jornal holandês julho 2012

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Ano 9 - Nº 102 - Julho de 2012 - Publicação Oficial dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais O susto do aborto Definir o diagnóstico é essencial para determinar o destino da matriz e as medidas profiláticas aplicáveis ao rebanho, caso sejam necessárias, para a sua prevenção. Páginas 16 e 17 Artigo Gerenciando a reprodução com foco na taxa de prenhez. Uma boa eficiência reprodutiva é primordial como componente de lucratividade nos sistemas de produção de leite. Página 12 Entrevista O Associado Renato Landini Dias, da Fazenda São José, em São Paulo, fala sobre os 53 anos de história da fazenda e da busca contínua pela produtividade, longevidade e reprodução. “Penso que nós produtores não sabemos nos unir para lutar pelos nossos interesses, teríamos que dar mais representatividade as nossas associações e sindicatos, para termos força política, e aí melhorarmos toda a cadeia produtora”, declara Landini. Páginas 14 e 15 Rank CADERNO Super PÁGINAS 9 a 11 PÁGINAS 18 e 19 Economia PÁGINAS 2 e 3 Eventos Wagner Correa

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Jornal de gado Holandês

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Page 1: Jornal Holandês Julho 2012

Ano 9 - Nº 102 - Julho de 2012 - Publicação Oficial dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais

O susto do aborto

Definir o diagnóstico é essencial para determinar o destino da matriz e as medidas profiláticas aplicáveis ao rebanho, caso sejam

necessárias, para a sua prevenção.

páginas 16 e 17

ArtigoGerenciando a reprodução com foco na taxa de prenhez.

Uma boa eficiência reprodutiva é primordial como componente de lucratividade nos sistemas de produção de leite.

página 12

EntrevistaO Associado Renato Landini Dias, da Fazenda São José, em São Paulo, fala sobre os 53 anos de história da fazenda e da busca contínua pela

produtividade, longevidade e reprodução. “Penso que nós produtores não sabemos nos unir para lutar pelos nossos interesses, teríamos que dar mais representatividade as nossas associações e sindicatos, para termos força

política, e aí melhorarmos toda a cadeia produtora”, declara Landini.páginas 14 e 15

Rank

CADERNO

SuperpÁGinas 9 a 11 pÁGinas 18 e 19

EconomiapÁGinas 2 e 3

Eventos

Wagner Correa

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2 Jornal Holandês| Julho de [email protected]

Jornal Holandês - Publicação Oficial da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas GeraisAv. Sete de Setembro, 623, Costa Carvalho – Juiz de Fora – MG – CEP 36070-000 - Fone: (32) 4009-4300Conheça a nossa publicação digital, acesse www.jornalholandes.com.br

presidente: Leonardo Moreira Costa de SouzaComissão Editorial: Antônio de Pádua Martins, Armando Eduardo de Lima Menge e Cleocy Fam de Mendonça Júnior

Equipe Valor Editoraprojeto Gráfico e Editorial: Equipe de Criação da Valor EditoraEdição e diagramação: Helô Costa - Mtb 00127/MGrevisão Linguística: Professora Mariza MouraColaborou nesta edição: Emerson Pancieri - Mtb 12438/MGContato imprensa: [email protected]

departamento Comercial: Executivo de Contas: Wagner Correa 31 2526- 2527 | 31 9105-7737 [email protected]

impressão: O Tempo Serviços Gráficos

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participe do jornal, envie sugestão de pautas, reclamações, agenda de eventos e deixe seus comentários, esse é o canal direto com o produtor: [email protected]

A Valor Editora é a única empresa responsável pela comercialização de espaços dentro do jornal impresso e site do jornal assim como qualquer outra negociação que diz respeito ao Jornal Holandês conforme acordo firmado com a Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais. Qualquer dúvida entre em contato com a nossa equipe.

O Jornal Holandês não se responsabiliza pelas matérias assinadas e pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, sendo de responsabilidade de seus autores. É vetado a reprodução parcial ou integral de qualquer conteúdo do Jornal Holandês.

eXPeDiente

acricom - associação dos Criadores de Gado Holandês do Centro-Oeste Mineiropresidente - Peter JordanAvenida Amazonas, 6020 - Gameleira. 30510-050 Belo Horizonte - MG - Tel: (31) 3334-8500

nughoman - núcleo dos Criadores de Gado Holandês da Mantiqueirapresidente - Almir Pinto ReisRua João Baptista Scarpa, 666. 37464-000 Itanhandu - MG - Tel: (35) 3361.2404

nughobar - núcleo dos Criadores de Gado Holandês de Barbacenapresidente - Cristovam Edson Lobato Campos Avenida Amílcar Savassi, s/n caixa postal 126. 36200-000 Barbacena - MG - (32) 3332-8673

REPRESENTAÇÕES REGIONAIS:

prEsidEnTELeonardo Moreira Costa de Souza

ViCE-prEsidEnTEsPeter Jordan,

Armando Eduardo de Lima Menge e Ellos José Nolli

dirETOr TEsOurEirOAntônio de Pádua Martins e

Mauro Antônio Costa de Araújo

dirETOr sECrETÁriO GEraLCristovam Edson Lobato Campos

dirETOr sECrETÁriOSancho José Matias e

Gilberto Vilela de Oliveira

COnsELHO FisCaL EFETiVOAniceto Manuel Aires, Marcelo Elias

Rigueira, Raul Pinto, Renato José Laguardia e Rosano Alberto Reis

COnsELHO FisCaL supLEnTEAntôno Augusto de Souza Praça, Lucas

Pimenta Veiga e Lúcia Mara Yamaguti Kono

supErinTEndEnTE TÉCniCOCleocy Fam de Mendonça Júnior

[email protected]

assOCiaÇÃO dOs CriadOrEs dE GadO HOLandÊs dE Minas GErais

FIQUE ATENTOO Jornal Holandês é o nosso veículo de comunicação. Aproveite este espaço para divulgar exposições, feiras e eventos da sua região ligados a raça. Participe! Envie para [email protected]

LEONARDO MOREIRA COSTA DE SOUZAPresidente da Associação dos

Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais

REPRODUÇÃO + SAÚDE = LEITE2

eDitoriaL

Mantendo o foco em produção, nesta edição apresentamos, em forma de artigo e matéria, um binômio essencial quando se pretende produzir muito leite. Refe-rimo-nos à análise dos índices reprodutivos do rebanho e de sua saúde, pois esses aspectos, integrantes do sistema de manejo, somados à dieta balanceada, certa-mente resultarão em uma maior produção de leite.

Não deixem, portanto, de ler com cuidado esta edição do Jornal Holandês.Falando em maior potencial produtivo, foi muito interessante redigir este edito-

rial durante a Megaleite 2012. Lá tivemos a oportunidade de comprovar resultados expressivos alcançados por animais Girolandos, produzidos a partir do cruza-mento de touros Gir com vacas Holandesas de alta genética.

Muito já se discutiu sobre qual seria a melhor equação para colher melhores resultados em cruzamentos com o Holandês, ou seja, utilizando touros ou vacas da raça Holandesa nos cruzamentos com outras raças. O que se começa a constatar, após a análise dos resultados dos animais cruzados premiados nas últimas edi-ções da Megaleite, e também de outras exposições, é que o cruzamento a partir do Holandês de altíssima genética está apresentando resultados mais consistentes, com aparelhos mamários melhores e mais produção de leite. Já pedimos, inclu-sive, ao nosso editorial que elabore uma matéria sobre este tema, que muito inte-ressa aos criadores da raça, para as próximas edições.

Para o Holandês isto representa uma importante mudança de paradigma, de certa forma previsível. Imaginávamos que isto pudesse acontecer e é gratificante constatar esta realidade. Afinal, isto somente é possível em razão do intenso traba-lho de seleção da raça durante várias décadas, sistematização de informações, coleta de dados no campo de forma profissional e com protocolos bem definidos. O banco de dados da raça Holandesa é, indubitavelmente, o mais completo do mundo quando nos referimos a raças produtoras de leite.

A raça Holandesa é a maior especialista na produção de leite, pois também é a mais selecionada para esta finalidade. Portanto, temos um leque de índices que permitem uma segurança muito maior na realização de acasalamentos, melho-rando os resultados de um cruzamento bem realizado.

Desta forma, o mercado que hoje se abriu para os criadores da raça, os quais, por vocação, selecionam genética e buscam sempre o máximo de eficiência e produti-vidade em seus rebanhos, é bastante promissor.

Concluímos que vale ainda mais a pena registrar o gado, realizar o controle leiteiro e classificação linear dos rebanhos, para ser também um rebanho de alta genética e potencial fornecedor de animais para o melhoramento genético de outras raças.

Uma boa leitura e um forte abraço.

agenDa 2012EXPOAGRO - 9 a 15 de julho - Guaxupé - MGAgroleite - 6 a 10 de agosto - Castro - PREXPOSIÇÃO DE JUIZ DE FORA(*) - 6 a 12 de agosto - Juiz de Fora - MGEXPOSIÇÃO DE ITANHANDU - 20 a 28 de agosto - Itanhandu - MGExpointer - 25 de agosto a 2 de setembro - Esteio - RSEXPHOMIG - 9 a 16 de setembro - Barbacena - MGFeileite - 19 a 23 de novembro - São Paulo - SP

Até a data de fechamento desta edição a redação possuía confirmação somente dos eventos citados.(*) Datas a serem confirmadas pela organização da exposição.

avenida sete de setembro, 623 Centro - Juiz de Fora - MG - CEp 36070-000

Tel: (32) 4009-4300

GRUPO DE COMUNICAÇÃO

JORNAL HOLANDÊS AGORA NO TWITTER: twitter.com/jornalholandes

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[email protected]

Jornal Holandês| Julho de 2012 eventos

Castro - PR

O Agroleite será realizado de 7 a 11 de agosto, no Parque de Exposições Dario Macedo, em Castro - PR. Durante 5 dias o evento reunirá os principais criadores das raças Holandesa, Jersey, Simental e Pardo-Suíça, órgãos governamentais e institutos de pesquisa e extensão rural, além de representantes da indústria de laticínios, insu-mos e equipamentos.

Os julgamentos do Holandês acontecerão nos dias 10 e 11 de agosto. Na sexta, às 9h haverá o Julgamento da Raça Holandesa V&B, às 13h a final do Torneio Leiteiro e às 14h o julgamento da Raça Holandesa Jovem e Vaca do Futuro. Já no sábado, às 9h será a vez do julgamento do Clube de Bezerras, às 14h o julgamento da Raça Holandesa Adulta e às 17h o desfile das Campeãs e Julgamento da Campeã Suprema Agroleite 2012.

Paralelamente ao Agroleite serão realizados diversos eventos como Seminário Internacional, simpósios, dias de campo, leilões, torneio leiteiro, Troféu Agroleite, Clube de Bezerras, Trekker Trek e julgamentos.

Mais informações: www.agroleitecastrolanda.com.br

Esteio - RS

A Expointer 2012 acontecerá de 26 de agosto a 2 de setembro, no Parque Assis Brasil, em Esteio - RS. Nos dias 27 e 28 acontecerá o tradicional Concurso Leiteiro com o famoso Banho de Leite. Já a seleção das melhores em pista será realizada nos dias 29 e 30 de agosto. Um momento de grande expectativa para os criadores envolve o anúncio das vencedoras da Exceleite Pista, Produção e Suprema 2011-2012, a entrega da premiação será às 14h, do dia 31 de agosto. O visitante terá inúmeras opções de entretenimento serão mais de 400 eventos e atrações nos nove dias de feira. Diariamente, o visitante encontra à sua disposição a realiza-ção de exposição de 151 raças de animais, Julgamentos e leilões de animais, Desfile dos Campeões, Feira de Agricultura Familiar, Palestras Técnicas e muito mais.

Mais informações: www.expointer.rs.gov.br

Elói Mendes - MG

Preparem-se para o 50º Torneio Leiteiro de Elói Mendes que acontecerá no período de 4 a 8 de setembro. O evento terá as seguintes categorias: Vaca e Novilha Holandesa; Vaca e Novilha 1/2 sangue e Vaca e Novilha cruzada. O torneio leiteiro é uma realização do Sindi-cato dos Produtores Rurais de Elói Mendes.

