências.

3. “PS mente quando diz que aumento de receitas era fruto dos processos de contra ordenação que tinham sido retirados da ga-veta”.

VERDADE DOS FACTOS:

ProCessos de ConTra ordena-

ção eMiTidos eM 2006

Valor a pagar à CMMG em 2006 (CDU) – 32.911,40 €

ProCessos de ConTra ordena-

ção eMiTidos eM 2007 (CdU)

Valor a pagar à CMMG em 2007 (CDU) – 108.092,74 €

ProCessos de ConTra ordena-

ção eMiTidos eM 2008 (CdU)

Valor a pagar à CMMG em 2008 (CDU) – 37.171,63 €

ProCessos de ConTra ordena-

ção eMiTidos eM 2009 (CdU)

Valor a pagar à CMMG em 2009 (CDU) – 58.941,31 €

ProCessos de ConTra ordena-

ção eMiTidos eM 2010 (Ps)

Valor a pagar à CMMG em 2010 (PS) – 192. 074,70 €

Conclusão: Num único ano de 2010, a Câmara PS aplicou con-tra ordenações num valor quase igual ao da CDU em … 4 anos. Palavras para quê?

4. “PS mente quando faz anún-cio de obras dadas como concluí-das mas que nem passaram ainda do papel, lembrando o saneamen-to da Fonte Santa”.

Verdade dos factos: na reu-nião de câmara do dia 24 de Março de 2011 foi distribuída uma listagem contendo as obras de saneamento concluídas em 2010, num total de 9.561 metros de rede de saneamento. Esse va-lor subirá para 21.472 metros de redes de saneamento que esta-rão concluídas no final de 2011, onde se inclui a obra da Fonte Santa, numa extensão de 2.197 metros.

5. “Aluguer do imóvel ao lado da Câmara para albergar a TUMG”.

Verdade dos factos: o imóvel foi alugado para albergar a Divi-são de Urbanismo e Licenciamento (obras particulares), transferência que foi efectuada no dia 28 de Março. A TUMG ocupa uma pe-quena parte desse edifício, é ver-dade, embora a título provisório, e antes ocupava instalações nos estaleiros que foram afectas aos serviços de águas e saneamento, para melhorar as condições de acesso dos Munícipes.

6. “A Câmara não toma medidas claras sobre o Centro de Saúde nem sobre o CAT”, nem “trata do assunto do médico da Moita”, nem dos “cui-dados de saúde dos idosos”.

Verdade dos factos: Embora a decisão sobre estas matérias seja da estrita competência do Ministé-rio da Saúde, o Executivo da Câ-mara compreende os anseios das populações, está ao seu lado para a melhor resolução dos mesmos, e assume estes problemas como seus.

Por isso, o actual executivo reu-niu já com a Direcção do Centro de Saúde e com a Administração Regional do Centro dando conta da sua preocupação e tem já mar-

cada nova reunião sobre o assunto para dia 3 de Maio. Mas não pode substituir-se ao Ministério da Saúde, quer porque não tem competência legal para o fazer, nem dinheiro para pagar essas atribuições.

Já agora pergunta-se: a Câma-ra CDU enquanto foi executivo o que fez sobre estes assuntos? Ah, é verdade, bem nos lembramos - tentou impedir a implementação do CAT!

E o que faria agora se fosse executivo? Contratava médicos? Sem cobertura legal? E com que verbas? Trata-se apenas de dema-gogia populista e irresponsável!

7. “Os vereadores da CDU notam com mágoa que a Fregue-sia da Moita está ao abandono” e “ as poucas obras que se têm feito na Vieira são as que a CDU deixou financiadas e adjudica-das”.

Verdade dos factos: que legit-imidade tem a CDU para falar de obras nas Freguesias da Vie-ira e da Moita? Que obras fez em 4 anos? Que projectos finan-ciados e adjudicados? Por favor indiquem um, apenas um! Zero, encontrámos nós.

O Executivo do PS na Câmara Municipal

Depósito Legal Nº 80254/94Registo no ICS Nº 100103Preço avulso: 1,10 euros Série de 26 números(6 meses): 15,00 euros O pagamento é sempre adiantado

FundadorJosé Martins Pereira da Silva

Director António José Ferreira [email protected]

RedacçãoAntónio José Ferreira (CP 2614), Carla Fragoso (CP 7388), Alice Marques, Adriano Paiva e José Manuel André

ColunistasOsvaldo Sarmento e Castro, António Santos,

Luís Guerra Marques, Joaquim João Pereira, João Cruz, Mário Nuno Francisco, Álvaro André, Nélson Araújo, Pedro Silva, Telmo Neto, João Saraiva, Gabriel Roldão, Sérgio Bento, Armando Constâncio, Ana Medina Reis, Ana Patrícia Nobre, Nuno Cruz, Ernesto Silva

Composição e paginação Ileve - [email protected]

Serviços Comerciais e PublicidadeMónica Matias (244 502 628)

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dIreItO de respOstA

muitAS PALAvRAS, POuCAS veRDADeS!

N o J M G p r i v i l e g i a m o s a s u a o p i n i ã o . E s c r e va , n ó s p u b l i c a m o s .

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Jornal da Marinha :: 28 de Abril de 2011

12Opinião

Ex. Sr. Director do Jornal da Mari-nha Grande,

O segundo ano de mandato da Câmara Municipal da Marinha Grande encerra ensinamentos sobre os quais convém meditar.

É por demais evidente a realidade do concelho que põe a nu as fragili-dades da gestão autárquica actual.

Face à realidade existente, venho a público uma vez mais denunciar o imobilismo autárquico da câmara PS/PSD no concelho e em particu-lar na freguesia da Moita. O PS na autarquia, tal como no governo, é in-capaz de por em prática uma política ao serviço das populações, ao invés, agrava e dificulta a vida à popula-ção com medidas anti-populares, ou seja, a austeridade do costume.

O executivo PS/PSD votou a fre-guesia da Moita ao esquecimento, os moitenses estão insatisfeitos, obra feita, até hoje, é praticamente nula.

O PSD, companheiro de viagem do PS, é conivente com esta política, finge ser adversário mas na realida-de é comparsa, apoia descarada-mente uma câmara que é incapaz de planear, projectar e desenvolver a economia do concelho. O seu ve-reador é lapidar, não gosta de dizer não, é contra a política do não, olha de “lado” para os que dizem com razão: não. Segundo ele, o concelho

não progride, a terra vidreira não se eleva nem desenvolve se continuar-mos a dizer não. Moral da história, os amigos são para as ocasiões e os Srs. do PSD sempre que é preciso es-mifrar o povo dizem sim, é assim na Câmara da Marinha Grande como no governo da República, dando o seu aval a políticas de ruína e declí-nio nacional do governo Sócrates.

O Sr. Álvaro Pereira arranjou um bom santo protector para o proteger. Quanto a estes “amigos do povo” estamos conversados, contra factos não há argumentos, são sempre a solução e não o problema.

Todos nós estamos recordados da massacrante campanha que o Partido Socialista fez contra a CDU enquanto poder, ocultando e distor-cendo a realidade das coisas, contu-do a CDU fez obra na Moita, não o desejável mas o possível, iniciando e fazendo grande parte do saneamen-to à população, requalificou o Largo da Capela, uma creche nas escolas primárias e mais não se fez porque a CDU herdou a câmara descapi-talizada e sem acesso ao crédito, o mesmo não se verificou quando o PS ganhou as eleições em 2009.

