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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA JOICE LUCIANA MORAES CASCAVEL PARANÁ 2018

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

EM PSICOPEDAGOGIA

JOICE LUCIANA MORAES

CASCAVEL – PARANÁ

2018

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JOICE LUCIANA MORAES

PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

EM PSICOPEDAGOGIA

Este trabalho descreve a Prática de Estágio

Supervisionado do Curso de Pós Graduação

em Psicopedagogia, requisito para concluir

a formação em Psicopedagoga, sob a

orientação das professoras Ms.:Selete Maria

Schäfer Schmidt e Ms.: Veralice Aparecida

Moreira na Faculdade Assis Gurgacz – FAG

Campus Cascavel.

CASCAVEL - PARANÁ

2018

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TERMO DE AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO

FACULDADE ASSIS GURGACZ CAMPUS CASCAVEL

1 – PARECER DE AVALIAÇÃO DO ACADÊMICO(A) APÓS A REALIZAÇÃO DA

PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA, COM ALUNOS

DA EDUCAÇÃO INFANTL, ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO OU SUPERIOR, OU

NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTO.

CURSO PÓS PSICOPEDAGOGIA TURMA 2017

ACADÊMICO(A) JOICE LUCIANA MORAES

ORIENTADORA : MS.:SELETE MARIA SCHÄFER SCHMIDT

MS.: VERALICE APARECIDA MOREIRA

PARECER

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NOTA/CONCEITO________________________________________________

DATA,________de ___________________de 2018.

__________________________________

Professora orientadora

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5

2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO ............................................................................... 7

3 CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO. ...... 8

3.1 Identificação do Estabelecimento ...................................................................................... 8

3.1.1 Escola Municipal Getúlio Vargas .................................................................................. 8

3.1.2 Centro de Educação Infantil Ildo Vigo .......................................................................... 9

3.2 Projeto Político Pedagogico das Instituições e sua realção com a Psicopedagogia......10

3.2.1 Escola Municipal Getúlio Vargas ................................................................................ 10

3.2.2 Centro de Educação Infantil Ildo Vigo ........................................................................ 12

4 A PSICOPEDAGOGIA E SUA RELAÇÃO COM A APRENDIZAGEM .................... 14

4.1 Caminhos da Psicopedagogia: Percurso histórico e Aspectos da formação profissional 14

4.2 Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: TDAH ........................................... 18

5 AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR........................... 24

5.1 DIAGNÓSTICO - CASO I .............................................................................................. 24

5.1.1 Dados de Identificação .................................................................................................. 24

5.1.2 Motivo do encaminhamento .......................................................................................... 24

5.1.3 História e contexto evolutivo ......................................................................................... 24

5.1.4 Síntese das áreas avaliadas ............................................................................................ 25

5.1.5 Conclusão diagnóstica ................................................................................................... 26

5.1.6 Medidas de Intervenção ................................................................................................. 27

5.1.7 Encaminhamentos .......................................................................................................... 27

5.2 DIAGNÓSTICO - CASO II ............................................................................................. 28

5.2.1 Dados de Identificação .................................................................................................. 28

5.2.2 Motivo do encaminhamento .......................................................................................... 28

5.2.3 História e contexto evolutivo ......................................................................................... 28

5.2.4 Síntese das áreas avaliadas ............................................................................................ 29

5.2.5 Conclusão diagnóstica ................................................................................................... 31

5.2.6 Medidas de Intervenção ................................................................................................. 31

5.2.7 Encaminhamentos .......................................................................................................... 32

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 33

REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 34

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ANEXOS.................................................................................................................................. 35

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1 INTRODUÇÃO

O Estágio Supervisionado é atividade obrigatória curricular para conclusão do Curso

de Pós-Graduação em Psicopedagogia, conforme Decreto nº 87.497 de 18 de agosto de 1982

que determina a prática de Estágio Supervisionado como parte integrante da grade curricular

dos cursos de Pós-graduação em Psicopedagogia, a fim de articular os conhecimentos teóricos

aprendidos durante o curso com a prática Psicopedagogica.

Este trabalho representa um esforço referendado no nosso relato sobre a experiência

no Estágio Supervisionado Clínico e Institucional, como também registra todo o trabalho

desenvolvido com o indivíduo dentro da instituição escolar em forma de avaliação

diagnóstica, a qual busca meios para compreender o sujeito dentro de suas interações no

processo de aprendizagem. Ele vem atender a necessidade de relatar a experiência de Estágio

Supervisionado de Psicopedagogia acompanhado pelo Centro Universitário Fundação Assis

Gurgacz sob a supervisão das professoras – orientadoras Ms.:Selete Maria Schäfer Schmidt e

Ms.: Veralice Aparecida Moreira. Tem como objetivo apresentar os resultados da

investigação diagnóstica a partir da qual foi levantada, tendo em vista identificar as causas

que expliquem os sintomas inerentes aos casos em estudo. Visa também apresentar sugestões

para o tratamento adequado à natureza do caso.

As práticas se deram em instituições de Ensino da Rede Municipal de Educação, do

município de Ibema, PR, sendo o campo predeterminado de atuação fundamental I e educação

infantil, nos período matutino e vespertino, com horários agendados pelas equipes diretiva das

escolas. Nelas foram utilizados diversos instrumentos: fantoches, mesa, cadeiras, espelho,

massa de modelar, tintas, tesoura, cola, folhas, jogos educativos e pedagógicos de letras e

números, alinhavo, lego, jogo da memória, jogo da seriação de acontecimentos, dama, quebra

– cabeça, carrinhos, bolas, cordas, bambolês, etc. A seleção da criança para os atendimentos

deu-se através de conversas entre direção, coordenação e professores das instituições

visitadas.

Os atendimentos ocorreram no período contrario á matricula, e foram estruturados em

sessões de aproximadamente 50 minutos, as quais respeitaram as necessidades,

particularidades, faixas etárias e dificuldades apresentadas pelos alunos. Seguindo o seguinte

cronograma: Entrevista Inicial (análise da queixa, enquadramento e assinatura do termo de

consentimento livre e esclarecido); sessão inicial com a criança – CEV (Contato de

estabelecimento vincular); a EOCA (Entrevista Operatória Centrada na aprendizagem);

Anamnese com pais; Aplicação de Provas Projetivas; Provas Operatórias; Tabela Portege

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Provas Pedagógicas e a Devolutiva. Neste contexto, dentro da busca pelo conhecimento, de

uma trajetória a qual visa um elo entre teoria, prática e diagnostico este pautado em obras de

renomados autores: Jean Piaget, Weiss, Nadia Bossa, Alicia Fernandes, Sara Pain, Williams

Visca, Paulo Mattos, Bedard, Emília Ferrero, dentre outros que de forma direta ou indireta,

pela construção do saber, estiveram norteando a fala.

Conceituamos a Psicopedagogia, voltando o olhar ao passado, realizando uma linha

do tempo histórica, pontuando sobre o surgimento e crescimento desta. Observamos a

chegada dela no Brasil, as contribuições de países europeus e destacamos as da Argentina,

devido à semelhança linguística. Destacamos a importância do profissional psicopedagogo e

que este dentro de uma abordagem diagnóstica é capaz de intervir para melhorar a qualidade

de aprendizagem da criança. Consideramos o aprender como capacidade natural,

desenvolvida desde a concepção do indivíduo, que busca meios para a sobrevivência.

Refletimos sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade,

caracterizando-o, pontuando sintomas, analisando e checando aspectos comuns a análise de

caso. Destacamos intervenções cabíveis, processos, níveis e modalidades de aprendizagem do

indivíduo, compreendendo que a aprendizagem é construída de formas diferentes e a busca de

meios que direcionem a melhor forma faz-se necessário, sendo um dos papéis do

psicopedagogo.

