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TCC I – Trabalho de Conclusão de Curso I Universidade Federal de Santa Maria Centro de Educação Superior Norte – RS
Departamento de Ciências da Comunicação Curso de Comunicação Social – Jornalismo 27 de junho a 08 de julho de 2011
JORNAL DA GLOBO E JORNAL DAS DEZ: UM OLHAR À ORIENTAÇÃO EDITORIAL VIA COMPARATIVO DE
GÊNEROS E FORMATOS
TÁSSIA BECKER ALEXANDRE
Artigo científico apresentado ao Curso de Comunicação Social – Jornalismo como requisito para aprovação na Disciplina de TCC I, sob orientação do Prof. Fabio Silva e avaliação dos seguintes docentes: ___________________________________________________________________________
Prof. Fabio Silva Universidade Federal de Santa Maria – campus Frederico Westphalen
Orientador
___________________________________________________________________________ Prof. Karen Cristina Kraemer Abreu
Universidade Federal de Santa Maria – campus Frederico Westphalen
___________________________________________________________________________ Prof. Luis Fernando Rabello Borges
Universidade Federal de Santa Maria – campus Frederico Westphalen
___________________________________________________________________________ Prof. Elias José Mengarda
Universidade Federal de Santa Maria – campus Frederico Westphalen (Suplente)
Frederico Westphalen, 20 de junho de 2011
CESNORS Centro de Educação Superior Norte - RS
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Jornal da Globo e Jornal das Dez: um olhar à orientação editorial via comparativo de gêneros e
formatos
Resumo Neste artigo analiso, comparativamente, o Jornal da Globo e o Jornal das Dez, com o objetivo de perceber se a linha editorial da Rede Globo é mantida nos dois noticiários. Para tanto, utilizo como base os pressupostos teóricos sobre gêneros jornalísticos e linguagem telejornalística. Adoto, como metodologia para esta pesquisa, a classificação de gêneros e formatos produzida por Rezende (2000) e a definição dos padrões de manipulação realizada por Abramo (2003). A partir desse ferramental metodológico, verifico os formatos empregados para o tratamento das pautas similares em cinco edições de cada telejornal, exibidas durante uma semana útil. Através desta análise foi possível perceber que, apesar dos programas possuírem uma produção diferenciada, os perfis editoriais que os conduzem estão alinhados.
Palavras-chave: gêneros jornalísticos; unidades comunicacionais; linha editorial; telejornalismo.
Introdução
A televisão, mesmo frente às novas mídias, continua sendo o meio de comunicação de maior
audiência no Brasil, servindo como principal fonte de informações para a maioria dos brasileiros. Os
avanços tecnológicos contribuíram para a manutenção desta supremacia, criando, por exemplo, as TVs
a cabo, o que melhorou a qualidade da produção televisiva.
As novas possibilidades de produção provocaram o investimento no telejornalismo,
disponibilizando um maior espaço à transmissão de notícias. Mesmo com um tempo maior dedicado
aos noticiários, um telejornal diário não é capaz de dar conta de todos os acontecimentos que podem
tornar-se notícia, impondo, assim, a necessidade de optar pela apresentação de temas relacionados ao
seu público e ao perfil editorial da emissora.
A seleção das informações implica na delimitação do tratamento que cada uma receberá. Desta
forma, algumas notícias podem ser enquadradas em formatos pertencentes ao gênero informativo, que
tem o propósito de reproduzir o real, e ao gênero opinativo, que tem a intenção de mostrar uma leitura
da realidade. Os gêneros jornalísticos, contudo, não servem apenas para indicar essa dicotomia entre
informação e opinião, mas também para orientar o público, criar um diálogo entre o espectador e o
meio de comunicação e até mesmo para identificar a intencionalidade dos media (MEDINA, 2001).
Diante desse contexto, nesta pesquisa, analiso comparativamente os telejornais Jornal das
Dez, da Globo News, e Jornal da Globo, da Globo, a fim de observar quais são as pautas selecionadas
por esses programas e descobrir que tratamento elas recebem, percebendo se isso é feito e se assegura
a manutenção da linha editorial da Rede Globo, empresa responsável pelas duas emissoras. Através
desta percepção, pretendo compreender o uso de gêneros jornalísticos e seus formatos, assim como
identificar as semelhanças e disparidades entre as emissões de canais abertos e canais por assinatura,
em especial, claro, nos dois observados neste estudo de caso. Parto do pressuposto inicial de que os
programas possuem uma produção diferenciada, mas são guiados pelo mesmo perfil editorial.
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Existem, ainda, poucos estudos que analisam o conteúdo veiculado pelos canais por
assinatura. A maioria aborda apenas temas relacionados à tecnologia de transmissão dessa modalidade
de veiculação. Acredito que este trabalho contribui para a compreensão do jornalismo praticado por
emissoras a cabo, tendo em vista a expansão que as TVs por assinatura e os canais exclusivamente
jornalísticos tiveram nos últimos anos.
Para compreender em que medida a linguagem dos telejornais assemelha-se e, eventualmente,
mantém a linha editorial da Rede Globo, inicio a discussão teórica abordando as definições de gêneros
jornalísticos e unidades e formatos comunicacionais. Em seguida, detenho-me à compreensão das
peculiaridades do meio televisivo, abordando as semelhanças e disparidades da produção da TV por
assinatura e TV aberta, além de explanar sobre o perfil editorial dos veículos de comunicação e as
características da Rede Globo. Prossigo com a apresentação do objeto e do corpus e com a definição
do método analítico. Por fim, faço a exposição da análise e apresento minhas considerações.
1 Gêneros jornalísticos: caminho(s) de produção ou de leitura?
Os estudos de gêneros jornalísticos têm gerado questionamentos em pesquisadores de diversos
países. Isto porque as classificações das composições jornalísticas de acordo com suas funções
(informar, entreter, argumentar, etc.) alteram-se na medida em que o jornalismo evolui: novos papéis
da mídia fazem com que as pesquisas sejam reavaliadas.
A identificação dos gêneros jornalísticos teve início no século XVIII, porém, somente na
metade do século XX as pesquisas passaram a existir, principalmente pela influência das mudanças
ocorridas na profissão, tais como o uso das técnicas do lead e da pirâmide invertida, em que o
jornalista hierarquiza e seleciona o que deve figurar na notícia (SEIXAS, 2009).
No Brasil, o doutor em jornalismo Luiz Beltrão foi o primeiro a propor uma classificação, em
1976, e a se preocupar com a questão dos gêneros no jornalismo brasileiro (MELO, 1994). Em sua
proposição, o autor divide os gêneros em três categorias: informativo (história de interesse humano,
notícia, reportagem e informação pela imagem); opinativo (editorial, artigo, fotografia e ilustração,
crônica, charge/caricatura e colaboração do leitor); e interpretativo (reportagem em profundidade).
A pesquisa de Beltrão serviu como base, em 1985, para as investigações do professor José
Marques de Melo, que propõe uma nova categorização, baseado em dois critérios. O primeiro critério
diz respeito à intencionalidade dos relatos, em que são destacadas duas vertentes: a reprodução do real,
correspondendo ao jornalismo informativo, em que o jornalista observa e descreve os acontecimentos;
e a leitura do real, atrelada ao jornalismo opinativo, que é a versão dos fatos, priorizando determinados
valores e ideias. Já o segundo critério corresponde à natureza estrutural dos relatos, verificando quais
fatos são externos à instituição jornalística e quais recebem angulagem e possuem uma autoria
(MELO, 1994).
Em sua definição, Melo (1994) sugere a existência de doze gêneros ao todo, filiados a duas
categorias: a informativa e a opinativa. Caberia, então, ao jornalismo informativo os gêneros: nota,
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notícia, reportagem e entrevista. Já ao jornalismo opinativo, agregam-se os gêneros: editorial, crônica,
artigo, resenha, caricatura, carta, comentário e coluna.
Apesar das inúmeras críticas ao trabalho de Melo, muitos pesquisadores ainda o citam,
utilizando sua sistemática como referência para novas investigações. O único trabalho que propõe um
conjunto diferente é o de Chaparro (SEIXAS, 2009), que sugere a existência de apenas dois gêneros
jornalísticos: o comentário e o relato (CHAPARRO, 2008). Como não farei uso dessa organização de
gêneros, contudo, não a desenvolverei aqui.
A dicotomia entre informação e opinião existente nos gêneros jornalísticos não deve, no
entanto, desconsiderar que um gênero possa conter traços de outro, afinal Os gêneros opinativos não excluem o que seria próprio do informativo: o relato objetivo do fato, o dado bruto. Por outro lado, nas matérias informativas, a opinião, às vezes quando não explícita, subjaz implicitamente no decorrer de todas as filtragens que compõem o processo de produção jornalística: a elaboração da pauta, a copidescagem, a edição de notícias, a angulação, inconsciente ou não, com que o jornalista vê o acontecimento (REZENDE, 2000, p. 156).
Nesse sentido, a reavaliação de pesquisas é constante. Melo, por exemplo, refez seu estudo em
1997 e percebeu a existência de duas novas categorias: a interpretativa, contendo perfil, enquete,
análise, dossiê, cronologia e gráfico; e a diversional, composta pela história de interesse humano e
história colorida. Na categoria jornalismo informativo houve o acréscimo do gênero indicador. A
nomenclatura também sofreu alterações, em que as categorias passaram a se chamar “gêneros” e os
gêneros passaram a ser chamados de “formatos” (REZENDE, 2000).
A partir do entendimento dos estudos dos gêneros jornalísticos no Brasil e no mundo, é
necessário salientar que as investigações ultrapassam o nível classificatório. Um gênero e seus
formatos ampliam a certeza de que há matérias que se propõem mais informativas ou opinativas e
ultrapassam este nível superficial ao conseguir identificar a intencionalidade contida na mensagem.
Assim Os gêneros podem, portanto, ser entendidos como estratégias de comunicabilidade, fatos culturais e modelos dinâmicos [grifos do autor], articulados com as dimensões históricas de seu espaço de produção e apropriação, na visão de Martín-Barbero. Congregam em uma mesma matriz cultural referenciais comuns tanto a emissores e produtores como ao público receptor (ARONCHI DE SOUZA, 2004, p. 44).
As análises feitas, em quase todas as pesquisas, têm como base o meio impresso. Cada meio
de comunicação, contudo, possui suas especificidades e, com isso, algumas diferenças nas
características dos gêneros. Por analisar dois produtos do meio televisivo, na próxima subseção abordo
a classificação de gêneros jornalísticos produzida por Rezende (2000), que exemplifica e apresenta as
especificidades desta mídia.
1.1 Gêneros jornalísticos: características no meio televisivo
A linguagem, o tempo e o ritmo são características que diferenciam a televisão de outros
meios de comunicação (CURADO, 2002). Um telejornal, por ter em sua produção o recurso do som e
da imagem em movimento, tem a possibilidade de explorar segmentos da notícia que um jornal
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impresso, por exemplo, não poderia abordar. Estas particularidades do meio televisivo acabam por
influenciar também na composição dos gêneros jornalísticos, seus formatos e, até, possíveis
combinações.
O público, por exemplo, tem um espaço no jornal impresso onde seus textos com sugestões e
críticas podem ser publicados, o que corresponderia ao formato ‘carta’, descrito por Melo (1994). Já
no telejornal, normalmente, não há essa possibilidade. O telespectador pode emitir sua opinião apenas
em espaços limitados dentro de outros formatos nos quais atua como fonte ou como autor da sugestão
de pauta, que pode ou não ser acolhida para futura produção.
Em sua pesquisa aplicada ao meio televisivo, Rezende (2000) percebeu que os formatos
pertencentes aos gêneros diversional e interpretativo descritos por Melo, ou não são utilizados no
telejornalismo, ou fazem parte de outros formatos. Os formatos artigo, resenha, caricatura, coluna e
carta, pertencentes ao gênero opinativo na classificação de Melo, também não foram adotados por
Rezende. A classificação de Rezende, portanto, configura-se da seguinte forma: gênero opinativo,
composto pelos formatos editorial, crônica e comentário; e gênero informativo, que abriga a nota,
notícia, reportagem, entrevista e indicador.
Para identificar e diferenciar os formatos utilizados pelo telejornalismo é preciso antes
conhecer os elementos que compõem estes formatos, a que denominarei aqui como unidades
comunicacionais. Esta compreensão é necessária porque cada unidade é empregada com um
determinado propósito: explicar, orientar, informar, etc. No próximo item, portanto, abordo a definição
destas unidades.
1.1.1 Unidades comunicacionais
A plataforma midiática da televisão dispõe de recursos que tornam sua produção diferenciada
e singular. O público tem acesso às imagens do acontecimento, ao repórter que captou as informações
e até mesmo às fontes consideradas aptas a explanar sobre o assunto. O emprego destas estratégias, no
entanto, varia de acordo com o tema pautado. Isto pode ser percebido pelo uso de componentes
mínimos de uma notícia em TV, aos quais chamarei, em meu texto, de unidades comunicacionais.
As unidades comunicacionais colaboram para identificar e diferenciar os formatos. Em cada
um destes, as unidades são empregadas com uma determinada intenção. Desta forma, é importante
conhecer cada unidade e compreender suas particularidades. São elas: cabeça, off, boletim, stand up,
sonora e nota de pé.
A cabeça é o segmento da notícia apresentado pelo âncora do telejornal e corresponde ao
início da matéria. Traz as principais informações sobre o fato, respondendo as perguntas do lead
(quem, como, onde, o quê, como e por quê). O objetivo da cabeça é “estimular a atenção do
telespectador pelo assunto tratado” (REZENDE, 2000, p. 149).
O off tem a função de complementar, explicar ou unir informações. O repórter ou âncora grava
o texto da matéria que depois é coberto com imagens ou dados sobre o acontecimento (BARBEIRO;
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LIMA, 2002). O off é uma unidade que tem como característica o distanciamento do jornalista, em que
o texto apenas explica o que as imagens transmitem.
O boletim, ao contrário do off, é utilizado para destacar a presença do repórter no local onde a
notícia está acontecendo (REZENDE, 2000). A literatura especializada sugere que o mais comum é o
boletim estar alocado no meio na notícia, porém, é possível perceber que alguns repórteres optam por
utilizar a unidade também para abrir ou encerrar a matéria. A veiculação do boletim implica
diretamente na atribuição de destaque ao produtor da notícia.
Semelhante ao boletim, o stand up é a unidade que também faz uso da presença do repórter no
local onde os fatos se desenrolam, podendo ser gravado ou ao vivo. Yorke (1998) explica que o
objetivo dessa unidade é complementar ou atualizar uma notícia e, além de não necessitar de grande
produção, esboça uma comunicação direta com o público. Ao contrário de outras unidades
interdependentes, o stand up “é versátil, pois pode ser utilizado como único recurso na transmissão da
notícia” (YORKE, 1998, p. 87). O stand up também pode desempenhar a mesma função de uma
cabeça ou nota de pé.
As sonoras são os trechos das entrevistas utilizadas em uma notícia e têm o propósito de
comprovar aquilo que é apresentado ao longo da matéria. Barbeiro e Lima (2002, p. 104) explicam
que as sonoras “[...] devem ser as mais opinativas possíveis. O contexto e o enredo devem estar no off
construído pelo editor. O editor não opina no texto, quem opina é o entrevistado”. Além da fala, a
emoção também pode ser utilizada para caracterizar a opinião do entrevistado, afinal, “um choro, uma
gargalhada ou uma frase em tom de desabafo às vezes dizem mais que uma declaração de 20
segundos” (Ibid.).
A unidade das sonoras também abrange as enquetes, que podem ser definidas como “uma
série de entrevistas, em geral curtas, sobre um determinado assunto” (MACIEL apud REZENDE,
2000, p. 150). Em ambas as formas, sonora ou enquete, a instrução é de que a edição do material seja
cautelosa. A própria entonação do entrevistado ao final da fala pode transmitir a ideia de que ele foi
cortado antes de completar seu pensamento ou, até mesmo, que foi censurado (BARBEIRO; LIMA,
2002).
A nota de pé, por fim, é a unidade apresentada pelos âncoras do telejornal ao final de uma
matéria com o objetivo de complementar, corrigir ou atualizar as informações
(TELEJORNALISMO..., 2011). Seu emprego em uma notícia pode variar de acordo com a cobertura
dos fatos, não sendo uma unidade característica de um ou outro formato.
Na notícia, portanto, são as fontes as responsáveis pela opinião, em que as outras unidades
apenas apresentam e explicam as informações. Acredito, porém, que a seleção das fontes e dos trechos
das entrevistas, por si só, são fortes indícios da presença da subjetividade na produção jornalística.