Os moitenses não esquecem a linguagem utilizada em tempos não muito distantes, não sofrem de am-nésia. A câmara PS/PSD até à data

nada de relevante fez na Moita e na minha perspectiva nada irá fazer, os próprios eleitores que ajudaram a eleger esta câmara estão convictos que assim será, nunca é demais di-zer e enaltecer o que estes senhores prometeram nas eleições. Está implí-cito no programa eleitoral dos Srs. que faziam tudo num abrir e fechar de olhos, na altura com muita força iam arregaçar as mangas e a Moita ia ficar um brinco. Por ilusão, recolhi-dos os votos tudo se esqueceu, muitos desses Srs. nunca mais foram vistos na Moita. Porque será que se ausen-taram? Deixaram de nos visitar por-quê? Quem promete fica moralmente vinculado a um compromisso, princí-pio não respeitado por todos, quem não tem elevação, carácter e honra jamais poderá honrar a sua palavra. De facto, não se vislumbra uma única obra capaz de atenuar a desilusão por que estão a passar os Moiten-ses. As carências estão conhecidas e estão à vista de todos, tais como a conclusão do saneamento básico, reparação da rede viária, dando prioridade às ruas mais degrada-das: ex. Rua da Quem – Gosta, uma vergonha no século XXI, o prometido polidesportivo, construção de habita-ção social para as famílias mais po-bres, implementação da Zona Indus-trial da Moita, construção da casa

mortuária, intervir junto dos orga-nismos competentes para melhorar a assistência médica à população, uma vez que esta não corresponde às necessidades da população por falta de médico. Os representantes da Moita no parlamento camarário (AM), não propõem discutir com as outras forças políticas estes assuntos, porquê? Falta de coragem política? Desinteresse? Não querem ficar mal na fotografia? Têm medo de defen-der o povo da Moita? Têm receio de perder o lugar?

A esta (des)governação da Câ-mara PS/PSD ao mesmo tempo que sacrifica e esmaga a população do Concelho, com o aumento de todas as taxas e licenças, aumento que ul-trapassou os 3 mil por cento, ou seja, 30 vezes mais que as anteriores ta-xas, ao qual acresce o brutal aumen-to das tarifas da água, em cerca de 27% quando o valor cobrado pela autarquia CDU. Cobria plenamente os respectivos custos de exploração. Dizem que o tempo é de crise, não para todos, que há restrições a fazer, mas paga-se 40 mil euros/ano de encargos com o novo administrador da TUMG, cargo anteriormente não remunerado, sem que de tal resulte qualquer benefício para a popula-ção. Os 250 mil euros que não entra-ram nos cofres da autarquia com a

demagógica medida de redução do IRS em 1%, só beneficiou algumas das famílias mais ricas entre 500 e 1000 euros/ano, enquanto milhares de famílias com menos rendimentos beneficiaram de uns míseros 18 cên-timos/ano.

Muito mais havia para dizer, será que estes Srs. são de esquerda e so-cialistas? Comprovada que está a in-capacidade da Câmara PS/PSD em resolver os problemas essenciais das populações, o mínimo que se exige é que não se delapide os dinheiros públicos com medidas eleitoralistas que visam apenas suster a perda de eleitorado e apoio popular. Avalio os políticos pela sua prática, não pelo que dizem mas sim pelo que fazem no dia-a-dia, a competência, coerên-cia, a seriedade, a honestidade e, sobretudo, a honra da palavra são atributos que prezo, estimo e admi-ro. Há gente que está na vida polí-tica para servir quem precisa, assim como outros há que estão nela para se servirem, exemplos não faltam.

Pela minha parte os Moitenses poderão contar incondicionalmen-te com a minha acção, iniciativa, proposta e denúncia para repor a freguesia da Moita no caminho do progresso e desenvolvimento.

Vítor Martins

cArtA AO dIrectOr

AS OBRAS DA CâmARA PS/PSD nA mOitA

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Jornal da Marinha :: 28 de Abril de 2011

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2ª publicação na edição nº 2457 do JMG de 28 de Abril de 2011

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15Desporto

O Atlético Clube Marinhense deu um passo muito importante rumo à permanência no Campeonato Nacional da III Divisão – Série D

Após a vitória no terreno do Vigor e Mocidade, por 0-1, no passado fim-de-semana, o ACM sentenciou prati-

camente a manutenção na prova.A equipa de Marco Aurélio lidera

a pauta classificativa, com 27 pontos, mais 5 que os segundos classificados, Tocha e Benfica e Castelo Branco, que empataram a duas bolas nes-ta jornada, e já com dez pontos de avanço sobre o Águias do Moradal,

a primeira equipa abaixo da linha de água.

Quando faltam disputar cinco jor-nadas para o termo da competição, o Marinhense está em boa posição para garantir a permanência, bem como a liderança desta espécie de “liga dos últimos”. ß

FutebOL

ACM MAIs pRóXIMO DA MANUTENçãO

a sua rádio de todos os dias

a rádio

de todos os dias

AssOcIAtIVIsmO

ID Vieirense tem nova direcçãoO Industrial Desportivo Vieirense (IDV) acaba de eleger novos corpos sociais para o ano 2011/2012

A eleição ocorreu no passado dia 8 de Abril, em Assembleia-Geral, órgão que continuará a ser liderado por Rui Rodrigues. O Conselho Fiscal é presidido por Hermínio Pinto. A Direcção continua a ser liderada por Isabel Gonçalves. A vice-presidência fica entregue a Nuno Simões. O tesoureiro é Leonel Parreira Bernardo.

Completam a equipa directiva Luís Manuel Oliveira, José António Soares, Fernando Germano Lopes, José Alexandre, Paulo Lavos, Hermenegildo Mónica, João José Matos e Emídio Crespo. ß

NAtAçãO

Filipa Ruivo no pódio em Chipre

Realizou-se nos dias 16 e 17 de Abril, a prova mais importante do calendário internacional para o escalão de juvenis, o Multinations Youth Meet em Limassol, no Chipre

Estiveram representadas onze Selecções: Brasil, Chi-pre, Dinamarca, Eslovénia, Finlândia, Grécia, Israel, Polónia, Portugal, Suíça e Ucrânia. A atleta marinhense Filipa Ruivo alcançou o 5º lugar nos 400 metros Esti-los (5:16,74), 5º Lugar nos 800 Livres (9:34.45), 5º lugar nos 200 Livres (2:11,25) e 3º lugar nos 400 Li-vres (4:32,15), trazendo a medalha de bronze para a cidade vidreira.

O destaque vai para a estafeta dos 4x200 Livres (8:52.90), onde o conjunto das atletas Maria Amorim, Filipa Ruivo e Beatriz Craveiro alcançaram o Recorde Nacional de Juvenis, e o segundo lugar no Meeting, também na estafeta 4x100 Livres (4:04.24) as mesmas atletas obtiveram a medalha de prata. No colectivo, a selecção feminina alcançou o 2º lugar, enquanto que o sector masculino ficou em 5º lugar. No geral, a Se-lecção Portuguesa classificou-se em 3º lugar. Prepara-se agora a Época de Verão, na tentativa do Desportivo Náutico estar representado na Taça COMEN.

Pedro Lopes - DNMG

O médico José Robalo deverá substituir Hélder Fernandes na assembleia-geral de 19 de Maio, agendada para a eleição dos novos corpos sociais

António Santos já convocou a próxima assembleia-geral: 19 de Maio. Será esta a data em que o AC Ma-rinhense entrará num novo ciclo, com a saída de Hélder Fernandes e a entrada do médico pediatra José Robalo, que até aqui vinha desempenhando funções no departa-mento de futebol juvenil do clube.

Há muito que se aventava a possibilidade de Robalo

assumir outras funções no clube, sobretudo a partir do momento em que mostrou disponibilidade para liderar um projecto de requalificar o Campo da Portela.

Um projecto que vai poder concretizar uma vez que as-sumirá a presidência do clube, introduzindo uma ruptura com a gestão de Hélder Fernandes, que nos últimos anos ganhou anticorpos com muitos associados de referência, entre os quais Jorge Martins e Juventino Fernandes, que apoiam o futuro líder.

