jornal bem estar zona sul junho 2012
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Jornal Bem Estar Zona Sul junho 2012TRANSCRIPT
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CONSCIÊNCIA XAMÂNICAVivemos hoje a urgência de curar uma ferida fundamental de nossa cultura: o que nos faz falta - paradoxalmente - não é nos sentirmos mais amados, e sim amar com um amor capaz de sentir prazer em coisas com as quais o ego se entedia.
Amor e PaixãoReflexões sobre o romantismo desenfreado
Jornal de Coleção • Ano 4 • nº 45 • JUnHo 2012 • 10.000 ExEmp. • TEl. (51) 3268.4984 •
zonasul
Distribuição gratuita
ESFOLIAÇÃO
Ajuda a soltar as células mortas e deixa a pele
mais suave e renovada
FIquE ALErtA
Mais uma evidência científica indica os riscos das carnes processadas
Fundamental para a saúde de seu animal
DICAS DEALIMENtAÇÃO
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Lições de Vida
G ostar é tão fácil que ninguém acha que precisa aprender... Mas é preciso saber cuidar do amor!
Aprenda, invente a difícil arte de amar bo-nito.
Existem muitos amores por aí. Amo-res mesmo: bravios, gigantescos, descomu-nais, profundos, sinceros, cheios de entre-ga, doação e dádiva. Mas esbarram na di-ficuldade de se tornarem bonitos. Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, trata-dos com carinho, cuidado e atenção. Amo-res levados com arte e ternura de mãos jardineiras.
E esses amores que são verdadeiros, de repente se percebem ameaçados tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram, exigem, rotinizam, descuidam, re-clamam, deixam de compreender, necessi-tam mais do que oferecem, precisam mais do que atendem, enchem-se de razões. Sim, de razões. (Ter razão é o maior peri-go no amor).
Quem tem razão sempre se sente no
direito (e o tem) de reivindicar, de exi-gir justiça, equi-dade, equipara-ção, sem atinar que quem está sem ra-zão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão. Nem queira! Ter ra-zão nesta dimensão é um perigo: em geral, enfeia um amor, pois é invocado com justi-ça, mas na hora errada. Amar bonito é sa-ber a hora de ter razão.
Reflita. Você tem certeza de que está fazendo o seu amor bonito? De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro a maior beleza pos-sível?
Cheio ou cheia de razões, você sepa-ra do amor apenas aquilo que é exigido por
suas partes necessi-tadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valori-zar melhor tudo de bom que ele pode trazer.
Quem espe-ra mais do que isso sofre e, sofrendo, deixa de amar bo-nito. Sofrendo, dei-
xa de ser alegre, igual, irmão, criança. E sem soltar a criança, ne-nhum amor é belo. Não tema o romantis-mo. Derrube as cercas da opinião alheia.
Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre. Escreva cartas apaixonadas ou simples versos de amor. Não se canse de olhar e olhar, com profundidade a pessoa que você ama.
Não atrapalhe a convivência com ex-cessos de teorizações, comece com beijos
aquela conversa importante que se preci-sa ter; arquive, se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida.
Não tenha tanto medo de tudo o que você teme: a sinceridade, de abrir o cora-ção, de contar o tamanho do amor que sente. Jogue pro alto todas as jogadas, es-tratagemas, golpes, espertezas, atitudes di-tas eficazes: seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida tenta impedir de ser. Sem medo de dizer eu quero, eu estou com vontade, eu amo você.
Deixe o seu amor ser a mais verda-deira expressão de tudo que você é. Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Cuide agora da forma do amor: cuide da voz, cuide da fala, da delicadeza, dos peque-nos agrados. Cuide do cuidado. Cuide de você.
Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder come-çar a tentar fazer o outro feliz, sendo fe-liz junto.
Amar BonitoTalvez seja tão simples e você nunca tenha parado para pensar.
Mas é necessário aprender a fazer o seu amor bonito. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito.
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Renato GuarigliaEditores - Zona Sul
Fábio FerreiraArte Final
Renato GuarigliaComercial
Impressão: Grupo SinosTiragem: 10 mil exemplaresContato: (51) 3268.4984
zonasul
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Que todos os méritos gerados por esse trabalho beneficiem e tragam
felicidade para todos os seres.
PORTO ALEGRE ZONA SUL
CENTRAL BEM ESTAR
Ralph VianaEditor GeralÉrico vieiraDiretor de RelacionamentoMax BofDiretor AdministrativoFábio FerreiraJaqueline BicaDiagramação Central
Jornalista responsável: Max Bof (mtb 25046) Ma-terial: Revistas CUERPOMENTE, UNO MISMO, NEW AGE, PSYCHOLOGY TODAY, BUENA SALUD, THE QUEST, PSYCHOLOGIES, SHAMBHALA SUN, MAGICAL BLEND, NOUVELLES CLÉS.
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InFoRMações de QualIdade
Alimentos antioxidantes e suplementos ajudam a prevenir as enfermidades, aumentam a longevidade,
diminuem o estresse e o esgotamento.
LEIA NA PRÓXIMA EDIÇÃO
UMA VIDA PLENA EXIGE BOAS INFORMAÇÕES
BEM ESTARBEM ESTARPessoas inteligentes adoram ler. E anunciar.
“O jornal BEM ESTAR é excelen-te em todos os aspectos, pois resgata e mostra às pessoas as virtudes que não de-veriam ser esquecidas em tempo algum.”
Rita de Cássia A. pedro Bom
“Amo o jornal BEM ESTAR! Todos os meses espero ansiosamente a veicu-lação dele.”
Vera Susana Siqueira
“Parabéns a toda equipe envolvida com a publicação e distribuição do jor-nal! Um excelente material para todos nós nos dias de hoje.”