Assim, um formato composto por essas unidades que se pretendem apenas informativas, pode conter,
implicitamente, a opinião do veículo de comunicação ou do próprio jornalista. A notícia, afinal, passa
por vários filtros antes de chegar ao telespectador, pois
6 Há também a questão da subjetividade, que na edição de uma matéria atua duas vezes: a primeira, com a interpretação dos fatos pelo repórter; a segunda, do editor, que não foi para a rua, não colheu as sonoras, não conversou com o entrevistado e não gravou o off. É um novo trabalho e uma nova interpretação, portanto, mais uma carga de subjetividade. (BARBEIRO; LIMA, 2002, p. 106).
A partir da compreensão dos gêneros jornalísticos e das unidades comunicacionais, encerro
esta seção explanando sobre os formatos propostos por Rezende (2000) para o meio televisivo. A
escassez de estudos de gêneros aplicados à TV me levou à adoção do texto do autor como recurso de
recorte teórico. Desta forma, faço recorrente uso de seu texto a seguir. Esta percepção do tratamento
que as informações recebem será fundamental para a análise do objeto desta pesquisa.
1.1.2 Formatos comunicacionais: o alinhamento das unidades
O tempo destinado ao jornalismo em televisão varia de acordo com o perfil da emissora. A lei
que regulamenta os serviços de radiodifusão1 estipula que no mínimo 5% da programação seja
jornalística (CURADO, 2002). O espaço obrigatório destinado às informações, porém, não implica na
divulgação de uma ampla gama de acontecimentos, tendo em vista que nem mesmo um telejornal
diário é capaz de dar conta de todos os fatos que podem se tornar notícia. Desta forma, a seleção das
pautas e o tratamento atribuído a cada acontecimento depende principalmente das escolhas editoriais
do veículo.
O tratamento que as notícias recebem corresponde aos formatos comunicacionais, e estes que
constituem os gêneros jornalísticos. Um formato, no entanto, não tem a função apenas de indicar em
que notícias a opinião está inclusa, mas, sobretudo, de demarcar uma série de lógicas que regem os
veículos de comunicação: A seleção das informações a serem veiculadas, bem como as formas de estruturação desse material informativo são opções estratégicas que consideram as lógicas mercadológicas, tecnológicas e discursivas: ao determinar o grau de noticiabilidade dessas informações, bem como a sua adequação a certos gêneros e formatos, a televisão manifesta também os seus interesses institucionais. Aliás, é nesse sentido que se pode falar da mídia como pautando o real: a ela cabe determinar que acontecimentos do mundo natural e exterior merecem ser noticiados, assim como decidir as formas adequadas de os transformar em notícia; aqueles sobre os quais se cala, simplesmente não ganham existência (DUARTE, 2007, p. 48-49).
No jornalismo de televisão, podemos perceber o uso de oito formatos comunicacionais: nota,
notícia, reportagem, entrevista, indicador, que compõem o gênero informativo; e editorial, comentário
e crônica, correspondentes ao gênero opinativo (REZENDE, 2000).
A nota é a transmissão mais breve da notícia, podendo assumir duas formas: nota pelada e
nota coberta. A nota pelada é o texto lido pelo âncora do telejornal, semelhante a uma cabeça. Já a
nota coberta diferencia-se da nota pelada pelo uso de imagens, combinando cabeça e off (REZENDE,
2000). A nota geralmente é utilizada em fatos que aconteceram próximos ao fechamento da edição ou
em fatos que, seguindo a linha editorial da emissora, não merecem maior atenção.
A notícia apresenta as informações de modo mais apurado do que a nota por combinar várias
unidades comunicacionais, tais como cabeça, off, sonora, boletim e nota de pé, o que pode variar de
1 Decreto Lei nº 52.795, de 31/10/1963.
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acordo com o tema pautado e a quantidade de informações e imagens obtidas para a sua produção
(REZENDE, 2000).
A reportagem traz um relato mais complexo dos acontecimentos, aprofundando-os e
interpretando-os (REZENDE, 2000). Faz uso, assim como a notícia, das unidades cabeça, off, sonora,
boletim e nota de pé, porém, necessita maior tempo de produção e veiculação. Nestes formatos, o
trabalho do repórter é fundamental, pois, mesmo que não seja feito o uso de sua imagem, é ele o
responsável pela apuração, entrevistas e narração do texto.
A entrevista é o diálogo do jornalista com a fonte que é notícia ou está direta ou indiretamente
envolvida com um acontecimento. Tem como principal objetivo “extrair informações, idéias e
opiniões a respeito de fatos, questões de interesse público e/ou aspectos da vida pessoal do
entrevistado” (REZENDE, 2000, p. 157). A seleção do entrevistado e o tempo destinado a sua fala
também são fatores que contribuem na identificação da linha editorial do veículo.
O indicador aponta dados objetivos que apresentam resultados ou tendências, tais como
previsões meteorológicas, cotações de moedas e bolsas, entre outros. O indicador tem o propósito de
orientar o telespectador, a fim de ajudá-lo a tomar decisões, assumindo o caráter de jornalismo de
serviço (REZENDE, 2000).
O editorial é o texto que expressa a opinião da emissora ou dos editores do telejornal sobre
determinado fato, sendo geralmente lido pelos âncoras do programa. Melo (1994) aponta que os
editoriais estão mais voltados ao diálogo com lideranças políticas do que para o público em geral, pois
possuem o objetivo de defender os interesses do veículo.
O comentário é o espaço onde um jornalista especializado em determinada área, como política
e economia, faz uma análise dos acontecimentos que estão em pauta (REZENDE, 2000). A maneira
como o jornalista irá abordar o fato contribui para a formação da opinião do público sobre o assunto.
A crônica, por fim, é o formato que combina informação jornalística e produção literária,
possuindo um estilo mais livre. O texto remete à opinião do cronista, que utiliza recursos poéticos para
abordar detalhes dos acontecimentos que muitas vezes passam despercebidos pelo telespectador
(REZENDE, 2000).
A singularidade do meio televisivo faz com que os gêneros e formatos configurem-se de
maneira peculiar no veículo. Desta forma, é imprescindível conhecer as características do meio, bem
como de cada emissora. Na próxima seção, portanto, explano sobre o panorama da televisão no Brasil,
as dicotomias entre canais de sinal aberto e fechado, a linha editorial que rege os veículos de
comunicação e as características da Rede Globo, empresa responsável pelas emissoras que transmitem
os telejornais objetos de análise deste estudo.
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2 Linguagem televisiva: a preponderância informativa da imagem em movimento
A televisão é, atualmente, o meio de comunicação que conquista a preferência dos brasileiros,
alcançando o índice de 97%2 de espectadores no país (CONTAS ABERTAS..., 2010). Parte dessa
supremacia é justificada pela cultura, já que o ser humano privilegia a percepção visual como fonte de
conhecimento (ARBEX JÚNIOR, 2001). Desta forma, as imagens cativam o público, não só pela cor e
pelo movimento, mas, principalmente, porque parecem comprovar que a notícia transmitida de fato
aconteceu, o que confere credibilidade quase nata ao meio.
A linguagem televisiva, devido à grande audiência do meio, é planejada de modo que se torne
acessível para consumidores dos mais diversos níveis econômicos, sociais e culturais. O objetivo de
conquistar maior público, porém, pode tornar o conteúdo do meio superficial, pois As temáticas que compõem o discurso da maior parte da programação televisiva parecem operar sobre a simplicidade na abordagem dos assuntos e o não aprofundamento, tendo em vista, sobretudo, facilitar as leituras do telespectador e, ao mesmo tempo, prender sua atenção (MARTINS, 2006, p. 136).
Cada emissora, no entanto, busca conquistar o público-alvo e, por isso, faz uso de estratégias
de programação para seduzi-lo. Há os canais segmentados que possuem um público específico,
singular, e há também os canais que procuram exibir uma variada gama de conteúdos, a fim de
satisfazer um grande número de espectadores. Deste modo, é importante conhecer as semelhanças e
disparidades na produção de emissoras de sinal aberto e emissoras por assinatura, principalmente
aquelas que têm sua programação voltada ao jornalismo. Por isso, a seguir, apresento as principais
características da TV a cabo e TV aberta.
2.1 Características da TV aberta e TV por assinatura no Brasil: um breve diferencial
O avanço tecnológico provocou a transformação e a expansão dos meios de comunicação no
Brasil e no mundo, entre eles a televisão, que passou a alcançar maior público com melhor qualidade
de transmissão. O exemplo mais expressivo deste desenvolvimento é a criação das TVs a cabo, que
modificaram a programação e possibilitaram novas formas de produção (BECKER, 2005).
As modificações proporcionadas pelo surgimento dos canais por assinatura, alguns
direcionados especialmente a conteúdos jornalísticos, fizeram com que a notícia ganhasse papel de
destaque na disputa pela audiência. Vista como mercadoria, a notícia provocou o investimento no
telejornal, tornando-o uma das ferramentas fundamentais para o conceito de rede de televisão
(ARONCHI DE SOUZA, 2004).
Nas emissoras all news3, com transmissão via cabo, a informação adquire valor fundamental.
A notícia ganha repercussão não só em telejornais, mas em diversos programas, como debates e
2 Pesquisa realizada em junho de 2010 pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (SECOM) e divulgada pelo site Contas Abertas. 3 Emissoras com programação exclusivamente jornalística.
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entrevistas. A segmentação do mercado, no entanto, não diferenciou apenas o destaque atribuído às
notícias, mas também o conteúdo veiculado: Alguma coisa, porém, mudou no panorama do telejornalismo brasileiro nos últimos anos. A televisão por assinatura avançou bastante, criando canais exclusivos de notícia, dois quais a Globo News é o exemplo mais significativo. Passou-se inclusive a observar mais freqüentemente a incidência de notícias calcadas no critério do valor jornalístico e não somente no impacto das mensagens, próprio do estilo do telejornalismo como espetáculo (REZENDE, 2000, p. 28).
Enquanto as emissoras all news podem aprofundar o fato ao longo de suas atrações, na TV
aberta o telejornal precisa disputar espaço com programas de entretenimento, como novelas e
desenhos animados. A grande massa, que tem muitas vezes na TV a única fonte de acesso às notícias e
não pode pagar pela informação, é exposta apenas a uma pequena variedade de informações, muitas
vezes abordadas de forma superficial (REZENDE, 2000).
O tempo é o principal fator que diferencia a transmissão de notícias de canais por assinatura e
canais de sinal aberto. Na TV a cabo, as emissoras investem 24 horas na exibição de conteúdo
jornalístico. Já na TV aberta, são apenas duas ou três horas diárias destinadas às notícias, o que pode
“demonstrar que é insatisfatória a taxa de informação fornecida ao público por uma grande rede”
(BAHIA, 2009, p. 166).
A seleção de temas que serão abordados neste espaço de tempo reflete a presença da linha
editorial da emissora, que julga, conforme sua ideologia, os assuntos que o público precisa saber. Na
próxima subseção, portanto, explano sobre a influência da linha editorial no tratamento e transmissão
das notícias.
2.2 O perfil editorial
A linha editorial (LE) representa o perfil redacional de um veículo de comunicação, servindo
como orientação, mesmo que imaginária, para a produção da emissora. Implícita no conteúdo
veiculado, a linha editorial só pode ser compreendida através da análise do produto, verificando desde
o privilégio a determinadas fontes e seleção de temas abordados até a inserção de comerciais e espaço
destinado a cada editoria.
As escolhas baseadas na linha editorial estão intrinsecamente ligadas à subjetividade. Desta
forma, a LE não atua apenas como modelo para a produção de determinado meio de comunicação,
mas indica os valores que regem a empresa, sua ideologia. É no discurso midiático, materializado não
só pelo texto verbal, mas também pela estrutura genérica e de formato da notícia, portanto, que se
pode perceber a intencionalidade dos media, afinal Toda experiência que supõe o uso da linguagem implica, portanto, em construções de sentidos, não existindo discursos neutros, ou livres de intencionalidades. Ao realizar escolhas no processo de construção dos acontecimentos como notícia, os profissionais imprimem significados aos fatos. Os produtos jornalísticos expressam a visão de mundo dos profissionais e das empresas para as quais trabalham. O jornalismo, longe de revelar verdades ocultas, tem o poder de constituir “verdades” (BECKER, 2005, p. 44).
As pressões externas, principalmente as políticas e econômicas, no entanto, podem interferir
na aplicação da linha editorial no produto. A informação é divulgada, então, não apenas com base no
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interesse público, critérios de noticiabilidade ou perfil do veículo, mas sim, através da coação de
anunciantes e lideranças políticas. Arbex Júnior explica que há diversos fatores que influenciam na
transformação de um acontecimento em notícia: “‘Fatos’ e ‘notícias’ não existem por si só, como
entidades ‘naturais’. Ao contrário, são assim designadas por alguém (por exemplo, por um editor), por
motivos (culturais, sociais, econômicos, políticos) que nem sempre são óbvios” (ARBEX JÚNIOR,
2001, p. 103).
O perfil de uma emissora, por ordem, mantém-se em todos os seus programas, mesmo que
estes sejam destinados a públicos diferentes. Em uma rede, porém, em que há veículos de todas as
mídias, nem sempre os mesmos valores são partilhados. Como me proponho a identificar, por meio
dos gêneros e formatos, se a linha editorial da Rede Globo mantém-se no Jornal da Globo (JG) e
Jornal das Dez (JD), no próximo item abordo aspectos que contribuem na identificação da linha
editorial da empresa.
2.3 A supremacia da Rede Globo
A Rede Globo de Televisão é uma emissora que produz conteúdo diário para a televisão
aberta. Pertencente às Organizações Globo, a empresa faz parte de um complexo comunicacional que
envolve todas as mídias, do rádio à internet. O canal é líder em audiência na maior parte dos horários,
sendo ainda responsável por mais de 70% de todas as verbas publicitárias investidas em televisão
(BAZI, 2001).
A Globo define-se como uma emissora de massa, que visa abranger o maior número de
espectadores, diferenciando-se dos canais por assinatura, que se dirigem a um público segmentado
(MARINHO, 1995). Desta forma, o objetivo da empresa não é necessariamente formar uma recepção
crítica diante do que é exibido, mas planejar a grade de programação a fim de manter o público diante
da televisão durante a maior parte do tempo: [...] um dos principais fatores do sucesso da Rede Globo foi e continua sendo a capacidade de construir uma programação que atenda às necessidades dos telespectadores e, conseqüentemente, do mercado publicitário. O nosso principal ativo não é termos um ou dez programas bons. É contarmos com uma estrutura de programação criativa e inteligentemente integrada. Para isto, a maior parte das nossas produções é planejada e concebida internamente, seguindo um invisível, mas fundamental, ‘fio condutor’, que amarra diversos produtos numa estrutura global de programação (MARINHO, 1995, p. 67).
A emissora exibe diariamente programas jornalísticos, que vão de telejornais a documentários,
e programas de entretenimento, como novelas, filmes, entre outros. Além disso, a empresa é
responsável ainda pela produção do canal por assinatura Globo News (BRITTOS, 2001).
Com o objetivo de transmitir informações durante 24 horas diárias, a Globo News busca
apresentar a notícia através de todos os ângulos, assim como expor novas maneiras para o público
avaliar os fatos (KAMEL apud PATERNOSTRO, 2006). Para dar conta de sua proposta, a emissora
retransmite ainda alguns programas veiculados pelo canal aberto, tais como o Fantástico, Jornal da
Globo, Profissão Repórter e Bom Dia Brasil. Alguns profissionais também produzem conteúdos para
as duas emissoras (GLOBOSAT COMERCIAL, 2011).
11
Apesar da política de reaproveitamento de material jornalístico exibido pela Globo em rede
aberta, a Globo News diferencia-se por estar voltada a um público segmentado que, ao contrário da
grande massa, paga para ter acesso às notícias. Este fator, no entanto, faz com que o alcance da
emissora seja menor. Dados do IBOPE de 1999 comprovam que os canais transmitidos
exclusivamente pela TV por assinatura possuem pouca participação na audiência, aproximadamente
26%. A maioria dos assinantes utiliza a tecnologia para assistir às emissoras abertas (BRITTOS,
2001).
Com o objetivo de ampliar o seu alcance e chegar a novas classes, em 2010 a emissora passou
por reformulações em seu conteúdo e projeto visual (GLOBO NEWS, 2011). Este fato reforça a
importância de analisar se, por estar diante de uma audiência menor, que é composta por uma classe
de maior nível econômico-cultural e que tem acesso a outras fontes de informação, a TV por
assinatura trata a notícia de maneira diferenciada da TV aberta. Para amparar essa proposta de
investigação, na próxima seção, apresento o método que serve como base para a análise comparativa
entre o Jornal das Dez e Jornal da Globo.
3 Método
Nesta seção realizo, inicialmente, a definição do corpus, caracterização da pesquisa e
descrição dos procedimentos metodológicos empregados na análise. Em seguida, apresento as
principais características do objeto de estudo, Jornal das Dez e Jornal da Globo, a fim de
contextualizá-lo para, então, dar início à análise.