Tudo se conjuga para que a paz regresse ao AC Mari-nhense, pelo menos nos tempos mais próximos. ß

O Clube Desportivo da Garcia vai levar a cabo, nos próximos dias 1 e 8 de Maio, o “Torneio de Futebol Infan-til”, que decorrerá no âmbito das comemorações do 25 de Abril de 1974. A prova, que vai já na terceira edição,

será disputada entre as 9h30 e as 13 horas, no Parque Desportivo Manuel Alegre, na Garcia.

O torneio conta com o apoio da Câmara Municipal da Marinha Grande. ß

mArINheNse

José Robalo substitui Hélder Fernandes

FutebOL

CD Garcia organiza Torneio Infantil

Constância foi novamente a capital do atletismo no Riba-tejo, com a realização do

24º Grande Prémio da Páscoa Cons-tância, prova integrada nas Festas do Concelho e organizadas pela Câmara Municipal.

O GDR das Figueiras, mais uma vez, participou no evento, com 14 atletas.

A classificação obtida pelos atletas marinhenses foi a seguinte: José Au-gusto (23º), Artino Mota (59º), Paulo Simão (81º), João Guerreiro (146º),

Mário Duarte (169º), Leonel Rodri-gues (183º), Paulo Simão (197º), Francisco Moreno (198º), Evangeli-no Cardeira (270º), Vítor Cardeira (314º), Fernando Santos (392º), Dia-mantino Cruz (401º), João Guerreiro (421º) e Manuel Brás (577º). ß

AtLetIsmO

Atletas das Figueiras correm em Constância

Campeonato Nacional da III DivisãoPos. Equipa Pontos J V E D1 Marinhense 27 5 3 2 02 Tocha 22 5 2 3 03 Benf.C.Branco 22 5 2 1 24 ÁguiasdoMoradal 17 5 1 2 25 VigorMocidade 14 5 1 1 36 Gândara 6 5 1 1 3

Gândara.........................0-3....... ÁguiasdoMoradalTocha............................2-2.............Benf.C.BrancoVigorMocidade.............0-1...................Marinhense

JORNADA6Tocha..........................01/05.......... VigorMocidadeGândara.......................01/05...........Benf.C.BrancoÁguiasdoMoradal......01/05.................Marinhense

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Jornal da Marinha :: 28 de Abril de 2011

16Desporto

bAsQuetebOL

sp. MARINHENsE NA FEsTA DE pORTIMãOpAtINAGem

Jovens marinhenses patinam em Canelas

Realizou-se nos dias 16 e 17 de Abril, em Canelas - Estarreja, a I Jornada do Encontro Nacional de Pista para os escalões de Escolares, Infantis e Iniciados e o Campeonato Nacional Individual de Pista para Absolutos

Marcaram presença neste encontro 152 patinado-

res de velocidade representando catorze clubes. O Agrupamento de Escolas Guilherme Stephens esteve representado por treze atletas: Diana Godinho, Car-lota Rodrigues (Benjamins Femininos); Martim Silva e Alexandre Gaiolas (Benjamins Masculinos); Pedro Gaiolas (Escolares Masculinos); Angélica Norte (In-fantis Femininos); Henrique Borda D’ Água, Alexis Co-elho (Infantis Masculinos); Beatrice Constantin, Cátia Jesus e Mariana Jesus (Iniciados Femininos); Daniel Constantin (Iniciados Masculinos); Inês Sousa (Cadete Feminino).

Apesar de ser um dos clubes mais jovens da Patina-gem Nacional, o Agrupamento de Escolas de Guilher-me Stephens apresenta já resultados muito positivos.

Logo na primeira prova, no percurso de destreza e perícia em patins, o atleta Pedro Gaiolas alcançou o 3º melhor tempo do seu escalão.

Na prova de 500 metros Sprint, os atletas mari-nhenses Henrique Borda D’Água (Infantis) e Beatrice Constantin (Iniciados) obtiveram tempos nas suas sé-ries que os colocaram directamente na final onde se classificaram em 5º lugar.

Nas provas nocturnas a melhor classificação ma-rinhense foi o 4º lugar de Henrique Borda D’Água na prova dos 1.000 metros linha com o tempo de 2.00.158.

Em evidência estiveram também os atletas benja-mins, Alexandre Gaiolas e Diana Godinho que es-tando a competir no escalão de escolares obtiveram vários melhores tempos de entre os atletas benjamins.

Para finalizar, realçamos um dos pontos mais posi-tivos da participação do Agrupamento de Escolas de Guilherme Stephens que saiu desta primeira jornada do Encontro Nacional de Pista em 1º lugar na classi-ficação por equipas em Iniciados Femininos com 69 pontos, à frente da CCR Válega com 65 pontos e da Juventude C. Aljezurense com 56 pontos. ß

O IV Open de Pesca Desportiva disputou-se no passado dia 17 de Abril, na Praia de Vieira de Leiria

Com a presença de 190 pescadores, oriundos de todo o país, o peixe não colaborou em abundância mas 172 participantes fizeram o “gosto à cana”.

As classificações foram as seguintes: Individuais - 1º Gonçalo Alexandre (Clube Millennium BCP – 452 gra-mas; 2º Carlos Nora (Cantanhede) – 370; 3º Fernando Garpar (Sepins) – 348. Por equipas - 1º GP Sepins - 44 pontos;

2º Pedreira dos Húngaros - 73 pontos;3º AMP Tocha - 82 pontos. ß

pescA

Open de pesca Desportiva

Alguns atletas do Sporting Clube Marinhense dos escalões de forma-ção (Sub-14 Masculinos, Femininos e Sub-16 Masculinos), integrados na Selecção Distrital da Associação de Basquetebol de Leiria, participaram no maior evento de basquetebol juvenil a nível nacional. Depois de seis jogos in-victos, a selecção de Leiria fez história ao conquistar, nos escalões Sub-14 e Sub-16 masculinos, um prestigiante 7º lugar na prova, que dá directamente acesso à I Divisão no próximo ano.

Esta festa do basquetebol teve lugar na cidade de Portimão, entre os dias 14 e 17 de Abril, contando com a par-ticipação de mais de 1.200 atletas de todos os distritos do país.

Não sendo esta a primeira partici-

pação dos atletas do Sporting Clube Marinhense neste evento, tendo já participado nos anos anteriores, esta festa é um acréscimo de experiência para os atletas do clube, que acima de tudo adquirem novos conhecimentos,

amizades, desenvolvem a sua paixão e um saudável espírito de competitivi-dade por este desporto.

A Secção de Basquetebol do Sporting Clube Marinhense

A equipa B da Comissão de Reformados de Vieira de Leiria foi a grande vencedora do 2º Torneio de Boccia Sénior, realizado na tarde da última sexta-feira, dia 22, no Parque Municipal de Exposições da Marinha Grande

A iniciativa deste Torneio, integrada no projecto Marinha Social, esteve a car-go da ADESER II, da Marinha Grande e da Associação de Promoção Social – Jardim dos Pequeninos, de Vieira de Lei-ria. A chuva persistente que caiu, aliada ao frio que se fez sentir, não esmoreceu a vontade dos seniores de ambos os se-xos das Freguesias da Marinha Grande, Moita e Vieira de Leiria, representando a Sociedade Desportiva e Recreativa Garciense, Clube Desportivo Moitense e Comissão de Reformados de Vieira de Leiria, respectivamente, em participar neste Torneio que teve dois objectivos fundamentais: promover o convívio salu-tar entre pessoas das três Freguesias do Concelho, que durante muitos anos se dedicaram ao trabalho, por vezes duro

e, através da modalidade desportiva que escolheram para preencher parte do seu tempo livre, exercitar e estimular as suas capacidades motoras e intelectuais.

Depois de um aceso despique entre as equipas participantes, acabou por sa-grar-se vencedora a equipa B da Comis-são de Reformados de Vieira de Leiria.

