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MANUAL DE SERVIÇO MANUAL DE SERVIÇO KASINSKI FABRICADORA DE VEÍCULOS LTDA. CRZ SM

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Page 1: Kasinski CRZ SM 150

MANUAL DE SERVIÇO

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KASINSKI FABRICADORA DE VEÍCULOS LTDA. CRZ SM

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PREFÁCIO Este manual contém uma descrição da motocicleta KASINSKI CRZ-SM e os procedimentos para sua inspeção/manutenção e revisão de seus principais componentes.

Outras informações consideradas como de conhecimento comum não estão incluídas. Leia a seção INFORMAÇÕES GERAIS para se familiarizar com o veículo e use a seção INFORMAÇÕES SOBRE A MANUTENÇÃO e outras seções como guias para fazer as inspeções e manutenções adequadas.

Este manual o ajudará a conhecer melhor a motocicleta para que você garanta aos seus clientes um serviço ótimo e rápido.

• Este manual foi preparado com base nas especificações mais recentes disponíveis no momento de sua publicação. Se modificações forem realizadas deste então, poderá haver diferenças entre o conteúdo deste manual e o veículo real.

• As ilustrações deste manual são utilizadas para mostrar os princípios básicos de operação e procedimentos de manutenção. Elas podem não representar o veículo em detalhes.

ATENÇÃO

Este manual destina-se às pessoas com conhecimentos e habilidades suficientes para a manutenção de veículos KASINSKI. Sem esses conhecimentos e habilidades você não deve tentar fazer as manutenções baseando-se somente neste manual. Nesse caso, entre em contato com uma Concessionária Autorizada KASINSKI mais próxima.

ÍNDICE

INFORMAÇÕES GERAIS 1

CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO 2

MOTOR 3

VEÍCULO 4

PARTE ELÉTRICA 5

DIAGNÓSTICO DE PROBLEMAS 6

DIAGRAMA DE CIRCUITO 7

© COPYRIGHT KASINSKI FABRICADORA DE VEÍCULOS LTDA. 2010

Page 3: Kasinski CRZ SM 150

COMO UTILIZAR ESSE MANUAL

PARA LOCALIZAR O QUE VOCÊ PROCURA:

1. O texto desse manual está dividido em seções. 2. Os títulos dessas seções estão listados na primeira

página do ÍNDICE, selecione a seção que você procura.

3. Segurando o manual da maneira mostrada à direita será possível encontrar a primeira página facilmente.

4. Na primeira página de cada seção estão listados seus respectivos índices. Encontre o item e a página desejada.

Page 4: Kasinski CRZ SM 150

INFORMAÇÕES GERAIS 1

ATENÇÃO/CUIDADO/NOTA 1-1

PARTE 1 - APRESENTAÇÃO DO VEÍCULO 1-2

PARTE 2 - ESTRUTURA 1-3

PARTE 3 - ESPECIFICAÇÕES 1-6

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1-1 INFORMAÇÕES GERAIS

ATENÇÃO / CUIDADO / NOTA Por favor, leia este manual e siga suas instruções cuidadosamente. Para enfatizar informações importantes, símbolos especiais e as palavras ATENÇÃO, CUIDADO E NOTAS têm significados especiais. Dê atenção especial às mensagens destacadas por essas ATENÇÕES, CUIDADOS E NOTAS.

ATENÇÃO

Indica um perigo em potencial que pode resultar em ferimentos ou lesões fatais.

CUIDADO

Indica um perigo em potencial que pode resultar em danos ao veículo.

NOTA

Indica informações especiais para tornar a manutenção mais fácil ou as instruções mais claras.

Observe, porém, que as ATENÇÕES e os CUIDADOS contidos neste manual não podem abranger todos os perigos relacionados com a manutenção ou a falta de manutenção da motocicleta. Além das ATENÇÕES e CUIDADOS, utilize o bom senso e princípios básicos de segurança na manutenção mecânica ou elétrica. Em caso de dúvidas sobre como realizar uma operação de manutenção específica, solicite a orientação de um mecânico ou eletricista mais experiente.

PRECAUÇÕES GERAIS

ATENÇÃO

• Os procedimentos corretos de reparo e manutenção são importantes para a segurança do serviço mecânico e elétrico, bem como para a segurança e confiabilidade do veículo.

• Quando duas ou mais pessoas trabalharem juntas, preste atenção na segurança de cada uma delas.

• Quando for necessário colocar o motor em funcionamento em ambientes fechados, certifique-se de que os gases de escapamento estejam direcionados para fora do ambiente.

• Quando for trabalhar com materiais tóxicos ou inflamáveis, certifique-se de que a área de trabalho esteja bem ventilada e de ter seguido todas as instruções de precauções do fabricante do material.

• Nunca utilize gasolina como solvente de limpeza.

• Para evitar queimaduras, não toque no motor, no óleo do motor ou no sistema de escapamento durante ou logo após a operação do motor.

• Após realizar a manutenção dos sistemas de alimentação, lubrificação, freios ou escapamento, verifique se há vazamentos em todas as tubulações e junções relacionadas com o respectivo sistema.

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1-2 INFORMAÇÕES GERAIS

PARTE 1 – APRESENTAÇÃO DO VEÍCULO A motocicleta CRZ-SM é um veículo on road recentemente pesquisado e desenvolvido pela nossa empresa. Esse veículo apresenta estilo e design modernos e destacados, sendo fácil de operar. Essa motocicleta adota o motor monocilíndrico ZS162MJ-3, 4 tempos, refrigeração a ar, eixo de comando de válvulas inferior. O baixo consumo de combustível, a excelente potência e a boa aceleração são algumas das características de seu motor. O Chassi é composto por Tubos de secção quadrada em aço carbono, que proporciona alta resistência e boa rigidez. O sistema de frenagem adota freios dianteiros e traseiros a disco para garantir estabilidade e segurança de frenagem. As rodas instaladas são do tipo raiada, o que proporciona boa aparência e durabilidade.

[1] Paralama dianteiro [2] Suspensão dianteira [3] Sistema de direção [4] Válvula de combustível [5] Bagageiro traseiro [6] Freio dianteiro [7] Pedal do câmbio [8] Descanso lateral [9] Dispositivo de transmissão final [10] Roda traseira

Figura 1-1 Vista esquerda da motocicleta CRZ-SM

[1] Lanterna [2] Silencioso [3] Assento [4] Tanque de combustível [5] Farol [6] Freio traseiro [7] Suspensão traseira [8] Pedal de partida [9] Pedal do freio traseiro [10] Roda dianteira

Figura 1-2 Vista direita da motocicleta CRZ-SM

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1-3 INFORMAÇÕES GERAIS

PARTE 2 – ESTRUTURA Esta motocicleta consiste principalmente de sistema de condução, sistema de operação, sistema de freio, sistema de transmissão, sistema de abastecimento de combustível, sistema elétrico e motor. Consulte o Diagrama 1-3.

[1] Sistema de condução [2] Sistema elétrico [3] Sistema de alimentação [4] Sistema de operação e freio [5] Motor [6] Sistema de transmissão

Diagrama 1-3 Estrutura da CRZ-SM

1 Sistema de condução

Função básica do sistema de condução:

[1] Proporcionar suporte total à motocicleta.

[2] Receber o torque de ajuste da transmissão. Movimentar a motocicleta através do contato da roda com a estrada.

[3] Fornecer suporte ao torque produzido pela força externa da roda quando utilizada em estrada.

[4] Suportar e controlar impactos e vibrações produzidos durante o deslocamento da motocicleta.

O sistema de condução é formado basicamente pela montagem do chassi, suspensão dianteira/traseira, roda dianteira/traseira e alguns outros acessórios.

2 Sistema de operação e freios

A função principal do sistema de operação é controlar a direção de deslocamento, velocidade de deslocamento, freio, iluminação e sinais e garantir o funcionamento seguro da motocicleta.

O sistema de operação e freios contém basicamente os mecanismos de condução, freios e alguns relativos ao controle de guidão, interruptores de controle, cabos de aço e acessórios.

3 Sistema de transmissão

A função básica do sistema de transmissão é aumentar o torque ou diminuir a velocidade de transmissão de acordo com as condições da estrada e necessidade de deslocamento. Assim, transmitir o efeito para a roda de acionamento e fazer a motocicleta se deslocar.

O sistema de transmissão consiste basicamente do dispositivo de partida, embreagem, comando da transmissão e acessórios do dispositivo da transmissão final.

[1] Dispositivo de partida

A função do dispositivo de partida é acionar o motor e fazer com que funcione automaticamente. O dispositivo de partida da motocicleta está dividido em duas partes: uma é de partida com o pé e outra é a partida elétrica.

[2] Embreagem

A função da embreagem é transmitir ou cortar a potência do motor de forma confiável e suave, e assegurar uma partida e troca de marchas estáveis da motocicleta. A embreagem dessa motocicleta utiliza um sistema manual, lubrificado e múltiplo.

[3] Transmissão

A função da transmissão é alterar o torque de deslocamento e rotação da transmissão da motocicleta e assegurar uma tração e velocidade adequadas da motocicleta, de modo que ela se adapte às condições de deslocamento variáveis. O comando de marchas desta motocicleta é do tipo transmissão gradual.

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1-4 INFORMAÇÕES GERAIS

[4] Dispositivo de transmissão final

A função do dispositivo de transmissão final é transmitir a potência do motor ao dispositivo de transmissão, de modo que a rotação seja reduzida e o torque aumentado. Depois transmitir a potência para a roda traseira para locomoção da motocicleta. A transmissão desta motocicleta é do tipo transmissão por corrente.

[5] Sistema de admissão e exaustão

A função do sistema de admissão é guiar e filtrar o ar, para controlar o volume da mistura gasosa que flui para o cilindro de acordo com as necessidades das condições de funcionamento.

O sistema é formado principalmente pelo tubo de admissão e filtro de ar.

A função do sistema de exaustão é ventilar o gás de exaustão no cilindro e reduzir o ruído durante a exaustão.

Ele consiste principalmente do escapamento e do silencioso.

[6] Sistema de alimentação

A função do sistema de alimentação é transformar o combustível e ar limpo em uma mistura gasosa na proporção adequada de acordo com as condições de funcionamento do motor e fornecer a mistura gasosa no tempo e quantidade certos para a câmara de combustão para manter a queima.

O sistema de alimentação consiste principalmente do tanque de combustível, interruptor do tanque de combustível, filtro de ar, carburador, mangueira de combustível e válvula de fornecimento de combustível.

4 Sistema elétrico

A função de sistema elétrico é fornecer energia elétrica para a partida e funcionamento da motocicleta e para envio de sinalização sonora ou luminosa de modo a garantir a segurança de locomoção da motocicleta. O sistema elétrico contém principalmente componentes de fornecimento, consumo e controle de energia elétrica.

[1] Alimentação elétrica

O sistema de alimentação elétrica é composto principalmente por um gerador e bateria. Quando o gerador alcança uma determinada rotação acionada pelo motor, o gerador faz a transmissão de energia elétrica, que não apenas fornece alimentação para o mecanismo elétrico, mas também para a bateria que pode assim ser carregada. A bateria pode transformar energia química em energia elétrica, o que pode alimentar a partida, iluminação e o mecanismo de sinalização.

[2] Consumo de energia elétrica

A função da parte de consumo de energia elétrica é fornecer vários tipos de sinalização sonora ou luminosa a fim de garantir a segurança do deslocamento, ao mesmo tempo podendo dar a partida do motor de uma maneira correta e rápida.

Este sistema consiste principalmente dos dispositivos de sinalização luminosa e partida elétrica.

[3] Parte de controle

A função da parte de controle é assegurar e ajustar os sistemas de fornecimento e consumo de energia elétrica.

Ela consiste principalmente em ajustador, retificador, relé de partida, mangueira de combustível, chave de controle e cabo principal.

5 Motor

O motor é um dispositivo que faz a queima do combustível no cilindro, transformando energia térmica em energia mecânica. O motor é a fonte de força da motocicleta, que consiste basicamente da tampa e corpo de cilindro, cárter, conjunto do pistão, árvore de manivelas, biela, mecanismo de válvula, sistema de lubrificação, sistema de ignição e sistema de refrigeração.

[1] Conjunto do cárter

O conjunto do cárter do motor de motocicleta consiste basicamente do cárter e das tampas de carcaça esquerda/direita, sua função é apoiar e instalar outros acessórios do motor, para suportar todos os tipos de vibrações e torque. O conjunto do cárter é a estrutura de funcionamento do motor, que determina toda sua força e resistência.

[2] Conjunto do pistão

A função do conjunto do pistão é combinar a tampa do cilindro com o corpo do cilindro dentro de uma câmara, e então transmitir potência de acionamento à biela da árvore de manivelas.

[3] Biela da árvore de manivelas

A função da biela da árvore de manivelas é transformar o movimento retilíneo alternado do pistão em movimento circular contínuo, de modo a transmitir potência e fazer os acessórios associados operar. A biela da árvore de manivelas consiste de componentes de movimento principais, tais como, biela, árvore de manivelas e assim por diante.

[4] Mecanismo de válvulas

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1-5 INFORMAÇÕES GERAIS

A função do mecanismo de válvulas é absorver de forma sincronizada a mistura gasosa combustível para a câmara de acordo com as exigências do motor e emitir o gás de exaustão do cilindro de modo a assegurar um bom desempenho e funcionamento do motor. O mecanismo de válvulas desta motocicleta adota o sistema de came inferior.

[5] Sistema de lubrificação

A função do sistema de lubrificação é lubrificar a superfície dos componentes do motor e reduzir o atrito e abrasão. Ele dissipa o calor durante o atrito e assegura o bom desempenho de trabalho do motor, melhora a confiabilidade e prolonga a vida de serviço. O sistema de lubrificação desta motocicleta consiste basicamente do prato de óleo, bomba de óleo, filtro de óleo, passagem de óleo e tubo de óleo.

[6] Sistema de refrigeração

A função do sistema de refrigeração é resfriar o motor de modo a assegurar seu bom desempenho e funcionamento. O sistema de refrigeração desta motocicleta adota o método de refrigeração a água, que utiliza água como meio de absorção térmica para eliminar o calor dos componentes de alta temperatura e dispersar o calor no ar de forma a reduzir a temperatura dos componentes.

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1-6 INFORMAÇÕES GERAIS

PARTE 3 – ESPECIFICAÇÃO Tabela 1-1 Especificação

Item Especificação

Tamanho e Peso Líquido

Comprimento X Largura X Altura 2155mm X 804mm X 1194mm

Distância entre eixos 1405mm

Distância Mínima do Solo 260mm

Peso Líquido 127kg

Peso Máx. 277kg

Carga Máx. 150 kg

Motor

Modelo de Motor ZS162MJ-3

Tipo de Motor Monocilíndrico de 4 tempos, comando de válvulas no cabeçote, arrefecimento a água

Diâmetro X Curso 62,0mm X 49,5mm

Capacidade Volumétrica 149,5mL

Taxa de Compressão 10.0:1

Potência Máx./Rotação Correspondente 8,8kw/(8500 ± 5%)r/min

Torque Máx./Rotação Correspondente 10,0N.m/(7500 ± 5%)r/min

Rotação estável mínima sem carga (1400 ± 100) r/min

Taxa mínima de consumo e combustível ≤ 354g/kW.h

Folga da válvula 0,06mm~0,08mm

Método de Lubrificação Pressão e derramamento

Tipo de Carburador PZ27

Forma de Alimentação Êmbolo Plano

Filtro de Ar Composição: papel e plástico

Método de Partida Partida do Motor, Partida Elétrica

Sistema de Condução

Suspensão dianteira Telescópica invertida

Suspensão traseira Balança monochoque Kasinski Progressive System

Tamanho/Pressão da Roda dianteira 100/80-17/225kPa

Tamanho/Pressão da Roda Traseira 110/80-17/250kPa

Velocidade Máxima 95km/h

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1-7 INFORMAÇÕES GERAIS

Item Especificação

Dispositivo de Transmissão

transmissão final transmissão por corrente

embreagem Multidiscos banhados em óleo

tipo de câmbio de velocidades 5 velocidades

taxa de transmissão primária 4,055

taxa de transmissão final 3,357

taxa de transmissão da primeira engrenagem

2,769

taxa de transmissão da segunda engrenagem

1,882

taxa de transmissão da terceira engrenagem

1,400

taxa de transmissão da quarta engrenagem 1,130

taxa de transmissão da quinta engrenagem 0,960

Operação e Freio

Diâmetro mín. do círculo de direção 5372mm

Ângulo de curva à esquerda e à direita ≤ 48°

freio dianteiro freio a disco

freio traseiro freio a disco

Sistema Elétrico

Método de ignição C.D.I

tipo de vela de ignição D8EA

folga da vela de ignição 0,6mm~0,7mm

bateria 12V/7Ah

fusível 15A

farol dianteiro 12V35W/35W

lanterna/luz de freio 12V5W/21W

luz indicadora de direção 12V10W

indicador de direção 12V1,7W

indicador luminoso de medidores 12V1,7W

luz de posição dianteira 12V5W

Fluídos

tipo de combustível 22% gasolina etanol

capacidade do tanque de combustível ≥ 6,5L

tipo de óleo SAE 20W/50

capacidade de óleo do motor 1000mL

capacidade de óleo da suspensão dianteira 200±5mL (por amortecedor)

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CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO

2

PARTE 1 – ITENS DE ATENÇÃO PARA MANUTENÇÃO 2-2

PARTE 2 – CONHECIMENTOS GERAIS DE MANUTENÇÃO 2-3

PARTE 3 – CICLO DE MANUTENÇÃO 2-7

PARTE 4 – FERRAMENTAS DE MANUTENÇÃO 2-8

PARTE 5 – INFORMAÇÕES DE AJUSTES DE MANUTENÇÃO 2-10

PARTE 6 – TORQUES E REQUISITOS DE MONTAGEM 2-12

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2-2 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO

PARTE 1 – ITENS DE ATENÇÃO DE MANUTENÇÃO Em caso de problemas com motocicleta, ela poderá ser reparada na oficina de assistência técnica Kasinski ou em uma oficina de manutenção profissional autorizada. Além disso, você também pode consultar este manual de manutenção. As peças da motocicleta irão sofrer desgaste ou desajuste durante a condução. A falta de manutenção regular pode afetar a segurança e a confiabilidade de sua motocicleta e reduzir sua vida útil. Assim uma manutenção regular irá ajudar a manter sua nova motocicleta operando com desempenho máximo.

(1) Quando a motocicleta for reparada, utilize os componentes, acessórios, óleo lubrificante e outros materiais complementares que foram produzidos ou recomendados por nossa empresa. Se você utilizar componentes que não são apropriados para esta motocicleta, isto afetará sua mobilidade, confiabilidade, estabilidade e conforto. A motocicleta será danificada seriamente.

(2) Após a desmontagem e reinstalação, substitua a guarnição, componentes de vedação e pinos de abertura por peças novas.

(3) Ao apertar parafusos e porcas, utilize o princípio de cruzamento diagonal e aperte-os totalmente com o valor de torque padrão por 2 ou 3 vezes.

(4) Ao limpar os componentes, use somente fluido de limpeza não inflamável. Aplique algum óleo lubrificante nas partes móveis dos componentes antes da instalação.

(5) Após a instalação, verifique se os componentes estão instalados corretamente. Verifique os métodos de circulação, movimento, operação e inspeção.

(6) Quando da desmontagem da motocicleta, sempre utilize ferramentas de manutenção apropriadas.

(7) Repare a motocicleta com o motor desligado.

Se a motocicleta tiver que ser reparada com o motor funcionando, faça-o em um local bem ventilado, pois o gás do escapamento da motocicleta contém CO nocivo.

(8) O gás é fácil de queimar ou explodir, portanto não fume nem acenda chamas no local de manutenção.

(9) O eletrólito da bateria contém substância ácida. Caso o eletrólito respingue nos olhos, pele e vestimentas, limpe completamente com água. Procure assistência médica imediatamente.

(10) A bateria libera gás hídrico que é inflamável e explosivo, portanto não fume nem acenda chamas nas suas proximidades. Especialmente durante seu carregamento.

Significado das sinalizações contidas na motocicleta:

ATENÇÃO

Indica um perigo em potencial que pode resultar em ferimentos ou lesões fatais.

CUIDADO

Indica um perigo em potencial que pode resultar em danos ao veículo.

NOTA

Indica informações especiais para tornar a manutenção mais fácil ou as instruções mais claras.

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2-3 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO

PARTE 2 – CONHECIMENTOS GERAIS DE MANUTENÇÃO

1 Classificação da Manutenção

A manutenção pode ser dividida em 4 partes de acordo com a faixa e período de intervalo, estas partes são: 4 reparo grande, reparo médio, reparo pequeno e reparo em conjunto.

[1] O reparo grande é um reparo detalhado que requer a desmontagem, limpeza, medição, inspeção, ajuste completo, entre outros, da motocicleta. Após este reparo a motocicleta pode alcançar o padrão original de mobilidade, economia, estabilidade e desempenho seguro.

[2] O reparo médio é o reparo e ajuste de algumas partes que afetam o desempenho da motocicleta. Este reparo pode eliminar riscos potencialmente perigosos, evitar a intensificação de problemas e manter uma boa condição de funcionamento.

[3] O reparo pequeno é um reparo de funcionamento, que visa principalmente a eliminação de alguns problemas temporários ou danos parciais durante o funcionamento.

[4] O reparo em conjunto é um reparo separado por conjunto, realizado de acordo com a necessidade de um determinado conjunto ou dano, corrosão ou deformação de algum componente que afeta o desempenho da motocicleta.

2 Técnicas de Reparo

(1) Desmontagem da Motocicleta

A desmontagem, também conhecido como KD, é uma etapa muito importante durante o reparo. O método de desmontagem influenciará diretamente a qualidade e a eficiência do reparo.

Se os componentes quebrarem ou forem bloqueados devido à desmontagem incorreta, a extensão do reparo, bem como o tempo gasto para realizá-lo, serão aumentados. Isso causará a interrupção da desmontagem. O princípio básico da desmontagem é na sequência e sentidos contrários ao da instalação. Normalmente, a sequência é de dentro para fora, de cima para baixo, do maior para o menor. Na desmontagem, preste atenção ao lugar em que coloca as peças para evitar danificá-las ou confundi-las.

A sequência e o método de desmontagem não são absolutos. Diferentes motocicletas possuem sequências e métodos de desmontagem diferentes. Consulte as seguintes introduções de desmontagem, instalação e manutenção.

O princípio básico de desmontagem do motor e outros componentes é o mesmo que o princípio da motocicleta inteira. A sequência e o método de desmontagem são diferentes devido às diferentes estruturas e características dos diversos componentes. Preste atenção quanto ao local e sequência de armazenamento de todas as peças e componentes desmontados.

Preste atenção quanto aos seguintes itens ao desmontar a motocicleta e componentes:

[1] Os componentes que têm altas exigências de posicionamento devem ter suas marcas de posição verificadas primeiro quando da desmontagem.

Se a marca não estiver evidente, ela deve ser refeita.

[2] Utilize ferramentas especiais para desmontagem de componentes que estiverem excessivamente apertados.

[3] Ao desmontar o conjunto da suspensão dianteira/traseira e as rodas dianteira/traseira, deixe a motocicleta bem apoiada. Evite que a queda da motocicleta possa provocar ferimentos pessoais ou danificar os componentes.

[4] Coloque os componentes desmontados em sequência. Não coloque esses componentes diretamente no chão; tais como, componentes spray, componentes chromeplate e componentes de alta precisão.

[5] As porcas e parafusos desmontados devem ser guardados cuidadosamente, mas também podem ser instalados no local original, sem aperto.

[6] Os componentes que são desmontados apenas com ferramentas especiais devem seguir as recomendações específicas. Monte de maneira uniforme e no sentido correto.

[7] Ao desmontar os componentes, selecione as ferramentas apropriadas, aperte igualmente e preste atenção quanto ao sentido para evitar danificá-los.

[8] As pastilhas de freio desmontadas devem ser guardadas separadamente e longe do óleo lubrificante, caso contrário poderá haver falhas no freio.

[9] Em caso de dificuldades para desmontagem devido à presença de ferrugem em componentes de roscas de parafuso, pode-se mergulhar tais componentes em gasolina por alguns minutos e depois desmontá-los.

[10] Ao desmontar guarnições, deve-se tomar bastante cuidado para evitar danos.

acúmulos. Limpe-os para ajudar na manutenção e instalação. Pode-se utilizar gasolina, querosene e líquidos para limpeza. O método de limpeza é escolhido de acordo com as características dos componentes.

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2-4 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO

(2) Limpeza de Componentes

Depois que desmontados os componentes, eles estarão sujos de óleo ou carbono

[1] Limpeza de manchas de óleo

Limpeza fria e limpeza quente são dois métodos para peças de metal. Utilize gasolina ou querosene, coloque as peças de metal dentro do detergente e esfregue-as com uma escova, essa é a chamada limpeza fria. Utilize base alcalina em meio aquoso como detergente; coloque as peças de metal dentro do detergente, aqueça de 79 a 90°C e mantenha-as imersas de 10 a 15 minutos, depois retire as peças de metal e limpe-as, essa é a chamada limpeza quente.

Métodos de limpeza de peças não metálicas diferem de acordo com o material. O melhor produto de limpeza para peças de borracha é o álcool. Não utilize querosene ou gasolina para limpar peças de borracha, pois elas podem inchar e deformar. A gasolina é apropriada para o disco da embreagem e para os discos de fricção das pastilhas de freio, enquanto a base alcalina em meio aquoso é proibida.

[2] Remoção de acúmulo de carbono

Para remover o acúmulo de carbono dos componentes é possível utilizar o método mecânico ou químico. O método mecânico é o de raspagem do acúmulo com um raspador ou espátula de bambu e então limpar com gasolina. Mergulhe o componente, escove o acúmulo de carbono e limpe com água quente, esse é o método chamado químico.

(3) Inspeção de peças

Inspecione as peças após a limpeza. A finalidade da inspeção é verificar se as peças precisam ser reparadas ou substituídas. Existem três métodos, ou seja, inspeção direta, inspeção por instrumento e diagnóstico de problemas.

[1] Inspeção direta

A inspeção direta deve verificar e avaliar a condição de peças por sensação individual em vez de instrumento.

É um método simples e factível, que é amplamente utilizado para manutenção.

[2] Inspeção por instrumento

A inspeção por instrumentos serve para medir o tamanho e o formato geométrico das peças por meio de medidores e aparelhos e, então comparar o valor medido com o valor limite para descobrir as condições das peças. Esse método pode obter avaliações precisas, mas é necessária uma inspeção cuidadosa da precisão dos instrumentos e seleção adequada das peças.

[3] Diagnóstico de problemas

Para encontrar falhas latentes nas peças, é possível aplicar o diagnóstico de problemas. Geralmente, é adotado o método de imersão em óleo e batidas durante a manutenção. O processo desse método é o seguinte: primeiro mergulhe as peças em querosene ou óleo Diesel por alguns minutos. Depois, retire e seque as peças. Em seguida, espalhe talco na superfície das peças. Finalmente, dê leves batidas com um pequeno martelo na superfície das peças defeituosas. A batida pode produzir vibração. O óleo restante na rachadura espirrará devido à vibração. O óleo derramado tingirá o talco de amarelo e será possível encontrar facilmente uma marca amarela no local da rachadura.

(4) Métodos e habilidades de reparo

Após a desmontagem, limpeza e inspeção, o próximo estágio é fundamental. O domínio de habilidades básicas é essencial para assegurar uma boa qualidade de manutenção. Tais habilidades de manutenção são as seguintes:

[1] Entalhe, limagem e raspagem

O entalhe é o processamento de peças metálicas com um martelo e talhadeira. As funções são cortar e partir.

A limagem é a raspagem das superfícies das peças com uma lima. Isso inclui raspar e limar delicadamente. O dente de uma lima determina o grau de aspereza ao limar peças de metal. A operação de limagem é diferente de acordo com os diferentes formatos das superfícies das peças.

A raspagem é um processo que raspa uma fina camada da superfície das peças. É um trabalho delicado, por isso, raspe as peças aos poucos e com muito cuidado. Geralmente, é raspado 0,005 a 0,01 mm por vez. Antes da raspagem, espalhe tetróxido de chumbo na superfície das peças. Então, encaixe as peças com outras padrão. As partes que não encaixam são as áreas que devem ser raspadas. Após vários encaixes e raspagens, a superfície de contato das peças ficam maiores, atingindo os requisitos e propósitos.

[2] Polimento

O polimento consiste em eliminar uma fina camada da superfície das peças pelo esmerilhamento. Esse é um acabamento fino para a superfície das peças, que pode proporcionar um tamanho preciso, formas geométricas exatas e o grau mais baixo de aspereza. Consiste nos polimentos plano, interno e externo. A ferramenta utilizada no polimento plano é um disco plano, enquanto no interno é um mandril. Durante a manutenção os métodos de polimento são utilizados, geralmente, para polir a chapa do cárter e o orifício interno da biela.

[3] Rebitagem e solda

A rebitagem é um processo que serve para unir duas partes ou mais com rebites.

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2-5 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO

É amplamente utilizada na manutenção como na rebitagem do disco da embreagem, etc.

A rebitagem pode ser classificada pelas suas funções em três tipos: junções com rebite fixo, rebite ativo e rebite de vedação.

O processo de soldagem pode unir permanentemente duas parte de metais com uma ferramenta de solda.

[4] Perfuração e alargamento

O processo de perfuração consiste em fazer orifícios em peças ou materiais com uma broca. As ferramentas de perfuração principais são: furadeira, furadeira manual, furadeira elétrica e broca.

O alargamento é um processo de acabamento que pode aumentar o grau de precisão do orifício das peças e diminuir o grau de aspereza. O aumento da precisão do encaixe entre o orifício e o eixo pode alcançar de 6 a 8 graus. As ferramentas básicas desse processo são os alargadores fixos, ajustáveis, cônicos, etc. Antes do alargamento é preciso primeiramente furar um orifício que serve como base para a precisão do formato do orifício e criar espaço para o procedimento de alargamento.

[5] Corte interno e externo de roscas

O corte feito com um cossinete é chamado de corte interno de roscas. O corte de rosca externo com um disco é chamado de corte de rosca externo. O conjunto consiste em dois tornos, por exemplo, o torno mestre e o torno secundário. O dois tornos diferem no seu ângulo de corte, o ângulo de corte do torno secundário é maior do que o do mestre. Perfure um orifício com um ângulo chanfrado antes de iniciar o corte de rosca interno. Para escolher a broca apropriada, consulte a lista especializada ou a fórmula seguinte:

Diâmetro de perfuração do orifício = diâmetro externo da rosca – 1,1 mm X passo da rosca (apropriado para ferro e cobre)

Diâmetro de perfuração do orifício = diâmetro externo da rosca -1,2 mm X passo da rosca (apropriado para aço e latão)

Ao realizar o corte interno de roscas, vire o cossinete dentro do orifício de ângulo chanfrado, em seguida remova e utilize o cossinete secundário para dar formato às roscas.

A ferramenta de corte de roscas externo é um disco. O disco é constituído de discos fixos, discos ajustáveis e disco ativo. Geralmente, nós utilizamos o disco fixo, por exemplo, o disco arredondado. Ao realizar o corte externo de roscas, escolha o disco e o diâmetro do material a ser gradualmente expandido de acordo com a necessidade do material, diâmetro da rosca e passo do parafuso. Para fazer a escolha certa, consulte a lista especializada ou a seguinte fórmula:

Diâmetro do material a ser expandido gradualmente = diâmetro externo da rosca -0,13 mm X passo do parafuso

Corte a extremidade do material a ser expandido em ângulo de 15 a 20º antes de fazer o corte externo na rosca. Para facilitar a operação, o disco e o material a ser expandido devem estar na vertical, assim, o diâmetro mínimo do ângulo do cone deve ser menor do que o diâmetro interno da rosca.

[6] Retificação

A operação que elimina o desnivelamento de formas planas, em barras e colunas, é chamado de retificação. A retificação pode remodelar as peças.

A retificação depende da flexibilidade das partes de metal. Assim, partes de metal com boa flexibilidade podem ser retificadas diretamente, como aço doce e cobre vermelho. Partes de metal com menos flexibilidade devem ser amolecidas antes da retificação.

As forma de retificação são: torção, extensão, curvatura e expansão.

[7] Colagem

A colagem é amplamente utilizada na manutenção e no reparo porque é fácil e pode ser realizada sem ferramentas especiais ou materiais caros. Além disso, as peças coladas como, por exemplo, guidão, cabeça da direção, plástico e peças de metal pintadas com spray; disco e pastilhas de freio não precisam ser processadas por máquinas de alta precisão. Existem vários tipos de colas como a epóxi, adesivo fenólico etc.

(5) Montagem da motocicleta

O último procedimento de reparo é a montagem, que é um fator determinante para assegurar um bom funcionamento da motocicleta.

[1] A montagem inclui a montagem dos módulos, das peças e total. No processo de montagem, é preciso observar o princípio da montagem, primeiro dos módulos, depois das peças e por fim a montagem total. A sequência de montagem é contrária a de desmontagem, ou seja, primeiro monta-se os componentes que foram desmontados por último e por último os componentes que foram desmontados primeiro.

[2] A montagem de módulos é a primeira etapa de todo o processo que transforma as peças em um único módulo como, por exemplo, a combinação do tambor do freio dianteiro, a combinação das pastilhas de freio e a combinação das rodas.

[3] A montagem das peças é baseada na montagem dos módulos que unem as partes e os módulos como um todo como, por exemplo, a montagem das rodas dianteira e traseira, conjunto do garfo dianteiro, amortecedor, etc.

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2-6 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO

[4] A montagem total é o último procedimento para completar todo o processo de trabalho, ela conecta as peças e os módulos com o chassi de acordo com a sequência de instalação correta.

[5] As sequências da montagem total são similares. A operação é da seguinte maneira: primeiro, finalize a montagem dos módulos e das peças, então instale o conjunto do motor e da transmissão no chassi. Segundo, instale o conjunto do garfo dianteiro, guidão, paralamas dianteiro e traseiro, amortecedor, diferencial, rodas dianteira e traseira, tanque de combustível e assento. Terceiro, instale o farol, lanterna, indicador de direção, buzina e o conjunto de bateria. Quarto, conecte todos os circuitos elétricos e cabos de controle. Quinto, instale a corrente de transmissão, correia dentada, capa de para-brisa e protetor de corrente ou protetor de correia. Por último, lubrifique toda a motocicleta.

[6] Consulte a seguinte referência sobre desmontagem, instalação e inspeção se houver qualquer diferença de sequência de montagem causada por diferente tipo e estrutura.

[7] Presta atenção ao seguinte:

Escolha um lugar amplo e limpo, siga rigorosamente as recomendações de montagem, as partes devem estar conectadas de acordo com as especificações, evite conectar as peças incorretamente e esquecer-se de montar alguma junta, contrapino e cordões de vedação.

3 Regulagem após reparo

A interconexão das peças foi afetada de alguma forma após o reparo. Para recuperar o desempenho da motocicleta, faça o ajustes de acordo com as especificações do MANUAL DO USUÁRIO. Ajuste da seguinte maneira:

(1) Regulagem do Tempo de Ignição

Caso ocorra algum erro com o ângulo avançado da ignição, isso poderá causar uma série de problemas, tais como partida do motor com dificuldade, diminuição da potência, alto consumo de combustível, superaquecimento do motor, queima de combustível incompleta, redução da vida útil etc. Portanto, ajuste primeiramente o ângulo avançado da ignição.

Se o sistema de ignição não estiver funcionando bem, verifique o dispositivo de ignição elétrica, a bobina de alta tensão, a bobina de ignição e a bobina do disparador do magneto e assim por diante.

(2) Regulagem do Carburador

A regulagem do carburador é muito importante, ele interfere diretamente no desempenho do motor, portanto, mantenha-o da seguinte maneira:

Antes da regulagem, certifique-se de que a temperatura de operação do motor esteja adequada, abra a válvula do afogador, verifique se a folga da válvula e o ajuste da ignição estão corretos e se não há vazamentos ou bloqueio do motor ou do carburador. A regulagem do carburador inclui a regulagem em vazio e a regulagem do nível de fluido da câmara de boia. A regulagem pode tornar a operação do motor mais estável em vazio e evitar a entrada de óleo em excesso ou falta no carburador.

(3) Regulagem da Embreagem

A embreagem é utilizada para transferir potência, portanto, tem um importante papel no sistema de transmissão. Regule a folga da manopla de operação da embreagem entre 10 e 20 mm. Algumas motocicletas precisam de regulagem do parafuso de ajuste das peças desengatadas.

(4) Regulagem dos Freios

O desempenho do freio afeta diretamente a segurança de condução, assim é muito importante ajustar os freios. Regule a folga da alavanca do guidão do freio dianteiro entre 10 e 20 mm e o pedal do freio traseiro entre 20 e 30 mm. O método de regulagem é o mesmo.

(5) Regulagem do Dispositivo Elétrico

A regulagem do dispositivo elétrico inclui principalmente o farol dianteiro e a regulagem da buzina elétrica.

[1] Regulagem da posição do farol para cima ou para baixo para alterar a distância de irradiação de luz.

[2] Regulagem do som e tom da buzina elétrica. O volume padrão da buzina elétrica da motocicleta é de 95 a 105 dB (A). Regule o parafuso de ajuste atrás da buzina elétrica se o volume e o tom não estiverem funcionando corretamente.

(6) Regulagem do Cabo do Acelerador

A folga da manopla de controle do acelerador deve ser de 2 a 6 mm. O aumento ou diminuição da rotação do motor não são permitidos nesse processo. Regule a folga de acordo com a especificação. Essa regulagem é, normalmente, acompanhada da regulagem da rotação de marcha lenta.

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2-7 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO

PARTE 3 – CICLO DE MANUTENÇÃO

Itens Leituras do hodômetro (km)

1000 km 2000 km 3000 km 4500 km 6000 km a cada

Óleo do motor - trocar - (1) 1.500

Tela do filtro de óleo - Limpar 12.000

Filtro de ar - limpar a cada 1.000 km

Filtro de combustível - Trocar 6.000

Vela de ignição - Verificar 3.000

Vela de ignição - Trocar 6.000

Carburador - Verificar a marcha lenta 3.000

Carburador - Limpar 6.000

Fluido de freio - verificar (2) 6.000

Tanque de combustível e tubulações - Verificar 6.000

Folga das válvulas - verificar e ajustar a cada 1.000 km

Acelerador - Verificar e ajustar 3.000

Pastilhas e Lonas de freio - Verificar desgaste 3.000

Tambor de freio - limpar 3.000

Freio traseiro - verificar e ajustar 3.000

Aros e Raios das rodas - verificar e ajustar 3.000

Interruptor do freio traseiro - Verificar e ajustar 3.000

Interruptores e instrumentos - Verificar o funcionamento

3.000

Suspensões dianteira e traseira - Verificar 3.000

Óleo da suspensão dianteira - trocar (3) 9.000

Rolamentos da Coluna de direção - verificar ajustar ou lubrificar

3.000

Corrente de transmissão – verificar, ajustar e lubrificar (1)

a cada 500 km

Sistema de iluminação/sinalização - Verificar o funcionamento

3.000

Cavalete Central e lateral - Verificar 3.000

Embreagem - Verificar e ajustar 3.000

Facho do farol - ajustar 3.000

Sistema de Escapamento - Verificar 3.000

Parafusos, Porcas e Fixações – Verificar e apertar

3.000

CUIDADO

Reduza o intervalo de manutenção se a motocicleta circular em regiões com muita poeira.