3.1 Do corpus e do método
Nesta pesquisa, pretendo analisar se a linha editorial da Rede Globo, responsável pelas duas
emissoras que abrigam o Jornal da Globo e o Jornal das Dez, é mantida em ambos os telejornais.
Verifico somente as pautas que se repetem na transmissão dos programas, com o propósito de
compará-las de acordo com o tratamento que recebem. Acredito que através desta percepção será
possível identificar a linha editorial da empresa, percebendo qual a importância destinada a
determinado acontecimento dentro de cada noticiário.
O JG é exibido de segunda à sexta-feira, após a linha de shows da Globo, tendo início, em
geral, após a meia-noite. O JD, no entanto, é transmitido todos os dias da semana, sempre às 22 horas.
Para garantir a similaridade das amostras, optei por selecionar edições contínuas de uma semana útil
(segunda à sexta-feira) de ambos os telejornais, entre 4 e 8 de abril de 2011 (Anexo 1). A escolha
deste período deve-se ao fato da programação permanecer neutra, não sofrendo alterações em função
de datas comemorativas ou coberturas de eventos agendados.
A importância dos telejornais dentro da grade de programação das emissoras, bem como a
proposta de apresentar e aprofundar as principais notícias do dia, foram fatores decisivos na escolha
12
dos mesmos como objeto de estudo. Devido ao interesse em compará-los, minha pesquisa caracteriza-
se como um estudo comparativo de casos, em que há a descrição, explicação e comparação dos
fenômenos (RAUEN, 2002). Um estudo de caso visa à descoberta e existe quando se analisa algo que
tem valor em si mesmo, que é distinto e causa interesse próprio (Ibid.).
Para compreender se a linha editorial da Rede Globo é empregada e como o é nos dois
telejornais, utilizo como ferramental metodológico as pesquisas de Rezende (2000) sobre gêneros
jornalísticos e formatos comunicacionais (anteriormente descritas), além da caracterização dos padrões
de manipulação, descritos por Abramo (2003).
A classificação de gêneros e formatos de Rezende (2000) é voltada especificamente para o
meio televisivo, por isso eu a utilizo como base nesta pesquisa. O autor identifica a existência do
gênero opinativo, que abriga o editorial, crônica e comentário; e gênero informativo, composto pela
nota, notícia, reportagem, entrevista e indicador. A esta definição, faço o acréscimo do stand up, que é
considerado uma unidade comunicacional, porém, é muitas vezes utilizado como único recurso na
transmissão da informação, não se adequando a nenhuma definição de formato.
Além dos gêneros e formatos, a linha editorial pode ser expressa através de outros recursos.
Assim, a mídia pode manipular a realidade de várias maneiras, além da seleção de pautas e modo de
tratamento. Abramo (2003) sugere a existência de cinco padrões de manipulação: padrão de ocultação;
padrão de fragmentação; padrão de inversão; padrão de indução; e padrão global ou específico do
jornalismo de televisão e rádio. O autor aponta que em uma matéria podemos perceber o uso de mais
de um padrão ou, por vezes, nenhum. Acredito que as ponderações de Abramo sobre a distorção do
real pela mídia serão capazes de contribuir para a desconstrução que empreendo em minha análise, por
isso, busco explicitar brevemente cada um deles.
O padrão de ocultação acontece durante a seleção de pautas e se refere à ausência ou presença
de fatos reais na produção, em que há um silêncio sobre alguns temas. O padrão de fragmentação
sugere que a mídia divide o real em vários fragmentos, tornando-os desconexos entre si, operando
através da seleção de aspectos do fato e de sua descontextualização. Já o padrão de inversão acontece,
principalmente, durante a edição e opera reordenando as partes descontextualizadas pelo padrão de
fragmentação, invertendo o grau de importância de cada elemento. O padrão de indução explica que,
ao ser submetido a outros padrões de manipulação, o público é induzido a ver a realidade conforme o
meio de comunicação deseja, e não como ela realmente é. Por fim, o padrão global ou padrão do
jornalismo de rádio e televisão indica que as duas mídias apresentam um padrão específico, em função
dos recursos dos meios, como a imagem e o som. Este padrão aponta para a espetacularização dos
fatos e privilégio às autoridades (ABRAMO, 2003). Como, na descrição do autor, o padrão global atua
apenas como complemento a outros padrões, operando na identificação do sensacionalismo utilizado
pela TV e pelo rádio, penso que somente este renderia um estudo a parte, não possuindo aplicabilidade
nesta pesquisa devido ao que me proponho investigar.
As informações que compõem a análise do corpus foram obtidas, inicialmente, através da
observação geral dos telejornais, onde verifiquei todas as pautas retratadas pelos telejornais durante a
13
semana analisada para destacar aquelas similares (Apêndice A a J). Em seguida, detalhei a composição
e o tratamento de cada pauta semelhante (Apêndice L a U). Por fim, realizei a análise comparativa
entre estas notícias. Antes de partir ao relato analítico, contudo, descrevo os programas analisados
neste estudo.
3.2 Do objeto
O Jornal da Globo e o Jornal das Dez são os últimos telejornais das grades de programação
diária da Globo e da Globo News, respectivamente. Segundo dados do IBOPE, o JG possui, em média,
11 pontos de audiência e 32% de participação dos televisores ligados, sendo o programa de maior
audiência no horário (JORNAL DA GLOBO – DADOS..., 2011). Já o JD tem grande importância na
grade de programação da Globo News. O custo de veiculação de cada peça de publicidade de 30
segundos, durante os intervalos do telejornal, por exemplo, é o mais alto de toda emissora, chegando a
R$ 12.400,00 (GLOBOSAT COMERCIAL, 2011) (Anexo 2).
O Jornal da Globo é um dos cinco4 telejornais exibidos pela Rede Globo em sinal aberto,
sendo o último noticiário apresentado pela emissora no dia. Criado em 1979, o programa vai ao ar ao
vivo, de segunda à sexta-feira, geralmente após a meia-noite, e possui uma duração média de 30 a 45
minutos. O público também pode acompanhar o JG através da Globo News, que retransmite o
noticiário às 3h05min. Desde 2005 o telejornal é ancorado por William Waack e Christiane Pelajo
(JORNAL DA GLOBO – HISTÓRICO..., 2011).
A audiência do telejornal é composta, em sua maioria, por espectadores da faixa etária dos 25
aos 49 anos (46%), pertencentes às classes C (49%) e AB (38%), de ambos os sexos (mulheres
representam 48% e homens 37%)5. Com vistas a esse público, o programa faz uso dos comentários de
Arnaldo Jabor, Heraldo Pereira, Carlos Alberto Sardenberg e Nelson Motta, demonstrando sua
preocupação em ampliar as notícias: Com forte ênfase em economia, mas também em política e política internacional, o Jornal da Globo posiciona-se como um programa que pretende oferecer uma avaliação dos acontecimentos mais importantes do dia. [...] O telespectador é construído como alguém que já tem as informações básicas, sobre determinados campos de interesse, e busca o aprofundamento e a avaliação (GOMES; GOMES, 2007, p. 93).
Assim como o JG, o Jornal das Dez é caracterizado como um telejornal que busca o
aprofundamento das informações, tendo como principal objetivo “garantir ao assinante uma visão bem
contextualizada dos principais temas da atualidade política, econômica e do cenário internacional”
(GLOBOSAT COMERCIAL, 2011). Para tanto, o programa faz uso de entrevistas ao vivo com
autoridades e especialistas, além dos comentários de Cristiana Lôbo, Luiz Fernando Silva Pinto,
Merval Pereira, Renata Lo Prete e Carlos Alberto Sardenberg, este também comentarista do Jornal da
Globo.
4 Quatro telejornais atendem ao formato padrão (Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal Nacional e Jornal da Globo) e um apresenta um modelo compacto, com 2 edições diárias (Globo Notícia). 5 Outras informações sobre o público do telejornal podem ser encontradas no site www.comercial.redeglobo.com.br.
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O JD é um dos cinco telejornais produzidos pelo canal por assinatura Globo News6. Sua
transmissão é diária, de segunda-feira a domingo, das 22 às 23 horas, sendo reprisado na mesma
emissora a partir das 2h05min. Desde 1996, quando o programa e a emissora foram criados, o
principal âncora é André Trigueiro, que apresenta o noticiário do estúdio do Rio de Janeiro. Além
disso, o telejornal é apresentado simultaneamente em outros três estúdios: um em São Paulo, um em
Brasília e outro em Nova York. Na semana de análise, o noticiário foi ancorado, nestes outros
estúdios, por Carla Lopes, Cristina Serra e Sandra Coutinho, respectivamente.
Os dados referentes à audiência do Jornal das Dez não são divulgados pela emissora. Há,
contudo, a referência de que o perfil do telespectador da Globo News é composto por pessoas acima
dos 25 anos (89%), pertencentes às classes A e B (81%) (GLOBOSAT COMERCIAL, 2011). Esta
diferenciação de público-alvo das emissoras que abrigam o JG e JD é um dos fatores que influencia na
caracterização dos produtos. Somente a análise desses veículos, contudo, é capaz de sugerir até que
ponto a produção dos telejornais assemelha-se ou diferencia-se. Desta forma, descritos o objeto e o
método analítico inicio, a seguir, a análise do corpus.
4 Análise
O Jornal da Globo e o Jornal das Dez possuem a característica de apresentar e analisar os
principais fatos que aconteceram no dia. As pautas, porém, podem receber tratamentos diferentes em
cada programa, devido ao público e à linha editorial das emissoras. É na análise detalhada dos
telejornais, portanto, que terei subsídios para comprovar ou refutar a hipótese de que a produção do JG
e do JD é diferenciada.
Nesta seção descrevo, inicialmente, os dados obtidos a partir da observação comparativa dos
telejornais a cada dia. Por fim, faço um levantamento de todas as dez edições analisadas,
apresentando, além dos resultados gerais da comparação, a descrição dos padrões de manipulação
encontrados nas edições.
4.1 Edições do dia 4 de abril de 2011
O Jornal da Globo e o Jornal das Dez apresentaram, no dia 4 de abril, segunda-feira, nove
pautas similares, de um total de 17 do JG e 23 do JD. Isto significa que, no total, os temas abordados
pelos telejornais se assemelham em 29,03%7. O tempo empregado para a cobertura destes assuntos foi
de, respectivamente, 13 minutos e 33 segundos (13’33”) e 17 minutos e 28 segundos (17’28”)
(Apêndice V).
6 Além do Jornal das Dez, a Globo News produz também os telejornais Globo News em Pauta, Jornal Globo News, Estúdio i e Conta Corrente. 7 Para chegar a este dado, somei o número de todas as pautas diferentes abordadas pelo telejornal neste dia. Exemplo: 8 (JG) + 14 (JD) + 9 (notícias similares representadas nos dois programas) = 31. Deste total, verifiquei o quanto os temas semelhantes representavam do todo, o que, neste dia, equivaleu a 29,03%.
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Das nove pautas similares deste dia, três tiveram o mesmo tratamento: “mulher presencia
execução em cemitério” (notícia), “pai pede para ser preso” (notícia) e “protestos na Líbia e no Iêmen”
(nota coberta). O tempo destinado a elas em cada telejornal também foi semelhante: 4’41” pelo JG e
4’43” pelo JD. Nas notícias sobre a “execução em cemitério” e o “pai que pede para ser preso”, foram
usados trechos da mesma gravação telefônica, além de uma fonte em comum.
A maior disparidade entre os tratamentos, apesar de ganhar destaque na escalada de ambos os
programas, pode ser percebida na pauta sobre as eleições para Presidente dos Estados Unidos. No JD,
o tema ganhou grande repercussão, sendo explorado através de uma notícia com comentário em forma
de nota de pé, o que ocupou 4’42” do telejornal. Já no JG, a pauta foi abordada em 1’12” através de
uma nota coberta.
A notícia sobre os destroços do avião da Air France, apesar de conter uma duração similar
(3’38” no JG e 3’16” no JD), foi transmitida pelo Jornal das Dez através de uma reportagem,
enquanto no Jornal da Globo foi exibida em forma de notícia. A morte de Jackson Lago, assim como
a notícia sobre o avião da Air France, ganhou maior destaque no JD, onde ocupou o tempo de 3’22”
com um comentário e uma nota coberta, enquanto no JG o tema foi apresentado apenas em forma de
nota coberta durante 0’26”.
A informação sobre a classificação do Brasil na análise de risco empregou o uso da mesma
fonte, o Ministro da Fazenda Guido Mantega. O uso que se fez de sua fala, porém, foi diferente em
cada telejornal, pois o JG utilizou-a como uma das sonoras que compôs a notícia de 1’58” e o JD a
empregou como único meio na transmissão do acontecimento, em uma entrevista de 1’14”.
Na pauta referente ao julgamento de um dos mentores dos ataques de 11 de setembro, os
âncoras André Trigueiro (JD) e William Waack (JG) foram os responsáveis pela narração do texto,
este coberto por imagens. No JG, porém, o texto, de 0’41”, continha a transcrição da fala de uma das
fontes, caracterizando-se como uma notícia. Já no JD, o tema foi explorado através de uma nota
coberta de 1’14”.
Por fim, a pauta referente ao novo Presidente da Vale foi noticiada pelo Jornal das Dez como
uma informação de última hora, recebendo o tratamento de uma nota pelada. Já no Jornal da Globo,
que tem horário de veiculação posterior, houve um maior detalhamento do assunto, destacando-se na
escalada e em um stand up gravado.
4.2 Edições do dia 5 de abril de 2011
As edições do dia 5 de abril, terça-feira, do Jornal das Dez e do Jornal da Globo exibiram,
respectivamente, 19 e 12 pautas. Destas, seis foram similares, o que corresponde a 24%. No JD, o
tempo dispensado à cobertura destes temas foi de 15’27”, enquanto no JG foi de 11’29” (Apêndice X).
Neste dia, três assuntos receberam o mesmo tratamento em ambos os programas. O Novo
Código Florestal foi exibido em forma de notícia, ocupando 2’57” do JD e 1’55” do JG. Já a
informação sobre o pedido de prisão dos policiais que executaram homem em cemitério (tema
16
abordado também na edição do dia 4), apesar de ser tratada como notícia em ambos os telejornais,
conquistou maior espaço no Jornal das Dez que, além de informar sobre a prisão, também explanou,
em mais uma notícia, sobre os crimes que envolvem policiais, dispensando um total de 4’30” ao tema,
ao contrário do Jornal da Globo que utilizou apenas 1’55” do noticiário. A notícia sobre os gols na
Liga dos campeões, no entanto, foi tratada através de uma nota coberta em cada jornal, ocupando
1’42”do JD e 1’21” do JG.
A pauta sobre o pedido de suspensão da construção da Usina de Belo Monte ganhou forte
ênfase no noticiário do JG, onde o tema ocupou 3’04” do programa e foi tratado através do comentário
de Heraldo Pereira e também de um quadro, o “Pinga-Fogo”, que é uma espécie de boletim, onde o
comentarista questiona e, em geral, coloca frente a frente, dois políticos (deputados e/ou senadores)
que divergem sobre determinada pauta do congresso e/ou do cenário político em geral. Já no JD, a
notícia repercutiu apenas através de uma nota coberta de 2’18”.
No noticiário internacional, as informações referentes ao acidente nuclear no Japão e aos
conflitos na Líbia foram transmitidas pelos dois telejornais. O JD abordou sobre o desastre natural no
Japão durante 1’49” com uma notícia, enquanto o JG apresentou o tema em 2’30” com um comentário
em forma de nota coberta. Por fim, a pauta alusiva aos conflitos na Líbia foi explorada em uma notícia
no JD de 2’11” e em uma nota coberta no JG de 43”, este que também informou sobre os conflitos no
Iêmen na mesma notícia.
4.3 Edições do dia 6 de abril de 2011
Na quarta-feira, dia 6 de abril, o Jornal das Dez apresentou, ao todo, 16 pautas, enquanto o
Jornal da Globo explanou sobre 12 assuntos distintos. Destes, sete temas foram abordados em ambos
os telejornais, totalizando 33,33% dos programas. A soma das notícias foi de 19’34” no JD e 12’20”
no JG (Apêndice Z).
O tema que ganhou maior destaque nos dois telejornais foi o discurso do Senador Aécio Neves
contra o governo do PT. O JD explanou sobre o tema através de uma notícia e do comentário de
Cristiana Lôbo, o que resultou num tempo de 5’55”. Já o JG fez uso do comentário de Heraldo Pereira
e também do quadro “Pinga-Fogo”. Neste telejornal, o assunto repercutiu durante 4’24”. Os trechos do
discurso do senador foram utilizados pelos dois programas, porém, o JG deu mais ênfase à fala do
político.
A informação sobre o preço da gasolina também foi tratada de maneira distinta pelos dois
telejornais. No JD, o assunto conquistou o formato de uma notícia de 1’07”, enquanto no JG foi
apenas de uma nota pelada de 24”. A notícia sobre o impasse no orçamento americano também
ganhou maior destaque em um dos telejornais. O Jornal das Dez explanou sobre o assunto em forma
de notícia e comentário, somando 5’03”, ao contrário do Jornal da Globo, que abordou a informação
apenas através de uma notícia de 2’08”.