Depois da distribuição de uma meda-lha de participação a cada um dos parti-cipantes e da entrega do Troféu à equipa vencedora, a tarde desportiva terminou com um pequeno lanche partilhado.

O boccia é um desporto milenar mui-to praticado na Grécia Antiga. Consiste no lançamento de seis bolas de cores azul e vermelha em direcção a uma bola branca, que é lançada previamen-te para o recinto do jogo. Ganha a equi-pa que conseguir colocar mais bolas da sua cor perto da bola branca. O boccia foi introduzido em Portugal como moda-lidade para ser praticado por pessoas com deficiência e é já considerado mo-dalidade olímpica em que Portugal tem bons créditos. ß

bOccIA

Vieira ganha Torneio “Boccia sénior”

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17Opinião

Esta semana vou partilhar algumas questões de índole económica e em par-ticular o orçamento do Estado que, em grande parte, explicam o nível insusten-tável de endividamento a que se chegou no nosso país. Antes, porém, para um melhor entendimento vou tentar expli-car o deficit, isto é, o saldo negativo do Orçamento do Estado (se fosse positivo chamar-se-ia superavit) que é calculado como se segue:

Saldo do orçamento do Estado = Re-ceitas do Estado – Despesas do Estado

No ano de 2010, o valor oficial do deficit atingiu o montante de um pouco mais de 12 mil milhões de euros repre-sentando 7,6% da riqueza gerada por Portugal (PIB). Só que a realidade não foi essa e, para que “contabilisticamen-te” fosse esse o valor, foram utilizados al-guns artifícios a que muitos chamam de “engenharia” financeira, como quem diz “tapar o sol com a peneira”.

Todos nos lembramos da transferên-cia do fundo de pensões da PT para a Segurança Social e da venda de imóveis do Estado a uma empresa do estado chamada ESTAMO, que por sua vez os arrendou aos organismos públicos (do Estado) que eram os seus anteriores pro-proprietários. Só daqui são cerca de 4

mil milhões de euros. Se juntarmos mais 2 mil milhões de euros do BPN, chega-mos rapidamente a um valor que não andará muito longe de 6 mil milhões de euros o que dá 18 mil milhões de euros para o deficit real. Estimo este valor em cerca de 12% do PIB! Acrescente-se que a maquilhagem feita no orçamento com os fundos de pensões da PT e com a ven-da de património vai agravar as despe-sas nos próximos anos com o pagamen-to das pensões e as rendas. Para este ano o objectivo é de 4,6%, quase 8 mil milhões de euros. Dos 18 mil milhões de euros reais que estimei para 2010, para o compromisso dos 8 mil milhões de eu-ros necessários para 2011, teremos de conseguir, no mínimo, uma redução de 10 mil milhões de euros. É obra!

Quem elaborou o orçamento do Es-tado para 2011 e o PEC 4 deveria ter levado em consideração estes valores e ainda o acréscimo brutal que vai haver nos juros a pagar aos credores e que são despesa do Estado. Se tivesse sido apro-vado na Assembleia da República rapi-damente haveria necessidade de mais PEC’s. Sem margem para dúvidas pode-mos já antever que, para que o apoio à nossa economia seja eficaz, terá de con-templar medidas muito mais profundas e gravosas do que as previstas no PEC 4, tanto para a redução da despesa como para o aumento da receita.

Seguramente que a maioria de nós não teria conhecimento deste quadro ne-gro facilmente perceptível (assim o espe-ro), mas os credores e as empresas de ra-ting não se deixam enganar e conhecem bem esta realidade. Fiquem seguros que têm muito mais (e até piores) informações

do que aquelas que aqui apresento.Desde há muitos anos que o Estado

(tal como muitas famílias) gasta muito mais do que recebe. Esta situação era in-sustentável e teria de terminar em algum momento e, quanto mais tarde, mais du-ras e dramáticas as consequências das medidas de correcção.

Em 2010, por cada 100 euros de despesa quase 80 foram referentes a salários dos funcionários públicos, pres-tações sociais e juros e os outros custos representaram um pouco mais de 20. Como os juros estão a aumentar forte-mente e além disso é preciso reduzir a despesa, é fácil de imaginar que nos sa-lários e nas prestações sociais vão existir cortes para reduzir a despesa.

Como as receitas reais foram um pouco menos de 90 euros por cada 100 euros de despesa, chegaremos à triste conclusão de que nos irão aumen-tar impostos. O aumento do IVA e IRS é seguro, embora não chegue para as necessidades.

Muito importante será ver qual o exemplo que será dado pelo Estado, Governos regionais, autarquias e outros organismos públicos no corte a despesas supérfluas e com os cargos políticos. Es-tamos cá para ver.

Perante isto, não se entende porque é que continuaram sem nos dizer a verda-de, porque não foram já tomadas verda-deiras medidas de correcção e o porquê de tanta resistência para aceitar apoio externo.

Na próxima semana vou partilhar as minhas reflexões acerca do PIB.

*Gestor

OpINIãO

O PeC 4 eRA inSuFiCiente. PORQuê?

OpINIãO

Para quando uma auto-escada para a marinha Grande?

No dia trinta e um do passado mês de Março, ocorreu um incêndio em Leiria num edifício com nove andares, lan-çando o pânico no centro de Leiria. Frase publicada no semanário Região de Leiria, do dia 1 de Abril de 2011. Os bombeiros, prontamente evacuaram com a ajuda de uma auto-escada, os habitantes dos trinta e seis apartamentos do edifício… até aqui… tudo normal. Voltando um pouco atrás, ao dia 8 de Março de 2008. Todos nos lembramos que na Av. Vítor Gallo, na Marinha Grande, caiu uma criança com seis anos de idade, da varanda de um 5º andar ( 9 metros de altura).

A diferença entre estes dois acontecimentos, é que em Leiria existe mais do que uma auto-escada nos dois corpos de bombeiros, e na Marinha Grande não existe nenhuma. Uma lacuna imperdoável, em virtude dos inúmeros edifí-cios existentes nesta cidade, com mais de 5 andares. Existe até um edifício com 15 andares, (edifício Horizonte), sem que nenhum deles tenha escadas exteriores ou mesmo por-tas de corta-fogo. As peças jornalísticas que noticiaram o acontecimento, concretamente o Jornal da Marinha Gran-de, entre outros meios de comunicação, citaram que o Comandante dos bombeiros da Marinha Grande, referiu que os bombeiros depararam com muita dificuldade em chegar junto da vítima, (que foi identificado com politrau-matismos crânio-encefálico múltiplos, assim como a fractura dos membros inferiores), tendo ainda referido que sem uma auto-escada é difícil actuar com mais rapidez. De referir que o acidente aconteceu cerca das 9h50, e a criança só foi resgatada do local onde se encontrava, cerca das doze horas… Na semana seguinte, foram publicados no Jornal da Marinha Grande diversos textos jornalísticos, onde era claras as preocupações de quem escrevia os referidos arti-gos acerca do facto ocorrida uma semana antes.

Ponto nº 1 – Estranha a posição do senhor comandante dos bombeiros desta Cidade, que contrariando a sua posi-ção transmitida publicamente na semana anterior, lá ia di-zendo que a auto-escada não era uma prioridade para a As-sociação Humanitária dos Bombeiros da Marinha Grande.

Ponto nº 2 – É preocupante a forma como todos os mu-nícipes e responsáveis pelos bombeiros, que anteriormente se tinham mostrado preocupados com a realidade da nos-sa terra, se conformaram, se silenciaram, mostrando uma aparente resignação, desistência, ou mesmo submissão…, à resposta da Autarquia, (esta, autoridade máxima pela Protecção Civil), que referiu na altura ser desnecessária uma auto-escada, a qual, obrigava ao investimento de cerca de 400.000 euros, visto que, em caso de necessida-de, um equipamento dessa natureza poderia ser solicitada às corporações vizinhas. Quer viesse dos Bombeiros da Maceira, ou de Leiria, a auto-escada chegava à Marinha Grande em 8 minutos. Simplesmente ridículo.