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2-8 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO

PARTE 4 – FERRAMENTAS DE MANUTENÇÃO

Tabela 2-2 Ferramentas e Medidores Especiais

[1] Pistola Elétrica Esta ferramenta é utilizada para fornecer energia para remoção de parafusos e porcas.

[2] Luva da lingueta Esta ferramenta é utilizada para remover as porcas do elemento filtrante de óleo e embreagem.

[3] Luva do parafuso AB, adaptador, ponte elétrica, ponta de pistola sextavada, luva de ajuste da válvula

[4] Luva Retire/fixe as porcas e parafusos com a pistola.

[5] Cortador de fios, alicate de corte Retire/instale o anel de trava com o alicate de expansão.

[6] Chave de luva em T

[7] Extrator do rotor Esta é a ferramenta especial para desmontar o rotor do magneto.

[8] Martelo de Borracha, Martelo de Ferro e Martelo de Cobre

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2-9 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO

[9] Calibrador de Lâminas Esta ferramenta é utilizada para medir a folga entre o pistão e o cilindro ou válvula.

[10] Micrômetro Esta ferramenta é utilizada para medir as dimensões do pistão e do pino do pistão.

[11] Relógio comparador Mede a oscilação vertical da roda, diâmetro interno do cilindro, etc.

[12] Barômetro do Cilindro Esta ferramenta é utilizada para medir a pressão do cilindro.

[13] Barômetro do Pneu Esta ferramenta é utilizada para medir a pressão do pneu.

[14] Paquímetro Esta ferramenta é utilizada para medir o diâmetro interno do cubo da roda traseira.

[15] Torquímetro Esta ferramenta é utilizada para medir o aperto do parafuso e porca.

[16] Expansor sextavado interno Esta ferramenta é utilizada para remover parafusos e porcas sextavados internos.

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2-10 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO

PARTE 5 – INFORMAÇÕES DE AJUSTE DE MANUTENÇÃO

1 Sistema do Motor

Tabela 2-3 Corpo do Cilindro/ Pistão/ Biela da Árvore de Manivelas/ Mecanismo da Válvula/ Bomba de Óleo

Itens Valor Padrão (mm) Valor Limite (mm)

Folga do pistão e cilindro 0 + 0,032, + 0,046

Diâmetro do Cilindro 62,6 -0,020, -0,013

Diâmetro do Pistão 62,6 -0,059, -0,052

Deformidade do cabeçote ——— 0,05

Flexibilidade do corpo do cilindro ——— 0,05

Folga da extremidade do anel do pistão

———

Primeiro anel +0,15, +0,30 Segundo anel +0,2, +0,40

Anel de óleo +0,20, +0,40

Folga lateral do anel do pistão

———

Primeiro anel +0,025, +0,07 Segundo anel +0,015, +0,06

Anel de óleo +0,015, +0,06

Folga do pino e do orifício do pino 0 + 0,001, +0,01

Diâmetro interno do orifício do pino do pistão 15 + 0,001, + 0,006

Diâmetro externo do pino do pistão 15 -0,004, 0

Diâmetro do orifício da extremidade menor da biela 15 + 0,015, + 0,025

Folga radial da extremidade menor da biela 0 + 0,015, + 0,029

Folga radial da extremidade maior da biela 0 + 0,028, +0046

Folga lateral da extremidade maior da biela 0 + 0,2, +0,5

Desvio radial da árvore de manivelas 0,01

Altura do came Admissão 10 -0,1, 0,1

Exaustão 10 -0,1, 0,1

Comprimento livre da mola da válvula Interno ——— ———

Externo 33,9 0, +0,5

Folga da Válvula Admissão 0,1, exaustão 0,15

Admissão 0,13, exaustão 0,18

Largura da sede da válvula Admissão 27,64 -0,01, +0,01

Exaustão 22,128 -0,01+0,011

Guia de Válvula/ Válvula

Diâmetro externo da haste da válvula Admissão 4,987 -0,015, 0

Exaustão 4,975 -0,015, 0

Diâmetro interno da guia da válvula Admissão 5 0, +0,012

Exaustão 5 0, +0,012

folga da haste da válvula e da guia da válvula Admissão

+ 0,013, +0,04

Exaustão + 0,025, +0,052

folga do rotor interno/externo ——— 0,04-0,08

Folga radial do rotor externo e do corpo da bomba ——— 0,025-0,065

folga da bomba superior ——— ———

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2-11 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO

2 Sistema de Transmissão

Tabela 2-4 Embreagem/ Engrenagem de Partida/ Caixa de Mudanças/ Corrente de Transmissão

Itens Valor Padrão (mm) Valor Limite (mm)

Embreagem

Espessura do disco de fricção ——— ———

Espessura do disco de fricção ——— ———

Deformidade do disco de ferro de fricção ——— ———

Comprimento livre da mola da embreagem ——— ———

Diâmetro interno do orifício da engrenagem ——— ———

Transmissão

Sistema

Diâmetro do eixo de partida 16 -0,043, -0,016

Diâmetro externo do eixo motriz 20 -0,02, -0,01

Diâmetro externo do eixo intermediário 15 -0,02, -0,01

Diâmetro externo do eixo final 25 -0,020, -0,007

Diâmetro externo do eixo principal ——— ———

Diâmetro externo do contraeixo ——— ———

Diâmetro interno da engrenagem primária e secundária

C1 Diâmetro interno da engrenagem secundária ——— C2 Diâmetro interno da engrenagem primária ——— ——— C2 Diâmetro interno da engrenagem secundária ——— ——— C3 Diâmetro interno da engrenagem primária ——— ——— Diâmetro interno da engrenagem secundária ——— ——— C4 Diâmetro interno da engrenagem primária ——— ——— Diâmetro interno da engrenagem secundária ——— ——— C5 Diâmetro interno da engrenagem primária ——— ——— C5 Diâmetro interno da engrenagem secundária ——— ———

Corrente de transmissão

Aperto 20mm~30mm 30mm~40mm

3 Sistema de Condução

Tabela 2-5 Pneu/Amortecedor

Itens Valor Padrão (mm) Valor Limite (mm)

Profundidade da ranhura padrão na superfície do pneu 4,0 2,0

Ciclo da suspensão dianteira 95 ———

Comprimento livre da mola da suspensão dianteira 475,0 470,4

Ciclo da suspensão traseira 30 ———

Comprimento livre da mola da suspensão traseira 221 200,0

Desvio do cubo da roda Axial ——— 2,00

Radial ——— 2,00

Desvio do eixo Dianteiro ——— 2,00

Traseiro ——— 2,00

4 Sistema de Operação e Freios

Tabela 2-6 Sistema de Operação e Freios

Itens Valor Padrão (mm) Valor Limite (mm)

Ciclo livre da alavanca do freio dianteiro 10~20 20~30

Ciclo livre da manopla de controle de aceleração 2~6 6~10

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2-12 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO

PARTE 6 – TORQUES E REQUISITOS DE MONTAGEM

1 Torque de aperto

Tabela 2-7 Torque de aperto

Itens Valor Padrão (mm) Valor Limite (mm)

Motor

Parafuso da tampa do cabeçote M6 8~12

Parafuso de fixação do cabeçote M8 28~32

Porca AB do cabeçote M8 28~32

Parafuso da tampa do cárter esquerdo M6 8~12

Parafuso do rotor do magneto M10 50~60

Parafuso do motor de partida M6 8~12

Parafuso da engrenagem de sincronização de válvulas M6 8~12

Parafuso da tampa do cárter direito M6 8~12

Contraporca da embreagem e engrenagem motriz M16 60~70

Parafuso da engrenagem da bomba de óleo M6 8~12

Parafuso da tampa da embreagem M6 8~12

Parafuso fixo do tambor de transmissão M6 8~12

Parafuso do cárter M6 8~12

Contraporca do tubo principal M22 60~70

Motocicleta

Parafuso fixo do guidão M6 20~25

Parafuso fixo do painel de conexão superior M8 28~32

Parafuso fixo do painel de conexão inferior M8 28~32

Porca do eixo dianteiro M14 50~60

Porca do eixo traseiro M14 50~60

Parafuso de suspensão do motor M8 28~32

Porca fixa da suspensão traseira M12 40~50

Contraporca da roda da corrente M8 28~32

Parafuso do polo de direção M10 30~40

Haste da balança traseira M14 55~60

2 Requisitos de montagem [1] A marca "IN" deve ficar virada para a parte de admissão quando da instalação de um pistão.

[2] Coloque as marcas “T”, “R”, “N” do anel primário, anel secundário e anel de óleo para cima. Deixe uma separação de 120º ao fazer a instalação.

[3] Coloque a extremidade espessa da mola da válvula para baixo durante a instalação.

[4] Ao instalar o comando de válvulas, a marca “T” do magneto deve apontar para a marca na tampa do corpo do cárter. A marca “O” na engrenagem ativa do comando de sincronização de válvulas do cabeçote deve apontar para a marca do cabeçote.

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MOTOR 3

PARTE 1 – APRESENTAÇÃO GERAL DO MOTOR 3-1

PARTE 2 – CABEÇOTE 3-3

PARTE 3 – CORPO DO CILINDRO 3-10

PARTE 4 - CONJUNTO DO PISTÃO 3-14

PARTE 5 – SISTEMA DE IGNIÇÃO 3-19

PARTE 6 - DISPOSITIVO DE PARTIDA ELÉTRICA 3-27

PARTE 7 – MECANISMO DE VÁLVULAS 3-32

PARTE 8 – EMBREAGEM 3-41

PARTE 9 – SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO 3-47

PARTE 10 – CONJUNTO MÓVEL (VIRABREQUIM) 3-52

PARTE 11 – SISTEMA DE TRANSMISSÃO 3-57

PARTE 12 – DISPOSITIVO DE PARTIDA DO MOTOR 3-68

PARTE 13 – CÁRTER 3-71

PARTE 14 – SISTEMA DE ARREFECIMENTO 3-74

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3-1 MOTOR

PARTE 1 – INTRODUÇÃO GERAL DO MOTOR O motor serve para fornecer potência à motocicleta, ele influencia diretamente na economia, confiabilidade e durabilidade da motocicleta. Entre os motores existentes, o motor movido à gasolina é muito utilizado em motocicleta atualmente. A gasolina e o ar são misturados no carburador e aspirados na câmara de combustão. Após a compressão, a mistura gasosa será queimada pelas faíscas da vela de ignição e a energia térmica produzida pela combustão será transformada em potência ou energia mecânica. A transformação de energia ocorre no cilindro e é conseguida pelo ciclo de trabalho que consiste na admissão, compressão, combustão-expansão e exaustão.

1 Principais parâmetros técnicos do motor

Os parâmetros de motor incluem parâmetros de estrutura e parâmetros de desempenho. O lado esquerdo do desenho indica as características da estrutura do motor e o lado direito indica o índice de desempenho do motor.

Desenho esquemático dos parâmetros da estrutura do motor [1] Diâmetro do cilindro

O diâmetro interno do cilindro é chamado diâmetro do cilindro, indicado pela letra D.

[2] Ponto morto superior

Quando a parte superior do pistão está na posição mais alta do cilindro ou na posição mais distante do eixo principal da árvore de manivelas, o ponto superior é chamado ponto morto superior.

[3] Ponto morto inferior

Quando a parte superior do pistão está na posição mais baixa do cilindro ou na posição mais próxima do eixo principal da árvore de manivelas, o ponto mais baixo é chamado ponto morto inferior.

[4] Curso do pistão

A distância do ponto morto superior para o ponto morto inferior do pistão é chamada curso do pistão, indicada pela letra S.

[5] Raio de acionamento

O raio do eixo do pino de acionamento que gira o eixo da árvore de manivelas é chamado de raio de acionamento, indicado pela letra R. Ele determina o curso do pistão. O curso do pistão é indicado pela letra S, que é duas vezes o raio de acionamento, por exemplo, S=2R.

[6] Capacidade da câmara de combustão

Quando o pistão está no ponto morto superior, o espaço acima do pistão é chamado câmara de combustão e sua capacidade é chamada capacidade da câmara de combustão, indicada por Vc.

[7] Capacidade de trabalho do cilindro

Em um ciclo de trabalho, a capacidade entre o ponto morto superior e o ponto morto inferior é chamada de capacidade de trabalho do cilindro, também conhecida como cilindrada, indicada por Vh.

[8] Capacidade de trabalho do motor

A capacidade de trabalho bruta dos cilindros em motores multicilindro é chamada capacidade de trabalho do motor, cilindrada do motor ou cilindrada bruta do pistão, indicada por VH.

[9] Capacidade do cilindro

Quando o pistão está no ponto morto inferior, a capacidade acima da parte superior do pistão é chamada capacidade de cilindro, indicada por Vs. A capacidade do cilindro é igual à capacidade de trabalho do cilindro mais a capacidade da câmara de combustão, i.e.,Vs=Vh+Vc

[10] Taxa de compressão

A taxa da capacidade do cilindro em relação à capacidade da câmara de combustão é chamada taxa de compressão, indicada pela letra e .

Ponto morto superior

Ponto morto inferior

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3-2 MOTOR

2 Princípio de funcionamento do motor

Esse tipo de motocicleta adota o motor alternativo à gasolina. É um motor de 4 tempos, sua árvore de manivelas gira duas voltas e o pistão se movimenta para frente e para trás duas vezes no cilindro para completar o ciclo de trabalho de admissão, compressão, combustão-expansão e exaustão.

(1) Desenho esquemático do princípio de funcionamento do motor

(2) Princípio de trabalho do motor

[1] Curso de admissão

Quando o pistão se move do ponto morto inferior para o ponto morto superior a válvula de admissão e a válvula de escape fecham. Com esse movimento, o espaço acima do pistão se torna vácuo devido ao aumento da capacidade dentro do cilindro que produz um efeito de sucção assim a mistura gasosa combustível pode ser aspirada dentro do cilindro pelo canal de admissão e pela válvula de escape. Quando o pistão se move no ponto morto inferior, todo cilindro é preenchido pela mistura gasosa combustível.

[2] Curso de compressão

Quando o pistão se move do ponto morto inferior para o ponto morto superior a válvula de admissão e a válvula de escape estão fechadas. Com o movimento ascendente do pistão, a mistura gasosa combustível do cilindro é comprimida aumentando consequentemente sua pressão e temperatura. Quando o pistão se move até o ponto morto superior, a mistura gasosa combustível em alta pressão e temperatura recebe a faísca da vela de ignição e começa a queimar.

[3] Curso combustão-expansão

Quando o pistão se move do ponto morto superior em direção ao ponto morto inferior, a válvula de admissão e a válvula de escape ficam fechadas. Devido à expansão repentina da mistura gasosa, o pistão é movido para baixo e puxa a biela fazendo o virabrequim girar e a energia ser liberada.

[4] Curso de exaustão

Quando o pistão se move do ponto morto inferior em direção ao ponto morto superior, a válvula de admissão se fecha e a válvula de escape se abre. Acionadas pela força de inércia do volante, a árvore de manivelas é impulsionada pela biela e o pistão a se mover em direção ao ponto morto superior, assim o gás de exaustão é descarregado do cilindro através da válvula de escape. Após os quatro cursos do pistão, ou seja, duas voltas da árvore de manivelas, o motor de quatro tempos completa um ciclo de trabalho. Por isso, o motor pode operar e fornecer energia continuamente através do ciclo.

Ciclo de

admissão

Ciclo de

compressão

Ciclo de

combustão-expansão Ciclo de exaustão

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3-3 MOTOR

PARTE 2 – CABEÇOTE O cabeçote serve para vedar a parte superior do cilindro trabalhando junto com a junta do cilindro e formando a câmara de combustão como a parte superior do pistão. Em contato direto com gás de alta temperatura e alta pressão, o cabeçote suporta carga mecânica e carga térmica alternadas. Para assegurar o efeito de vedação entre o cabeçote e a junta do cilindro, o cabeçote tem de suportar grande força de aperto do parafuso. Portanto, o cabeçote deve ter uma boa capacidade de rigidez e resistência à quebras e corrosão para prevenir deformações e vazamentos durante o funcionamento. Geralmente, o cabeçote é feito de liga de alumínio e alumínio fundido para que o material tenha uma alta transferência de calor e baixa dilatação. Existem aletas de arrefecimento no cabeçote inclinadas em direção ao fluxo de ar de deslocamento, elas aumentam a área de dissipação térmica e a resistência a altas temperaturas do cabeçote, permitindo que o cabeçote suporte o impacto repetitivo das cargas térmicas e mecânicas.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do cabeçote

No cabeçote, existe um espaço de deslocamento para a câmara do balancim, da válvula, canal de admissão e exaustão e conjunto de transmissão da válvula. A área central no fundo do cabeçote do cilindro é uma câmara de combustão hemisférica, a qual é compacta de maneira que pode encurtar a distância de propagação da chama e reduzir o deslocamento de HC, bem como a perda de calor. Além disso, a câmara de combustão hemisférica fornece a conveniência para instalação de válvulas de admissão e escape obliquamente formando um ângulo de 50°~70°, pois isso pode reduzir a rotação do ar quando ele flui para dentro do cilindro e atingir a maior eficiência de expansão. Acima da câmara de combustão, há um orifício roscado para instalação da vela de ignição. Existem condutores de água de distribuição em torno do cabeçote, que são utilizados para reduzir a temperatura do cabeçote. Além disso, existe uma junta de vedação entre o cabeçote e o corpo do cilindro para evitar vazamentos e um anel de vedação entre o cabeçote e a tampa do cabeçote para prevenir vazamentos de óleo da câmara. Esse motor é do tipo OHV.

O motor adota comando de válvulas no cabeçote, incluindo guia de válvula, sede de válvula e conjunto de balancim superior. No lado esquerdo do cabeçote, há câmara de transmissão da engrenagem movida e corrente movida. No lado externo do cabeçote existem orifícios voltados para baixo, onde o cabeçote pode ser fixado com parafusos no corpo do cilindro.

2 Desmontagem e manutenção do cabeçote [1] Antes da desmontagem do cabeçote, limpe sua

superfície.

CUIDADO

Não use detergente combustível ou altamente inflamável para lavar o cabeçote.

[2] Retire o parafuso de drenagem de óleo do motor (M23) para drenar o óleo.

ATENÇÃO

Após a desmontagem do motor, deve-se injetar 1000 ml de óleo.

Desenho da estrutura do cabeçote

Limpe o cabeçote

Remova o parafuso do dreno de óleo

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3-4 MOTOR

[3] Desmonte o parafuso superior e inferior (M6 X 28) do tubo de óleo.

Torque

Parafuso do tubo de óleo: M6 X 28/8N.m~12N.

ATENÇÃO

Pise na pedal de partida e rotacione o motor. Se não houver fluxo de óleo a partir do tubo de óleo, significa que a passagem de óleo está bloqueada. Limpe a passagem de óleo.

[4] Desmonte os 3 parafusos de fixação (M6 X 28) da tampa do cabeçote.

Torque

Parafuso da tampa do cabeçote: M6 X 28/8N.m~12N.m

[5] Retire a tampa do cabeçote e verifique se a passagem de óleo da tampa está bloqueada. Limpe a passagem de óleo se estiver bloqueada.

CUIDADO

Se a limpeza da passagem de óleo da tampa do cabeçote não for suficiente, substitua a tampa do cabeçote.

[6] Retire a guarnição de borracha da tampa do cabeçote. Se houver vazamento de óleo na tampa do cabeçote, substitua a guarnição de borracha.

NOTA

Caso seja necessário, substitua as guarnições de borracha e papel.

Limpe a passagem de óleo

Verifique a junta de vedação de borracha

Desmonte o parafuso de verificação de óleo

Desmonte o parafuso do cabeçote

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3-5 MOTOR

[7] Desmonte os três parafusos de fixação (M8 X 28) do balancim superior.

Torque:

Parafuso do balancim superior: M8 X 28/28N.m~32N.m

ATENÇÃO

Ao desmontar ou instalar o balancim superior, tome cuidado para não deixar cair o parafuso de fixação ou guarnição do balancim superior dentro do cárter.

[8] Retire o balancim superior. Observe se ele está desgastado, danificado ou bloqueado. Substitua-o se ele apresentar tais problemas.

[9] Verifique com as mãos a folga de ajuste entre o balancim e o eixo do balancim. Se ultrapassar o valor limite de 0,08mm, ele deve ser substituído.

NOTA

Se a folga de ajuste dos dois balancins e do eixo do balancim não for a mesma, será necessário que eles sejam substituídos em conjunto.

Verifique se o comando de válvulas funciona de maneira suave.

[10] Desmonte o parafuso de fixação (M8 X 65) do cabeçote do motor.

Torque

Parafuso fixação: M8 X 65/28N.m~32N.m

Desmonte o balancim superior

Retire o balancim superior

Passagem de óleo lubrificante

Parafuso de fixação

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3-6 MOTOR

[11] Retire as (2 radix) varetas do balancim. Observe se elas estão empenadas ou gastas. Se as alavancas apresentarem os problemas acima, faça a substituição.

ATENÇÃO

Na desmontagem e instalação das varetas do balancim, tome cuidado para não deixar que caiam no cárter.

[12] Desmonte a porca AB (M8) do cabeçote.

Torque:

Porca AB: M8/28N.m~32N.m

CUIDADO

Ao desmontar a porca AB do cabeçote, tome cuidado para não deixar a porca/guarnição cair no cárter.

[13] Retire o cabeçote do motor.

ATENÇÃO

Não derrube sujeira, o pino de posicionamento, O-ring e a guarnição dentro do corpo do cilindro ao desmontar e montar o cilindro.

[14] Retire a vela de ignição com uma chave de soquete. Inspecione a borda da vela de ignição quanto a danos e veja se o eletrodo está gasto. Substitua a vela de ignição se estiver danificada.

Especificação da chave de soquete da vela de ignição: Φ 16 ~ Φ 18

CUIDADO

Limpe os acúmulos de carbono e a fuligem da vela de ignição com um limpador em aerossol ou escova com cerdas de aço.

Retire as varetas

Solte a porca AB

Retire o cabeçote do motor

Retire a vela de ignição

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3-7 MOTOR

[15] Observar as condições de combustão da câmara de combustão. Normalmente, há três condições:

[A] Uma cor marrom na câmara de combustão significa que o motor está em boas condições.

[B] Uma coloração preta ou mancha grande de óleo indica que a mistura ar/combustível no carburador está muito rica. Ajuste a concentração da mistura ar/combustível ou limpe o carburador.

[C] Um acúmulo de carbono preto na câmara de combustão, indica que o óleo do motor está queimado. Repare ou substitua o pistão, anéis do pistão, corpo do cilindro, cabeçote, válvula de admissão e válvula de escape.

[16] Primeiro limpe o acúmulo de carbono na câmara de combustão, o acúmulo de água no condutor do cabeçote e o resíduo na superfície do cabeçote com ferramenta apropriada, depois limpe com detergente não combustível.

ATENÇÃO

É proibido remover o acúmulo de carbono na câmara de combustão com objetos metálicos.

Não limpe o cabeçote com gasolina para evitar incêndios.

[17] Verifique a eficiência da vedação das hastes das válvulas de admissão e escape injetando gasolina nos tubos de admissão e escape. Vazamentos de óleo nas válvulas de admissão e escape indicam vedação insuficiente, então desmonte as válvulas de admissão e escape e repare-as.

ATENÇÃO

Mantenha a gasolina distante de chamas ou faíscas e limpe imediatamente os derramamentos de gasolina para evitar incêndios.

[18] Retire a trava da válvula pressionando a mola da válvula com o extrator de válvula, então solte o extrator e retire o retentor da mola da válvula, a mola da válvula e a válvula.

CUIDADO

Não pressione excessivamente a mola da válvula, a mola pode ser deformada permanentemente. Pressione com cuidado até a trava da mola da válvula ser removida.

Todas as peças devem ser marcadas para garantir a montagem em suas posições originais no momento da reinstalação.

Inspecione a câmara de combustão

Limpe o acúmulo de água do cabeçote

Remova o acúmulo de carbono na câmara de combustão

Válvula de escape

Válvula de admissão

Trava da válvula

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3-8 MOTOR

[19] Meça a largura da sede da válvula com um paquímetro. O valor padrão da largura da face de contato da sede da válvula deve ser de 1,7mm. O valor padrão da largura da face de contato da haste da válvula deve ser de 1,1mm~1,3mm. Retifique a sede da válvula se não estiver dentro dos limites. O valor limite de manutenção da largura da face de contato da sede da válvula deve ser: 2,0mm. O valor limite de manutenção da largura da face de contato da sede da válvula deve ser: 1,50mm.

ATENÇÃO

Substitua a tampa do cabeçote se a largura da sede da válvula não puder ser reparada.

[20] Retire os acúmulos de carbono nas hastes e sedes das válvulas de admissão e escape, então despeje composto de esmerilhamento sobre a face de contato da sede da válvula. Por último, esmerilhe com a ferramenta de desbaste.

[21] Meça o diâmetro externo da haste da válvula de admissão e da haste da válvula de escape com o micrômetro: O valor padrão da haste da válvula de admissão deve ser de 5,42mm e da haste da válvula de escape deve ser de 5,40mm. Então meça o diâmetro interno da guia da válvula com um medidor de diâmetros internos. Por fim, subtraia as duas medidas para obter o valor de folga entre a haste da válvula e a guia da válvula.

Valor limite de reparo entre a haste da válvula de admissão e a guia da válvula: 0,013mm~0,04mm Valor limite de reparo entre a haste da válvula de escape e a guia da válvula: 0,025mm~0,052mm

CUIDADO

Se a folga da válvula entre a haste da válvula e a guia da válvula não estiver dentro do limite de reparo, substitua a haste da válvula e a guia da válvula.

[22] Retire a vela de ignição e meça a folga de seu eletrodo com um calibrador de lâminas. O valor padrão deve ficar dentro de 0,6mm e 0,7mm. Ajuste cuidadosamente.

CUIDADO

Observe se o isolador da vela de ignição está danificado e se o eletrodo está queimado. Substitua a vela de ignição se estiver danificada ou queimada.

Limpe os acúmulos de carbono e fuligem da vela de ignição com um limpador em aerossol ou escova com cerdas de aço.

Meça a sede da válvula

Desbaste a sede da válvula

Meça a guia da válvula

Ajuste a folga da vela

0,6 ~0,7 mm

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3-9 MOTOR

3 As causas, descrição de problemas e métodos de reparo do cabeçote

Tabela 3-1 Manutenção do cabeçote

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente

Descrição do problema na motocicleta

Método de reparo

Cabeçote

Acúmulo excessivo de óleo ou areia nas aletas do cilindro

Dispersão térmica insuficiente nas aletas do cilindro

Superaquecimento do motor.

Remova os acúmulos de óleo ou areia das aletas de cilindro

Acúmulos de carbono na câmara de combustão

———— Superaquecimento do motor.

Remova os acúmulos de carbono

Desgaste do orifício roscado da vela de ignição.

Vazamento de ar entre a vela de ignição e o cabeçote

Motor difícil de ligar ou não liga.

Repare o orifício roscado da vela ou substitua o cabeçote.

Deformação grave da superfície de extremidade do cabeçote

Vazamento de ar entre o cabeçote e corpo do cilindro.

Motor difícil de ligar ou não liga. A potência do motor é insuficiente e a marcha lenta fica instável.

Retifique a superfície de extremidade do cabeçote ou substitua.

Há amassados, desgaste, manchas e outros danos na superfície de trabalho da sede da válvula.

Vazamento de ar entre a válvula e a sede da válvula devido a problemas de vedação.

Motor difícil de ligar ou não liga. A potência do motor é insuficiente ou a marcha lenta fica instável.

Repare a sede da válvula ou retifique a válvula.

Orifício interno da guia da válvula excessivamente desgastado.

Folga de ajuste excessiva entre a válvula e a guia da válvula.

Ruído de vazamento de ar proveniente da válvula e fumaça branca saindo do tubo pelo escape.

Substitua a guia da válvula.

Guarnição do cabeçote danificada.

Vazamento de ar entre o cabeçote e corpo do cilindro.

Motor difícil de ligar ou não liga. A potência do motor é insuficiente ou a marcha lenta fica instável.

Substitua a guarnição do cabeçote.

Contraporca não apertada. Vazamento de ar entre o cabeçote e corpo do cilindro.

Motor difícil de ligar ou não liga. A potência do motor está baixa ou a marcha lenta está instável.

Aperte a contraporca.

Vela de ignição

Folga inadequada do eletrodo Faísca fraca ou nenhuma faísca do eletrodo

Motor difícil de ligar ou não liga. A potência do motor é insuficiente ou a marcha lenta fica instável.

Ajuste a folga do eletrodo para 0,6mm~0,7mm

Acúmulo de carbono no eletrodo da vela de ignição

Nenhuma faísca proveniente do eletrodo

Motor não liga. Remova o acúmulo de carbono entre o eletrólito.

Acúmulos de carbono excessivos ou manchas de óleo na vela de ignição

Faísca fraca ou nenhuma faísca do eletrodo

Motor difícil de ligar ou não liga. A potência do motor é insuficiente ou a marcha lenta fica instável.

Remova os acúmulos de carbono ou manchas de óleo

Isolador da vela de ignição danificado.

Faísca fraca ou nenhuma faísca do eletrodo

Motor difícil de ligar ou não liga. A potência do motor é insuficiente ou a marcha lenta fica instável.

Substitua a vela de ignição por outra do mesmo tipo.

Vela de ignição não apertada. Vazamento de ar entre a vela de ignição e o cabeçote.

Motor difícil de ligar e tem som de vazamento de ar, a marcha lenta está instável.

Aperte a vela de ignição.

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3-10 MOTOR

PARTE 3 – CORPO DO CILINDRO O corpo do cilindro deve fornecer um espaço para a compressão, combustão e expansão do gás e para guiar o movimento do pistão. Ele também transfere uma parte da energia térmica do cilindro para o meio de resfriamento em torno do cilindro. Devido ao frequente contato com altas temperaturas e pressões, a superfície do corpo do cilindro tem alta temperatura e a camada de óleo lubrificante dificilmente adere sobre ele. Sob pressão lateral, o pistão realiza um movimento alternativo no cilindro em alta velocidade. A parede do cilindro encosta nos anéis do pistão e saia do pistão, o que suporta um grande mecanismo e carga de calor, além disso, é uma das principais peças de desgaste do motor.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do corpo do cilindro

Foto do corpo do cilindro

O corpo de cilindro deste motor possui mecanismo de acionamento de válvula inferior. No lado esquerdo do motor existe um espaço para o funcionamento do mecanismo acionamento das válvulas. Além disso, existem quatro orifícios no corpo do cilindro através dos quais o virabrequim, corpo do cilindro e cabeçote são fixados juntos por parafusos. Dois deles possuem pinos de posicionamento que têm a função de orientação para o corpo do cilindro e cabeçote. No lado esquerdo de corpo do cilindro, há um orifício redondo, através do qual o eixo do balancim inferior pode ser fixado por um parafuso. Há condutores de distribuição em torno do corpo do cilindro, que são usados para reduzir a temperatura do motor.

2 Desmontagem e manutenção do corpo do cilindro

[1] Retire o pino de posicionamento (M10 X 20).

CUIDADO

Substitua o pino de posicionamento se ele apresentar qualquer deformação.

Não deixe o pino posicionamento cair no cárter.

[2] Retire a guarnição de vedação do corpo do cilindro.

NOTA

Substitua a guarnição de vedação se apresentar vazamento. Substitua a guarnição de vedação após cada desmontagem.

Retire o pino de posicionamento

Remova a guarnição de vedação

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3-11 MOTOR

[3] Verifique se há acúmulo de água no condutor do corpo do cilindro. Se o condutor estiver bloqueado por acúmulo de água, limpe-o.

CUIDADO

Ao limpar o acúmulo de água, use uma ferramenta apropriada e limpe usando um líquido não inflamável ou de alto ponto de queima.

[4] Retire os 2 parafusos associados (M6 X 25) de corpo do cilindro e cárter.

Torque

Parafuso do cabeçote: M6 X 25/8N.m~12N.m

[5] Retire o corpo do cilindro.

CUIDADO

Substitua a guarnição de papel de vedação após desmontar o corpo do cilindro.

Ao instalar o corpo do cilindro, passe lubrificante nele.

[6] Retire a guarnição de papel de vedação do corpo do cilindro.

CUIDADO

Retire a guarnição de papel de vedação com uma ferramenta apropriada que não seja pontiaguda.

Verifique o condutor do corpo do cilindro

Parafuso de fixação

Retire o corpo do cilindro

Retire a guarnição de papel

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3-12 MOTOR

[7] Retire o pino de posicionamento (M10 X 14) do corpo do cilindro.

CUIDADO

Não deixe o pino de posicionamento cair no cárter.

[8] Observe se o diâmetro interno do cilindro está muito arranhado ou amassado. Repare ou substitua o corpo do cilindro se estiver arranhado ou amassado.

[9] Raspe a guarnição de papel residual existente na superfície do corpo do cilindro com uma ferramenta de madeira, depois limpe o corpo do cilindro.

CUIDADO

Para evitar arranhões no corpo do cilindro, é proibido o uso de ferramentas metálicas para raspar a guarnição de papel residual.

[10] Observe se a alavanca inferior está gasta. Substitua se for este o caso.

Remova o pino de posicionamento

Observe a abrasão do cilindro

Raspe a guarnição de papel residual

Verifique o balancim inferior I

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3-13 MOTOR

[11] Meça o diâmetro interno do corpo do cilindro com um aferidor duplo tomando três posições, no topo, ao centro e no fundo do curso do pistão. Após tomar as posições, meça dois diâmetros perpendiculares do corpo do cilindro em cada posição e descubra o diâmetro, a conicidade e o grau de ovalização da camisa. Valor limite de reparo do corpo do cilindro: 62.58mm Ovalização: 0,10mm Conicidade: 0.10mm: 0.10mm

[12] Remova o eixo da alavanca inferior e verifique se o diâmetro interno do furo do eixo da alavanca inferior e o eixo da alavanca estão desgastados. Substitua o corpo do cilindro e o eixo da alavanca em caso de desgaste.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas

Tabela 3-2 Manutenção do corpo do cilindro

Descrição do componente

Causa Descrição do problema no componente

Descrição do problema na motocicleta

Método de reparo

Corpo do cilindro

Acúmulo excessivo de óleo ou areia nas aletas do cilindro

Dispersão térmica insuficiente das aletas do cilindro

Superaquecimento do motor. Remova manchas de óleo ou areia nas aletas do cilindro.

Deformação grave da superfície de extremidade do corpo do cilindro

Vazamento de ar entre o cabeçote e corpo do cilindro.

Motor difícil de ligar ou não liga. Potência do motor insuficiente ou marcha lenta instável.

Retifique a superfície de extremidade do corpo do cilindro ou substitua o corpo do cilindro.

Cilindro gasto ou diâmetro interno do cilindro muito arranhado ou riscado.

A folga de ajuste entre o pistão e o anel é excessiva.

Motor difícil de ligar ou não liga. Potência do motor insuficiente ou marcha lenta instável. Elevado consumo de combustível e fumaça branca liberada do tubo de escape.

Repare ou substitua o cilindro

Guarnição do cilindro rompida.

——— Vazamento de óleo entre o corpo do cilindro e o cárter

Substitua a guarnição do cilindro

Meça o diâmetro interno do cilindro

Verifique o furo do eixo do balancim

inferior

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3-14 MOTOR

PARTE 4 – CONJUNTO DO PISTÃO A conjunto do pistão serve para transformar a energia produzida pela queima do combustível em movimento mecânico e transmitir esse movimento para a biela.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do Conjunto do Pistão

O conjunto do pistão inclui principalmente o pistão, o anel do pistão, o pino do pistão e a trava do pino do pistão.

(1) Pistão

O pistão é a parte principal do conjunto do pistão, através dele a energia produzida pela câmara de combustão pode ser transmitida. Os principais componentes do pistão são a coroa, a canaleta e a saia.

[1] Coroa do pistão

A coroa do pistão, o cabeçote e a parede do cilindro formam a câmara de combustão onde ocorre a queima e a expansão do combustível. Ela suporta uma grande carga térmica e impacto mecânico da explosão do combustível, dessa forma, funciona sob as condições mais severas do motor. Para garantir intensidade suficiente, a parede da coroa do pistão é geralmente espessa e reforçada por frisos resistentes. A coroa do pistão tipo suspensa possui dois recessos para as válvulas que evitam a colisão do pistão e das válvulas. Certifique-se de que a marca "IN" aponta para a válvula de admissão e não instale o pistão ao contrário.

[2] Canaleta do pistão

A canaleta do pistão serve para acomodar os anéis de segmento. Geralmente, existem três tipos de canaletas, as duas superiores são canaletas de anéis de compressão e a terceira é do anel de óleo. Existe um orifício de retorno do óleo dentro da canaleta do anel de óleo, para fazer o óleo eliminado fluir de volta para o cárter.

[3] Saia do pistão

A saia do pistão serve como uma peça guia com seção transversal levemente oval. O motivo da saia do pistão ter o forma oval é o seguinte: Quando um pistão é aquecido a expansão térmica ao longo do orifício do pino é maior. Sob a pressão do combustível, o orifício do pino será prolongado e seu comprimento vertical será diminuído. A pressão lateral do trabalho da parede do cilindro deforma um pouco a saia do pistão. Assim, na condição real de funcionamento, um pistão oval se tornará um pistão redondo pelos movimentos acima. Dessa maneira, o aumento da fricção e o desgaste do cilindro podem ser evitados.

Os diâmetros do pistão diferem em cada parte. Geralmente, o diâmetro aumenta gradualmente da coroa até a saia do pistão, o que é difícil de ser observado sem a ajuda de aparelhos. Normalmente, o diâmetro do pistão se refere ao máximo diâmetro do eixo maior da saia do pistão, ele pode ser medido de 5 a 10 mm acima do ponto mais baixo da saia do pistão e é importante para a folga de montagem da parede interna do cilindro com o pistão. Além disso, a sede do pistão é instalada na saia, onde fica a junta do pistão e o pino do pistão, suportando um grande impacto mecânico. Por isso, ela possui uma parede espessa e frisos de reforço. Existem canaletas para o anel de trava nas duas extremidades da sede do pino do pistão.