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Ótimo, muito inteligente e expres-sivo! As matérias têm excelentes con-teúdos, parabéns aos editores!
João Carluis Beserra
“Gosto muito do Jornal BEM ES-TAR! Sempre buscando inovações e apontando soluções para o bem-estar geral das pessoas.”
liliana Feoli
“O jornal é ótimo! Tem dicas de qualidade de vidas e existem vários anun-ciantes relacionados aos temas de cada reportagem. A equipe está de parabéns!”
lucas Chiarello
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3 • Nº 45 • Junho 2012 • BEM ESTAR Informações importantes para sua saúde e bem-estar
De todos os medicamentos con-sumidos nos Estados Unidos, 25% contêm substâncias ativas
derivadas de plantas de florestas tropicais. Só a população indígena do Brasil domina o conhecimento de cerca de 1.300 plan-tas com alguma propriedade medicinal. Mas, infelizmente a ciência tradicional brasileira ainda explora pouco esse potencial, apesar do consumo des-tes tipos de medicamentos e pre-ventivos vir aumentando significati-vamente, com vários bons laborató-rios oferecendo excelentes produtos.
Para estimular o estudo das plantas para o tratamento psiquiátrico, foi reali-zado o ‘1º Simpósio Internacional sobre o Uso de Plantas Medicinais em Psiquia-tria’, em São Paulo. Pesquisadores de vá-rios países apresentaram estudos e des-cobertas como o uso de extrato de café no combate à dependência de álcool e drogas.
Segundo o psiquiatra Elisaldo Araú-jo Carlini, coordenador do simpósio, as
Plantas MedicinaisFItOtERAPIA BRASILEIRA é MAIS REcONhEcIDA NO EXtERIOR.
UMA SItUAÇãO qUE tEM qUE SER MUDADA.
Água do Mar Para arteriosclerose
O RESíDUO ORGâNIcO AtUA cOMO UMA ASPIRINA, cOMBAtENDO O AcúMULO DE GORDURA NAS ARtéRIAS.
A matéria orgânica dissolvida nas profundidades do mar pos-sui propriedades terapêuticas
e pode ser utilizada no tratamento para combater a arteriosclerose - acúmulo de gordura nas artérias -, principal causa de infarto no coração.
Um estudo realizado pelo dr. Gee-thalakshmi Radhakrishnan, da faculdade de Medicina da Universidade Kochi, no Ja-pão, mostrou que o resíduo orgânico ex-traído de águas profundas do oceano Pa-cífico é capaz de inibir a formação de pla-cas de gordura de modo parecido ao da aspirina.
Segundo Juan Alberola, diretor farma-cêutico de um laboratório que vende um produto deste, “o estudo oferece suporte para o que vínhamos observando em pa-cientes tratados com nossos produtos: a água do mar é um complemento adequado para os tratamentos da arteriosclerose”.
plantas mais usadas pela psiquiatria são o hipérico (antidepressivo) e a valeriana (se-dativo hipnótico). “Nenhuma é brasileira. Só na mata atlântica existem mais de 20 mil espécies de plantas, mas apenas 126 delas estão em pré-estudo”, disse ele, que também é chefe do Grupo de Plantas Me-dicinais do Cebrid (Centro Bras. de Infor-mações sobre Drogas Psicotrópicas), da Unifesp.
O estudo indica a necessidade de en-tender a ação da água do mar como re-sultado de todos os seus componentes. Por isso é indispensável a realização de um processo de esterilização e armazena-mento para que não se perca nenhuma de suas propriedades, já que a eliminação ou alteração de alguma de suas moléculas or-gânicas afetariam a qualidade do produto.
FOTOS STOCK.XCHNG/DIVULGAÇÃO/BE
Os clientes da Água Doce Cachaçaria na Zona Sul localizada na Av Wen-ceslau Escobar, 1643 esta-rão concorrendo a um pas-seio no Cisne Branco para duas pessoas com jan-tar dançante e ainda uma cesta recheada de presen-tes. Promoção para adqui-rir os cupons é de 04/06 a 12/06/2012.
Informações somente após às 17h no telefone:
(51) 3312-2100
PROMOÇÃO ÁGUA DOCE
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BEM ESTAR • Nº 45 • Junho 2012 • 4
ARMIN HANISCH/STOCK.XCHNG/DIVULGAÇÃO/BEAFONSO LIMA/STOCK.XCHNG/DIVULGAÇÃO/BE
As discussões das autoridades sobre a liberação ou não da maconha são sempre feitas
com um copo de bebida nas mãos. E brinda-se a vitória de seus argumen-tos com mais uma rodada. Treina-dores de seleção fazem a apologia da cerveja em comerciais, assim como cantores populares. Os pais são os grandes iniciadores dos filhos no uso do álcool. Quase ninguém se refere a ele como um droga, a mais perigosa de todas, com decorrências pessoais e sociais dramáticas.
Segundo pesquisa da OMS (Or-ganização Mundial da Saúde), o álcool causa quase 4% das mortes em todo o mundo, mais que a Aids, a tubercu-lose e a violência. São 2,5 milhões de mortes por doenças relacionadas ao álcool a cada ano.
Em vários países o álcool é o maior problema social que enfren-tam. Na Rússia, por exemplo, uma em cada cinco mortes é causada pelo ál-
cool, maior índice do mundo. A quan-tidade de faltas ao serviço e aciden-tes de trabalho é alarmante e prejudi-ca seriamente a economia.
Mesmo com esse quadro trágico, medidas de controle do álcool não são prioritárias para a maioria dos go-vernos, ainda que a bebida seja res-ponsável por altíssimos índices de aci-dentes de trânsito, violência, doenças e outros problemas, diz a OMS.