Ponto nº 3 – Poderão os leitores estranhar o motivo des-ta minha indignação, cerca de vinte dias após o incêndio de Leiria, e porque não antes! Eu posso explicar. Estive à espera que alguém desta Cidade (munícipes, Município e/ ou Protecção Civil), descessem à terra, e manifestassem as suas preocupações, tal como eu acabei de fazer.

Reconheço alguns investimentos no nosso Concelho, al-guns deles de absoluta necessidade, outros com prioridade duvidosa. Alguns deles deveriam ter sido objecto de uma melhor análise no que se refere a prioridades. Para quando uma auto-escada para a Marinha Grande?

Rui Miranda

Caros leitores, na passagem de mais um aniversário do 25 de Abril, permitam-me que partilhe convosco a seguinte reflexão: já todos percebemos que foi uma amarga ironia endividarmo-nos como se não houvesse amanhã! Tínhamos poucas certezas, mas não quisemos abdicar da nossa fé. Porém, aprende-se sempre alguma coisa com a história.

As trapalhadas do Sr. Primeiro-Ministro há muito tempo se agastam na nossa vida política. Tem aumentado o fosso entre ricos e pobres e o povo tem dificuldades em gerir a sua vida. Prometeram-nos o nível de vida dos Suecos, obrigam-nos a pagar impostos como os Alemães e temos o FMI a governar-nos. Com a globalização, vivemos nos braços uns dos outros e tornámo-nos nómadas da nova história. O destino obrigou-nos a fazer a escolha. Temos pago um preço demasiado elevado por não participarmos na cidadania. Hoje, à distância, avaliamos que as coisas poderiam não ter sido exactamente assim. Lutarmos por um melhor país deve ser o nosso supremo objectivo de vida.

Convém lembrar que o desespero é o rastilho da insegu-rança. Precisamos rapidamente de uma batuta que ponha

ordem nas nossas desafinadas finanças e dissonantes políticas.

Contudo, não devemos chorar o nosso destino, porque certamente não iremos estar para sempre numa desgraça perpétua. Enquanto tivermos coragem e deter-minação não sucumbiremos às adversidades, temos uma recordação tangível de uma época que ainda não pas-sou. Temos ainda sido impiedosamente castigados pela utopia ou ingenuidade de alguns dos políticos que nos têm governado. Temos também uma relação estreita mas reveladora dos tristes factos da nossa história recente.

O tempo urge, não é sensato continuarmos apáticos, assistindo impávidos e serenos à degradação da nossa pá-tria. Mudar as coisas é responsabilidade e dever de todos. Dispomos das ferramentas e das competências para atingir os objectivos.

Como diz o povo: “A união faz a força!”.

Vítor J. F. Santos,Marinha Grande

OpINIãO

O tempo urge

Jorge Santos*

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Jornal da Marinha :: 28 de Abril de 2011

18Opinião

A propósito ou a despropósito da crise que está instalada entre nós (e com tendência a agravar-se), vão sen-do ditas coisas que ora me espantam, ora me intrigam, ora me incomodam. Eis um apanhado (não exaustivo) de algumas.

«isTo esTÁ Pior do qUe

anTiGaMenTe»

Nós, portugueses, somos saudosis-tas, por feitio e por tradição. Porém, temos má memória, o que é uma con-tradição apenas aparente. A nossa me-mória é, por assim dizer, selectiva, mas com critérios muito discutíveis. É como os filmes em que o protagonista esteve numa cadeia durante grande parte da vida e, quando sai em liberdade, co-meça a ter nostalgia do pouco de bom que por lá passou, secundarizando o muito que sofreu.

Parece haver pessoas com sauda-des do Portugal de antes do 25 de Abril. Será que essas gostariam mesmo de regressar a esse tempo? Só o co-nheço através de memórias de segun-da mão, pelos livros e, sobretudo, pelo testemunho de pais nascidos na déca-da de 1930 e de avós nascidos nos anos 1900. Ouvi-lhes muitas histórias arrepiantes sobre fome, falta de assis-tência médica e social, trabalho infan-til, salários miseráveis, analfabetismo, pobreza generalizada e privação de liberdade. Não fiquei propriamente entusiasmado.

Parece-me sempre leviano, para não dizer irresponsável, deixarmos que se vá relativizando o mal, seja sob que forma for. As cruas dificuldades da actualidade não podem servir de pretexto para branquear as nódoas do

passado. É no presente e, sobretudo, no futuro que temos de procurar so-luções para o que nos aflige, não no bafio da má memória. Ou corremos o risco de ver repetidos os erros que nos custaram tanto.

«ViVeMos aCiMa das nossas Possi-

bilidades dUranTe os úlTiMos anos»

«Vivemos», quem? Como assim? Confunde-se abusivamente realidades distintas. Por um lado, a aspiração, le-gítima, de querer viver melhor do que os pais e que os filhos vivam melhor do que nós. Por outro lado, a ostenta-ção, a falsa fartura construída sobre o dinheiro e o trabalho dos outros. O Estado e os amigos do Estado, esses sim, viveram acima das possibilida-des dos portugueses. Por isso, somos um país que passou directamente de andar descalço para usar sapatos de luxo que só servem para a festa, não para as necessidades do dia-a-dia. As prioridades baralharam-se e muita gen-te deslumbrou-se. O interesse colectivo deu lugar aos interesses particulares. Desperdiçaram-se recursos, oportuni-dades, tempo.

Agora, a festa acabou. Quem a go-zou já se foi embora, saciado, e cabe aos mesmos de sempre ficar a arrumar e a limpar os salões. E pagar aos for-necedores.

«a CUlPa é dos PolíTiCos»

Gostemos ou não de o admitir, os políticos são portugueses como os ou-tros, e não estrangeiros que se tenham apoderado, subitamente e pela ca-lada, do Estado, das autarquias, das empresas públicas. Se um artista é mau mas continua a ter público, quem paga bilhete também tem culpa na sua falta de talento. Andámos a escolher políti-cos em quem não confiaríamos para nos limpar a casa ou tomar conta dos nossos filhos. Assinámos contratos sem os ler. Fomos tolerantes com a falta de competência e de seriedade. Demasia-das vezes, preocupámo-nos mais com o resultado do jogo de futebol do que com o resultado das eleições. Preferi-

mos ir à praia em vez de irmos votar. Interessámo-nos mais pela novela do que pelo jornal que ajudaria a perce-ber o que se ia passando.

Enganámo-nos por ingenuidade – ou deixámo-nos enganar por preguiça e desinteresse? Não há bons políticos sem cidadãos exigentes e esclarecidos.

«eles qUe resolVaM a Crise»

«Eles», que é como quem diz: os políticos, os senhores da União Euro-peia ou do FMI, o patrão, o polícia, o professor, etc. Dir-se-ia que não é nada connosco, como se não tivés-semos cada vez menos dinheiro no bolso, como se o futuro amanhecesse radioso, como se pudéssemos ter, já amanhã, o primeiro filho ou o segundo ou o terceiro. Continuamos a delegar noutros a responsabilidade dos nossos interesses.

Quando o tempo começa a arrefe-cer, precavemo-nos com roupa mais quente. E não começamos uma viagem sem abastecer o depósito do carro. O que é que estamos a fazer para nos fortalecermos, para minimizarmos o impacto das medidas cegas de auste-ridade que vão abater-se, ainda mais severas, sobre nós? As famílias e a comunidade estão a cuidar dos seus elementos mais fracos, as crianças, os idosos, os desempregados? Adaptá-mos o nosso estilo de vida e reformulá-mos as nossas prioridades? É tempo de nos questionarmos acerca das nossas capacidades, dos nossos limites de es-forço, para não sermos – mais uma vez – apanhados desprevenidos.