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2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO (A)

2.1 Nome: Joice Luciana Moraes

2.2 Professoras orientadoras: Ms.:Selete Maria Schäfer Schmidt

MS.: Veralice Aparecida Moreira

2.3 Instituições de realização do estágio:

- Escola Municipal Getulio Vargas

- Centro Municipal de Educação Infantil Ildo Vigo

2.4 Modalidade de Ensino: Fundamental I e Educação Infantil

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3 CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

3.1 Identificações dos Estabelecimentos:

- Escola Municipal Getúlio Vargas

- Centro Municipal de Educação Infantil Ildo Vigo

3.1.1 Escola Municipal Getúlio Vargas

A Escola Municipal Getúlio Vargas, está localizada à Rua Ceará nº 550, no Bairro

Fátima no município de Ibema, estado do Paraná. Telefone / FAX (045) 3238-1007, email:

[email protected], vinculada à Secretaria Municipal de Educação de

Ibema e ao Núcleo Regional de Educação de Cascavel – Paraná. É mantida pelo poder

público municipal através da Secretaria Municipal de Educação – SEMED.

Seu quadro funcional é composto por: Diretora, Coordenadora Pedagógica,

Bibliotecário, 17 professores, 04 funcionárias de Serviço Gerais, 01 Merendeira, 01

Nutricionista, 01 Fonoaudióloga e uma Psicóloga.

Dos 17 professores, 02 possui curso do magistério, 04 possui Curso Superior e 11

possuem curso Superior Completo com Pós-Graduação.

A estrutura física da Escola Municipal Getúlio Vargas é composta por: 02 banheiros

de funcionários, 03 banheiros feminino, 03 banheiros masculino, 01 cozinha com refeitório,

01 despensa, 01 biblioteca, 10 salas de aula, 01 almoxarifado, 01 sala de professores, 01 sala

de direção / secretaria, 01 sala de coordenação pedagógica, 01 sala de atendimento

individualizado para psicóloga/fonoaudióloga/nutricionista, 01 sala de materiais pedagógicos,

02 saguões, 01 parque infantil, 01 laboratório de Informática, 01 brinquedoteca e um mini

ginásio de esportes. Ela conta com diversos recursos de apoio pedagógico como vídeo

cassete, DVD, televisor, antena parabólica, aparelho de som, retroprojetor, grafos cope, mini-

microscópio, torso, esqueleto humano, planetário e mimeógrafo, computador, data show e

notebook, câmera digital, impressoras entre outros materiais didáticos, pedagógicos e

esportivos.

A escola atende um total de 249 alunos nos períodos matutino e vespertino, estando

estes divididos em 12 salas de aulas (1º ao 5º ano), sendo duas turmas de 1° ano, 03 turmas de

2º ano, duas turmas de 3º ano, duas turmas de 4º ano, duas turmas de 5º ano e uma turma de

classe especial. A modalidade ofertada é o Ensino Fundamental I.

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3.1.2 Centro Municipal de Educação Infantil Ildo Vigo

O Centro Municipal de Educação Infantil Ildo Vigo, está localizado à Rua Bahia nº

878, no Bairro Napoli no município de Ibema, estado do Paraná. Telefone / FAX (045) 3238-

1778, e-mail: [email protected], vinculado à Secretaria Municipal de Educação de

Ibema e ao Núcleo Regional de Educação de Cascavel – Paraná. É mantido pelo poder

público municipal através da Secretaria Municipal de Educação – SEMED.

Seu quadro funcional é composto por: Diretora, Coordenadora Pedagógica, 10

professores, 02 funcionárias de Serviço Gerais, 01 Merendeira, 01 Nutricionista, 01

Fonoaudióloga e uma Psicóloga.

Dos 17 professores, 01 possui curso do magistério e 09 possuem curso Superior

Completo com Pós-Graduação.

A estrutura física do Cmei Ildo Vigo é composta por: 02 banheiros de funcionários, 03

banheiros feminino, 03 banheiros masculino, 01 cozinha com refeitório, 01 despensa, 05 salas

de aula, 01 almoxarifado, 01 sala de professores, 01 sala de direção / secretaria, 01 sala de

coordenação pedagógica, 01 sala de materiais pedagógicos, 01 saguão, 01 parque infantil e

uma 01 sala de brinquedos. Ele conta com diversos recursos de apoio pedagógico como vídeo

cassete, DVD, televisor, antena parabólica, aparelho de som, computador, notebook,

impressoras entre outros materiais didáticos, pedagógicos e esportivos.

O Cmei atende um total de 120 crianças nos períodos matutino, vespertino e

integral, estando estes divididos em salas de aulas que contemplam o Maternal I ao Pré I,

sendo duas turmas de Maternal I, duas turmas de Maternal II, três turmas de Maternal III e

duas turmas de Pré I. As modalidades ofertadas são Creche e Educação Infantil.

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3.2 Projeto Político Pedagógico das Instituições e sua relação com a Psicopedagogia

3.2.1 Escola Municipal Getúlio Vargas

A escola busca um ensino e uma aprendizagem qualificada, que deve oportunizar a

autoconfiança e desenvolver valores que conduzam a liberdade de expressão, à solidariedade,

ao respeito às diferenças e à preservação do meio ambiente, culminando a formação humana e

profissional. Constituem-se ainda fundamentos da escola, o respeito à diversidade

sociocultural e a valorização dos princípios democráticos.

Nessa concepção, a finalidade da educação é formar sujeitos capazes de analisar,

interpretar e transformar a realidade, visando ao bem estar do homem, em nível pessoal e

coletivo, tendo relação direta com a Psicopedagogia no sentido de propiciar ao aluno a

possibilidade de desenvolvimento de todas suas capacidades, trabalhando de forma dinâmica

com diversas metodologias. Busca dentro desta perspectiva desenvolver a criatividade, o

espírito crítico, a capacidade para análise e síntese, o auto-conhecimento, a socialização, a

autonomia e a responsabilidade. Assim é possível a formação de um homem capaz de

contribuir para as transformações sociais, culturais e políticas.

Para compreender a Educação, é necessário partir de seus condicionantes sociais, pois

a educação é dependente da sociedade. Então ela deve desenvolver um trabalho educativo, em

que haja interação e participação da comunidade escolar, possibilitando assim a valorização

da ética, a formação de atitudes, encaminhando para aquisição do saber científico e

tecnológico.

A Escola Municipal Getúlio Vargas tem por objetivo oportunizar a formação de

cidadãos conscientes e atuantes na sociedade. Acredita-se no desabrochar da cidadania a partir

de um ensino calcado, em primeira instância no desenvolvimento do raciocínio, do senso de

observação e da visão crítica de mundo.

Fazer educação não é um ato isolado, é uma prática a ser construída coletivamente, no

fazer diário e na reflexão comunitária. Buscando aquilo que é de cada um no ato da

aprendizagem instigando-o ao diálogo entre os conhecimentos cotidianos e científicos.

Um dos caminhos para uma escola de qualidade é propor a inter-relação entre teoria e

prática, professor e aluno, ensino e aprendizagem, informação e compreensão entre escola e

vida. Aceitar esse desafio significa tornar o ambiente escolar um espaço de investigação, de

indagação e de construção de um novo conhecimento capaz de promover mudanças no meio

em que se encontra inserido.

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A escola oportuniza ao aluno com dificuldade de aprendizagem o reforço escolar,

professores de apoio, a classe especial e uma equipe multifuncional composta por Psicóloga,

Pedagoga e Fonoaudióloga.

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3.2.2 Centro Municipal de Educação Infantil Ildo Vigo

A proposta pedagógica do Centro Municipal de Educação Infantil Ildo Vigo leva em

conta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDB 9.394/96, A Constituição

Brasileira, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o disposto nos Referenciais Curriculares

Nacionais-RCN e o Currículo Básico para Escola Pública Municipal (AMOP).

