jornal laboratório

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O poder por detrás da imprensa e o Jornal Laboratório. *FREITAS, Mônica Na análise de dois capítulos do livro “Jornal Laboratório: do exercício escolar ao compromisso com o público leitor” de Dirceu Fernandes Lopes, conseguimos ter uma noção do que está por detrás dos veículos de comunicação e de como funciona um jornal laboratório, sendo este fundamental para os estudantes de jornalismo. No primeiro capítulo analisado “A questão da política editorial no Jornalismo: Quem decide o que editar”, percebemos que a função do jornalista é a formação da opinião pública, influenciando, manipulando e comovendo as pessoas de acordo com o poder que está por detrás da direção do meio de comunicação. Esse “poder” que está por detrás dos meios nada mais é do que os patrocinadores, que mandam e desmandam no que será publicado, ou seja, a maioria do que é informado nos meios é manipulado pela direção do jornal, que através de técnicas dão visibilidade à aquilo que é de interesse para a empresa e ocultam o insignificante que não traz nenhum benefício. Isso funciona como um filtro que é fundamental para a cobertura jornalística e influencia no processo de *Discente do Curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo na Universidade de Franca – -UNIFRAN – 2012

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Page 1: Jornal Laboratório

O poder por detrás da imprensa e o Jornal

Laboratório.

*FREITAS, Mônica

Na análise de dois capítulos do livro “Jornal Laboratório: do exercício escolar ao

compromisso com o público leitor” de Dirceu Fernandes Lopes, conseguimos ter uma

noção do que está por detrás dos veículos de comunicação e de como funciona um

jornal laboratório, sendo este fundamental para os estudantes de jornalismo.

No primeiro capítulo analisado “A questão da política editorial no Jornalismo:

Quem decide o que editar”, percebemos que a função do jornalista é a formação da

opinião pública, influenciando, manipulando e comovendo as pessoas de acordo com o

poder que está por detrás da direção do meio de comunicação.

Esse “poder” que está por detrás dos meios nada mais é do que os patrocinadores,

que mandam e desmandam no que será publicado, ou seja, a maioria do que é

informado nos meios é manipulado pela direção do jornal, que através de técnicas dão

visibilidade à aquilo que é de interesse para a empresa e ocultam o insignificante que

não traz nenhum benefício. Isso funciona como um filtro que é fundamental para a

cobertura jornalística e influencia no processo de edição dos meios de comunicação.

São batalhas diárias entre redatores e editores, onde o que o repórter pensa não tem

valor para o meio, então acaba fazendo aquilo que não é correto para si, mas é correto

para a “chefia”. O veículo fica preso ao “poder” porque este é o que desembolsa o

capital para que a empresa funcione e se algo “aborrece” os “patrões” essa parceria fica

abalada.

Para Clóvis Rossi, as batalhas que acontecem dentro e fora das redações não

passam de distorções, que começam na pauta, passando pelo copidesque, editor e as

influencias da fonte e do anunciante. Mas não é apenas a informação em si que é

manipulada. O título também passa por esse processo de distorção, onde quando precisa

ser destacado é colocado no início da página com letras maiores, para chamar mais a

atenção do leitor e quando se trata de um assunto de menos interesse, o título aparece

*Discente do Curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo na Universidade de Franca –-UNIFRAN –

2012

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em letras menores e no canto da página. Para Joaquim Douglas, a importância dos

títulos, manchetes têm como objetivo influenciar ou não o leitor a ler o que está escrito.

O capítulo “A questão editorial nos Jornais-Laboratório”, nos mostra que na

faculdade o estudante de jornalismo deve ter contato com um Jornal Laboratório, pois

este familiariza o mesmo que vai adquirindo conhecimento sobre algumas etapas para se

criar um jornal. A universidade é quem patrocina este jornal, e com orientação de

professores os discentes conseguem produzir e com isso divulgam para o público alvo

do veículo.

Toda faculdade deve ter não só um Jornal Laboratório e sim vários, para que os

alunos pratiquem as diversas técnicas jornalísticas e com isso fiquem por dentro da

problemática do futuro que os espera.

Podemos concluir que os capítulos analisados do livro auxiliam os estudantes de

jornalismo a ficarem por dentro do que é a realidade na profissão e que devem começar

a praticar na faculdade através do Jornal Laboratório que serve de preparação para o

futuro. Lógico que não podemos comparar um com o outro, mas os dois exemplos nos

mostram claramente que todo aluno deve se preparar durante o curso para enfrentar uma

realidade que não é nem um pouco fácil, onde temos que lidar com todos os tipos de

pessoas e engolir muito sapo para garantir nosso emprego, mesmo que tenhamos que

seguir uma linha editorial manipuladora e que vai além de nossos princípios.

*Discente do Curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo na Universidade de Franca –-UNIFRAN –

2012