(2) Anel do pistão

[1] Função dos anéis do pistão As principais funções dos anéis do pistão são as seguintes: Vedação: Embora o pistão tenha uma fabricação precisa, a folga que fica entre ele e o cilindro é inevitável.

Portanto, os anéis do pistão desempenham uma função de vedação da folga o que diminui o vazamento de pressão da câmara de combustão para o mínimo e evita que o gás se mova para baixo.

Raspagem do óleo: Para que o pistão funcione bem, é preciso passar óleo lubrificante sobre a parede do cilindro. Os anéis do pistão têm a função de raspar o óleo lubrificante usado e passar novo óleo lubrificante na parede do cilindro.

Transferência térmica: Parte da energia térmica da combustão da gasolina pode ser transmitida para a parede do cilindro através dos anéis do pistão, o que reduz o aquecimento do pistão.

Suporte: Os anéis do pistão estão localizados entre o pistão e o cilindro, eles têm a função de dar suporte ao pistão.

[2] Função dos anéis de compressão Os anéis de compressão servem para transferir calor e para vedação. A capacidade de vedação afeta

diretamente o desempenho do motor devido a sua localização próxima à câmara de combustão. Além disso, os anéis de compressão suportam as maiores cargas térmicas entre os anéis do pistão. Através de sua troca de calor com a parede do cilindro, a carga térmica da câmara de combustão pode ser reduzida. Geralmente, anéis de compressão são de dois tipos. O primeiro é um anel quadrado, sempre cromado para aumentar sua dureza e resistência à abrasão. O segundo é um anel trapezoidal.

[3] Função do anel de óleo A função do anel raspador de óleo é raspar o resíduo de óleo e passar óleo novo na superfície da parede do

cilindro. Ele é composto de duas chapas finas superior e inferior com uma mola suporte no meio, que tem uma boa capacidade de raspagem de óleo.

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3-15 MOTOR

(3) Pino do pistão A função do pino do pistão é transmitir energia do pistão para a biela da árvore de manivelas. O pino do pistão suporta grande tensão alternada, sendo construído em liga leve de aço. Além disso, para diminuir a aspereza e aumentar a dureza de sua superfície, ele é retificado e sofre cementação. Para reduzir a inércia causada pelo movimento alternativo, o pino do pistão geralmente é oco.

(4) Trava do pino do pistão A trava do pino do pistão serve para impedir o movimento axial do pino do pistão na sede.

2 Desmontagem e Manutenção do Conjunto do Pistão

[1] Retire a trava do pino do pistão com alicates de bico longo afilado.

CUIDADO

Não deixe a trava do pino do pistão cair no cárter.

Use uma trava nova durante a montagem e não alinhe as aberturas da trava do pino do pistão e o pistão.

[2] Retire o pino do pistão com alicates de expansão e observe se a parte externa do pino do pistão está muito gasta ou riscada. Em caso de desgaste ou riscos, substitua o pino do pistão.

CUIDADO

Não deixe o pino do pistão cair no cárter.

[3] Observe se o interior da extremidade menor da biela está queimado ou seriamente riscado. Substitua a biela se estiver muito arranhada ou queimada. Valor limite de reparo para o diâmetro interno da extremidade menor da biela: 15,025mm Valor limite de reparo para o diâmetro externo do pino do pistão: 14,996mm

Valor limite de reparo para folga entre o diâmetro interno da extremidade menor da biela e o diâmetro externo do pino do pistão: 0,10mm

Remova a trava do pino do pistão

Remova o pino do pistão

Verifique a extremidade menor da biela

Foto do conjunto do pistão

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3-16 MOTOR

[4] Retire os acúmulos de carbono na coroa do pistão com uma ferramenta apropriada, depois limpe o pistão detergente de alto ponto de queima.

ATENÇÃO

Para remoção dos acúmulos de carbono e fuligem durante a limpeza do pistão somente devem ser utilizadas ferramentas apropriadas e não afiadas.

Atravesse o orifício de óleo da canaleta do anel de óleo ao limpar o pistão.

[5] Retire os anéis do pistão e limpe o pistão e os anéis com detergente.

ATENÇÃO

Tome cuidado para não danificar os anéis de segmento durante sua desmontagem.

[6] Meça a folga lateral entre os anéis de segmento e as canaletas do pistão:

Valor limite de reparo do primeiro anel de segmento: 0,025mm~0,07mm

Valor limite de reparo do segundo anel de segmento: 0,015mm~0,06mm

Substitua o pistão e os anéis de segmento se as medidas excederem o valor limite de reparo.

NOTA

Substitua o pistão se a medição das canaletas do pistão exceder seu valor limite de reparo.

[7] Meça o diâmetro externo do pino do pistão.

Valor limite de reparo:14,996mm Descubra a folga entre o pistão e pino do pistão. Valor limite de reparo: 0,002mm

NOTA

Substitua o pino do pistão se ele exceder o valor limite de reparo.

Remova os acúmulos de carbono.

Remova os anéis do pistão

Meça a folga lateral

Meça o diâmetro externo do pino do pistão.

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3-17 MOTOR

[8] Meça o diâmetro interno do orifício do pino do pistão. Valor limite de reparo: 15,006mm

NOTA

Substitua o pistão se o diâmetro interno do orifício do pino do pistão exceder o valor limite de reparo.

[9] Coloque o primeiro e segundo anéis de segmento no corpo do cilindro, depois meça a folga das extremidades. Valor limite de reparo do primeiro anel de segmento: 0,5mm Valor limite de reparo para o segundo anel de segmento: 0,5mm

NOTA

Substitua os anéis de segmento se sua folga de extremidades exceder o valor limite de reparo.

[10] Meça o diâmetro externo no ponto de 10 mm acima do ponto mais baixo da saia do pistão. Valor limite de reparo do diâmetro externo: 61,95mm. Descubra a folga entre o cilindro e o pistão. Valor limite de reparo para folga: 0,10mm

NOTA

Substitua o pistão se a saia do pistão exceder o valor limite de reparo.

[11] Limpe as canaletas do pistão e monte os anéis de segmento.

CUIDADO

Tome cuidado para não danificar o pistão e seus anéis durante a instalação.

Coloque o lado marcado dos anéis de segmento para cima durante sua montagem.

Certifique-se da livre rotação dos anéis de segmento nas canaletas do pistão após a montagem.

Não inverta a posição de instalação do primeiro anel de compressão com o do segundo.

Meça o diâmetro interno do furo do pistão

Meça a extremidade do anel do pistão

Meça o pistão

Canaleta do primeiro anel de compressão

Canaleta do segundo anel de compressão

Canaleta do anel de óleo

Limpe o pistão

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3-18 MOTOR

[12] Siga rigorosamente as instruções de instalação indicadas pela ilustração ao lado. Se você falhar nesse processo, uma série de problemas ocorrerão, tais como a diminuição de potência do motor, combustão do óleo, fumaça preta saindo do escapamento e assim por diante.

CUIDADO

Distribua as aberturas de anéis de segmento adjacentes em 120° ao montá-los. Não alinhe as aberturas.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do conjunto do pistão

Tabela 3-3 Manutenção do conjunto do pistão

Descrição do componente

Causa Descrição do problema no componente

Descrição do problema na motocicleta

Método de reparo

Pistão

Acúmulos de carbono na coroa do pistão

Superaquecimento do motor Retire os acúmulos de carbono.

Acúmulos de carbono nas canaletas do pistão

Anel de segmento preso na canaleta do pistão.

Motor difícil de ligar ou não liga. Potência do motor insuficiente e saída de fumaça azul pelo escapamento.

Retire os acúmulos de carbono.

Superfície da saia do pistão é gasta ou arranhada.

Superfície da saia do pistão é gasta ou arranhada.

Motor difícil de ligar. Potência do motor insuficiente e saída de fumaça azul pelo escapamento.

Substitua o pistão.

Pistão muito gasto. Folga de ajuste excessiva entre o pistão e o cilindro.

Motor difícil de ligar ou não liga. Potência do motor insuficiente e a marcha lenta está instável. Consumo de combustível excessivo e saída de fumaça azul pelo escapamento.

Substitua o pistão.

Canaleta do pistão muito desgastada.

Folga excessiva entre as canaletas do pistão e os anéis de segmento.

Saída de fumaça azul pelo escapamento.

Substitua o pistão.

Orifício do pino do pistão muito desgastado.

Folga de ajuste excessivo entre o pino do pistão e o orifício do pino do pistão.

Batimento do pino do pistão ou cilindro.

Substitua o pistão.

Anel de segmento

Anel de segmento quebrado.

Anel de segmento quebrado.

Motor difícil de ligar ou não liga. Potência do motor insuficiente e saída de fumaça azul pelo escapamento.

Substitua o conjunto do anel de segmento.

Anel de segmento muito desgastado.

Folga de abertura e folga lateral do anel de segmento excessivas.

Motor difícil de ligar ou não liga. Potência do motor insuficiente e saída de fumaça azul pelo escapamento.

Substitua o conjunto do anel de segmento.

Marca do anel de segmento

Pistão

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3-19 MOTOR

PARTE 5 – SISTEMA DE IGNIÇÃO O sistema de ignição serve para transformar a baixa tensão fornecida pelo equipamento de alimentação em alta tensão e fazer com que a vela de ignição queime a mistura gasosa presente na câmara de combustão. Portanto, a condição de funcionamento do sistema de ignição tem uma influência direta sobre o desempenho do motor. Nesta motocicleta, o sistema de ignição adotado é eletrônico C.D.I com modo de disparo externo.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do sistema de ignição C.D.I

O sistema de ignição eletrônica C.D.I com modo de disparo externo tem uma barra de disparo no volante do magneto. Quando a barra girar no sentido do núcleo metálico da bobina de acionamento, ela produzirá uma corrente e fará o tirístor conduzir. Este processo básico de funcionamento geralmente inclui fornecimento de energia, armazenamento de energia, controle, liberação, aumento de pressão, descarga e ignição. Além disso o armazenamento e descarga de energia pode ser feito pelo módulo de ignição eletrônica enquanto o fornecimento de energia e o aumento de pressão dependem de várias bobinas. O sistema de ignição eletrônica CDI é composto principalmente do magneto (componente de carga), bobina de disparo, módulo de ignição eletrônica, bobina de alta tensão e vela de ignição. Quando o volante do magneto gira, a bobina de carga e a bobina de acionamento do estator produzem energia eletromotriz devida à indução eletromagnética. As diferentes posições da bobina de carga e da bobina de acionamento no estator decidem as diferentes fases da energia eletromotriz. A energia eletromotriz da bobina de carga está meia onda à frente da bobina de acionamento. A ignição inclui os processos de carga e descarga. Quando a tensão da bobina de carga está no meio da onda, o processo de carga inicia e a função de corte unilateral do diodo VD1 corta o circuito que conecta a bobina de acionamento e desconecta o tirístor. Através da bobina de carga, do diodo VD4, do capacitor C2, da bobina primária da bobina de alta tensão e do fio terra, a corrente forma um circuito de retorno e o capacitor C2 é completamente carregado com energia elétrica. Ao longo da rotação contínua do volante, a tensão da bobina de acionamento entra na metade positiva da onda e atingi o valor determinado de acionamento. A corrente de acionamento faz o tirístor conduzir através do circuito do diodo VD1, de forma que o capacitor C2, o tirístor, a bobina primária da bobina de alta tensão e o fio terra formam o circuito de retorno. Então, a energia elétrica armazenada no capacitor C2 é rapidamente descarregada, induzindo a bobina secundária da bobina de alta tensão e produzindo um pulso de tensão superior a 10.000V, que faz a vela de ignição centelhar.

[1] Módulo de Ignição Eletrônica Na ignição eletrônica, o tiristor serve como uma chave eletrônica e o capacitor C2 serve para armazenar

energia elétrica. A resistência R1 de limitação de corrente fica em série com o eletrodo de controle do tirístor de forma que a corrente de disparo fique sempre dentro da faixa especificada. Adicionalmente, um lado da resistência R1 está conectado em série com o diodo VD1 e o outro lado com o capacitor C1 e a resistência R2, formando o circuito de filtragem passa-alta. O diodo VD1 pode proteger o tirístor contra pulsos negativos vindos da bobina de disparo enquanto o capacitor C1 e a resistência R2 podem aumentar a corrente de disparo, melhorando a sensibilidade do disparo. Entre o eletrodo de controle e o cátodo do tirístor, há um resistor R3 em paralelo para ajustar a corrente de acionamento e estabilizá-la.

[2] Bobina de carga e bobina de acionamento Há uma bobina de carga e uma bobina de acionamento no magneto do sistema de ignição eletrônica C.D.I. A

bobina de carga pode gerar eletricidade pela indução eletromagnética com o volante, que assim é utilizada como um dispositivo de geração de energia para o módulo. De acordo com os diferentes modos de acionamento, as bobinas de acionamento estão respectivamente instaladas no estator dentro do volante do magneto e em um suporte especial fora do volante. Através da indução eletromagnética, as bobinas de acionamento produzem a corrente de acionamento em um determinado tempo e controlam a descarga de energia do módulo eletrônico. A bobina de carga e a bobina de acionamento são similares à bobina de iluminação do magneto em sua construção, isto é, um grupo de fios de poliéster de alta resistência enrolados em um núcleo de ferro que é estampado de uma chapa de aço com silício. Entretanto, eles se diferem da bobina de iluminação no tamanho dos fios de poliéster, isto é, suas bobinas são menores que da bobina de iluminação. Adicionalmente, para impermeabilizar os fios, suas bobinas são envolvidas por uma cobertura nylon e resina epóxi. A bobina de carga é maior que a bobina de acionamento, e sua resistência interna é maior devido à necessidade de oferecer energia suficiente para o sistema de ignição.

[3] Bobina de alta tensão No sistema de ignição eletrônica C.D.I, a bobina que executa a função de impulsionar é chamada de bobina

de alta tensão. Na verdade, a bobina de alta tensão é um transformador corrente contínua de pulsos feito pelo uso do princípio de indução eletromagnética, que pode transformar a baixa tensão de 6V ou 12V fornecida pelo magneto em alta tensão acima de 10000V.

[4] Tampa da vela de ignição A tampa da vela de ignição é composta basicamente por uma cobertura isolante, arruela, condutor de alta

tensão, parafuso de fixação, resistência de atenuação, mola, tampa condutora e mola de trava, que assegura uma conexão confiável entre a vela de ignição e o condutor de alta tensão. A extremidade do parafuso de fixação conecta-se ao condutor de alta tensão e a extremidade da tampa condutora conecta-se à vela de ignição através da mola de trava. Para evitar que as intempéries entrem no sistema e prejudiquem o isolamento, existe coberturas de borracha nas duas conexões do cabo.

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3-20 MOTOR

A carcaça da tampa das velas é feita de plástico ou baquelite de alta isolação, que pode assegurar um isolamento de alta tensão superior a 20.000V. Para proteção de outros dispositivos sem fio contra interferências de ondas eletromagnéticas de alta frequência produzidas pela descarga e ignição da vela e do circuito de retorno, há um resistor de atenuação de 4.000 a 9.000 Ohms na vela para redução da onda eletromagnética.

estrutura do sistema de ignição

[5] Vela de ignição

A vela de ignição é a última parte do sistema de ignição eletrônica C.D.I que transforma a alta tensão produzida pela indução da bobina de alta tensão em faísca elétrica para inflamar a mistura ar/combustível na câmara de combustão do motor. Suas condições de trabalho são extremamente severas, pois suporta cerca de 4MPa de pressão de explosão, resiste a grandes diferenças de temperatura de 60 a 2.000°C e sempre funciona sob alta tensão de 10.000V a 20.000V. Assim, a estrutura e o material são importantes para a vela de ignição trabalhar de maneira estável e durável.

2 Desmontagem e manutenção do sistema de ignição O sistema de ignição desta motocicleta adota o CDI, que não requer ajuste. Se o sistema de ignição tiver algum problema, deve-se verificar o sistema de ignição eletrônica, gerador, pulsador, bobina de ignição e substituir os componentes defeituosos.

Especificação

Itens Valor padrão

Vela de ignição (Japão) NGK D8EA

(Japão) ND X24FS-U

(China) T2198

Folga 0,6mm~0,7mm

Sincronização das válvulas de ignição Marcha lenta 15° (BTDC)

Aceleração 35° (BTDC) /3,740mm

Bbobina de ignição Resistência da bobina primária 0,53 Ω. ± 10 Ω

Resistência da bobina secundária 2,0k Ω ~4,0k Ω

Resistência da bobina de carga do gerador 550 Ω ~680 Ω

Resistência da bobina de acionamento 220 Ω ± 50 Ω

Tabela de medidas do módulo de ignição

Interruptor de ignição

Bobina de carga Bobina de ignição E1E2 Aterramento

Interruptor de ignição ∞ ∞ ∞ ∞

Bobina de carga 0,1~50 100~∞ 100~∞ ∞

Bobina de ignição 100~∞ 20~500 10~200 ∞

Bobina de acionamento E1E2 0,1~50 0,1~50 5~50 ∞

Aterramento ∞ 10~200 100~∞ ∞

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3-21 MOTOR

[1] Retire as tampas dos orifícios de observação pequeno e grande com a chave de fenda e verifique se seus de anéis de vedação estão danificados.

CUIDADO

Se os anéis de vedação do orifício de observação pequeno e grande estiverem com vazamento, substitua-os.

[2] Solte os 5 parafusos de fixação (M6 X 40) da tampa esquerda do cárter e os outros 2 parafusos de fixação (M6 X 50). Torque

Parafuso de fixação da tampa esquerda do cárter:

M6 X 40/12N.m~15N.m

M6 X 50/12N.m~15N.m

[3] Solte os 3 parafusos de fixação (M6 X 20) da tampa da engrenagem intermediária de partida.

Torque dos parafusos de fixação da tampa da engrenagem intermediária de partida:

M6 X 20/8N.m~12N.m

[4] Retire a tampa e o anel de vedação da engrenagem intermediária de partida.

CUIDADO

Substitua o anel de vedação da tampa da engrenagem intermediária de partida em caso de vazamento.

Retire as tampas dos orifícios de observação pequeno e grande

Solte os parafusos de

fixação

Solte os parafusos de

fixação

Verifique o anel de vedação

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3-22 MOTOR

[5] Retire a engrenagem intermediária de partida e a haste da mesma.

CUIDADO

Durante a instalação, lubrifique a engrenagem intermediária de partida e sua haste.

[6] Solte 1 parafuso de fixação (M6 X 25) da tampa esquerda do cárter.

Torque

Parafuso de fixação da tampa esquerda do cárter M6 X 25/10N.m~15N.m

[7] Solte 1 parafuso de fixação (M6 X 12) da placa do fio do magneto. Retire a tampa esquerda do cárter.

Retire o pino de fixação e a guarnição de papel de vedação do cárter esquerdo.

Torque

O parafuso de fixação da placa do fio do magneto M6 X 12/8N.m~12N.m

CUIDADO

Substitua a guarnição de papel de vedação após cada desmontagem/montagem da tampa do cárter esquerdo do motor.

[8] Solte 1 parafuso de fixação (M6 X 20) do conector do mostrador de marcha e retire o conector.

Torque

Parafuso de fixação do conector do mostrador de marcha M6 X 20/8N.m~12N.m

CUIDADO

Verifique a abrasão do conector do mostrador de marcha. Se o conector apresentar uma conexão inadequada ou o mostrador não funcionar, repare ou substitua o conector do mostrador de marcha.

Retire a engrenagem intermediária

Solte o parafuso fixação

Retire a tampa esquerda

Retire o conector do mostrador de marcha

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3-23 MOTOR

[9] Retire o ponto de contato do mostrador de marcha.

CUIDADO

Verifique a abrasão do ponto de rotação do mostrador de marcha. Se o mostrador de marcha apresentar uma conexão inadequada ou o mostrador não funcionar, repare ou substitua o ponto de rotação.

[10] Solte 1 parafuso de fixação (M10X35) do rotor do magneto(gerador).

Torque

Parafuso de fixação do rotor do magneto M10 X 35/50N.m~60N.m

CUIDADO

Ao instalar o parafuso de fixação do rotor do magneto, aplique trava rosca no parafuso de fixação para evitar que se solte.

[11] Retire o rotor do magneto com as ferramentas especiais.

CUIDADO

O rotor do magneto deve ser desmontado com ferramentas especiais.

[12] Coloque algumas ferramentas de ferro no rotor do magneto e verifique se o magnetismo do rotor do magneto enfraquece. Se enfraquecer, substitua o rotor.

CUIDADO

Ao instalar o rotor do magneto, limpe o acúmulo de sujeira no rotor.

Verifique o ponto de rotação

Solte o parafuso de fixação

Retire o rotor do magneto

Verifique o rotor do magneto

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3-24 MOTOR

[13] Solte 2 parafusos de fixação (M5 X 16) da bobina de acionamento do magneto e 3 parafusos de fixação (M6 X 25) da bobina de ignição do magneto e retire o estator do magneto. Torque

O parafuso de fixação da bobina de acionamento M5 X 16/8N.m~12N.m

O parafuso de fixação da bobina de ignição M5 X 25/10N.m~25N.m

[14] Meça a resistência de primário e do secundário da bobina de ignição e a resistência da bobina de acionamento com multímetro.

Resistência da bobina de primário: 0,53 Ω + 10% Resistência da bobina de secundário: 2,0k Ω ~4,0k Ω Resistência da bobina de acionamento: 220 ± 50

CUIDADO

Verifique se a resistência das bobinas de ignição de primário e secundário está dentro do valor especificado. Se não estiver, f ça uma substituição.

[15] Meça a resistência entre os conectores do módulo de ignição eletrônico. Se a resistência não estiver dentro do valor especificado, substitua o módulo de ignição. O método de medida é o seguinte: Conecte a ponta de prova preta de 1K ao fio preto/vermelho e conecte a ponta de prova vermelha com o fio preto/branco. A resistência elétrica positiva é de 0k Ω a 10k Ω, e a resistência elétrica negativa é ilimitada.

CUIDADO

Esta medida deve adotar a classificação R x 1kΩ ou R x 100k Ω.

[16] Retire a tampa da vela de ignição e meça a resistência da bobina de alta tensão com um multímetro (valor de resistência ∞). Verifique se há curtocircuito ou circuito aberto. Se houver curtocircuito ou circuito aberto, substitua a bobina de alta tensão.

CUIDADO

Faça o teste do faiscamento. A corrente/tensão do secundário da bobina de alta tensão deve ser contínua e acima de 10.000V. Ao mesmo tempo, o faiscamento deve ser azul.

A realizar o teste do faiscamento, não deixe o corpo encostar na fonte de energia para evitar descargas elétricas.

Solte o parafuso de fixação

Meça a bobina de ignição

Meça a bobina acionadora

Meça o CDI

Meça a bobina de alta tensão

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3-25 MOTOR

[17] Desmonte o medidor e retire o carregador do interruptor de ignição. Meça se o fio de conexão tem bom contato.

CUIDADO

Verifique se o interruptor da chave de ignição apresenta curtocircuito ou circuito aberto.

[18] Solte a tampa da vela e a vela de ignição – Verifique se o parafuso de fixação do fio guia de alta tensão na tampa da vela de ignição está solta ou oxidada. Verifique se existem danos no revestimento de isolamento. Verifique se a resistência está solta ou oxidou. Se a tampa da vela apresentar os problemas

acima, faça uma substituição. - Limpe a vela de ignição periodicamente. Retire toda sujeira e os depósitos de carbono do eletrodo. Meça a vela de ignição e verifique se a folga da vela de ignição está entre 0,06mm e 0,07mm. Se a conexão entre o eletrodo e o isolador estiver solta ou danificada, substitua a vela de ignição.

CUIDADO

Após inspecionar a vela de ignição, verifique se a pressão do cilindro está acordo com os requisitos de combustão do motor.

Meça o interruptor de ignição

Verifique o cabo de vela

Verifique a vela de ignição

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3-26 MOTOR

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do sistema de ignição

Tabela 3-4 Manutenção do sistema de ignição

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Bobina de carga

Bobina de carga em curtocircuito.

Faiscamento fraco ou inexistente entre os eletrodos da vela de ignição.

Dificuldade de partida do motor ou não liga. Potência do motor insuficiente ou marcha lenta instável.

Substitua a bobina de carga.

Bobina de carga com circuito aberto. (Valor da resistência: °°

Ausência de faísca entre os eletrodos da vela de ignição.

Motor não liga. Substitua a bobina de carga.

Bobina de acionamento

Bobina de acionamento em curtocircuito.

Faiscamento fraco ou inexistente entre os eletrodos da vela de ignição.

Dificuldade de partida do motor ou não liga. Potência do motor insuficiente ou marcha lenta instável.

Substitua a bobina de acionamento.

Bobina de acionamento com circuito aberto. (Valor da resistência °°)

Ausência de faísca entre os eletrodos da vela de ignição.

Motor não liga. Substitua a bobina de acionamento.

Interruptor de ignição

Bobina de desligamento em curtocircuito.

Ausência de faísca entre os eletrodos da vela de ignição.

Motor não liga. Substitua o interruptor de ignição.

Bobina de desligamento com circuito aberto. (Valor de resistência =°)

Motor não liga. Substitua o interruptor de ignição.

O positivo e negativo da bobina preta e da bobina branca estão abertos.

Ausência de faísca entre os eletrodos da vela de ignição.

Motor não liga. Substitua o interruptor de ignição.

O positivo e negativo da bobina preta e da bobina branca em curtocircuito.

Ausência de faísca entre os eletrodos da vela de ignição.

Motor não liga. Substitua o interruptor de ignição.

Módulo de ignição

Módulo de ignição danificado.

Ausência de faísca entre os eletrodos da vela de ignição.

Motor não liga. Substitua o módulo de ignição eletrônico CDI.

Bobina de ignição

Bobina de ignição em curtocircuito.

Faiscamento fraco ou inexistente entre os eletrodos da vela de ignição.

Dificuldade de partida do motor ou não liga. Potência do motor insuficiente ou marcha lenta instável.

Substitua a bobina de ignição.

Bobina de ignição com circuito aberto.

Ausência de faísca entre os eletrodos da vela de ignição.

Motor não liga. Substitua a bobina de ignição.

Conector do mostrador de

marcha

Desgaste excessivo Conector do mostrador de marcha com problema de conexão.

Indicador de marcha n funciona.

Substitua o conector do mostrador de marcha.

Ponto de rotação do mostrador de

marcha

Desgaste excessivo Conector do mostrador de marcha com problema de conexão.

Indicador de marcha n funciona.

Substitua o ponto de rotação do mostrador de marcha.

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

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3-27 MOTOR

PARTE 6 – DISPOSITIVO DE PARTIDA ELÉTRICA A função do dispositivo de partida elétrica é utilizar a energia da bateria instalada na motocicleta para fazer o motor de partida produzir torque, então o torque é transmitido ao virabrequim, fazendo o motor ligar. O dispositivo de partida elétrica pode ser operado de maneira fácil e rápida. 1 Estrutura e princípio de funcionamento do dispositivo de partida elétrica

[1] Estrutura do dispositivo de partida elétrica O sistema de partida elétrica consiste basicamente de um motor de partida, uma engrenagem intermediária e uma embreagem unidirecional. Motor de partida

A corrente elétrica, depois de passar pela bobina de excitação e bobina do induzido através da escova do ânodo do motor de partida, produz um campo magnético na bobina de excitação. Quando a corrente flui para a bobina do induzido desse campo magnético, os dois flancos da bobina do induzido recebem respectivamente uma força contrária e equivalente para produzir o torque, que faz com que a bobina do induzido gire junto do eixo da engrenagem do motor de partida. Então, a corrente flui para o cátodo da bateria através da escova do cátodo e forma um circuito fechado.

Embreagem unidirecional A embreagem unidirecional deve transmitir a potência produzida pelo motor de partida ao virabrequim, a qual é um

composto dos anéis internos e externos da base. Os anéis de suporte formam uma canaleta em formato de cone. Há roletes e molas na área ampla dessa canaleta em formato de cone. Ao mesmo tempo, o anel de suporte interno é instalado na engrenagem de partida. O anel de suporte externo possui três orifícios roscados para instalação da embreagem unidirecional no rotor do magneto.

Engrenagem intermediária No sistema de partida elétrica, a engrenagem intermediária liga o eixo da engrenagem do motor de partida e

embreagem unidirecional ao mesmo tempo. Sua função é transmitir a potência de saída do motor de partida para o virabrequim e ligar o motor.

[2] Princípio de funcionamento do sistema de partida elétrica Ao pressionar o interruptor de partida localizado no guidão da motocicleta, a corrente da bateria faz o eixo da

engrenagem do motor de partida girar. Então, a engrenagem intermediária faz com que a engrenagem de partida instalada na embreagem unidirecional gire em sentido anti-horário. Nessa hora, a embreagem unidirecional está em estado estático e os roletes são empurrados para a parte estreita da canaleta. Junto com o aumento de rotação, os roletes ficam mais próximos até o engate da engrenagem de partida e embreagem unidirecional.

Estrutura do dispositivo de partida elétrica

Enquanto isso, a potência que atua na engrenagem de partida é transmitida para a embreagem unidirecional através dos roletes. A embreagem unidirecional faz com que o virabrequim comece a girar. Após o motor funcionar, o virabrequim impulsiona a embreagem unidirecional a girar em uma velocidade maior que da engrenagem de partida, então são empurrados para a parte ampla da canaleta e a embreagem unidirecional e a engrenagem de partida desengatam, ou seja, a potência do virabrequim e do motor de partida é interrompida.

2 Desmontagem e manutenção do dispositivo de partida elétrica

[1] Solte 2 parafusos de fixação (M6 X 28) do motor de partida. Torque

Parafuso de fixação do motor de partida M6 X 28/10N.m~15N.m

Desmonte o

motor de partida

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3-28 MOTOR

[2] Retire o motor de partida e verifique o desgaste da engrenagem do induzido. Se a engrenagem do induzido estiver muito gasta, substitua o motor de partida.

CUIDADO

Ao instalar o motor de partida, lubrifique a engrenagem do induzido do motor de partida.

[3] Retire engrenagem intermediária II e verifique o rolamento da engrenagem intermediária II (especificação: 1010). Se o rolamento estiver muito desgastado, substitua.

CUIDADO

Ao instalar a engrenagem intermediária II, lubrifique o rolamento desta engrenagem.

[4] Solte 1 parafuso de fixação (M6 X 12) da placa de pressão da engrenagem de partida e retire a engrenagem.

Torque

Parafuso de fixação da placa de pressão da engrenagem de partida

M6 X 12/8N.m~12N.m

[5] Solte 3 parafusos de fixação (M8 X 18) da embreagem unidirecional e a retire. Torque

Parafuso de fixação da embreagem unidirecional M8 X 18/10N.m~15N.m

CUIDADO

Ao instalar o parafuso de fixação da embreagem unidirecional, aplique trava rosca no parafuso para evitar que se solte.

Retire o motor de partida

Retire a engrenagem II

Solte os parafusos

de fixação da placa de pressão

Solte a embreagem

unidirecional

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3-29 MOTOR

[6] Verifique o desgaste do anel externo, da mola do rolete e do rolete de embreagem. Em caso de desgaste, substitua a embreagem unidirecional.

CUIDADO

Ao instalar a embreagem unidirecional, lubrifique-a.

[7] Verifique o desgaste da engrenagem intermediária e de sua haste. Em caso de desgaste, substitua.

CUIDADO

Ao instalar a engrenagem intermediária e sua haste, aplique algum lubrificante.

[8] Verifique o desgaste da engrenagem de partida. Em caso de desgaste excessivo, substitua.

- Verifique o desgaste do anel interno da engrenagem de partida. Em caso de irregularidades, substitua.

CUIDADO

Ao instalar a engrenagem de partida, aplique algum lubrificante.

[9] Verifique o desgaste da engrenagem intermediária II. Se ela estiver muito desgastada, substitua.

CUIDADO

Ao instalar a engrenagem intermediária II, aplique algum lubrificante.

Verifique a embreagem unidirecional

Verifique o eixo da engrenagem

Verifique a engrenagem

Verifique a engrenagem de partida

Verifique a engrenagem II

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3-30 MOTOR

[10] Meça a resistência da bobina de excitação do motor de partida com o multímetro. Verifique se há curtocircuito ou circuito aberto. Em caso de algum problema, substitua.

- Desmonte o motor de partida e verifique o desgaste do rotor induzido e do anodo e catodo da escova elétrica. Em caso de desgaste excessivo, substitua-os ou substitua o motor de partida.

CUIDADO

Limpe o induzido ou o anodo e catodo da escova com gasolina ou álcool. Limpe em um local ventilado e distante de fogo para evitar incêndios.

Verifique o motor de partida

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3-31 MOTOR

3 As causas, descrições de problemas e métodos de reparo do dispositivo de partida elétrica

Tabela 3-5 Manutenção do dispositivo de partida elétrica

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Motor de partida

Induzido, o anodo e o catado da escova elétrica estão muito desgastados.

Motor de partida gira muito fraco ou não funciona.

A partida elétrica da motocicleta não funciona.

Substitua o motor de partida.

A mola da escova está quebrada ou sua elasticidade é insuficiente.

O motor de partida está muito fraco.

A partida elétrica da motocicleta não funciona.

Substitua a mola da escova de carvão.

Induzido, anodo e a superfície do anodo e do catodo da escova elétrica estão sujos.

O motor de partida está muito fraco.

A partida elétrica da motocicleta não funciona ou funciona com problemas.

Limpe a superfície do comutador com gasolina ou álcool.

Induzido, anodo e a superfície do anodo e catodo da escova elétrica têm estanho, queimado e dano.

Motor de partida gira muito fraco ou não funciona.

A partida elétrica da motocicleta não funciona ou funciona com problemas.

Faça o polimento da superfície do comutador com uma lixa fina na direção oposta à de rotação do comutador. Corte a borda da placa de mica abaixo da superfície do comutador e remova as rebarbas e resíduos.

Induzido, anodo e a superfície do anodo e catodo da escova elétrica estão queimados ou danificados.

Motor de partida gira muito fraco ou não funciona.

A partida elétrica da motocicleta não funciona ou funciona com problemas.

Substitua o motor de partida.

Bobina de excitação em curtocircurto ou com circuito aberto.

O motor de partida está muito fraco.

A partida elétrica da motocicleta não funciona.

Substitua o motor de partida.

Embreagem unidirecional

A interface da embreagem de partida e roletes está danificada ou muito desgastada.

A embreagem de partida desliza ou emite som anormal.

A motocicleta falha ou emite som anormal durante a partida elétrica.

Substitua a engrenagem da embreagem de partida.

A via dos roletes está danificada ou muito gasta.

A embreagem de partida desliza ou emite som anormal.

A motocicleta falha ou emite som anormal durante a partida elétrica.

Substitua a embreagem de partida.

Os roletes estão danificados ou muito desgastados.

A embreagem de partida desliza ou emite som anormal.

A motocicleta falha ou emite som anormal durante a partida elétrica.

Substitua a embreagem de partida.

Engrenagem de partida

Engrenagem de partida muito desgastada.

A engrenagem de partida emite um ruído estranho.

A motocicleta falha ou emite som anormal durante a partida elétrica.

Substitua a engrenagem de partida.

Engrenagem de partida muito desgastada.

A engrenagem de partida emite um ruído estranho.

A motocicleta emite som anormal durante a partida elétrica.

Substitua a engrenagem de partida.

Engrenagem intermediária

A engrenagem de partida e a engrenagem intermediária estão muito desgastadas.

A engrenagem intermediária de partida emite um ruído estranho.

A motocicleta emite um som anormal durante a partida elétrica.

Substitua a engrenagem intermediária de partida e a engrenagem intermediária II.

A engrenagem de partida e a engrenagem intermediária estão muito desgastadas.

A engrenagem intermediária de partida emite um ruído estranho.

A motocicleta emite um som anormal durante a partida elétrica.

Substitua a engrenagem intermediária de partida e a engrenagem intermediária II.

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3-32 MOTOR

PARTE 7 – MECANISMO DE VÁLVULAS O mecanismo de válvulas serve para garantir que a mistura ar/combustível nova flua dentro do cilindro e o gás de exaustão seja descarregado do cilindro em intervalos regulares quando o motor está funcionando. Suas condições de funcionamento e manutenção adequada influenciam diretamente na economia, potência e confiabilidade do motor. Nessa motocicleta, o mecanismo de válvulas é do tipo suspenso com eixo de comando de válvulas no bloco, que move as varetas superior/inferior dos balancins até o cabeçote. Ele posiciona as válvulas de admissão e escape no topo da câmara de combustão do cilindro e possui uma passagem suave dos gases reduzindo o movimento do fluxo de ar e assegurando o bom funcionamento do motor. A câmara de combustão é tão compacta que possui boa capacidade de resistência à detonação e baixa perda de calor.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do mecanismo de válvulas

O eixo de comando de válvulas desse mecanismo está localizado no cárter esquerdo, o que realiza a transmissão de movimento entre o virabrequim e o comando de válvulas é um par de engrenagens. Devido ao comando de válvulas ficar distante da câmara, a temperatura do local de funcionamento do comando é beneficiada. No curso de admissão, o virabrequim gira para acionar a engrenagem movida do comando de válvulas através da engrenagem principal de sincronização, então o comando move o balancim inferior que empurra a vareta. A vareta empurra o braço do balancim superior, que por sua vez abre a válvula de admissão para fazer com que a mistura ar/combustível nova flua no cilindro. Junto à rotação do virabrequim, o comando de válvulas, consequentemente, muda o ângulo do ressalto, assim o fechamento da válvula é alterado. Por exemplo, no tempo de compressão, as válvulas de admissão e escape se fecham, no tempo de combustão e expansão, essas mesmas válvulas se fecham, no tempo de exaustão, a válvula de escape se abre.

O mecanismo com comando no bloco inclui o módulo da válvula e o módulo de acionamento da válvula. O módulo da válvula é composto pela válvula, guia, sede e chapeleta da válvula. O módulo de acionamento da válvula é composto pelo pinhão da sincronização e engrenagem movida, balancins superior e inferior, além da vareta.

[1] Módulo da Válvula

Válvula A válvula é o componente de controle nas passagens de admissão e escape do motor. No tempo de admissão a mistura ar/combustível nova flui para dentro do cilindro quando a válvula de admissão abre.No tempo de escape, o gás de exaustão é descarregado quando a válvula de escape abre. A válvula é composta da cabeça e da haste. A válvula é composta por cabeça e haste. Ela trabalha sob condição severa, pois a temperatura da válvula de admissão pode atingir 570°C—670°C e da válvula de escape 1050°C~1100°C, portanto, a cabeça da válvula é facilmente queimada. Além disso, ela suporta a pressão e força de inércia da mola da válvula e do módulo de acionamento da válvula. Quando a válvula funciona, a haste e a guia da válvula entram em atrito enquanto o resfriamento e a lubrificação são insuficientes. Além disso, as válvulas devem ter suficiente dureza, rigidez, resistência ao calor e resistência à abrasão. Para diminuir a força de resistência da admissão e aumento da insuflação, a válvula de admissão é geralmente maior do que a válvula de escape.