A escola se propõe a um trabalho baseado nas diferenças individuais e na consideração

das peculiaridades das crianças na faixa etária atendida pela Educação Infantil, de 0 a 5 anos.

Embora as crianças desenvolvam suas potencialidades de forma heterogênea, a educação tem

por função criar condições para o desenvolvimento integral de todas as crianças,

considerando, também, a possibilidades de aprendizagem que apresentam nas diferentes

faixas etárias através de uma atuação que propicia o desenvolvimento de capacidades

envolvendo aquelas de ordem física, afetiva, cognitiva, ética, estética, de relação interpessoal

e inserção social.

Essa proposta está sendo construída, discutida analisada e adaptada no âmbito escolar,

partindo para a sala de aula. Portanto é necessário destacarmos os objetivos, o papel e a

função da escola na sociedade, o papel do profissional da Educação Infantil, ter clareza sobre

o que, quando, como e para quê ensinar e aprender.

A concepção de Educação Infantil está alicerçada por uma concepção de homem e de

sociedade que carrega em si uma dimensão histórica em tempo e espaço, determinados pela

dinamicidade da relação dos homens com meio natural e social. Portanto, compete aos

educadores contribuem para que as crianças apreendam os conteúdos da realidade na qual

interage, bem como as experiências de gerações anteriores que são referências para as futuras

aprendizagens.

Sendo assim a filosofia do Cmei Ildo Vigo caminha pela área psicopedagógica, pois

busca contribuir para o desenvolvimento das capacidades, cognitivas, motoras, afetivas e

sociais da criança, possibilitando as mesmas experiências e conhecimentos, estimulando seu

interesse, valorizando seus avanços, desenvolvendo a autonomia, estimulando todas suas

capacidades, e sendo suporte nas dificuldades de aprendizagem apresentadas, não como forma

de avaliação, mas funcionando como meio de melhorar a prática no processo aprendizagem e

tal como registro, para nortear possíveis diagnósticos futuros. A escola dentro do olhar

pedagógico realiza encaminhamentos junto à saúde nas áreas de fonoaudiológia, psicologia,

oftalmologia e também a instituição APAE.

Neste estabelecimento não se tem profissional formado na área psicopedagógica,

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porém a coordenação busca atuar de forma que se leve a uma constante reflexão para

organizar uma proposta que venha a contemplar os requisitos básicos, visando garantir e

respeitar as fases de desenvolvimento do aluno, acompanhando seus avanços, registrando,

encaminhando, orientando e resgatando a valorização e importância da família, considerando

o vínculo familiar fundamental no desenvolvimento e buscando também na psicopedagogia

entendimento para construção de uma prática a qual promova o melhor desenvolvimento da

criança pequena.

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4 A PSICOPEDAGOGIA E SUA RELAÇÃO COM A APRENDIZAGEM

4.1 Caminhos da Psicopedagogia: Percurso histórico e Aspectos da formação

profissional

Ao observar-se o termo psicopedagogia, logo nos remetemos à ideia de psicologia

unida a pedagogia, buscando entender e tratar dos diversos problemas de aprendizagem.

No novo dicionário Aurélio da língua portuguesa o conceito do termo psicopedagogia

define-se em “utilização pedagógica da psicologia”, mas para compreendermos a real

dimensão desta, faz-se necessário um resgate histórico, desde sua concepção, seus

movimentos no decorrer, suas causas e fatores que a influenciaram. Observa-se nela, caráter

interdisciplinar, que nasceu com o objetivo de trabalhar na área clinica e foi ampliada para a

escolar.

Bossa (2007) relata que “a psicopedagogia, enquanto produção de um conhecimento

científico nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem,

não basta como aplicação da psicologia à pedagogia” (p.19). E considera, “o objeto de estudo

da psicopedagogia deve ser entendido a partir de dois enfoques: preventivo e terapêutico”

(Bossa 2007 p.22). Sendo que o preventivo vê o ser humano em desenvolvimento enquanto

educável. Focaliza as possibilidades do aprender num sentido amplo, que envolva as diversas

instâncias em que o sujeito está inserido escola, família, comunidade. E terapêutico que

considera o objeto de estudo a identificação, a análise, a elaboração de uma metodologia de

diagnóstico e o tratamento das dificuldades.

Historicamente a psicopedagogia em si, teve sua origem na Europa, no séc. XX onde

foram verificados diversos problemas de aprendizagem. Surgiu com a evolução do

capitalismo industrial e uma corrente de ideais que buscavam igualdade e fraternidade, não

deixando de ser mais um meio de justificar as desigualdades das sociais, da necessidade de

mão de obra qualificada.

Usando o mesmo norte que a Psicologia, buscou nos princípios da Biologia como base

para a construção, no que se refere a corpo humano. Começou então a ser desenvolvido nas

escolas testes que procuravam explicar as diferenças de rendimentos escolares dos alunos e o

acesso diferenciado a diversos graus de escolarização. O conhecimento científico foi base do

pensamento dos psicólogos e educadores da época. Até então, a criança que não aprendia era

chamada de “anormal”, e sua causa era atribuída a anormalia anatomofisiológica.

Os primeiros centros psicopedagogicos foram fundados em 1946, por J. Boutonier e

George Mauco, na França, estes buscavam readaptar crianças com comportamentos

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socialmente inadequados, bem como atendiam crianças com dificuldades de aprendizagem

apesar de serem inteligentes (Bossa 2007). Também na França surgiu Janine Mery,

psicopedagoga que apresentou suas considerações sobre a psicopedagogia numa abordagem

voltada à terapêutica. A partir dela surgiram educadores como Pestalozzi, Pereire, Itard e

Seguin. Jean Itard realizou estudos sobre percepção me retardo mental. Pestalozzi fundou na

Suíça um Centro de educação onde abrigava crianças pobres, seu método era intuitivo e

natural, estimulava á percepção. Pereire se preocupou com a educação dos sentidos, em

especial visão e tato. Seguin fundou na França a primeira escola de reeducação, denominou o

método fisiológico de educação, fundando uma escola para crianças com deficiência mental.

Na América, segundo Gearhart (1978), Samuel Orton, avançou em seus estudos de

processos de tratamento dessas dificuldades, que incluíam uma equipe onde médicos,

psicólogos, foniatras, pedagogos e professores trabalhavam em modo multidisciplinar. Este

movimento americano influenciou a Argentina, que de tal forma passou a cuidar das pessoas

com dificuldades de aprendizagem.

“O objetivo do tratamento psicopedagógico é o desaparecimento do sintoma e a

possibilidade do sujeito aprender normalmente em condições melhores enfatizando a

relação que ele possa ter com a aprendizagem, ou seja, que o sujeito seja o agente da

sua própria aprendizagem e que se aproprie do conhecimento” (Páin apud Bossa,

2007, p.21).

No Brasil o movimento da psicopedagogia, recebeu influências dos avanços e estudos

Argentinos, Americanos e Europeu, sendo desenvolvido em clínicas, através de uma

abordagem terapêutica. Ele remete seu histórico, a grande contribuições da Argentina, devido

à proximidade geográfica e ao acesso fácil à literatura (inclusive pela facilidade da língua).

A psicopedagogia chegou ao Brasil na década de 70, em uma época cujas dificuldades de

aprendizagem eram associadas a uma disfunção neurológica denominada de disfunção

cerebral mínima (DCM), servindo para camuflar problemas sociopedagógicos (BOSSA, 2000,

p. 48-49). A psicopedagogia surge juntamente com a criação da Escola Guatemala, no Rio de

Janeiro, na década de 80. Esta escola iniciou um trabalho na ação preventiva junto ao

professor, ou seja, buscavam-se saídas para as impropriedades do ensino. Porém, desde a

década de 60, a psicopedagogia começou a se estruturar no Brasil através de trabalhos de

alguns autores brasileiros. Nesta época, a preocupação estava voltada mais para as

deficiências que geravam problemas de aprendizagem, do que a outros fatores. A partir da

década de 80 surgem os cursos de especialização Lato Sensu em Psicopedagogia, a princípio

em São Paulo e, posteriormente, em outras instituições e regiões do Brasil.