Mais informações: Roberto Hamilton Fenoci Filho - Betão Fenoci - (35) 9192-3660, Ricardo Alves Pereira (35) 8859-0417, Yran de Carvalho Biagini (35) 8417-6209 e

Jair Wanderley de Freitas (35) 8834-6145

Juiz de Fora - MG

Juiz de Fora terá a primeira edição do Concurso de Qualidade do Leite. O objetivo é fomen-tar a melhoria da qualidade do leite na região. O público-alvo são produtores ligados às associações rurais de Palmital, Penido, Pirapetinga, Pires, Privilégio, Sarandira, Torreões e Valadares. A premiação será realizada no dia 11 de agosto. A expectativa é de atrair cerca de 300 produtores. A iniciativa é da Prefeitura, por meio da Secretaria de Agropecuária e Abaste-cimento, e com o apoio da Emater-MG e do Polo de Excelência de Leite e Derivados.

Muzambinho - MG

O IV Congresso Leite e Queijo Minas Gerais acontecerá nos dias 30, 31 de agosto e 1 de setembro no campus Muzambinho, Estrada de Muzambinho km 35, Bairro Morro Preto. O congresso pretende, entre os vários objetivos, ressaltar o tema “Profissionalização e renda na bovinocultura leiteira”; promover o desenvolvimento técnico na obtenção de leite e fabricação de queijos; divulgação de tecnologias simples, mas efetivas, na melhoria do trinômio: produtividade – rentabilidade – bem-estar animal; entre outros. Simultanea-mente ao evento, ocorrerá a Feira de Leite e Cia.

Mais informações: www.leiteequeijominas.com.br

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4 Jornal Holandês| Julho de [email protected]

Pela décima oitava vez, a raça Holan-desa brilhou em Patos de Minas com a exposição homologada e ranqueada do circuito oficial da Raça de Minas Gerais. Ela aconteceu no período de 26 a 30 de maio, no Parque de Exposição Elmiro Alves do Nascimento “BINGA”, durante a 1ª Fenaleite e 54ª Fenamilho 2012.

O jurado oficial de pista foi Claumi Pio Villela Junior e a exposição contou com a participação de 56 animais. O fato que cha-mou a atenção é que 100% dos animais apresentados eram de criação dos exposi-tores, sendo que os resultados para criado-res e expositores ficaram inalterados.

Também foi destaque, durante o evento, o trabalho realizado junto à Escola de Vete-rinária do Unipam - Patos de Minas, com a participação de estagiários estudantes que puderam aprender e iniciar a traçar seu perfil técnico em formação. A parceria foi

muito elogiada pela Coordenadora do Curso de Veterinária, Dra. Alice Prates, e colocou a escola à disposição para eventos que possam ajudar na formação dos futu-ros profissionais da área. Segundo o jurado de admissão e coordenador colaborador do evento, Ronaldo Borges, “organizar uma exposição por 18 anos consecutivos fica fácil pela colaboração tanto dos criadores como entidades envolvidas, Sindicato dos Produtores Rurais e Associação Mineira da Raça Holandesa”, ressalta.

Desde já fica o convite para 2013. “Conto com todos para estarmos juntos novamente como família Holandesa, para reforçarmos e criarmos novas amizades e realizarmos sempre a troca de experiências que esta notável raça nos proporciona”, convida Ronaldo. A exposição foi realizada em par-ceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Patos de Minas.

Dezoito anos com qualidade100% dos animais apresentados eram de criação dos expositores

a Grande Campeã foi o animal rolusei sallie Cessare, de rogério Luiz seibt

PRINCIPAIS PREMIAÇÕES CaMpEOnaTO aniMaL EXpOsiTOr MuniCÍpiO

CAMPEÃ FÊMEA JOVEM SEKITA CENTRAL 2291 SEKITA AGRONEGÓCIOS LTDA SÃO GOTARDO-MG

CAMPEÃ VACA JOVEM AMORIM RUBRA MR. BURNS JOSÉ AFONSO AMORIM PATROCINIO-MG

GRANDE CAMPEÃ VACA ROLUSEI SALLIE CESSARE ROGÉRIO LUIZ SEIBT PATOS DE MINAS – MG

MELHOr EXpOsiTOr/ MELHOr CriadOr - GEraL

1. ROGÉRIO LUIZ SEIBT

2. JOSÉ AFONSO AMORIM

3. SEKITA AGRONEGÓCIOS LTDA

4. EUDES ANSELMO A. BRAGA

5. ELCIO EDUARDO URBANO

Ronaldo Borges

Agende uma visita de um dos nossos técnicos em sua fazenda

Ser associado é simples e o custo é bem menor do que você imagina.

Além do Registro de Animais, que valoriza o seu rebanho,

a Associação ainda oferece vários serviços e oportunidades.

Não importa se seu rebanho é pequeno, médio ou grande. Aqui todo mundo sai ganhando com a união.

Não perca mais tempo, experimente, ligue para nós e tire suas dúvidas.

Você vai descobrir que a ACGHMG existe para apoiar você.

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aConteCeU

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6 Jornal Holandês| Julho de [email protected]

notas

5 anos com 1,4 milhão de doses de sêmen vendidas

O touro Kian (Holandês Vermelho e Branco) com 1,4 milhão de doses completou 15 anos em 11 de junho. Muitas de suas filhas podem ser encontradas em diversos países, como Holanda, Bélgica, Alemanha, África do Sul, EUA, República Tcheca, Nova Zelândia e também no Brasil, onde foi amplamente utilizado.

Suas qualidades únicas o levam a ser escolhido regularmente para cobrir tanto as vacas Holandesas Vermelhas e Brancas quanto as Pretas e Brancas. Ostentando uma condição de saúde invejável, ainda é utilizado para reprodução na Holanda ao menos uma vez por semana.

A performance recordista de Kian deve-se, em grande parte, ao fato de que desde a sua estréia como touro reprodutor, em 2002, sempre se manteve como um dos cinco mais utili-zados, chegando a liderar esse ranking por quatro anos consecutivos. Ao escolhê-lo, os criadores levaram em consideração índices que são suas marcas registradas, como traços de proteína (+0.27%), pernas e pés (110) e saúde do casco (108).

Ao longo de sua extensa carreira, Kian acumulou êxitos também na linhagem de machos. Seus filhos, como Fidelity, Curtis e Kylian, são elogiados pelas pernas fortes e tra-ços de casco herdados. Além disso, netos como Delta Maicon já atraem atenção expressiva e deverão dar continuidade ao legado do avô no futuro. Kian faz parte da bateria de repro-dutores da CRV Lagoa, com sêmen convencional e sexado.

ABS realiza diversas visitas técnicas pelos EUA

Junho foi um mês movimentado para a ABS Pecplan e ABS Global. O Departamento Técnico Leite da ABS Pecplan fez o 3º Tour Técnico de Manejo em Gado Leiteiro e a ABS Global realizou o Tour em Grandes Fazendas na cidade de Idaho, hoje o terceiro maior Estado produtor de leite dos EUA.

Os eventos reuniram produtores e técnicos em uma viagem por fazendas dos Estados Unidos para conhecerem e vivenciarem as mais modernas técnicas que proporcionam as melhores condições de manejo em situações extremas de temperatura e umidade e a qua-lidade de várias progênies de touros da ABS.

O grupo do 3º Tour Técnico de Manejo em Gado Leiteiro contou com clientes de várias regiões do país e com sistemas muito variados de produção: de pastoreio a free-stall. Minas Gerais teve a participação dos criadores Marcílio Pereira, Ricardo Godinho e Paulo Soares; já entre os técnicos, o Estado foi representado por Humberto Dias.

“A maior lição pra mim é que os produtores norte-americanos fazem bem feito o que eles se propõem a fazer, sem complicar as coisas que dão certo de forma simples. A experiência é, sem dúvida, muito positiva”, destaca Ricardo Godinho, que foi às três edições do Tour ABS.

O Tour Grandes Fazendas contou com a participação de aproximadamente 100 pes-soas, com uma organização impecável da equipe ABS Global.

Segundo o Gerente de Produto Leite da ABS Pecplan, Klaus Hanser de Freitas, “foi muito impressionante o Tour de Grandes Fazendas organizado pela Genus ABS, começamos com fazendas menores de 900 vacas e finalizamos com as realmente grandes de 15.000 vacas em lactação. Visitamos fazendas de recria com mais de 45.000 novilhas e verificamos vários sistemas de manejo e instalações. Vistoriamos também progênie de touros ABS que exemplificou muito bem o que a ABS tem feito pelos seus clientes nos USA não somente com GMS, mas também com RMS e serviço técnico”, conclui.

“Logo de início vimos 100 filhas de Shottle. De 1ª e 2ª cria uma ao lado da outra. Não é sempre que temos esse privilégio. Pudemos verificar o porquê Shottle tornou-se um ícone na raça. Simplesmente um momento único para ver o que um touro que já produziu e comercializou mais de um milhão de doses de sêmen é capaz de fazer em termos de gené-tica. Touro que hoje, sem a menor dúvida, é um dos maiores pais de touros do mercado, tanto seus filhos como suas filhas continuam encabeçando vários sumários entre os TOPS TPI e/ou TIPO”, destaca o Técnico do Departamento Leite, Marcelo Mamedes dos Santos.

Arquivo CRV Lagoa

Foto

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ABS

O touro Kian, Holandês Vermelho e Branco possui filhas em vários locais no mundo

3º Tour Técnico de Manejo em Gado Leiteiro Tour Grandes Fazendas

Select Sires do Brasil lança novos catálogos

A Select Sires do Brasil lança os novos Catálogos de Touros de raças leiteiras. Nele, o produtor encontrará todas as características para alavan-car o melhoramento genético em sua propriedade.

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MÉDIA DE REBANHOS REFERENTES AO PERÍODO MaiO dE 2011 a aBriL dE 2012 - 2 ORDENHAS

MÉDIA DE REBANHOS REFERENTES AO PERÍODO MaiO dE 2011 a aBriL dE 2012 - 3 ORDENHAS

Com a alteração das tabelas para divulgação de médias em 2 e 3 ordenhas, o rebanho que tiver encerramentos em 2 e 3 ordenhas no período referido poderá aparecer nas duas tabelas caso alcance médias entre as cinco melhores de cada categoria

Rebanhos com 10 a 25 Vacas Encerradas(34 Rebanhos Concorrentes)

1 DIRCEU DE MANCILHA ITANHANDU - MG 18 12.715 2X MENSAL

2 COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA RESSAQUINHA - MG 21 11.627 2X MENSAL

3 OTHON MARTINS DE SOUZA SUMIDOURO - RJ 13 11.433 2X MENSAL

4 ALMIR PINTO REIS ITANHANDU - MG 15 10.399 2X MENSAL

5 DOUGLAS DE OLIVEIRA PEREIRA ALPINOPOLIS - MG 25 10.045 2X MENSAL

Rebanhos com 26 a 50 Vacas Encerradas(17 Rebanhos Concorrentes)

1 ANICETO MANUEL AIRES ANTONIO CARLOS - MG 36 11.369 2X MENSAL

2 ADAHILTON DE CAMPOS BELLO BARBACENA - MG 32 10.509 2X MENSAL

3 ALTAIR DA SILVA REIS ITANHANDU - MG 49 10.103 2X MENSAL

4 MARCOS PAIVA FROTA E/OU PATRICIA N.P.FROTA CARMO DA CACHOEIRA - MG 43 9.649 2X BIMESTRAL

5 MARCOS NEVES PEREIRA IJACI - MG 29 9.495 2X MENSAL

Rebanhos com 51 a 75 Vacas Encerradas(04 Rebanhos Concorrentes)

1 RAUL PINTO ITANHANDU - MG 65 9.385 2X MENSAL

2 CESAR GARCIA BRITO E/OU SIOMARA S.G.BRITO TRES PONTAS - MG 66 9.363 2X BIMESTRAL

3 GILBERTO VILELA OLIVEIRA CARMO DO RIO CLARO - MG 52 8.667 2X BIMESTRAL

4 AMAURI ANDRADE PEREIRA TRES CORACOES - MG 52 8.441 2X BIMESTRAL

Rebanhos com 75 a 100 Vacas Encerradas(02 Rebanhos Concorrentes)

1 DORA NORREMOSE VIEIRA MARQUES CRUZILIA - MG 93 8.972 2X MENSAL

2 AGRO PECUARIA JM LTDA CAMPOS GERAIS - MG 76 8.968 2X MENSAL

Acima de 100 Vacas Encerradas(01 Rebanhos Concorrentes)

1 VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS TRES CORACOES - MG 171 9.810 2X MENSAL

Rebanhos com 10 a 25 Vacas Encerradas(07 Rebanhos Concorrentes)1 MAURO ANTONIO COSTA DE ARAUJO SETE LAGOAS - MG 23 12.506 3X MENSAL2 LUCAS E.P.COIMBRA E/OU JOSE ANTONIO O.SILVA PIUMHI - MG 23 11.386 3X MENSAL3 JOSE ENIO CARNEIRO MENDES ITANHANDU - MG 10 10.842 3X MENSAL4 ROBERTO HAMILTON FENOCI VARGINHA - MG 12 9.142 3X MENSAL5 LUIZ CARLOS G FACCO E/OU CRISTINA G F FACCO SERRANOS - MG 21 8.709 3X MENSAL