Guia da válvula Existe uma folga de ajuste entre a guia da válvula e o cabeçote para que o tubo da válvula guia possa ser prensado dentro do seu orifício no cabeçote. A guia da válvula serve para guiar a haste da válvula a se movimentar em linha reta. A temperatura de trabalho da guia da válvula é alta e pode alcançar 500°C, sua lubrificação é insuficiente devido à lubrificação ser apenas pela nuvem de óleo derramado do mecanismo da válvula. Dessa forma, a guia da válvula é facilmente desgastada se não apresentar uma boa resistência à abrasão. Entre a válvula e a guia da válvula deve haver uma folga adequada. Se a folga for excessiva, o desempenho da guia da válvula se tornará ineficiente e a abrasão da válvula será acelerada. Se a folga for muito pequena, a haste da válvula emperrará facilmente após seu aquecimento.

Sede da válvula A sede da válvula serve para vedar o cabeçote unindo ajustadamente à cabeça da válvula e recebendo o

calor transferido das válvulas que é inserido dentro do cabeçote como um componente independente. O funcionamento sob altas temperaturas e a lubrificação insuficiente faz com que a sede da válvula se desgaste facilmente. Por essa razão, ela deve ser feita de materiais de alta qualidade, tais como aço de liga austenítica ou de ferro.

Mola da válvula A mola da válvula serve para eliminar a força de inércia da válvula e suas partes móveis durante o

fechamento da válvula e evitar a folga das partes móveis produzida pela força de inércia. A mola também garante o retorno da válvula para a sede no tempo adequado se juntando precisamente ao retentor da mola da válvula e impedindo que a válvula salte e aja diminuição do efeito de vedação quando o motor vibra. Dessa forma, a mola da válvula deve apresentar rigidez, força de aperto e elasticidade adequadas. Se a elasticidade for muito baixa, isso causará efeito de vedação insuficiente além de desordenar a sequência normal de abertura e fechamento da válvula. Se a mola for muito dura, isso aumentará o atrito entre as partes relacionadas do mecanismo de válvulas, acelerará seu desgaste e produzirá maior força de impacto e vibração.

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3-33 MOTOR

Desenho esquemático do princípio de funcionamento do

mecanismo de válvula

Foto da estrutura do mecanismo de válvula

A mola da válvula é composta de duas molas, interna e externa, que diferem em espessura e na direção da espiral. Esse desenho garante a confiabilidade de funcionamento das válvulas, não somente porque reduz a altura da mola, mas também impede que as duas molas se desloquem ou travem com a vibração. Além disso, a frequência de ressonância das duas molas é diferente o que evita a vibração sincronizada.

[2] Conjunto de acionamento das válvulas

O pinhão de sincronização (engrenagem do comando) fica instalada no virabrequim, enquanto a engrenagem movida de sincronização fica instalada no comando de válvulas. A força do virabrequim é transferida ao comando de válvulas pelo engrenamento das engrenagens motrizes e movidas do comando de válvulas.

Balancim inferior A função do balancim inferior é aceitar a potência do comando de válvula do cabeçote e transferi-la para a alavanca. Ele suportará a grande força de flexão e não há nenhuma estrutura de reforço por detrás.

Eixo do balancim inferior O eixo do balancim inferior serve para suportar o balancim inferior. Ele é inserido pelo orifício do bloco do motor, então passa pelo balancim inferior. Existe um orifício roscado em um lado do eixo do balancim, que é utilizado para fixar o balancim inferior e o eixo do balancim inferior conjuntamente. O balancim oscila durante o funcionamento. Existe um orifício de lubrificação no eixo do balancim inferior que é utilizado para lubrificar e polir a superfície.

Vareta A função da vareta é transferir o movimento do comando de válvulas para a válvula. São duas varetas longas e finas que se dobram facilmente. As duas extremidades são esféricas. Conecte respectivamente ao balancim superior e inferior.

Eixo de comando de válvulas O eixo de comando de válvulas inclui o came de admissão, came de exaustão e o mancal que controlam a abertura e o fechamento das válvulas de

admissão e escape sincronizadamente de acordo com determinada fase de distribuição e garante o curso adequado das válvulas. O comando de válvulas se desgasta facilmente devido ao atrito significante da superfície de funcionamento contra o balancim quando suporta carga de impacto constante produzida pela abertura intermitente das válvulas. Assim, a superfície do comando deve ser suficientemente resistente e rígida, também, precisa receber tratamento térmico para aumentar sua resistência à abrasão. O orifício de óleo dentro do comando de válvulas possui comunicação com a passagem de óleo do mancal e ressalto principais, através da qual o óleo pode lubrificar a superfície do comando de válvulas.

Conjunto do balancim superior O conjunto do balancim é composto pelo balancim superior, eixo do balancim e sede do balancim. O balancim superior deve transmitir o movimento da árvore de comando às válvulas. É uma alavanca de dois braços com nervura de reforço por detrás para melhorar a resistência à flexão e um furo do eixo do balancim no meio. Os dois braços suportam uma carga intensa de flexão quando o balancim superior funciona. Existem parafusos de ajuste e porca travante na frente do balancim para ajustar a folga da válvula. O eixo do balancim serve para suportar o balancim. Quando ele funciona, o balancim alterna em torno do eixo pressionando o eixo e o orifício do eixo do balancim. O orifício de óleo no eixo do balancim serve par lubrificar a sua superfície. A função da sede do braço do balancim é fixar o eixo do balancim.

Balancim superior

Eixo do balancim

Sede do balancim

Vareta

Balancim inferior

Comando de válvulas

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3-34 MOTOR

2 Desmontagem e manutenção do mecanismo de válvula

[1] Ajuste da folga da válvula Solte 3 parafusos de fixação (M6 X 25) da tampa do cabeçote e a retira. Torque

Parafuso da tampa do cabeçote: M6 X 25/8N.m~ 12N.m

ATENÇÃO

A folga da válvula deve ser ajustada com o motor frio. Evite queimaduras. Se a folga for ajustada com o motor quente, o resultado pode não ser exato.

[2] Retire as coberturas (grande e pequena) da tampa de verificação da tampa do cárter esquerdo.

CUIDADO

Em caso de vazamento no anel de vedação da tampa de acabamento e da tampa de verificação, substitua os anéis de vedação.

[3] Gire o rotor do magneto com a luva e coloque o pistão no ponto morto superior. Aponte a marca T do rotor do magneto para a marca da tampa esquerda do cárter.

CUIDADO

Se a folga da válvula não for ajustada de acordo com o método de operação mencionado acima, sua precisão e o desempenho de aceleração e a partida da motocicleta serão prejudicados.

[4] Agite delicadamente o balancim com as mãos. Se estiver muito folgado, significa que a folga está grande demais. Se estiver muito apertado, significa que a folga está pequena demais.

Ajuste-o se a folga estiver muito grande ou muito pequena.

Torque

Porca de ajuste da válvula: M8/10N.m~15N.m

Solte os parafusos de fixação da tampa do

cabeçote

Tampa de verificação pequena

Tampa de verificação

grande

Gire o magneto

Verifique a folga das válvulas

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3-35 MOTOR

[5] Ao ajustar a folga da válvula solte a porca do parafuso de ajuste da válvula. Insira o calibrador de lâminas (Espessura da válvula de admissão: 0,06mm; válvula de escape: 0,08mm) entre o parafuso de ajuste e a haste da válvula. Gire suavemente o parafuso de ajuste até que haja resistência ao puxar o calibrador, então aperte a porca da válvula de admissão e escape.

NOTA

Depois que apertar, verifique a folga da válvula outra vez.

[6] Solte o parafuso de fixação (M6 X 12) da placa de pressão da sincronização do comando de válvulas.

Torque

Parafuso de fixação da placa de pressão:

M6 X 12/6N.m~9N.m

[7] Retire o comando de válvulas e a mola da placa de pressão do comando de válvulas.

CUIDADO

Ao instalar o comando de válvulas, aplique lubrificante.

[8] Retire o came de sincronização de válvulas.

CUIDADO

Ao instalar o came de sincronização de válvulas, aplique lubrificante.

Verifique a folga das válvulas

Solte o parafuso de fixação da placa de pressão

Retire o comando de válvulas

Retire o came de sincronização de válvulas

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3-36 MOTOR

[9] Solte o parafuso de fixação (M6 X 25) da parte do pino de pressão da biela da árvore de manivelas. Torque

Parafuso de fixação da parte do pino de pressão:

M6 X 25/10N.m~ 15N.m

NOTA

Se a folga de ajuste do came de sincronização de válvulas e o pinhão da biela da árvore de manivelas estiver muito grande, substitua a parte do pino de pressão.

[10] Ao instalar a corrente de sincronização de válvulas, faça uma marca () no came de sincronização de válvulas e outra () no pinhão da biela da árvore de manivelas ambas alinhadas.

CUIDADO

Se o comando de válvulas não estiver sincronizado com a biela da árvore de manivelas, isto irá dificultar a partida do motor ou a partida não irá funcionar.

[11] Após a instalação do came de sincronização de válvulas, verifique a folga de ajuste do came de sincronização e do pinhão da biela. Sua folga de ajuste deve ser: 1,0mm~2,0mm.

CUIDADO

Verifique se a folga de ajuste entre o came de sincronização de válvulas e o pinhão da biela está maior ou menor que o valor padrão. Se a folga estiver muito grande, o balancim inferior fará barulho. Se estiver muito pequena, o came de sincronização de válvulas fará um ruído alto. Reencaixe o came de sincronização.

[12] Coloque gasolina no tubo de ar de admissão e exaustão para checar sua vedação. Em caso de vazamento, desbaste a sede da válvula e a válvula.

CUIDADO

Faça o teste de vedação em um local ventilado e distante de fogo para evitar incêndios.

Solte o parafuso de fixação do pino de

pressão

Marca no comando

Marca na engrenagem motriz

Verifique a folga

Faça o teste de vedação

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3-37 MOTOR

[13] Solte as travas da válvula de exaustão com as ferramentas especiais e retire a válvula de admissão e exaustão, a mola externa e interna da válvula e a vedação de óleo da válvula.

CUIDADO

É proibido o uso de gasolina para limpar a vedação da válvula. Troque a vedação da válvula depois de cada desmontagem.

[14] Limpe a válvula de admissão e exaustão, a mola externa e interna da válvula e a sede da mola da válvula com detergente e verifique seu desgaste.

CUIDADO

Ao limpar a válvula de admissão e exaustão, a mola externa e interna e a sede da mola da válvula, use um detergente com alto ponto de queima. É proibido o uso de gasolina para evitar incêndios.

[15] Meça o comprimento da mola externa e interna com um paquímetro.

- O valor padrão da mola da válvula interna é: 33,50mm; o valor limite de manutenção é: 30,00mm. - O valor padrão da mola da válvula externa é: 40,09mm; o valor limite de manutenção é: 39,80mm.

CUIDADO

Se o valor de manutenção da mola externa e interna da válvula exceder o valor limite, substitua a mola externa e interna.

[16] Meça o diâmetro externo da haste da válvula com paquímetro.

- O valor de limite do diâmetro externo da haste da válvula é:

válvula interna 4,972mm; válvula de exaustão 4,960mm.

CUIDADO

Se o valor do diâmetro externo da válvula exceder o valor limite, substitua a válvula.

Solte a trava da válvula

Limpe a mola da válvula

Meça o comprimento da mola interna

Meça o comprimento da mola externa

Meça a haste da válvula

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3-38 MOTOR

[17] Meça a largura da válvula com um paquímetro. - O valor limite do diâmetro externo da haste da válvula é: largura da válvula de admissão: 2.0mm; largura da sede da válvula de exaustão: 2,0mm.

CUIDADO

Se a largura da sede da válvula exceder o valor limite de manutenção, retifique ou substitua a válvula.

Ao instalar as hastes da válvula de admissão e exaustão, aplique algum lubrificante na bucha da haste da válvula e na válvula.

[18] Verifique o desgaste do balancim superior e do parafuso de ajuste do eixo do balancim superior. Se estiverem gastos, substitua o balancim superior.

CUIDADO

Ao instalar o balancim superior, aplique lubrificante no orifício do braço do balancim superior.

[19] Meça o comprimento das varetas com um paquímetro. - O valor padrão do comprimento da haste é: 141,15mm~ 141,45mm. Seu valor limite de manutenção é: 141,00mm.

CUIDADO

Verifique o desgaste da vareta de acionamento. Se estiver deformada, substitua.

[20] Meça o diâmetro interno do orifício do balancim e o diâmetro externo do balancim inferior. O valor padrão do diâmetro interno do balancim é:12,00mm~12,02mm. Seu valor limite de manutenção é: 12,02mm.

O padrão do diâmetro externo do eixo do balancim inferior é: 11,97mm~11,99mm. Seu valor limite é: 11,99mm.

A folga de ajuste entre o diâmetro interno do orifício do balancim inferior e o diâmetro externo do eixo do balancim inferior é: 0,03mm.

CUIDADO

Ao instalar o balancim inferior e o eixo do balancim inferior, aplique algum lubrificante neles.

Meça a largura da válvula

Verifique o balancim superior

Verifique a folga

Verifique o eixo do balancim inferior

Verifique o balancim inferior

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3-39 MOTOR

[21] Meça a altura do came de sincronização de válvulas com um paquímetro. A altura padrão do came de sincronização da válvula de admissão é: 32,768mm~32,928mm. Seu valor limite de manutenção é: 32,628mm. A altura padrão do came de sincronização da válvula de exaustão é: 32,768mm~32,928mm. Seu valor limite de manutenção é: 32,628mm.

CUIDADO

Ao instalar o came, aplique algum lubrificante na superfície do came de sincronização de válvulas e no orifício do comando de válvulas.

Verifique o came de sincronização de válvula

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3-40 MOTOR

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do mecanismo de válvulas

Tabela 3-6 Manutenção do mecanismo de válvulas

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Eixo de comando de

válvulas

Came muito desgastado. Válvulas de admissão e exaustão bloqueadas.

Potência do motor insuficiente Substitua o comando de válvulas.

Orifício do comando de válvulas muito desgastado.

Folga de ajuste excessiva entre o orifício do eixo e o eixo.

Transmissão do comando de válvulas ou o balancim emitem ruído anormal.

Substitua o comando de válvulas.

Comando de válvulas muito desgastado.

Folga de ajuste excessiva entre o orifício do eixo e o eixo.

Engrenagem de comando ou o balancim inferior emitem som estranho.

Substitua o comando de válvulas.

A folga de ajuste do pinhão de sincronização e da engrenagem do came muito pequena.

——————

Engrenagem de comando com ruído estranho ou a potência do motor é insuficiente.

Substitua o comando de válvulas.

Balancim superior/inferior

Folga de ajuste excessiva entre o balancim superior e eixo do balancim superior.

——————

batidas Substitua os componentes da sede do balancim.

Superfície de trabalho danificada pela engrenagem ou muito gasta.

——————

Transmissão do balancim inferior emite ruído estranho e a potência do motor é insuficiente.

Substitua o balancim inferior.

Orifício do eixo do balancim inferior muito desgastado.

O folga de ajuste muito grande entre o balancim inferior e o eixo do balancim inferior.

Transmissão do balancim inferior emite ruído estranho e a potência do motor é insuficiente.

Substitua o balancim inferior.

Eixo do balancim inferior muito desgastado.

O folga de ajuste muito grande entre o balancim inferior e o eixo do balancim inferior.

Transmissão do balancim inferior emite ruído estranho e a potência do motor é insuficiente.

Substitua o eixo do balancim inferior.

Vareta Vareta deformada ou muito gasta.

—————— Potência do motor insuficiente. Substitua a vareta.

Válvula

Folga da válvula muito pequena.

A válvula não fecha completamente.

Motor difícil de ligar ou não liga. Potência do motor insuficiente e a marcha lenta está instável.

Reajuste a folga da válvula para o valor padrão (0,06~0,08mm)

Folga da válvula muito grande.

—————— Válvula emitindo ruído de batidas.

Reajuste a folga da válvula para o valor padrão (0,06~0,08mm)

Superfície de trabalho com acúmulo de carbono.

Válvula e sede da válvula não se encaixam bem.

Motor difícil de ligar ou não liga. Potência do motor insuficiente e a marcha lenta está instável.

Limpe os acúmulos de carbono e retifique a sede da válvula.

Superfície de trabalho amassada, muito desgastada, queimada ou danificada.

Válvula e sede da válvula não se encaixam bem.

Motor difícil de ligar ou não liga. Potência do motor insuficiente e a marcha lenta está instável.

Substitua a válvula ou retifique a sede da válvula.

Haste da válvula muito desgastada.

Folga de ajuste muito grande entre a haste da válvula e o tubo da válvula.

Existência de fumaça azul/branca saindo do tubo de exaustão.

Substitua a válvula.

Haste da válvula deformada.

A válvula não fecha completamente.

Motor não liga. Substitua a válvula.

Mola da válvula

Mola com elasticidade insuficiente ou quebrada.

Válvula e sede da válvula não se encaixam bem.

Motor difícil de ligar ou não liga. Potência do motor insuficiente e a marcha lenta está instável.

Substitua a mola da válvula.

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3-41 MOTOR

PARTE 8 – EMBREAGEM Para adaptar a motocicleta às várias condição de estrada, a condição de funcionamento do motor mudam continuamente de modo que a potência do motor precisa ser interrompida e engatada frequentemente. A função da embreagem é interromper e engatar a potência do motor suavemente.

1 Estrutura e princípio de funcionamento da embreagem

A embreagem do tipo multidiscos banhados em óleo reduz o desgaste e dissipa melhor o calor devido ao óleo. Durante a operação, segure firme ou solte a manopla da embreagem no guidão esquerdo. A embreagem desse motor está instalada no eixo principal do câmbio. O torque foi aumentado através da desaceleração, de forma que o torque de transmissão e o volume são grandes.

[1] Estrutura da embreagem tipo manual múltipla lubrificada

Engrenagem motriz da embreagem

A função do pinhão é receber a potência do virabrequim e transmiti-la para o disco motriz de fricção. Ela é coberta no eixo motriz da transmissão através de uma sapata, mas não produz transmissão de potência direta para o eixo motriz . Sua parte inferior é engrenagem, a qual se une ao mecanismo de desaceleração do virabrequim. Há várias garras na engrenagem que se encaixam com o disco motriz de fricção.

Disco de fricção da embreagem

A função do disco de fricção é transmitir a potência do motor para o eixo da direção da transmissão suavemente, o que pode reforçar a proteção do motor e deixar o piloto mais confortável durante a pilotagem e controle. Classificado por função, o disco de fricção inclui um disco de fricção motor e o disco de fricção movido. A combinação de um e outro pode transmitir um torque maior e tornar a conexão mais confiável.

Disco motriz de fricção

A superfície do disco motriz de fricção é côncava e convexa sucessivamente, o que aumenta sua força de fricção com o disco de fricção movido. O flange estendido se encaixa com o pinhão e recebe a potência transmitida por ela.

Engrenagem movida

A engrenagem movida se encaixa ao disco de fricção movido recebendo potência, depois transmitida para o eixo motriz da caixa de mudanças.

Placa de encosto

A função de encosto é escorar o platô da embreagem e desacoplar a embreagem. A força produzida na mola da placa de encosto deve ser igual. Ela é fixa em toda parte convexa do platô e tensionada por mola.

Engrenagem movida

A engrenagem movida se encaixa ao disco de fricção movido recebendo potência, depois transmitida para o eixo motriz da caixa de mudanças.

Placa de encosto

A função de encosto é escorar o platô da embreagem e desacoplar a embreagem. A força produzida na mola da placa de encosto deve ser igual. Ela é fixa em toda parte convexa do platô e tensionada por mola.

Mola

Normalmente, há 4 ou 6 molas. As molas são classificadas por sua elasticidade. Para garantir a elasticidade média e fazer o disco de fricção desengatar e engatar suavemente, a mola usada na embreagem deve ser a mesma.

Mecanismo de operação da embreagem

O mecanismo de operação da embreagem consiste do guidão de operação, cabo de aço e came. O guidão de operação está localizado na frontal esquerda do guidão. O controle da embreagem é feito por cabo.

[2] Princípio de funcionamento da embreagem tipo manual múltipla lubrificada

Quando a motocicleta funciona, a embreagem está na condição de engate. O pinhão da embreagem recebe a potência transmitida pela engrenagem de redução do virabrequim. Então a potência será transmitida para o disco motriz de fricção através da garra do pinhão. O platô da embreagem é acionado por molas e pressiona o disco de fricção motriz e o disco de fricção acionado conjuntamente de forma que o disco de fricção acionado recebe a potência do disco de fricção motriz e a transmite para o eixo principal da transmissão através da engrenagem movida.

Quando a motocicleta é ligada ou há troca de marchas, opere a embreagem da seguinte forma:

Primeiro: Segure a manopla da embreagem para interromper o fluxo de potência para a transmissão.

Segundo: opere a transmissão através do pé esquerdo para trocar de marchas;

Terceiro: Solte a manopla da embreagem suavemente para que o fluxo de potência retome seu curso normal.

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3-42 MOTOR

Quando a embreagem precisar ser desacoplada, segure a manopla da embreagem firmemente, acionando o cabo de aço, que puxa a alavanca de desengate. A alavanca de desengate pressiona o platô e fazendo com que se mova corretamente. Dessa forma, a pressão entre o disco de fricção motriz e disco de fricção acionado desaparece e há a formação de uma folga. A transmissão de potência não pode ser feita através de fricção. Então a transmissão de potência entre o virabrequim e a transmissão é interrompida. Ao trocar de marchas, não há impacto entre as engrenagens.

Após a troca de marchas, a transmissão de potência entre o virabrequim e a transmissão precisa ser retomada. Nesse momento, gire a manopla do acelerador suavemente para acelerar o motor e fazer o disco de fricção motriz e o disco de fricção acionado engatarem. Não é permitido acelerar repentinamente, pois causa um impacto no mecanismo de engrenagens do motor, podendo danificá-lo. Além disso, acelerar demais ao ligar a motocicleta causará defeito no motor ou outras situações perigosas, como aceleração brusca da motocicleta, tirar a roda dianteira do solo e assim por diante.

2 Desmontagem e manutenção da embreagem

[1] Solte 12 parafusos de fixação (M6 X 40) e 1 parafuso de fixação (M6 X 45) da tampa direita do cárter.

Torque

Parafuso de fixação da tampa direita do cárter: M6 X 40/ 45/10N.m~15N.m

[2] Bata suavemente a tampa direita do cárter com um martelo de borracha e retire a tampa e a guarnição de papel de vedação.

CUIDADO

Limpe a guarnição de papel de vedação da tampa esquerda do cárter com uma ferramenta apropriada e sem ponta.

[3] Observe o desgaste da haste de acionamento da embreagem. Se estiver muito desgastada, substitua.

Foto da estrutura da embreagem

Solte o parafuso da tampa do cárter direito

Retire a junta de papel

Verifique a haste de acionamento da embreagem

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3-43 MOTOR

[4] Retire a alavanca de desengate da embreagem e verifique seu desgaste. Se estiver muito desgastada, substitua.

[5] Retire o rolamento de desengate com o alicate de expansão. A especificação do rolamento é: 16003.

Verifique o desgaste do rolamento de desengate. Se a embreagem não desengatar completamente ou fizer barulho é uma indicação de que a embreagem está desgastada. Substitua o rolamento de desengate.

CUIDADO

Ao instalar o rolamento de desengate, aplique algum lubrificante.

[6] Solte 3 parafusos de fixação da tampa do rotor do filtro de óleo. Retire a tampa do rotor do filtro de óleo.

Torque

Parafuso de fixação da tampa do rotor do filtro:

M5 X 12/

8N.m~10N.m

[7] Solte a contraporca (M16) e a guarnição de proteção do filtro de óleo. Retire o filtro.

Torque

Contraporca do filtro de óleo: M16/40N.m~50N.m

Retire a alavanca de embreagem

Retire o rolamento da embreagem

Desmonte o filtro de óleo

Retire o filtro de óleo

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3-44 MOTOR

[8] Retire o anel de trava da embreagem (Φ 20) com o alicate de expansão.

CUIDADO

Verifique se o anel de trava da embreagem está deformado. Se deformado ou apresentar elasticidade insuficiente, substitua.

[9] Retire os discos de engrenagem da embreagem e verifique o desgaste dos discos movidos e dos discos motores.

CUIDADO

Ao instalar a peça de fricção e a peça de ferro de fricção da embreagem, aplique algum lubrificante neles.

[10] Retire a guarnição estriada da embreagem e verifique seu desgaste. Se estiver muito desgastada, substitua.

CUIDADO

Ao instalar a guarnição estriada, posicione a superfície arredondada para baixo.

[11] Retire o disco do pinhão e o pinhão da embreagem.

CUIDADO

Verifique o desgaste dos sulcos do disco de engrenamento da embreagem e a superfície do disco de fricção da engrenagem. Se os sulcos do disco estiverem muito desgastados, substitua a embreagem.

Retire o anel trava da embreagem

Retire os discos de fricção da embreagem

Retire a junta estriada

Retire o disco de acionamento

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3-45 MOTOR

[12] Retire o disco do pinhão da embreagem e verifique o desgaste do disco e do platô. Se estiverem gastos, substitua.

CUIDADO

Ao instalar o disco do pinhão da embreagem, aplique algum lubrificante no disco e platô.

[13] Verifique o desgaste da peça de ferro de fricção e da peça de fricção da embreagem. Se estiverem excessivamente gastos, substitua-os.

CUIDADO

Ao instalar a peça de ferro de fricção e a peça de fricção da embreagem, aplique algum lubrificante neles.

[14] Verifique o desgaste do sulco estriado e do disco de engrenagem da embreagem. Se estiverem gastos, substitua.

[15] Desmonte o disco motriz da embreagem e retire a peça de fricção. Meça a deformação das peças de fricção da embreagem.

O valor limite de manutenção para peças de fricção da embreagem é: 0,20mm.

CUIDADO

Se a peça de fricção da embreagem exceder o valor limite de manutenção, substitua.

Verifique o disco movido

Verifique o platô

Verifique o elemento de

fricção

Verifique o elemento de

fricção

Verifique o sulco estriado

Meça o elemento de fricção

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3-46 MOTOR

[16] Meça o comprimento livre da mola da embreagem com um paquímetro. O valor padrão é: 35,50mm. Seu valor limite de manutenção é: 34,20mm.

CUIDADO

Se o comprimento livre da mola da embreagem exceder o valor limite, substitua a mola de embreagem.

[17] Verifique o desgaste da peça de fricção da embreagem

Meça a espessura da peça de fricção da embreagem. Seu valor padrão é: 2,90mm. Seu valor limite de manutenção é 2,60mm.

CUIDADO

Se a peça de fricção estiver danificada ou gasta, substitua.

Se a espessura da peça de fricção da embreagem exceder o valor limite de manutenção, faça uma substituição.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas da embreagem

Tabela 3-7 Manutenção da embreagem

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Cubo de acionamento e cubo acionado da embreagem

Ranhuras do cubo de acionamento desgastadas.

Disco de fricção não se move livremente na ranhura de engrenagem do cubo de acionamento.

Embreagem desliza e desengata de forma incompleta.

Lime a ranhura da engrenagem até ficar plana ou substitua o cubo de acionamento da embreagem.

Ranhuras do cubo acionado desgastadas.

Discos movidos de fricção não se movem livremente na ranhura do cubo acionado.

Embreagem desliza e desengata de forma incompleta.

Lime a ranhura da engrenagem até ficar plana ou substitua o cubo de acionamento da embreagem.

Superfície de contato com placa de fricção está muito desgastada.

A embreagem desliza. Substitua o cubo acionado da embreagem.

Peça de fricção da embreagem

Peça de fricção da embreagem queimada ou muito gasta.

A embreagem desliza. Substitua todos os elementos de fricção da embreagem.

Peça de fricção da embreagem queimada ou muito gasta.

A embreagem desliza. Substitua todos os elementos de fricção da embreagem.

Peça de fricção da embreagem deformada seriamente.

Embreagem desliza e desengata de forma incompleta.

Substitua todos os elementos de fricção da embreagem.

Platô da embreagem

Superfície de contato com placa de fricção está muito desgastada.

A embreagem desliza. Substitua o platô da embreagem.

Mola da embreagem

Mola quebrada ou sua elasticidade é insuficiente.

A embreagem desliza. Substitua todas as molas da embreagem.

Meça a mola da embreagem

Meça o elemento de fricção

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3-47 MOTOR

Estrutura do sistema lubrificante

PARTE 9 – SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO O motor desta motocicleta é um motor de combustão interna que trabalha em alta rotação e alta temperatura, por isso, as junções do componentes móveis devem ser bem lubrificadas. Se a lubrificação for insuficiente, ela causa uma série de problemas, tais como, superaquecimento do motor e falta de potência, abrasão ou desgaste de componentes e etc. O sistema de lubrificação do motor é desenvolvido para evitar os problemas citados acima. Sua função é fornecer óleo lubrificante para a superfície de fricção do motor e transformar a fricção seca em fricção líquida para reduzir o atrito dos componentes. A lubrificação também pode trazer junto resíduos de metal de componentes em alta temperatura e promover um efeito de vedação entre os anéis do pistão e a parede do cilindro.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do sistema de lubrificação [1] Estrutura do sistema de lubrificação O sistema de lubrificação do motor é composto basicamente da bomba, filtro e passagem de óleo. Entre esses componentes, a passagem de óleo é distribuída entre o cárter do motor, bloco do motor, cabeçote, tampa do cabeçote e todos os eixos móveis. Veja a seguir uma descrição da estrutura básica de cada componente lubrificante.

Bomba de óleo A função da bomba de óleo é fornecer óleo sobre pressão para o sistema de lubrificação. Uma bomba de rotor foi adotada neste motor pela sua estrutura simples, pequeno volume, confiabilidade de fornecimento de óleo e facilidade de manutenção. A engrenagem da bomba de óleo é, geralmente, feita de nylon ou composto sintetizado. Quando o motor funciona, a engrenagem da bomba de óleo é movida pela engrenagem de redução do virabrequim e se movimenta dentro do rotor para girá-lo, então os rotores interno e externo formam uma câmara de sucção de óleo e uma câmara de pressão de óleo com a carcaça da bomba de óleo. Junto com a rotação da engrenagem, o óleo originalmente armazenado na câmara de sucção é transferido para a câmara de pressão e conduzido pela passagem de óleo. Depois que o óleo é drenado da câmara de sucção, ela produz pressão negativa para aspirar óleo novo. Através deste ciclo, a bomba de óleo pode realizar o fornecimento constante. Esse é o princípio de funcionamento da bomba de óleo.

Filtro de óleo Esse motor adota o filtro centrífugo. O óleo flui para o filtro através do tubo de entrada de óleo. Devido à alta rotação do filtro, os resíduos de metal e impurezas pesadas são lançadas para fora do filtro, então o óleo filtrado flui para a passagem de óleo do virabrequim. O filtro possui uma tela de filtragem em coluna que remove as impurezas do óleo.

Parafuso do dreno de óleo O parafuso do dreno de óleo é instalado na parte inferior do cárter e é utilizado para eliminar o óleo lubrificante do cárter.

[2] Princípio de funcionamento do sistema de lubrificação O modo principal de lubrificação do motor combina pressão e salpico. O mecanismo de válvulas do motor fica no topo, distante do cárter, por isso, ele é lubrificado apenas com o salpico natural de óleo. Nesse caso, a lubrificação por pressão é utilizada para transferir óleo da parte superior do motor para o mecanismo de válvulas através da instalação de uma bomba de óleo no virabrequim. Como na lubrificação por salpico, a pressão faz com que o óleo molhe as partes que necessitam de lubrificação através do movimento do virabrequim do motor e dos componentes rotativos da engrenagem. O curso do óleo lubrificante é o seguinte: primeiro, o óleo é aspirado para a bomba de óleo depois de ser filtrado pela tela de filtragem; segundo, o óleo é expelido da bomba de óleo e dividido em três cursos para lubrificar todas as partes.

Caminho do óleo no sistema de lubrificação

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3-48 MOTOR

Desenho esquemático do princípio de funcionamento

do sistema de lubrificação

No primeiro curso, o óleo passa pela passagem de óleo do cárter após sair da bomba de óleo e flui para a tampa do cabeçote juntamente com o parafuso do orifício do cabeçote, então transborda da tampa do cabeçote e lubrifica o mecanismo de válvulas. Depois disso, o óleo flui de volta para o cárter pela câmara da vareta.

No segundo curso, o óleo passa pela passagem de óleo do cárter e flui para o orifício de óleo do eixo principal e do eixo intermediário para lubrificar as engrenagens após sair da bomba de óleo. Em seguida, o óleo flui novamente para o cárter.

No terceiro curso, após sair da bomba, o óleo flui para a passagem de óleo do cárter e lubrifica o mancal do virabrequim e o mancal da extremidade grande da biela. A lubrificação do mancal do virabrequim é muito importante, para que o óleo seja filtrado antes de fluir para a passagem do virabrequim. Em seguida, o óleo flui de volta para o virabrequim.

Após os três cursos de lubrificação, todas as partes do motor ficam completamente lubrificadas. Considerando que, o óleo lubrificante que fluiu de volta para o cárter se tornou quente devido a absorção de calor dos componentes e trouxe de volta muitas impurezas da superfície dos componentes. Para evitar que impurezas entrem na passagem de óleo e bloqueie-a ou danifique a superfície de fricção, o óleo precisa ser filtrado passando pela tela de filtragem antes da segunda sucção na bomba de óleo.

2 Desmontagem e manutenção do sistema de lubrificação

[1] Retire a engrenagem principal da embreagem e verifique seu desgaste.

CUIDADO

Se a engrenagem principal da embreagem estiver muito desgastada, faça uma substituição.

[2] Retire a engrenagem de borracha da bomba de óleo e verifique seu desgaste.

CUIDADO

Se a engrenagem de borracha da bomba de óleo estiver muito desgastada, faça uma substituição.

Retire a engrenagem principal da embreagem

Retire a engrenagem de borracha da bomba de óleo

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3-49 MOTOR

[3] Solte o parafuso de fixação (M6 X 32) da bomba de óleo.

Torque

Parafuso de fixação da bomba de óleo:

M6 X 12/8N.m~10N.m

[4] Retire a bomba de óleo e verifique seu desgaste.

CUIDADO

Se a bomba de óleo estiver muito desgastada, substitua.

[5] Retire a bomba de óleo e verifique se o anel de vedação está danificado.

CUIDADO

Se o anel de vedação da bomba de óleo estiver danificado, substitua.

[6] Limpe a passagem de lubrificação da bomba de óleo e o cárter para certificar-se de que podem ser usados.

CUIDADO

Ao instalar a bomba de óleo, deve ser assegurada uma boa vedação da passagem de lubrificação.

Solte o parafuso de fixação da bomba de óleo

Retire a Bomba de óleo

Retire o anel de vedação

Limpe a passagem de lubrificação

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3-50 MOTOR

[7] Solte os parafusos por cima e por baixo do tubo de óleo e retire o tubo. Verifique o desgaste do tubo de óleo. Se estiver danificado, substitua.

CUIDADO

Se o parafuso do tubo de óleo estiver bloqueado, limpe-o.

[8] Limpe a passagem de lubrificação da tampa do cabeçote para certificar-se de que possa ser usada.

[9] Limpe a passagem de lubrificação do cabeçote para certificar-se de que possa ser usada.

[10] Limpe o parafuso de dreno, O-ring de vedação M35 X 3 do parafuso de dreno, a mola da tela de óleo e a tela.

CUIDADO

Não use gasolina para limpar o O-ring de vedação.

Limpe a tela de filtragem

Limpe o cabeçote

Limpe a tampa do cabeçote

Limpe a passagem de lubrificante

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3-51 MOTOR

[11] Solte o rotor externo e interno da bomba de óleo e verifique seu desgaste. Se desatados, substitua a bomba de óleo.

Meça a folga da face da extremidade do rotor da bomba de óleo com um calibrador de lâminas. Seu valor limite de manutenção é: 0,10mm.

Meça a folga do rotor externo e interno da bomba de óleo com um calibrador de lâminas. Seu valor limite de manutenção é: 0,25mm.

CUIDADO

Ao instalar a bomba de óleo, deve ser assegurada uma boa vedação.

[12] Limpe a sujeira no filtro de óleo para assegurar que fique desbloqueado.

CUIDADO

Ao instalar o filtro de óleo, deve ser assegurada uma boa vedação.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do sistema de lubrificação

Tabela 3-8 Manutenção do sistema de lubrificação

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Bomba de óleo

Rotor interno e rotor externo da bomba de óleo muito desgastados.

Nenhum ou óleo insuficiente bombeado da bomba de óleo.

Potência do motor é insuficiente e superaquece.

Substitua a bomba de óleo.

Anel de vedação da bomba de óleo danificado.

Nenhum ou óleo insuficiente bombeado da bomba de óleo.

Potência do motor é insuficiente e superaquece.

Substitua o anel de vedação da bomba de óleo.

Tela do filtro Tela do filtro bloqueada ou com muitas impurezas.

O impedimento do fluxo resulta em bombeamento de óleo insuficiente.

Potência do motor é insuficiente e superaquece.

Limpe a tela do filtro.

Filtro Parte interna do rotor do filtro muito suja.

———— Superaquecimento do motor. Limpe a parte inferior do rotor do filtro.

Cárter ———— Nível de óleo abaixo da

marca de escala inferior. Potência do motor é insuficiente e superaquece.

Abasteça com 1000ml do óleo especificado.

Passagem de óleo e tubo de

óleo

Passagem de óleo bloqueada

Fluxo de óleo impedido Potência do motor é insuficiente e superaquece.

Limpe e desbloqueie a passagem de óleo.

Meça a folga do rotor

Limpe filtro de óleo

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3-52 MOTOR

Estrutura do Virabrequim

PARTE 10 – CONJUNTO MÓVEL (VIRABREQUIM) O conjunto móvel transforma o movimento recíproco do pistão em movimento circular e gera potência.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do conjunto móvel O conjunto móvel inclui o virabrequim, a biela, o mancal do virabrequim, o mancal da extremidade maior da biela, o mancal da extremidade menor da biela e a arruela lateral.

(1) Virabrequim O conjunto móvel dessa motocicleta possui um virabrequim composto, que é leve, de fabricação simples e de difícil

desmontagem. Ele é composto principalmente de três componentes, os munhões esquerdo e direito do virabrequim e o moente do virabrequim. O moente do virabrequim está instalado entre os dois munhões com uma grande folga. Para balancear o peso e a força de inércia, a metade do virabrequim oposta ao seu moente é mais espessa que a outra metade.

(2) Biela A biela recebe a potência transmitida pelo pistão e transforma o movimento linear alternativo em movimento

rotativo, então transmite potência para o virabrequim. A biela também pode ser do tipo integrada, que tem uma estrutura simples, fácil usinagem e peso leve.