Nada nesta crise rima com justiça. Vamos mesmo ter de pagar a factura da despesa que outros contraíram por nós. E temos muito pouco a esperar do Estado, pelo menos deste Estado que ameaça falir após ter esgotado tudo o que nos exigiu ao longo dos últimos anos. É tempo de, dentro da nossa estreita margem de manobra, desco-brirmos novas receitas e melhores so-luções. Que a crise sirva, ao menos, para crescermos, como cidadãos e como povo. ß

OpINIãO

COiSAS Que Se Dizem A (DeS)PROPóSitO DA CRiSe

cArtA AO dIrectOr

Discriminação na várzea

Exmo. Sr. Director do JMG,Quem é que já não circulou na Rua Miguel Torga e

Rua Natália Correia, via de acesso a Pedreanes, sem sa-ber sequer que a mesma via tem dois nomes diferentes?

Esta via é uma artéria que sempre que existem obras nas vias de acesso a Vieira de Leiria e S. Pedro de Moel é a opção escolhida para desvio de trânsito, além de que durante o ano inteiro serve de “fuga” aos semáforos da Avenida José Gregório. O Sr. Vereador Paulo Vicente e a sua equipa, antes de terem enviado o projecto final, po-diam ter saído dos seus gabinetes e verificar que na Rua Miguel Torga havia passeios só em terra e na Rua Na-tália Correia os moradores zelaram pelos passeios feitos pelos próprios em calçada portuguesa, o que implicou custos, alguns cerca de 100 contos na altura.

E digam lá se não há discriminação ao dizer que a Rua Natália Correia não se encontra no perímetro ur-bano da cidade? Neste caso pergunto: qual foi o critério para as obras na Rua dos Outeirinhos no ano passado e em Casal Galego no qual os passeios são em calçada?

Durante trinta anos pudemos ter passeios em condições (às nossas custas) agora não podemos exigir que façam igual! E a pedra que retiraram? Façam os lancis e coloquem novamente os paralelos que retiraram e aproveitem o pavé para outras obras.

Leitor devidamente identificado

OpINIãO

Jardim e terreno de ninguém

Exmo. Sr. Director do JMG, Certamente os leitores têm na memória o corte das ár-

vores em flor efectuado no ano passado. Desta vez falo em particular de um jardim na Rua Natália Correia, onde durante quatro anos a manutenção foi realizada por um morador, o qual deixou de a fazer devido à incorrecta intervenção dos jardineiros camarários em Julho do ano passado. Aliás, a única intervenção… como podem ver na fotografia o estado actual. Terreno de ninguém, cer-tamente terá dono mas continua o silveirão por cortar.

Solicita-se a respectiva limpeza de mato, no terreno junto à Escola Primária da Várzea.

Leitor devidamente identificado

a sua rádio de todos os dias

Lúcio Gomes

Page 19: JMG 2457

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O excesso de gordura ou de pele abdominal devido, por exemplo, a uma repentina perda de peso é um problema comum entre os homens

Também surge, frequentemente, a

necessidade de reconstrução da pare-de abdominal devido a uma separação dos músculos abdominais ou à presen-ça de hérnias. A remodelação da bar-riga através da cirurgia estética pode ser a resposta para este problema. Este procedimento requer, no entanto, alguma atenção especial para com as especificidades da anatomia do ho-mem, que lhe explicamos de seguida.

a solUção

A abdominoplastia é uma interven-ção na zona abdominal que tem como objectivo redefinir esta parte do corpo, retirando o excesso de gordura e/ou pele existente, de forma a torná-la mais harmoniosa.

CoMo é feiTa

No início da cirurgia, é feita uma incisão na linha de demarcação dos pêlos púbicos, de uma crista ilíaca à outra. A incisão é realizada de forma a esconder a cicatriz na linha da roupa interior. Depois, «é feito um desloca-mento da parede abdominal para que possam ser feitas as correcções, sendo posteriormente fechada», explica o ci-rurgião plástico Nuno Ramos. Caso se verifique que os músculos abdominais

estão flácidos e separados, estes são suturados com pontos internos perma-nentes, formando uma espécie de cinta interna.

Por qUe é diferenTe aPliCar esTa

TéCniCa nUM HoMeM?

Porque «as linhas corporais são diferentes e é essencial ter atenção à anatomia masculina para que as linhas da zona abdominal e da pélvis fiquem em harmonia», explica Nuno Ramos. A anestesia pode ser geral, epidural ou local e o internamento demora, normal-mente, dois dias. Os pacientes sentem, geralmente, alguma dor até 48 horas após a operação.

Aconselha-se a utilização de uma cinta compressora na zona do abdó-men, o que proporciona maior conforto e permite reduzir o inchaço. O tempo

de recuperação varia mas a maioria dos pacientes regressa ao trabalho três a quatro semanas depois e o preço situa-se entre 5000 e 7000 euros.

resUlTados

O abdómen fica mais definido e liso, deixando o paciente com uma cintura mais fina e uma silhueta mais esguia. «Atenção que, normalmente, apenas com esta intervenção, não é possível definir e tonificar os músculos de forma a criar o chamado six-pack, tão ansia-do pelos homens», alerta Nuno Ramos. A tonificação dos músculos terá de ser feita de outra forma, depois da cirurgia, nomeadamente através da prática de exercício-físico.

Texto: Ana Catarina Alberto com Nuno Ramos (cirurgião plástico)

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PASSATEMPOS

É bastante provável que sinta uma certa quebra na sua energia tanto a nível físi-co como psíquico. Algum pessimismo, uma sensação de insegurança e até, talvez, carências afectivas, poderão contribuir para agravar ainda mais as su-as dificuldades. O que importa, nesta situação, é concentrar esforços e tentar encontrar uma forma de ultrapassar da melhor forma esta fase difícil.

Neste momento a sua imaginação está brilhante. O seu lado lúdico, a sua intui-ção e a sua espiritualidade estão bastante sublinhados e é natural que dedi-que parte do seu tempo ao mundo da fantasia e da ilusão, quer através da arte, do cinema, do teatro, da música, etc. quer através da leitura ou, sim-plesmente, deixando a sua imaginação à solta.

Fará tudo com uma grande generosidade, mas talvez ela venha acompa-nhada de uma igualmente grande credulidade. Tenha sempre a certeza de que sabe aquilo que está a fazer, tendo consciência de todas as cir-cunstâncias relevantes. Procure ter um relacionamento realista com as outras pessoas.

Chegou o momento em que irá, certamente, apetecer-lhe sair dos parâmetros habituais do seu comportamento e tomar novas atitudes perante a vida, no relacionamento com os seus amigos e com a sociedade em geral e, quiçá, adoptar um padrão mais aberto e participativo, estabelecer novas regras e dar largas à sua criatividade.

carneiro 21.03 > 20.04

gÉMeos 21.05 > 21.06

carangueJo 22.06 > 22.07

Touro 21.04 > 20.05

Os seus sonhos ou ilusões podem ser abalados por um aspecto bem desagra-dável da realidade - terá, forçosamente, de descer à terra. Tal pode dar-se lenta ou bruscamente. Assim sendo, esta poderá ser uma altura em que a re-alidade revela as suas ilusões. Também poderá alcançar com sucesso o que desejava, e ter uma desilusão.

O seu lado humano e a sua espiritualidade estão em realce neste momento. Há agora uma maior ligação entre o seu lado físico e o seu lado psíquico, isto é, entre o consciente e o inconsciente. Confie na sua intuição. É provável que tenha alguns sonhos plenos de significado. Poderá, por vezes, tornar-se um pouco idealista e até abusar da sua imaginação.

Esta fase não é muito favorável para as suas finanças, sobretudo se está a pen-sar pôr em prática alguma ideia da qual pensa obter lucros rápidos. Não de-verá fazê-lo, ou poderá ter que enfrentar algumas perdas, e a consequente crítica das pessoa envolvidas. Deverá também guardar para outra altura a re-solução de assuntos relacionados com a lei ou com a administração pública.