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Notadamente no sul do país, a entrada dos estudos de Quirós, Jacob Feldmann, Sara

Paín, Alicia Fernández, Ana Maria Muñiz e Jorge Visca enriqueceram o desenvolvimento

desta área de conhecimento no Brasil, sendo Jorge Visca um dos maiores contribuintes da

difusão psicopedagógica no Brasil.

Visca foi o criador da Epistemologia Convergente.

“uma linha teórica que propõe um trabalho com a aprendizagem utilizando-se da

integração de três linhas da Psicologia: Teoria Psicogenética de Piaget; Escola

Psicanalítica (Freud); e a Escola de Psicologia Social de Enrique Pichon Rivière.

Visca propõe o trabalho com a aprendizagem, em que o principal objeto de estudo

são os níveis de inteligência, com as teorizações da psicanálise sobre as

manifestações emocionais que representam seu interesse.”(Portal Educação).

Observa-se que a psicopedagogia nasceu de uma necessidade de uma melhor

compreensão e significação da complexidade do processo de aprendizagem tornando-se uma

área de estudo específica que busca conhecimento em outros campos e cria seu próprio objeto

de estudo. Seu foco são as áreas do conhecimento, desenvolvidas pelo ser humano, as

habilidades cognitivas, emocionais e sociais.

Vasconcellos apud Bossa (2007), diz que “a concepção entre docentes se dão por um

processo de “reconstrução em ação” – que se dá pela ação de mediadores que organizam

situações de problematização entre os professores”.

Na questão formação profissional, o psicopedagogo assume um papel de grande

importância na medida em que a partir dela inicia-se um percurso para formação de

identidade profissional, ou seja, o profissional que estiver estudando nível de especialização

tem que modificar sua práxis.

“Cabe ao psicopedagogo assessorar a escola no sentido de alertá-la para o papel que

lhe compete, seja redimensionando o processo de aquisição e incorporação do

conhecimento dentro do espaço escolar, seja reestruturando a atuação da própria

instituição junto a alunos e professores e seja encaminhado a alunos e outros

professores” (Bossa, 2007, p.67)

A psicopedagogia auxilia na qualidade do ensino e vem em crescente ascensão no

Brasil, atendendo em especial os problemas da educação. Esse trabalho envolve diversificados

profissionais e com isso enfrenta dificuldades em construir sua identidade por ser recente

numa área de estudos, pelas suas origens teóricas, mas os profissionais envolvidos nesta busca

estão mobilizados pelo desejo de contribuir para tal processo continuo de construção.

Simaia Sampaio, expressa a importância do trabalho desenvolvido pelo

psicopedagogo, destacando sobre:

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“o diagnóstico psicopedagógico clínico tem como objetivo identificar as causas dos

bloqueios que se apresentam nos sujeitos com dificuldades de aprendizagem. Estes

bloqueios apresentam-se por meio de sintomas que podem se manifestar de

diferentes maneiras: baixo rendimento escolar, agressividade, falta de concentração,

agitação etc.” (Sampaio, 2018, pág. 17)

“Realizar um diagnóstico é como montar um quebra-cabeças, pois, á medida que se

encaixam as peças, vai se descobrindo o que está por trás deste sintoma. As peças

serão oferecidas pela família, pela escola e pelo próprio sujeito, entretanto a maneira

de montá-las só depende do psicopedagogo e, para que este tenha um bom resultado,

precisa levar em conta todos os aspectos objetivos e subjetivos observados nos

diversos âmbitos: cognitivo, familiar, pedagógico e social.” (Sampaio, 2018, pág.17)

O psicopedagogo deve ser capaz de investir em sua formação pessoal de maneira

contínua e significativa, estando apto a desenvolver um papel profissional inovador, no qual

quem ensina deve ter aprendido e vivenciado o que vai ensinar. “trata-se de um compromisso

ético entre aqueles que propuserem a experiência de inclusão e aqueles que devem

experimentá-la no cotidiano difícil de uma sala de aula” (Baptista, 2002, p.75).

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4.2 Caracterizando o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.

Ao buscarmos desenvolver uma análise sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com

Hiperatividade, transtorno este que apresenta características que correspondem a

singularidades apresentadas em um dos casos estudado neste trabalho, sentiu-se a necessidade

de refletir sobre o aprender humano, sobre a aprendizagem. Considerando que é uma

capacidade inata, um processo significativo e essencial, que pode ocorrer de maneira

espontânea e natural, por imitações e descobertas ou de forma sistematizada e estruturada,

como por exemplo, os métodos nas dinâmicas das escolas. Ele pode ser construído a partir de

diversas interações do indivíduo com o meio, das relações que este vai desenvolvendo, da

busca de condições necessárias para a sua sobrevivência, dos vínculos familiares pai-mãe-

filho-irmãos, enfim das transformações culturais que vai vivenciando ao decorrer de sua

historia. Sendo um “processo consciente e produto da inteligência” (Fernandes-1991).

“Quando nasce, o bebê é um feixe de possibilidades, de ferramentas que são capazes

de atrair, de captar o conhecimento que tem que ser transmitido e reconstruído nele.

Sabemos que o homem é um ser histórico, que cada geração acumula conhecimentos

sobre a anterior, e o humano vai se tornar humano porque aprende.” (Fernandes-

1991)

Considerando a abordagem, entendemos que o ser humano é um ser, que apresenta

intrinsecamente a habilidade do aprender, pois é beneficiado de mecanismos biológicos que

conduzem e propiciam este. Destacamos que existem dentro dele diversas formas, fases e

porque não dizer níveis de aprendizagem, sendo dotados de potencialidades, somos sujeitos

únicos, capacitados e possuidores de diferentes formas de aprender. Para Piaget, pai da

epistemologia genética, “o indivíduo (a criança) aprende construindo e reconstruindo o seu

pensamento, através da assimilação e acomodação das suas estruturas. Esta construção do

pensamento, Piaget chamou de estágios: Estágio sensório – motor, Estágio Simbólico e

Estágio Conceptual e de Operações Formais”. (Portal Educação 27/11/2018). Estes são

vividos de acordo com cada sujeito. No primeiro nível (até 2 anos), corresponde a inteligência

sensório motor. No segundo nível (de 2 a 7 - 8 anos), corresponde a inteligência pré-

operatória. No terceiro nível (de 7- 8 anos a 11-12 anos), corresponde à inteligência

operatória. No quarto nível (a partir de 12 anos a 14 -15 anos), corresponde a inteligência

formal ou hipotético dedutiva (Visca - 2011). A partir desse estudo de Jean Piaget de Piaget

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foi possível verificar o nível cognitivo em que o sujeito se encontra, segundo Visca “...

ninguém pode aprender acima do nível da estrutura cognitiva que possui” (1991, p.52).

Com todos esses indicativos sobre o que é aprendizagem, do seu papel fundamental no

aspecto desenvolvimento humano, voltamos nosso olhar a situações de não aprendizagem ás

dificuldades no aprender, e também as possibilidades inúmeras que levam o indivíduo de uma

determinada faixa etária a apresentar um ritmo diferente neste processo, o qual se evidencia

no período escolar. Hoje encontramos uma série de transtornos que afetam diretamente o

sujeito como Dislexia, que se caracteriza por baixa capacidade de ler e escrever, a Disgrafia

que é a dificuldade no ato motor da escrita, a Discalculia que de modo em geral afeta a

capacidade de o sujeito pensar ou raciocinar sobre tarefas e conceitos que envolvam números

ou conceitos matemáticos, porém vamos nos ater mais minuciosamente em uma reflexão

sobre o Déficit de Atenção com Hiperatividade o TDAH, sendo este um possível diagnóstico

a um dos casos citados.