Rebanhos com 26 a 50 Vacas Encerradas(05 Rebanhos Concorrentes)1 ANTONIO AUGUSTO SOUZA PRACA ITUMIRIM - MG 39 12.135 3X MENSAL2 MARCIO MACIEL LEITE CRUZILIA - MG 28 10.082 3X MENSAL3 MARCUS VINICIUS BORGES DE CARVALHO JUIZ DE FORA - MG 50 9.622 3X MENSAL4 PAULO RICARDO MAXIMIANO E/OU OUTROS CAPETINGA - MG 35 9.332 3X MENSAL5 JOSE RENATO DA SILVA GUARANI - MG 26 8.541 3X MENSAL

Rebanhos com 51 a 75 Vacas Encerradas(12 Rebanhos Concorrentes)1 ELLOS JOSE NOLLI CAETE - MG 64 13.451 3X MENSAL2 EVARISTO FRANCISCO MARQUES/LEANDRO S.MARQUES GUAXUPE - MG 73 12.645 3X MENSAL3 LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA MONTE ALEGRE DE MINAS - MG 53 12.466 3X BIMESTRAL4 MANUEL JACINTO GONCALVES ITANHANDU - MG 73 12.344 3X MENSAL5 COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA RESSAQUINHA - MG 55 11.250 3X MENSAL

Rebanhos com 75 a 100 Vacas Encerradas(03 Rebanhos Concorrentes)1 CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA ENTRE RIOS DE MINAS - MG 77 11.048 3X MENSAL2 CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO ALFREDO VASCONCELOS - MG 84 10.133 3X MENSAL3 ARGEMIRO MAGALHAES NETTO SAO GONCALO DO SAPUCAI - MG 83 9.240 3X MENSAL

Acima de 100 Vacas Encerradas(06 Rebanhos Concorrentes)1 ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE POUSO ALEGRE - MG 192 13.268 3X MENSAL2 ANTONIO DE PADUA MARTINS SAO JOAO BATISTA GLORIA - MG 144 10.649 3X MENSAL3 JOAO BRAZ OLIVEIRA E/OU MARCIO F.P.OLIVEIRA SAO GONCALO DO SAPUCAI - MG 128 10.626 3X MENSAL4 WLADIMIR ANTONIO PUGGINA ALFENAS - MG 186 10.104 3X MENSAL

prOpriETÁriO MuniCÍpiO LaCTaÇÕEs LEiTE n. TipO EnCErradas 305ia OrdEnHa COnTrOLE

prOpriETÁriO MuniCÍpiO LaCTaÇÕEs LEiTE n. TipO EnCErradas 305ia OrdEnHa COnTrOLE

Melhores médias de produção por rebanho - Holandês

2 ORDENHASPROPRIETÁRIO MUNICIPIO NOME DO ANIMAL NÚMERO COMP. PRODUÇÃO DATA DO REGISTRO RACIAL DIARIA CONTROLERAUL PINTO ITANHANDU LUCIA HORTELA TOUCHDOWN BX361822 PO 61,4 10/5/2012OTHON MARTINS DE SOUZA SUMIDOURO RCH SIMONETE 731 JOLT STORMATIC TE BX377485 PO 54,8 3/5/2012LUTHESCO HADDAD LIMA CHALFUN LAVRAS WILPE CARUSO UDA 485 BR1461165 GC-04 54,5 24/5/2012EUDES ANSELMO DE ASSIS BRAGA CARMO DO PARANAIBA E.A.B. CELESTE 143 BR1634288 PCOD 53,7 31/5/2012VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS TRES CORACOES VAM IVONETE IVETE OUTSIDE BX373803 PO 52,6 25/5/2012CESAR GARCIA BRITO E/OU SIOMARA S.G.BRITO TRES PONTAS C.S.C.S. NEIDE TRIBUTE-426 BR1483576 GC-03 49,6 24/5/2012MARCOS PAIVA FROTA E/OU PATRICIA N.P.FROTA CARMO DA CACHOEIRA FZ-BA XIMBICA 177 POETA BR1530490 GC-01 48,2 25/5/2012CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO ALFREDO VASCONCELOS RIVELLI MAC CASSIA 0291 BR1519172 GC-01 46,8 18/5/2012WLADIMIR ANTONIO PUGGINA ALFENAS S H A MARAVILHOSA WILDMAN 302 BX421788 PO 43,0 4/5/2012GEYSA MARIA PEREIRA VILLELA MENDES LOPES JESUANIA AVAV FIRULA 010 BR1558675 PCOD 42,6 24/5/2012

3 ORDENHASPROPRIETÁRIO MUNICIPIO NOME DO ANIMAL NÚMERO COMP. PRODUÇÃO DATA DO REGISTRO RACIAL DIARIA CONTROLEWLADIMIR ANTONIO PUGGINA ALFENAS S H A SIRIGAITA 352 BR1587096 PCOD 68,4 4/5/2012JOAQUIM HENRIQUE NOGUEIRA CAPIM BRANCO MENGE GOLDWYN VERENA 1354-TE BX400779 PO 67,8 15/5/2012MAURO ANTONIO COSTA DE ARAUJO SETE LAGOAS TANG KELLY BROKER WINDSTAR MORTY BX344020 PO 67,4 26/5/2012DORA NORREMOSE VIEIRA MARQUES CRUZILIA NORREMOSE 846 AMARULA MAXIE BX418943 PO 65,0 14/5/2012EVARISTO FRANCISCO MARQUES/LEANDRO S.MARQUES GUAXUPE EF & LS CIRANDA II SRM416025 31/32 63,8 20/5/2012ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE POUSO ALEGRE MENGE FINEST URNA 1317 BX394879 PO 62,6 17/5/2012ANTONIO DE PADUA MARTINS SAO JOAO BATISTA GLORIA LANDEMART BLUE RIBBON GINASTA 1422 BR1495140 GC-02 61,8 17/5/2012FLAVIO HENRIQUE PEREIRA NOGUEIRA CAPIM BRANCO BRAUNAS LEE ANDREIA GLENDA BX335172 PO 60,2 15/5/2012SEKITA AGRONEGOCIOS RIO PARANAIBA SEKITA TEVE 1002 BR1544425 PCOD 59,4 4/5/2012RICARDO FIGUEIREDO DE FARIA ILICINEA URTIGA 525 SRM416228 31/32 59,0 16/5/2012

PRODUÇÕES INDIVIDUAIS DE ANIMAIS SUBMETIDOS AO CONTROLE OFICIAL AFERIDAS EM MAIO/2012

10 maiores produções individuais diárias por rebanho

CADERNO

Este caderno é um oferecimento:

Super Rank

Page 10: Jornal Holandês Julho 2012

1 ANOPARIDA

1 ANOPARIDA

PRIMEIRA DIVISÃO 305 DIAS 2 ORDENHAS - PERÍODO 01/04/2012 A 30/04/2012 RAÇA: HOLANDESA

PRIMEIRA DIVISÃO 305 DIAS 3 ORDENHAS - PERÍODO 01/04/2012 A 30/04/2012 RAÇA: HOLANDESA

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2 ANOS JUNIOR

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2 ANOS SENIOR

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4 ANOS SENIOR

4 ANOS SENIOR

3 ANOS SENIOR

3 ANOS SENIOR

3 ANOS JUNIOR

3 ANOS JUNIOR

4 ANOSJUNIOR

4 ANOSJUNIOR

6 ANOS

6 ANOS

7 ANOS

ADULTASENIOR

7 ANOS

ADULTASENIOR

ADULTAJUNIOR

ADULTAJUNIOR

5 ANOS

5 ANOS

RECORDISTA MINEIRA COLLEM MarTY CrYsTaL BX283720 B+-82 01-11 305 12374,0 374,8 3,03 347,6 2,81 LM COLLEM COnsTruTOra MOHaLLEM LTda 2003 riCECrEsT MarTY-ETA.M.A. GOLDWYN GLORIA 637 BX399208 B+84 01-11 305 9995,7 375,8 3,76 319,8 3,20 LE ANICETO MANUEL AIRES MG BRAEDALE GOLDWYNA.C.B. ORBIT BETINA BX401455 B+83 01-11 305 9206,6 279,6 3,04 288,3 3,13 LM ADAHILTON DE CAMPOS BELLO MG SULLY ORBIT ETRECORDISTA MINEIRA VErTEnTE sOrTE 580 BasiC Br1551595 02-02 305 12483,7 571,0 4,57 357,5 2,86 LM Luiz FErnandO rOdriGuEs OLiVEira 2012 End-rOad MarsHaLL BasiCVERTENTE SORTE 580 BASIC BR1551595 02-02 305 12483,7 571,0 4,57 357,5 2,86 LM LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA MG END-ROAD MARSHALL BASICVAM HINACIA HIENA FINEST BR1551247 B+84 02-05 305 9921,4 348,0 3,51 311,8 3,14 LM VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS MG PENN-GATE FINEST ETRECORDISTA MINEIRA COLLEM CaLLisTO CLariCE BX271750 MB-85 02-10 305 13532,0 338,0 2,50 405,0 2,99 LM COLLEM COnsTruTOra MOHaLLEM LTda 2004 dEL sanTO C.M.CaLLisTOSANTOS REIS BAXTER GRASLAINE BX389708 B+83 02-08 305 11605,9 354,3 3,05 306,7 2,64 LM ALTAIR DA SILVA REIS MG EMERALD-ACR-SA T-BAXTERFZ-BA CRISTINA 228 JUDD BR1530523 B+81 02-10 305 9502,4 292,2 3,07 291,3 3,07 LM MARCOS PAIVA FROTA E/OU PATRICIA N.P.FROTA MG BEYERCREST JUDD ETRECORDISTA BRASILEIRA VEra Cruz prOVinCia BX246790 B+-82 03-02 305 15502,0 590,0 3,81 439,0 2,83 LE ViCEnTE anTOniO Marins E FiLHOs 2002 FraELand LEadOFF-ETSANTOS REIS INCOME MARCIA BX389703 MB86 03-00 295 10647,7 385,2 3,62 316,9 2,98 LM ALTAIR DA SILVA REIS MG PENNVIEW INCOME-ETAVAV LORENA BR1610816 03-04 305 10616,6 462,1 4,35 376,2 3,54 LM GEYSA MARIA PEREIRA VILLELA MENDES LOPES MG RECORDISTA MINEIRA aVani pETECa GOLd dusTEr BX251440 MB-88 03-11 305 15532,0 533,0 3,43 0,00 LM COLLEM COnsTruTOra MOHaLLEM LTda 2000 WOOdBinE-K GOLd dusTEr-ETSANTOS REIS CHAMPION GRAUDETE BX371307 MB87 03-11 305 11921,6 289,2 2,43 381,8 3,20 LM ALTAIR DA SILVA REIS MG CALBRETT-I H H CHAMPIONSANTOS REIS LOUIE JUDITY BX378984 B+83 03-07 301 11148,7 264,7 2,37 310,6 2,79 -- ALTAIR DA SILVA REIS MG WIL-HART E LOUIE-ETRECORDISTA MINEIRA sanTa pauLa iVina dazzLEr BX345332 B+-83 04-01 305 15664,0 475,8 3,04 438,1 2,80 LM sidnEY nErY 2008 radinE BELLTOnE dazzLEr-ETCRUZILIA VITRINE QUILOMBO BR1485316 B+83 04-04 305 12716,5 250,3 1,97 363,3 2,86 -- MAURILIO FERREIRA MACIEL MG CRUZILIA QUILOMBO INTEGRITY MAGNO ALANE OCERBI 18 BR1490723 04-02 305 11720,3 325,0 2,77 326,0 2,78 LM ROSANO REIS E ROBERTO REIS MG OCERBIRECORDISTA MINEIRA EMiELE iana LaY OuT BB18632 B+-83 04-11 305 14915,2 569,7 3,82 397,9 2,67 LM MarCiO MaCiEL LEiTE 2006 LaY-OuTVAM GANA CETIN RESTELL BR1492332 B+80 04-10 305 11966,9 580,3 4,85 397,4 3,32 LM LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA MG RESTELLROYAL PEREIRA 1397 JOCKO BX361335 MB86 04-10 305 11099,1 374,4 3,37 334,1 3,01 LM ADAHILTON DE CAMPOS BELLO MG JOCKO BESNRECORDISTA MINEIRA JardiM GEnuina BX208241 B+-83 05-01 305 17189,2 400,9 2,33 529,4 3,08 LM andrE Luis MOrEira dE andradE E OuTra 2002 B-HiddEnHiLLs MarK-O-pOLOVAM MARISTA MARESIA OUTSIDE BX373808 B+80 05-08 305 12507,3 498,3 3,98 343,5 2,75 LE VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS MG COMESTAR OUTSIDE-ETNORREMOSE 851 ANGEL MAXIE BX364408 B+83 05-01 305 12290,2 298,7 2,43 382,4 3,11 LM DORA NORREMOSE VIEIRA MARQUES MG KERNDT MAXIE-ETRECORDISTA MINEIRA CruziLia sTELa LOrd LiLY BX318723 EX-90 06-01 305 16899,3 622,6 3,68 526,6 3,12 LM MauriLiO FErrEira MaCiEL 2010 ETazOn LOrd LiLY-ETLAGOS STORM QUIMORENA 864-TE BX375148 MB88 06-11 259 11957,5 416,8 3,49 356,9 2,98 LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG MAUGHLIN STORM-ET VAM POLI POTIRA LYSTER BR1491692 B+83 06-07 305 9356,0 403,9 4,32 266,8 2,85 LM VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS MG TCET LYSTERRECORDISTA BRASILEIRA GEnOVa GOLd BELL dE sanTa pauLa Br1048927 B+-83 07-10 305 17110,0 340,0 1,99 0,00 LE sidnEY nErY 1999 Tri-Q-CHEKd GOLd BELLNORREMOSE 707 TEIMOSA RUBENS BX327192 MB86 07-09 305 9562,6 330,7 3,46 336,7 3,52 LM DORA NORREMOSE VIEIRA MARQUES MG STBVQ RUBENS-ETALANA RUBENS ODINEIA BX334920 B+84 07-02 305 9545,7 308,1 3,23 304,9 3,19 LM ALMIR PINTO REIS MG STBVQ RUBENS-ETRECORDISTA MINEIRA BEaTriz ECiLa Br1015226 09-04 304 16404,0 669,0 4,08 0,00 LE niLsOn GOnCaLVEs pErEira 1999 CRUZILIA STELA LORD LILY BX318723 EX90 08-02 305 11963,5 240,9 2,01 365,7 3,06 -- MAURILIO FERREIRA MACIEL MG ETAZON LORD LILY-ETGVO MAMATA AARON BR1410632 MB85 08-03 305 8721,2 276,1 3,17 278,0 3,19 -- GILBERTO VILELA OLIVEIRA MG DIXIE-LEE AARON-ETRECORDISTA BRASILEIRA dOuTOra EnCHanT riLEnE J.C. Br1049810 10-05 305 15658,3 542,6 3,47 397,9 2,54 LM sidnEY nErY 2004 a sir EnCHanT ETZC CAVA VERUSKA SONHA S.MARTY 275 BX284223 MB85 10-04 305 7956,7 297,1 3,73 259,3 3,26 -- FUNDACAO DE APOIO AO ENSINO PESQ.E EXTENSAO MG RICECREST MARTY-ETVISCONDE DE MAUA JANDIRA BR1339477 B+84 10-00 291 6793,6 200,2 2,95 215,1 3,17 -- IF SUL DE MINAS GERAIS CAMPUS INCONFIDENTES MG HARDYS AEROSTAR BIONIC-ET