[1] Extremidade menor da biela

A extremidade menor da biela conecta o pino do pistão, recebe a potência deste e a transmite para a haste. Na parte superior da extremidade menor da biela há um orifício de óleo lubrificante usado para lubrificar a extremidade e o pino do pistão.

[2] Biela A haste conecta a extremidade maior da biela e a menor. Ela suporta uma grande carga de tensão, de forma

que as extremidades da biela são produzidas como um arco circular e a seção transversal da biela tem formato de “I” para reforçar a estrutura e evitar o peso elevado.

Extremidade maior da biela

A extremidade maior da biela transfere a potência para o virabrequim. Para reforçar sua lubrificação, há uma canaleta de óleo lubrificante na superfície da extremidade maior da biela. Uma vez que a extremidade maior da biela suporta uma grande força, ela deve ter uma alta dureza e resistência. Além disso, para reforçar a dureza, a extremidade maior da biela é geralmente produzida em liga leve de aço e recebe tratamento térmico.

(3) Mancal e arruela lateral O mancal do virabrequim é usado para suportar o

virabrequim, que apresenta alta velocidade de rotação e suporta grande pressão, de forma que precisa ser bem lubrificado. Para garantir o funcionamento adequado do conjunto móvel as extremidades da biela também precisam ter boa lubrificação. A extremidade maior da biela adota um rolamento de agulhas. Há duas arruelas laterais entre a extremidade maior da biela e o munhão do virabrequim, o que pode reduzir o atrito dos dois componentes.

2 Desmontagem e manutenção do conjunto Virabrequim

[1] Solte o parafuso de fixação (M6 X 28) do pino do conjunto móvel e retire o pino.

Torque

Parafuso de fixação do pino: M6 X 28/10N.m~15N.m

Retire o Pino

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3-53 MOTOR

[2] Retire o conjunto do eixo seletor de marchas do mecanismo de mudanças.

CUIDADO

Verifique o desgaste do conjunto do eixo seletor de marchas. Se estiver muito desgastada, substitua.

[3] Desmonte o parafuso de fixação (M6X20) da roda guia da transmissão e retire a roda dentada.

Torque Parafuso de fixação da roda guia: M6 X 20/8N.m~12N.m

[4] Solte o parafuso de fixação (M6 X 20) da transmissão da roda dentada e solte a roda dentada.

Torque Parafuso de fixação de roda dentada: M6 X 20/8N.m~12N.m

[5] Solte 10 parafusos (M6 X 50) do cárter e 1 parafuso (M6 X 95).

Torque Parafuso de fixação do cárter: M6 X 50/10N.m~15N.m

Retire o eixo seletor de marchas

Desmonte a Roda guia

Solte a roda dentada

Desmonte os parafusos do cárter

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3-54 MOTOR

[6] Bata suavemente no cárter esquerdo com um martelo de borracha. Retire o cárter esquerdo e a guarnição de papel de vedação.

[7] Retire o pino de posicionamento e a guarnição de papel de vedação do cárter.

CUIDADO

Limpe a guarnição de papel de vedação no cárter esquerdo/direito com uma ferramenta sem ponta para evitar danificar o cárter.

[8] Retire o conjunto móvel e verifique seu desgaste. Se estiver muito desgastada, substitua.

CUIDADO

Ao instalar o conjunto móvel, aplique lubrificante na extremidade maior da biela e no virabrequim.

[9] Meça o desvio radial do conjunto com um medidor duplo.

Valor padrão: 0,02mm Valor limite de manutenção: 0,05mm.

CUIDADO

Se o desvio radial do virabrequim exceder o valor limite de manutenção de 0,05mm, o virabrequim deve ser substituído.

Meça o desvio radial

Retire o conjunto móvel

Retire a guarnição de vedação

Retire o cárter

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3-55 MOTOR

[10] Meça o desvio radial da extremidade maior da biela com medidor duplo.

Valor padrão: 0,01mm;

Valor limite de manutenção: 0,05mm.

CUIDADO

Se o desvio radial da extremidade maior da biela exceder o valor limite de manutenção de 0,05mm, substitua a biela.

[11] Meça a folga lateral da extremidade maior da biela com um calibrador de lâminas.

Valor padrão: 0,05mm~0,30mm;

Valor limite de manutenção: 0,80mm.

CUIDADO

Se a folga lateral da biela exceder o valor limite de manutenção de 0,80mm, substitua a biela.

[12] Gire o mancal do virabrequim com as mãos e verifique o desvio radial e axial do mancal.

CUIDADO

Se o motor fizer algum ruído anormal ou a folga radial/axial do mancal do virabrequim estiver excessiva, substitua o virabrequim.

[13] Meça o diâmetro interno da extremidade menor da biela. Se ele exceder o valor limite de manutenção de 15,00mm, substitua a biela.

CUIDADO

Ao instalar o pino do pistão, lubrifique a extremidade menor da biela.

Meça o desvio radial da extremidade maior da biela

Meça a folga lateral da extremidade maior da biela

Meça o diâmetro interno da biela

Meça o diâmetro interno da extremidade menor da biela

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3-56 MOTOR

[14] Verifique o desgaste da engrenagem do comando de válvulas. Se estiver muito gasto, substitua a biela.

CUIDADO

Ao instalar o came do comando de válvulas, a marca no came deve apontar para a marca da engrenagem do comando de válvulas e o conjunto deve ser lubrificado.

[15] Verifique se a mola do pino do virabrequim está deformada. Se deformado, substitua o pino.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do conjunto móvel

Tabela 3-9 Manutenção do conjunto móvel

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Moente do virabrequim

Moente do virabrequim muito gasto.

Folga axial e radial excessiva da extremidade maior da biela.

Rolamento da extremidade maior da biela ou cilindro batendo.

Substitua o virabrequim.

Rolamento do virabrequim

Rolamento de agulhas da extremidade maior da biela está muito gasto.

Folga axial e radial excessiva da extremidade maior da biela.

Rolamento da extremidade maior da biela ou cilindro batendo.

Substitua o virabrequim.

Rolamento do virabrequim danificado ou muito gasto.

————— Rolamento do virabrequim emite ruído estranho durante a transmissão.

Substitua o rolamento do virabrequim.

Biela

Extremidade menor da biela está muito gasta.

Folga de ajuste excessiva entre o orifício da extremidade menor da biela e o pino do pistão.

Batidas do pino do pistão ou cilindro.

Substitua o virabrequim.

Biela curvada ou deformada.

Biela curvada ou deformada.

Batidas do cilindro. Substitua o virabrequim.

Orifício da extremidade maior da biela muito gasto.

Folga axial e radial excessiva da extremidade maior da biela.

Rolamento da extremidade maior da biela ou cilindro batendo.

Substitua o virabrequim.

Eixo de balanceamento

Rebaixo do eixo muito gasto.

Vibração do motor muito forte.

Vibração da motocicleta. Substitua o eixo de balanceamento.

Engrenagem muito gasta.

Motor emite ruído. Vibração da motocicleta. Substitua o pinhão.

Verifique a engrenagem de sincronismo

Verifique o pino

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3-57 MOTOR

Estrutura do mecanismo de controle de

trocas de marchas

PARTE 11 – SISTEMA DE TRANSMISSÃO A motocicleta precisa ter sua saída de rotação e torque ajustados para se adequar às diversas condições da estrada durante o deslocamento. É por esse motivo que a transmissão é importante. Ela é responsável por mudar a relação da transmissão apropriadamente e possibilitar potência total. Esta motocicleta adota transmissão de engrenamento constante. A transmissão de engrenamento constante basicamente coopera com a embreagem manual de discos múltiplos lubrificados. Suas características são a fácil troca de marchas e o pequeno impacto nas engrenagens.

1 Estrutura e princípio de funcionamento da transmissão [1] Estrutura do mecanismo de troca de marchas

O mecanismo de controle de troca de marchas inclui alavanca da transmissão, eixo da transmissão, tambor seletor de marchas, garfo da transmissão , eixo do garfo da transmissão, roda dentada e trava. Entre eles, a alavanca da transmissão está localizada no exterior do cárter esquerdo, enquanto o garfo da transmissão, o eixo do garfo da transmissão e o tambor seletor de marcha estão localizados dentro do cárter. As partes principais de funcionamento do eixo da transmissão, a roda dentada, e a trava estão instaladas no cárter direito.

Alavanca da transmissão-A alavanca da transmissão está instalada na parte exterior do motor e é controlada com o pé esquerdo, e está conectada ao eixo da transmissão por um eixo estriado.

Eixo da transmissão – A extremidade do eixo da transmissão é usada para encaixar com a alavanca da transmissão. O braço da transmissão é usado para empurrar a roda dentada.

Roda dentada-A função da roda dentada é fixar a posição do tambor seletor de marchas e conectá-lo com um parafuso. Ela possui uma forma de estrela e cada parte côncava possui sua marcha correspondente, especificamente, primeira marcha, segunda marcha, terceira marcha, quarta marcha e quinta marcha correspondem às seis partes de ranhuras côncavas da roda dentada respectivamente.

Roda guia - a função da roda guia é restringir a posição da roda dentada. Há uma mola na trava que pode pressionar as partes côncavas da roda dentada para restringir o movimento do tambor seletor de marchas.

Tambor seletor de marchas- O tambor seletor de marchas é um came de colunas com uma ranhura para o pino guia que pode guiar o pino guia do garfo da transmissão e direcioná-lo para pressionar a engrenagem da transmissão.

Garfo da transmissão e eixo do garfo da transmissão-A função do garfo da transmissão é empurrar a engrenagem da transmissão e mudar a relação de encaixe entre as marchas para possibilitar a mudança de marchas. O garfo da transmissão está instalado no eixo do garfo da transmissão. É suportado e tem sua direção de movimento guiada pelo eixo do garfo da transmissão. Há um pino guia no garfo da transmissão que entra na ranhura do pino guia do tambor seletor de marchas durante o funcionamento.

[2] Princípio de funcionamento do mecanismo de controle de troca de marchas

A função do mecanismo de controle de troca de marchas é fazer com que o garfo da transmissão empurre a engrenagem da transmissão para a posição apropriada rapidamente. Controlada pelo pedal, a alavanca da transmissão direciona o eixo da transmissão para que ele faça o braço da transmissão empurrar a roda dentada para uma posição nova, então, acionado por uma mola, o eixo da transmissão retorna para sua posição inicial. A rotação da roda dentada direciona o tambor seletor de marchas para girar em certo ângulo e fazer o garfo da transmissão se mover na direção do eixo do garfo da transmissão e empurrar a engrenagem da transmissão. Esta motocicleta adota troca de marchas do tipo internacional. Ao trocar da marcha neutra para uma marcha de alta velocidade, primeiramente coloque a alavanca da transmissão na primeira marcha, então passando para a segunda marcha, operando dessa forma seguindo para a terceira, quarta e quinta marchas.

[3] Estrutura do mecanismo de troca de marchas

A transmissão inclui um mecanismo de troca de marchas e um mecanismo de controle de troca de marchas. O mecanismo de troca de marchas inclui o eixo principal e o eixo intermediário da transmissão.

Mecanismo de troca de marchas

O eixo principal da transmissão conecta a embreagem com uma extremidade que é um eixo estriado. Há seis engrenagens no eixo principal, ou seja, a primeira, a segunda, a terceira, a quarta, a quinta e uma engrenagem de partida. Entre elas, o pinhão da primeira velocidade é a menor e integrada com o eixo principal por fundição. O orifício interno das engrenagens da terceira e quarta velocidade possuem uma

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3-58 MOTOR

ranhura e encaixam com o eixo principal, mas a engrenagem da terceira velocidade possui adicionalmente quatro dentes convexos em um dos lados, e a engrenagem da quarta velocidade possui quatro dentes em ambos os lados. O orifício interno da engrenagem de quinta velocidade é suave e encaixa com o eixo principal. Possui quatro dentes convexos em um dos lados. O orifício interno da engrenagem da segunda velocidade possui uma estria e vários dentes em um dos lados, e é colocado no eixo principal. Através do encaixe dos dentes convexos a relação da transmissão entre marchas e os dentes convexos pode ser mudada.

O eixo intermediário da transmissão é similar ao eixo principal, também estriado, e conecta a engrenagem pequena do dispositivo da transmissão com uma das extremidades. O eixo intermediário possui seis engrenagens motrizes, ou seja, a primeira, a segunda, a terceira, a quarta e quinta e a engrenagem de partida. Os orifícios internos das engrenagens motrizes da terceira, quarta e quinta velocidades possuem ranhuras. As engrenagens motrizes da terceira e quarta velocidades possuem 4 dentes convexos em um dos lados, enquanto que a engrenagem da quinta velocidade possui 4 dentes convexos em ambos os lados e encaixa com o eixo intermediário. Os orifícios internos das engrenagem da primeira e segunda velocidade são suaves,e colocados no eixo intermediário. Através do encaixe dos orifícios e dentes convexos, a relação entre engrenagens e eixo principal e eixo intermediário pode ser mudada.

[4] Principio de funcionamento do mecanismo de troca de marchas

O mecanismo de troca de marchas inclui o eixo principal e o eixo intermediário da transmissão. Há seis pares de eixos no eixo principal e eixo intermediário, incluindo um par de engrenagens de partida. Devido os diferentes encaixes de engrenagens, podem ser divididos em seis marchas, Ou seja, primeira, segunda, terceira, quarta, quinta e neutro.

Em marcha neutra, as engrenagens motrizes e engrenagens movidas engatam mas não podem transmitir potência. Na primeira marcha, o garfo da transmissão empurra a engrenagem movida da terceira velocidade e faz os dentes convexos encaixarem com o orifício da engrenagem movida da primeira velocidade para transmitir a relação de mudança de marcha para o eixo intermediário através da engrenagem movida da terceira velocidade. Da mesma forma, o garfo da transmissão empurra o pinhão da quarta velocidade para o pinhão da terceira velocidade quando na segunda marcha e empurra a engrenagem movida da terceira velocidade para a engrenagem movida da quarta velocidade quando está na quarta marcha. Através do curso de desengate e engate acima, a relação da transmissão do eixo principal e do eixo intermediário pode ser mudada.

[5] Transmissão

A transmissão dessa motocicleta adota o padrão internacional de cinco marchas. Opere a alavanca da transmissão com o seu pé esquerdo. Veja a ordem na figura à direita.

Uma transmissão apropriada pode evitar solavancos entre as engrenagens e aproveitar bem a potência do motor. Cortar a embreagem rapidamente, e conectar melhor a embreagem. Dessa forma, isso pode diminuir o solavanco entre as engrenagens. Não diminua ou aumente as marchas bruscamente com a embreagem.

Estrutura do mecanismo de mudanças de marchas

Esquema da ordem das marchas

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3-59 MOTOR

2 Desmontagem e manutenção da transmissão

[1] Retire o eixo do garfo do mecanismo de transmissão e verifique seu desgaste. Se estiver muito desgastada, substitua.

CUIDADO

Após a instalação do eixo principal/intermediário, verifique se a engrenagem do mecanismo de transmissão engata livremente.

[2] Retire o garfo do eixo intermediário " 1" e verifique seu desgaste. Se estiver muito desgastada, substitua.

Retire o eixo do garfo

Retire o garfo do eixo intermediário " 1"

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3-60 MOTOR

[3] Retire o garfo do eixo principal e verifique seu desgaste. Se estiver muito desgastada, substitua.

CUIDADO

Ao instalar o garfo do eixo principal, deixe o lado da marca para baixo.

[4] Retire o garfo do eixo intermediário " 2" e verifique seu desgaste. Se estiver muito desgastada, substitua.

[5] Retire o tambor do mecanismo de transmissão e verifique seu desgaste. Se estiver muito desgastada, substitua.

CUIDADO

Ao instalar o tambor da transmissão, levante a engrenagem com as mãos e faça com que o pino guia da engrenagem da direita do garfo engrene com a ranhura do tambor.

[6] Retire o eixo principal/intermediário e o eixo de partida e verifique o desgaste do eixo principal/intermediário. Se apresentarem desgaste excessivo, substitua-os.

CUIDADO

Ao instalar o eixo principal/intermediário, verifique sua folga de ajuste. Se a folga de ajuste estiver excessiva, substitua o eixo principal/intermediário.

Retire o garfo do eixo principal

Retire o garfo do eixo intermediário " 2"

Retire o eixo principal/intermediário

Retire o tambor do mecanismo de transmissão

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3-61 MOTOR

[7] Verifique se falta algum dente na engrenagem do eixo principal/eixo intermediário e se a junção côncavo-convexa da engrenagem do eixo principal/eixo intermediário está desgastada. Se houver um desses problemas, substitua o eixo principal/eixo intermediário.

[8] Verifique o desgaste do eixo seletor de marchas. Se ela estiver muito desgastada, substitua.

CUIDADO

Se a motocicleta apresentar falhas na transmissão, substitua o eixo seletor de marchas.

[9] Verifique o desgaste da roda dentada. Se ela estiver muito desgastada, substitua.

CUIDADO

Se a motocicleta trocar de marchas sozinha, substitua a roda dentada.

[10] Verifique o desgaste da roda guia. Se ela estiver muito desgastada, substitua.

Verifique o eixo principal/ eixo intermediário

Verifique o eixo seletor de marchas

Verifique a roda dentada

Verifique a roda guia

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3-62 MOTOR

[11] Verifique se o eixo do garfo está danificado ou deformado. Meça o diâmetro externo do eixo do garfo com o micrômetro. Seu valor limite de manutenção é 11,96mm. Se ele exceder o valor limite de manutenção, substitua-o.

CUIDADO

Ao instalar o eixo do garfo, passe um lubrificante.

[12] Verifique se o garfo está danificado ou deformado. Meça o diâmetro interno do garfo. Seu valor limite de manutenção é 12,05mm. Se ele exceder o valor limite de manutenção, substitua-o.

CUIDADO

Ao instalar o garfo, passe um lubrificante.

[13] Meça a espessura do dente do garfo com o micrômetro. Seu valor limite de manutenção é 4,50mm.

CUIDADO

Se a espessura do garfo exceder o valor limite de manutenção, substitua-o.

[14] Verifique o desgaste da ranhura do tambor de mudança de engrenagem. Se estiver muito gasta, substitua o tambor.

CUIDADO

Ao instalar o tambor de mudança de engrenagem, passe um lubrificante.

Meça o eixo do garfo

Meça o diâmetro interno do garfo

Meça a espessura do garfo

Verifique o tambor de mudanças

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3-63 MOTOR

[15] Retire a guarnição do eixo intermediário e verifique seu desgaste. Se estiver gasta, substitua a guarnição.

[16] Retire o pinhão do eixo intermediário e verifique seu desgaste.

CUIDADO

Se o pinhão do eixo intermediário estiver gasta ou faltando dentes, substitua o eixo principal e o eixo intermediário em conjunto.

[17] Retire a guarnição do eixo intermediário e verifique seu desgaste. Se estiver gasta, substitua.

[18] Retire a primeira engrenagem e a primeira bucha de engrenagem do eixo intermediário e verifique seu desgaste e falta de dentes.

CUIDADO

Se a primeira engrenagem do eixo intermediário estiver gasta ou com dentes faltando, substitua o eixo principal e o eixo intermediário em conjunto.

Verifique a junta do eixo intermediário

Verifique a engrenagem motriz

Verifique a junta do eixo intermediário

Verifique a bucha da primeira engrenagem do

eixo intermediário

Verifique a primeira engrenagem do eixo intermediário

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3-64 MOTOR

[19] Retire a guarnição do eixo intermediário e verifique seu desgaste. Se estiver gasta, substitua.

[20] Retire a terceira engrenagem do eixo intermediário e verifique seu desgaste e falta de dentes.

CUIDADO

Se a terceira engrenagem do eixo intermediário estiver gasta ou com dentes faltando, substitua o eixo principal e o eixo intermediário em conjunto.

[21] Retire a guarnição do eixo intermediário e verifique seu desgaste. Se estiver gasta, substitua.

[22] Retire a segunda engrenagem do eixo intermediário e verifique seu desgaste e falta de dentes.

CUIDADO

Se a segunda engrenagem do eixo intermediário estiver gasta ou com dentes faltando, substitua o eixo principal e o eixo intermediário em conjunto.

Verifique a junta do eixo intermediário

Verifique a terceira engrenagem do eixo intermediário

Verifique a junta do eixo intermediário

Verifique a segunda engrenagem do eixo

intermediário

Page 89: Kasinski CRZ SM 150

3-65 MOTOR

[23] Retire a quarta engrenagem do eixo intermediário e verifique seu desgaste e falta de dentes.

CUIDADO

Se a quarta engrenagem do eixo intermediário estiver gasta ou com dentes faltando, substitua o eixo principal e o eixo intermediário em conjunto.

[24] Retire a quinta engrenagem do eixo intermediário e verifique seu desgaste e falta de dentes.

CUIDADO

Se a quinta engrenagem do eixo intermediário estiver gasta ou com dentes faltando, substitua o eixo principal e o eixo intermediário em conjunto.

[25] Retire a segunda engrenagem do eixo principal e verifique seu desgaste e falta de dentes.

CUIDADO

Se a segunda engrenagem do eixo principal estiver gasta ou com dentes faltando, substitua o eixo principal e o eixo intermediário em conjunto.

[26] Retire a guarnição do eixo principal e verifique seu desgaste. Se estiver gasta, substitua.

Verifique a quarta engrenagem do eixo

intermediário

Verifique a quinta engrenagem do eixo

intermediário

Verifique a segunda engrenagem do eixo

principal

Verifique a junta do eixo principal

Page 90: Kasinski CRZ SM 150

3-66 MOTOR

[27] Retire a quinta engrenagem do eixo principal e verifique seu desgaste e falta de dentes.

CUIDADO

Se a quinta engrenagem do eixo principal estiver gasta ou com dentes faltando, substitua o eixo principal e o eixo intermediário em conjunto.

[28] Retire a trava do eixo principal e verifique seu desgaste. Se estiver gasta, substitua.

[29] Retire a quarta engrenagem do eixo principal e verifique seu desgaste e falta de dentes.

CUIDADO

Se a quarta engrenagem do eixo principal estiver gasta ou com dentes faltando, substitua o eixo principal e o eixo intermediário em conjunto.

[30] Retire o pinhão, a primeira e a terceira engrenagem do eixo principal e verifique o desgaste.

Verifique a quinta engrenagem do eixo

principal

Retire a trava do eixo principal

Verifique a quarta engrenagem do eixo

principal

Verifique a primeira engrenagem do eixo

principal

Verifique a engrenagem motriz do

eixo principal

Verifique a terceira

engrenagem do eixo

Page 91: Kasinski CRZ SM 150

3-67 MOTOR

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas da transmissão

Tabela 3-10 Manutenção da transmissão

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Engrenagens

Dente da engrenagem muito gasto ou danificado.

Vedação de óleo não funciona.

A transmissão emite ruído estranho durante condução ou muda de marcas com dificuldade.

Substitua a engrenagem.

Convexidade do encaixe da face da extremidade da engrenagem desgastada.

——————

As marchas mudam automaticamente.

Substitua a engrenagem.

Orifício de encaixe da face de extremidade da engrenagem gasto e alargado.

Folga de ajuste excessiva entre o orifício do eixo e o eixo.

As marchas mudam automaticamente.

Substitua a engrenagem.

Ranhura do garfo muito gasta.

Folga de ajuste excessiva entre o garfo do mecanismo de transmissão e a ranhura.

As marchas mudam automaticamente.

Substitua a engrenagem.

Garfo

Dente do garfo do mecanismo de transmissão muito gasto.

Folga de ajuste excessiva entre o garfo do mecanismo de transmissão e a ranhura da engrenagem.

As marchas mudam automaticamente.

Substitua o garfo.

Garfo da transmissão deformado.

Garfo da transmissão deformado.

Mudança de marcha falha ou ocorre automaticamente.

Substitua o garfo.

Orifício do eixo do mecanismo de transmissão muito gasto.

Folga de ajuste excessiva entre o garfo do mecanismo de transmissão e o eixo do garfo da transmissão.

Mudança de marcha falha ou ocorre automaticamente.

Substitua o garfo.

Eixo do garfo Eixo do garfo muito gasto ou deformado.

Eixo do garfo deformado, empenado ou muito gasto.

Mudança de marcha falha ou ocorre automaticamente.

Substitua o eixo do garfo.

Tambor seletor de marchas

Ranhura do tambor da transmissão muito gasta ou danificada.

—————— Mudança de marcha falha ou ocorre automaticamente.

Substitua o tambor do seletor de marchas.

Roda guia

Roda guia muito gasta ou danificada.

—————— Mudança de marchas difícil. Substitua a roda dentada do

mecanismo de transmissão.

Elasticidade insuficiente da mola da roda guia ou mola quebrada.

—————— As marchas mudam automaticamente.

Substitua a mola da roda guia.

Eixo da transmissão

Ranhura do eixo da transmissão gasta.

Pedal da transmissão desliza.

Câmbio funciona fora da engrenagem.

Substitua o eixo da transmissão.

Eixo da transmissão deformado.

Eixo da transmissão deformado.

As marchas mudam com dificuldade ou funcionam fora de sincronismo.

Substitua o eixo da transmissão.

Braço da transmissão muito gasto ou danificado.

Braço da transmissão muito gasto ou danificado.

As marchas mudam com dificuldade ou funcionam fora de sincronismo.

Substitua o eixo da transmissão.

Mola retrátil do eixo da transmissão com elasticidade insuficiente ou está quebrada.

Mola retrátil do eixo da transmissão com elasticidade insuficiente ou está quebrada.

Mudança de marchas difícil. Pedal da transmissão não retorna totalmente ou não retorna.

Substitua a mola retrátil.

Vedação de óleo

Vedação de óleo danificada ou sua borda está danificada, gasta ou envelhecida.

——————

Vazamentos de óleo na vedação.

Substitua a vedação.

Rolamento Rolamento muito gasto ou danificado.

—————— Câmbio emite ruído estranho durante troca de marchas.

Substitua o rolamento

Page 92: Kasinski CRZ SM 150

3-68 MOTOR

Estrutura do dispositivo de partida do motor

PARTE 12 – DISPOSITIVO DE PARTIDA DO MOTOR Para acionar o motor, é necessário girar o virabrequim do motor através de uma força externa, que faz o cilindro aspirar a mistura ar/combustível e executar o primeiro ciclo de funcionamento do motor, ou seja, compressão, combustão e expansão. Somente dessa forma, o ciclo de funcionamento do motor pode proceder automaticamente e o motor produzir potência constantemente. Para fazer com que o virabrequim alcance certa velocidade, de forma que o sistema de ignição possa produzir uma corrente de alta tensão e garantir partida adequada, o sistema de partida da motocicleta possui um mecanismo de aumento da velocidade desde o eixo de partida até o virabrequim. Após a partida do motor, o mecanismo de partida sairá automaticamente do encaixe e não se move junto do motor.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do dispositivo de partida do motor

O sistema de partida do motor consiste principalmente da pedal de partida, eixo de partida, engrenagem de partida, roda da pedal de partida e mola retrátil do eixo de partida. A pedal de partida é acionada pelo pé, fazendo o eixo de partida girar e produz uma rotação de retrocesso na roda da pedal de partida. Acionada pelo trilho guia da partida manual, a roda da pedal de partida se move para a esquerda axialmente e encaixa com a engrenagem da roda da alavanca interna da partida manual para que o torque de partida possa ser transmitido e o mecanismo do virabrequim e o mecanismo da válvula se movam, dessa forma, ligando o motor. Após a partida do motor, o eixo de partida, acionado por uma mola retrátil, gira reversamente e faz a roda da alavanca da partida manual e a engrenagem da partida manual desengatarem.

2 Desmontagem e manutenção do sistema de partida do motor

[1] Inspecione o desgaste do dente de encaixe da pedal de partida. Se estiverem danificados, substitua a pedal de partida.

CUIDADO

Se o parafuso de aperto da pedal de partida estiver solto, ocorrerá o desgaste dos dentes de encaixe. Aperte os dentes de encaixe.

[2] Retire o eixo de partida e o anel de pressão de 20mm e verifique o desgaste do eixo de partida. Se ela estiver muito desgastada, substitua.

CUIDADO

Se o eixo de partida não retornar, substitua o anel de pressão de 20mm.

Inspecione a alavanca de partida

Anel mola de 20 mm

Verifique o eixo de partida

Page 93: Kasinski CRZ SM 150

3-69 MOTOR

[3] Retire a guarnição do eixo de partida e verifique seu desgaste. Se estiver muito desgastada, substitua.

[4] Retire o pinhão do eixo de partida e meça seu o diâmetro interno com o micrômetro. Valor limite de manutenção: 20,05mm

CUIDADO

Se o pinhão exceder o valor limite de manutenção de 20,05mm, substitua o pinhão.

[5] Retire a guarnição do eixo de partida e verifique seu desgaste. Se estiver muito desgastada, substitua.

[6] Retire o disco de retorno do eixo de partida e verifique seu desgaste. Se estiver muito desgastada, substitua.

Verifique a junta do eixo de partida

Meça a engrenagem motriz

Verifique a junta do eixo de partida

Verifique a placa de retorno

Page 94: Kasinski CRZ SM 150

3-70 MOTOR

[7] Retire o anel de pressão de 18mm e a roda da pedal de partida e verifique seu desgaste.

CUIDADO

Se a roda da pedal de partida estiver gasta ou com dentes faltando, substitua o eixo de partida completo.

[8] Meça o diâmetro externo do eixo do núcleo da engrenagem de partida com um micrômetro. Seu valor limite de manutenção é 19,90mm.

CUIDADO

Se o eixo do núcleo da superfície da engrenagem de partida exceder o valor limite de manutenção de 19,90mm, substitua o eixo de partida completo.

4 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do dispositivo de partida do motor

Tabela 3-11 Manutenção do dispositivo da partida do motor

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Pedal de partida Ranhura do pedal conectada ao eixo de partida está gasta.

Pedal de partida desliza. Engrenagem desliza durante a partida.

Substitua o pedal de partida.

Engrenagem de partida

Face da extremidade da alavanca muito gasta.

Engrenagem desliza durante a partida.

Engrenagem desliza durante a partida.

Substitua a engrenagem de partida.

Dentes danificados ou muito gastos.

—————— Partida da motocicleta falha ou não funciona.

Substitua a engrenagem de partida.

Roda da pedal de partida

Face da extremidade da alavanca muito gasta.

Engrenagem desliza durante a partida.

Engrenagem desliza durante a partida.

Substitua a roda da pedal de partida.

Mola da roda da alavanca quebrada ou sua elasticidade é insuficiente.

Engrenagem desliza durante a partida.

Engrenagem desliza durante a partida.

Substitua a mola da roda da pedal de partida.

Eixo de partida

Ranhura da alavanca do pedal de partida conectada ao eixo de partida gasta.

Engrenagem desliza durante a partida.

Engrenagem desliza durante a partida.

Substitua o eixo de partida.

Mola retrátil quebrada ou sua elasticidade é insuficiente.

Pedal de partida retorna incompletamente ou não retorna.

—————— Substitua a mola retrátil.

Roda da alavanca de partida

Anel mola de 18 mm

Verifique a terceira engrenagem do eixo

intermediário

Page 95: Kasinski CRZ SM 150

3-71 MOTOR

Estrutura do cárter

PARTE 13 – CÁRTER O cárter é o suporte de parte do motor e também carcaça para os componentes do motor, uma vez que todos os componentes do motor e outras partes auxiliares estão instaladas no cárter. Além disso, o motor é montado na estrutura da motocicleta pelo suporte do assento e suporte da suspensão do cárter.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do cárter

O cárter suporta a biela, o virabrequim, embreagem, transmissão, cabeçote do cilindro, que por sua vez suportam o impacto da combustão e explosão, além da força de inércia do mecanismo do virabrequim em movimento e formando um espaço fechado. O cárter inclui seu corpo direito e esquerdo e tampas. O cárter deve apresentar dureza e rigidez suficiente, bem como uma boa resistência à amassados, impactos e corrosão. Também apresenta características de peso leve, pequeno volume, estrutura compacta e fácil usinagem, sendo a liga de alumínio a mais adequada para o cárter devido sua grande dureza e por ser fácil de ser moldada, o que é bom uma vez que a forma complexa e paredes finas do cárter são uma preocupação.

2 Desmontagem e manutenção do cárter

[1] Retire o medidor de óleo da tampa do cárter direito, haste da embreagem, mola da haste da embreagem, came da embreagem, vedação de óleo do eixo de partida e tampa do orifício de verificação. Verifique seu desgaste. Se estiver gastos ou danificados, substitua-os.

CUIDADO

Se o eixo de partida apresentar vazamento, a abertura da vedação de óleo do eixo de partida deve estar gasta. Substitua a vedação de óleo do eixo de partida.

[2] Verifique se o interior de tampa do cárter direito é gasta. Se estiver gasta, repare ou substitua a tampa do cárter direito.

CUIDADO

Se o orifício do parafuso da tampa do cárter direito estiver gasto, consulte o Capítulo 2 Conhecimento de manutenção, faça o corte das roscas de parafuso interna e externa.

Verifique os componentes da tampa do cárter direito

Verifique a tampa do cárter direito

Page 96: Kasinski CRZ SM 150

3-72 MOTOR

[3] Desmonte o rolamento do eixo principal e do eixo intermediário, rolamento do eixo de balanceamento, prendedor do cabo da embreagem, parafuso do cilindro e tubo de exaustão no cárter direito e verifique se estão gastos ou danificados. Caso estejam, repare ou os subtitua.

CUIDADO

Se os rolamentos do eixo principal e intermediário e do eixo de balanceamento estiverem muito gastos, substitua-os.

[4] Verifique se o interior do cárter direito está gasto. Se estiver gasto, substitua-o.

CUIDADO

Se o orifício do parafuso do cárter direito estiver gasto, consulte o Capítulo 2 Conhecimento de Manutenção, faça o corte das roscas de parafuso interna e externa.

[5] Desmonte o pequeno orifício de verificação da tampa do cárter esquerdo, a tampa estampada, anel de vedação, tampa traseira esquerda, tampa da engrenagem intermediária e o rolamento de agulhas da engrenagem e verifique-os. Se apresentarem desgaste excessivo, substitua-os.

CUIDADO

Se o rolamento de agulhas da engrenagem apresentar desgaste excessivo, substitua-o.

Se o anel de vedação do orifício de verificação pequeno e o anel de vedação da tampa estampada apresentarem vazamento, substitua-os.

[6] Verifique se a tampa do cárter esquerdo e a tampa traseira esquerda estão gastas. Se estiverem, repare ou as substitua.

CUIDADO

Se os orifícios de rosca de parafuso da tampa do cárter esquerdo e da tampa traseira esquerda estiverem gastos, consulte o Capítulo 2, Conhecimento de Manutenção, faça o corte das roscas de parafuso interna e externa.

Verifique os componentes do cárter direito

Verifique o cárter direito

Verifique os componentes da tampa do cárter esquerdo

Verifique a tampa traseira esquerda

Verifique a tampa do cárter esquerdo

Page 97: Kasinski CRZ SM 150

3-73 MOTOR

[7] Retire o rolamento do eixo principal e do eixo intermediário do cárter esquerdo, eixo de balanceamento, rolamento de agulhas da engrenagem, parafuso do cilindro, vedação de óleo do cárter, vedação de óleo do eixo intermediário e do eixo da transmissão. Verifique danos e atrito. Se apresentarem desgaste excessivo, substitua-os.

CUIDADO

Se as vedações de óleo do virabrequim e do eixo intermediário e do eixo da transmissão apresentarem vazamento, as substitua.

Se os rolamentos do eixo principal e intermediário, eixo de balanceamento e do rolamento de agulhas da engrenagem intermediária estiverem muito gastos, substitua-os.

[8] Verifique se o interior do cárter esquerdo está gasto. Se estiver, repare ou substitua-o.

CUIDADO

Se o orifício de rosca de parafuso do cárter esquerdo estiver gasto, consulte o Capítulo 2, Conhecimento de Manutenção, faça o corte das roscas de parafuso interna e externa.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do cárter Tabela 3-12 Manutenção do cárter

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Corpo do cárter

Cárter rachado. —————— Vazamentos de óleo do cárter. Substitua o cárter.

Guarnição do cárter danificada.

—————— Vazamentos de óleo na junta do cárter direito e esquerdo.

Substitua a guarnição.

Orifício roscado do bujão de drena de óleo gasto.

—————— Vazamentos de óleo no orifício roscado do bujão de drena de óleo.

Substitua o cárter.

Orifício de rosca de parafuso do parafuso do cilindro quebrado.

—————— O parafuso de fixação do cabeçote não pode ser apertado provocando o vazamentos de ar entre o cabeçote e o corpo do cilindro.

Substitua o cárter.

Parafuso do cilindro quebrado. ——————

O parafuso de fixação do cabeçote não pode ser apertado provocando o vazamentos de ar entre o cabeçote e o corpo do cilindro.

Tire o parafuso quebrado do cilindro no cárter e substitua-o.

Vedação de óleo ou sua borda danificada, gasta ou envelhecida.

—————— Vazamentos de óleo na vedação. Substitua a vedação.

Tampa do cárter direito

Tampa do cárter danificada ou rachada.

—————— Vazamentos de óleo na tampa do cárter.

Substitua a tampa do cárter.

Guarnição danificada. —————— Vazamentos de óleo na junta da

tampa do cárter e no corpo do cárter. Substitua a guarnição.

Tampa do cárter esquerdo

Tampa do cárter danificada ou rachada.

—————— Vazamentos de óleo na tampa do cárter.

Substitua a tampa do cárter.

Guarnição danificada. ——————

Vazamentos de óleo na junta da tampa do cárter e no corpo do cárter.

Substitua a guarnição.

Verifique os componentes do cárter esquerdo

Verifique o cárter esquerdo

Page 98: Kasinski CRZ SM 150

3-74 MOTOR

PARTE 14 – SISTEMA DE ARREFECIMENTO O motor é de combustão interna e funciona sob temperaturas altas. A maior parte dos componentes precisa suportar uma elevada carga térmica, especialmente o cabeçote, o bloco do motor, o pistão e as válvulas, que estão sujeitos à condições de temperatura alta. Se o sistema de arrefecimento não funcionar adequadamente, ocorrerá superaquecimento do motor, queimando os componentes facilmente e a folga de encaixe que conecta componentes será excessiva devido à expansão térmica. A temperatura excessivamente alta também causará deterioração do óleo lubrificante, podendo ocorrer danos ao motor. Assim, um sistema de arrefecimento de alta eficiência é extremamente importante para o motor. O sistema de arrefecimento do motor afasta o calor dos componentes de alta temperatura e controla a temperatura do motor, mantendo-a dentro de uma variação admissível. Essa motocicleta adota um motor de refrigeração a água.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do sistema de arrefecimento

Refrigeração a água significa que a água é o meio de decalescência, que retira o calor dos componentes, de modo que a temperatura possa diminuir e emite o calor para a atmosfera. O sistema de refrigeração a água consiste principalmente da bomba d’água, camisa de água, ventoinha, termostato e radiador. Reservatório de água O reservatório de água é usado para conservar a água de refrigeração. Bomba d’água A bomba d’água é a fonte de força de circulação do líquido de refrigeração, que é transmitida através do acionamento do motor . A motocicleta refrigerada a água normalmente adota uma bomba d’água acêntrica. Camisa de água A camisa de água é um local onde a água troca calor com os componentes quentes, que normalmente estão instalados em torno do corpo do cilindro e na tampa do cilindro. Radiador O radiador está instalado na dianteira da motocicleta, onde emite o calor gerado pelo motor para o ar com o líquido de refrigeração.