17
Na transmissão dos gols dos jogos da Liga dos Campeões, os noticiários fizeram uso das
mesmas imagens, mas utilizando narrações distintas. No JD, o âncora André Trigueiro narrou os gols
durante 1’20”, enquanto no JG o comentarista Caio Ribeiro analisou os resultados dos jogos durante a
exibição das imagens das partidas ao longo de 53”. Do mesmo modo, as informações sobre a crise na
Costa do Marfim também foram noticiadas diferentemente em cada jornal. O tema ocupou 1’54” do
JD com uma notícia e 0’57” do JG com uma nota coberta.
A notícia sobre a medida para conter a queda do dólar, bem como a da ajuda que Portugal
pede à União Europeia, foram abordadas da mesma maneira pelos programas. Os dados referentes à
medida para conter o dólar foram exibidos em forma de notícia durante 2’44” no Jornal das Dez e
2’25” no Jornal da Globo. As informações sobre a crise em Portugal também receberam o tratamento
de uma notícia, utilizando, inclusive, a mesma sonora do 1º Ministro Português. No JD a pauta teve a
duração de 0’40” e no JG 1’09”.
4.4 Edições do dia 7 de abril de 2011
O noticiário do dia 7 de abril, quinta-feira, deu grande ênfase ao massacre de estudantes em
uma escola no bairro de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro, que aconteceu na manhã daquele dia.
As informações sobre o crime ocuparam praticamente todo o tempo dos telejornais. No JD, foram
46’07” destinados ao fato, enquanto no JG foram 33’14”. Além desta pauta, os telejornais abordaram
também a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No total, o JD apresentou três pautas e
o JG quatro, equiparando-se em 40% (Apêndice AA).
O Jornal das Dez explanou sobre o massacre através de três reportagens, uma nota coberta,
três notícias e sete entrevistas, além de fazer uso da ancoragem do programa via stand up, onde a
repórter Leilane Neubarth, extraordinariamente, apresentou notícias referentes ao acontecimento de
uma casa em frente à escola onde o crime aconteceu. Durante estas notícias, o JD abordou sobre o
quanto a sociedade se abalou com o fato, além de apresentar informações sobre as imagens da escola,
perfil do assassino e da escola, falta de notícias sobre as vítimas e consequências do tema, tais como
desarmamento do Brasil, postura de governantes frente à tragédia e violência em escolas de todo o
mundo. Para tanto, o uso de entrevistas com especialistas no tema foram essenciais, contextualizando
e esclarecendo o assunto.
O Jornal da Globo, no entanto, foi apresentado simultaneamente do estúdio do programa, por
William Waack, e do local, por Christiane Pelajo. A pauta repercutiu através de quatro reportagens,
três notícias, duas entrevistas, uma nota coberta, uma nota pelada e um clipe de imagens, além de,
excepcionalmente, em função do acontecimento, fazer o uso de cabeças em forma de notas cobertas,
onde a âncora Christiane mostrava as imagens ao vivo do local enquanto introduzia as próximas
informações, o que foge ao padrão do telejornal. O JG explanou sobre a homenagem às vítimas, como
o crime aconteceu, a investigação da polícia, a vida do assassino e a posição das autoridades diante do
18
caso. Em uma das notícias, o principal foco foi o prêmio póstumo concedido a Roberto Marinho que
continha, no entanto, uma sonora da Presidenta Dilma lamentando o massacre.
Em muitas notícias, os dois telejornais se apropriaram das mesmas entrevistas. A principal foi
a da menina Jade Ramos, uma das vítimas, que chegou a falar por mais de cinquenta segundos no
Jornal das Dez e quarenta no Jornal da Globo. A maioria das sonoras não continha o nome das fontes
e, em algumas, percebi que o repórter que gravou o boletim não foi o mesmo que realizou a entrevista,
o que demonstra que o material recolhido foi utilizado de diversas maneiras, por vários noticiários da
Rede Globo.
O tempo e o tratamento destinado às outras notícias (exceto ao massacre) confirmam que os
dois programas deram total prioridade à cobertura do episódio. A pauta sobre o aumento do IOF, por
exemplo, foi abordada durante 0’24” em uma nota pelada pelo JD e em 1’10” através de uma notícia
pelo JG, tempo que talvez seria maior se a transmissão estivesse acontecendo em um dia sem eventos
factuais dessa magnitude.
4.5 Edições do dia 8 de abril de 2011
No último dia de análise, sexta-feira, 8 de abril, os telejornais apresentaram quatro pautas
semelhantes de um total de 11 do Jornal das Dez e 8 do Jornal da Globo, o que equivale a 26,66% de
similaridade entre os programas. Para a cobertura desses quatro temas, o JD dispensou 38’34” e o JG
20’58” (Apêndice BB).
A pauta de maior destaque foi novamente o massacre em Realengo, transmitida através de
vários formatos. O JD dedicou 22’04” ao fato, enquanto o JG utilizou 13’26” do tempo total do
programa. Assim como nas edições do dia anterior, os noticiários empregaram várias sonoras
similares, algumas sem identificação.
O Jornal das Dez noticiou os acontecimentos decorrentes do massacre como, por exemplo, o
debate sobre o desarmamento no Brasil. Além disso, o telejornal explanou sobre a homenagem às
vítimas, nota enviada pelo Papa referente à tragédia, orações feitas por cantores da banda U2 para as
crianças, atendimento psicológico aos familiares, ataques em outras escolas e quem foi o poeta que dá
nome à escola. Foram exibidas três reportagens, duas notícias, uma nota pelada, uma nota coberta,
duas entrevistas e um clipe de imagens. Este último é considerado apenas como clipe por apresentar
imagens desconexas e por estar intrinsecamente ligado ao restante do noticiário.
O Jornal da Globo, no entanto, fez uso de um stand up, quatro notícias e um comentário para
explorar o acontecimento. As notícias versaram sobre as investigações policiais, as homenagens e
enterros das vítimas, como os pais devem conversar sobre a tragédia com os filhos e a religiosidade do
assassino e de mentores de atos semelhantes.
A viagem da Presidenta Dilma para a China foi, após a notícia sobre o massacre, o tema de
maior destaque nos telejornais. No JD a pauta ocupou 12’05” através de uma reportagem de 2’58” e de
um comentário de Cristiana Lôbo de 9’07”. Já no JG, o assunto conquistou 5’27” do noticiário, sendo
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uma notícia de 1’11” e uma reportagem de 4’16”. Os aspectos destacados pelos telejornais foram
diferentes, pois o JD explanou sobre as dificuldades que a Presidenta terá nas relações com outros
países e o JG apresentou os principais investimentos chineses no Brasil.
A notícia sobre a medida para conter a inflação ocupou um maior espaço no Jornal das Dez,
sendo apresentada em forma de notícia durante 2’19”. O Jornal da Globo apresentou o mesmo tema
através de um indicador, que teve duração de 16”. Por fim, as informações sobre o orçamento
americano receberam o tratamento de uma notícia de 2’06” pelo JD e uma nota pelada em forma de
comentário de 1’49” pelo JG.
Neste primeiro momento dediquei-me à descrição dos dados obtidos a partir das dez edições
coletadas. Concluída tal etapa, apresento, na próxima subseção, a análise geral dos telejornais.
4.6 Análise qualitativa do Jornal das Dez e Jornal da Globo
As cinco edições analisadas do Jornal das Dez durante a semana de 4 a 8 de abril de 2011
apresentaram 28 pautas semelhantes que somaram 2’17’36”. Destas, foram exibidas 21 notícias
(38,18%), 4 comentários (7,27%), 3 notas peladas (5,45%), 8 notas cobertas (14,54%), 10 entrevistas
(18,18%), 8 reportagens (14,54%) e um clipe (1,81%), conforme ilustra o gráfico abaixo:
GRÁFICO 1 - Análise geral das pautas semelhantes do Jornal das Dez
As pautas similares exibidas pelo Jornal da Globo, no entanto, dispensaram 1’32’44” do
programa durante a semana. Os 28 temas foram explorados através de 19 notícias (40,42%), 9 notas
cobertas (19,14%), 3 notas peladas (6,38%), 2 quadros – em forma de boletim – (4,25%), 3
comentários (6,38%), 5 reportagens (10,67%), um clipe (2,12%), 2 entrevistas (4,25%), um indicador
(2,12%) e 2 stand up (4,25%), como demonstra o gráfico abaixo:
GRÁFICO 2 - Análise geral das pautas semelhantes do Jornal da Globo
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Os formatos foram utilizados em proporções semelhantes pelos telejornais. A ocorrência de
notas peladas, por exemplo, é a mesma nos dois programas. O uso de notícias, comentários, notas
cobertas, clipes e reportagens também comprovam esta similaridade em número de ocorrência de
formatos nos noticiários. A disparidade no uso de entrevistas e stand ups aconteceu, principalmente,
na cobertura do massacre em Realengo. O JD apropriou-se de entrevistas com ex-alunos, professores,
psiquiatras, filósofos, etc., o que demonstra a intenção em tentar explicar o acontecimento por ângulos
diversos. Diferentemente do que acontece com as sonoras, as entrevistas parecem não sofrer edição,
onde a opinião do entrevistado é, supostamente, exposta de forma mais livre. O JG, no entanto, deu
prioridade às reportagens, que intercalam a narrativa do repórter e os depoimentos das fontes,
ressignificando, em alguns casos, o sentido original da fala. Aqui é possível perceber a presença do
padrão de fragmentação, sugerido por Abramo (2003), em que há a descontextualização do significado
real da entrevista.
Na cobertura do massacre, em especial, notei que os telejornais, principalmente o Jornal da
Globo, valeram-se muito mais da emoção do acontecimento, em função dos vieses escolhidos para
abordar o tema, do que de sua explicação, corroborando com uma das características da televisão,
meio que pode valer-se “[...] preponderantemente da emoção como elemento mobilizador,
fundamentando-se nos desejos, nos temores, nas ambições, nas culpas dos sujeitos” (MARTINS,
2006, p. 137).
Até mesmo em casos de maior repercussão, que ganham mais espaço no programa e podem
ser retratados através de vários formatos e gêneros, como o massacre em Realengo, a análise dos
programas comprovou que o gênero mais empregado por ambos os telejornais é o informativo. Isto
indica que, apesar do JD e do JG dedicarem-se à reflexão dos principais fatos do dia, que faria
prevalecer o gênero opinativo, principalmente por contarem com a presença de comentaristas fixos na
programação, há a preocupação em não tornar explícita a opinião do veículo. Além disso, acredito que
o modo como são empregadas as unidades comunicacionais, principalmente as sonoras e as cabeças,
indicam a presença da opinião das emissoras nas notícias. As entrevistas com autoridades, sobretudo,
contribuem para reforçar esta impressão. O depoimento do Ministro da Fazenda, Guido Mantega,
referente à classificação do Brasil na análise de risco, por exemplo, foi o único meio de transmissão da
informação no Jornal das Dez, durando 0’37”, enquanto no Jornal da Globo a mesma fala teve
duração de 0’18” em uma notícia, acompanhada de cabeça, off, boletim e entrevistas com outros
especialistas. A captação da entrevista foi a mesma, porém, o emprego que se fez dela foi diferente, o
que aponta que há sim o uso da subjetividade na produção dos noticiários, diferentemente do que
propõe o gênero informativo.
O uso das notas cobertas também auxilia na constatação da subjetividade dentro dos
programas. Em alguns casos, o formato foi utilizado para contextualizar o tema (como na notícia sobre
a morte de Jackson Lago), sendo depois explorado através de um comentário. É importante lembrar
que a nota coberta não contém sonoras, unidade que deve apresentar as opiniões sobre o fato
(BARBEIRO; LIMA, 2002). A ausência de depoimentos que apresentem as versões do acontecimento,
21
seguida de comentário, não só confirma a presença da subjetividade nos telejornais, como também
evidencia que a emissora/programa pretendeu emitir um posicionamento através da fala do
comentarista, o que demonstra a preocupação em orientar o público, privilegiando determinada
opinião sobre o tema.
O Jornal das Dez explorou de forma mais contundente as cabeças. A unidade chegou a
ocupar, principalmente nas matérias ancoradas em mais de um estúdio, quase um minuto de cada
notícia. O maior tempo destinado às cabeças, além dos recursos utilizados para sua produção, como o
uso de stand up na ancoragem do massacre em Realengo, contribui para um apontamento de sentido a
ser seguido pelos telespectadores, pelo fato de a unidade servir como introdução para a notícia,
destacando as principais informações sobre o acontecimento.
Ao longo das edições, pude perceber uma hibridização de gêneros e formatos, reforçando o
posicionamento de Rezende (2000). Nas notícias internacionais, por exemplo, as notas de pé
trouxeram novas informações sobre os acontecimentos, além de conter o comentário dos próprios
âncoras sobre o fato. O tempo das notícias também foi um item marcante desta mescla, em que
algumas se assemelhavam ao tamanho de uma reportagem, porém, em função dos temas abordados,
foram definidas como tal.
As notícias sobre política e economia compuseram a maior parte das pautas semelhantes. O
uso de comentários é bastante recorrente nestas editorias, mesmo que, em alguns momentos, seja
realizado pelos âncoras dos telejornais. Acredito que o grau de similaridade destas editorias está
relacionado aos públicos a que os programas pretendem atender, tendo em vista que os telejornais
constroem seus telespectadores como indivíduos que buscam uma visão ampliada e contextualizada
dos fatos8. Desta forma, os comentários não só explicam os temas através da fala de um jornalista
especializado, mas também, por meio da abordagem realizada, contribuem para a formação da opinião
pública sobre o assunto (REZENDE, 2000).
Nas notícias destas editorias, em especial, os padrões de manipulação de Abramo (2003)
puderam ser nitidamente percebidos. Os depoimentos de governantes, muitos adquiridos através de
discursos públicos ou coletivas de imprensa, foram utilizados de maneira diferenciada pelos
telejornais. Algumas falas, como a do Senador Aécio Neves no discurso contra o PT, apontam para o
padrão de fragmentação por descontextualizar a fala do todo. Já a entrevista da Presidenta Dilma sobre
o massacre em Realengo, por exemplo, foi utilizada como parte de uma notícia sobre o prêmio
póstumo concedido a Roberto Marinho no Jornal da Globo, evidenciando a presença do padrão de
inversão, onde, se comparada à notícia no Jornal das Dez, a sonora não ganhou a mesma importância.
As informações sobre economia e política também ganharam destaque através do noticiário
internacional. A maioria dos temas versa sobre o Governo dos Estados Unidos e os conflitos políticos
em países do Oriente Médio. Estes assuntos são tratados principalmente através de notas cobertas e
notícias, mas, em alguns momentos, são precedidos por comentários em forma de nota de pé, o que
indica a ênfase a eles atribuída. O Jornal das Dez, contudo, parece tentar abordar os acontecimentos
8 Cf. (GOMES; GOMES, 2007); e (GLOBOSAT COMERCIAL, 2011).
22
com maior amplitude, utilizando, por vezes, mais de um formato para retratar a mesma pauta. A maior
ênfase atribuída a alguns fatos, no entanto, não significa que o telejornal esteja, naturalmente, exibindo
diferentes leituras do mesmo acontecimento, mas sim que, justamente por valer-se de vários
tratamentos, esforça-se em orientar essa leitura da notícia na tentativa de fechar o sentido daquela
informação.
A editoria de esportes mostrou-se mais enfática no Jornal da Globo, que contou, na semana
analisada, com a presença dos comentaristas esportivos Caio Ribeiro e Luís Roberto. Penso que isto
acontece porque a Globo transmite atrações esportivas na íntegra (como jogos de futebol, competições
de atletismo, etc.), ao contrário da Globo News, que apenas se vale de notícias referentes à editoria. É
importante destacar também que o JG é exibido, nos dias de jogos, após o término das partidas de
futebol, e não durante, como é o caso do JD.
O tempo destinado às pautas semelhantes mostrou-se diferente em cada telejornal9. O Jornal
das Dez fez uso de 44’50” a mais que o Jornal da Globo para abordar as mesmas pautas, um número
bastante expressivo, mesmo que se tenha em mente a duração dos programas. Penso que essa
disparidade na abordagem de algumas informações pode ter origem no perfil do programa. Os
telespectadores do JD são, em sua maioria, pertencentes às classes A e B (81%), enquanto no JG, o
público da classe C tem maior representação (49%). Essa dicotomia aponta para outras desigualdades
que não só a econômica, tais como a do nível sócio-cultural dos telespectadores. Desta forma, nem
todos os assuntos serão de interesse destes dois públicos.