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, mais conhecido pela sigla

TDA-H consiste em um quadro caracterizado basicamente por distração, inquietação e uma

dificuldade com o controle inibitório manifestada por impulsividade comportamental e

cognitiva do sujeito. “Este transtorno está intimamente relacionado com a dificuldade que

estas crianças têm em aprender, ou melhor, em utilizar a aprendizagem de forma adequada e

precisa” (Peres-2018). Ele se manifesta na infância e pode persistir até a vida adulta. “É

comum dizer que os portadores “vivem no mundo da lua”, isto é estão sempre pensando em

outra coisa (ou em um monte de outras coisas...)” (Mattos-2003). Demonstram-se por diversas

vezes inquietos, podendo ser também impulsivos, afetando o comportamento, aprendizado,

desempenho escolar e relacionamento com outras pessoas, são em geral pessoas que vivem

trocando de interesses, e apresentando dificuldades de levar as coisas até o fim. Ao

refletirmos sobre o caso dois do presente trabalho, observamos diversas características

compatíveis que indicam, apesar de precoce, um possível quadro de TDA-H. Conhecer e

compreender faz-se necessário para busca de meios efetivos de intervenção, meios os quais

envolvam compreensão de pais, a paciência das pessoas envolvidas na educação e um bom

acompanhamento médico, trabalhando na mesma direção, buscando dar o suporte necessário

para o desenvolver da aprendizagem.

O diagnóstico do TDAH é clínico, deve ser realizado por médicos ou psicólogos, e

encaminhado a intervenção por equipe multifuncional composta de psicólogo, psicopedagogo,

fonoaudiólogo, médico, etc. É uma condição crônica de saúde, que em geral é percebida em

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maior prevalência em crianças de idade escolar, a qual pode interferir na vida acadêmica ou

no desempenho profissional da vida adulta.

“... a doença compromete o desenvolvimento de regiões cerebrais importantes, como

aquelas responsáveis pelas emoções, motivação e sistema de recompensa.” (ABDA – 2017

26/11/2018). Considerada uma condição comum, tem-se a probabilidade de estar afetando 5%

das crianças em nível mundial, dado este fornecido pela Associação Brasileira do Déficit de

Atenção. Ele pode vir ocasionar repetência, evasão, expulsão, baixa auto-estima e sentimento

de menos-valia. Ressaltando que seus principais sintomas são desatenção, hiperatividade e

impulsividade.

Mas quais as causas do TDAH? Pode se dizer, que é multifatorial, ou seja, vários

fatores podem vir a causar, dentre temos:

- genético – determinante;

- adversidades físicas durante a gestação (aumento da pressão arterial da gestante

(eclampsia), hemorragias, insuficiência da placenta, sofrimento fetal);

-uso de substâncias pela gestante;

-intercorrências ao nascimento;

-agressões ao cérebro durante a infância;

Paulo Mattos – 2003 considera que a herança genética é o fator mais importante no

aparecimento do TDAH, entorno de 90% dos casos. Estas pessoas têm uma alteração nas

substâncias que passam as informações entre as células nervosas, os neurotransmissores

(substâncias químicas responsáveis pela transmissão de impulso elétrico de um neurônio para

outro). Os principais neurotransmissores são a dopamina, noradrenalina e serotonina. É uma

disfunção neurológica que se dá no córtex pré-frontal, quando o individuo tenta se concentrar.

(Sbie – Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional -2017).

Para chegar ao diagnóstico, necessita que se realize um levantamento de dados que

visualizem o perfil histórico do paciente, desde a gestação, infância até a fase em que se

encontra, considerando o funcionamento acadêmico, intelectual, social e emocional, deve-se

incluir observações recolhidas com professores, familiares, adultos que de alguma maneira

possam estar ligados à criança e cuidadosamente avaliados em testes para percepção de

possíveis sintomas. O diagnóstico do TDAH é determinado por médicos ou psicólogos.

“Uma vez recolhida toda a informação e resumidos os diferentes aspectos que

interessam a cada área investigada, é necessário avaliar o peso de cada fator na ocorrência do

transtorno da aprendizagem,” (Paín-2008)

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Dentro da possibilidade do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade,

temos três categorias:

- TDAH com predomínio de sintomas de desatenção com elevada taxa de prejuízo

acadêmico;

- TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade com altas

taxas de rejeição e de impopularidade frente aos colegas;

- TDAH combinado, com elevada taxa de prejuízo acadêmico, maior presença de

sintomas de conduta de oposição e desafio.

Segundo o DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual, 4ª edição), manual preparado

pela Associação Psiquiátrica Americana, que lista todos os sintomas de todas as enfermidades

existentes, o rol de sintomas do TDAH divide-se em uma combinação de dois grupos, o

sintomas de desatenção: prestar pouca atenção a detalhes e cometer erros por falta de atenção;

dificuldade de se concentrar; parecer estar prestando atenção em outras coisas numa conversa;

dificuldade em seguir as instruções até o fim ou deixar tarefas e deveres sem terminar;

dificuldade em seguir instruções até o fim ou deixar tarefas sem terminar; dificuldade de se

organizar ou planejar algo com antecedência; relutância ou antipatia a tarefas que exijam

esforço mental por muito tempo; perder objetos necessários para realizar as tarefas ou

atividades do dia-a-dia; distrair-se com muita facilidade com coisas à sua volta ou mesmo

com seus próprios pensamentos; esquecer de coisas que deveria fazer no dia-a-dia baixa e

sintomas de hiperatividade e impulsividade: ficar mexendo as mãos e pés quando sentado ou

se mexer muito na cadeira; dificuldade de permanecer sentado em situações em que isso é

esperado; correr ou escalar coisas em ocasiões em que isso é inapropriado; dificuldade para se

manter em jogos de lazer em silêncio; parecer “ser elétrico” ou “a mil por hora”; falar demais;

responder perguntas antes de elas serem concluídas; não conseguir aguardar sua vez;

interromper outros ou se meter nas conversas dos outros;

“É imprescindível ter certeza de que os sintomas listados acima estejam presentes

desde precocemente. Ninguém “passa a ter” TDAH apenas na vida adulta ou no

finalzinho da adolescência”. (Mattos-2003)

Diversas comorbidades podem vir associadas ao TDAH, agravando ainda mais o caso,

como a dislexia (dificuldade de leitura e escrita), disgrafia (dificuldade na escrita), disfasia

(dificuldade na fala), transtorno alimentar, transtorno bipolar, transtorno do sono, depressão,

etc.

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O tratamento a indivíduos com TDAH envolve vários aspectos, promovendo

orientações aos pais, familiares, professores, escola, técnicas ensinadas aos portadores,

psicoterapias, tratamento fonoaudiológico e também o uso de medicamentos, como a

tioridazina que é um tranqüilizante, o metilfenidato, mais conhecido como ritalina, que é um

estimulante que tem efeito paradoxal de acalmar o sistema nervoso assim aumentando a

capacidade da criança manter a atenção, dentre outros.

Embora eficazes, pois atuam nas áreas cerebrais normalizando a ação dos

neurotransmissores, temos diversos questionamentos sobre a utilização destes medicamentos,

pois podem trazer efeitos colaterais ao paciente. Dr. Paulo Mattos ressalta que “os benefícios

dos medicamentos são muito maiores que eventuais riscos para o portador de TDAH” (Mattos

– 2003).

Na escola é o local onde os sintomas de TDAH, se manifestam mais claramente,

devido sua dinâmica, ao seu conjunto de regras e a necessidade de manter o foco de atenção.

Então a possibilidade do comportamento característico ficar visível é maior.