Cerca de 11% das pessoas que bebem têm episódios semanais de ex-cesso, tendência mais comum em ho-mens. O alcoolismo preocupa tam-bém no Brasil. Bebemos mais cerveja (54%) e destilados (40%). O vinho res-ponde por 5% do álcool consumido.
Dificilmente alguém não conhe-ce uma família ou alguém destruído pelo consumo excessivo de álcool. Portanto, fique alerta com o seu há-bito e ao falar de políticas de comba-te às drogas, inclua também a sua be-bida predileta.
Comer uma porção diária de car-ne vermelha processa-da (salsichas etc) pode
aumentar o risco de morte prematura em até 20%, segundo estudo realiza-do com mais de 120 mil nos Estados Unidos e divulgado em meados de março.
O estudo, feito por es-pecialistas da Universidade de Harvard oferece evidências de que comer carne vermelha aumen-ta o risco de doenças cardíacas e câncer. Suge-re também que substituí-la por peixe e carne de frango pode reduzir o risco de morte prematura.
“Este estudo oferece evidência clara de que o consumo regular de carne vermelha, especial-mente carne processada, contribui substancial-mente para uma morte prematura”, disse Frank Hu, autor principal do estudo, publicado na re-vista ‘Arquivos de Medicina Interna’. Os cientis-tas trabalharam com base em dados de um es-tudo feito com 37.698 homens, acompanhados por 22 anos e de 83.644 mulheres, estudadas por 28 anos.
Os participantes foram consultados sobre
seus hábitos alimentares a cada qua-tro anos. Aqueles que comiam
uma porção diária, da espes-sura de um baralho de car-
tas, de carne verme-lha sem processar, demonstraram um risco 13% maior de
morrer do que aque-les que não comiam car-
ne vermelha com tanta frequ-ência. Se a carne vermelha é proces-
sada, como salsichas ou toucinho, o risco aumentava para 20%.
No entanto, substituir a carne vermelha por nozes provou reduzir o risco de mortalidade to-tal em 19%, enquanto o consumo de grãos intei-ros ou de carne de ave diminuiu o risco em 14% e o peixe, em 7%.
Os autores afirmaram que de 7% a 9% de to-das as mortes no estudo “poderiam ser evitadas se todos os participantes consumissem menos de 0,5 da porção diária de carne vermelha total”.
A carne vermelha processada demons-trou conter ingredientes como gorduras sa-turadas, sódio, nitritos e outras substâncias, vinculadas a muitas doenças crônicas, inclusi-ve cardíacas e câncer.
Perigos da carne VerMelhaMAIS UMA EVIDêNcIA cIENtíFIcA INDIcA OS RIScOS DAS carnes processadas (salsichas, linguiças etc). leia.
a droga incentiVada
BEBIDA ALcOóLIcA MAtA MAIS qUE AIDS, tUBERcULOSE E VIOLêNcIA. LEVANtAMENtO DA OMS MOStRA 2,5 MILhÕES DE MORtES AO ANO.
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5 • Nº 45 • Junho 2012 • BEM ESTAR
UM MUNDO ACOLHEDORA EXPERIêNcIA DO SAGRADO REúNE A LUA NO cORAÇãO E O SOL NA MENtE,
E MANtéM O SENtIMENtO BáSIcO DE SANIDADE.
Chögyam Trungpa
F requentemente temos uma noção reduzida e miserável de nossa vida: tratamos de ser um bom menino ou uma boa menina; se-
guimos dolorosamente, nos esforçamos durante o dia, vamos dormir, nos levantamos no dia seguin-te, e começamos mais uma vez, sem muito sentido e inspiração.
Essa abordagem da vida é normalmente depri-mente e sem valor, me-díocre e insossa, como uma bebida que perdeu seu sabor. Às vezes acontece algo emocio-nante e nos sentimos um pouco melhores por algum tempo. Mas por trás está o mesmo deprimente “eu” de sempre, nos as-sombrando a todo instante.
O infeliz “eu” familiar é como um sapato de chumbo que nos sobrecarrega. No entanto não há por que viver assim. Podemos ter um sentimento de celebração. Não se trata de abandonar a parte da gente que não gostamos e de cultivar outra, mas de nos olharmos abertamente. Quando assim fazemos, há lugar para nos apaixonarmos por nós mesmos,
num sentido positivo. Começamos a gostar da pes-soa que somos e, nesse momento, o outro infeliz se retira. Não é que sua personalidade tenha mudado de forma especial, mas sim que seu aspecto positivo se expandiu. Podemos ver nosso mundo como um mundo grande e enxergar a nós mesmos abertos e enormes. Podemos ver nosso mundo como sagra-do, que é a chave para reunir o Sol e a Lua.
O sagrado vem do desenvol-vimento de bondade com
nós mesmos. Desapare-cendo, então, a irrita-ção. Quando se pro-duz esse tipo de afei-ção consigo mesmo,
se desenvolve tam-bém uma amizade com
o resto do mundo. Nesse momento, tristeza, solidão e
abatimento começam a desaparecer.A sacralidade não consiste em olhar o lado bri-
lhante da vida para usá-lo como um trampolim, mas de um bom humor incondicional e nada mais. Há só um lado, apenas um sabor. A partir disso, a bondade começa a nascer em seu coração e o mundo é es-sencialmente acolhedor.