RECORDISTA MINEIRA EF & Ls COpaCaBana WiLdMan Br1544771 MB-86 01-11 305 15996,8 405,1 2,53 460,3 2,88 LM EVarisTO FranCisCO MarQuEs/LEandrO s.MarQuEs 2012 LadYs-ManOr WiLdMan ETMENGE WILDMAN VERIDIANA 1394-FIV BX404563 B+84 01-10 305 12865,2 419,5 3,26 405,0 3,15 LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG LADYS-MANOR WILDMAN ETMENGE BAXTER VENTOINHA 1440-TE BX405122 B+80 01-10 280 11926,2 422,5 3,54 347,3 2,91 LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG EMERALD-ACR-SA T-BAXTERRECORDISTA MINEIRA VErTEnTE rOnda 612 diE-Hard BX399264 B+-83 02-01 305 15096,3 843,4 5,59 489,5 3,24 LM Luiz FErnandO rOdriGuEs OLiVEira 2012 rEGanCrEsT rBK diE-Hard-ETMENGE FINEST U1304 BX391767 MB86 02-04 305 13353,1 378,3 2,83 401,6 3,01 LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG PENN-GATE FINEST ETBRUNA LPN SR23068 02-01 305 12620,8 225,5 1,79 441,3 3,50 -- JOAQUIM HENRIQUE NOGUEIRA MG RECORDISTA MINEIRA C.a.a. JEssiCa Br1449849 MB-86 02-11 305 16711,9 466,3 2,79 536,4 3,21 LM CarLOs aLBErTO adaO 2007 RIVELLI DECKER CALIFORNIA 0308 BR1565765 02-10 305 10920,0 350,2 3,21 311,7 2,85 LE CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO MG FAR-O-LA DEBBI-JO DECKER ETRIVELLI TOYSTORY CAM 0310 SRM416438 MB85 02-08 305 10658,9 393,6 3,69 299,8 2,81 LM CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO MG RECORDISTA MINEIRA F.V. aLdina dusTEr Br1099151 03-04 305 16292,0 489,0 3,00 136,0 0,83 LM nEuza GarCia ViEira E OuTrOs 2000 WOOdBinE-K GOLd dusTEr-ETCOLLEM DEREK MARISA BX380580 MB86 03-01 305 13175,3 371,6 2,82 394,7 3,00 LE COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG EMERALD-ACR-SA T-DEREK-ETMORITZ JAMIE TOYSTORY 1067 BX394358 MB88 03-01 304 13053,8 311,7 2,39 366,2 2,81 -- MAURO ANTONIO COSTA DE ARAUJO MG JENNY-LOU MRSHL TOYSTORY ETRECORDISTA MINEIRA VaLE dO MiLK' dELiCada ii Br1271165 MB-87 03-09 305 19947,0 612,0 3,07 241,0 1,21 LM ViniCius da siLVa saLGadO 2000 MENGE TALENT II TIFFANY 1149 BX379008 MB87 03-11 305 13957,5 316,5 2,27 409,4 2,93 -- ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG LADINO PARK TALENT II - TNCOLLEM AGENT LIDIA BX376264 B+82 03-07 305 12874,8 382,0 2,97 385,6 2,99 LE COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG CARTERS-CORNER AGENT ETRECORDISTA MINEIRA C.a.a. JEssiCa Br1449849 MB-86 04-03 305 19204,6 592,2 3,08 533,3 2,78 LM CarLOs aLBErTO adaO 2009 MENGE MORTY SEPETIBA 1114-TE BX371157 MB86 04-04 305 15380,8 449,0 2,92 484,4 3,15 LE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG STOUDER MORTY-ETSERRAZUL CATARINA JUST BX373900 04-01 305 13861,5 400,2 2,89 381,8 2,75 LM JOSE ENIO CARNEIRO MENDES MG MORNINGVIEW JUSTINE-ETRECORDISTA BRASILEIRA LaGOs pC dusTEr LiLa 301 BX270502 MB-86 04-09 305 17756,0 824,0 4,64 495,0 2,79 LE arMandO EduardO dE LiMa MEnGE 2005 pEn-COL dusTEr-ETSEKITA LIVIA 444 BR1544376 B+84 04-06 305 11996,4 441,4 3,68 351,0 2,93 LM SEKITA AGRONEGOCIOS MG J.B.O. LENDA HERSHEL BR1473034 MB85 04-09 305 11975,2 329,2 2,75 333,2 2,78 -- JOAO BRAZ OLIVEIRA E/OU MARCIO F.P.OLIVEIRA MG LEXVOLD LUKE HERSHEL-ETRECORDISTA MINEIRA C.a.a. aMEriCa Br1449851 EX-90 05-07 305 21605,7 519,4 2,40 609,1 2,82 LM CarLOs aLBErTO adaO 2007 ASSIMA REGILENE 643 BR1545921 05-02 305 13363,2 525,5 3,93 382,4 2,86 LM LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA MG ABF VULPINA 2733 GORDON BR1486292 05-01 305 13347,8 678,2 5,08 383,0 2,87 LM AGROPECUARIA BOA FE LTDA MG DELLKA JUROR GORDON-TWRECORDISTA MINEIRA C.a.a. LiLian LuKE Br1452387 06-06 305 18311,4 522,5 2,85 507,1 2,77 LM CarLOs aLBErTO adaO 2009 nOrriELaKE CLEiTus LuKE-TWSONNEN IVETE BR1561929 06-10 305 14068,6 475,3 3,38 457,8 3,25 LM SIDO E VALDA ESEMANN MG LAGOS AARON QUATA 867 BX345174 MB89 06-07 305 13375,6 454,6 3,40 415,6 3,11 LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG DIXIE-LEE AARON-ETRECORDISTA MINEIRA sanTOs rEis CHarisMa GraYCE BX303469 MB-89 07-04 305 17410,1 473,1 2,72 493,0 2,83 LM aLTair da siLVa rEis 2010 pETinEsCa CHarisMa-ETLAGOS OUTSIDE PIRAJA 753 BX326602 B+83 07-10 305 15391,1 509,5 3,31 415,7 2,70 LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG COMESTAR OUTSIDE-ETSERRAZUL MARCELA GARCIA BX335200 07-01 305 12318,6 359,9 2,92 329,3 2,67 LM JOSE ENIO CARNEIRO MENDES MG BRIGEEN GARCIA-ETRECORDISTA MINEIRA Maria's MOrEna prELudE-TE BX192263 B+-84 305 15723,7 526,7 3,35 462,2 2,94 ELY BOnini GarCia 2003 rOnnYBrOOK prELudE-ETBOCAINA STORM ONE SAFIRA BX304135 MB89 08-07 305 14215,2 469,5 3,30 385,6 2,71 LM MANUEL JACINTO GONCALVES MG MAUGHLIN STORM-ET BOCAINA MASON PELUCIA SILVANA BX317026 B+84 08-10 298 11875,2 457,3 3,85 365,1 3,07 LM MANUEL JACINTO GONCALVES MG SHOREMAR MASON-ETRECORDISTA MINEIRA C.a.a. LaGOa Br1449850 MB-88 10-00 305 18353,5 550,9 3,00 482,2 2,63 LE CarLOs aLBErTO adaO 2008 SONNEN DEMY BR1561894 11-06 305 9036,0 283,4 3,14 233,2 2,58 -- SIDO E VALDA ESEMANN MG LAGOS VICTOR INGLESA 181 BX230298 MB86 14-07 197 4332,7 149,2 3,44 128,8 2,97 -- ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG HANOVERHILL VICTOR

305 DIAS

Controle Leiteiro Oficial Melhores Lactações por Classe

Este caderno é um oferecimento:

Page 11: Jornal Holandês Julho 2012

ADULTASENIOR

1 ANOPARIDA

2 ANOS JUNIOR

2 ANOS SENIOR

4 ANOS SENIOR

3 ANOS SENIOR

3 ANOS JUNIOR

4 ANOSJUNIOR

6 ANOS

7 ANOS

ADULTAJUNIOR

5 ANOS

ADULTASENIOR

1 ANOPARIDA

SEGUNDA DIVISÃO 365 DIAS 2 ORDENHAS - PERÍODO 01/04/2012 A 30/04/2012 RAÇA: HOLANDESAnOME aniMaL rEGisTrO CLass idadE dias

LaCT.prOdLEiTE

prOdGOrd.

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TiT. prOpriETÁriO uF nOME dO pai

SEGUNDA DIVISÃO 365 DIAS 3 ORDENHAS - PERÍODO 01/04/2012 A 30/04/2012 RAÇA: HOLANDESAnOME aniMaL rEGisTrO CLass idadE dias

LaCT.prOdLEiTE

prOdGOrd.