“É importante diferenciar “dificuldades em se adaptar ao sistema educacional” de

“impossibilidade de aprendizagem”. Muitas criança com TDAH são muito

inteligentes e se lhes dermos uma chance elas poderão ser bem-sucedidas.”( Mattos-

2003)

Após diagnóstico, escola, professores e família tem que entender que a aprendizagem

se dará de maneira diferente, assim contribuindo para que ela ocorra, com direcionamentos

próprios como manter uma rotina constante e previsível. O professor deve deixar bem claro o

que espera do aluno em determinada tarefa, procurar expressar-se claramente, buscar trabalhar

o visual em atividades, buscar a melhor forma de utilização do material ou a melhor forma de

adaptação do conteúdo, avaliações com nível de dificuldade e tempo adequado a necessidade

apresentada ̧ etc. É importante o reforço e a valorização de suas habilidades, buscando

alimentar sua auto estima, desenvolvendo a confiança e o sentimento de mais valia no aluno,

propiciar atividades que o tornem pertencente ao grupo. O uso de jogos, dinâmicas em grupo,

atividades que envolvam recursos tecnológicos também se fazem significativos, e propensos á

melhores resultados.

Faz-se importante o apoio de profissional capacitado, o qual vai diagnosticar e

encaminhar mediações que vão adaptar situações existentes no meio de convivência,

desenvolver um olhar diferenciado, entender as necessidades, orientar família e os

profissionais da escola, se necessário inserir uso de medicação e ou terapias, assim buscando

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promover uma maior qualidade de vida ao individuo com TDAH. Entendo-o como

pertencente a um grupo e o respeitando como ser humano capaz.

A partir de um diagnóstico, do conhecimento da instituição, de pais e professores

sobre um possível caso de TDAH, as diferentes situações devem ser voltadas a busca de

compreensão e ajuda a esse aluno, com uma rotina adequada, possibilidades diferenciadas de

construção de conhecimento, dinâmicas que chamem a atenção, afeto e dedicação, tornando o

indivíduo pertencente ao grupo, respeitando em seus direitos e em suas singularidades, tem-se

a possibilidade de torná-lo um adulto produtivo e feliz.

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5 AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR

5.1 DIAGNÓSTICO - CASO I

5.1.1 Dados de Identificação

Nome do Aluno: L. D. F.

Data de nascimento: 04/04/2008 Idade: 10 anos e 7 meses

Pai: J. L. F. Mãe: N. A. C. F.

Instituição: E. M. G. V.

Ano Escolar: 3º ano Turno: vespertino Repetência(s): 00

Professor(a): R. A. S.

Data de início da avaliação: 20/08/2018

Data de término da avaliação: 31/11/2018

5.1.2 Motivo do encaminhamento

O aluno apresenta baixo rendimento escolar e diversas dificuldades, em diferentes

áreas, sendo algumas mais acentuadas. Observa-se dificuldade em sua memória operacional,

não retendo informações necessárias para o desenvolvimento de habilidades diversas, em

estimulações desenvolvidas principalmente na área da matemática, a qual envolve a

capacidade de raciocínio, em atividades que envolvam agilidade física, comandos motores

amplos correr, saltar, etc.

5.1.3 História e contexto evolutivo

Através de entrevista de anamnese, realizada com os pais do aluno pode se investigar

que o aluno hoje reside com a mãe e o pai, porém nem sempre foi esta realidade,

levantamentos feitos constam que já residiu com sua irmã mais velha e seu cunhado. Ele vem

de uma gravidez não planejada, e segundo a mãe foi um “susto” tanto a ela como para o pai a

vinda de L. Citou que as condições em que viviam eram muito precárias, trabalhavam em

lavoura, de sol a sol, fato esse que se deu até o nascimento do bebê. Sua união com o pai era

estável. Depois do nascimento a mãe gerou mais um filho, porém teve aborto. L. nasceu de

cesariana, chorou forte, não necessitando de maiores cuidados. O filho demorou sustentar a

cabeça, também ouve demora ao engatinhar e sucessivamente ao caminhar, sendo que o

mesmo se deu com aproximadamente um ano e oito meses. Quanto à amamentação, sabe-se

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que recebeu o aleitamento materno até três anos, apresentando boa saúde e alimentando-se

bem.

Seus primeiros balbucios deram-se aproximadamente ao completar um ano.

A mãe relata que o sono de L. é agitado, ronca enquanto dorme, costuma falar, tem

pesadelos, se bate durante a noite. Ele apresenta sobrepeso.

O relacionamento familiar é revela-se harmonioso. Convivendo em casa com o pai e a

mãe. Ambos os pais trabalham fora, e L. fica sozinho no período da manhã, vendo os pais

apenas no final da tarde quando retornam para casa. Ele mesmo prepara seu alimento, faz sua

higiene e organiza-se para ir para escola. Segundo a mãe ela não permite que o aluno saia de

casa durante o período da manhã. Vizinhos relatam que por diversas vezes L. senta-se na área

da residência e fica ouvindo rádio. A mãe relata que quando L. tinha aproximadamente cinco

anos caiu de um cavalo e bateu forte a cabeça.

A mãe comenta que o pai é gago, tem dificuldades ao caminhar, não conseguiu se

alfabetizar e tomou remédio controlado por muitos anos, que na casa tudo quem resolve é ela.

Cita que o pai tem crises nervosas.

Observa-se o apreço da mãe pela professora e instituição escolar aonde Lucas vem

desenvolvendo seus estudos.

5.1.4 Síntese das áreas avaliadas

Durante o processo avaliativo, o aluno mostrou-se interessado, participativo e de

comportamento estável, falando baixo, buscando superar certa timidez. Tem bons vínculos

com colegas e professores. Embora tenha demonstrado interesse na realização de atividades,

ele necessita de apoio constante para realização.

No que se refere à estrutura de pensamento, através da aplicação de Entrevista

Operativa Centrada na Aprendizagem – EOCA (Jorge Visca) constatou-se apreço por

desenhos e pinturas. Com pouca criatividade, em sua orientação espacial realiza desenhos

pequenos e sem muitos detalhes o que pode indicar conformidade com a situação em que vive

e ou falta de confiança em si mesmo (Nicole Bedard), necessitando de estímulos ao criar e

questionamentos ao relatar.

Em seus materiais escolares observa-se cuidado, organização e zelo. Ressalto que nos

cadernos de L., ele não usa o verso das folhas, ao ser questionado diz que é “ruim” de

escrever no verso. Segura adequadamente o lápis, fazendo pressão normal e apresentando boa

qualidade no traçado gráfico da escrita caixa alta e dificuldade no traçado da letra cursiva.

Apresentou domínio de linguagem com vocabulário, fazendo relatos de experiências vividas,

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conta pequenas historias, aprecia livros, tem dificuldade na leitura, encontrando-se em fase

silábica-alfabética com valor sonoro, caracterizando-se pela passagem da hipótese silábica

para alfabética, representando um conflito entre as duas fases. A criança questiona a estrutura

silábica, mas ainda falta-lhe repertório fonético para obter sucesso na escrita, assim vivencia

um momento de transição, (Emilia Ferreiro).

Em questões que exigiam analise de maior complexidade o aluno necessita de reforço

e mediação, principalmente quando se refere à área da matemática. Revelou dificuldades de

atenção, memorização e em atividades de seqüências lógicas. Realiza classificação e seriação,

apresenta noções de números, realizando contagens, porém com dificuldades em dezenas

exatas. Realiza operações de adição simples, com apoio de desenhos ou materiais concretos.

Através de provas Projetivas observa-se falta de compreensão para resolução de situações

problemas.

Em atividades físicas observa-se postura arqueada, cansa com facilidade devido ao

sobrepeso, apresenta desalinhamento do quadril e das pernas o que faz com que os joelhos

fiquem virados para dentro (geno valgo), o qual acarreta certa dificuldade ao correr, saltar, em

sua coordenação motora ampla.

O aluno entende-se como um membro inserido ao grupo, tendo noções de

pertencimento. Realiza sua higiene, reconhecendo como importante fator para preservação da

saúde. Demonstra respeito e cuidado com seu corpo, reconhece práticas familiares as quais

visam o bem estar e valores que norteiam.