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BEM ESTAR • Nº 45 • Junho 2012 • 6
Bicho de Estimação
n Cadelas gestantes devem comer ra-ções de filhote a partir do 30º dia até o fim da lactação. Esta prática reduz a chance de ocorrerem problemas futuros com a cade-la prenhe. Além de aumentar sua vida re-produtiva.
n Os filhotes devem comer ração de filhote até atingir o tamanho adulto (o que varia de raça para raça).
n Cães de ra-ças grandes devem rece-ber dieta a d e -q u a -
da, sem exageros, para um crescimento equilibrado e uniforme. Atenção, uma dieta reforçada demais pode trazer problemas de “calcificações indesejadas” no futuro.
n Os cães precisam de abrasão para seus dentes, portanto ofereça o que ele possa usar para isso. Esta medida é profiláti-ca à formação de tártaro, o que pode causar até a morte de seu cão. Por exemplo: o cão deve ter cotidianamente um osso, ou um
brinquedo rígido, ou qualquer outro artifício para “escovar” seus dentes.
Esta necessidade diminui à medida que o cão se alimenta apenas
e tão somente de ra-ção seca.
DICAS DE ALIMENTAÇÃO comida é fundamental para a saúde de seu animal.
Então leia alguns conselhos importantes para a alimentação deles.
n Evite oferecer ao seu cachorro petis-cos do tipo: biscoito humano, pão, chocola-te, pipoca... mesmo que ele goste muito. Es-tes alimentos estão frequentemente envol-vidos em casos de alergias alimentares, as-sim como macarrão, fubá e outros alimen-tos à base de amido. Essas alergias alimenta-res têm quadros variados que vão de sim-ples coceira até feridas na pele e febre.
n A oferta de carne somente, pode le-var o cão a ter problemas de raquitismo nu-tricional por causa do desequilíbrio entre cálcio e fósforo que ocorre em animais com este tipo de dieta.
n Uma ração de qualidade comprovada, preferencialmente as do tipo “premium”, dispensam qualquer outra suplementação mineral ou vitamínica. E se for seca reduz a incidência de tártaro, dispensando, por ve-zes, o uso de abrasivos.
n Seu cão dificilmente enjoa da ração, se ele recusar, simplesmente ele está satis-feito e não quer comer. Se ele está brincan-do normalmente, com sua vitalidade natu-ral e ficar um dia ou outro sem comer não se assuste, permaneça oferecendo a mesma ração que você conscientemente escolheu para ele.
“Evite oferecer ao seu cachorro petiscos do tipo: biscoito humano,
pão, chocolate, pipoca... mesmo que ele goste muito. Estes alimentos estão
frequentemente envolvidos em casos de alergias alimentares.”!
KARAM MIRI/ISTOCKPHOTO/BE
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7 • Nº 45 • Junho 2012 • BEM ESTAR
“o chocolate possui substâncias que mesmo consumidas em pequenas quantidades podem ser fatais. a principal
delas é a teobromina, extremamente tóxica, que atua como diurético, estimulante do coração e vasodilatador.
Isso tudo age como um veneno nos animais.”!
- Não existe ração ideal para todos os cães. Cada animal reage de uma maneira di-ferente. Tem cães que se adaptam perfei-tamente a rações populares e outros que não se adaptam às superpremium. Por isso, a melhor pessoa para orientar sobre qual é a melhor opção de ração para cada cão é o médico veterinário que acompanha sua saúde. Ele é capaz de avaliar os parâmetros corretos e saber se a dieta é satisfatória para cada cão especificamente.
ChoColate, um super perigo
o chocolate é irresistível para a maioria das pessoas, mas deve ser
apenas para pessoas.
O chocolate não é nem um pouco re-comendável para os animais. Os cães geral-mente gostam muito da guloseima, porém o chocolate possui substâncias que mesmo consumidas em pequenas quantidades po-dem ser fatais. A principal delas é a Teobro-mina, extremamente tóxica, que atua como diurético, estimulante do coração e vasodi-latador. Isso tudo age como um veneno nos animais.
A quantidade necessária para uma into-xicação é mínima, apenas 100mg/kg de te-obromina no chocolate conseguem causar mal estar, enquanto uma concentração de cerca de 200mg/kg é fatal.
Assim um Pinscher pequeno que pesa somente 2 a 4 quilos teria que comer uma quantidade ínfima de chocolate para evi-
denciar potenciais sinais de envenenamen-to. Mesmo um cão com o tamanho de um Labrador poderia morrer se comesse 200 gramas de chocolate de culinária.
Os sinais de envenenamento podem chegar a ser imperceptíveis, havendo ape-nas falha cardíaca. Contudo, é comum ob-servar-se excitação e nervosismo, vômitos, diarreia, sede intensa e espasmos.
Caso seu animal ingira chocolate, leve-
-o ao veterinário imediatamente, mesmo sem apresentar sinais visíveis. A Teobromi-na pode ter ação fatal em aproximadamen-te 24 horas.
FENNE KUSTERMANS/ISTOCKPHOTO/BE
Saiba a importância da ração na alimentação dos cães !leia Na PRÓXiMa eDiÇÃO
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BEM ESTAR • Nº 45 • Junho 2012 • 8matéria de Capa
O amor romântico não significa simplesmente amar alguém, sig-nifica estar apaixonado. Se trata de um fenômeno psicoló-
gico muito específico. Quando estamos apaixonados acreditamos ter encontra-do o sentido, a essência da vida, revelado em outro ser humano. Sentimos que, fi-nalmente, estamos completos. De repente a vida parece plena, como se uma intensi-dade sobre-humana nos elevasse a um pla-no superior ao da simples existência. Para nós esses são os sinais seguros do “amor verdadeiro”. E nesse pacote está incluído ainda uma exigência consciente: que nosso
amante nos proporcione sempre esse sen-timento de êxtase e intensidade.
Na verdade, o amor romântico, a pai-xão, é um “pacote psicológico integrado”, uma combinação de crenças, ideais, atitu-des e expectativas. Essas ideias, frequente-mente contraditórias, coexistem em nos-sas mentes inconscientes e dominam nos-sas reações e nossa conduta, sem perce-bermos. Temos suposições automáticas sobre o que é uma relação com outra pes-soa, o que deveríamos sentir e o que de-veríamos “obter dela”.