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA CIRCULAÇÃO DE ÁGUA

A água de baixa temperatura no radiador é levada para o canal de água pela bomba d’água, fazendo a troca térmica com o cilindro quente e a tampa do cilindro. Depois que a água aquece, ela flui para o termostato. Neste momento a circulação de água tem dois caminhos de acordo com o nível de água: [1] Quando a temperatura da água é inferior ao valor especificado, a válvula do termostato é fechada. A água que

flui através do canal de água segue para o radiador através da saída de água de baixa temperatura para unir a circulação. A área da saída de água de baixa temperatura é pequena, assim o volume que flui da água de circulação é pequeno.

[2] Quando a temperatura da água for superior ao valor especificado, ocorre uma dilatação térmica pela temperatura, que pressiona o pistão. O pistão é estável, assim sua tampa pode impelir a válvula que se move para baixo. Desta forma, a válvula pode ser aberta. A água pode fluir para o radiador através da saída de água de alta temperatura e da saída de água de baixa temperatura, de modo que o volume que flui fica maior e o efeito de refrigeração é mais forte.

Depois que a água quente flui para o radiador, a temperatura diminui e a água reflui para a bomba d’água fazer uma nova circulação. Há uma chave de controle de temperatura na saída do radiador, que é usada para supervisão da temperatura da água do sistema de refrigeração e para indicação visual no medidor.

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO CONTROLE DE ÁGUA

Para garantir uma boa condição do sistema de refrigeração de água, deve ser assegurado um volume de água estável em circulação. Normalmente há uma marca do volume de água de refrigeração no reservatório de água ou na motocicleta. O volume de água de refrigeração deste tipo é: 800ml. Há um respiro na parte superior do reservatório de água. O volume de água em circulação é controlado por um sifão entre o reservatório de água e a tampa do radiador. A tampa do radiador tem a função de ajuste automático do volume de água em circulação. O princípio de funcionamento é o seguinte:

[1] Quando a temperatura da água em circulação for tão alta que a pressão da água seja forte o suficiente para exceder o valor da pressão especificada, a válvula de pressão abre automaticamente para que alguma água em circulação possa refluir para o reservatório de água.

[2] Quando a temperatura da água em circulação for baixa, será provocada uma forte pressão negativa. Se a pressão negativa for mais baixa que o valor especificado, a válvula pneumática abre. Devido ao sifão, a água no reservatório de água fluirá para a circulação.

Formulário de espessura mista do líquido de refrigeração

A temperatura mais baixa Espessura mista Líquido de refrigeração Água destilada

-15 °C 30 % 1,2 L 2,8 L

-16 °C 50 % 2,0 L 2,0 L

Page 99: Kasinski CRZ SM 150

3-75 MOTOR

2 Desmontagem e manutenção do sistema de arrefecimento [1] Seleção do líquido de refrigeração

Se o sistema de arrefecimento do motor não estiver bom, isto irá resultar em aquecimento excessivo do motor. Por isso a manutenção do sistema de arrefecimento é importante.

O meio de refrigeração usado no sistema de arrefecimento é na verdade o líquido de refrigeração misturado com água destilada e o líquido de refrigeração original. Ele não tem apenas a função de refrigeração, mas também funciona como um componente antiferrugem e anticongelante. Além disso, ele gera a mistura de acordo com diferentes temperaturas. A mistura do líquido de refrigeração será diferente de acordo com diferentes temperaturas em diversas áreas. Os usuários podem fazer a confecção de acordo com o formulário de espessura de misturada fazendo o padrão cerca de 5°C menor que a temperatura real. Ao fazer a confecção, use água destilada ao invés de água de torneira ou qualquer outra água suja para evitar a formação de resíduos.

[2] Reposição do líquido de refrigeração

Primeiro após resfriar o motor por cerca de 20 minutos, abra a tampa do reservatório de água reservada.

Retire o parafuso de retenção do líquido de refrigeração e coloque o líquido de refrigeração.

Após drenar o líquido de refrigeração, aperte o parafuso de retenção.

Despeje o líquido de refrigeração através do orifício da tampa do reservatório de água. Deixe o nível do líquido na borda do orifício.

Ligue o motor e o coloque em marcha lenta. Depois que terminar a emissão de bolhas de ar na circulação a partir da tampa do reservatório de água reservada, deixe o motor desligar.

Complete o líquido de refrigeração na borda da tampa do reservatório de água.

O líquido de refrigeração é venenoso. Não ingere. Se entrar em contato com a pele ou com a estrutura do veículo, limpe imediatamente com água pura. .

- Há um orifício de vazamento de água embaixo da bomba d’água. Se o líquido de refrigeração vazar pelo orifício, significa que a vedação de água não está boa. Substitua a vedação de água ou a bomba d’água.

[3] Testes do Radiador

O teste do radiador consiste principalmente da limpeza dos depósitos entre fatias de refrigeração.

[1] Verifique se o líquido de refrigeração existente no reservatório de água é suficiente e se o tanque está rachado.

CUIDADO

Se o líquido de refrigeração contido no reservatório de água for insuficiente, reabasteça imediatamente.

Não reabasteça usando água de torneira ou água suja.

[2] Verifique o desgaste das peças de irradiação do radiador e se apresentam vazamento de água.

CUIDADO

Se as peças de irradiação estiverem danificadas ou com vazamento de água, repare ou substitua imediatamente.

Verifique o tanque de água

Verifique o radiador

Page 100: Kasinski CRZ SM 150

3-76 MOTOR

[3] Verifique a conexão e a existência de danos no tubo de água de circulação.

[4] Solte 3 parafusos de fixação (M6 X 16) da tampa da bomba d’água.

Torque:

Parafuso de fixação:

M6 X 16/8~12N.m

[5] Retire a tampa da bomba d’água e verifique se está rachada. Verifique se a guarnição de papel de vedação da tampa da bomba está danificada.

CUIDADO

Substitua a guarnição de papel de vedação após cada desmontagem da tampa da bomba de água.

[6] Solte a turbina da bomba d’água com o método de rotação no sentido anti-horário com a chave de boca.

CUIDADO

Ao desmontar a turbina, não gire no sentido horário.

Verifique a conexão do tubo de água

Solte os parafusos da tampa da bomba de

água

Verifique a vedação de papel

Solte a turbina

Page 101: Kasinski CRZ SM 150

3-77 MOTOR

[7] Verifique se a turbina da bomba d’água está danificada e se o anel de vedação do eixo da bomba d’água está avariado ou gasto.

CUIDADO

Se o anel de vedação da bomba d’água estiver danificado ou gasto, substitua-o.

[8] Retire a tampa do cárter direito do motor e verifique se o eixo da bomba d’água está danificado ou gasto, e se a rotação do eixo da bomba d’água está uniforme.

[9] Retire o eixo da bomba d’água e o anel do eixo.

CUIDADO

Não alargue em demasia o anel do eixo.

[10] Retire o eixo da bomba d’água e verifique se o eixo e o anel de vedação estão danificados ou gastos.

Verifique o anel de vedação do eixo da

bomba de água

Verifique o eixo da

bomba de água

Retire o eixo da bomba de água

Verifique o eixo da bomba de água

Page 102: Kasinski CRZ SM 150

3-78 MOTOR

[11] Retire a corrente de acionamento da bomba de óleo. Verifique se o ponto de encaixe do eixo da bomba d’água e do eixo da bomba de óleo está danificado.

[12] Retire o termostato e verifique se ele está bloqueado. Verifique se o sensor de temperatura de água e o anel de vedação estão danificados.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do sistema de arrefecimento

Tabela 3-13 Manutenção do sistema de arrefecimento

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Reservatório de água

Reservatório de água rachado.

Motor sem líquido de refrigeração.

Reservatório de água com vazamento.

Repare ou substitua o reservatório de água.

Não há água no tanque. Motor sem líquido de refrigeração.

Desempenho de irradiação do motor insatisfatório.

Reabasteça o líquido de refrigeração.

Radiador

Excesso de areia no radiador

Redução da potência do motor.

Superaquecimento do motor. Limpe as peças de irradiação do radiador.

Peças de irradiação quebradas.

Desempenho de irradiação do motor insatisfatório.

Superaquecimento do motor. Substitua o radiador.

Tubo de conexão

Tubo de conexão quebrado ou envelhecido.

Tubo de conexão com vazamento de água.

Superaquecimento do motor. Substitua o tubo de conexão.

Bomba d’água

Turbina danificada. Força de circulação do líquido de refrigeração do motor insuficiente.

Superaquecimento do motor. Substitua a turbina da bomba d’água.

Anel de vedação rompido ou envelhecido.

Bomba d’água com vazamento.

Força do líquido de refrigeração insuficiente e o motor apresenta superaquecimento.

Substitua o anel de vedação.

Termostato

Termostato danificado. Termostato com vazamento de água.

Superaquecimento do motor. Substitua o termostato.

Termostato bloqueado. Termostato não controla a água.

Não há líquido de refrigeração na camisa de água do motor e o motor apresenta superaquecimento.

Substitua ou repare o termostato.

Eixo da bomba de óleo

Verifique o termostato

Page 103: Kasinski CRZ SM 150

MOTOCICLETA 4

PARTE 1 – SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO 4-1

PARTE 2 – CARBURADOR 4-5

PARTE 3 – SISTEMA DE ADMISSÃO E EXAUSTÃO 4-11

PARTE 4 – DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL 4-15

PARTE 5 – TRANSMISSÃO FINAL 4-17

PARTE 6 – CHASSI E ACESSÓRIOS 4-21

PARTE 7 – SISTEMA DE DIREÇÃO 4-25

PARTE 8 – CABO DE CONTROLE 4-29

PARTE 9 – AMORTECEDOR 4-32

PARTE 10 – BALANÇA TRASEIRA 4-38

PARTE 11 – RODAS 4-40

PARTE 12 – FREIOS 4-46

PARTE 13 – PAINEL DE INSTRUMENTOS 4-53

Page 104: Kasinski CRZ SM 150

4-1 MOTOCICLETA

Desenho da estrutura do sistema de alimentação

PARTE 1 – SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO O sistema de fornecimento de combustível consiste no tanque de combustível, válvula, medidor, filtro e mangueira de combustível. Há um dispositivo de filtragem na válvula de combustível, a qual garante a qualidade do combustível no carburador. Além disso, há um filtro de combustível entre a válvula e o carburador.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do sistema de combustível [1] Tanque de combustível

O tanque de combustível desta motocicleta é de plástico. Há um orifício de reabastecimento de óleo na parte superior do tanque de combustível. Feche a tampa do tanque de combustível para evitar derramamentos durante a condução. Além disso, pode-se assegurar o equilíbrio da pressão externa e interna do tanque de combustível e o fazer fluir naturalmente.

[2] Válvula de combustível

A válvula de combustível dessa motocicleta utiliza revestimento liso. Quando a haste está na posição LIGADA, o combustível dentro do tanque flui para as passagens principais do corpo da válvula pelo tubo principal de combustível; depois flui para dentro das passagens de combustível do corpo inferior da válvula pelas passagens da haste, seguindo para o reservatório de sedimentos. Finalmente, flui pelo orifício de saída através da tela de filtragem.

Quando a haste está na posição RES, o combustível flui para a passagem de combustível reserva do corpo da válvula pela mangueira do filtro de combustível reserva, depois para o reservatório da mangueira inferior de combustível da haste e corpo do interruptor, seguindo para o orifício de saída de combustível. Se a passagem principal de combustível não puder fornecer combustível adequadamente durante o deslocamento, coloque a haste na posição RES para fazer com que o combustível reservado flua para fora do tanque pela passagem de combustível reserva. Dessa forma, a motocicleta continuará a deslocar-se de 30 a 50 km.

Quando a haste estiver na posição DESLIGADA, o corpo da válvula e as passagens de combustível estarão balanceados. As passagens de combustível são bloqueadas, interrompendo a alimentação.

[3] Sensor de combustível Essa motocicleta possui um sensor de combustível de indução elétrica composto de duas partes, que são:

medidor de combustível e sensor de nível de combustível. Há duas bobinas no indicador de nível de combustível, que estão respectivamente localizadas à direita e à esquerda da motocicleta. Há uma resistência R1 paralela com a bobina esquerda L1. Uma extremidade está conectada com o ânodo da bateria pelo interruptor principal da motocicleta. A bobina L2 localiza-se à direita e o resistor R alterável do sensor de combustível está paralelo a ela, e a extremidade está conectada com ao terra através da bobina principal da motocicleta. Há um núcleo de ferro rotativo instalado no eixo centralizador. O sensor de combustível fica instalado no fundo do tanque de combustível para garantir sua vedação. O braço da boia e a boia se estendem dentro do tanque de combustível. A boia permanece na superfície do combustível e flutua de acordo com o nível de combustível, por isso é possível que partículas deslizem para o resistor R. As peças deslizantes também estão ligadas ao terra por meio de um cabo.

Quando não há combustível no tanque, a boia desce e faz com que essas peças deslizantes desçam para a posição N, em paralelo à bobina direita L2. A resistência reduz e a corrente elétrica flui através da bobina direita L2, que também fica reduzida e por sua vez faz reduzir a força magnética do núcleo giratório de ferro. Mas a corrente elétrica que passa pela bobina esquerda L1 aumenta e a força magnética do núcleo rotativo aumenta ainda mais, fazendo o centralizador parar na posição N.

Quando o tanque de combustível está cheio, a boia permanece na superfície e leva as peças deslizantes para a direção M, assim a resistência paralela à bobina direita L2 aumenta e a força magnética do núcleo de ferro rotativo aumenta também. Entretanto, o fluxo da corrente elétrica que passa pela bobina esquerda diminui. A energia magnética do núcleo de ferro rotativo diminui e faz com que o centralizador pare na marca F de fundo de escala.

2 Desmontagem e manutenção do sistema de alimentação

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4-2 MOTOCICLETA

[1] Capacidade do tanque de combustível nesta motocicleta:

≥ 13,0 L.

Faça o abastecimento de combustível em local ventilado e longe de faíscas ou chamas.

CUIDADO

Não coloque combustível acima do gargalo do tanque de combustível.

O combustível é inflamável, portanto, desligue a motocicleta antes de abrir a tampa do tanque.

[2] Se a tampa do tanque apresentar vazamento, substitua a vedação da tampa do tanque de combustível.

CUIDADO

Use gasolina 90# ou superior.

Se a motocicleta demandar a utilização de gasolina a base de etanol, siga rigorosamente as instruções; caso contrário, o desempenho da motocicleta será afetado.

[3] Verifique o tanque de combustível quanto a vazamentos e repare ou substitua o tanque se necessário.

CUIDADO

Se o tanque de combustível estiver amassado ou deformado por uma colisão externa, use um martelo de madeira para conserto conforme sua condição original. Se o tanque apresentar rachaduras, substitua-o o mais rapidamente possível.

[4] Verifique a mangueira de combustível quanto a vazamentos ou desgastes.

CUIDADO

Se a mangueira de combustível apresentar vazamentos ou estiver gasta, faça sua substituição.

Feche o tanque de combustível

Abra o tanque de combustível

Verifique o tanque de combustível

Verifique a mangueira de combustível

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4-3 MOTOCICLETA

[5] Verifique se o filtro de combustível está bloqueado e limpe ou substitua-o se necessário.

CUIDADO

Desligue a válvula de combustível para evitar o vazamento de combustível através do tanque quando da substituição do filtro.

[6] Desmonte as tampas direita e esquerda e a almofada do assento, depois retire os dois parafusos de cabeça tipo Phillips (M6 X 16) do tanque de combustível, retirando o tanque.

- Verifique o tanque de combustível quanto a vazamentos. Repare ou substitua o tanque em caso de vazamentos.

Torque Parafuso de fixação tipo Phillips: M6 X 16/10N.m~12N.m

CUIDADO

Mantenha o combustível distante do fogo para evitar incêndios durante a descarga.

[7] Solte 6 porcas de fixação (M5) do sensor de combustível.

Torque

Porca de fixação do indicador de nível de combustível: M5/8N.m~10N.m

CUIDADO

Ao desmontar o sensor de combustível, drene o combustível e mantenha-o distante de chamas para evitar incêndios.

[8] Teste o sensor de combustível com o multímetro. Substitua-o se estiver queimado.

Verifique a boia de combustível quanto a danos. Substitua o sensor de combustível se a boia estiver danificada.

CUIDADO

Não flexione a boia do sensor de combustível para o indicador não fornecer uma indicação errada.

Verifique o filtro de combustível

Desmonte o tanque de combustível

Desmonte o sensor de combustível

Verifique o sensor de combustível

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4-4 MOTOCICLETA

[9] Desmonte a válvula de combustível

Verifique a válvula de combustível quanto a vazamentos. Repare ou substitua a válvula se houver vazamento.

CUIDADO

Drene o combustível e o mantenha distante de chamas para evitar incêndios ao desmontar a válvula de combustível.

[10] Limpe as manchas existentes no tanque de combustível, limpe a válvula de combustível e a tela do filtro combustível.

CUIDADO

Seque o tanque de combustível limpo em um local ventilado antes de utilizá-lo.

Ao instalar o sensor de combustível, verifique o funcionamento do anel de vedação. Se for necessário substitua a vedação.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do sistema de alimentação

Tabela 4-1 Manutenção do Sistema de Alimentação

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Tanque de combustível

Corpo do tanque quebrado.

Tanque de combustível com vazamento.

––————— Repare ou substitua o tanque de combustível.

Suspiro da tampa do tanque de combustível obstruído.

Fornecimento de combustível irregular.

A motocicleta não liga. Libere o suspiro da tampa do tanque de combustível.

Tanque de combustível deformado

Tanque de combustível amassado.

A aparência da motocicleta não é boa.

Repare ou substitua o tanque de combustível.

Válvula de combustível

Tubo do filtro sujo e com os orifícios pequenos obstruídos.

Fornecimento de combustível irregular.

Motocicleta difícil de ligar ou não liga. Potência do motor insuficiente e marcha lenta do motor instável.

Limpe a válvula de combustível.

Corpo da válvula de combustível bloqueado.

Fornecimento de combustível irregular.

A motocicleta não liga. Limpe e substitua a válvula de combustível.

Corpo da válvula de combustível danificado.

Válvula de combustível com vazamento.

Motocicleta não liga. Substitua a válvula de combustível.

sensor

Medidor de combustível danificado.

Eixo rotativo do medidor de combustível danificado.

Medidor de combustível não indica corretamente.

Substitua o medidor de combustível.

Boia do sensor danificada.

––————— Medidor de combustível não indica corretamente.

Substitua o sensor.

Circuito do sensor não transfere corrente.

––————— Medidor de combustível não funciona.

Repare o circuito.

Retire a válvula de combustível

Verifique a válvula de combustível

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4-5 MOTOCICLETA

PARTE 2 – CARBURADOR A principal função do carburador é pulverizar o combustível fornecido pelo tanque de combustível e misturá-lo com ar para formar uma mistura de gás uniforme e, então, guiar essa mistura para dentro da câmara de combustão. Essa motocicleta possui um carburador tipo êmbolo.

1 Estrutura do carburador

O carburador tipo êmbolo consiste do corpo do carburador, alojamento da boia, conjunto da boia e da agulha de combustível do êmbolo.

[1] Corpo do carburador O corpo do carburador é a principal parte do carburador. A passagem principal de combustível e o sistema de

combustível ficam no corpo do carburador. De cima para baixo, o corpo do carburador é composto do alojamento do êmbolo, entrada do carburador e passagens de combustível. Alojamento do êmbolo

O alojamento do êmbolo é o lugar onde o êmbolo funciona. A entrada do carburador é a principal passagem de corrente de ar, onde a mistura de ar e combustível

entram no cilindro. Além disso, há um afogador instalado na entrada do carburador. Passagens de combustível

As passagens de combustível no corpo do carburador consistem principalmente da passagem de admissão de combustível, passagem principal de combustível, passagem de combustível de marcha lenta, passagem de ar compensador e diversos tipos de passagens de enriquecimento de combustível.

[2] Alojamento da boia O alojamento da boia é o reservatório de combustível do carburador. O combustível do tanque é armazenado

no alojamento da boia e segue para a entrada através do injetor principal e injetor de marcha lenta. Há uma mangueira de injeção de combustível na boia. Se o nível de combustível está muito alto, ela o injeta fora do alojamento através das passagens de combustível.

[3] Módulo do alojamento da boia O fornecimento de combustível do carburador tem relação com o nível de combustível do alojamento da boia.

O módulo do alojamento da boia é desenvolvido para controlar o nível de combustível. Ele consiste principalmente do corpo da boia, pino da boia e agulha da boia.

[4] Modulo do êmbolo O módulo do êmbolo consiste da tampa do alojamento do êmbolo, mola, êmbolo, braçadeira, anel de trava e

agulha de combustível principal. A agulha de combustível principal tem forma cônica, o que exerce grande influência no carburador. A agulha de combustível principal possui 5 fileiras para cordão de vedação. Normalmente, o cordão de vedação é colocado na terceira fileira. Os usuários podem ajustá-lo de acordo com a condição de funcionamento real do motor.

2 Princípio de funcionamento do carburador [1] Princípio de funcionamento do sistema de admissão de combustível O combustível flui para dentro da câmara de combustão pela passagem de admissão de combustível. A boia

fica mais alta à medida que o volume de combustível aumenta e faz com que a agulha da boia fique mais alta. Quando o nível de combustível atinge esse grau, a agulha da boia bloqueia a passagem de admissão para interromper o fluxo de combustível. Depois que um pouco de combustível do alojamento da boia é consumido, o nível de combustível cai e a agulha da boia se move liberando a passagem de admissão para que combustível novo possa fluir para dentro do alojamento novamente. Dessa maneira, o nível de combustível no alojamento da boia mantém-se estável. A pressão entre o injetor principal e o nível de combustível também se mantém estável, de forma a assegurar um fornecimento estável de combustível do carburador.

[2] Princípio de funcionamento do sistema de combustível principal Quando o motor funciona, todo o combustível é fornecido pelo sistema de combustível principal. Durante a

admissão do motor, o ar flui através da entrada do carburador muito rapidamente e produz uma pressão negativa para que o combustível no alojamento da boia seja sugado. O combustível faz a mistura primária com ar no orifício de ar de compensação e então entra no carburador, que o dispersa por meio do fluxo de ar de alta velocidade na entrada do carburador e se transforma em uma mistura homogênea de gás e entra no cilindro.

Ao girar o cabo do acelerador, o êmbolo estará para cima. Nesse momento a área da corrente de ar na entrada do carburador aumenta e o êmbolo guia o combustível principal para cima. Como a agulha do combustível principal tem formato cônico, a área causada por ela e o injetor principal aumenta. Dessa forma, a mistura de gás entra no cilindro e aumenta, de forma que a potência do motor também aumenta. Por outro lado, soltando o cabo do acelerador faz com que o volume de admissão de ar e o fornecimento de combustível diminuam, assim como a potência do motor.

[3] Princípio de funcionamento do sistema de combustível em marcha lenta A marcha lenta do motor significa que o motor está funcionando em sua rotação estável mais baixa sem

carga. Durante a marcha lenta do motor, o acelerador abre levemente. Há uma inclinação na parte inferior do acelerador, que pressiona o parafuso guia durante a marcha lenta. Quando o parafuso-guia de marcha lenta gira para dentro, a aceleração aumenta. O volume de admissão de ar e a alimentação aumentam e a marcha lenta do motor aumentará. Por outro lado, a rotação do motor diminuirá.

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4-6 MOTOCICLETA

Desenho da estrutura do carburador

Quando o motor funciona, o sistema de combustível principal e sistema de combustível em marcha lenta funcionam ao mesmo tempo, mas o volume da alimentação do injetor principal é muito maior que o proveniente do injetor de marcha lenta. No entanto, quando o motor está em marcha lenta, a posição do acelerador é baixa, então o volume de admissão de ar é muito pequeno. Nesse momento, o volume do injetor de marcha lenta é maior, o que produz um grande efeito no motor.

A condição de funcionamento do sistema de combustível de marcha lenta enquanto o motor está em marcha lenta funciona da seguinte forma: a pressão negativa causada pela inspiração do pistão é transferida para a atmosfera pela passagem de ar da marcha lenta. Há também a aspiração de ar da passagem de ar da marcha lenta que, após fluir pelo injetor da marcha lenta, encontra o gás aspirado no jato. Em seguida, jorra do injetor da marcha lenta que é transferido para o cilindro após ser misturado a uma pequena quantidade de ar na passagem principal de combustível. É possível mudar a taxa de ar combustível ajustando a posição do parafuso de ar.

[4] O princípio de funcionamento do sistema de enriquecimento de combustível Para dar partida no motor, especialmente em ambientes

frios, é necessária uma mistura gasosa enriquecida. Para isso, o volume da alimentação deve ser aumentado. Os métodos comuns de enriquecimento são os seguintes: Método de afogamento

Ao dar partida no motor, feche a válvula do afogador. Nesse momento, a pressão negativa de admissão não muda, mas o volume de ar na entrada do carburador diminui, o volume de combustível aumenta e a mistura gasosa é enriquecida, assim, a função de enriquecimento da mistura gasosa é completada. Método mecânico

Normalmente, a passagem de enriquecimento de combustível fica fechada. Ao puxar o cabo de enriquecimento de combustível, a válvula da passagem de enriquecimento de combustível é aberta. Assim, o combustível jorra pela passagem de enriquecimento e passa a ser uma mistura gasosa enriquecida.

2 Desmontagem e manutenção do carburador

[1] Retire a tampa do cabo de controle de aceleração e o conector do cabo de controle de aceleração da ranhura do êmbolo do acelerador e retire a mola do acelerador.

CUIDADO

Verifique o conector do cabo de controle de aceleração quanto a desgaste e substitua se estiver gasto.

[2] Retire as duas porcas de retenção M6 do carburador.

Desmonte o cabo do afogador e retire o carburador.

Torque

Porcas de retenção do carburador: M6/10N.m~12N.m

CUIDADO

Verifique o carburador quanto a vazamentos de combustível e repare ou substitua se houver vazamentos.

Desmonte o cabo de controle da aceleração

Desmonte o carburador

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4-7 MOTOCICLETA

[3] Retire o anel de fixação da agulha de combustível, depois desmonte a agulha de nível de combustível e o anel de trava da agulha do êmbolo da válvula do acelerador.

- Verifique a superfície do êmbolo e da agulha de combustível quanto à regularidade, riscos e desgastes.

CUIDADO

Substitua a agulha de combustível e o êmbolo do acelerador se aparecerem os problemas acima.

[4] Retire os três parafusos de fixação (M5 X 12) da tampa do alojamento da boia do carburador.

Torque

Parafuso de fixação da tampa do alojamento da boia:

M5 X 12/6N.m~9N.m

CUIDADO

Limpe a sujeira existente na superfície do carburador ao desmontá-lo.

[5] Retire a tampa do alojamento da boia. Se houver vazamento de combustível, significa que a guarnição da tampa está gasta, portanto, deve ser substituída.

CUIDADO

Drene o combustível ao desmontar a tampa do alojamento da boia do carburador, mantendo-o distante de qualquer fonte de calor para evitar incêndios.

[6] Retire o pino da boia com as mãos e verifique se está desgastado. Substitua-o em caso de desgaste.

Verifique o diafragma da válvula de aceleração

Desmonte a tampa do alojamento da boia

Retire a tampa do alojamento da boia

Retire o pino da boia

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4-8 MOTOCICLETA

[7] Retire a boia do carburador e verifique se está desgastada ou danificada. Substitua-a se for necessário.

CUIDADO

Ao ajustar a altura da boia, mude o ângulo do braço da boia até a parte superior do braço encostar na agulha da boia.

[8] Retire o injetor principal do carburador e retire o tubo de pulverização e o orifício do injetor principal. Verifique se o tubo de pulverização está entupido e limpe se necessário.

CUIDADO

Memorize a posição e a sequência de montagem do carburador assim como as voltas do parafuso ao desmontar o carburador.

[9] Retire o injetor de marcha lenta e o orifício do carburador. Verifique se estão entupidos e limpe-os se necessário.

[10] Retire o parafuso de ajuste da mistura de ar do carburador e limpe o injetor de mistura de ar.

CUIDADO

Ao instalar o parafuso de ajuste da mistura de ar do carburador, aperte até seu ponto morto e gire uma volta e meia ao contrário.

Retire a boia

Retire o tubo pulverizador

Retire o glicê principal

Retire o parafuso de ajuste da mistura

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4-9 MOTOCICLETA

[11] Limpe todos os injetores e passagens do carburador com detergente apropriado, em seguida seque-os usando uma pistola de ar comprimido. Por último, remonte o carburador.

[12] A altura padrão da boia deve ser de 15 ± 1mm. Meça a altura da boia do carburador com um paquímetro e ajuste se a medição exceder o valor padrão.

CUIDADO

O ajuste incorreto da altura da boia provocará a falta ou o transbordamento de combustível no carburador.

[13] Instale o anel de trava da agulha de combustível do carburador na terceira fila como padrão.

Ao ajustar o anel de trava da agulha de combustível para cima, a concentração da mistura gasosa do carburador diminuirá. Ao ajustar o anel de trava para baixo, a concentração da mistura gasosa será enriquecida.

[14] Verifique a válvula de agulha da boia do carburador quanto a desgaste e a substitua se estiver gasta ou danificada.

CUIDADO

Se surgir algum vazamento de combustível no carburador, primeiro verifique se a válvula de agulha da boia está presa, depois verifique seu desgaste.

Limpe o carburador

Meça a altura da boia

A terceira fileira

Verifique a válvula de agulha da boia

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4-10 MOTOCICLETA

[15] Ajuste a rotação de marcha lenta do carburador da seguinte forma:

Ao instalar o carburador na motocicleta, certifique-se de que não há vazamento de combustível.

Dê partida no motor e deixe que sua temperatura alcance a condição de funcionamento. Então, ajuste a rotação de marcha lenta do carburador e verifique a estabilidade do carburador na aceleração e desaceleração. A rotação de marcha lenta padrão deve estar entre (1500 ± 100)r/min.

Ao ajustar a rotação de marcha lenta do carburador, o parafuso da rotação de marcha lenta e o parafuso de mistura devem ser ajustados simultaneamente até a rotação de marcha lenta do carburador ficar estável.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do carburador

Tabela 4-2 Manutenção do Carburador Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Parafuso de marcha lenta

Ajuste incorreto ––—————

Potência do motor insuficiente, marcha lenta do motor instável e elevado consumo de combustível

Ajuste novamente.

Conjunto da agulha de

combustível

Ajuste incorreto do anel de trava ––—————

Potência do motor insuficiente e alto consumo de combustível

Reajuste a posição do anel de trava na agulha de combustível.

Conjunto do boia

A altura da boia está muito alta. (A altura está maior que 16mm)

O nível de combustível do alojamento da boia do carburador está muito baixo.

Dificuldade de partida do motor ou não liga. Motor muito quente. Potência do motor insuficiente e marcha lenta instável. Elevado consumo de combustível.

Substitua o conjunto da boia.

A altura da boia está muito baixa. (A altura está abaixo de 15mm)

Transbordo de combustível no carburador.

Dificuldade de partida do motor ou não liga. Potência do motor insuficiente e consumo de combustível elevado.

Repare ou substitua a boia.

Boia danificada ou deformada.

Transbordo de combustível no carburador.

Dificuldade de partida do motor ou não liga. Potência do motor insuficiente e consumo de combustível elevado.

Substitua a boia.

Válvula de agulha da boia

Superfície cônica da válvula de agulha de boia desgastada ou danificada.

Transbordo de combustível no carburador.

Dificuldade de partida do motor ou não liga. Potência do motor insuficiente e consumo de combustível elevado.

Substitua a válvula de agulha da boia.

Injetor principal Abertura excessiva. ––————— Elevado consumo de combustível. Substitua o injetor

principal

Injetor de marcha lenta

Injetor de marcha lenta entupido. ––—————

Dificuldade de partida do motor ou não liga. Marcha lenta do motor instável.

Substitua o injetor de marcha lenta.

Abertura excessiva. ––————— Elevado consumo de combustível. Substitua o injetor de marcha lenta.

Injetor de ar Injetor de ar entupido.

––————— Dificuldade de partida do motor ou não liga. Potência do motor insuficiente e marcha lenta instável.

Limpe o injetor de ar.

Instale o carburador

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4-11 MOTOCICLETA

Desenho da estrutura do sistema de admissão

Desenho da estrutura do sistema de exaustão

PARTE 3 – SISTEMA DE ADMISSÃO E EXAUSTÃO O sistema de admissão do motor é composto principalmente de filtro de ar e tubo de admissão. Sua principal função é guiar e filtrar o ar, reduzir o ruído de admissão e controlar o fluxo de mistura gasosa para o motor. O sistema de admissão é composto principalmente de tubo de exaustão e silencioso. Sua principal função é transferir o gás de escapamento para a atmosfera, reduzir o ruído durante a exaustão e a temperatura do gás de escapamento e eliminar a faísca no gás de escapamento. Um bom sistema de exaustão pode melhorar a eficiência da admissão e exaustão, aumentando a potência do motor e reduzindo o consumo de combustível. O sistema de exaustão inclui tubo de exaustão e silencioso, chamado de escapamento.

1 Estrutura do sistema de admissão [1] Estrutura e principio de funcionamento do filtro de ar O filtro de ar é um importante componente do sistema de admissão. Sua função é filtrar e purificar o ar que

entra no cilindro e evitar que poeira e areia entrem, reduzindo o desgaste do cilindro, do pistão e do anel do pistão. Seu desempenho tem grande efeito na mobilidade do motor, no ruído de admissão e na vida útil. Experiências indicam que o desgaste do cilindro aumenta 8 vezes, o desgaste do pistão aumenta 3 vezes e o desgaste do anel do pistão aumenta 9 vezes se o filtro de ar não estiver instalado. Por isso, a confiabilidade do motor é reduzida, assim como o tempo de vida útil. Portanto, a motocicleta deve ser equipada com um filtro de ar. A exigência de um filtro de ar não é apenas para filtrar o ar, mas também provocar uma pequena resistência de fluxo de ar para que o volume da admissão do motor melhore. As principais exigências são confiabilidade de desempenho de serviço, estrutura simples, pequeno porte, estrutura leve e de fácil manutenção. O filtro de ar consiste do elemento filtrante e da caixa lacrada. Quando o motor é ligado, o ar entra pela cavidade do filtro de ar através do tubo de ar, então flui para a cavidade traseira após a filtragem e finalmente entra no carburador.

[2] Estrutura e principio de funcionamento do tubo de admissão

O tubo de admissão é um importante componente de conexão entre o carburador e a admissão do motor. Ao mesmo tempo, tem a função de suportar o carburador e ter estrutura simples. Seu formato curvado depende da posição correspondente do carburador e da admissão do motor e a capacidade da admissão deve ser levada em conta. Se o tubo for longo, ele tem a vantagem de pulverizar combustível e sua capacidade é grande. Se o tubo for curto, ele não será bom para pulverização de combustível e sua capacidade é pequena.

A mistura gasosa, após a pulverização do carburador, flui para dentro do cilindro pelo tubo de admissão e pela admissão do motor. O tubo de admissão reduz o calor que o motor transfere para o carburador e separa a vibração do motor do carburador.

2 Estrutura e princípio de funcionamento do sistema de exaustão O Tubo coletor do escapamento é feito de aço e fica localizado entre a saída do motor e o corpo do escapamento. Sua função é guiar o gás de escapamento do motor para o corpo. O corpo é a principal parte do escapamento. É utilizado para impedir a transmissão de ruído, permitindo que a corrente de ar entre. É importante eliminar o ruído produzido pelo ar em movimento. Ele pode reduzir a influência do ar sobre a energia e equalizar o pulso de pressão da corrente de ar pelo atrito da corrente de ar e a capacidade de absorção. Dessa forma, as seguintes exigências devem ser atendidas: [1] Garantir uma boa eliminação de ruído. Não produzir

ruído regenerativo sob o efeito de alta temperatura e alta tensão.

[2] A resistência de exaustão é pequena e não afeta a potência do motor.

[3] A estrutura deve ser simples, ter boa aparência, o custo deve ser baixo, ter longa vida útil e fácil manutenção.

3 Desmontagem e manutenção do sistema do admissão

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4-12 MOTOCICLETA

[1] Retire a tampa do lado direito da motocicleta depois que removidos seus parafusos de fixação.

CUIDADO

Se o elemento filtrante do filtro de ar está entupido por poeira, aumentará a resistência do sistema de admissão e o consumo de combustível, enriquecendo o gás misturado excessivamente e diminuindo a potência. Portanto, é necessária uma manutenção frequente do elemento filtrante do filtro de ar.

[2] Retire os cinco parafusos de fixação do elemento filtrante do filtro de ar.

CUIDADO

Diminua o intervalo de manutenção do filtro de ar apropriadamente se a motocicleta for utilizada em uma região empoeirada.

[3] Retire o elemento filtrante

Verifique se o elemento filtrante do filtro de ar foi entupido com poeira. Limpe ou substitua-o se estiver entupido ou danificado.

[4] Verifique o alojamento do filtro de ar quanto a vazamentos de ar ou danos. Substitua se necessário.

CUIDADO

A poeira existente no alojamento do filtro de ar deve ser removida durante a instalação do elemento filtrante.

Retire a tampa lateral direita

Solte o elemento filtrante

Retire o elemento filtrante

Retire a poeira do alojamento do

filtro de ar

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4-13 MOTOCICLETA

[5] Abane e sacuda levemente o elemento filtrante ou utilize ar comprimido para ventilá-lo de dentro para fora para remover a poeira. Tome cuidado para não molhar o elemento filtrante.

CUIDADO

O elemento filtrante deve ser substituído se estiver danificado.

4 Desmontagem e manutenção do sistema de exaustão

[1] Retire as duas porcas de retenção (M6) da mangueira de exaustão do silencioso.

[2] Retire a mangueira de exaustão depois que removidos seus parafusos de conexão.

[3] Retire o parafuso de fixação no suporte de suspensão do escapamento. Retire o silencioso.

CUIDADO

Verifique o suporte de suspensão do escapamento quanto a rompimentos ou rachaduras. Repare ou substitua-o se necessário.