Os seus sonhos e objectivos podem ser alterados. De momento encontram-se em constante mutação, mas mais tarde estabilizarão. Procure manter o sen-tido de direcção e ordem nos assuntos diários, independentemente de toda a confusão. Dê especial atenção às finanças, precavendo-se de desilusões. Evite o álcool e drogas.

LeÃo 23.07 > 22.08

VirgeM 23.08 > 22.09

BaLanÇa 23.09 > 22.10

escorPiÃo 22.10 > 21.11

Esta é uma das melhores fases para a sua actividade criativa, especialmente se se sente com vocação para as artes. A sua inspiração e imaginação es-tarão de tal forma sublinhadas que lhe será extremamente fácil dar expres-são a essa criatividade. Terá, pelo menos, uma maior sensibilidade ao apre-ciar a arte dos outros.

Não deixe que as tensões nervosas se acumulem. Sempre que o seu ego sair derrotado, de qualquer embate não terá de facto perdido nada de importante. Poderá mesmo tratar-se do início de uma descoberta de coisas mais impor-tantes. Alguém na sua família pode ter um problema psicológico. Em sua ca-sa preste atenção às fugas de água ou gás.

Poderá ir ao encontro de alguém que use o poder impiedosamente. Máquinas, ou qualquer situação que não funcione adequadamente, podem deixar de funcionar de todo. Pode opor-se a outras pessoas de um modo autoritário ou, em alternativa, enfrentar esse tipo de oposição. É um bom momento pa-ra proceder a mudanças.

Se é habitual esconder dos outros os seus sentimentos e emoções, poderá neste momento surpreender-se ao verificar que essa atitude está um pouco alterada. Sentirá uma vontade de se evidenciar e mostrar as suas reais ca-pacidades, saboreará momentos de confiança e optimismo. Isso contribuirá, naturalmente, para uma boa aceitação por parte das outras pessoas.

sagiTÁrio 22.11 > 20.12

caPricÓrnio 21.12 > 19.01

aQuÁrio 20.01 > 18.02

PeiXes 19.02 > 20.03

Vá ao cinema com o JMG...Cine-Teatro Actor Álvaro (Vieira de Leiria)

Para assistir ao filme “Indomável” dirija-se, acompanhado deste exemplar, à redacção do JMG, na Travessa Vieira de Leiria, nº 9 e ganhe bilhetes grátis.

indomável Ano: 2010País: EUA

Género: Aventura, Drama, WesternClassificação: Maiores de 12 anosRealização: Ethan Coen, Joel CoenIntérpretes: Jeff Bridges, Hailee Steinfeld, Matt Damon, Josh Brolin

Sinopse: Mattie Ross é uma jovem de 14 anos cujo pai foi morto a sangue frio pelo cobarde Tom Chaney e que está determinada a levá-lo à justiça. Com a ajuda de um conflituoso e alcoólico U.S. Marshal, Rooster Cogburn, ela prepara-se, ignorando as reservas do próprio Rooster, para caçar Chaney. O sangue do seu pai exige que persiga o cri-minoso até território Índio e o encontre antes que um Texas Ranger, chamado LaBoeuf, o apanhe e leve de volta para o Texas, para ser julgado pela morte de outro homem. ß

Cine-Teatro actor ÁlvaroVieira de Leiria, dia 29 de Abril - 21h30

Totoloto4 - 8 - 17 - 42 - 43 + *2

Totoloto(quarta-feira)

5 - 9 - 20 - 28 - 49 + *12

Joker6.118.434

Euromilhões11 - 22 - 36 - 45 - 48 + *1 *4

Lotaria Clássica1º Prémio ............................. 25335

2º Prémio ............................. 22777

3º Prémio. ............................ 19860

Lotaria Popular1º Prémio ............................. 707542º Prémio ............................. 391363º Prémio ............................. 019974º Prémio ............................. 13896

Totobola

1. Benfica - P. Ferreira ...................

2. Sevilha - Villarreal ......................

3. A. Bilbau - Real Sociedad...........

4. Sp. Gijón - Espanhol ...................

5. Hercules - Corunha ....................

6. Maiorca - Gétafe ........................

7. R.Santander - Málaga ................

8. Blackpool - Newcastle ...............

9. Chelsea - West Ham ...................

10. Bolton - Arsenal .......................

11. Aston Villa - Stoke City .............

12. Bréscia - AC Milan ...................

13. Juventus - Catânia ...................

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Farmáciasde Serviço

Marinha Grande

Sáb.

Dom.

Leiria

Sáb.

Dom.

Duarte 244 503 024

Santa Isabel 244 575 349

Guardiano 244 502 678

Central 244 502 208

Roldão 244 502 641

Moderna 244 502 834

Duarte 244 503 024

Central 244 817 980

Lino 244 832 465

Higiene 244 687 127

Avenida 244 833 168

Oliveira 244 822 757

Baptista 244 832 320

Sanches 244 892 500

Nome:

Morada:

Localidade: C. Postal: País:

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Ligue: 916 003 143 ou 244 561 186

Café sandra

AgradecimentoTudo tem um início, meio e fim. Esta caminhada teve início no ano de 1976 com a inauguração do que é hoje um dos cafés mais antigos da Marinha Grande, e que durante estes 35 anos foi sempre gerido pelos seus fundadores e família.Chegou agora ao fim um ciclo de 35 anos, durante os quais partilhámos alegrias e tristezas, assistimos ao crescimento dos filhos dos nossos clientes e já mais tarde ao crescimento dos filhos destes, construímos amizades únicas e estamos certos que de uma maneira ou de outra conseguimos em cada cliente um amigo.Queremos agradecer a todos os nossos clientes que durante todos estes anos contribuíram para o que é hoje o Café Sandra.Informamos que o Café Sandra encerra no dia 29 e 30 de Abril e que reabre no dia 1 de Maio de 2011 com nova gerência.Desejamos ao novo locatário as melhores felicidades e sucesso neste novo ciclo que agora se inicia.Obrigado a todos.

Suzete MargaridoCafé Sandra

AvisoA Sociedade Instrutiva e Recreativa 1º de

Dezembro do Pero Neto informa que o

almoço comemorativo do 25 de Abril ficou

adiado para o dia 1 de Maio devido ao

falecimento do seu sócio fundador (nº 1),

Sr. Albino Domingues Rosa.

As condolências da Direcção

ComunicadoComunico a sua Alteza Real, o Príncipe

William de Inglaterra, que por motivos de contenção orçamental do país imposta pelo FMI, não posso comparecer ao seu noivado com Kate Middleton, com muito pesar meu.

É, assim, inútil convidar-me para a Boda Real.

Um português à rasca

Arrenda-se T3 na Avenida 1º de Maio

com 2 WC’s e grande terraço.Contacto: 915 345 920

AgradecimentoCeleste Neves de Oliveira

94 anosResidia na Marinha GrandeFalecida a 23/04/2011

Sua irmã, sobrinhos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que, de qualquer outra forma, lhes manifestaram o seu pesar, e informam que será realizada missa 7º dia no próximo dia 29/04/2011, pelas 19 horas, na Igreja Paroquial da Marinha Grande.

Tratou a Funerária Vareda, Lda.

AgradecimentoJoaquim Augusto da Cruz Carreira

82 anosResidia no Forno da TelhaFalecido a 25/04/2011

Seus filhos, genro, noras, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que, de qualquer outra forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Tratou a Funerária Vareda, Lda.

AgradecimentoAlbino Domingues Rosa

77 anosResidia no Pero NetoFalecido a 24/04/2011

Sua esposa, filhas, genros, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que, de qualquer outra forma, lhes manifestaram o seu pesar, e informam que será realizada missa 7º dia no próximo dia 1/05/2011, pelas 19 horas, na Igreja Paroquial da Marinha Grande.