A audiência do Jornal das Dez, por ser mais elitizada, é cercada por várias informações sobre
o mesmo tema. A diversidade no tratamento das notícias está ligada ao fato de que, por ter condições
econômicas mais elevadas e um nível instrucional por vezes maior, os telespectadores do programa
possuem um acesso maior a outras fontes de informações, podendo analisar um fato por diversos
olhares.
Percebo que alguns desses fatos foram noticiados pelos telejornais simplesmente porque já
estavam sendo abordados por toda a mídia, não podendo deixar de ser mencionados. A candidatura à
reeleição de Obama à presidência dos Estados Unidos é um dos exemplos relacionados mais
expressivos desta afirmação, onde o JG deu ênfase ao acontecimento na escalada, mas depois
explanou o tema apenas através de uma notícia de 1’12”.
A semelhança/disparidade entre as produções dos telejornais, notada através da análise dos
tratamentos e pautas similares, ajudam na compreensão do perfil editorial da emissora. Há, porém,
outras inferências que fornecem subsídios para este entendimento. A presença dos padrões de
manipulação sugeridos por Abramo (2003), por exemplo, também indica se as estratégias utilizadas
para a transmissão das notícias seguem um fio condutor, um perfil editorial. Além dos exemplos já
citados, como o das falas de autoridades, pude perceber, nas edições analisadas, certa frequência no
uso dos padrões pelos noticiários. A própria seleção de pautas aponta para o padrão de ocultação, em
9 Penso que esta desigualdade provém da duração de cada programa. Enquanto o Jornal das Dez possui de 50 a 55 minutos de duração, o Jornal da Globo ocupa apenas 35 a 40 minutos para todas as notícias. Essa disparidade, que pode variar de 10 a 20 minutos, pode ser decisiva no tratamento das notícias e, portanto, deve ser considerada.
23
que os programas simplesmente se calam sobre alguns temas. Desta forma, os três padrões observados
ao longo da análise (fragmentação, inversão e ocultação) levam ao quarto padrão: o da indução. Isto
significa que os veículos seguem determinados valores, respondendo a uma linha editorial, e têm o
objetivo de conduzir a opinião dos telespectadores. Penso que nem sempre esse direcionamento
consegue resultados eficazes, manipulando facilmente o público, mas acredito que essas orientações,
materializadas por meio da prevalência de um assunto ou da forma de tratamento dele, intervêm,
mesmo em pequena medida, na visão que o público terá sobre os acontecimentos.
Os padrões de manipulação de Abramo não são elementos perceptíveis sem a análise
detalhada dos telejornais. A ocultação destas e outras estratégias, que atuam na sustentação da linha
editorial do veículo, reforçam a ideia de que os telejornais fazem uso da subjetividade na composição
das notícias. Esta inferência, no entanto, vai contra o que anunciam os telejornais ao se valerem em
maior escala de formatos comunicacionais pertencentes ao gênero informativo. Melo (1994) afirma
que há duas vertentes no jornalismo relacionadas à intencionalidade dos relatos, na qual o gênero
informativo está ligado à reprodução do real, tal como ele é, ao contrário do gênero opinativo, que tem
o objetivo de fazer uma leitura da realidade. O autor também constata que o gênero opinativo tem
como característica a marcação da angulagem e autoria das notícias. Se os programas transmitissem o
real sem alterações e sem a hierarquização dos fatos, não haveria diferenças de formatos e unidades
comunicacionais nas notícias comparadas, exceto pela adequação àquilo que Curado (2002) chama de
vocação de cada programa.
Do número total de pautas apresentadas pelo Jornal das Dez e pelo Jornal da Globo, apenas
30,6% foi similar. As pautas que receberam o mesmo tratamento, no entanto, foram de 42,3%. Penso
que este número indica que, mesmo tendo os telejornais a possibilidade de ofertar uma produção
diferenciada, em função dos recursos e do tempo que dispõem e por pertencerem a emissoras
destinadas a públicos diferenciados, o emprego do mesmo formato em quase metade das notícias
aponta para a manutenção da linha editorial da Rede Globo. Outros indícios, como as matérias
produzidas pelo mesmo repórter para os dois noticiários, a presença do mesmo comentarista (Carlos
Alberto Sardenberg), e a ausência de crônicas, que têm como característica a exposição do ponto de
vista do cronista, demonstrando que há a prevalência da opinião da emissora perante a opinião
individual do jornalista, também fortalecem essa inferência. Isto dá ânimo à ideia de que a seleção das
pautas, a estruturação do material e o tempo destinado a cada notícia obedecem a uma orientação
maior, ao perfil editorial da emissora, em que o veículo de comunicação manifesta os seus interesses
institucionais e pauta o real, determinando quais acontecimentos se tornarão notícia, como serão
tratados, em que momento serão veiculados e qual o espaço que terão dentro do programa (DUARTE,
2007).
Acredito que o fato de as unidades comunicacionais serem utilizadas de maneira diferenciada
no JD e no JG provém do conhecimento prévio que se supõe terem os telespectadores de cada
programa: em algumas notícias, pelo fato de o tema já estar sendo explorado pela emissora ou
telejornal, a descrição do assunto pode ser menor, exigindo apenas um comentário, por exemplo.
24
Após a descrição e análise do material coletado, exponho, na próxima seção, minhas
considerações sobre a pesquisa.
5 Considerações
Nesta pesquisa busquei, através do entendimento dos gêneros jornalísticos, unidades e
formatos comunicacionais, apresentar os modos de tratamento da informação, bem como a dicotomia
entre a informação e a opinião presentes nas produções midiáticas. Explanei, ainda, sobre as
características da televisão, as disparidades e semelhanças entre TVs abertas e TVs fechadas, o perfil
editorial de um veículo de comunicação e as peculiaridades da empresa Rede Globo. Para produzir a
análise, utilizei como base os estudos de Rezende (2000) e Abramo (2003), que possibilitaram a
classificação dos tratamentos atribuídos às informações pelo Jornal das Dez e pelo Jornal da Globo,
assim como a verificação de padrões que indicam o modo como a realidade é apresentada.
Com o desenvolvimento do percurso teórico e da análise comparativa entre os programas,
pude compreender que o JD e o JG abordam pautas, em sua maioria, diferentes. Naquelas que se
assemelham, contudo, a proximidade dos tratamentos indica haver um alinhamento entre os perfis
editorias das emissoras, mantendo, assim, a linha editorial da Rede Globo e confirmando a hipótese
inicial desta pesquisa. As diferenças entre os programas são justificadas pelo perfil de público que
cada um pretende abranger, tornando-se necessária a adequação do material noticioso para garantir a
audiência dos noticiários. A investigação por meio das pautas similares também permitiu a constatação
de que a realidade é exibida através de vieses, evidenciando que, apesar de se valerem
majoritariamente do gênero informativo, as notícias transmitidas não são uma reprodução do real, mas
sim, leituras compostas por vários fragmentos dispersos do mesmo acontecimento.
Apesar de não analisar o discurso, acredito que a falta de editoriais e a fala dos comentaristas
foram indicativos marcantes de que os telejornais “mascaram” sua ideologia e buscam orientar um
sentido preferencial junto aos telespectadores. Assim como afirma Melo (1994), os editoriais possuem
a pretensão de estabelecer o diálogo com lideranças políticas, o que me faz suspeitar, através de sua
ausência, que os telejornais estão mais voltados ao direcionamento da opinião do público, utilizando,
para tanto, outros formatos, como os comentários. Apesar de o comentário pertencer ao gênero
opinativo, contudo, o comentarista realiza apenas uma leitura do acontecimento dentro de tantas outras
possíveis, além de não deixar claro o seu posicionamento sobre o fato. O debate entre jornalistas
especializados de duas linhas opostas, por exemplo, permitiria ao público uma visão mais ampla do
acontecimento, é algo que não ocorre.
O problema de pesquisa deste estudo poderia obter outras respostas por meio da comparação
de todas as pautas ou, inclusive, somente através das pautas distintas, o que iria compor outro
instigante material para a análise. Optei por operar somente com as pautas similares, porém, porque
acredito que elas por si só seriam (e foram) capazes de assegurar subsídios que ajudam a solucionar os
25
questionamentos. Outros métodos também poderiam trazer novas inferências. A análise através dos
gêneros jornalísticos, no entanto, é capaz de indicar a intencionalidade da mídia (MEDINA, 2001).
A limitação de tempo e espaço desta pesquisa foi um dos maiores impedimentos para que
todos os dados pudessem ser minuciosamente detalhados. Acredito, também, que outros elementos dos
telejornais forneceriam subsídios capazes de fomentar novas investigações, como a análise do discurso
dos âncoras e dos comentaristas, por exemplo. A escassez de materiais referentes aos conteúdos
exibidos pelos canais por assinatura reforça a importância em produzir novas pesquisas na área.
Por fim, ressalto que a produção e atualização deste e de outros estudos que abordam o
tratamento das informações, o discurso midiático e as novas tecnologias de transmissão, deve ser
constante. Isto contribui para a compreensão de outras possibilidades produtivas e das estratégias
empregadas pela mídia para a construção de sentidos.
Referências ABRAMO, Perseu. Padrões de manipulação na grande imprensa. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003. ARBEX JÚNIOR, José. Showrnalismo: a notícia como espetáculo. São Paulo: Casa Amarela, 2001. ARONCHI DE SOUZA, José Carlos. Gêneros e formatos na televisão brasileira. São Paulo: Summus, 2004. BAHIA, Juarez. Jornal, história e técnica: As técnicas do jornalismo. 5. ed. v. 2. Rio de Janeiro: Mauad X, 2009. BARBEIRO, Heródoto; LIMA, Paulo Rodolfo de. Manual de telejornalismo: Os segredos da notícia na TV. Rio de Janeiro: Campus, 2002. BAZI, Rogério Eduardo Rodrigues. TV regional: Trajetórias e perspectivas. Campinas: Alínea, 2001. BECKER, Beatriz. A linguagem do telejornal: Um estudo da Cobertura dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: E-Papers, 2005. BRITTOS, Valério Cruz. Capitalismo contemporâneo, mercado brasileiro de televisão por assinatura e expansão transnacional. Tese de Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2001. CONTAS ABERTAS – PESQUISA APONTA QUE 46% DOS BRASILEIROS LEEM JORNAL.. 2010. Disponível em: <http://contasabertas.uol.com.br/WebSite/Noticias/DetalheNoticias.aspx?Id=162&AspxAutoDetectCookieSupport=1>. Acesso em: 07 out. 2010. CHAPARRO, Manuel Carlos. Sotaques d’aquém e d’além mar: travessias para uma nova teoria de gêneros jornalísticos. São Paulo: Summus, 2008. CURADO, Olga. A notícia na TV: O dia-a-dia de quem faz Telejornalismo. São Paulo: Alegro, 2002.
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28
Apêndice A Tabela 01 – Edição do Jornal das Dez do dia 04 de abril de 2011.
Tempo Tema Escalada 10” Crise na Costa do Marfim 11” Novas denúncias no caso Mensalão 05” Morte de Jackson Lago 09” Recuperação de destroços do avião da Air France 19” Vacina contra a dengue 13” Obama lança campanha de reeleição Notícias 3’16” Destroços do avião da Air France 1’35” Morte de Jackson Lago 1’47” Comentário Cristiana Lôbo – morte de Jackson Lago 5’04” Novas denúncias mensalão – comentário Renata Lo Prete 1’44” José Sarney pede abertura de sindicância 00’34” Passaportes diplomáticos concedidos à família de Lula 1’14” Classificação do Brasil na análise de risco 2’12” Testes da vacina contra a dengue 23” Chamada para próximas notícias:
- homem que pediu para ser preso - construção da usina nuclear Angra 3
2’56” Licença ambiental para construção da usina de Angra 3 2’45” Monitoramento de alimentos vindos do Japão em função do
acidente nuclear 11” Desistência de time de futebol de jogar em campeonato em
função dos desastres naturais ocorridos no Japão 55” Acidente em parque de diversão em São Paulo 58” Homem pede para ser preso para ficar ao lado do filho 2’21” Mulher presencia execução dentro de cemitério 2’48” Uso de tornozeleiras eletrônicas em presos 1’32” Juiz atropela e mata motoqueiro em Fortaleza 1’16” Paralisação na construção da usina de Santo Antônio 1’52” Pais rejeitam uma das filhas trigêmias 21” Chamada para próximas notícias:
- Lançamento campanha Obama 2012 - Forças da ONU agem na Costa do Marfim
1’28” Tropas da ONU agem na Costa do Marfim 4’42” Campanha Obama 2012 – eleições EUA 1’14” Terrorismo nos EUA – Julgamento de um dos mentores do
ataque de 11 de setembro 1’34” Rebeldes rejeitam negociar na Líbia e repressão contra
protestantes no Iêmen 1’39” Censura de jornais argentinos 34” Novo Presidente da Vale 24” Chamada para próximo programa 49” Fim do programa com imagens de lançamento de foguete
29
Apêndice B Tabela 02 – Edição do Jornal da Globo do dia 04 de abril de 2011.
Tempo Tema Escalada 26” Lançamento campanha Obama 2012 19” Mulher presencia execução dentro de cemitério 8” Homem pede para ser preso 9” Destroços do avião da Air France 3” Novo Presidente da Vale 7” Técnico Muricy Ramalho vai para o Santos 10” Experiências como presente Notícias 2’37” Mulher presencia execução dentro de cemitério 1’21” Homem pede para ser preso para ficar ao lado do filho 3’38” Destroços do avião da Air France 32” Verificação de modelo de avião americano 57” Novo Presidente da Vale 11” Chamada para próximas notícias:
- Experiências como presente - Muricy Ramalho é o novo técnico do Santos
1’52” Acidentes na Stock Car 46” Novos técnicos de futebol 1’18” Copa Libertadores da América 10” Chamada para próximas notícias:
- experiências como presente - classificação do Brasil na análise de risco
1’58” Classificação do Brasil na análise de risco 2’09” Ação judicial nos EUA contra Walmart 1’12” Obama se candidata à reeleição 41” Terrorismo nos EUA – Julgamento de um dos mentores do
ataque de 11 de setembro 43” Conflitos na Líbia e no Iêmen 29” Menino-bomba tenta se explodir no Paquistão 10” Chamada para próximas notícias:
- Experiências como presente 26” Morte de Jackson Lago 2’35” Experiências como presente 25” Final do programa
30
Apêndice C Tabela 03 – Edição do Jornal das Dez do dia 05 de abril de 2011.
Tempo Tema Escalada 11” Novo Código Florestal brasileiro 4” Crise na Costa do Marfim 18” Atuação da polícia no Brasil 6” Chuva de pedra em estrada do Rio de Janeiro 16” Gols na Liga dos Campeões Notícias 2’57” Novo Código Florestal 2’18” Usina de Belo Monte 1’12” Dilma recebe medalha de honra ao mérito 5’40” Comentário Merval Pereira sobre governo e discurso de Aécio
Neves 32” Provas são consideradas ilegais no caso Castelo de Areia 24” Novo Secretário da aviação civil 2’58” Jovens rejeitam trabalho na construção civil 1’47” Comentário Carlos Alberto Sardenberg sobre construção civil 1’55” Comentário Carlos Alberto Sardenberg sobre novo Presidente
da Vale 43” Índice de Preço ao Produtor – IPP 1’42” Comentário Carlos Alberto Sardenberg sobre IPP 28” Chamada para próximas notícias:
- crise na Orquestra Sinfônica Brasileira - Segurança no complexo de Angra 1, 2 e 3
1’49” Acidente nuclear - Perigo de contaminação do peixe no Japão 4’16” Segurança no complexo de Angra 1, 2 e 3 1’02” Deslizamento de pedras em estrada do Rio de Janeiro 2’11” Polícia pede prisão de policiais que executaram um homem em
cemitério 2’19” Investigação em casos envolvendo policiais 3’10” Crise na Orquestra Sinfônica Brasileira 22” Chamada para próximas notícias:
- Crise na Costa do Marfim - Caso de homofobia em jogo de vôlei
3’01” Crise na Costa do Marfim 2’11” Rebeldes tem que recuar na Líbia 2’21” Caso de homofobia em jogo de vôlei 23” Muricy Ramalho é o novo técnico do Santos 1’42” Gols na Liga dos Campeões 1’10” Chamada para próximo programa 1’00” Fim do programa com imagens de praia em Natal/RN
31
Apêndice D Tabela 04 – Edição do Jornal da Globo do dia 05 de abril de 2011.