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TiT. prOpriETÁriO uF nOME dO pai

2 ANOS JUNIOR

2 ANOS SENIOR

4 ANOS SENIOR

3 ANOS SENIOR

3 ANOS JUNIOR

4 ANOSJUNIOR

6 ANOS

7 ANOS

ADULTAJUNIOR

5 ANOS

RECORDISTA MINEIRA aLFY CaYuaBa WaLLaCE TuCa BX283766 B+-84 01-11 365 14820,8 427,5 2,88 456,6 3,08 LE ELY BOnini GarCia 2003 ETazOn WaLLaCEA.C.B. ORBIT BETINA BX401455 B+83 01-11 365 10763,6 318,2 2,96 343,4 3,19 LM ADAHILTON DE CAMPOS BELLO MG SULLY ORBIT ETA.M.A. GOLDWYN GLORIA 637 BX399208 B+84 01-11 307 10054,5 378,0 3,76 321,7 3,20 LE ANICETO MANUEL AIRES MG BRAEDALE GOLDWYNRECORDISTA MINEIRA VErTEnTE sOrTE 580 BasiC Br1551595 02-02 365 14725,8 683,5 4,64 429,4 2,92 LM Luiz FErnandO rOdriGuEs OLiVEira 2012 End-rOad MarsHaLL BasiCVERTENTE SORTE 580 BASIC BR1551595 02-02 365 14725,8 683,5 4,64 429,4 2,92 LM LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA MG END-ROAD MARSHALL BASICVAM HINACIA HIENA FINEST BR1551247 B+84 02-05 365 11909,4 418,1 3,51 453,3 3,81 LM VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS MG PENN-GATE FINEST ETRECORDISTA MINEIRA iTaGuaCu Tianina 2627 Br1558539 02-07 365 14988,2 494,7 3,30 407,2 2,72 LM ruBEns arauJO dias E/Ou 2006 SANTOS REIS BAXTER GRASLAINE BX389708 B+83 02-08 310 11779,9 361,1 3,06 311,9 2,65 LM ALTAIR DA SILVA REIS MG EMERALD-ACR-SA T-BAXTERFZ-BA CRISTINA 228 JUDD BR1530523 B+81 02-10 365 10925,2 346,6 3,17 337,5 3,09 LM MARCOS PAIVA FROTA E/OU PATRICIA N.P.FROTA MG BEYERCREST JUDD ETRECORDISTA MINEIRA CaLandra CarLOTa BLaCKsTar BX158589 B -78 03-05 365 17120,0 623,0 3,64 0,00 LM MarCOs arruda ViEira 1996 TO-Mar BLaCKsTar-ETC.S.C.S. NANA LOTTO OUTSIDE-456 BX379015 B+82 03-04 365 11822,7 522,3 4,42 414,8 3,51 LM CESAR GARCIA BRITO E/OU SIOMARA S.G.BRITO MG C.S.C.S. LOTTO OUTSIDE AVAV LORENA BR1610816 03-04 316 10924,6 473,0 4,33 384,2 3,52 LM GEYSA MARIA PEREIRA VILLELA MENDES LOPES MG RECORDISTA MINEIRA aVani pETECa GOLd dusTEr BX251440 MB-88 03-11 340 16574,0 565,0 3,41 0,00 LM COLLEM COnsTruTOra MOHaLLEM LTda 2000 WOOdBinE-K GOLd dusTEr-ETSANTOS REIS CHAMPION GRAUDETE BX371307 MB87 03-11 365 13515,4 358,2 2,65 437,2 3,23 LM ALTAIR DA SILVA REIS MG CALBRETT-I H H CHAMPIONOITICICA BOLIVER ISAURA BX366892 B+83 03-10 365 11648,5 342,5 2,94 350,1 3,01 LM SERRA BRANCA AGROPECUARIA LTDA MG END-ROAD PVF BOLIVER-ETRECORDISTA MINEIRA a.M.a. asTrE CaMiLa BX190727 MB-88 04-01 365 17388,3 594,7 3,42 0,00 LM COLLEM COnsTruTOra MOHaLLEM LTda 1999 durEGaL asTrE sTarBuCK-ETCRUZILIA VITRINE QUILOMBO BR1485316 B+83 04-04 352 13249,5 291,8 2,20 388,0 2,93 -- MAURILIO FERREIRA MACIEL MG CRUZILIA QUILOMBO INTEGRITY MAGNO ALANE OCERBI 18 BR1490723 04-02 357 12719,8 355,0 2,79 357,0 2,81 LM ROSANO REIS E ROBERTO REIS MG OCERBIRECORDISTA MINEIRA C.J.C. rOCKY dOidinHa BX146418 MB-85 04-08 365 16730,0 518,0 3,10 0,00 LM JOsE aLair COuTO 1996 sHi-La sTraiGHT pinE rOCKYVAM GANA CETIN RESTELL BR1492332 B+80 04-10 346 12795,9 615,3 4,81 432,9 3,38 LM LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA MG RESTELLROYAL PEREIRA 1397 JOCKO BX361335 MB86 04-10 358 12152,9 410,2 3,38 366,8 3,02 LM ADAHILTON DE CAMPOS BELLO MG JOCKO BESNRECORDISTA BRASILEIRA JardiM GEnuina BX208241 B+-83 05-01 365 19940,7 442,9 2,22 621,4 3,12 LM andrE Luis MOrEira dE andradE E OuTra 2002 B-HiddEnHiLLs MarK-O-pOLOSANTOS REIS OZZIE BRENDA BX357849 MB86 05-00 365 13656,9 398,1 2,91 431,5 3,16 LM ALTAIR DA SILVA REIS MG VISION-GEN OZZIE-ETVAM MARISTA MARESIA OUTSIDE BX373808 B+80 05-08 319 12713,1 504,9 3,97 351,3 2,76 LE VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS MG COMESTAR OUTSIDE-ETRECORDISTA BRASILEIRA CruziLia rEndiLHa JOE BX317348 MB-88 06-11 365 19488,5 818,7 4,20 601,4 3,09 LM MauriLiO FErrEira MaCiEL 2010 BOCaina MandEL sassY JOE TE AGROCFM JACILANDIA X1684 BR1458084 06-03 365 10551,4 306,5 2,90 323,5 3,07 -- VICENTE NOGUEIRA E JOAQUIM LIMA MG VAM POLI POTIRA LYSTER BR1491692 B+83 06-07 326 9746,6 427,0 4,38 281,0 2,88 LM VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS MG TCET LYSTERRECORDISTA MINEIRA GEnOVa GOLd BELL dE sanTa pauLa Br1048927 B+-83 07-10 316 17557,0 354,0 2,02 0,00 LE sidnEY nErY 1999 Tri-Q-CHEKd GOLd BELLNORREMOSE 707 TEIMOSA RUBENS BX327192 MB86 07-09 365 10393,9 362,4 3,49 368,2 3,54 LM DORA NORREMOSE VIEIRA MARQUES MG STBVQ RUBENS-ETALANA RUBENS ODINEIA BX334920 B+84 07-02 340 10238,7 330,8 3,23 330,2 3,23 LM ALMIR PINTO REIS MG STBVQ RUBENS-ETRECORDISTA MINEIRA CruziLia LEGEnda Frin Br1173977 09-07 358 17158,9 770,6 4,49 500,3 2,92 LM MauriLiO FErrEira MaCiEL 2007 QuaLiTY sB FrinCRUZILIA STELA LORD LILY BX318723 EX90 08-02 347 12769,9 323,0 2,53 399,5 3,13 -- MAURILIO FERREIRA MACIEL MG ETAZON LORD LILY-ETGVO MAMATA AARON BR1410632 MB85 08-03 365 10245,8 322,5 3,15 338,0 3,30 -- GILBERTO VILELA OLIVEIRA MG DIXIE-LEE AARON-ETRECORDISTA MINEIRA dOuTOra EnCHanT riLEnE J.C. Br1049810 10-05 365 17479,3 610,3 3,49 443,8 2,54 LM sidnEY nErY 2004 a sir EnCHanT ETZC CAVA VERUSKA SONHA S.MARTY 275 BX284223 MB85 10-04 365 8640,7 324,1 3,75 282,7 3,27 -- FUNDACAO DE APOIO AO ENSINO PESQ.E EXTENSAO MG RICECREST MARTY-ETAROEIRAS SARACURA SRM407774 11-01 335 5581,1 175,8 3,15 169,1 3,03 -- EVANDRO FERREIRA E SOUSA MG

RECORDISTA MINEIRA EF & Ls COpaCaBana WiLdMan Br1544771 MB-86 01-11 365 19222,2 527,9 2,75 561,4 2,92 LM EVarisTO FranCisCO MarQuEs/LEandrO s.MarQuEs 2012 LadYs-ManOr WiLdMan ETMENGE WILDMAN VERIDIANA 1394-FIV BX404563 B+84 01-10 364 14710,6 467,9 3,18 453,0 3,08 LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG LADYS-MANOR WILDMAN ETEF & LS PRISCILA JAYZ BR1567570 B+84 01-09 360 12220,0 327,1 2,68 361,4 2,96 -- EVARISTO FRANCISCO MARQUES/LEANDRO S.MARQUES MG HORNLAND JAYZ-ETRECORDISTA MINEIRA EF & Ls prECiOsa WiLdMan Br1515854 MB-86 02-00 365 17115,8 469,1 2,74 496,7 2,90 LM EVarisTO FranCisCO MarQuEs/LEandrO s.MarQuEs 2011 LadYs-ManOr WiLdMan ETMENGE FINEST U1304 BX391767 MB86 02-04 365 15949,4 470,0 2,95 492,5 3,09 LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG PENN-GATE FINEST ETBRUNA LPN SR23068 02-01 365 14934,4 270,9 1,81 532,7 3,57 -- JOAQUIM HENRIQUE NOGUEIRA MG RECORDISTA MINEIRA C.a.a. JEssiCa Br1449849 MB-86 02-11 365 18928,1 542,1 2,86 609,5 3,22 LM CarLOs aLBErTO adaO 2007 RIVELLI TOYSTORY CAM 0310 SRM416438 MB85 02-08 365 12096,7 453,0 3,74 348,7 2,88 LM CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO MG RIVELLI DECKER CALIFORNIA 0308 BR1565765 02-10 341 11659,3 377,8 3,24 335,4 2,88 LE CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO MG FAR-O-LA DEBBI-JO DECKER ETRECORDISTA MINEIRA LaGOs MOrTY QuiOsQuE 859-TE BX345168 B+-83 03-03 365 18649,9 585,7 3,14 567,0 3,04 LM arMandO EduardO dE LiMa MEnGE 2008 sTOudEr MOrTY-ETCOLLEM DEREK MARISA BX380580 MB86 03-01 365 14930,2 424,5 2,84 459,1 3,07 LE COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG EMERALD-ACR-SA T-DEREK-ETLANDEMART ELD IMIGRANTE 1471 BR1490119 03-05 365 13707,3 461,1 3,36 420,5 3,07 LM ANTONIO DE PADUA MARTINS MG LANDEMART FREDERICK ELDORADO ELD RECORDISTA BRASILEIRA VaLE dO MiLK' dELiCada ii Br1271165 MB-87 03-09 365 24051,0 792,0 3,29 367,0 1,53 LM Luiz HEnriQuE siLVa E sOraYa T.a.MEndEs siLVa 2000 MENGE TALENT II TIFFANY 1149 BX379008 MB87 03-11 365 15305,4 358,4 2,34 449,0 2,93 -- ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG LADINO PARK TALENT II - TNCOLLEM AGENT LIDIA BX376264 B+82 03-07 356 14187,4 424,8 2,99 430,9 3,04 LE COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG CARTERS-CORNER AGENT ETRECORDISTA MINEIRA C.a.a. JEssiCa Br1449849 MB-86 04-03 365 21462,0 667,0 3,11 610,8 2,85 LM CarLOs aLBErTO adaO 2009 MENGE MORTY SEPETIBA 1114-TE BX371157 MB86 04-04 348 16199,5 481,6 2,97 515,4 3,18 LE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG STOUDER MORTY-ETSERRAZUL CATARINA JUST BX373900 04-01 331 14927,5 433,0 2,90 412,2 2,76 LM JOSE ENIO CARNEIRO MENDES MG MORNINGVIEW JUSTINE-ETRECORDISTA MINEIRA VErTEnTE CuBa 290 Br1497182 B+-84 04-06 365 19044,3 580,1 3,05 520,3 2,73 LE Luiz FErnandO rOdriGuEs OLiVEira 2009 EVAJOY SINGELA KENNETH BR1472471 B+84 04-10 365 13137,0 367,0 2,79 390,0 2,97 -- ARGEMIRO MAGALHAES NETTO MG NA-LAR ELTON KENNETH-ETSEKITA LIVIA 444 BR1544376 B+84 04-06 339 13122,4 479,5 3,65 384,8 2,93 LM SEKITA AGRONEGOCIOS MG RECORDISTA MINEIRA C.a.a. aMEriCa Br1449851 EX-90 05-07 350 23153,7 564,1 2,44 655,6 2,83 LM CarLOs aLBErTO adaO 2007 ASSIMA REGILENE 643 BR1545921 05-02 365 15255,4 596,2 3,91 440,8 2,89 LM LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA MG ABF VULPINA 2733 GORDON BR1486292 05-01 365 14953,4 738,5 4,94 434,7 2,91 LM AGROPECUARIA BOA FE LTDA MG DELLKA JUROR GORDON-TWRECORDISTA MINEIRA C.a.a. LiLian LuKE Br1452387 06-06 364 20778,0 598,4 2,88 587,9 2,83 LM CarLOs aLBErTO adaO 2009 nOrriELaKE CLEiTus LuKE-TWSONNEN IVETE BR1561929 06-10 353 15176,2 494,3 3,26 495,4 3,26 LM SIDO E VALDA ESEMANN MG LAGOS AARON QUATA 867 BX345174 MB89 06-07 365 14955,6 507,4 3,39 473,5 3,17 LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG DIXIE-LEE AARON-ETRECORDISTA MINEIRA LaGOs sTOrM LEiLa 457 BX251613 B+-80 07-08 365 20238,5 616,6 3,05 517,9 2,56 LM arMandO EduardO dE LiMa MEnGE 2008 MauGHLin sTOrM-ET LAGOS OUTSIDE PIRAJA 753 BX326602 B+83 07-10 337 16626,3 557,8 3,36 454,2 2,73 LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG COMESTAR OUTSIDE-ETALFY CAYUABA UATAPU XIMBICA BX361661 MB85 07-01 365 13315,7 542,7 4,08 439,4 3,30 LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG ALFY CAYUABA LORD LILY UATAPU RECORDISTA MINEIRA Maria's MOrEna prELudE-TE BX192263 B+-84 365 17819,0 643,0 3,61 534,0 3,00 ELY BOnini GarCia 2003 rOnnYBrOOK prELudE-ETBOCAINA STORM ONE SAFIRA BX304135 MB89 08-07 365 16563,3 622,8 3,76 452,1 2,73 LM MANUEL JACINTO GONCALVES MG MAUGHLIN STORM-ET RECORDISTA MINEIRA C.a.a. LaGOa Br1449850 MB-88 10-00 337 19655,9 596,7 3,04 518,0 2,64 LE CarLOs aLBErTO adaO 2008 SONNEN DEMY BR1561894 11-06 365 10757,8 335,0 3,11 291,6 2,71 -- SIDO E VALDA ESEMANN MG