Repare ou substitua o escapamento se ele estiver rachado ou quebrado.

Retire as porcas de retenção

Retire o parafuso trava

Retire o escapamento

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4-14 MOTOCICLETA

[4] Retire a guarnição do escapamento e verifique se está danificada. Substitua se necessário.

CUIDADO

Sempre utilize uma nova guarnição ao remontar o escapamento.

[5] Retire o acúmulo de carbono existente no escapamento.

CUIDADO

Se o escapamento estiver entupido, ele aumentará a resistência de exaustão e diminuirá a potência do motor. Portanto, retire o acúmulo de carbono a cada 3000km.

[6] Retire o acúmulo de carbono existente no escapamento.

5 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do sistema de admissão e exaustão

Tabela 4-3 Manutenção do sistema de admissão e exaustão

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na motocicleta Método de reparo

Sistema do admissão

Elemento filtrante empoeirado.

––—————

Motor difícil de ligar ou não liga. Potência do motor insuficiente, marcha lenta instável, alto consumo de combustível e fumaça preta saindo do escapamento.

Limpe ou substitua o elemento filtrante.

Alojamento do filtro de ar quebrado ou rachado.

––————— Ruído de admissão do motor elevado. Substitua o alojamento

do filtro de ar.

Sistema de exaustão

Vazamento no suspiro do tubo de exaustão

––————— O ruído de exaustão do motor ficou mais alto. Substitua a guarnição

do tubo de exaustão.

Corpo do escapamento quebrado.

––————— O ruído de exaustão do motor ficou mais alto. Substitua o

escapamento.

Retire a guarnição do escapamento

Retire o acúmulo de carbono presente no coletor

Retire o acúmulo de carbono presente no silencioso

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4-15 MOTOCICLETA

PARTE 4 – DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

1 Estrutura e princípio de funcionamento do dispositivo de suprimento de ar secundário

O dispositivo de proteção ambiental, válvula de suprimento de ar (bomba de ar), consiste principalmente de uma válvula de palheta de uma via e uma válvula de controle de suprimento de ar secundária. Usando o princípio de pulso de pressão negativa do motor, a bomba de ar controla o fluxo de ar que entra pela porta de exaustão através da válvula de palheta de uma via e da válvula de controle de ar. O ar novo entra no tubo de exaustão do motor e queima com o CO e HC que sai do motor, reduzindo com isso a emissão. Como o carburador na motocicleta está equipado com um dispositivo de enriquecimento, o uso apenas do suprimento de ar secundário pode não alcançar o padrão, assim, também é usado um catalizador para reagir com o CO e HC a fim de reduzir mais uma vez a emissão e finalmente alcançar os níveis de emissões exigidos.

Estrutura do dispositivo de suprimento de ar secundário

Quando uma grande quantidade de ar misturado que não foi totalmente queimado entra no conversor catalizador quente, ela será queimada novamente, o que deixará o conversor catalizador muito quente, prejudicando seu funcionamento. Para evitar este fenômeno e outros problemas, siga as instruções abaixo:

[1] Use apenas gasolina livre de chumbo (combustível com 22% de etanol). O uso de gasolina contendo chumbo fará o conversor catalizador não funcionar.

[2] Quando o veículo estiver em movimento, não desligue o interruptor principal nem passe para o ponto morto para evitar gerar uma grande quantidade de ar misturado que não está totalmente queimado.

[3] Uma condição de ignição ou sistema de combustão ruim também fará o conversor catalizador aquecer excessivamente.

[4] Depois de algum tempo de funcionamento do veículo, a superfície do silencioso fica muito quente, tome cuidado com isto.

[5] Ao reabastecer, não deixe a gasolina entrar em contato com o tubo de exaustão (se a gasolina tocar no tubo de exaustão em alta temperatura, isto pode gerar uma combustão.

Mangueira de borracha de admissão

Passagem da admissão do

motor

Filtro de ar

Mangueira de

admissão

Válvula de ar

Mangueira de pressão negativa

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4-16 MOTOCICLETA

2 Manutenção do dispositivo de suprimento de ar secundário

Os usuários devem realizar manutenções regulares para manter o dispositivo em boas condições de funcionamento. A manutenção correta e regular pode resolver problemas e garantir uma vida longa de serviço, além de reduzir custos de manutenção e consumo de combustível.

Veja os detalhes a seguir:

[1] Inspecione periodicamente o anel de trava da mangueira de pressão de admissão negativa e da mangueira de borracha, e o aperto do parafuso de fixação do coletor de aço. Aperte ou substitua se necessário.

[2] Verifique periodicamente se a mangueira de pressão de admissão negativa e a mangueira de borracha estão desgastadas ou danificadas. Substitua se necessário.

[3] Verifique periodicamente as condições de funcionamento do dispositivo de suprimento de ar secundário. Substitua-o se a bomba de ar apresentar falhas de funcionamento ou falhar ao ser conectada.

[4] Verifique as condições do filtro de ar. A poeira e a sujeira acumuladas no filtro reduzem o fluxo de ar e alteram a taxa de mistura, o que provoca alto consumo de combustível. Substitua o filtro de ar quando necessário.

[5] Verifique o dispositivo acelerador-catalizador, substitua-o se necessário.

CUIDADO

O carburador do dispositivo de suprimento de ar secundário deve ser reparado por um mecânico profissional de motocicletas ou centros de assistência técnica autorizados da Kasinski. Nunca ajuste o carburador por conta própria.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do dispositivo de proteção ambiental

Tabela 4-4 Manutenção do Dispositivo de Proteção Ambiental

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Secundário ar suprimento dispositivo

Bomba de ar bloqueada.

Bomba de ar não funciona normalmente.

Emissão de poluição da motocicleta superior ao padrão.

Substitua a bomba de ar.

Bomba de ar danificada.

Ruído da bomba de ar muito alto.

O padrão de emissão da motocicleta não alcança a classificação Euro IK III

Substitua a bomba de ar.

Filtro de ar bloqueado. Filtro de ar parou de funcionar.

Emissão de poluição da motocicleta superior ao padrão.

Substitua o filtro de ar.

Filtro de ar danificado. Ruído do filtro de ar muito alto.

O padrão de emissão da motocicleta não alcança a classificação Euro II , III

Substitua o filtro de ar.

Conexão da mangueira solta.

Vazamento de ar na porta de admissão de ar

Emissão de poluição da motocicleta superior ao padrão.

Substitua a conexão da mangueira.

Conexão do tubo de aço solta.

Vazamento de ar na porta de admissão de ar

Emissão excessiva de poluição da motocicleta

Substitua a conexão do tubo de aço.

Vazamento de ar da porta de admissão de ar secundária

Ruído alto na admissão de ar

Emissão de poluição da motocicleta superior ao padrão.

Substitua a guarnição de vedação do tubo de exaustão.

Excesso de acúmulo de carbono na porta de admissão de ar secundária

Admissão de ar obstruída. O padrão de emissão da motocicleta não alcança a classificação Euro IK III

Retire e limpe o acúmulo.

Dispositivo de aceleração catalítico danificado.

––————— O padrão de emissão da motocicleta não alcança a classificação Euro IK III

Substitua o Dispositivo de Aceleração Catalítico.

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4-17 MOTOCICLETA

Estrutura da transmissão traseira

PARTE 5 – DISPOSITIVO DE TRANSMISSÃO FINAL Devido ao torque de saída do motor ser pequeno sua rotação é rápida, o torque do motor somente pode ser aumentado para assegurar as boas condições da motocicleta pela desaceleração de 3 tempos. O primeiro tempo passa pelo pinhão e é movido pela embreagem. O segundo tempo passa pelo rolamento motriz e é movido pelo câmbio. O terceiro tempo passa pelas engrenagens motrizes e é movido pelo dispositivo de transmissão final, assim a potência de saída e a rotação do motor podem ser utilizadas de maneira econômica e adequada.

1 Estrutura e princípio de funcionamento da transmissão final

A transmissão final dessa motocicleta adota o sistema de transmissão por corrente. Ele é composto principalmente pelo pinhão, engrenagem movida, corrente de transmissão, junta da corrente, caixa da corrente de transmissão, tensionador da corrente etc.

Primeiro ele fornece potência pelo pinhão na extremidade do contraeixo da transmissão do motor (eixo de saída de potência), em seguida transmite a potência para a engrenagem movida pela corrente de transmissão que executa a desaceleração. A corrente movida é fixada com parafuso no corpo do amortecedor. O corpo do amortecedor é conectado ao cubo traseiro pelo amortecedor de borracha. Então, quando a velocidade é mudada durante o deslocamento, a potência é transmitida flexivelmente pelo amortecedor de borracha evitando o atrito das peças e aumentando o conforto e estabilidade da motocicleta.

2 Desmontagem e manutenção da transmissão final

[1] Solte a alavanca do mecanismo de transmissão depois que removido seu parafuso de fixação (M6 X 25)

Torque

Parafuso da alavanca do mecanismo de transmissão:

M6 X 25/8N.m~12N.m

CUIDADO

Verifique a alavanca do mecanismo de transmissão quanto a danos e a substitua se danificada.

[2] Retire a tampa traseira esquerda após a remoção de seus dois parafusos de fixação (M6 X 25).

Torque

Parafusos da tampa traseira esquerda:

M6 X 25/8N.m~12N.m.

Desmonte a alavanca de mudança de marchas

Retire a tampa traseira esquerda

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4-18 MOTOCICLETA

[3] Retire a caixa de corrente semifechada após a remoção de seus dois parafusos de fixação (M6 X 16).

Torque

Parafuso de fixação da caixa de corrente semifechada:

M6 X 16/8N.m~10N.m

CUIDADO

Verifique a caixa de corrente semifechada quanto a danos e a substitua se danificada.

[4] Retire a junta da corrente e a corrente após soltar as presilhas da corrente.

CUIDADO

Ao instalar a corrente, a abertura da presilha deve ser colocada contra a direção de movimento da corrente.

[5] Retire a trava e o pinhão após remover os dois parafusos de fixação (M6 X 10) do pinhão.

Torque

Parafuso de fixação do pinhão:

M6 X 10/8N.m~12N.m.

[6] Retire as porcas de retenção (M14) do eixo traseiro.

Torque

Porca de retenção do eixo traseiro.

M14/50N.m~80N.m

Retire a caixa da corrente semifechada

Retire a corrente

Retire a trava do pinhão

Retire o eixo traseiro

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4-19 MOTOCICLETA

[7] Retire o eixo traseiro, a roda traseira e os ajustadores direito e esquerdo da corrente.

CUIDADO

Verifique o eixo traseiro quanto a empenamento ou deformação e substitua ou repara se necessário.

Verifique os ajustadores direito e esquerdo da corrente quanto a danos e os substitua se danificados.

[8] Retire o espaçador do eixo traseiro.

CUIDADO

Verifique o espaçador do eixo traseiro quanto a desgaste e substitua se necessário.

[9] Retire a vedação de óleo do eixo traseiro.

CUIDADO

Verifique a borda da vedação de óleo no eixo traseiro quanto a desgaste. Substitua a vedação de óleo se sua borda estiver gasta.

Limpe a graxa ao instalar a vedação de óleo no eixo traseiro.

[10] Retire a engrenagem da transmissão final depois que seus seis parafusos de fixação (M8 X 35) forem removidos. Verifique as engrenagens de transmissão quanto a desgaste e as substitua em conjunto se estiverem seriamente gastas.

Torque: Parafuso de fixação da engrenagem da transmissão

final: M8 X 35/20N.m~25N.m

CUIDADO

Limpe o adesivo existente no parafuso de fixação ao instalar a engrenagem da transmissão final.

Limpe o lubrificante existente nas novas engrenagens de transmissão durante sua instalação.

Retire a roda traseira

Retire o espaçador do eixo traseiro

Retire o retentor de óleo da roda traseira

Retire a coroa da transmissão traseira

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4-20 MOTOCICLETA

[14] Verifique a corrente e a junta da corrente quanto a desgaste e as substitua em conjunto se qualquer uma estiver seriamente gasta.

CUIDADO

Limpe o lubrificante existente nas engrenagens ao instalar a nova corrente.

Ajuste o grau de aperto da corrente entre 15mm e 25mm após a instalação.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do dispositivo da transmissão final

Tabela 4-5 Manutenção do dispositivo da transmissão final

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Engrenagem motriz

Dentes da engrenagem gastos.

Corrente de transmissão desengata da engrenagem.

Corrente de transmissão emite ruído normal e quebra com facilidade.

Substitua as engrenagens motriz e movida e a corrente da transmissão em conjunto.

Ranhura da engrenagem gasta.

Ruído anormal emitido pela corrente da transmissão

Corrente da transmissão quebra facilmente.

Substitua as engrenagens motriz e movida e a corrente da transmissão em conjunto.

Engrenagem movida

Dentes da engrenagem gastos.

Corrente de transmissão desengata da engrenagem.

Corrente de transmissão emite ruído normal e quebra com facilidade.

Substitua as engrenagens motriz e movida e a corrente da transmissão em conjunto.

Ranhura da engrenagem gasta.

Ruído anormal emitido pela corrente da transmissão

Corrente da transmissão quebra facilmente.

Substitua as engrenagens motriz e movida e a corrente da transmissão em conjunto.

Corrente da transmissão

Corrente da transmissão muito suja ou com lubrificação insuficiente.

––—————

Corrente da transmissão emite ruído anormal.

Limpe e lubrifique a corrente.

Corrente da transmissão muito apertada.

Regulagem de aperto incorreto da corrente

Corrente da transmissão emite ruído anormal.

Ajuste o aperto da corrente da transmissão para 15mm~25mm

Corrente da transmissão muito frouxa.

Regulagem de aperto incorreto da corrente

Corrente da transmissão emite ruído normal ou quebra facilmente.

Ajuste o aperto da corrente da transmissão para 15mm~25mm

Corrente gasta. Corrente de transmissão desengata da engrenagem.

Corrente da transmissão quebra facilmente.

Substitua as engrenagens motriz e movida e a corrente da transmissão em conjunto.

Caixa de corrente

semifechada

Caixa de corrente semifechada danificada.

––————— Ruído saindo da caixa de corrente da transmissão

Substitua a caixa de corrente da transmissão.

Ajustador da corrente

Regulagem incorreta do ajustador esquerdo e direito

Inclinação da roda traseira. Corrente da transmissão quebra facilmente.

Reajuste o ajustador esquerdo e direito e mantenha suas marcas de escala no mesmo nível.

Ajustador danificado. Ajustador não pode ser ajustado.

Corrente da transmissão quebra facilmente.

Substitua o ajustador.

Verifique a corrente

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4-21 MOTOCICLETA

PARTE 6 – CHASSI E ACESSÓRIOS O chassi é a estrutura de funcionamento e o suporte principal da motocicleta. Os componentes e estrutura da motocicleta devem ser de alta resistência e rigidez enquanto o chassi deve ser leve para suportar a grande carga de impacto e vibrações que a moto está sujeita durante seu funcionamento. Isso é bom para que a motocicleta possa desenvolver uma alta velocidade de deslocamento.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do chassi e acessórios

O chassi dessa motocicleta é como um berço. Possui alta resistência, rigidez e aplicabilidade. O suporte em baixo do motor é removível e feito de tubos duplos. Consiste basicamente do tubo coletor, estrutura principal, ponteira do tubo de escapamento, tubo de suporte da traseira e tubo flexível inferior. O chassi é feito através de métodos de soldagem, rebitagem e outros.

Ele serve para dar suporte ao motor, sistema de transmissão, sistema de operação, assento, tanque de combustível, sistema de freio etc. Ao mesmo tempo, oferece suporte para a instalação de outros acessórios, integrando a motocicleta como uma peça única.

Estrutura do chassi

2 Desmontagem e manutenção de chassi e acessórios

[1] Verifique se o espelho retrovisor está solto ou danificado. Se necessário, aperte ou repare.

CUIDADO

Conserve o espelho retrovisor limpo e sem poeira. Ajuste-o de acordo com seu melhor ângulo de visão antes de pilotar.

[2] Verifique se o paralama dianteiro está solto ou danificado.

CUIDADO

Repare ou substitua o paralama dianteiro caso tenha sido deformado ou danificado por uma colisão ou choque.

Verifique o espelho retrovisor

Verifique o paralama dianteiro

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4-22 MOTOCICLETA

[3] Verifique se o paralama traseiro está solto ou danificado.

CUIDADO

Repare ou substitua o paralama traseiro caso tenha sido deformado ou danificado por uma colisão ou choque.

[4] Verifique se há folga excessiva no local de encaixe do pedal ou pedal de partida.

CUIDADO

Se o pedal de partida não retornar ou retornar incompletamente, verifique a mola retrátil do eixo de partida do motor.

[5] Verifique se o local de encaixe do pedal de partida e eixo de partida apresenta folga excessiva.

CUIDADO

Se o pedal do câmbio não retornar ou retornar incompletamente, verifique o sistema de controle de mudança de marchas do motor.

[6] Verifique o pedal do freio quanto a empenamento ou deformação.

CUIDADO

Se o pedal do freio estiver empenado ou deformado, repare ou substitua.

Verifique o paralama traseiro

Verifique a pedal de partida

Verifique o pedal de câmbios

Verifique o pedal de freio

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4-23 MOTOCICLETA

[7] Verifique se o descanso lateral apresenta empenamento ou deformação. Veja também se ele pode retornar apropriadamente.

CUIDADO

Se o descanso lateral estiver empenado ou deformado, repare ou substitua.

Se o descanso lateral não retornar apropriadamente, substitua sua mola retrátil.

[8] Verifique o pedal dianteiro quanto a desgaste e deformação.

CUIDADO

Se o pedal dianteiro estiver gasto ou deformado, repare ou substitua.

[9] Verifique o bagageiro traseiro quanto à deformação e folga.

CUIDADO

Se o bagageiro traseiro estiver deformado ou solto, repare ou substitua.

[10] Verifique todas as tampas da motocicleta quanto a danos.

CUIDADO

Repare ou substitua as tampas se danificadas.

Verifique o suporte lateral

Verifique o pedal dianteiro

Verifique o bagageiro

Verifique a tampa lateral

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4-24 MOTOCICLETA

[14] Verifique o chassi quanto à flexão, deformação e folga excessiva.

CUIDADO

Se o chassi da motocicleta estiver danificado ou rachado, repare através de uma soldagem elétrica.

Se o chassi for danificado, rachado ou quebrado durante o uso, conserte, repare ou substitua-o imediatamente; caso contrário, isto afetará o conforto, a segurança e a confiabilidade da condução.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do chassi e acessórios

Tabela 4-6 Manutenção do chassi e acessórios

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Chassi

Chassi batido ou caído. Chassi deformado. Motocicleta não se desloca normalmente.

Conserte ou substitua o chassi.

Chassi batido ou caído. Chassi partido ou rachado. Motocicleta travada. Solte ou substitua o chassi.

Chassi afetado pela estrada e vibração.

Junta do chassi quebrada. Motocicleta com vibração ou não se desloca normalmente.

Solde o chassi.

Descanso lateral

Descanso lateral deformado ou quebrado.

Descanso lateral não retorna normalmente.

Motocicleta emite ruído durante deslocamento e apresenta problemas para estacionar.

Conserte ou substitua o descanso lateral.

Mola retrátil sem elasticidade.

Descanso lateral não retorna normalmente.

Motocicleta emite ruído durante deslocamento e apresenta problemas para estacionar.

Substitua a mola retrátil.

Tampa esquerda Tampa esquerda danificada por batida.

Tampa esquerda danificada.

Aparência prejudicada. Substitua ou repare a tampa esquerda.

Tampa direita Tampa direita danificada por batida.

Tampa direita danificada. Aparência prejudicada. Substitua ou repare a tampa direita.

Paralama dianteiro

Paralama dianteiro batido ou vibrando.

Paralama dianteiro solto ou danificado.

A motocicleta emite ruído durante o deslocamento.

Substitua o paralama dianteiro.

Paralama traseiro

Paralama traseiro batido ou vibrando.

solto ou danificado A motocicleta emite ruído durante o deslocamento.

Substitua o paralama traseiro.

Assento Assento batido ou vibrando.

Tampa do assento é danificada ou solta.

Conforto de condução prejudicado. Substitua o assento.

pedal dianteiro Pedal dianteiro batido ou vibrando.

Pedal dianteiro deformado ou danificado.

Segurança de condução prejudicada.

Substitua o pedal dianteiro.

Pedal de partida Pedal de partida batida ou vibrando.

Pedal de partida deformada ou danificada.

Desempenho da partida prejudicado. Substitua a pedal de partida.

Espelho retrovisor

Espelho retrovisor batido ou vibrando.

Espelho retrovisor é deformado ou danificado.

Segurança de condução prejudicada.

Substitua o espelho retrovisor.

Bagageiro traseiro

Bagageiro traseiro batido ou vibrando.

Bagageiro traseiro deformado ou junta quebrada.

Colocação de cargas prejudicada. Solde ou substitua o bagageiro traseiro.

Verifique o chassi

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4-25 MOTOCICLETA

Imagem da estrutura do sistema de direção

PARTE 7 – SISTEMA DE DIREÇÃO A direção da motocicleta é operada através do guidão. O guidão se conecta com o suporte superior da haste da direção e tem o tubo vertical da estrutura como centro. Ele controla a direção da roda dianteira curvando a barra de direção para fazer a suspensão dianteira girar.

1 Estrutura e principio de funcionamento do sistema da direção [1] Guidão

O lado direito do guidão da motocicleta é o local da manopla de controle de aceleração, que controla a válvula do carburador. A alavanca direita é a alavanca do freio dianteiro e a alavanca localizada no guidão esquerdo é a alavanca da embreagem. Há também interruptores da direita e esquerda, espelho retrovisor e válvula do afogador instalados no guidão direito e esquerdo.

[2] Conjunto da haste de direção

O conjunto da haste de direção é uma parte importante do sistema de direção. O conjunto consiste basicamente da haste de direção, suporte superior e inferior, rolamento e anel de rolamento. Normalmente, a haste de direção é ligada ao suporte inferior (geralmente chamado de haste de direção como um todo) e instalada no tubo do chassi. O peso da motocicleta e do motociclista é transferido para a roda dianteira através da haste de direção. Entretanto, a pressão exercida pelo contato entre a estrada e a roda é transferida para o corpo da motocicleta através da haste de direção. Portanto, a haste de direção não apenas deve suportar cargas pesadas de impacto, mas também, tem de garantir flexibilidade de movimentação durante o deslocamento.

2 Desmontagem e manutenção do sistema de direção Para que a motocicleta tenha um bom funcionamento, a manutenção do sistema de direção deve ser realizada constantemente. Na primeira vez, desmonte o veículo após 1.500 km, e depois a cada 600 km percorridos. Verifique a desgaste dos rolamentos internos e externos e esferas rotativas. Substitua-os se necessário. As esferas rotativas devem ser substituídas em conjunto. Não misture peças novas com velhas. A manutenção da haste de direção deve se concentrar no rolamento. Se sempre falta lubrificação do rolamento e a porca de ajuste está folgada, a folga do rolamento será excessiva fazendo com que o guidão vibre durante o deslocamento. Isso prejudica a estabilidade e a segurança da motocicleta. Além disso, se o rolamento estiver danificado ou a porca de ajuste muito apertada, a resistência de manobra da haste de direção será muito grande travando o guidão que fica difícil ou impossível de ser operado. Portanto, isso tudo afeta na segurança da condução. Apoie a motocicleta com o suporte principal e tire a roda dianteira do chão. Gire o garfo e a suspensão dianteira e verifique se o rolamento está folgado. Gire o guidão e verifique se o rolamento está flexível. Ajuste-o se o rolamento estiver muito folgado ou muito apertado. Primeiro, solte a porca travante da haste de direção, gire a porca de ajuste e verifique o aperto do rolamento. Aperte novamente a porca travante até que o rolamento esteja normal.

[1] Vire o guidão para verificar a flexibilidade e a estabilidade. Levante o guidão para verificar a folga de encaixe.

CUIDADO

Se a folga de encaixe for excessiva, reajuste-a. Caso contrário, o conforto e a estabilidade da motocicleta serão prejudicados.

Verifique o sistema da direção

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4-26 MOTOCICLETA

[2] Desmonte os interruptores de controle direito e esquerdo do sistema elétrico e retire os quatro parafusos de fixação (M8 X 35) no fixador do suporte superior, retirando o guidão.

Torque

Parafuso de fixação no fixador de suporte superior:

M8 X 35/20N.m~25N.m

[3] Solte os 2 parafusos de fixação (M6 X 25) do conjunto de medição e retire o medidor. Retire a porca (M21) da haste de direção.

Torque

Parafuso de fixação do medidor: M6 X 25/10N.m~15N.m

Porca da haste de direção: M21/60N.m~70N.m

[4] Solte os 2 parafusos de trava (M8 X 55) da suspensão dianteira da esquerda e direita. Torque

Parafuso de trava da suspensão dianteira:

M8 X 55/20N.m~25N.m

[5] Retire o suporte superior e verifique se há deformação ou danos. Substitua-o se estiver deformado ou danificado.

CUIDADO

Se a motocicleta desviar para um dos lados durante o deslocamento, isso indica que o suporte superior está deformado ou empenado, então calibre ou substitua o suporte superior, caso contrário, o conforto, a segurança e a confiabilidade da condução serão prejudicados.

Desmonte o guidão

Retire a porca do sistema da direção

Retire o parafuso trava do amortecedor

Retire o suporte superior

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4-27 MOTOCICLETA

[6] Retire a porca de ajuste da haste de direção.

CUIDADO

Verifique a flexibilidade e a estabilidade da haste de direção depois que retirada sua porca de ajuste.

[7] Retire a porca de ajuste da haste de direção, a haste de direção, o rolamento da direção e limpe-os.

[8] Ao instalar a haste de direção, primeiro passe lubrificante no rolamento, depois instale a haste de direção e a porca de ajuste.

CUIDADO

Verifique a flexibilidade e a estabilidade da haste de direção após a instalação.

[9] Se a motocicleta desviar para um lado durante o deslocamento após uma colisão ou queda, significa que o suporte superior e a haste de direção estão deformados, portanto, calibre ou realize as substituições necessárias o mais rápido possível.

CUIDADO

Substitua o suporte superior e a haste de direção se rachado ou quebrado.

Retire a porca de ajuste

Verifique a porca de ajuste

Instale a haste de direção

Verifique o sistema da direção

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4-28 MOTOCICLETA

[10] Verifique a porca de ajuste da haste de direção, a haste de direção e o rolamento da direção quanto a desgaste.

CUIDADO

Se a porca de ajuste, a haste de direção, o rolamento da direção superior e inferior estiverem excessivamente gastos, faça uma substituição em conjunto.

[11] Se a motocicleta desviar para um lado durante o deslocamento após uma colisão ou queda, significa que o guidão foi deformado, portanto, calibre ou substitua o guidão imediatamente.

CUIDADO

Se o guidão estiver rachado ou quebrado, ele deve ser substituído.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas da haste de direção Tabela 4-7 Manutenção do sistema de direção

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Coluna de Direção

Coluna de direção afetada ou danificada por queda.

Chassi empenado ou deformado.

A motocicleta desvia para um lado durante o deslocamento.

Calibre ou substitua o guidão.

Coluna de direção afetada ou danificada por queda.

Coluna de direção rachada ou quebrado.

Motocicleta travada. Solde ou substitua o guidão.

Anel base do rolamento

Porca de ajuste muito apertada

Folga de encaixe entre rolamento e anel base do rolamento muito pequena.

Guidão não flexível. Ajuste a porca com uma chave fixa até o guidão girar com flexibilidade e não haver desvio radial entre o guidão e o guidão.

Anel base do rolamento gasto ou danificado ou então amassado ou rachado.

––—————

Guidão não flexível e ocorrência de vibração durante a condução.

Substitua o rolamento da direção ou o anel base completos.

rolamento Rolamento deformado ou gasto.

––————— Guidão não flexível e ocorrência de vibração durante a condução.

Substitua o rolamento da direção completo.

Guidão Guidão empenado ou deformado.

Guidão empenado ou deformado.

A motocicleta desvia para um lado durante o deslocamento e o guidão não está flexível.

Calibre ou substitua o guidão.

Verifique o anel base e as esferas da direção

Verifique o guidão

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4-29 MOTOCICLETA

PARTE 8 – CABO DE CONTROLE

1 Estrutura e princípio de funcionamento dos cabos de controles

O cabo de controle consiste basicamente de um cabo de aço, cabeça de cabo e mangueira de plástico com mola de metal. O cabo de aço deve ser flexível para que não quebre com facilidade e possa suportar alta pressão. Ele, normalmente, é feito de finos fios de aço que garantem a resistência e a flexibilidade do cabo de aço. A cabeça do cabo é conectado com o cabo de aço através do método de liga de estanho, liga de zinco fundido e etc. A parte externa da mangueira de plástico com mola de metal é de plástico e a parte interna é uma mangueira de mola feita de fio de aço flexível e que não altera o comprimento quando recebe pressão axial. Há uma bucha de nylon entre a mangueira de plástico com mola de aço e o cabo de aço que evita o atrito direto ente o cabo de aço e a mangueira de mola.

Para manter o bom funcionamento do cabo de controle e prolongar sua vida útil, realize a limpeza periódica e lubrifique-o quando necessário. Na primeira vez, limpe e lubrifique após os primeiros 1.500km percorridos, e depois a cada 3.000 km. A seguir são fornecidos dois métodos de lubrificação: Um é a lubrificação por imersão e o outro é a lubrificação por salpico.

Estrutura dos cabos de controles

2 Desmontagem e manutenção dos cabos de controles

[1] Inspecione a flexibilidade do cabo de controle da embreagem. Limpe e lubrifique o cabo de controle da embreagem caso esteja difícil de operar ou não retorna adequadamente.

NOTA

Pingue algumas gotas de lubrificante na extremidade da mangueira plástica com mola de metal antes de instalar o cabo de controle da embreagem.

[2] Verifique a flexibilidade do cabo de controle de aceleração e cabo de controle do afogador. Limpe e lubrifique ou substitua-os se estiverem oferecendo muita resistência na operação ou não estiverem retornando adequadamente.

Substitua o cabo de controle da embreagem

Substitua o cabo de controle da embreagem

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4-30 MOTOCICLETA

[3] Substitua o cabo de controle do afogador, se estiver quebrado.

NOTA

Pingue algumas gotas de óleo lubrificante na extremidade da mangueira plástica com mola de metal antes de instalar o novo cabo de controle do afogador.

[4] Substitua o cabo de controle do acelerador, se estiver quebrado.

NOTA

Pingue algumas gotas de óleo lubrificante na extremidade da mangueira plástica com mola de metal antes de instalar o novo cabo de controle do acelerador.

[5] Se a rotação do hodômetro da motocicleta não estiver precisa, significa que o cabo do hodômetro não pode girar flexivelmente na bucha do cabo, portanto, limpe e lubrifique ou substitua o cabo do hodômetro.

[6] Se o hodômetro da motocicleta parar de funcionar, o cabo do hodômetro deve estar quebrado, nesse caso, substitua-o.

NOTA

Pingue algumas gotas de óleo lubrificante na extremidade da mangueira plástica com mola de metal antes de instalar o novo cabo do hodômetro.

Substitua o cabo de controle do afogador

Substitua o cabo de controle do acelerador

Limpe o cabo do velocímetro

Substitua o cabo do velocímetro

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4-31 MOTOCICLETA

[7] A lubrificação por imersão funciona da seguinte maneira:

1. Mergulhe todo o cabo em querosene por 5 a 10 min. Puxe o cabo de aço para limpar a sujeira na mangueira.

2. Mergulhe todo o cabo na mistura de óleo composta de querosene e óleo lubrificante na proporção de 1 para 1.

Puxe o cabo de aço alternadamente fazendo a mistura de óleo fluir dentro da mangueira.

3. Retire o cabo de controle e limpe a mistura de óleo na parte externa do cabo.

[8] Lubrificação por imersão

Funciona como segue:

1. Envolva a extremidade da mangueira plástica com mola de metal do cabo de controle com fita adesiva transparente como se fosse um tubo.

2. Levante a extremidade envolvida com a fita adesiva e puxe a cabeça de aço.

3. Injete óleo lubrificante na mangueira com o recipiente de óleo até o óleo pingar pelo cabo de aço inferior.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas dos Cabos de

Controles

Tabela 4-9 Manutenção do Cabo de Controle

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Cabo de controle de aceleração

O cabo de controle de aceleração não se move flexivelmente no espaçador de cabo quando puxado.

A manopla de controle de aceleração está difícil de ser girada ou não retorna apropriadamente.

Marcha lenta da motocicleta instável.

Limpe e lubrifique ou substitua o cabo de aceleração.

Cabo de controle de aceleração quebrado.

––————— Motocicleta não liga normalmente.

Substitua o cabo de aceleração.

Cabo de controle do afogador

O cabo de controle do afogador não se move flexivelmente no espaçador do cabo quando puxado.

Válvula do afogador difícil de operar ou não retorna totalmente.

Motocicleta não liga e não se movimenta normalmente.

Limpe e lubrifique ou substitua o cabo de controle do afogador.

Cabo de controle do afogador quebrado.

––————— Motocicleta não liga normalmente.

Substitua o cabo de controle do afogador.

Cabo de controle da embreagem

Cabo de controle da embreagem não se move flexivelmente no espaçador do cabo quando puxado.

Cabo de controle da embreagem difícil de operar ou não retorna totalmente.

Embreagem desliza ou não desengata completamente.

Limpe e lubrifique ou substitua o cabo de controle da embreagem.

Cabo de controle da embreagem quebrado. ––—————

Embreagem não desengata completamente.

Substitua o cabo de controle da embreagem.

Cabo do hodômetro

Cabo do hodômetro não gira flexivelmente no espaçador do cabo.

Cabo do hodômetro gira com dificuldade ou não gira no espaçador de cabo.

Rotação do hodômetro da motocicleta imprecisa.

Limpe e lubrifique ou substitua o cabo do hodômetro.

Cabo do hodômetro quebrado. ––—————

O hodômetro da motocicleta para de funcionar.

Substitua o cabo do hodômetro.

Emirja no lubrificante

Cabeça do cabo da direção

Capa do cabo de aço de metal

Lubrificação por gotejamento

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4-32 MOTOCICLETA

Estrutura do amortecedor

PARTE 9 – AMORTECEDOR A suspensão dianteira é o conector flexível entre a roda dianteira e o corpo do veículo. A suspensão traseira suporta principalmente a pressão axial da roda traseira. Ambos suportam o peso de todo o corpo do veículo. Durante o funcionamento da motocicleta, eles são responsáveis por reduzir os impactos e vibrações da motocicleta e do motociclista, diminuir a pressão dos componentes, prolongar a vida útil da motocicleta e melhorar o conforto, a dirigibilidade e a estabilidade para o motociclista.

1 Estrutura e princípio de funcionamento das suspensão traseira e dianteira [1] Suspensão dianteira

A suspensão dianteira dessa motocicleta adota o sistema de mola hidráulica, que consiste basicamente da mola da suspensão dianteira, anel de vedação, tampa, anel do pistão, haste da suspensão dianteira, haste do pistão, mola guia, sede da mola da válvula, válvula e sede da válvula de sentido único, tubo da suspensão dianteira e sede da haste do pistão.

Quando a roda dianteira da motocicleta recebe impacto e vibra, o tubo da suspensão dianteira é elevado, o óleo de amortecimento flui através da válvula de sentido único e dos pequenos orifícios da haste do pistão. A força de resistência é pequena nesse momento. Quando o tubo do amortecedor continua subindo, a folga entre a sede da válvula de sentido único e a superfície da haste do pistão em forma de cone se torna cada vez menor, assim, a resistência se torna maior o que evita a colisão do tubo da suspensão dianteira com a suspensão dianteira. Quando o tubo da suspensão dianteira desce devido a força de retração da mola da suspensão dianteira, o óleo de amortecimento somente pode fluir dos pequeno orifícios da haste do pistão por causa do fechamento da válvula de sentido único, isso causa uma grande resistência reduzindo a oscilação da mola da suspensão dianteira.

[2] Suspensão traseira

A suspensão traseira dessa motocicleta adota o sistema de mola hidráulica, que consiste basicamente do rolamento superior, cobertura de borracha, junta, mola da suspensão traseira, haste da suspensão traseira, pistão, rolamento inferior e amortecedor.

A suspensão traseira suporta basicamente a pressão axial da roda traseira. Quando a roda traseira recebe impacto decorrente das condições da estrada, a suspensão traseira se comprime e estende. O óleo hidráulico de amortecimento é forçado a fluir pelo orifício do amortecedor reduzindo efetivamente a vibração da suspensão traseira.

2 Desmontagem e manutenção da suspensão dianteira

[1] Realize a manutenção da motocicleta após 1.500km a 3.000km percorridos da seguinte maneira:

1. Verifique e aperte todos os componentes de fixação da suspensão dianteira.

2. Verifique se há vazamento de óleo e substitua os componentes com problemas se identificar vazamentos.

3. Verifique o curso efetivo e o desempenho de funcionamento da suspensão dianteira. Pouca resistência indica falta de óleo de amortecimento, portanto, drene óleo da suspensão dianteira e reabasteça com óleo de amortecimento novo da marca indicada de acordo com a capacidade nominal (159 ± 5ml).

4. Abasteça com óleo de amortecimento após os primeiros 1.000km percorridos.

Verifique a suspensão dianteira

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4-33 MOTOCICLETA

[2] Se a suspensão dianteira apresentar problemas, primeiramente, retire os parafusos de fixação (M8 X 40) no amortecedor dos suportes superior e inferior e haste da direção, em seguida desmonte a roda e o paralama dianteiros, retirando a suspensão dianteira.

Torque Parafuso de fixação da suspensão dianteira:

M8 X 40/30N.m ~45N.m

CUIDADO

Se a suspensão dianteira emitir som estranho ou estiver gasto, desmonte e verifique-o.

[3] Desmonte a suspensão dianteira da seguinte maneira: Desmonte o parafuso do dreno do óleo do amortecedor, bombeie a haste do amortecedor por várias vezes para drenar todo o óleo.

CUIDADO

Limpe todos os componentes do amortecedor ante de remontá-los.

[4] Retire o retentor de óleo do amortecedor e verifique o desgaste das bordas. Substitua se for este o caso.

CUIDADO

Tome cuidado para não danificar a superfície deslizante interna e externa do retentor de óleo e o anel de trava ao desmontar e montá-los.

[5] Retire a tampa de proteção contra pó e o anel de trava e retire a haste do amortecedor do tubo do amortecedor.

CUIDADO

Verifique se a tampa de proteção está gasta, se necessário, substitua.

Suspensão dianteira

Drene o óleo de amortecimento

Retire o retentor do óleo e anel-trava

Tubo do amortecedor

Haste do amortecedor

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4-34 MOTOCICLETA

[6] Retire a haste do amortecedor e a mola retrátil.