Tempo Tema Escalada 40” Usina de Belo Monte/Pará 23” Escola aplica castigos a alunos indisciplinados 9” Inflação na cesta básica 6” Novo Código Florestal 10” Impasse na aprovação do orçamento americano 7” Caçadores de animais silvestres são presos em São Paulo 10” Gols na Liga dos Campeões Notícias 2’59” Escola aplica castigos a alunos indisciplinados 1’56” Polícia pede prisão de policiais que executaram um homem em
cemitério 1’46” Orçamento do governo dos EUA 1’22” Comentário Arnaldo Jabor sobre orçamento dos EUA 1’27” Comentário Carlos Alberto Sardenberg – orçamento norte-
americano e crescimento de países emergentes 1’40” Comentário Carlos Alberto Sardenberg – crescimento de países
emergentes 20” Chamada para próximas notícias:
- jogos de futebol em campeonatos estrangeiros - Novo Código Florestal
1’55” Protesto para votação do Novo Código Florestal 1’05” Comentário Heraldo Pereira sobre construção da Usina de Belo
Monte 1’14” Quadro “Pinga-fogo” sobre Usina de Belo Monte 44” Comentário Heraldo Pereira sobre Usina de Belo Monte 9” Chamada para próximas notícias:
- Gols nos campeonatos de futebol - Preço da cesta básica aumenta
2’30” Acidente nuclear no Japão – como estão os reatores 33” Conflitos na Líbia 9” Protestos no Iêmen 1’46” Preço da cesta básica 22” Câmara dos deputados aprova projeto de trem bala no RJ 8” Chamada para próximas notícias:
- Jogos na Liga dos Campeões 1’20” Caçadores de animais silvestres são presos em São Paulo 1’21” Gols na Liga dos Campeões 24” Fim do programa
32
Apêndice E Tabela 05 – Edição do Jornal das Dez do dia 06 de abril de 2011.
Tempo Tema Escalada 16” Trânsito na França 10” Reportagem especial sobre trânsito em Brasília 8” Protesto contra tragédia no morro do Bumba/RJ 15” Senador Aécio Neves discursa contra governo do PT 9” França na guerra na Costa do Marfim 12” Orçamento dos Estados Unidos Notícias 4’00” Protesto após um ano da tragédia no morro do Bumba/RJ 5’27” Entrevista com geógrafo sobre tragédia no morro do Bumba 2’30” Licenciamento da Usina de Belo Monte – Pará 2’33” Discurso do Senador Aécio Neves contra governo do PT 3’22” Comentário Cristiana Lôbo sobre discurso de Aécio Neves 29” Chamada para próximas notícias:
- Trânsito na França - Reportagem especial sobre mobilidade urbana – Brasília - Novo Código Florestal
3’28” Trânsito na França 6’15” Reportagem especial sobre mobilidade urbana – Brasília 1’01” Novo Código Florestal 42” Nota divulgada sobre Novo Código Florestal 2’47” Medida para conter queda do dólar 1’07” Preço da gasolina 19” Chamada para próximas notícias:
- Votação do orçamento dos Estados Unidos - Estudo sobre envelhecimento da população
5’03” Impasse no orçamento dos Estados Unidos 40” Portugal pede ajuda à União Europeia 1’54” Crise na Costa do Marfim 1’17” Resposta do governo do EUA sobre protestos na Líbia 2’17” Estudo sobre envelhecimento no Brasil 1’20” Gols na Liga dos Campeões 24” Chamada para próximo programa - encerramento
33
Apêndice F Tabela 06 – Edição do Jornal da Globo do dia 06 de abril de 2011.
Tempo Tema Escalada 28” Senador Aécio Neves discursa contra governo do PT 13” Nova medida para conter queda do dólar 16” Promotora abandona julgamento sobre Mensalão 6” Problemas provocados pela poluição do ar 11” Orçamento dos Estados Unidos 4” Dados sobre investimento da mulher em beleza 9” Gols da Libertadores e Copa do Brasil Notícias 2’25” Medida para conter queda do dólar 1’09” Portugal pede ajuda à União Europeia 3’39” Problemas provocados pela poluição do ar 1’43” Promotora abandona julgamento sobre Mensalão 24” Preço da gasolina 19” Chamada para próximas notícias:
- Jogos Libertadores - Discurso do Senador Aécio Neves
2’49” Comentário Heraldo Pereira sobre discurso de Aécio Neves 1’35” Quadro “Pinga-fogo” sobre discurso de Aécio Neves 7” Chamada para próximas notícias:
- Gols nos jogos de futebol - Dados sobre investimento da mulher em beleza
38” Lucro das empresas do ramo da Construção Civil no Brasil 2’08” Orçamento dos Estados Unidos 57” Crise na Costa do Marfim 1’57” Dados sobre investimento da mulher em beleza 3” Chamada para próximas notícias:
- Jogos Libertadores e Copa do Brasil 4’11” Comentário Caio Ribeiro sobre Libertadores e Copa do Brasil 53” Comentário Caio Ribeiro sobre Liga dos Campeões 26” Fim do programa
34
Apêndice G Tabela 07 – Edição do Jornal das Dez do dia 07 de abril de 2011.
Tempo Tema Escalada 14” Massacre em Realengo 15” Vida do assassino 23” Presidenta Dilma lamenta morte das crianças 9” Aspectos sociológicos e psicológicos deste tipo de crime 5” Medida do Governo para conter o crédito 8” Novo terremoto no Japão Notícias 2’35” Massacre em Realengo abala Rio de Janeiro 4’16” Como o crime aconteceu 38” Imagens da Câmera da escola 2’19” Quem era o assassino 5’26” Entrevista com psiquiatra sobre perfil do assassino 3’27” Falta de informações sobre os feridos 4’51” Entrevista com sociólogo sobre o massacre 19” Chamada para próximas notícias:
- Entrevista com ex-aluna da escola - Reação das autoridades frente ao massacre
2’28” Entrevista com morador da região próxima a escola 2’32” Presidenta Dilma lamenta morte das crianças 2’20” Ministros lamentam morte das crianças 3’06” Violência nas escolas 1’05” Prefeito do Rio de Janeiro declara que as escolas continuarão
abertas à comunidade 3’06” Entrevista com ex-aluna da escola 2’44” Entrevista com filósofo sobre o massacre 19” Chamada para próximas notícias:
- ataques em escolas americanas - Novo terremoto no Japão
1’37” Massacres em escolas dos Estados Unidos 4’36” Ataques em escolas de todo o mundo 26” Alta do IOF e preço do dólar 41” Novo terremoto no Japão 1’08” Chamada para próximo programa 24” Fim do programa
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Apêndice H Tabela 08 – Edição do Jornal da Globo do dia 07 de abril de 2011.
Tempo Tema Escalada 32” Massacre em Realengo – choque da sociedade 22” Registro das câmeras de segurança da escola 13” Dor dos familiares 6” Como funcionava a cabeça do assassino 12” Trauma que marcará as crianças 7” Medida do Governo para conter queda do dólar 5” Gols na Libertadores Notícias 5’56” Como aconteceu o crime 4’43” Homenagem às vítimas 3’00” Dificuldade em reconhecer os corpos 17” Chamada para próximas notícias:
- Trabalho de investigação da polícia 2’25” Trabalho de investigação da polícia 2’33” Entrevista com Delegado sobre investigação do crime 2’22” Trauma deixado pelo massacre 12” Chamada para próximas notícias:
- Medida do Governo para conter queda do dólar - Como funcionava a cabeça do assassino
3’58” Vida do assassino 3’36” Entrevista com psiquiatra sobre o massacre 9” Chamada para próximas notícias:
- Massacre em Realengo - Medida do Governo para conter queda do dólar
1’10” Medida para conter inflação/queda do dólar – IOF 21” Gols na Copa Libertadores 1’02” Homenagem a Roberto Marinho 45” Presidenta homenageia vítimas do massacre 10” Chamada para próximas notícias:
- Massacre em Realengo 44” Enterros e homenagens para as vítimas do massacre 2’10” Fim do programa com imagens sobre o massacre
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Apêndice I Tabela 09 – Edição do Jornal das Dez do dia 08 de abril de 2011.
Tempo Tema Escalada 17” Massacre em Realengo 28” Uso de armas de fogo no Brasil 9” Planejamento de segurança nas escolas 7” Reportagem mobilidade urbana 7” Protestos na Síria Notícias 3’02” Homenagem às crianças vítimas do massacre 18” Papa envia nota sobre o massacre 2’47” Necessidade do desarmamento da população 36” Banda U2 visita Presidenta Dilma e reza pelas vítimas do
massacre 2’35” Visita de psicólogos a familiares e vítimas do massacre 3’12” Escolas debatem como lidar com os efeitos do massacre 29” Chamada para próximas notícias:
- Massacre em Realengo - Viagem da Presidenta Dilma para China - Reportagem mobilidade
2’58” Viagem de Dilma para a China 9’07” Comentário Cristiana Lôbo sobre novos desafios de Dilma na
relação com outros países 2’19” Medida para conter inflação 2’06” Orçamento dos Estados Unidos 4’24” Reportagem especial sobre mobilidade urbana 3’11” Peritos recolhem provas para desvendar o crime 3’58” Professores contam passo a passo do crime 1’08” Ataque em escola brasileira em 2003 20” Chamada para próximas notícias:
- Tiroteio dentro de submarino - Violência no mundo árabe - Engavetamento causado por tempestade de areia
55” Crise na Costa do Marfim 43” Manifestações na Síria 45” Protestos na Líbia 39” Engavetamento provocado por tempestade de areia 38” Tiroteio dentro de submarino britânico 39” Solto homem que atropelou ciclistas em Porto Alegre durante
manifesto 31” Chamada para próximo programa 1’18” Fim do programa com poemas de Tasso da Silveira – nome da
escola onde aconteceu o massacre
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Apêndice J Tabela 10 – Edição do Jornal da Globo do dia 08 de abril de 2011.
Tempo Tema Escalada 34” Dilma embarca para a China 39” Massacre em Realengo 8” Fórmula 1 9” Coluna de Nelson Motta sobre Carlos Imperial Notícias 1’38” Investigação sobre as armas utilizadas no massacre 2’49” Ida do assassino à escola 5’03” Parentes prestam homenagem às vítimas 9” Chamada para próximas notícias:
- Coluna de Nelson Motta - Como os pais devem contar sobre a tragédia para os filhos
2’30” Como os pais devem contar sobre a tragédia para os filhos 1’27” Comentário Arnaldo Jabor sobre o massacre 1’49” Orçamento dos Estados Unidos 11” Chamada para próximas notícias:
- Coluna de Nelson Motta - Ida da Presidenta Dilma para a China
16” Queda do dólar 1’11” Dilma embarca para a China 4’16” Investimentos chineses 16” Chamada para próximas notícias:
- Coluna de Nelson Motta - F1 - Show U2
14” Final da Superliga de vôlei 1’02” F1 1’27” Show da banda U2 10” Chamada para próximas notícias:
- Coluna de Nelson Motta 4’54” Coluna de Nelson Motta sobre Carlos Imperial 26” Fim do programa
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Apêndice L Tabela 11 – Pautas similares do Jornal das Dez do dia 04 de abril de 2011. Composição Classificação Ordem
no programa
Recuperação dos destroços do avião da Air France – 3’16”
Cabeça (28”); off (59”); boletim – Joana Calmon/Paris (32”); off (1’17”).
Reportagem 1ª notícia - 1º bloco
Morte de Jackson Lago – 1’35” Cabeça (17”); off (52”); nota de pé (25”).
Nota coberta 2ª notícia - 1º bloco
Morte de Jackson Lago – 1’47” Cabeça (22”); comentário – Cristiana Lôbo (1’25”).
Comentário 3ª notícia - 1º bloco
Classificação de risco do Brasil – dívida externa – 1’14”
Cabeça – André T. (17”); Cabeça – Cristina S. (20”); sonora – Guido Mantega (37”).
Entrevista 7ª notícia - 1º bloco
Pai pede para ser preso para ficar junto com o filho – 58”
Cabeça (22”) – Carla L.; sonora (9”); off (16”); nota de pé (11”).
Notícia 13ª notícia - 2º bloco
Mulher presencia execução em cemitério – 2’21”
Cabeça – CL (15”); off (9”); sonora (3”); sonora (14”); off (3”); sonora (9”); off (5”); sonora (17”); off (3”); sonora (8”); boletim – Fábio Turci/SP (18”); sonora – Ten. Cel. Roberto Fernandes (13”); off (15”).
Notícia 14ª notícia - 2º bloco
Lançamento campanha Obama – 4’42”
Cabeça – AT (23”); Cabeça – Sandra C. (8”); off (48”); sonora (10”); sonora (7”); off (12”); boletim – SC/NY c/ insert (26”); nota de pé em forma de comentário: nota de pé AT (15”); nota de pé SC (1’02”); nota de pé AT (5”); nota de pé SC (1’06”).
Notícia seguida de comentário em forma de nota de pé
20ª notícia - 3º bloco
Julgamento de um dos mentores dos ataques terroristas EUA – 1’14”
Cabeça AT (16”); Cabeça SC (22”); off (36”).
Nota coberta 21ª notícia - 3º bloco
Protestos na Líbia e Iêmen – 1’34”
Cabeça (12”); off (1’04”); off (18”). Nota coberta 22ª notícia - 3º bloco
Novo Presidente da Vale – 34” Cabeça (34”). Nota pelada 24ª notícia - 3º bloco
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Apêndice M Tabela 12 – Pautas similares do Jornal da Globo do dia 04 de abril de 2011. Composição Classificação Ordem no
programa Mulher presencia execução em cemitério – 2’37”
Cabeça William Waack (8”); cabeça Christiane Pelajo (8”); sonora (11”); off (24”); boletim – Renata Ribeiro/Ferraz de Vasconcelos (18”); sonora (12”); off (7”); sonora (2”); off (3”); sonora (5”); off (4”); sonora (26”); off (18”); sonora – Ten. Cel. Roberto Fernandes (11”).
Notícia 1ª notícia - 1º bloco
Pai pede para ser preso para ficar junto com o filho – 1’21”
Cabeça WW (6”); off (5”); sonora (18”); off (10”); Sonora – Ten. Maurício Lanhoso (7” – c/ insert); off (7”); boletim – André Godinho/Botucatu (10”); sonora – Delegado Marcos Mores (13”).
Notícia 2ª notícia - 1º bloco
Recuperação dos destroços do avião da Air France – 3’38”
Cabeça CP (9”); off (1’02”); boletim – Marcos Uchoa/Paris (20”); nota de pé WW (2’07”).
Notícia 3ª notícia - 1º bloco
Novo Presidente da Vale – 57” Cabeça WW (9”); boletim – André Curvello/Rio de Janeiro (48” – c/ insert).
Stand up 5ª notícia - 1º bloco
Classificação de risco do Brasil – dívida externa – 1’58”
Cabeça WW (10”); off (13”); sonora – Rafael Guedes – Diretor executivo da Fitch Brasil (12”); boletim – Carla Modena/São Paulo (16”); off (14”); sonora Rafael (15”); off (7”); sonora – José Francisco Gonçalves – economista-chefe do banco Fator (13”); sonora Guido Mantega – Ministro da Fazenda (18”).
Notícia 9ª notícia - 3º bloco
Lançamento campanha Obama – 1’12”
Cabeça WW (10”); cabeça Giuliana Morrone/Nova York (10”); off (28”); cabeça GM (9”); off (12”); nota de pé GM (3”).
Nota coberta 11ª notícia - 3º bloco
Julgamento de um dos mentores dos ataques terroristas EUA – 41”
Cabeça CP (4”); Cabeça GM (5”); sonora (5”); off (21”); nota de pé GM (5”); nota de pé WW (2”).
Notícia 12ª notícia - 3º bloco
Protestos na Líbia e Iêmen – 43”
Cabeça WW (8”); off (35”). Nota coberta 13ª notícia – 3º bloco
Morte de Jackson Lago – 26” Cabeça WW (5”); off (21”). Nota coberta 15ª notícia - 4º bloco
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Apêndice N Tabela 13 – Pautas similares do Jornal das Dez do dia 05 de abril de 2011. Composição Classificação Ordem
no programa
Novo Código Florestal – 2’57” Cabeça AT (18”); cabeça CS (18”); off (10”); sonora – Sen. Kátia Abreu (13”); boletim – Fernanda Galvão/Brasília (20”); off (56”); sonora Dep. Marco Maia (15”); off (18”); sonora Ministra Izabella Teixeira (9”).
Notícia 1ª notícia - 1º bloco
Pedido de suspensão da construção da Usina de Belo Monte – 2’18”
Cabeça CS (11”); off (1’44”); nota de pé (23”).
Nota coberta 2ª notícia - 1º bloco
Acidente nuclear no Japão – contaminação dos alimentos – 1’49”
Cabeça AT (17”); off (6”); sonora (8”); off (12”); boletim – Roberto Kovalick/Tóquio (19”); off (47”).
Notícia 12ª notícia – 2º bloco
Pedido de prisão dos policiais que executaram homem em cemitério – 2’11”
Cabeça AT (30”); cabeça CL (12”); off (8”); sonora – Maria de Fátima de Aquino – mãe do jovem assassinado ( 3”); off (4”); sonora – Osvaldo Curi – Adm. do cemitério (13”); boletim – Jean Raupp/Ferraz de Vasconcelos (14”); off (8”); sonora (14”); off (13”); sonora (12”).