5.1.5 Conclusão diagnóstica

Diante das práticas realizadas as quais envolveram as áreas do conhecimento observa-

se que o aluno apresenta dificuldade relacionada à capacidade de leitura, escrita, a

compreensão matemática, a atenção e memorização, estando com seu processo de construção

de conhecimento inferior á sua idade cronológica. Ressalta-se pelos dados levantados que

ouve evolução em seu processo de aquisição, estando com as capacidades mínimas

necessárias para o retorno ao ensino regular (3º ano), fazendo-se necessário apoio em sala de

reforço escolar.

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5.1.6 Medidas de Intervenção

- Conversar com o aluno, pais e professores sobre a avaliação e estabelecer

explicações sobre o que está ocorrendo para que ele sinta-se apoiado e seguro.

- Ajudá-lo a aprender co experiências, registros e experimentos para maior estima e

interesse, reforçando todo desempenho escolar.

- Trabalhar a adequação as relações grafemas e fonemas, a construção silábica, a

leitura e a escrita.

- Realizar diariamente práticas de leitura. É preciso que ele reconheça o ler, como

fonte de descoberta e prazer. Leitura atrativa, em revistas que falam sobre animais, carros,

futebol... O que ele gosta...

- Trabalhar atividades como diagramas, cruzadinha, adivinhações, poemas, bingos,

ditados relâmpagos, palavras surpresas, saco surpresa (com figuras e objetos) e jogos como

Escrevendo certo, Palavra Secreta, Com que Letra, Passa Letra, Soletrando...

- Trabalhar a oralidade, a leitura e a escrita em atividades como: trava-

línguas/parlendas/quadrinhas e adivinhações...

- Trabalhar produções de textos orais e desenhos a partir de relatos, historias lidas e

ouvidas, imaginárias, filmes, gravuras, revistas, explorando ao máximo as atividades ligadas a

alfabetização.

- Trabalhar jogos de seqüência lógica, matrizes, bingos, formação de dezenas, cartas,

memória, trilha...

- Trabalhar com rótulos, receitas, mercadinho... Desenvolver possibilidades concretas

para maior compreensão, material dourado.

- Atividades motoras as quais propiciem amplitude de movimentos (brincadeiras com

bolas, cordas, bambolês, amarelinha, jogos)

5.1.7 Encaminhamentos

- Classe comum com intervenção individual e mais próximo da professora.

- Atendimento psicopedagógico.

- Encaminhamento a neurologista, oftalmologista e fisioterapeuta.

- Ingresso a práticas esportivas (escolinha de futebol).

- Orientação a familiar.

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5.2 DIAGNÓSTICO - CASO II

5.2.1 Dados de Identificação

Nome do Aluno: E.C.G.T

Data de nascimento: 24/02/2014 Idade: 4 anos e 9 meses

Pai: O. T. Mãe: M. T.

Responsáveis: M. T.

Instituição: C. E. I. I. V.

Ano/Série: Pré I Turno: Matutino Repetência(s):

Professor(es): V. P. G.

Data de início da avaliação: 20/08/2018

Data de término da avaliação: 31/11/2018

5.2.2 Motivo do encaminhamento

Conforme informações da escola a aluna apresenta baixo rendimento escolar, não

acompanhando o que se predispõe em relação ao rol de conteúdos a faixa etária a qual se

encontra, sua dificuldade maior apresenta-se principalmente quando envolve atenção e

concentração ao realizar as atividades propostas pela docente. Observa-se dificuldade em sua

memória operacional, não retendo informações necessárias para o desenvolvimento de

habilidades diversas, em estimulações desenvolvidas principalmente na área da matemática, a

qual envolve a capacidade de raciocínio, em atividades que envolvam agilidade física,

comandos motores amplos correr, saltar, etc.

5.2.3 História e contexto evolutivo

Através de entrevista anamnese realizada com a mãe da aluna, pode-se constatar que a

aluna reside com os pais, sendo que a mãe não trabalha fora e o pai tem como profissão

motorista (carreteiro), estando com a família apenas nos finais de semana ou períodos de

férias. A menina é filha única do casal, que contam com apoio de avós, maternos, que residem

próximo a família.

A renda familiar é aproximademente dois salários mínimos, morando em casa própria,

localizada próximo ao Cmei que E.C.G.T. frequenta. Em relatos da mãe observa-se uma

família preocupada com a criança, que busca ajudar da melhor forma possível, dentro de suas

possibilidades. Ela diz que E.C.G.T. veio em um momento o qual ela não estava preparada

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para ser mãe “um susto”, usando suas palavras, tanto para ela como para o pai. Eles não

estavam casados e foi à gestação que levou a união do casal, que passaram de namorados para

união estável. A mãe diz que na gravidez se sentiu insegura, teve medo, mas foi uma gestação

normal. Relata que teve complicações no parto, pois passou da hora de nascer, não tinha

dilatação e redução de líquido amniótico, sendo parto cesariana. A mãe diz que sentiu muito

medo.

Sobre o desenvolvimento da menor consta que sustentou a cabeça próximo há três

meses, sentou sozinha aos nove, engatinhou e deu seus primeiros passinhos com um ano e

dois meses, falou suas primeiras palavrinhas com um ano e meio, não apresentando nenhuma

anormalidade nesta faixa etária, nada que a mãe tivesse observado ou considerado relevante.

Diz ainda que a criança dorme bem, que não teve nenhuma doença mais grave quando

pequenina,.

A rotina da aluna no relato da mãe aparenta ser saudável e tranquila, frequenta o Cmei

no período da manhã, estando com a mãe em casa no período da tarde, a mesma também

visita a casa da avó frequentemente. O mundo de relações em que E.C. está inserido, tirando o

ambiente escolar, onde convive com outras crianças é basicamente formado por adultos, não

tendo outras crianças para brincar e interagir.

Em relação a antecedentes familiares ressalta-se que um tio da menor tentou suicídio,

dois anos atrás e E.C. presenciou o fato. O mesmo é depressivo e hoje segundo a mãe a

criança não tem mais contato. E.C. tem uma cicatriz na testa, próximo ao globo ocular

esquerdo, a mãe conta que caiu de moto com a bebê, que cortou a testa e por isso a cicatriz.

Sua saúde em relatos da mãe é boa. A aluna foi encaminhada pelo Cmei a atendimento

psicológico no início do ano, devido o comportamento apresentado, porém sem devolutiva.

Observa-se preocupação na fala da mãe em relação à aprendizagem da menor e a

confiança na instituição na qual se encontra regularmente matriculada.

5.2.4 Síntese das áreas avaliadas

No início do processo avaliativo a aluna demonstrou-se alegre e com disposição,

atitude que não se manteve no decorrer, sendo que em algumas sessões a aluna se negou a

realizar as atividades, fazendo “birras”, solicitando o fim da sessão, até mesmo pedindo para

chamar a mãe, com dificuldade de aceitar a realização das atividades e inquieta, levantou-se

muitas vezes do lugar, hesitando na execução de comandos, assim sendo, algumas vezes a

sessão foi finalizada e retomada em outro dia, o que dificultou o andamento das avaliações.

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A menor apresentou constantemente a necessidade de se detalhar mais de uma vez as

atividades propostas antes de realizá-las e em muitas de apoio na realização.