Este caderno é um oferecimento:

365 DIAS

Controle Leiteiro Oficial Melhores Lactações por Classe

Page 12: Jornal Holandês Julho 2012

12 Jornal Holandês| Julho de [email protected]

Gerenciando a reprodução: foco na taxa de prenhez

Uma boa eficiência reprodutiva é pri-mordial como componente de lucrativi-dade nos sistemas de produção de leite. Vacas no inicio de lactação produzem mais leite e com melhor conversão ali-mentar, reduzindo, consequentemente, o custo alimentar. Mas, afinal, como geren-ciar a eficiência reprodutiva do rebanho?

Um indicador ainda muito usado para monitorar a eficiência reprodutiva é o intervalo entre partos. Como o pró-prio nome diz, ele mede o intervalo entre 2 par tos consecutivos de uma mesma vaca, sendo que o ideal é ter este indicador o mais próximo de 12 meses, ou seja, um parto por ano. Entretanto, este é um indicador com várias falhas e, portanto não deve ser usado como ferra-menta gerencial para monitoramento da eficiência reprodutiva. A principal

f a l h a é a d e m o r a n a o b te n ç ã o d o número. Para que ele possa ser calcu-lado, a vaca precisa ter parido nova-mente. Quando um problema é identifi-cado através deste índice, significa que o problema aconteceu há no mínimo 9 a 12 meses, ou seja, as ações para corre-ção do problema deveriam ter s ido tomadas há muito tempo atrás. Além disto , e le não inclui as pr imíparas (vacas de primeira cr ia) , pois elas ainda não pariram pela segunda vez e nem as vacas que não emprenham ou que foram descartadas.

A taxa de prenhez é um indicador mais eficiente como ferramenta gerencial de monitoramento da eficiência reprodu-tiva. Ele é obtido em um curto espaço de tempo e inclui todo o rebanho. A partir de desvios encontrados na análise deste

indicador, ações corretivas podem ser implantadas rapidamente para evitar o pior: a falta de partos! Ao deixar a mater-nidade ficar vazia para tomar alguma atitude, provavelmente será muito tarde!

A taxa de prenhez é o percentual de vacas que ficam prenhes em relação ao número de vacas aptas, medido a cada período de 21 dias. Vacas aptas são aquelas que ainda não estão prenhes, mas que já passaram pelo período de espera voluntário (PEV), que é o tempo para a “recuperação” do sistema repro-dutivo após o parto, geralmente entre 35 a 60 dias.

Para alcançar uma boa taxa de pre-nhez é preciso que se tenha, por exemplo, 24%de vacas aptas ficando prenhes em um período de 21 dias. Para isso é preciso que haja um bom número de fêmeas em cio, que elas sejam inseminadas e que a maioria fique prenhe. Assim, dois outros índices compõem a taxa de prenhez: a taxa de serviço ou taxa de inseminação, que mede a porcentagem de vacas que são inseminadas em relação ao número

de vacas aptas em um período de 21 dias, e a taxa de concepção, que é a porcenta-gem de vacas que ficam prenhes em relação ao total de vacas inseminadas. Então, Taxa de prenhez = Taxa de serviço x Taxa de concepção

A taxa de serviço é inf luenciada basicamente pela observação de cio e pelo percentual de vacas em anestro, ou seja, aquelas que não estão dando cio. Já a taxa de concepção é influenciada pela fertilidade da vaca, qualidade do sêmen, processo de inseminação, den-tre outros fatores.

Um erro muito comum é confundir a taxa de prenhez com o percentual de vacas que deram positivas no toque. É muito comum ouvir que “a taxa de pre-nhez lá em casa é mais de 70%” e na ver-dade não se trata da taxa de prenhez. Outras vezes, a taxa de prenhez é confun-dida com a taxa de concepção, que é muito importante, porém não diz tudo, pois uma boa taxa de concepção com uma taxa de serviço baixa resulta em baixa taxa prenhez. Veja o exemplo:

ErnanE CaMpOsMédico Veterinário, Especialista em pecuária Leiteira/Equipe rehagro

Comparando somente a taxa de concepção, a fazenda 2 tem melhor desempenho reprodutivo. Mas, na verdade, como a fazenda 2 tem uma taxa de serviço muito baixa, a fazenda 1 consegue emprenhar suas vacas quase 5 vezes mais rápido do que a fazenda 2, mesmo tendo uma taxa de concepção mais baixa. A taxa de prenhez mede exatamente a velocidade com que as vacas estão ficando prenhes.

Ao gerenciar a eficiência reprodutiva dos rebanhos através da taxa de prenhez, haverá plenas condições de identificar rapidamente falhas no processo, atuando de maneira precisa e eficiente.

"Um erro muito comum é confundir a taxa de prenhez com o percentual de vacas que deram positivas no toque. É muito comum

ouvir que “a taxa de prenhez lá em casa é mais de 70%” e na verdade

não se trata da taxa de prenhez".

artigo

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14 Jornal Holandês| Julho de [email protected]

entrevista

Nesta edição fomos além das suntuosas montanhas de Minas e fizemos uma parada no Estado vizinho...o Estado da agi-tação...da modernidade...estamos falando da grandiosa São Paulo.

Paulista e grande amante da raça, Renato Landini Dias nos conta sobre a sua paixão por exposições e torneios leiteiros herdada pelo seu pai desde a década de 60. Além disso, faz declarações exclusivas ao Jornal Holandês que levarão todos os cria-dores a refletirem sobre o Holandês no cenário nacional.

Com 53 anos de muita história, bus-cando sempre produtividade, longevi-dade e reprodução, a Fazenda São José localiza-se na cidade de São José do Rio Pardo – SP, em região montanhosa, com 950m de altitude, muita água e tempera-turas amenas.

“Eu fazia Administração em São Paulo quando meus pais adoeceram e tive de vol-tar para casa; foi depois disso que fui “picado” pela raça Holandesa e me apaixo-nei por ela. Já trabalhei com vendas de produtos veterinários e sêmen, hoje além de administrar a fazenda tenho o prazer de me

envolver em eventos agropecuários e no Sindicato Rural de Guaxupé”, comenta.

JORNAL HOL ANDÊS: Como tudo começou?

RENATO LANDINI DIAS: No início, a busca foi por vacas em Minas Gerais, for-mando uma base com um histórico e de criadores tradicionais. Meu pai começou em 1959 a produzir leite com vacas mesti-ças que tinham na região naquela época, mas logo viu que teria que investir em gené-tica para ter sucesso, comprando animais e buscando touros em fazendas tradicionais na raça Holandesa. Em 1966 ele começou a utilizar inseminação artificial e a participar de torneios leiteiros. Comprou muitos ani-mais em São Gonçalo do Sapucaí e Elói Mendes – MG. Sempre buscamos o Holan-dês que se adaptava a nossa região, forte o suficiente para subir morros, produzir e reproduzir; fizemos uma seleção natural em cima desses fatores, a chamada força leiteira que nós sempre buscamos. Mas, sem dúvida, a utilização de IA desde o começo foi o principal fator de melhoria e qualidade para o rebanho. No início da

década de 80 também adquiri animais da Argentina... formando assim o rebanho.

JH: Como é a evolução do seu rebanho?RL: Sempre busco evoluir genetica-

mente o rebanho. Costumo dizer que mesmo se você não puder dar as condições para os animais expressarem seu poten-cial, não deixe de investir, pois quando tiver condições o gado estará pronto para ofere-cer mais. Se por ventura for esperar fazer tudo para depois ir atrás da genética, talvez o investimento não se pague, ou terá que sair no mercado comprando. Desde 1992 que não utilizamos touro no rebanho, usa-mos IA, TE ou FIV, com acasalamento dire-cionado. No início, o meu pai usava touro para repasse, uma técnica que nunca con-cordei, pois você dá continuidade a um problema sério de reprodução, o resultado é que temos por muitos anos entre 55 e 57% de prenhes com uma dose e 86 a 88% com até duas doses. Sempre aprendemos muito com os técnicos que faziam e fazem os aca-salamentos. Ter olhar técnico, sem a prefe-rência entre os animais por família ou qualquer motivo que seja é importantís-

simo, pois enquanto o criador está vendo seus animais eles trazem informações sobre o que os touros fazem em vários reba-nhos diferentes. Tive o prazer de ter em casa a ajuda do Dr. Luís Carlos Veiga Soares, José Henrique Bueno, Claumi Pio Villela Jr, Luis Felipe Grecco de Melo e espero continuar a aprender com eles.

JH: Quais as vantagens de ter um rebanho 100% formado por meio de inseminação artificial?

RL: A evolução das raças leiteiras é impressionante. No caso da raça Holandesa, as vantagens são muitas: com a IA você pode escolher e direcionar seu rebanho, buscar as vantagens que cada touro pode oferecer descritas nas provas, temos que sempre estar melhorando o rebanho, buscando pro-dutividade, longevidade e reprodução, para isso precisamos de saúde e conformação. Como faremos isso com o touro, se não sabe-mos seus resultados? Pela genealogia até pode-se minimizar a chance de erro, mas se fosse só isso a solução seria simples: cruzar-mos os melhores. Aí teríamos uma campeã, mas na realidade, não é isso que acontece.

"Minas tem o Holandês que o freguês quiser"

Renato Landini Dias ressalta que “é grande a desunião que existe entre os produtores. Não vendemos nosso peixe. Minas poderia abastecer muitas regiões do Brasil.”

Foto Amaral

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[email protected]

Jornal Holandês| Julho de 2012 entrevista

JH: Como escolher o melhor sêmen X animal?

RL: Ninguém precisa ser um expert para escolher o sêmen para seu rebanho. A pes-soa não pode deixar de querer aprender. Se você trabalha com empresas idôneas, com vendedores e técnicos da sua confiança, já fica bem mais fácil. Mas, se não tiver nenhum, você ainda pode contar com os técnicos da Associação Mineira, que por meio da Classificação Linear do seu reba-nho mostrará o que você terá que melhorar.

JH: Como descobrir o momento certo para investir?

RL: Temos que separar os investimen-tos para falar de momento. Por exemplo, em genética é preciso investir sempre, pois a evolução das raças leiteiras é muita rápida, com muita informação. Também acho que investir em conforto e alimenta-ção sempre traz retorno, lógico que cada um sabe o quanto e como deve investir. Se o produtor puder colocar uma sombra de bambu ou um free-stall climatizado, ele terá retorno se tiver a genética para res-ponder ao investimento.