Tratou a Funerária Vareda, Lda.

1º Ano de Eterna SaudadeDaniel Letra César

Residia na Praia da VieiraFalecido a 25/04/2010

Sua esposa, filhos, noras, netos e restante família recordam-no com eterna saudade, mandando celebrar missa por intenção de sua alma dia 30/04/2011, pelas 19h, na Capela Paroquial da Praia da Vieira.

Tratou a Agência Funerária Pedro, Lda.

AgradecimentoManuel Pedro Pereira Jerónimo

73 anos Nascido em 17.06.1937 Falecido em 19.04.2011Residente em Coucinheira - Amor

Sua esposa, sobrinhos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, agradecem a todos quantos marcaram presença no funeral do seu ente querido.

AgradecimentoCeleste de Sousa Ferreira Sapateiro Silva

70 anosResidia no CamarnalFalecida a 25/04/2011

Seus irmãos, cunhados, sobrinhos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que, de qualquer outra forma, lhes manifestaram o seu pesar, e informam que será realizada missa 7º dia no próximo dia 1/05/2011, pelas 19 horas, na Igreja Paroquial da Marinha Grande.

Tratou a Funerária Vareda, Lda.

bARRACÃOArrendo. A-dos-Pretos.

Telefone: 914 705 242

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empreGO

menos desempregados em março no concelho

De acordo com os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o Centro de Emprego da Marinha Grande registou um decréscimo de 151 inscrições no final do mês de Março, face aos números do mês homólogo de 2010

Dos 1.761 desempregados inscritos no final de Mar-ço, 1.175 estão inscritos há menos de um ano, e 586 já efectuaram o seu registo há um ano ou mais.

No que respeita às faixas etárias dos desemprega-dos inscritos, a maior percentagem verifica-se entre os 35 e os 54 anos, com 845 inscrições, seguida da faixa etária dos 25 aos 34 anos com 431 desempregados. Seguem-se os inscritos com 55 ou mais anos, com 275 pessoas, estando em menor número os jovens até aos 25 anos, com 212 inscrições.

No final de Março, dos desempregados inscritos, 167 encontravam-se a frequentar Programas Ocupa-cionais, sendo que deste total 37 são homens e 130 mulheres. De acordo com os dados respeitantes ao pas-sado mês de Março, foram colocados pelo Centro de Emprego da Marinha Grande 65 pessoas, das quais 31 eram homens e 34 mulheres.

O decréscimo no número de desempregados inscri-tos verifica-se também em comparação com o mês de Fevereiro último, altura em que havia mais 69 pessoas inscritas relativamente ao mês de Março. ß

Joaquim Carreira faleceu na segunda-feira, aos 82 anos. Quis o destino que o antigo militante comunista, expulso por “delito de opinião”, partisse precisamente a 25 de Abril, dia em que se festeja a liberdade

A Marinha Grande perdeu um dos mais acérrimos defensores da liber-dade, que durante vários anos lutou contra a ditadura fascista em Portugal e que, por essa razão, esteve várias vezes preso. No total, dez anos, em Caxias, Aljube e Peniche.

Joaquim Carreira faleceu na segun-da-feira, após uma vida de luta, com altos e baixos. Sofria de Alzheimer mas até há cerca de dois anos tinha uma vida quase normal. Mas a demência começou a pregar-lhe partidas e foram diversas as vezes em que perdeu a no-ção do espaço e do tempo.

Desde 15 de Março que o seu lar passou a ser a Santa Casa da Miseri-córdia da Marinha Grande, um espa-ço que já frequentava antes, durante o dia. À noite regressava à sua pequena casa na estrada de S. Pedro de Moel, onde residia.

Joaquim Carreira deixa quatro filhos (três rapazes e uma rapariga) e três ne-tos (uma menina e dois meninos).

Era sócio do Sport Operário Mari-nhense e da Sociedade de Instrução e Recreio 1º de Dezembro do Pero Neto.

Na segunda-feira não resistiu a uma infecção pulmonar grave, que lhe

retirou a vida. Foi, aliás, a derradeira batalha. Mas teve outras, com o PCP, por exemplo.

Em 1994 foi expulso do seu partido de sempre, por delito de opinião. Em carta que escreveu ao Comité Central, Carreira mostrava-se desiludido pela expulsão. “Esta a minha trágica me-dalha de mérito pelos serviços presta-dos”, escreveu.

Terminou a missiva com um firme “sou membro de direito do Partido Comunista Português”.

Nesta edição publicamos a última entrevista que Joaquim Carreira deu ao Jornal da Marinha Grande (pág. 7), em Abril de 2002… e que continua ac-tual. É uma singela homenagem a este homem que tanto lutou contra o fascis-mo e pela liberdade. ß

Morreu Joaquim Carreira, um herói marinhense e português, um dos mais ilustres filhos da Marinha Grande e um dos lutadores mais corajosos contra a ditadura que Portugal produziu, um ho-mem bom, que consumiu a maior parte da sua vida a sonhar por um mundo de liberdade e de justiça social. Joaquim Carreira morreu no dia 25 de Abril, que foi certamente a data mais feliz da sua vida.

Recordo-o nesse dia de manhã cedo, quando me telefonou e a outros para nos reunirmos, porque era preciso deci-dir o que fazer. Recordo a sua alegria, que não lhe permitia sentar-se ou estar parado, dobrado sobre si numa atitude bem familiar, a dizer que agora era a valer, não havia dúvida, o regime de Salazar e de Caetano tinha chegado ao fim. Era um líder natural, sabendo sempre o que fazer em cada circuns-tância. Nesse dia, quando alguns mais voluntariosos se dispunham a algumas decisões mais aventureiras, como ir as-saltar a PIDE a Leiria, o Carreira não

deixou: camaradas agora é tempo de responsabilidade e de estarmos à al-tura do momento e da construção da democracia.

O Joaquim Carreira sofreu como poucos a prisão e a tortura, mas apro-veitou esse tempo para se preparar e de um operário marinhense tornou-se um homem e um político culto, sem alarde, mas sempre disposto a deba-ter as suas ideias com profundidade, não apenas sobre a luta política, mas sobre arte, literatura e filosofia. Tinha muita impaciência com a mediocrida-de, impaciência própria de quem tinha pressa de construir o seu mundo novo,

mas nunca foi dogmático e abominava o fanatismo.

Tendo vivido na clandestinidade, compreendia como poucos as virtua-lidades da luta legal e foi um compa-nheiro leal e sincero do José Vareda, quantas vezes com risco político no seu próprio partido. Ao PCP deu uma par-te importante da sua vida, mas nunca deixou de pensar pela sua cabeça e de reconhecer os erros e as limitações que a sua inteligência e a sua cultura po-lítica detectavam antes da maioria. O seu raciocínio era sempre claro, linear, organizado, sem desvios interpretativos ou cartilhas prefabricadas.

O Joaquim Carreira foi um homem superior, que a vida e a ditadura não amedrontaram, mas que lhe retiraram o lugar a que tinha direito nesta terra e neste País.

A Marinha Grande deve muito ao Joaquim Carreira e já que não soube-mos fazer mais durante a sua vida, hon-remos com dignidade a sua morte não o esquecendo, nunca mais. ß

Henrique Neto

JOAQuIm cArreIrA

PARtiu um ReSiStente AO ReGime FASCiStA

A jovem nadadora do Desportivo Náutico da Ma-rinha Grande continua a coleccionar bons resulta-do. Desta vez teve uma boa prestação no Chipre.

Filipa Ruivo

Enquanto Álvaro Pereira discursava alguns mari-nhenses presentearam o presidente da autarquia com vaias. Inadmissível, mesmo em liberdade.

Apupos na Praça

MAIS E MENOS... DA SEMANA

OpINIãO

morreu um Herói Português