Na primeira sessão foi disposto o instrumento E.O.C.A, Entrevista Operativa Centrada

na Aprendizagem, de Jorge Visca, onde são colocados a disposição do aluno diversos

elementos e deixado livre, o aluno escolhe o que mais lhe interessar para explorar, manipular,

etc. A aluna escolheu a massa de modelar, a qual manipulou sem apresentar muita

criatividade, e mesmo estimulada a formar diversas possibilidades, não conseguiu sair de

formas simples (pequenas bolinhas), já se dispersando e buscando outros objetos. Durante o

processo avaliativo, foi observado por indução de perguntas à formação familiar, o afeto que a

mesma tem pela mãe, pai e avó e também o movimento de construção de competências

linguísticas, essenciais para o desenvolver da leitura e escrita. “A consciência fonológica mal

desenvolvida representa a principal dificuldade para que um grande número de criança que

apresentam problemas na aprendizagem da leitura.” (Ferraz 2018). E.C. apresentou

vocabulário adequado a sua idade, respondendo a perguntas de forma clara e direta, porém

sem muita articulação ou riqueza no mesmo, utiliza-se de frases simples e curtas, geralmente

apenas respondendo quando questionada. Também constata-se que a aluna gosta de frequentar

o ambiente escolar, mesmo não compartilhando de forma ativa na dinâmica de sala de aula,

preferindo por diversos momentos se isolar.

Nas informações trazidas por professora regente em entrevista e em observações

realizadas em sala, pátio e refeitório nota-se que por diversas vez ela se dispersa, não

mantendo atenção em atividades, com dificuldade de concentração por um determinado

período de tempo, tendo dificuldade de autoregulação, pouca interação com o grupo, até

mesmo no ato de brincar, atividade fundamental na infância.

Suas habilidades motoras mostraram preferência lateral destra para membros

superiores e inferiores, realizando os movimentos fundamentais como o correr, saltar com

dois pés, engatinhar, apanhar, lançar, subir e descer escadas, porém em atividades

psicomotoras como andar por cima de linhas, cordas, etc. demonstrou pouca precisão. Ela

realiza recortes, colagens e alinhavos necessitando de apoio.

Em seu grafismo apresenta traços fracos e imprecisos, segurando de forma adequada o

lápis, porém ainda não apresenta a coordenação no traçado, sendo assim ainda não construiu a

escrita de seu nome representando-o com garatujas desordenadas. Nos seus desenhos observa-

se que se encontra em etapa pré esquemática, segundo Margaret Imbrosi – 2017, observamos

grandes cabeças sobre extremidades pequenas (ao desenhar seu corpo). Do alfabeto reconhece

somente a vogal A, não diferenciando números de letras. E.C. apresenta dificuldade em

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atividades que exijam atenção, por exemplo, tem dificuldade de montar quebra cabeça

simples (3 peças), responder a mais de um comando quando solicitado.

Como se refere a uma criança de quatro anos, os instrumentos que nortearam o

processo de avaliar o desempenho foram a Tabela Portage, juntamente com Provas Projetivas.

Dentro delas se observou as áreas de socialização, cognição, linguagem, autocuidados,

desenvolvimento motor e a área lógico matemática.

Observa-se que a menor, tem grande facilidade á distração, por muitas vezes “vive no

mundo da lua” (Mattos, 2003) sendo assim para findar qualquer atividade necessita de

constante estimulo. No eixo que se refere à área lógico-matemática, tem noções básicas de

grande/pequeno, muitos/ poucos, cheio/vazio, bem como realiza classificação por cores

(nomeando) e tamanhos. Realiza contagem até cinco, identificando alguns numerais. Não

apresenta compreensão de sequência lógica, nem faz reconhecimento de formas geométricas.

Na área de auto cuidados necessita de ajuda para se manter organizada. Tem controle de

esfíncteres, porém necessita ser lembrada para limpar o nariz, tirar o casaco quando faz calor,

pegar a mochila ou qualquer objeto pessoal.

E.C. apresenta momentos de oscilação em seu saber, hora respondendo hora não.

Tem noção de pertencimento ao grupo, mas grande dificuldade de interagir e seguir as

regras do mesmo. E.C. é uma criança feliz, que demonstra dificuldade em sua socialização e

percepção, mas busca construir sua identidade e ser reconhecida.

5.2.5 Conclusão diagnóstica

Diante das práticas realizadas as quais envolveram as áreas do conhecimento observa-

se que a aluna apresenta dificuldade relacionada à socialização, atenção, compreensão e

concentração, apresentando traços que indicam um possível quadro de TDAH- Transtorno do

Deficit de Atenção e Hiperatividade. Faz-se necessário investigação mais detalhada referente

á queda que a menor sofreu quando bebê, a qual pode estar dificultando a memória de curto

prazo e atenção.

5.2.6 Medidas de Intervenção

- Trabalhar de forma visual com ela, ao invés de auditiva;

- Evitar o uso de cores agressivas (vermelho e amarelo);

- Evitar sons muito agudos ou altos;

- Evitar calor ou falta de ventilação em sala de aula;

- Evitar luz incandescente;

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- Mantê-la próxima a professora;

- Retirá-la de outros “centros de interesses” (janelas, portas, etc);

- Ressaltar suas conquistas, buscando evidenciar os pontos positivos;

- Certificar-se se aluna realmente compreendeu a tarefa solicitada;

- Buscar atividades que envolvam o grupo de alunos, para que propicie a formação de

vínculos entre os colegas;

- Trabalhar jogos de sequência lógica, matrizes, pega varetas, memória, quebra-

cabeça...

5.2.7 Encaminhamentos

- Classe comum com intervenção individual e mais próximo da professora.

- Acompanhamento psicopedagógico.

- Encaminhamento a neurologista, psicóloga.

- Orientação a familiar.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao finalizarmos este trabalho, o qual nos proporcionou experiências únicas, repletas

de conhecimento, reflexões e descobertas, observamos que durante a jornada acadêmica nosso

olhar foi modificado, nosso pensar evoluído e hoje nossas ações já não são as mesmas. A

psicopedagogia é além de uma nova oportunidade para o mercado de trabalho, e não se pode

dizer que é mais uma profissão, sua dinâmica engrandece não apenas o conhecimento, mas o

intimo de todos que com ela se envolvem.

Significativa e de grande importância, ressaltamos seu valor, consideramo-la

necessária dentro das instituições, sendo instrumento rico, capaz de modificações

consideráveis na melhora da condição aprender. Curativa, terapêutica a qual alivia o indivíduo

do sofrimento causado pelo não saber ou não conseguir aprender.

O psicopedagogo assume um papel fundamental nos ambientes institucionais,

apontando diagnósticos, buscando intervenções, realizando encaminhamentos, e tratando de

toda essa complexidade que envolve indivíduo, família e escola. É necessário um

compromisso para que seja um caminho que tenha como marco a perseverança,

responsabilidade, o cuidado, a ética e o trabalho em busca do sucesso educacional.

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REFERÊNCIAS

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Alegre: Artmed, 2007.

PERES, C., TDA-H. Da teoria á prática. 3. ed., Rio de Janeiro: Wab, 2018.

PAÍN, S., Diagnósticos e tratamento dos problemas de aprendizagem.Porto Alegre:

Artmed, 2008.

FERNÁNDEZ, A., A inteligência aprisionada:abordagem psicopedagógica clínica da

criança e sua família .Porto Alegre: Artmed, 2014.

SAMPAIO, S.. Manual prático do diagnóstico psicopedagógica clínico.7. ed., Rio de

Janeiro:Wak , 2018.

BOSSA, N. A. A Psicopedagogia no Brasil: Contribuições a partir da prática. 2. ed. Porto

Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

Ponto de vista - PSICOPEDAGOGIA: Contexto, Conceito e Atuação. Disponível em:

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/ponto-de-vista-

psicopedagogia-contexto-conceito-e-atuacao/4382, com acesso em 27/11/2018.

Entenda a relação de comorbidades de TDAH. Disponível

em:http://www.sbie.com.br/blog/entenda-relacao-de-comorbidades-de-tdah/. Com acesso em

23/11/2018

MATTOS, P. No mundo da lua. Perguntas e respostas sobre transtorno do déficit de

atenção com hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos. 4. ed. São Paulo: Lemos,

2003.

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ANEXOS

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