Notícia 15ª notícia – 2º bloco
Crimes envolvendo policiais (relacionado à execução no cemitério) – 2’19”
Cabeça CL (19”); off (16”); sonora – Ten. Cel. Roberto Fernandes (19”); off (11”); sonora – Rildo Marques de Oliveira – coordenador MNDH (24”); boletim – Laura Cassano/São Paulo (19”); off (12”); sonora – Nancy Cardia – coordenadora NEV/USP (19”).
Notícia 16ª notícia – 2º bloco
Conflitos na Líbia – 2’11” Cabeça AT (19”); off (46”); sonora (9”); off (57”).
Notícia 19ª notícia – 3º bloco
Gols na Liga dos campeões – 1’42”
Cabeça AT (16”); off (1’26”). Nota Coberta 22ª notícia – 3º bloco
41
Apêndice O Tabela 14 – Pautas similares do Jornal da Globo do dia 05 de abril de 2011. Composição Classificação Ordem
no programa
Pedido de prisão dos policiais que executaram homem em cemitério – 1’56”
Cabeça CP (10”); off (7”); sonora (10”); off (9”); sonora (17”); off (11”); boletim – Fabio Turci/ São Paulo (33”); sonora (11”); off (3”); sonora (5”).
Notícia 2ª notícia - 1º bloco
Novo código Florestal – 1’55” Cabeça CP (8”); off (32”); sonora – Dep. Márcio Macedo (13”); off (30”); boletim – Vladimir Netto/Brasília (22”); sonora – Min. Izabella Teixeira (10”).
Notícia 7ª notícia – 2º bloco
Pedido de suspensão da construção da Usina de Belo Monte – 3’04”
Cabeça WW (22”); comentário Heraldo Pereira (44”). Quadro “Pinga-fogo” – entrevista com Sen. Jorge Viana e Sen. Flexa Ribeiro (1’14”). Cabeça CP (8”); comentário HP (33”); nota de pé CP (3”).
Comentário intercalado por quadro composto por boletim c/ entrevista
8ª notícia – 2º bloco
Acidente nuclear no Japão – 2’30”
Cabeça WW (24”); uso de telão (2’06”).
Comentário em forma de nota coberta
11ª notícia – 3º bloco
Conflitos na Líbia e Iêmen – 43” Cabeça CP (4”); off (39”). Nota coberta 12ª notícia – 3º bloco
Gols na Liga dos Campeões – 1’21”
Cabeça WW (7”); off (1’12”); nota de pé CP (2”).
Nota Coberta 16ª notícia – 4º bloco
42
Apêndice P Tabela 15 – Pautas similares do Jornal das Dez do dia 06 de abril de 2011. Composição Classificação Ordem
no programa
Discurso Aécio Neves contra governo PT – 2’33”
Cabeça CS (28”); off (17”); sonora – Senador Aécio Neves (17”); off (18”); sonora Aécio N. (30”); off (6”); sonora – Senador Humberto Costa (21”); off (16”).
Notícia 4ª notícia - 1º bloco
Discurso Aécio Neves contra governo PT – 3’22”
Cabeça CS (31”); comentário Cristiana Lôbo (1’03”); cabeça CL (20”); comentário Cristiana Lôbo (1’27”).
Comentário 5ª notícia - 1º bloco
Medida para conter queda do dólar – 2’47”
Cabeça AT (26”); cabeça CL (23”); off (22”); sonora Guido Mantega (16”); boletim – Marcelo Ferri/São Paulo (15”); sonora – sem nome (11”); sonora – Mario Battistel – gerente de câmbio (14”); off (20”); sonora – Horácio Lafer Piva – empresário (20”).
Notícia 10ª notícia - 2º bloco
Preço da gasolina – 1’07” Cabeça CL (32”); sonora José Sérgio Gabrielli – Presidente da Petrobras (18”); off (10”); sonora Guido Mantega (7”).
Notícia 11ª notícia - 2º bloco
Impasse no orçamento dos Estados Unidos – 5’03”
Cabeça AT (23”); cabeça SC (32”); sonora (11”); off (6”); sonora (9”); off (1’05”); nota de pé em forma de comentário: nota de pé AT (9”); nota de pé SC (1’03”); nota de pé AT (5”); nota de pé SC (1’20”).
Notícia seguida de comentário em forma de nota de pé
12ª notícia - 3º bloco
Portugal pede ajuda à União Europeia – 40”
Cabeça AT (7”); sonora (12”); off (21”).
Notícia 13ª notícia - 3º bloco
Crise na Costa do Marfim – 1’54”
Cabeça (14”); off AT (36”); sonora (9”); off (24”); boletim Marcos Uchoa/Paris (25”); off (16”).
Notícia 14ª notícia - 3º bloco
Gols na Liga dos campeões – 1’20”
Cabeça AT (13”); off (1’07”). Nota coberta 17ª notícia - 3º bloco
43
Apêndice Q Tabela 16 – Pautas similares do Jornal da Globo do dia 06 de abril de 2011. Composição Classificação Ordem
no programa
Medida para conter queda do dólar – 2’25”
Cabeça WW (10”); cabeça CP (13”); off (3”); boletim – Fábio Turci/São Paulo (16”); off (19”); sonora – Guido Mantega (14”); off (30”); sonora – Miguel Daoud – economista (27”); off (5”); sonora – Mário Battistel – gerente de câmbio (8”).
Notícia 1ª notícia – 1º bloco
Portugal pede ajuda à União Europeia – 1’09”
Cabeça WW (9”); off (6”); sonora - 1º Ministro de Portugal (16”); off (38”).
Notícia 2ª notícia – 1º bloco
Preço da gasolina – 24” Cabeça WW (24”). Nota pelada 5ª notícia – 1º bloco
Discurso Aécio Neves contra governo PT – 4’24”
Cabeça WW (18”); comentário Heraldo Pereira (41”); sonora – Aécio Neves (1’11”); cabeça CP (6”); Comentário HP (33”). Quadro Pinga-Fogo – boletim Heraldo Pereira/Brasília c/ entrevista – Senadores José Agripino e Humberto Costa (1’15”). Comentário HP (16”); nota de pé WW (4”).
Comentário seguido de entrevista Quadro composto por boletim c/ entrevista seguido por comentário
6ª notícia – 2º bloco
Impasse no orçamento dos Estados Unidos – 2’08”
Cabeça WW (10”); off (12”); Sonora (10”); off (30”); boletim – Elaine Bast/Nova York (23”); off (43”).
Notícia 9ª notícia – 3º bloco
Crise na Costa do Marfim – 57” Cabeça CP (9”); off (34”); nota de pé CP (14”)
Nota coberta 10ª notícia – 3º bloco
Gols na liga dos campeões – 53” Cabeça WW (8”); cabeça Caio Ribeiro (3”); cabeça CP (2”); off CR (17”); nota de pé CR (16”); nota de pé CP (2”); nota de pé CR (1”); nota de pé WW (2”); nota de pé CR (2”).
Nota coberta 13ª notícia – 4º bloco
44
Apêndice R Tabela 17 – Pautas similares do Jornal das Dez do dia 07 de abril de 2011. Composição Classificação Ordem
no programa
Massacre em Realengo – Sociedade fica abalada diante do crime – 6’51”
Cabeça AT (1’07”); boletim Leilane Neubarth ao vivo c/ insert (1’28”); off (45”); sonora – Jade Ramos (31”); sonora (12”); off (11”); sonora – Jade Ramos (28”); boletim – Rafael Coimbra/Rio de Janeiro (11”); off (25”); sonora – Sargento Márcio Alves (1’14”); off (19”).
Ancoragem via Stand up seguido de reportagem
1ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – imagens da câmera da escola – 38”
Cabeça (10”); off (28”). Nota coberta 2ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – quem era o assassino – 2’19”
Cabeça AT (8”); off (8”); sonora (6”); off (20”); Sonora – Fabio Santos – ex-colega de trabalho do assassino (9”); boletim – Rodrigo Carvalho/Rio de Janeiro (24”); off (16”); sonora (7”); off (41”).
Notícia 3ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – perfil do assassino – 5’26”
Cabeça AT (13”); cabeça Leilane Neubarth (24”); sonora Nelson Goldenstein – psiquiatra (16”); cabeça LN (5”); NG (15”); cabeça LN (21”); NG (15”); cabeça LN (4”); cabeça AT (33”); NG (40”); cabeça AT (31”); NG (22”); cabeça LN (26”); NG (23”); cabeça LN (7”); NG (17”); cabeça LN (3”); NG (3”); nota de pé LN (2”); nota de pé AT (6”).
Entrevista 4ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – falta de notícias sobre as vítimas – 3’27”
Cabeça AT (10”); off (4”); sonora (5”); off (5”); Sonora (7”); Sonora (9”); off (3”); Sonora – Rony de Macedo – bombeiro (13”); off (6”); sonora – Luís Alberto Barros – aposentado (31”); off (3”); sonora (10”); off (12”); sonora – Sérgio Côrtes – Sec. Saúde do RJ (12”); off (14”); boletim – Heloísa Gomyde/Rio de Janeiro (18”); off (13”); sonora – Luan Barros de Oliveira (7”); off (3”); sonora (12”); nota de pé AT (10”).
Reportagem 5ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – Uso de armas de fogo no Brasil – 4’51”
Cabeça AT (37”); sonora – Ignácio Cano – sociólogo (45”); cabeça AT (4”); Cabeça CL (19”); IC (56”); cabeça AT (4”); cabeça CS (46”); IC (32”); cabeça AT (9”); IC (29”); nota de pé AT (10”).
Entrevista 6ª notícia – 1º bloco
45
Composição Classificação Ordem no programa
Massacre em Realengo – como é o bairro onde aconteceu o crime – 2’28”
Cabeça AT (13”); Cabeça LN (18”); sonora Hercilei Antunes – morador do bairro (11”); cabeça LN (8”); HA (14”); cabeça LN (6”); HA c/ insert (12”); cabeça LN (14”); HA (1”); cabeça LN (4”); HA (13”); cabeça LN (2”); HA (10”); cabeça LN (2”); HA (5”); nota de pé LN (14”); nota de pé AT (1”).
Entrevista 7ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – Presidenta Dilma lamenta morte das crianças – 2’32”
Cabeça AT (20”); cabeça CS (28”); sonora Pres. Dilma (1’39”); nota de pé CS (5”).
Entrevista 8ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – Ministros lamentam o massacre – 2’20”
Cabeça CS (20”); off (5”); sonora – Senador José Sarney (24”); off (8”); sonora – Deputado Marco Maia (25”); boletim – Fernanda Galvão/Brasília (16”); sonora – Dep. Chico Alencar (13”); off (6”); sonora – Ministro Fernando Haddad (23”).
Notícia 9ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – violência nas escolas – 3’06”
Cabeça AT (13”); cabeça CL (18”); off (5”); sonora – Patrícia Marques – analista de crédito (13”); sonora – Eliane Silveira Facure – aeroviária (8”); off (6”); boletim – Denise Barbosa/São Paulo (11”); sonora – Roberto Gonçalves Ferreira – comerciante (18”); off (26”); sonora – Renato Alves – pesquisador NEV/USP (12”); off (9”); sonora – Guido Palomba – psiquiatra (39”); off (8”).
Reportagem 10ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – escolas continuarão abertas à comunidade – 1’06”
Cabeça AT (12”); sonora – Eduardo Paes – Prefeito do Rio de Janeiro (54”).
Entrevista 11ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – Ex-aluna conta sobre perfil da escola – 3’06”
Cabeça AT (41”); sonora – Aline Castellar – ex-aluna da escola do massacre (1”); cabeça AT (9”); AC (49”); cabeça AT (18”); AC (9”); cabeça AT (2”); AC (40”); cabeça AT (3”); AC (5”); nota de pé AT (9”).
Entrevista 12ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – tipo de crime em que se enquadra o massacre – 2’44”
Cabeça AT (47”); sonora – Mario Sérgio Cortella – filósofo (48”); cabeça CL (15”); MSC (46”); nota de pé CL (8”).
Entrevista 13ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – ataques em escolas de todo o mundo – 6’13”
Cabeça AT (21”); off (46”); sonora (10”); boletim – Elaine Bast/Nova York (20”). Cabeça AT (13”); Cabeça Sandra Coutinho (1’17”); cabeça AT (29”); cabeça SC (2’35”); nota de pé AT (2”).
Notícia seguida por comentário em forma de nota de pé
14ª notícia – 3º bloco
46
Composição Classificação Ordem no programa
Alta do IOF e preço do dólar – 26”
Cabeça AT (26”). Nota pelada 15ª notícia – 3º bloco
47
Apêndice S Tabela 18 – Pautas similares do Jornal da Globo do dia 07 de abril de 2011. Composição Classificação Ordem
no programa
Massacre em Realengo – como aconteceu o crime – 5’56”
Cabeça William Waack (26”); Cabeça Christiane Pelajo (1’39”); off (1’17”); boletim – Eduardo Tchao/Rio de Janeiro – c/ insert (9”); off (19”); sonora – Bruna Vitória (7”); off (25”); sonora (8”); off (3”); sonora (7”); off (2”); sonora (5”); off (7”); sonora (9”); off (4”); sonora – Jade Ramos (33”); off (16”).
Nota coberta seguida por reportagem
1ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – Homenagem às vítimas – 4’42”
Cabeça CP c/ insert (29”); boletim ao vivo – Tatiana Nascimento c/ insert (1’09”); off (15”); sonora – Maria do Rosário – Sec. Direitos Humanos (20”); off (7”); sonora (7”); sonora – José Marques Sobrinho – desempregado (13”); off (17”); boletim TN/Rio de Janeiro (17”); sonora (3”); sonora – José Eribaldo Carvalho – Téc. de enfermagem (7”); off (14”); sonora – Sérgio Côrtes – Sec. Saúde do Rio de Janeiro (9”); off (25”); sonora – Valtencir Pereira – pai (4”); off (5”); sonora – Jorge Monteiro – pai (10”); sonora (11”).
Nota coberta seguida por reportagem
2ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – reconhecimento dos corpos – 3’00”
Cabeça CP (15”); off (24”); sonora (10”); off (14”); sonora (7”); off (4”); sonora (4”); off (11”); sonora (6”); off (39”); boletim – Tiago Eltz/Rio de Janeiro (17”); off (19”); sonora (10”).
Reportagem 3ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – investigação da polícia – 2’25”
Cabeça CP (19”); off (25”); sonora (10”); off (55”); boletim – Bette Lucchese/Rio de Janeiro (13”); off (23”).
Notícia 4ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – entrevista com Delegado sobre investigação – 2’33”
Cabeça CP (15”); sonora Delegado Felipe Ettore (18”); cabeça CP (11”); FE (14”); cabeça CP (2”); FE (8”); cabeça CP (2”); FE (8”); cabeça CP (6”); FE (18”); cabeça CP (3”); FE (8”); cabeça CP (3”); FE (6”); cabeça CP (9”); FE (17”); nota de pé CP (3”); nota de pé WW (2”).
Entrevista 5ª notícia – 2º bloco
48
Composição Classificação Ordem no programa
Massacre em Realengo – trauma deixado pelo crime 2’22”
Cabeça WW (6”); off (4”); sonora Jade Ramos (9”); off (4”); sonora (19”); boletim – César Galvão/São Paulo (17”); off (10”); sonora – Dirce Mª Perissinotti – psicóloga (30”); off (3”); sonora – Ruy de Mathis – psicólogo clínico (12”); off (5”); sonora Ruy de Mathis (23”).
Notícia 6ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – vida do assassino – 3’58”
Cabeça WW (12”); off (35”); sonora (12”); off (4”); Sonora (8”); off (3”); Sonora (6”); off (8”); Sonora – Vanessa Nascimento – vizinha (8”); sonora – Fábio dos Santos – vizinho (4”); off (18”); sonora – Marcos Alves – comerciante (13”); boletim – Lília Teles/Rio de Janeiro (16”); off (36”); sonora – Sargento Márcio Alves (17”); off (7”); sonora Márcio (11”); off (9”); sonora (11”).
Reportagem 7ª notícia – 3º bloco
Massacre em Realengo – Possibilidade de transtornos mentais do assassino – 3’36”
Cabeça WW (10”); Guido Palomba – psiquiatra forense (15”); cabeça WW c/ insert (25”); GP (5”); cabeça WW (2”); GP (6”); cabeça WW (3”); GP (25”); cabeça WW (16”); GP (22”); cabeça WW (2”); GP (13”); cabeça WW (2”); GP (8”); cabeça WW c/ insert (17”); GP (42”); nota de pé WW (3”).
Entrevista 8ª notícia – 3º bloco
Aumento do IOF – 1’10” Cabeça WW (8”); off (8”); boletim – Roberto Paiva/São Paulo (11”); sonora – Min. Guido Mantega (11”); off (16”); sonora – Leonardo Sapienza – economista-chefe do banco Votorantin (16”).