JH: Qual é o perfil do produtor de leite?RL: Sei das dificuldades do setor, médios

produtores sofrem no nosso País para con-seguir continuar na atividade, mas se temos um rebanho eficiente genetica-mente, ele será mais lucrativo. A vaca tem que ter capacidade de transformar o máximo do alimento fornecido em leite.

Mas penso que nós produtores não sabemos nos unir para lutar pelos nossos interesses, teríamos que dar mais repre-sentatividade as nossas associações e sindicatos, para termos força política, e aí melhorarmos toda a cadeia produtora, onde hoje o produtor fica com a menor parte do lucro.

JH: Com a experiência de anos de pro-dução, hoje, o que é mais lucrativo?

RL: Leite em torno de R$ 1,00 é bom negócio. Se você consegue ser eficiente na compra de insumos, fizer a alimentação do gado de forma eficiente, você terá lucro e investirá mais para produzir mais e diluir seu custo fixo. Combinado com um rebanho eficiente em reprodução e saúde, você terá excedente de gado e com um Holandês bom, você terá muito lucro na venda. Ven-der o que é bom, agradar o seu cliente e ele sempre voltará, temos vários mestres em Minas que sabem fazer isso muito bem.

JH: Quais as estratégias para ser cria-dor de Holandês?

RL: Criador de Holandês tem que ter orgu-lho da raça, pois é a que mais contribui ao ser

humano. Existem “lendas” sobre a raça, dizem que é fraco ou precisa de muitos cui-dados, mas todas as raças precisam de zelo e cuidado, pois se trata de seu patrimônio. Se você quer produzir mais terá que trabalhar mais, ficar sentado esperando não dá. O produtor pode moldar seu rebanho que a raça aceita, de acordo com seu critério; mas não pode nunca parar de evoluir.

JH: Como você vê o mercado mineiro da raça Holandesa?

RL: Minas Gerais tem o Holandês que o freguês quiser. O Estado possui rebanhos que estão entre os melhores do País: reba-nhos adaptados a carrapatos, morros, calor enfim, ao clima do Estado, mas sempre com qualidade e melhorando; os números da Associação Mineira mostram isso.

JH: Quando falamos em São Paulo logo pensamos na cidade onde tudo acontece de forma rápida e moderna. Você acha que há alguma diferença em ser criador de gado Holandês em São Paulo, se compa-rado com Minas?

RL: Tem sim, o produtor em São Paulo fica mais próximo do mercado consumidor e pela logística recebe mais pelo preço do leite, consequentemente seu rebanho é mais valorizado. Quando falamos em custo de produção, as diferenças entre ICMS, prestação de serviços e preço de insumos deixam o custo menor, apesar da mão de obra ser mais cara e escassa no Estado.

JH: O que você acha das exposições no

nosso Estado?RL: Minas Gerais tem o diferencial de

saber receber, de tratar todos bem, dou muito valor a isso. Sempre foi o nosso (Lean-dro Silva Marques) objetivo em Guaxupé, independentemente de quem for, com quantos animais participavam e também

os amigos que não traziam gado, mas iam nos prestigiar; o clima em Guaxupé é muito bom, como em muitas outras regiões de Minas. Mas, novamente, ressalto que pelo número de animais que existe no Estado e o potencial, acredito que é muito pouco, podemos crescer muito mais.

JH: E o que poderia mudar?RL: Cada região tem que ter sua autono-

mia, seu mercado, valorizar seu criador. Não adianta eu só trazer expositores profis-sionais para regiões onde os criadores não têm como competir com eles, e para os pro-fissionais também não é bom se ele não tiver concorrente a altura, é um caso a parte. Temos sim que incentivar e trazer novos participantes, que seja com um, dois ou quantos animais puder. Quanto mais parti-cipantes para a Associação, para o criador e para o Estado será melhor, e de cada regional levarmos os campeões a uma Estadual. É difícil sim, mas pode ser feito. O que não podemos é continuar mudando o jurado para julgar os mesmos animais, isso custa caro. Minas tem várias regiões ricas em pecuária leiteira, se essas fizerem suas expo-sições, seus leilões estariam “vendendo seu peixe”, mostrando sua qualidade. Mas hoje está acontecendo o contrário e se não fizer-mos algo, logo, muitas acabarão.

JH: Por que escolheu trabalhar com a Associação dos Criadores de Gado Holan-dês de Minas Gerais, sendo que a sua fazenda é em São Paulo?

RL: Por relacionamento mesmo. Faço o Registro Genealógico e a Classificação Linear com a Associação Mineira. Tenho e convivo com muitos amigos em Minas, dentre os grandes incentivadores posso citar o criador José Henrique Bueno, também de São Paulo, que sempre me levou em várias exposições apresen-

tando muita gente do ramo e da Mineira. Destaco também o meu sogro Sr. Gabriel Lopes, que eu tanto gostava de ouvir suas histórias, e não tinha como não ir para Minas.

JH: Conquistas e sonhos realizados com o gado Holandês.

RL: Cada bezerra que nasce é um sonho realizado. A cada dose do touro que com-pro, buscando famílias dos principais reba-nhos americanos e canadenses, é como se trouxesse um pouco de lá para casa.

Conquistei importantes premiações, dentre elas: Melhor Criador e Expositor em Mococa; Grande Campeã em Guaxupé, Três Corações e Itanhandu. No torneio lei-teiro de Mococa conquistei a Campeã e Reservada.

Visitar fazendas nos EUA e Canadá, ir à Royal e Madison também foram sonhos realizados. Mas o mais importante são os amigos que fiz por todo canto do País por causa do Holandês, das exposições. Gra-ças a Deus tenho muitos, e com certeza terei mais ainda.

JH: Quais são os seus planos futuros em relação a raça?

RL: Vou diminuir muito meu rebanho. Os animais que ficarem pretendo investir em FIV e fazer um rebanho menor, mas com a mesma qualidade.

Espero que a técnica de FIV com sêmen sexado de Holandês tenha consistência, para podermos acelerar e difundir ainda mais a evolução genética. Se der certo, aumentando o volume e barateando os serviços, esses produtos estarão mais aces-síveis e teremos um mercado muito grande pela frente.

Enfim, tenho uma paixão muito grande por meus animais e pela raça, não consigo me ver longe delas.

Arquivo pessoal

Page 16: Jornal Holandês Julho 2012

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saÚDe

O diagnóstico é essencialToda doença que provoca o aborto deve ser criteriosamente investigada e a prevenção torna-se fundamental para o proprietário conseguir sucesso no sistema de produção

O aborto é um tema que merece atenção do criador, pois poderá causar grandes perdas e impacto para a propriedade. Ele acontece nos diversos estágios gesta-cionais e possui várias causas, por isso é fundamental a sua prevenção e o diagnóstico de sua causa.

Perguntas e dúvidas sobre as causas e incidência de abortos em bovinos de leite são muito frequentes, por isso o médico veterinário e Coordenador Técnico Esta-

dual de Bovinocultura da Emater/MG, Feliciano Nogueira de Oliveira fala com exclusividade ao Jornal Holandês sobre as causas, prevenções e cuidados que o criador deve ter com o animal e seu rebanho.

Segundo Feliciano Nogueira “embora não se deva generalizar, a ocorrência de abortos nos rebanhos de fêmeas bovinas ainda é um problema comumente registrado em muitos sistemas de produção de pecuá-

ria bovina. Dados de literatura mostram que em reba-nhos leiteiros a média da estimativa de perdas fetais varia de 1,5% (abortos observados) a 6,5% (abortos observados e não observados). É aceitável que até 2% das vacas gestantes de um rebanho cheguem a abor-tar, mas se este percentual se eleva a 5% ou mais, é indispensável que o problema seja criteriosamente investigado”, alerta.

As diversas causas geradoras de abortamento podem ser de origem infecciosa ou não. Podem ser citadas como de origem não infecciosa aquelas de ordem genética, hormonal, nutricional ou alimentar, físicas ou mecânicas, alérgicas, interação com produtos químicos ou medicamentosos. Já os abortamentos infecciosos podem ser causados por bactérias, vírus, fungos e protozoários. Dentre as doenças infectocontagiosas consideradas de maior importância como causa de abortamento em vacas de rebanhos leiteiros podem ser citadas:

BruCELOsE: é causada pela bactéria Brucella abortus. O aborto ocorre, em geral entre o 6º e o 8º mês de gestação (terço final), com uma incidência aproximada de 65%, 18% e 4% respectivamente nas três primeiras gestações seguintes à contaminação. Por este motivo, alerta-se para o fato de que certos animais, embora não abortem, podem apresentar a doença, permanecendo como portadores do agente contaminante.

TriCOMOnOsE: é uma causa importante de morte embrionária e de aborto em bovinos. Trata-se de uma doença de transmissão venérea causada por um protozoário, o Tritrichomonas foetos, caracterizada, em geral, por aborto no terço inicial da gestação. Suspeita-se da doença no rebanho quando um elevado número de fêmeas retorna ao cio a intervalos irregulares (28 a 45 dias) após cada monta natural ou cobrição. Os touros são portadores assintomáticos.

CaMpiLOBaCTEriOsE: ainda conhecida por alguns como vibriose, a doença é provocada pela bactéria Campylobacter fetus, causando aborto ou reabsorção embrionária na gestação precoce (metade inicial da gestação). É causa de infertilidade temporária no rebanho, que apresenta grande número de fêmeas não gestantes e pequena taxa de nascimento. A infecção é transmitida pelo coito. Os touros contaminados não apresentam sintomas ou esterelidade e podem permanecer como portadores indefinidamente, ainda que haja casos de cura espontânea. Nas fêmeas provoca endometrite e placentite.

LEpTOspirOsE: é provocada pela bactéria Leptospira sp., que na fase septicêmica invade a circulação fetal e mata o feto usualmente de 24 a 48 horas antes do mesmo ser expelido. Provoca mamite em vacas lactantes e aborto no terço final da gestação.

LisTEriOsE: é provocada pela bactéria Listeria monocytogenes que causa aborto esporádico no final da gestação. A contaminação pode se dar por ingestão de água estagnada ou silagem contaminada, por meio da penetração da bactéria pelas mucosas do animal.

diarrEia BOVina a VÍrus: provoca aborto no terço inicial da gestação. Nas vacas que adquirem a doença no terço médio da gestação pode não ocorrer o aborto, mas o feto poderá sofrer lesões graves. Caso a infecção ocorra no último trimestre de gestação, não há aborto e o feto é normal e imune à doença.

rinOTraQuEÍTE inFECCiOsa BOVina Ou VuLVOVaGiniTE pusTuLar inFECCiOsa (iBr-ipV): é uma enfermidade viral de transmissão venérea decorrente da monta natural por touros contaminados.

FATORES MAIS COMUNS QUE PROVOCAM O ABORTO

Wagner Correa

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[email protected]

Jornal Holandês| Julho de 2012

JORNAL HOLANDÊS: O que o aborto representa para a fazenda em termos financeiros?

FELICIANO NOGUEIRA DE OLIVEIRA: Deve-se contabilizar os seguintes prejuí-zos decorrentes de um aborto, estimando os valores em cada situação:

- o custo da inseminação artificial ou mesmo da cobertura do touro;

- o custeio da vaca durante o período em que esteve gestante;

- o custo do tratamento da vaca em decorrência do aborto;

- o custo do período improdutivo pelo qual passa a vaca;

- a perda da cria.

JH: Cite e explique alguns fatores que são raros, mas merecem atenção do criador.

FO: Algumas outras doenças infecto-contagiosas, embora apontadas como de menor risco como causas de abortos, merecem o cuidado dos criadores em seus rebanhos. Dentre essas, podem ser citadas:

- NEOSPOROSE BOVINA: provocada pelo protozoário Neospora caninum, foi recentemente reconhecida como causa de aborto em bovinos, sendo este o único sinal clínico observado em vacas infectadas. A idade do feto abortado varia de 3 a 8 meses, sendo de 4 a 6 meses na maioria dos casos. O diagnóstico do aborto por Neospora caninum baseia-se na identificação do protozoário por meio de exames laboratoriais;

- FUNGOS: o gênero mais comumente identificado como causa de aborto em bovinos é o Aspergillus. Provo-cam abortos esporadicamente em bovinos, em geral no terço final da gestação;

- MICOPLASMAS: provocam aborto como resultado de placentite ou pneumonia fetal, principalmente no terço final da gestação;

- CHLAMIDIA: o aborto epizoótico bovino é uma doença infectoconta-giosa causada por micro-organismo do gênero chlamydia, que provoca aborto especialmente em primípa-ras (60%);

- MASTITE: tem sido referida como causa de abortamentos em vacas;

- DOENÇAS FEBRIS: o aumento da temperatura corporal materna oca-sionado por doenças infecciosas febris (pneumonia, tuberculose, etc.) pode alterar o ritmo metabólico e pro-vocar aborto, sendo aceita como potencial causa de perda fetal e abor-tamento devido à febre ou liberação de produtos inflamatórios na circula-ção sistêmica;

- GERMES INESPECÍFICOS como Estreptococcus, Escherichi coli, Pseu-domonas aeruginosa, Staphylococ-cus, Salmonella sp. Arcanobacter pyogenes (anteriormente denomi-nado Corynebacterium pyogenes) e Cândida são alguns dos agentes cita-dos como causas de aborto por infec-ções inespecíficas. A via de infecção pode ser hematógena, linfógena ou vaginal. A morte fetal ocorre por inter-rupção da alimentação, ação direta do germe ou indireta pelas toxinas que produzem.