Com uma típica hipocrisia oci-a
Sob a perspectiva psicológica junguiana, o autor discute a diferença entre o amor romântico (paixão) e o amor humano. Compara a forma de amar ocidental
com a oriental e afirma que o que nos falta não é sermos mais amados, mas sim amar mais.
roberT Johnson
Reflexões sobre o apaixonamento
ANDREw C./STOCK.XCHNG/DIVULGAÇÃO/BE
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GUARDE E cONsULtE sEMPRE!
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9 • Nº 45 • Junho 2012 • BEM ESTAR
a
matéria de Capa
“Apesar do êxtase que sentimos quando estamos apaixonados, passamos a maior parte do nosso tempo com uma profunda sensação
de solidão, alienação e frustração perante nossa incapacidade de estabelecer relações genuinamente afetuosas e comprometidas.”
dental, presumimos que nossa noção de amor, de amor romântico, deve ser a me-lhor. Comparamos e acreditamos que, qualquer outro tipo de amor entre um ca-sal é frio e insignificante. Mas se nós, oci-dentais, fossemos honestos com nós mes-mos, admitiríamos que nossa concepção de amor não funciona bem.
A SOLIDÃO DOS APAIXONADOS
Apesar do êxtase que sentimos quan-do estamos apaixonados, passamos a maior parte do nosso tempo com uma profunda sensação de solidão, alienação e frustração perante nossa incapacidade de estabelecer relações genuinamente afetu-osas e comprometidas. Com frequência culpamos o outro por nossas falhas; não nos ocorre que, talvez, somos nós que de-vemos mudar nossas atitudes e crenças.
Nas culturas orientais, como na Ín-dia e no Japão, vemos que os casais se amam com grande afetuosidade, e mui-tas vezes com uma estabilidade e uma devoção que nos deixa desconcertados. Mas esse amor não é um amor românti-co como o que conhecemos. Eles não im-põem em suas relações os mesmos ide-ais, nem colocam tantas demandas e ex-pectativas impossíveis, como nós costu-mamos fazer. Essa é a grande ferida da psique ocidental. É um problema funda-mental da nossa cultura.
Enquanto o amor romântico existiu em muitas culturas ao longo da história – na literatura da Grécia Antiga, do Império Romano, da Antiga Pérsia e do Japão feu-dal -, a sociedade moderna ocidental é a única que o experimentou como um fe-nômeno de massas. Somos uma sociedade que coloca o romance como a base do ca-samento e de ideal cultural de amor ver-dadeiro.
Portanto, tanto para o homem como para a mulher, encarar honestamente suas crenças acerca do amor é uma travessia heróica. Isso nos força a observar não somente a beleza e o potencial
Reflexões sobre o apaixonamento
4x6./ISTOCKPHOTO/BE
O BEM EstAR é oferecido gratuitamente em mais de 250 pontos de distribuição.É também entregue em mãos de empresários, profissionais liberais, comerciantes,
agentes culturais, educadores etc.
O BEM EstAR é distribuído em locais selecionados, frequentados por um público especial, de ótimo poder aquisitivo, e exigente com relação à qualidade do que escolhe.
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Nos melhores LugaresNos melhores Lugares
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BEM ESTAR • Nº 45 • Junho 2012 • 10matéria de Capa
do amor romântico, mas também a con-tradições e as ilusões que carregamos em nosso inconsciente. As viagens heróicas sempre se realizam por becos escuros e confrontos difíceis. Mas, se houver perse-verança, encontraremos uma nova possibi-lidade de nos conscientizarmos.
UM ROMANCE COM O EGOA paixão, por sua própria natureza,
origina o egoísmo, pois, não é um amor dirigido a outro ser humano. A paixão do romance sempre se dirige às suas próprias projeções, às suas próprias expectativas e fantasias. Em um sentido muito real, não é um amor voltado para a outra pessoa, mas sim para si mesmo.
Quando nos focamos em nossas pro-jeções, estamos nos focando em nós mes-mos. E a paixão e o amor que sentimos é um amor refletido e circular que se dirige,
“O vínculo real entre duas pessoas se experimenta em pequenas tarefas realizadas juntos: a conversa tranquila
no fim do dia, a palavra suave e compreensiva, a camaradagem cotidiana, o estímulo nos momentos difíceis, a pequena gentileza
quando menos se espera, o gesto espontâneo de amor.”
inevitavelmente, para nós.Mas aqui, novamente, caímos de ca-
beça no paradoxo do amor romântico. O paradoxo é que “deveríamos” amar nos-sas projeções, e que também deveríamos amar a nós mesmos. Durante a paixão, o amor próprio é distorcido, torna-se ego-cêntrico e perde sua natureza original. Mas se aprendermos a buscá-lo com um olhar correto, o amor próprio é verdadeiro e válido.
É preciso rever as partes inconscien-tes que projetamos. Quando amamos nos-sas projeções, quando honramos nossos ideais e fantasias românticas, afirmamos dimensões preciosas de nosso self total. o enigma reside em como amar a si próprio sem ser egoísta.
Quando conhecemos a geografia da psique humana, com suas ilhotas de cons-ciência e sua estrutura multifacetada, ve-mos que o amor próprio não consiste em centrar-se no universo de nosso ego. Esse amor próprio verdadeiro é o ego à pro-cura das outras “personas” do mundo in-terior, que se escondem dentro da gente. É o ego desejando dimensões maiores do inconsciente, se dispondo a estar aberto
DANIEL LAFLOR/ISTOCKPHOTO/BE
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GUARDE E cONsULtE sEMPRE!