Notícia 9ª notícia – 4º bloco
Prêmio concedido a Roberto Marinho e fala da Presidenta Dilma sobre massacre – 1’48”
Cabeça WW (7”); off (14”); sonora – João Roberto Marinho – vice-pres. Orgs. Globo (10”); boletim – Carla Modena/ São Paulo (14”); off (12”); sonora – Mauro Terepins – vice-pres. Ernest & Young (6”); off (20”); sonora Pres. Dilma (25”).
Notícia 11ª notícia – 4º bloco
Massacre em Realengo – notas sobre os enterros das vítimas – 44”
Cabeça CP (29”); off (10”); nota de pé (5”).
Nota coberta 12ª notícia – 5º bloco
Massacre em Realengo – Fim do programa com clip de imagens – 2’10”
Cabeça WW (10”); off (2’00”). Clipe 13ª notícia – 5º bloco
49
Apêndice T Tabela 19 – Pautas similares do Jornal das Dez do dia 08 de abril de 2011. Composição Classificação Ordem
no programa
Massacre em Realengo – homenagem às vítimas – 3’02”
Cabeça (23”); off (12”); sonora (4”); off (12”); sonora (9”); off (23”); boletim – Anne Lottermann/Rio de Janeiro (12”); off (19”); sonora – Eduardo Nascimento Alves – primo de vítima (6”); off (4”); sonora – Carol Almeida – amiga (7”); off (11”); sonora – Wagner Abraão – primo (5”); off (20”); sonora – Fábio Souza – mecânico (9”); nota de pé AT (6”).
Reportagem 1ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – Papa envia nota sobre massacre – 18”
Cabeça AT (18”). Nota Pelada 2ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – necessidade de desarmar a população – 2’47”
Cabeça AT (26”); cabeça CS (24”); off (23”); sonora – Sen. José Sarney (19”); boletim – Fernanda Galvão/Brasília (11”); off (39”); sonora – Estela Grossi – socióloga (25”).
Notícia 3ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – Banda U2 visita Presidenta Dilma e lamenta o massacre – 36”
Cabeça CS (13”); off (23”). Nota Coberta 4ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – psicólogos atendem familiares e vítimas do massacre – 2’35”
Cabeça AT (21”); sonora Cláudia Costin – Sec. Mun. de Educação/Rio de Janeiro c/ insert (1’37”); sonora – Min. Fernando Haddad (37”).
Entrevista 5ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – como falar sobre o massacre com os alunos – 3’12”
Cabeça AT (23”); cabeça CL (20”); off (9”); sonora – Brás da Silveira – diretor (8”); off (12”); sonora Brás (9”); off (2”); sonora – Keila Ramos – estudante (16”); boletim – Michele Dufour/São Paulo (25”); off (8”); sonora – Vera Malato – coord. Educacional (6”); off (9”); sonora Vera (13”); sonora (11”); off (5”); sonora Brás (16”).
Reportagem 6ª notícia – 1º bloco
Viagem de Dilma para a China – 2’58”
Cabeça AT (21”); cabeça CL (21”); off (12”); sonora – Robson Braga de Andrade – Pres. CNI (15”); off (10”); boletim – Rui Gonçalves/São Paulo (17”); off (5”); sonora – Paulo Godoy – Pres. Assoc. Bras. Infraestrutura (25”); off (28”); sonora – Joseph Tutundjian (24”).
Reportagem 7ª notícia – 2º bloco
50
Composição Classificação Ordem no programa
Viagem de Dilma para a China – 9’07”
Cabeça CL (29”); comentário Cristiana Lôbo (2’27”); cabeça CS (55”); comentário Cristiana (2’18”); cabeça AT (53”); comentário Cristiana (2’01”); nota de pé CL (4”).
Comentário 8ª notícia – 2º bloco
Medida para conter inflação – 2’19”
Cabeça CL (32”); off (33”); boletim – Laura Cassano/São Paulo (15”); sonora – Roberto Padovani – economista (18”); sonora – Min. Guido Mantega (27”); off (14”).
Notícia 9ª notícia – 2º bloco
Orçamento dos Estados Unidos – 2’06”
Cabeça AT (14”); off (10”); sonora (15”); sonora (18”); off (43”); nota de pé AT (26”).
Notícia 10ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – peritos recolhem provas do crime – 3’11”
Cabeça AT (19”); sonora – Luiz Marduk – diretor (42”); off (5”); boletim – Rafael Coimbra/Rio de Janeiro (13”); off (1’18”); sonora – Delegado Felipe Ettore (8”); off (15”); sonora – Denílson Siqueira – perito criminal (11”).
Reportagem 11ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – professores recontam o crime – 3’58”
Cabeça AT (17”); off (12”); sonora – Luciano Pessanha – professor (1’44”); off (9”); sonora – Mônica Pereira Machado – professora (48”); off (17”); sonora Mônica (31”).
Entrevista 12ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – ataque em escola brasileira em 2003 – 1’08”
Cabeça AT (11”); cabeça CL (19”); off (24”); sonora (7”); off (7”).
Notícia 13ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – quem foi Tasso da Silveira – 1’17”
Cabeça AT (38”); off (39”). Clipe 20ª notícia – 3º bloco
51
Apêndice U Tabela 20 – Pautas similares do Jornal da Globo do dia 08 de abril de 2011. Composição Classificação Ordem
no programa
Massacre em Realengo – Investigação das armas utilizadas no crime – 1’38”
Cabeça WW (12”); cabeça CP (8”); boletim ao vivo – Bette Lucchese/Rio de Janeiro c/ insert (1’16”); nota de pé WW (2”).
Stand up 1ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – ida do assassino à escola – 2’49”
Cabeça WW (4”); off (13”); sonora – Luiz Marduk – diretor (16’); off (3”); sonora Luiz (14”); off (50”); boletim – Maria Paula Carvalho/Rio de Janeiro (19”); sonora – Del. Felipe Ettore (9”); off (16”); sonora Del. Felipe (16”); off (9”).
Notícia 2ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – homenagem às vítimas – 2’07”
Cabeça CP (7”); off (9”); sonora – Lucas George (10”); off (4”); sonora (5”); off (9”); sonora (9”); sonora (5”); off (17”); sonora – Vanderlei Garcia – empresário (4”); off (3”); sonora Vanderlei (3”); boletim – Tatiana Nascimento/Rio de Janeiro (23”); off (6”); sonora – Taís dos Santos (13”).
Notícia 3ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – enterro das vítimas – 2’55”
Cabeça WW (5”); off (10”); sonora (7”); off (15”); Sonora (13”); Sonora (7”); off (56”); boletim – Tiago Eltz/Rio de Janeiro (12”); off (34”); sonora (8”); sonora (8”).
Notícia 4ª notícia – 1º bloco
Massacre em Realengo – como os pais devem contar sobre o massacre para os filhos – 2’30”
Cabeça CP (10”); off (10”); sonora (9”); off (9”); sonora (5”); off (4”); sonora (6”); boletim – Larissa Carvalho/Belo Horizonte (23”); off (6”); sonora – Fernanda Sobreira – psicopedagoga (12”); off (7”); sonora (7”); off (5”); sonora Fernanda (14”); off (8”); sonora – Larissa Cristina Costa (15”).
Notícia 5ª notícia – 2º bloco
Massacre em Realengo – Religiosidade do assassino – 1’27”
Comentário Arnaldo Jabor (1’27”). Comentário 6ª notícia – 2º bloco
Orçamento Estados Unidos – 1’49”
Cabeça WW (37”); cabeça Giuliana Morrone/Nova York (1’10”); nota de pé CP (2”).
Comentário em forma de nota pelada
7ª notícia – 2º bloco
Preço do dólar – 16” Cabeça CP (16”). Indicador 8ª notícia – 3º bloco
Viagem da Presidenta Dilma para a China – 1’11”
Cabeça WW (11”); off (32”); boletim – Fábio William/Brasília (28”).
Notícia 9ª notícia – 3º bloco
52
Composição Classificação Ordem no programa
Viagem da Presidenta Dilma para a China – investimentos chineses no Brasil – 4’16”
Cabeça CP (10”); off (21”); boletim – Alan Severiano/Yangshan – China (19”); off (17”); Sonora (5”); off (22”); boletim – Alan/Pequim – China (14”); off (5”); Sonora (6”); off (19”); Sonora (5”); off (7”); Sonora – Luís Curi – Pres. Da Chery no Brasil (7”); boletim Alan – Salto/SP (17”); off (7”); sonora – Kevin Tang – Dir. Câmara Brasil – China – c/ insert (12”); off (15”); sonora Xu Ying Zhen – Dir. do Ministério do Comércio (15”); off (19”); sonora – Gabriela Alves – dona de restaurante em Pequim (7”); off (7”).
Reportagem 10ª notícia – 3º bloco
53
Apêndice V Tabela 21 – Análise comparativa das pautas similares do dia 04 de abril de 2011.
Jornal das Dez Jornal da Globo Recuperação dos destroços do avião da Air France
Reportagem (3’16”) – 1ª notícia/1º bloco – escalada.
Notícia seguida de comentário em forma de nota de pé (3’38”) – 3ª notícia/1º bloco
Morte de Jackson Lago Nota coberta (1’35”) – Comentário Cristiana Lôbo (1’47”) – 2ª e 3ª notícia/1º bloco
Nota coberta (26”) – 15ª notícia/4º bloco
Classificação de risco do Brasil – dívida externa
Entrevista (1’14”) – 7ª notícia/1º bloco
Notícia (1’58”) – 9ª notícia/3º bloco
Pai pede para ser preso para ficar junto com o filho
Notícia (0’58”) – 13ª notícia/2º bloco
Notícia (1’21”) – 2ª notícia/1º bloco
Mulher presencia execução em cemitério
Notícia (2’21”) – 14ª notícia/2º bloco
Notícia (2’37”) – 1ª notícia/1º bloco
Lançamento campanha Obama Notícia seguida de comentário em forma de nota de pé (4’42”) – 20ª notícia/3º bloco
Nota coberta (1’12”) – 11ª notícia/3º bloco
Julgamento de um dos mentores dos ataques terroristas EUA
Nota coberta (1’14”) – 21ª notícia/3º bloco
Notícia (0’41”) – 12ª notícia/3º bloco
Protestos na Líbia e Iêmen Nota coberta (1’34”) – 22ª notícia/3º bloco
Nota coberta (0’43”) – 13ª notícia/3º bloco
Novo Presidente da Vale Nota pelada (0’34”) – 24ª notícia/3º bloco
Stand up (0’57”) – 5ª notícia/1º bloco
54
Apêndice X Tabela 22 – Análise comparativa das pautas similares do dia 05 de abril de 2011.
Jornal das Dez Jornal da Globo Novo Código Florestal Notícia (2’57”) – 1ª
notícia/1º bloco Notícia (1’55”) – 7ª notícia/2º bloco
Pedido de suspensão da construção da usina de Belo Monte
Nota Coberta (2’18”) – 2ª notícia/1º bloco
Comentário intercalado por quadro composto por boletim com entrevista (3’04”) – 8ª notícia/2º bloco
Acidente nuclear no Japão Notícia (1’49”) – 12ª notícia/2º bloco
Comentário em forma de nota coberta (2’30”) – 11ª notícia/3º bloco
Pedido de prisão dos policiais que executaram em cemitério
Notícia (2’11”) – 15ª notícia/2º bloco Notícia (2’19”) – 16ª notícia/2º bloco
Notícia (1’56”) – 2ª notícia/1º bloco
Conflitos na Líbia Notícia (2’11”) – 19ª notícia/3º bloco
Nota Coberta (0’43”) – 12ª notícia/3º bloco
Gols na Liga dos Campeões Nota Coberta (1’42”) – 22ª notícia/3º bloco
Nota Coberta (1’21”) – 16ª notícia/4º bloco
55
Apêndice Z Tabela 23 – Análise comparativa das pautas similares do dia 06 de abril de 2011.
Jornal das Dez Jornal da Globo Discurso Aécio Neves contra governo PT
Notícia (2’33”) – 4ª notícia/1º bloco Comentário (3’22”) – 5ª notícia/1º bloco
Comentário; entrevista, quadro composto por boletim com entrevista; comentário (4’24”) – 6ª notícia/2º bloco
Medida para conter a queda do dólar Notícia (2’47”) – 10ª notícia/2º bloco
Notícia (2’25”) – 1ª notícia/1º bloco
Preço da gasolina Notícia (1’07”) – 11ª notícia/2º bloco
Nota pelada (24”) – 5ª notícia/1º bloco
Impasse no orçamento dos Estados Unidos
Notícia seguida de comentário em forma de nota de pé (5’03”) – 12ª notícia/3º bloco
Notícia (2’08”) – 9ª notícia/3º bloco
Portugal pede ajuda à União Europeia Notícia (0’40”) – 13ª notícia/3º bloco
Notícia (1’09”) – 2ª notícia/1º bloco
Crise na Costa do Marfim Notícia (1’54”) – 14ª notícia/3º bloco
Nota Coberta (0’57”) – 10ª notícia/3º bloco
Gols na Liga dos Campeões Nota Coberta (1’20”) – 17ª notícia/3º bloco
Nota Coberta (0’53”) – 13ª notícia/4º bloco
56
Apêndice AA Tabela 24 – Análise comparativa das pautas similares do dia 07 de abril de 2011.
Jornal das Dez Jornal da Globo Massacre em Realengo Reportagem (6’51”) –
1ª notícia/1º bloco Nota Coberta (0’38”) – 2ª notícia/1º bloco Notícia (2’19”) – 3ª notícia/1º bloco Entrevista (5’26”) – 4ª notícia/1º bloco Reportagem (3’27”) – 5ª notícia/1º bloco Entrevista (4’51”) – 6ª notícia/1º bloco Entrevista (2’28”) – 7ª notícia/2º bloco Entrevista (2’32”) – 8ª notícia/2º bloco Notícia (2’20”) – 9ª notícia/2º bloco Reportagem (3’06”) – 10ª notícia/2º bloco Entrevista (1’06”) – 11ª notícia/2º bloco Entrevista (3’06”) – 12ª notícia/2º bloco Entrevista (2’44”) – 13ª notícia/2º bloco Notícia seguida por comentário em forma de nota de pé (6’13”) – 14ª notícia/3º bloco
Nota coberta seguida por reportagem (5’56”) – 1ª notícia/1º bloco Nota coberta seguida por reportagem (4’42”) – 2ª notícia/1º bloco Reportagem (3’00”) – 3ª notícia/1º bloco Notícia (2’25”) – 4ª notícia/2º bloco Entrevista (2’33”) – 5ª notícia/2º bloco Notícia (2’22”) – 6ª notícia/2º bloco Reportagem (3’58”) – 7ª notícia/3º bloco Entrevista (3’36”) – 8ª notícia/3º bloco Notícia (1’48”) – 11ª notícia/4º bloco Nota Coberta (0’44”) – 12ª notícia/5º bloco Clipe (2’10”) – 13ª notícia/5º bloco
Alta do IOF e preço do dólar Nota pelada (0’26”) – 15ª notícia/3º bloco
Notícia (1’10”) – 9ª notícia/4º bloco
57
Apêndice BB Tabela 25 – Análise comparativa das pautas similares do dia 08 de abril de 2011.
Jornal das Dez Jornal da Globo Massacre em Realengo Reportagem (3’02”) –
1ª notícia/1º bloco Nota pelada (0’18”) – 2ª notícia/1º bloco Notícia (2’47”) – 3ª notícia/1º bloco Nota coberta (0’36”) – 4ª notícia/1º bloco Entrevista (2’35”) – 5ª notícia/1º bloco Reportagem (3’12”) – 6ª notícia/1º bloco Reportagem (3’11”) – 11ª notícia/2º bloco Entrevista (3’58”) – 12ª notícia/2º bloco Notícia (1’08”) – 13ª notícia/2º bloco Clipe (1’17”) – 20ª notícia/3º bloco
Stand up (1’38”) – 1ª notícia/1º bloco Notícia (2’49”) – 2ª notícia/1º bloco Notícia (2’07”) – 3ª notícia/1º bloco Notícia (2’55”) – 4ª notícia/1º bloco Notícia (2’30”) – 5ª notícia/2º bloco Comentário (1’27”) – 6ª notícia/2º bloco
Viagem da Presidenta Dilma para a China
Reportagem (2’58”) – 7ª notícia/2º bloco Comentário (9’07”) – 8ª notícia/2º bloco
Notícia (1’11”) – 9ª notícia/3º bloco Reportagem (4’16”) – 10ª notícia/3º bloco
Medida para conter a inflação e preço do dólar
Notícia (2’19”) – 9ª notícia/2º bloco
Indicador (0’16”) – 8ª notícia/3º bloco
Orçamento dos Estados Unidos Notícia (2’06”) – 10ª notícia/2º bloco
Comentário em forma de nota pelada (1’49”) – 7ª notícia/2º bloco
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Anexo 1 DVD com os vídeos das edições analisadas.
59
Anexo 2 Figura 1 – Tabela comercial Globo News