JH: Quais as atenções devem ter com relação à alimentação e a água?

FO: Vaca de leite, em qualquer situa-ção, deve ter sempre água para consumo prontamente disponível em quantidade e em qualidade. Quanto à disponibilidade de alimentos e sua relação com a eficiên-cia reprodutiva da vaca, nunca é demais reforçar que a vaca deve ser sempre man-

tida em boa condição sanitária e em boa condição corporal, não podendo parir magra e nem com excesso de gordura. De forma complementar, vale ainda lembrar que “o cio entra pela boca”, ou seja, a vaca com boa alimentação e em bom estado corporal terá assegurada a sua atividade cíclica ovariana, e, por consequência, a manifestação do cio e possível concepção e gestação a termo de uma nova cria.

JH: É possível erradicar as doenças abortivas?

FO: Dado à diversidade de agentes microbiológicos causadores das doenças abortivas, as diversas formas de contágio possíveis e às condições de ambiente em cada sistema de produção, a erradicação naturalmente não é uma situação fácil de ser conquistada. Além disso, deve-se con-siderar também, a ocorrência de abortos em função das causas não infecciosas, ou seja, não derivados de enfermidades.

JH: Como prevenir e controlar os agen-tes causadores das doenças abortivas?

FO: A prevenção e o controle particu-larmente quanto aos agentes infecciosos causadores das doenças abor t ivas devem se dar a partir de cuidados como:

- Adoção de um bom calendário profi-lático sanitário do rebanho, com ênfase às vacinações e exames periódicos de controle de doenças infectocontagiosas;

- Exigência de atestados sanitários de origem por ocasião da compra de animais que serão introduzidos no rebanho;

- Treinamento das pessoas que mane-jam o rebanho diariamente;

- Eliminação de carcaças, fetos abor-tados, restos placentários que possam se constituir em focos de contaminação na propriedade;

- Realizar periodicamente, por meio de um médico veterinário habilitado, um

levantamento do perfil sanitário e repro-dutivo do rebanho.

JH: Inseminação artificial também merece cuidados?

FO: Sim, a inseminação artificial merece cuidados tanto no que diz respeito à aplica-ção da técnica, que caso seja má aplicada pode levar ao surgimento de infecções uteri-nas nas fêmeas inseminadas, quanto nos riscos de transmissão de doenças infeccio-sas pelo próprio sêmen utilizado.

JH: Quais os cuidados que o criador deve ter após o aborto?

FO: As medidas e os cuidados que o criador deve ter, devem ser de caráter preventivo, evitando abortamentos no rebanho. No caso de eventual ocorrência de aborto, o criador deve imediatamente orientar a eliminação dos restos placen-tários e do feto abortado, e o tratamento da vaca. De forma complementar deverá proceder uma averiguação cuidadosa sobre a causa do abortamento, conside-rando, inclusive, a possibilidade ou a necessidade de descarte da fêmea que teve o feto abortado.

JH: Após o aborto, qual é o período voluntário de espera?

FO: Inicialmente deve ser averiguada a causa do aborto, avaliando em seguida a permanência ou não do animal no reba-nho, particularmente nos casos de aborto de origem infecciosa. Nos casos de abortos por causas não infecciosas o período voluntário de espera para uma nova cobertura ou inseminação deve obedecer o prazo natural de retorno à atividade cíclica ovariana normal da fêmea bovina, com a observação de cios sendo bem feita, verificando as características do muco produzido pelo animal nessa ocasião.

Literatura consultada:FERREIRA, Ademir de Moraes. Reprodução da

Fêmea Bovina: Fisiologia aplicada e problemas mais comuns (causas e tratamentos). Juiz de

Fora, MG: Edição do autor, 2010. 422 p. il.

saÚDe

Page 18: Jornal Holandês Julho 2012

18 Jornal Holandês| Julho de [email protected]

A alta expressiva nos custos de produção e a pressão pela baixa no preço da matéria prima, ou seja, do preço a ser pago ao produtor seria a volta da equação cujo resultado pode significar uma nova crise no setor produtivo do leite?

O produtor sabe que a indústria é constantemente pressionada pelo varejo, o qual segue pressionado pela concorrência dos produtos importados, mas não pode carregar a maior pressão pela baixa no preço do seu pro-duto, cuja margem de lucro é a menor de toda a cadeia de produção. Hoje, o produtor de leite sofre com a forte alta em toda a sua planilha de custos de produção, principal-mente mão de obra, concentrados, forragens e adubos e, ainda, segue sempre contra a parede com relação ao preço do seu produto.

Em resumo, nesta equação perversa para o produtor, quem ganha menos nos bons momentos é o que mais paga nas horas ruins do mercado. Porém, como o produtor pode interferir neste processo?

Parece ser um movimento relacionado à força do capital e a um mercado com um menor número de compradores da matéria prima e um maior número de produtores.

Esta situação já é uma velha conhecida de todos, sejam produtores, indústrias ou comerciantes de produtos lácteos. Em um passado recente, o setor já sofreu com altas e baixas da cotação do dólar, com uma inundação de produtos importados, com ou sem dumping, e o resultado foi a des-

motivação da produção, a liquidação de rebanhos, o declí-nio da exportação de lácteos ocasionando, por consequên-cia, no momento seguinte, quando a economia deu sinais de fortalecimento, a falta de matéria prima para atender o mercado interno sempre crescente.

Ocorre que hoje o produtor já tem maior consciência destas leis de mercado e consegue antecipar melhor medi-das em busca da proteção da sua atividade, por exemplo, reduzindo a produção. Este fato pode configurar um ciclo vicioso para a indústria, já que em uma situação de menor produção interna e dólar mais alto, considerando que mesmo nas épocas de crise o mercado consumidor interno de lácteos cresce (em menor proporção, é claro), poderá haver falta de produto, obrigando as indústrias a pagar mais pela matéria prima e duelar com os varejistas com relação ao preço a ponta de venda.

Portanto, o produtor, que é cobrado pela indústria para investir na qualidade da sua matéria prima e na melhoria do seu sistema produtivo, precisa ter (e creio que já tenha em sua maioria) consciência do seu peso na cadeia produ-tiva, a qual somente existe em torno do leite que ele produz. O produtor precisa gerir a sua produção de acordo com as tendências do mercado, como acontece na área da soja, do milho, do café, etc, procurando antecipar movimentos do mercado e calibrar a produção de forma a ter força para atuar na valorização do seu produto.

Realmente, neste campo das commodities parece que tudo se resume à oferta e procura, escala, custos eficientes e produtividade. Logo, se há sinalização de queda do preço na matéria prima, mesmo em uma época de elevação dos custos de produção, o produtor não pode pagar para produ-zir e ver as suas margens aviltadas para que o restante da cadeia mantenha intactas as suas margens de lucro.

O produtor deve também ter o empenho de se organizar e tomar medidas para manter a produção global nos pata-mares adequados à sustentação do preço do leite por uma menor oferta, até que o mercado se reorganize e pague preços melhores. Infelizmente, como toda a atividade desta natureza, existem os ciclos de alta e de baixa nos preços, os quais podem ser minimizados.

O momento, portanto, é de alerta para o produtor, pois o discurso pessimista da indústria já existe, exigindo do pro-dutor uma resposta contundente e organizada no sentindo contrário. Na era dos movimentos de aglutinação e consoli-dação de mercados, ou o produtor efetivamente também se prepara, aglutinando-se de forma séria e eficiente para planejar o seu setor e enfrentar o mercado, ou prosseguirá sendo o elo fraco da cadeia. Por que não seguir alguns exemplos bem sucedidos mundialmente, como a Nova Zelândia, onde os produtores são o elo forte da cadeia ou até mesmo de outros segmentos agrícolas brasileiros? Somos capazes ou seria uma utopia?

LEOnardO MOrEira C. dE sOuzapresidente da associação dos Criadores de Gado Holandes de Minas Gerais

produtor de Leite

Sinal de alerta para o produtor agir!artigo

Page 19: Jornal Holandês Julho 2012

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Jornal Holandês| Julho de 2012 eConoMia

As indústrias de laticínios brasileiras fizeram com que o país ocupasse o primeiro lugar no ranking de crescimento em indus-trialização entre os tradicionais países pro-dutores de leite, de acordo com levanta-mento feito pela Associação Leite Brasil.

No período de 2007 a 2011, o ritmo de avanço da industrialização no Brasil foi de 5,5% ao ano, superando os maiores produtores mundiais: EUA (1,5%), Índia (5,1%), Rússia (1,3%), China (0,9%), Ale-manha (1,8%), França (1,6%) e Nova Zelândia (3,4%). O estudo foi realizado com base no volume de leite entregue para os laticínios nos últimos cinco anos nos países citados.

“O país que mais se aproximou do Brasil foi a Índia, com crescimento médio anual de 5,1%. Porém, é preciso destacar que este país só industrializa 12% do total da produção de leite, enquanto no Brasil esse índice é de quase 70%”, explica Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil.

De acordo com o executivo, é impor-tante comemorar o crescimento da industrialização no Brasil, pois mostra que o país está no caminho certo para reduzir a informalidade, que hoje repre-senta 30% do total de leite produzido. “No ano 2000, o leite informal respondia por 39%. Estamos evoluindo e a meta é chegar próximo aos níveis de países como EUA, Nova Zelândia, França e Ale-manha”, detalha Rubez.

O ritmo mais acelerado de cresci-mento da industrialização no Brasil pode ser explicado pelo nível de investimento em laticínios. De acordo com a Associa-ção Brasileira das Indústrias da Alimen-tação - ABIA, em 2011 esse valor girou em torno de R$ 1,8 bilhão, representando 11% no total investido na indústria da ali-mentação, acima dos outros setores.

O avanço da industrialização também refletiu no aumento do faturamento da indústria leiteira, que atingiu R$ 38 bilhões em 2011, 15% a mais que em 2010.

QUALIDADEPara Rubez, esse progresso impacta

positivamente na qualidade do leite e beneficia não só o produtor, mas também o consumidor final. “Estamos oferecendo um produto melhor, mais seguro para o consumo e com os padrões mais próxi-mos aos praticados em países desenvol-vidos”, completa.

Segundo o presidente da Leite Brasil existem diversos fatores que o produtor deve estar sempre atento para alcançar os n íve is de q ual idade ex ig idos pe lo Governo, “destaco o manejo e a higiene do rebanho, em especial o controle da mas-tite, como fatores fundamentais. Ressalto ainda a vacinação de bezerros que nor-malmente é deixada em segundo plano”.

Fonte: Leite Brasil adaptado pela redação.

País é líder na industrialização

de leiteResultado dos últimos cinco anos faz com que o Brasil supere nações desenvolvidas

MINAS GERAIS NO CENÁRIO NACIONAL

- Participação de MG na produção nacional de leite (2010): 27,3% - Participação de MG no volume de leite industrializado no Brasil (2011): 25%

- Crescimento do leite entregue para industrialização em MG - média anual (2007 a 2011): 3,6% Fonte: Leite Brasil

COMUNIDADES INTERNACIONAIS (CCS X 103 CÉLULAS/ML)

União Europeia: 400Nova Zelândia: 400

Austrália: 400Canadá: 500

Estados Unidos da América: 750 Fonte: Adaptado de Fonseca e Santos (2000)

Pesquisa inovadora em reprodução animal

Pesquisadores da Embrapa estudam novas perspectivas para avanços no estudo da fisiologia ovariana em bovinos.

Implantação do Laboratório de Qualidade de Leite da Bahia

“Produzir leite hoje no Brasil sem um laboratório de qualidade para atestar o que está sendo consumido pela população é impossível.”

na WeB

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