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11 • Nº 45 • Junho 2012 • BEM ESTAR matéria de Capa
para as outras partes do nosso ser total, e para seus pontos de vista e suas neces-sidades.
Entendido desse modo, nosso amor por nós mesmos é também um amor “di-vino”: nossa busca do significado definiti-vo de nossas almas, da revelação de Deus.
AMOR PRÓPRIOAo tentar reverenciar o inconsciente
mediante nossas projeções românticas na outra pessoa, passamos por cima da reali-dade oculta de tais projeções: não avisa-mos que estamos procurando nosso amor próprio no outro.
A tarefa de salvar o amor do lama-çal do amor romântico começa com uma volta do olhar para dentro. Temos que acordar para o mundo interior, temos que aprender como viver o amor próprio como experiência interna. Depois, então, chega o momento de dirigir outra vez nos-sos olhos para fora, para as pessoas con-cretas e as relações que estabelecemos com elas. Devemos aprender os princípios do amor “humano”.
Uma vez Jung disse que o sentir cor-responde ao “pequeno”. No amor huma-no, vemos que é isso mesmo. O víncu-lo real entre duas pessoas se experimen-ta em pequenas tarefas realizadas junto: a
“Nas culturas orientais, como na Índia e no Japão, vemos que os casais se amam com grande afetuosidade, e muitas vezes com uma
estabilidade e uma devoção que nos deixa desconcertados. Mas esse amor não é um amor romântico como o que conhecemos.”
conversa tranquila no fim do dia, a palavra suave e compreensiva, a camaradagem co-tidiana, o estímulo nos momentos difíceis, a pequena gentileza quando menos se es-pera, o gesto espontâneo de amor.
Quando um casal está genuinamen-te ligado, ambos se dispõem a ingressar no espectro íntegro de uma vida huma-na em comum. Transformam até as coi-
sas mais rotineiras, difíceis e mundanas em um componente festivo e gratificante. Em contraste, o amor romântico só pode du-rar enquanto o casal estiver encantado um pelo outro, ou enquanto a diversão for ex-citante.
O amor tem prazer em fazer muitas coisas com as quais o ego se entedia. O amor está propenso a trabalhar com os es-
tados de ânimo e com as irracionalidades do outro; está pronto para preparar o café-da-manhã e fazer o balanço da conta ban-cária. O amor se dispõe a fazer tudo isso porque está vinculado a uma pessoa, não a uma projeção.
PARCEIROS E AMANTESO amor humano vê a outra pessoa
como indivíduo e estabelece com ela um vínculo único. O amor romântico vê o ou-tro como um protagonista de um drama.
O amor humano deseja que o outro seja uma pessoa completa e independente, e o estimula para que seja ele mesmo. No amor romântico ele só diz o que pretende de seu companheiro. O apaixonado nunca está feliz com a outra pessoa pelo que ela é realmente.
Necessariamente, o amor humano in-clui a amizade: a amizade dentro do ca-samento, entre marido e mulher. Quan-do um homem e uma mulher são verda-deiramente amigos, conhecem os pontos fracos e as dificuldades um do outro, mas não costumam fazer julgamentos. Se preo-cupam mais em se ajudar e se amar do que apontar os defeitos.
Os amigos, os autênticos ami-aVIKRAMRAGHUVANSHI/ISTOCKPHOTO/BE
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BEM ESTAR • Nº 45 • Junho 2012 • 12matéria de Capa
“A paixão do romance sempre se dirige às suas próprias
projeções, às suas próprias expectativas e fantasias. Em um sentido muito real, não é um amor voltado para a outra
pessoa, mas sim para si mesmo.”
gos, querem consolidar em vez de julgar. Os amigos se apoiam nas horas difíceis, se ajudam nas complicadas questões da vida e também nas mais comuns. Não impõem parâmetros impossíveis entre si, não exi-gem a perfeição.
No amor romântico não há amizade. A paixão e a amizade são energias opostas, inimigos naturais com motivações comple-tamente antagônicas. Às vezes as pessoas dizem: “Não quero ser amigo do meu es-poso (a), isso acabaria com o romantismo do nosso casamento”. É certo: a amizade elimina da relação o drama artificial e a in-tensidade, mas também expulsa o egocen-trismo, substituindo o drama por algo hu-mano e real.
Se um homem e uma mulher são re-almente amigos, são, então, tão parceiros quanto amantes. Uma das contradições mais evidentes do amor romântico é que muitos casais tratam seus amigos melhor do que seus parceiros, tratam com mais compreensão, consideração, generosidade e têm maior capacidade de perdoar.
Quando duas pessoas estão apaixo-nadas, normalmente as pessoas dizem que “são algo mais que amigos”. Mas ao longo do tempo, parecem se tratar como algo “menos” que amigos. Muita gente pensa que estar apaixonado é uma relação muito mais íntima, muito mais significativa do que uma “simples” amizade.
Por que, então, as pessoas negam a seu parceiro o amor desinteressado, a com-preensão e a boa vontade que oferecem, prontamente, aos amigos? Ninguém pede
“Quando um homem e uma mulher são verdadeiramente amigos, conhecem os pontos fracos e as dificuldades um do outro, mas não costumam fazer julgamentos. Se preocupam mais
em se ajudar e se amar do que apontar os defeitos.”
a seus amigos que realizem suas vontades ou que as mantenham em estado constan-te de felicidade, e preencham suas vidas. Por que os casais impõem tais exigências? Porque o culto do romance os ensina que têm direito de esperar que a pessoas pela qual se está apaixonado tolere todas suas projeções, satisfaça todos os seus desejos
e torne realidade suas fantasias.Em um dos rituais hindus de casamen-
to, os noivos fazem a seguinte promes-sa um ao outro: “Serás meu melhor ami-go”. Os casais ocidentais devem aprender a ser amigos, tomar essa qualidade como um guia para cruzar o emaranhado em que transformaram o amor.
MAREK BERNAT/STOCK.XCHNG/DIVULGAÇÃO/BE MARK BOWDEN/ISTOCKPHOTO/BE
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![Page 13: Jornal Bem Estar Zona Sul junho 2012](https://reader033.vdocuments.net/reader033/viewer/2022042703/568bd8451a28ab2034a2c4c2/html5/thumbnails/13.jpg)
13 • Nº 45 • Junho 2012 • BEM ESTAR
“Precisamos aprender com as culturas orientais que o vínculo humano é inseparável da amizade e do compromisso,
que a essência do amor não consiste em usar o outro para ser feliz, mas em cuidar de quem amamos.
E que nos faz falta não é sermos mais amados, e sim amar.”
LIÇÕES DO ORIENTEPodemos aprender muito sobre o
amor humano se aprendermos a observar com a mente desprovida de preconceito as culturas orientais e suas atitudes.
Os hindus são mestres instintivos na arte do amor humano. Talvez isso se deva ao fato de nunca terem tido o amor ro-mântico como uma maneira de se relacio-narem. Eles sabem como adorar a alma, os arquétipos, os deuses, as realidades in-ternas; eles sabem como manter sua ex-periência do lado divino da vida, distinta de seus vínculos pessoais e de seus casa-mentos.
Os hindus assumem o mundo interior simbolicamente, convertem os arquétipos internos em imagens e símbolos externos por meio da arte do templo e do ritual ale-górico. Mas não projetam seus deuses in-teriores em seus parceiros. Tomam os ar-quétipos personificados como símbolos de outro mundo, e assumem o outro como um ser humano. Como resultado, não se sobrecarregam mutuamente com exigên-cias impossíveis, e não se desiludem.
O homem hindu não pede a sua es-posa que seja corajosa, que o leve a outro mundo ou que incorpore toda intensida-de e perfeição de sua vida interior. Como a experiência lírica religiosa é parte de sua cultura, os hindus não transformam seus casamentos em um substituto de sua co-
munhão com a alma. Encontram seus deu-ses no templo, na meditação, e, às vezes, em um guru. Não procuram fazer que sua relação externa cumpra o papel da interna.
Uma das coisas mais impactantes e surpreendentes entre os hindus tradicio-
nais é quão brilhantes, felizes e psicologi-camente sadios são seus filhos. As crian-ças das famílias hindus não são neuróticas, não são atormentadas como muitas crian-ças ocidentais. Estão constantemente en-voltos por um afeto humano e sentem a
fluidez pacífica entre seus pais. Percebem a estabilidade e a persis-tente qualidade de sua vida familiar.
Para nós, ocidentais, não há como voltar no tempo. Não po-demos fazer o caminho dos hindus, nem resolver nosso dilema imitando os costu-mes e as atitudes de outros povos. Não podemos simular que temos uma psique oriental. Temos que nos ocupar de nosso inconsciente ocidental e de nossas feridas; devemos encontrar o bálsamo curador em nossa alma ocidental. Só não podemos re-troceder, nem perder tempo.
Precisamos aprender com as culturas orientais uma outra abordagem do amor, com uma serie distinta de atitudes, des-providos dos dogmas de nossa cultura. Po-demos aprender que o vínculo humano é inseparável da amizade e do compromis-so. Podemos aprender que a essência do amor não consiste em usar o outro para ser feliz, mas em cuidar de quem amamos. E, para nossa surpresa, é possível desco-brir que muito mais que outra coisa, o que nos faz falta não é sermos mais amados, e sim amar.
Texto extraído do livro “We - para compreender a psicologia do amor romântico”
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MARK BOWDEN/ISTOCKPHOTO/BE
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BEM ESTAR • Nº 45 • Junho 2012 • 14Beleza Natural
H á uma ação que muitas vezes pu-lamos na rotina de cuidados bási-cos com a pele e que dá imediata-
mente uma aparência mais suave, lisa, fres-ca e luminosa. Trata-se da esfoliação, que elimina as células mortas e as impurezas da superfície.
Há vários tipos de esfoliação, mas mes-mo as técnicas mais simples oferecem bons resultados. Por exemplo, no banho, com a pele úmida, pode-se aplicar uma massagem no rosto, em movimentos circulares, com algum produto esfoliante que ajude no pro-cesso de descamação natural, pois a pele está sempre se renovando, se regenerando de maneira espontânea.
O RENASCIMENTO DA PELE
As células que se encontram na par-te mais externa, a epiderme, envelhecem, morrem e se soltam continuamente. Mas quando isso acontece de maneira lenta e ir-
regular, a pele fica com um aspecto opaco e áspero. Além disso, essa camada dificulta a penetração de qualquer produto ou trata-mento que seja aplicado.
Com a esfoliação retiram-se todas es-sas células mortas. No caso de esfoliantes mecânicos se consegue com a fricção de grânulos ou partículas como sais, cristais de açúcar ou um pouquinho de casca de frutas.
Os esfoliantes industrializados dissol-vem as células mortas por um procedimen-to químico. Em ambos os casos a massagem estimula o fluxo sanguíneo e esse processo ajuda a pele absorver melhor os princípios dos cremes aplicados em seguida (hidratan-tes, anticelulite etc).
É aconselhável fazer a esfoliação duas ou três vezes por mês, desde que a pele não esteja irritada, não seja muito sensí-vel e que não tenha feridas ou queimadu-ras. Nesses casos não se deve esfoliar, pois agride a pele.
Importante: não é recomendado fazer a esfoliação imediatamente antes de tomar
ESFOLIAÇÃOAjuda a soltar as células mortas,
deixa a pele mais suave e renovada.
PLESEA PETRE/ISTOCKPHOTO/BE
Quem conhece não vai até a floricul-tura WINGE, na zona sul de Porto Ale-gre, apenas para comprar plantas e flores.
Quem conhece vai também para pas-sear, para fazer de conta que tem um pe-queno jardim botânico no quintal da casa, do prédio, do bairro.
Quem ainda não conhece vai encon-trar um motivo a mais para incluir uma floricultura (!) no seu roteiro: agora há um pequeno e charmoso café na área de 33 mil metros quadrados.
Inaugurado em 2 de dezembro, o es-paço tem o jeito de Christiane Pudler, 39 anos, formada em Hotelaria pela Univer-sidade de Caxias do Sul.
Ela idealizou o Café&Prosa e acom-panhou toda a reforma da casa constru-ída em 1900, ajudou a descascar a pare-de para deixar à vista os tijolos originais, a calcular o lugar em que ficariam as me-sas no espaço externo, estrategicamen-te sob a sombra de uma árvore frondosa.
Christiane há muito pensava em ter um café numa pequena floricultura. E foi na Winge, frenquentada por ela desde criança, que juntou sua vontade à opor-tunidade. O desejo surgiu tempos depois de desembarcar do Concordia (onde fi-cou entre novembro de 2009 e setembro de 2010), o navio que foi a pique na sema-
CAfé EntRE flOREs E PlAntAs
na passada na costa italiana. Nele, quis co-locar em prática um gosto que já tinha ex-perimentado em terra, a hotelaria e o de-sejo de viajar e se mover _ conheceu mais de 20 países, morou nos Estados Unidos, na Alemanha, em Fortaleza, em São Pau-lo, além de sua Porto Alegre natal.
No espaço interno do café, além de objetos pessoais, muitas outras pe-ças compõem o ambiente aconchegan-te, a maioria deles à venda para os clien-tes. No cardápio, doces e salgados, tor-tas, cafés, espumantes.
E, entre um café e outro com os clientes, ela aproveita para exercitar a proposta do lugar: uma boa prosa.
Café&prosaNa Floricultura Winge,
Rua Dr. Mário Totta, 963(51) 3264.4954
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15 • Nº 45 • Junho 2012 • BEM ESTAR Beleza Natural
!sol ou da depilação. O ideal é três dias an-tes, para conseguir um bronzeado mais uni-forme e evitar pelos encravados.
UM PRAZER QUE LIMPAExistem vários
tipos de cremes esfoliantes. O mais prudente é evitar aque-les de grãos maiores, que agridem a pele, e escolher os que contêm ingre-dientes naturais. Os de cristais de açúcar são mais suaves que os de sal.
Aplica-se o esfoliante com uma massa-gem suave, porém firme, melhorando a cir-culação e a celulite.
Deve-se enxaguar com água morna e secar bem para aplicar o creme hidratante.
“Não faça a esfoliação imediatamente antes de tomar sol ou da depilação. O ideal é três dias antes, para conseguir um bronzeado mais uniforme e evitar pelos encravados.”
C abelos cacheados são absolutamen-te charmosos. Mas engana-se quem pensa que não são necessários cuida-
dos especiais para que fiquem lindos. Confi-ra algumas dicas:
LAVAR Prefira xampu sem sal, que tem mais
benefícios para os fios, se comparado ao co-mum.
É sempre importante lavar o couro cabeludo com cuidado, sem arranhar: isso ativa a região e os bulbos capilares.
Após o xampu, espalhe o condiciona-dor por todo o cabelo e desembarace com os dedos, cuidando para que não quebre os fios embaraçados – apenas soltando-os. Com o pente você não saberá onde há nó, e ele irá quebrar os fios.
Cabelos brilhantes são cabelos lim-pos! Ensaboe os cabelos com shampoo em duas aplicações seguidas.
Como passamos muitos cremes, e também devido à poluição, é legal usar um shampoo anti-resíduos uma vez por semana. Depois use o condicionador, os cabelos fica-rão macios e brilhantes.
Após enxaguar, aplicar o leave-in sem enxágue e secar de baixo para cima com pa-pel toalha! Que irá absorver somente a água,
e menos creme. Depois pode secar com o secador ou difusor.
Já a máscara, para o cabelo cacheado e afro, é indicada apenas uma vez na sema-na e só se os cabelos estiverem ressecados.
PENTEAR Use pente, de preferência o de den-
tes largos, para evitar que os fios quebrem e caiam.
O pente dá maior mobilidade na hora de pentear o cabelo. O fio molhado é mais fácil para desembaraçar. Portanto, faça isso durante o banho.
Mas melhor que pente de dentes lar-gos, é usar os dedos! Substitua.
SECAR Seque sempre com um pano (pode
ser uma camiseta velha de malha), fazendo movimentos de baixo para cima.
Se preferir o secador, use-o com o difusor para modelar ainda mais os cachos.
FINALIZAR Recomenda-se o uso de leave-in, mo-
delador e até ativador de cachos. Eles dão um toque especial aos cachos.
CABELOS CACHEADOSpara mantê-los disciplinados:
o segredo está no jeito de lavar, hidratar e secar.
5 SEGREDOS DOS CACHOS PERFEITOS
1 Use protetor solar para cabelos ca-cheados: isso ajuda a manter a cor dos fios.
2 Hidrate sempre os cabelos para man-tê-los saudáveis, brilhantes e macios.
3 Nunca durma com cabelos molhados.4 Lave os fios em dias alternados.5 Prender os cabelos apenas com meia-
-calça ou prendedor de mola (de plástico), vendido por aí, que parece fio telefone anti-go. São prendedores que evitam que os fios quebrem ao serem presos.
FOTOS STOCK.XCHNG/DIVULGAÇÃO/BE
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