CUIDADO

Verifique se a haste do amortecedor e a mola retrátil estão gastas, se estiverem, substitua.

[7] Meça o diâmetro interno do tubo do amortecedor interno com um paquímetro. Se o diâmetro interno exceder o valor limite de reparo de 37 mm, substitua o tubo do amortecedor.

CUIDADO

Se o tubo do amortecedor estiver danificada ou muito gasto, substitua imediatamente.

[8] Meça o comprimento livre da mola da embreagem com um paquímetro. Se o comprimento livre da mola da embreagem exceder o valor limite 470,40mm, substitua a mola.

CUIDADO

Instale a extremidade mais densa da mola do amortecedor voltada para cima.

[9] Meça o diâmetro externo da haste do amortecedor com um micrômetro. Se o diâmetro externo exceder o valor limite de reparo de 37 mm, substitua a haste do amortecedor.

CUIDADO

Se a haste do amortecedor estiver danificada ou muito gasta, substitua.

Retire a mola de retenção

Meça o diâmetro interno do tubo do

amortecedor

Meça a mola do amortecedor

Meça a haste do amortecedor

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4-35 MOTOCICLETA

[10] Complete o óleo de amortecimento de acordo com a capacidade indicada de 265 ± 3 ml após a instalação do amortecedor, caso contrário, a segurança e a estabilidade da motocicleta serão afetadas.

CUIDADO

Limpe todos os componentes antes de instalar o amortecedor.

3 Desmontagem e Manutenção da suspensão traseira

[1] Coloque a motocicleta no chão e pressione para baixo com força o bagageiro traseiro por várias vezes. Verifique danos ou vazamento de óleo na suspensão traseira.

CUIDADO

Se houver vazamento substitua a suspensão traseira.

[2] Verifique a suspensão traseira e reajuste se estiver macio.

CUIDADO

Ajuste a suspensão traseira com a mesma escala e a posição padrão é a "III", Se a suspensão traseira estiver muito suave, gire-o para direita. Se a mola estiver dura, gire para esquerda.

[3] Se for preciso desmontar o amortecedor, primeiro, retire o parafuso de fixação (M10).

Torque

Porca de retenção da suspensão traseira: M10/28N.m~32N.m

Adicione óleo de amortecimento

Verifique a suspensão traseira

Ajuste a suspensão traseira

Retire a porca de retenção

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4-36 MOTOCICLETA

[4] Retire a porca de retenção (M 10) da suspensão traseira e retire a suspensão traseira.

CUIDADO

Fixe o corpo da motocicleta para evitar sua queda ao remover a suspensão traseira.

[5] Verifique se a haste do pistão da suspensão traseira está deformada ou danificada.

CUIDADO

Substitua a suspensão traseira se a haste do pistão estiver deformada ou quebrada.

Retire a porca de retração

Verifique o amortecedor

traseiro

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4-37 MOTOCICLETA

4 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas dos amortecedores dianteiro e traseiro

Tabela 4-9 Manutenção da suspensão dianteira/Traseiro

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Suspensão dianteira

A mola da suspensão dianteira com elasticidade insuficiente ou quebrada.

Suspensão dianteira macio ou emite ruído anormal.

Diminuição do conforto, estabilidade e segurança de condução.

Substitua a suspensão dianteira ou sua mola.

Haste da suspensão dianteira deformada.

Hastes da suspensão dianteira esquerdo e direito não estão no mesmo nível.

A motocicleta desvia para um lado durante o deslocamento. O conforto, a estabilidade e a segurança estão prejudicados.

Conserte e substitua a suspensão dianteira e a haste da suspensão dianteira.

Superfície de trabalho da suspensão dianteira desgastada.

Vedação de óleo da haste da suspensão dianteira com vazamento.

Diminuição do conforto, da estabilidade e da segurança de condução.

Substitua a suspensão dianteira ou sua haste.

Revestimento cromado da suspensão dianteira desgastado deixando exposto a parte metálica.

Vedação de óleo da haste da suspensão dianteira com vazamento.

A motocicleta desvia para um lado durante o deslocamento. O conforto, a estabilidade e a segurança estão prejudicados.

Substitua a suspensão dianteira ou sua haste.

Tubo da suspensão dianteira desgastado ou quebrado.

Suspensão dianteira com vazamento de óleo.

A motocicleta desvia para um lado durante o deslocamento. O conforto, a estabilidade e a segurança estão prejudicados.

Substitua a suspensão dianteira ou seu tubo.

Haste do pistão desgastada ou danificada.

Suspensão dianteira muito macio.

Diminuição do conforto, da estabilidade e da segurança de condução.

Substitua a suspensão dianteira ou a haste do pistão.

Anel do pistão desgastado ou danificado.

Suspensão dianteira muito macio.

Diminuição do conforto, da estabilidade e da segurança de condução.

Substitua a suspensão dianteira ou o anel do pistão.

Borda da vedação de óleo gasta ou danificada.

Vedação de óleo com vazamento. Suspensão dianteira muito macio.

Diminuição do conforto, da estabilidade e da segurança de condução.

Substitua a vedação de óleo da suspensão dianteira.

Óleo da suspensão dianteira não suficiente ou deteriorado.

A suspensão dianteira ficou macio.

Diminuição do conforto, da estabilidade e da segurança de condução.

Acrescente ou troque o óleo da suspensão dianteira de acordo com o padrão especificado.

Suspensão traseira

Mola da suspensão traseira quebrada ou com elasticidade insuficiente.

Suspensão traseira muito macio.

A motocicleta desvia para um lado durante o deslocamento. O conforto, a estabilidade e a segurança estão prejudicados.

Substitua a suspensão traseira.

Suspensão traseira com vazamento de óleo.

Suspensão traseira muito macio.

Diminuição do conforto, da estabilidade e da segurança de condução.

Substitua a suspensão traseira.

Haste do pistão da suspensão traseira deformada ou quebrada.

Suspensão traseira deformado.

A motocicleta desvia para um lado durante o deslocamento. O conforto, a estabilidade e a segurança estão prejudicados.

Substitua a suspensão traseira.

Tampa de borracha de conexão superior e inferior gasta ou envelhecida.

Suspensão traseira deformado ou emite ruído.

Diminuição do conforto, da estabilidade e da segurança de condução.

Substitua a tampa de borracha de conexão superior e inferior.

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4-38 MOTOCICLETA

PARTE 10 – BALANÇA TRASEIRA A balança traseira conecta-se com a roda traseira e o chassi, ele faz a roda traseira oscilar em limite especificado em torno do ponto fixo do chassi através da suspensão traseira reduzindo o impacto e vibração da roda traseira.

1 Estrutura e princípio de funcionamento da balança traseira

A balança traseira suporta cargas elevadas de impacto e vibrações que exigem muito do material e das junções. Ele é produzido pelo método de articulações e consiste basicamente da balança traseira, vedação de poeira, tampa de poeira e cobertura do rolamento.

Para manter a balança traseira girando para cima e para baixo em volta do corpo do veículo, há um eixo de rolamentos ou um rolamento instalado na conexão da balança traseira e do corpo do veículo. Quando a balança traseira gira, torna a roda traseira mais flexível e mais estável.

Estrutura da balança traseira

2 Desmontagem e manutenção da balança traseira

[1] Apoie o suporte principal e gire a roda traseira para esquerda e para direita. Verifique se o limite de giro da balança traseira está muito grande.

NOTA

Se a motocicleta desviar para um lado durante o deslocamento comprometendo o conforto, a estabilidade e a segurança da condução, retire a balança traseira e verifique-a.

[2] Retire a porca do eixo traseiro e retire o eixo e a roda traseira.

- Retire a porca de retenção (M14) do eixo da balança traseira e retire o eixo do garfo e a balança traseira.

Torque

Porca de retenção do eixo da balança traseira:

M14/55N.m~60N.m

Verifique a balança traseira

Retire a porca do eixo da balança

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4-39 MOTOCICLETA

[3] Verifique se a bucha do eixo da balança traseira está gasta ou danificada e se o eixo traseiro apresenta deformação ou empenamento. - Se a bucha do eixo estiver excessivamente gasta ou danificada, substitua-a o mais rápido possível. Se o eixo do garfo estiver empenado ou deformado, realize o reparo ou substitua-o.

CUIDADO

Retire a bucha do eixo batendo cuidadosamente com o martelo de borracha para evitar danos. Limpe a graxa da bucha do eixo durante a instalação.

[4] Verifique se a parte de solda da balança traseira está partida e se a balança traseira está empenado ou deformado.

CUIDADO

Se a balança traseira estiver empenada ou danificada ou a parte soldada estiver solta, faça o reparo, solde ou substitua a mesma.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas da balança traseira

Tabela 4-10 Manutenção da balança traseira

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Balança traseira

Roda traseira amassada.

Balança traseira deformada.

A motocicleta desvia para um lado durante o deslocamento. O conforto, a estabilidade e a segurança estão prejudicados.

Conserte ou substitua a balança traseira.

Motocicleta caiu e a balança traseira quebrou.

Balança traseira quebrada. Motocicleta não se desloca normalmente.

Solde ou substitua a balança traseira.

Forte impacto e vibração na roda traseira.

Junta da balança traseira quebrada.

Diminuição do conforto, estabilidade e segurança de condução.

Solde a balança traseira.

A estrada irregular e impacto e vibração na roda traseira muito forte.

Vedação de poeira da cobertura do rolamento gasta.

Vedação da cobertura do rolamento ou rolamento da balança traseira insuficiente.

Substitua a vedação de poeira da cobertura do rolamento da balança traseira.

Verifique a bucha e o eixo da balança traseira

Verifique a balança traseira

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4-40 MOTOCICLETA

PARTE 11 – RODAS As rodas, dianteira e traseira, são os componentes rolantes da motocicleta. Elas suportam o peso de toda a moto e garantem a força de aderência à estrada, evitando o deslizamento. As rodas podem reduzir e absorver o impacto e vibração causados pela estrada. A roda dianteira contribui como peça operacional, determinando a direção de deslocamento da motocicleta. A roda traseira conduz a motocicleta ao funcionamento pela transmissão da potência do motor. As rodas consistem principalmente de pneu, protetor da câmara de ar, roda de liga de alumínio, cubo da roda, rolamento, bucha, retentor de óleo e eixo.

1 Estrutura e princípio de funcionamento das rodas

[1] Pneu

O pneu da motocicleta é um componente importante do sistema de deslocamento. Sua função é entrar em contato direto com o solo, suportar o peso de toda a motocicleta, reduzir impactos e vibrações durante o deslocamento através de sua elasticidade, garantir um deslocamento equilibrado e evitar derrapagens. O pneu consiste de carcaça, câmara de ar e protetor do pneu. Carcaça do pneu A carcaça do pneu é composta de banda de rodagem, corpo, freio e banda do pneu. A carcaça do pneu entra diretamente em contato com o solo. Existem diferentes tipos de sulcos nas superfícies dos pneus, que ajudam a motocicleta a evitar derrapagens em diferentes tipos de solo. A carcaça do pneu possui uma certa rigidez, mas para dispersar o calor, é melhor que não seja muito grossa. A banda do pneu é envolta pela lona de nylon e a cinta de aço, ele faz com que o pneu fique fixo no aro. Se a circunferência da banda do pneu for muito pequena a desmontagem da carcaça do pneu será mais difícil e se for muito grande a carcaça do pneu pode sair. A lona do pneu é a estrutura da carcaça. No entanto, as lonas da carcaça do pneu cruzam com a seção do pneu formando um ângulo perpendicular ao plano de rodagem. Os fios da carcaça do pneu radial são orientados em direção ao centro do pneu. O pneu radial apresenta boas características de redução de consumo de combustível e energia, prolongando a vida útil.

Câmara e protetor da câmara do pneu

O protetor da câmara do pneu é feito de borracha em formato circular. Nesse protetor é fixada a válvula que serve para regular a pressão da câmara do pneu. A principal função da câmara do pneu é a vedação. A pressão dessa câmara é o principal fator de desgaste da roda e do pneu. O protetor da câmara do pneu é um cinturão de borracha arredondado, que separa a câmara e o aro, protege a vedação da câmara e previne perfurações causadas por objetos pontiagudos.

[2] Aro

O aro é a estrutura que suporta e fixa o pneu. O aro dessa motocicleta é do tipo de zinco fundido, que une o aro e o cubo em uma única peça através do método de fundição de zinco e usinagem. Esse tipo de aro possui alta rigidez, fabricação simples, fácil instalação, porém baixa elasticidade, além de não ser ajustável. Se o aro estiver deformado ou danificado, o aro inteiro deve ser substituído.

[3] Cubo da roda

O cubo da roda da motocicleta é dividido em cubo dianteiro e cubo traseiro. A estrutura do cubo dianteiro e do cubo traseiro é similar. A roda traseira é de tração, por isso há uma transmissão de potência instalada no cubo traseiro. O rolamento, junta do rolamento, vedação de óleo e eixo estão instalados nos cubos dianteiro e traseiro, o que beneficia a operação do cubo da roda.

2 Desmontagem e manutenção da roda

Estrutura da roda traseira

Estrutura da roda dianteira

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4-41 MOTOCICLETA

[1] Se a roda dianteira da motocicleta estiver empenada devido a impacto ou colisão, o que provoca o desvio da motocicleta para um lado durante o deslocamento ou a vibração do guidão, substitua ou reajuste a roda liga.

CUIDADO

Como a roda dianteira da motocicleta é dotada de raios, reajuste ou substitua a roda dianteira se deformada por colisão.

[2] Aperte o corpo da motocicleta antes de desmontar a roda dianteira. Então, levante a roda dianteira do solo e desmonte a mola de retenção (M14) do eixo dianteiro, removendo o eixo e a roda dianteira.

Torque Porca de retenção do eixo dianteiro: M14/55N.m~60N.m

[3] Retire o velocímetro, engrenagem do velocímetro, vedação de óleo e o anel de trava.

CUIDADO

Verifique se a borda da vedação de óleo do velocímetro está gasta ou danificada. Substitua a vedação caso apresente danos ou desgaste.

[4] Retire o espaçador do eixo dianteiro e verifique se está gasta. Caso esteja, substitua.

Verifique a roda dianteira

Desmonte a roda dianteira

Retire a engrenagem

do velocímetro

Retire o espaçador

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4-42 MOTOCICLETA

[5] Retire a vedação de óleo do eixo dianteiro e verifique se as bordas estão gastas. Caso estejam, substitua a vedação.

[6] Coloque a roda dianteira no suporte de calibração e gire-a com a mão em alta velocidade. Verifique se o eixo dianteiro está gasto e sem vibração.

CUIDADO

Substitua o eixo se estiver fazendo barulho ou a folga for excessiva.

[7] Dê leves batidas no rolamento da roda dianteira com o extrator do rolamento e substitua-o se houver danos ou desgaste excessivo.

CUIDADO

Limpe a graxa sobre o rolamento e coloque a superfície da vedação de óleo para fora ao instalar o rolamento da roda dianteira.

[8] Coloque a roda dianteira no suporte de calibração e verifique se há instabilidade. Gire a roda dianteira com a mão e meça o valor da instabilidade com o medidor duplo. Valor limite de reparo: radial 2,0mm axial 2,0mm

CUIDADO

Limpe a graxa sobre o rolamento e coloque a superfície da vedação de óleo para fora ao instalar o rolamento da roda dianteira.

Retire a vedação de óleo

Verifique o espaçador da roda

dianteira

Meça a calibração da roda dianteira

Retire o espaçador da roda dianteira

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4-43 MOTOCICLETA

[9] Verifique o desgaste da carcaça do pneu dianteiro. O valor limite de reparo do sulco da carcaça é 2,00mm.

CUIDADO

Substitua o pneu dianteiro se o sulco exceder o valor limite de reparo de 2,00mm.

[10] Se a pressão do pneu dianteiro se tornar insuficiente durante o deslocamento, primeiro, verifique se há vazamento de ar na base da válvula da câmara do pneu e em seguida verifique se há vazamentos de ar da câmara.

CUIDADO

Se a câmara ou a válvula do pneu apresentar vazamento de ar, repare ou as substitua.

[11] Verifique se o velocímetro, a engrenagem do velocímetro e o anel de trava estão gastos.

CUIDADO

Limpe a graxa existente na engrenagem do velocímetro ao instalá-la.

[12] Coloque o eixo dianteiro no suporte "V" e meça a instabilidade do eixo dianteiro com um medidor duplo. O valor da instabilidade real é a metade da leitura e o valor limite de reparo é 0,2mm.

CUIDADO

Calibre ou substitua o eixo dianteiro se o valor de instabilidade exceder o valor limite de reparo de 0,2mm.

Verifique a câmara do pneu

Verifique o pneu

Verifique a engrenagem do

velocímetro

Meça o eixo dianteiro

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4-44 MOTOCICLETA

[13] Se a roda traseira da motocicleta foi empenada por impacto ou colisão, provocando o desvio da motocicleta para um lado durante o deslocamento ou a vibração do guidão, substitua a roda de raios.

CUIDADO

A roda traseira da motocicleta é dotada de raios, por isso, a substitua caso seja deformada por colisão.

[14] Eleve o suporte principal para levantar a roda traseira do solo. Retire a roda traseira após retirar as porcas de retenção (M14).

- Coloque a roda traseira no suporte de calibração e gire-a com a mão em alta velocidade. Verifique se o eixo traseiro está gasto e sem vibração. Torque

Porca de retenção do eixo traseiro: M14/55N.m~60N.m

CUIDADO

Substitua o eixo em caso de ruído ou folga excessiva.

[15] Bata levemente no rolamento da roda traseira com o extrator do rolamento e o substitua em caso de danos ou desgaste excessivo.

CUIDADO

Limpe a graxa do rolamento e coloque a superfície da vedação de óleo voltada para fora ao instalar o rolamento da roda traseira.

[16] Coloque a roda traseira no suporte de calibração e verifique se há instabilidade. Gire a roda traseira com a mão e meça o valor da instabilidade com o medidor duplo. Valor limite de reparo: radial 2,0mm axial 2,0mm

CUIDADO

Se a instabilidade da roda traseira exceder o valor limite de reparo de 2,00 mm, calibre ou substitua a roda traseira.

Retire o eixo traseiro

Verifique a bucha da roda traseira

Retire a bucha da roda traseira

Meça a calibração da roda traseira

Page 148: Kasinski CRZ SM 150

4-45 MOTOCICLETA

[17] Verifique o desgaste da carcaça do pneu traseiro. O valor limite de reparo do sulco da carcaça é 2,00 mm.

Se a pressão do pneu traseiro se tornar insuficiente durante o deslocamento, primeiro, verifique se há vazamento de ar na base da válvula da câmara do pneu e em seguida verifique se há vazamentos de ar da câmara.

CUIDADO

Substitua o pneu traseiro se o sulco exceder o valor limite de reparo de 2,00mm.

Se a câmara ou a válvula do pneu apresentar vazamento de ar, repare ou as substitua.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas da roda Tabela 4-11 Manutenção das rodas Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Roda dianteira

Roda dianteira deformada.

Roda dianteira deformada. A motocicleta desvia para um lado e o guidão vibra durante o deslocamento.

Substitua a roda dianteira.

O orifício do rolamento do cubo da roda gasto.

Folga no encaixe do orifício do rolamento do cubo da roda e o rolamento.

A motocicleta desvia para um lado e o guidão vibra enquanto o deslocamento.

Rolamento desgastado ou danificado.

Folga axial e radial excessiva do rolamento externo e interno ou apresenta rotação instável.

A motocicleta desvia para um lado e o guidão vibra durante o deslocamento.

Substitua o eixo da roda.

Pneu dianteiro Pneu muito gasto.

––————— Derrapagem frequente durante o deslocamento e a resistência contra deslizamento lateral é baixa.

Substitua o pneu.

Caixa engrenagem do

hodômetro

Engrenagem danificada. ––—————

Ponteiro do hodômetro travado. Substitua a caixa de engrenagem do hodômetro.

Anel de transmissão da engrenagem danificado. ––—————

Ponteiro do hodômetro travado. Substitua a caixa de engrenagem do hodômetro.

Roda traseira

Roda traseira deformada.

Roda traseira deformada.

A motocicleta desvia para um lado e a roda traseira vibra durante o deslocamento.

Substitua o rolamento.

Roda traseira danificada.

O orifício do rolamento do cubo da roda muito gasto.

Folga no encaixe do orifício do rolamento do cubo da roda e o rolamento.

Rolamento muito gasto ou danificado.

Folga axial e radial excessiva do rolamento externo e interno ou apresenta rotação instável.

Pneu traseiro Pneu traseiro muito gasto. ––—————

Derrapagem frequente durante o deslocamento e a resistência contra deslizamento lateral é baixa

Substitua o pneu.

Verifique a câmara de ar e capa do

pneu

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4-46 MOTOCICLETA

PARTE 12 – FREIOS A motocicleta muitas vezes precisa desacelerar e parar durante o deslocamento, então os freios são utilizados para causar resistência à roda e alcançar esse objetivo. Para motocicletas comuns, o freio dianteiro é operado com a mão direita e o freio traseiro operado com o pé direito. No entanto, algumas motocicletas com freio automático, como em motos pequenas ou scooters, o freio traseiro pode ser operado com a mão esquerda. O freio da motocicleta consiste de tambor de freio e disco de freio. Esta motocicleta adota o freio a disco.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do freio [1] Freio a Disco

O disco de freio pode ser mecânico e hidráulico. Atualmente, freios hidráulicos são mais comuns em motocicletas. O freio hidráulico normalmente consiste de manete de freio ( pedal de freio), reservatório principal de óleo, reservatório do óleo de reserva (o reservatório reserva e o reservatório principal normalmente são integrados) pinça de freio, disco de freio e tubo de óleo do freio. Ao operar o freio, a manete do freio pressiona o reservatório principal de óleo, que aumenta a pressão no sistema de pressão hidráulica, direciona o êmbolo principal na pinça de freio e aperta as peças de fricção no disco de freio. Assim, o disco de freio fixo na roda obtém poder de frenagem. As características do disco de freio são funcionamento suave, limpeza automática e controle permanente.

[2] Freio a tambor O freio de tambor consiste principalmente de tambor de freio, sapatas de freio, ressalto do freio, braço de freio, eixo de suporte, mola de retorno e capa do tambor do freio. O tambor do freio é feito de aço. Ele é fixado no cubo da roda com o método de fundição de metal duplo e funciona junto da roda. A capa do tambor do freio é fixa no tubo inferior do freio dianteiro ou no suporte do garfo plano da roda traseira. Ela não se move. Há sapatas de freio, ressalto do freio e braço do freio instalados na capa do tambor de freio. Ao operar o freio, o cabo de aço do freio ou cabo do freio tem a função de parar o braço para deixar o ressalto do freio se mover e expandir as sapatas do freio. A superfície do orifício interno do tambor do freio produz uma resistência de fricção que faz o tambor do freio (roda) fornecer capacidade de frenagem para desacelerar ou parar a motocicleta.

2 Desmontagem e manutenção do freio

[1] Pressione a alavanca do freio dianteiro com a mão direita e verifique seu desempenho. A folga padrão do freio dianteiro deve ser de 10mm a 20mm.

CUIDADO

Se a folga da alavanca do freio dianteiro não estiver dentro do valor padrão de 10 a 20 mm, reajuste o freio dianteiro.

Verifique o curso livre do freio de mão

Estrutura do freio a disco

Estrutura do freio a tambor

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4-47 MOTOCICLETA

[2] Verifique o nível do fluido de freio pelo pórtico de visualização e complete, de acordo com a necessidade, com fluido de freio da mesma marca (DOT3 ou DOT4). Quando o fluido de freio alcançar a marca de nível superior, elimine o ar da passagem de óleo de freio.

CUIDADO

Verifique e certifique-se de que o fluido de freio é de boa qualidade ao abastecê-lo.

[3] Durante a utilização do freio a disco hidráulico ou do sistema de freios com o nível do fluido do reservatório de óleo muito baixo, o ar pode fluir dentro do tubo hidráulico tornando a alavanca do freio macia e a capacidade de freio insuficiente. Por isso, a saída de ar do sistema hidráulico é muito importante.

ATENÇÃO

A sangria do ar do sistema hidráulico deve ser feita apenas por revendedor ou assistência técnica autorizado Kasinski.

[4] Verifique se há vazamento ou danos no tubo de óleo, junta do tubo de óleo, parafusos de montagem e interruptor da luz de freio.

CUIDADO

Repare ou substitua os componentes acima se encontrado algum dano o vazamento de óleo.

[5] Verifique se o disco de freio dianteiro está sujo, com areia ou óleo e limpe-o.

CUIDADO

Mantenha o disco de freio limpo, a sujeira pode prejudicar a eficiência do freio.

Verifique o fluido do freio

Verifique o sistema de freios

Verifique a mangueira de óleo

do freio

Limpe o disco de freio dianteiro

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4-48 MOTOCICLETA

[6] Elimine o ar do freio a disco hidráulico da seguinte maneira

[A] Conecte uma mangueira de plástico transparente na válvula de drenagem do óleo na pinça do freio. Aperte a mangueira para evitar o derramamento do fluido. Coloque um recipiente na outra extremidade da mangueira de plástico para receber o fluido do freio eliminado.

[B] Pressione a alavanca do freio lentamente por várias vezes. Então pressione completamente a alavanca do freio e solte o parafuso de sangria do fluido de freio e bolhas de ar ao mesmo tempo.

ATENÇÃO

O fluido de freio se derramado pode danificar os visores dos instrumentos, as superfícies pintadas e componentes de borracha, por isso, limpe imediatamente qualquer respingo de fluido de freio.

O fluido de freio é altamente corrosivo, por isso, em caso de contato com a motocicleta ou com a pele, enxágue a área atingida com água em abundância.

[C] Aperte o parafuso de sangria após parte da eliminação do fluido de freio e das bolhas de ar e antes da alavanca alcançar sua posição limite.

[D] Repita os passos [B] a [C] até que todas as bolhas de ar tenham desaparecido do fluido de freio eliminado,

ATENÇÃO

Para manter a limpeza do fluido de freio, não permita a entrada de sujeira ou água dentro do sistema de freio hidráulico.

O fluido de freio descartado não deve ser reutilizado. Não misture diferentes marcas de fluido de freio.

[7] Retire os dois parafusos de fixação (M10 X 35) da pinça do freio dianteiro e retire-a.

Torque Parafuso de fixação da pinça do freio dianteiro M10 X 35/25N.m~28N.

[8] Desmonte as pastilhas do freio a disco e verifique o pistão da pinça do freio. Se o funcionamento não for adequado, repare ou substitua o freio hidráulico.

Válvula de drenagem de óleo

Pressione o freio de mão

Desmonte a pinça do freio dianteiro

Desmonte as pastilhas do freio dianteiro

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4-49 MOTOCICLETA

[9] Verifique o atrito das pastilhas do freio a disco e meça seu desgaste com um paquímetro. O valor limite de reparo é: 2,0mm.

CUIDADO

Se as pastilhas excederem o valor limite de reparo de 2,0 mm, substitua.

[10] Desmonte a roda dianteira e os quatro parafusos de fixação (M8 X 20) do disco do freio, removendo o disco do freio dianteiro.

Torque Parafuso de fixação do disco do freio dianteiro: M8 X 20/25N.m~28N.m

ATENÇÃO

Limpe a cola BOND sobre o parafuso antes de instalar o disco de freio para evitar folgas.

[10] Meça a espessura do disco do freio dianteiro com um micrômetro. O valor limite de reparo é 2,0mm.

CUIDADO

Se a espessura do disco de freio exceder o valor limite de reparo igual a 2,0 mm, substitua o disco de freio.

[11] Meça o desvio do disco do freio dianteiro. O valor limite de reparo é 0,3 mm.

CUIDADO

Se o desvio do disco do freio exceder o valor limite de reparo igual a 0,3 mm, substitua o disco do freio.

Verifique a pastilha de freio

Retire o parafuso trava

Meça a espessura do disco de freio

Meça o desvio do disco de freio

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4-50 MOTOCICLETA

[13] Verifique o desempenho do freio traseiro pisando no pedal do freio traseiro. A folga livre do pedal do freio traseiro deve ser de 20 a 30 mm.

CUIDADO

Se a folga do pedal do freio traseiro não estiver dentro do valor padrão de 20 a 30 mm, reajuste o freio traseiro.

[14] Levante a roda traseira da motocicleta com o suporte principal e ajuste a folga do pedal do freio traseiro.

[A] Aperte o parafuso de ajuste do freio traseiro e ajuste a folga do pedal do freio traseiro entre 20 a 30 mm.

[B] Movimente o pedal do freio traseiro várias vezes e solte. Gire o conjunto da roda traseira e verifique se há livre rotação.

[15] Verifique o volume do fluido do freio traseiro a partir do orifício de observação. Se necessário, reabasteça com o mesmo tipo (DOT3 ou DOT4). Ao reabastecer o fluido do freio com outra marca de qualidade superior, primeiro libere a passagem do sistema de freio. O método é o mesmo para o freio dianteiro.

CUIDADO

Ao reabastecer o fluido do freio, verifique sua qualidade. Se o fluido estiver insuficiente ou sujo, substitua.

Não misture marcas de óleo lubrificante, caso contrário o sistema de freio e seu desempenho serão prejudicados.

[16] Solte a porca do eixo traseiro e retire o eixo e o conjunto da roda traseira.

CUIDADO

Se a pastilha exceder o valor limite de manutenção de 2,0mm, substitua.

Verifique o curso livre

Ajuste o curso livre

Verifique a marca da escala do freio traseiro

Retire o parafuso do soquete do frei

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4-51 MOTOCICLETA

[17] Desmonte a pastilha do freio traseiro e verifique seu desgaste. Seu valor limite de manutenção é 2,0mm. Verifique a condição de funcionamento do pistão do freio. Se não estiver funcionando bem, repare ou substitua o freio hidráulico.

CUIDADO

Se a pastilha exceder o valor limite de manutenção de 2,0mm, substitua.

[18] Solte os 6 parafusos de fixação (M6 X 16) do disco do freio traseiro e o retire.

Torque Parafuso de fixação do disco do freio traseiro: M6 X 16/8N.m~12N.m

ATENÇÃO

Ao instalar o disco do freio traseiro, passe alguma cola para evitar a liberação do parafuso.

[19] Meça a espessura do disco do freio dianteiro com um micrômetro. Seu valor limite de manutenção é: 2,0mm.

CUIDADO

Se a espessura do disco do freio exceder o valor limite de manutenção de 2,0mm, substitua-o.

[20] Meça o ressalto do disco do freio dianteiro. Seu valor limite de manutenção é: 0,3mm.

CUIDADO

Se o ressalto do disco do freio exceder o valor limite de manutenção de 0,3mm, substitua-o.

Verifique a pastilha do freio traseiro

Solte o parafuso de fixação

Meça a espessura do disco de freio

Verifique o ressalto do disco de freio

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4-52 MOTOCICLETA

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do freio dianteiro/traseiro

Tabela 4-12 Manutenção do Freio traseiro/dianteiro

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Frio dianteiro Bomba

Fluido de freio não suficiente.

Fluido de freio não suficiente.

Freio sem controle. Adicione fluido de freio DOT3 ou DOT4 até a escala superior e solte o ar da passagem de óleo do sistema de freio.

Fluido de freio deteriorado ou aparentemente sujo.

––————— Freio sem controle. Substitua o fluido de freio.

Parede de superfície do cilindro de óleo danificada.

––————— Freio sem controle. Substitua o conjunto da bomba

principal do freio dianteiro.

Cilindro de óleo rachado ou com vazamento.

––————— Freio sem controle. Substitua o conjunto da bomba

principal do freio dianteiro.

Superfície do pistão da bomba principal danificada ou gasta.

Vazamento de fluido do cilindro de óleo

Freio sem controle. Substitua o conjunto da bomba principal do freio dianteiro.

Superfície do pistão da bomba principal danificada ou gasta.

––————— Freio sem controle. Substitua o conjunto do pistão da

bomba principal.

Borracha do pistão da bomba principal danificada, rachada ou desgastada.

––—————

Freio sem controle. Substitua o conjunto do pistão da bomba principal.

Ar flui para o tubo de óleo do freio.

––————— Freio sem controle. Descarregue o ar da passagem de óleo do sistema do freio

Tubo de óleo do freio desgastado, rachado e danificado.

Vazamento de fluido do tubo de óleo do freio

Freio sem controle. Substitua o tubo de óleo do freio.

Tubo de óleo do freio bloqueado.

Tubo de óleo do freio bloqueado

Freio sem controle. Limpe ou substitua o tubo de óleo do freio dianteiro e traseiro.

Superfície do cilindro de óleo da pinça do freio danificada.

––————— Freio sem controle. Substitua o conjunto da pinça do

freio.

Parede interna do cilindro de óleo da pinça do freio gasta.

––————— Freio sem controle. Substitua o conjunto da pinça do

freio.

Pinça do freio rachada.

Vazamento de fluido da pinça do freio dianteiro e traseiro

Freio sem controle. Substitua o conjunto da pinça do freio.

Anel de vedação rachado, danificado ou desgastado.

Vazamento de fluido da guarnição

Freio sem controle. Substitua o conjunto da pinça do freio.

Pastilhas do freio desgastadas. (As pastilhas atingiram o valor limite de desgaste.) )

––—————

Freio sem controle. Substitua as pastilhas de fricção do freio em conjunto

Superfície do pistão da pinça do freio danificada ou gasta.

––————— Freio emite ruído anormal ou está fora de controle.

Substitua o pistão da pinça do freio.

Pino guia da pinça do freio travado. ––—————

Freio fora de controle ou pastilhas de fricção do freio não retornam.

Limpe a lubrificação do pino guia.

Disco do freio

Valor limite de desgaste de 3mm.

––————— Freio sem controle. Substitua o disco do freio.

Disco do freio deformado.

––————— Freio emite ruído anormal ou está fora de controle.

Substitua o disco do freio.

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4-53 MOTOCICLETA

Estrutura do painel de instrumentos

PARTE 13 – PAINEL DE INSTRUMENTOS Os medidores são utilizados para indicar as condições de funcionamento da motocicleta.

1 Estrutura e princípio de funcionamento do painel de instrumentos [1] Hodômetro

O hodômetro serve para indicar a velocidade de deslocamento e a quilometragem total da motocicleta. Acionado pela roda dianteira, o movimento da roda é enviado para o hodômetro através do sistema de transmissão e do cabo do hodômetro que faz o cilindro magnético girar. O disco giratório corta a corrente magnética fazendo com que a corrente em redemoinho e o campo magnético cooperem com o campo magnético do cilindro magnético, fazendo o disco giratório alcançar um determinado torque, superar a resistência e fazer o ponteiro girar. Quanto mais rápida é a velocidade, mais intenso é o campo magnético do disco giratório. O torque é maior, assim o ângulo do ponteiro aumenta e pode alcançar a marca mais alta no painel. Enquanto isso, o eixo principal giratório move o contador através do disco e alavanca da turbina. Assim, a quilometragem total da motocicleta é indicada pelo contador.

Realize a manutenção do hodômetro anualmente. Acrescente óleo lubrificante de acordo com a necessidade dos componentes.

[2] Tacômetro O tacômetro serve para medir a reversão do motor pela indução de corrente. As informações induzidas serão inseridas e mostradas no tacômetro. [3] Medidor de combustível O medidor de combustível serve para indicar o volume de combustível no tanque através de corrente elétrica induzida, seu princípio de funcionamento é similar ao do tacômetro. O volume de combustível é indicado no medidor de combustível de F a E. Se o mostrador do medidor de combustível estiver mostrando E, adicione combustível o mais rápido possível.

2 Desmontagem e manutenção do painel de instrumentos

[1] Se o tacômetro e o velocímetro apresentarem falhas, desmonte e verifique-os.

Retire os dois parafusos de fixação (M6 X 16) do painel de instrumentos.

Retire o painel.

Torque

Parafuso de fixação do painel de instrumentos:

M6 X 16/8N.m~12N.m

[2] Desmonte a carcaça do medidor, verifique se o circuito de conexão do disco giratório, ponteiro, cabo principal do medidor e contador do hodômetro apresentam circuito aberto ou curtocircuito com o hodômetro.

CUIDADO

Se houver circuito aberto ou curtocircuito, repare ou substitua os circuitos citados acima.

Retire o parafuso trava do painel

Meça o odômetro

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4-54 MOTOCICLETA

[3] Verifique se as lâmpadas do painel de instrumentos estão queimadas. Substitua-as por lâmpadas do mesmo tipo quando queimadas.

[4] Desmonte o medidor de combustível e verifique se há circuito aberto ou curtocircuito no circuito de conexão com o ohmímetro.

CUIDADO

Se o circuito de conexão do medidor de combustível apresentar problemas, repare ou substitua-o.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do painel de instrumentos

Tabela 4-13 Manutenção do painel de instrumentos

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Hodômetro

Ponteiro do hodômetro parado.

Cabo do hodômetro quebrado.

Hodômetro não funciona. Substitua o cabo do hodômetro.

Ponteiro do hodômetro parado.

Núcleo do hodômetro danificado.

Hodômetro não funciona. Substitua o hodômetro.

Tacômetro

Ponteiro do tacômetro parado

Tacômetro danificado. Tacômetro não funciona. Substitua o tacômetro.

Ponteiro do tacômetro parado

Circuito indução em curtocircuito ou aberto.

Tacômetro não funciona. Substitua o tacômetro.

Medidor de combustível

Ponteiro do medidor de combustível parado

Medidor de combustível danificado.

Medidor de combustível não funciona.

Substitua o medidor de combustível.

Ponteiro do medidor de combustível parado

Circuito indução em curtocircuito ou aberto.

Medidor de combustível não funciona.

Substitua o medidor de combustível.

Bulbo do indicador do medidor

Meça o medidor de combustível

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SISTEMA ELÉTRICO 5

PARTE 1 – FONTE DE ALIMENTAÇÃO 5-1

PARTE 2 – CONSUMIDORES DE ENERGIA 5-5

PARTE 3 – CONTROLE 5-10

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5-1 SISTEMA ELÉTRICO

Estrutura da alimentação de energia

PARTE 1 – FONTE DE ALIMENTAÇÃO

1 Estrutura e principio de funcionamento da fonte de alimentação

A fonte de alimentação consiste principalmente do gerador e da bateria. Sua função está no circuito fechado da motocicleta, o gerador e a bateria possuem conexão paralela fornecendo corrente elétrica aos aparelhos elétricos existentes no sistema, depois o restante da energia é armazenada na bateria. De acordo com a característica da saída de corrente elétrica, o gerador pode ser dividido em gerador CC e gerador CA. De acordo com as diferentes estruturas, o gerador CA pode ser dividido em gerador Volante CA, gerador de rotor de magneto CA e gerador trifásico CA. O polo magnético dos dois primeiros possui um magneto permanente, sendo então chamado de gerador de magneto permanente CA. No entanto, o último produz um polo magnético através da eletrificação da bobina, então é chamado de gerador de excitação CA. Normalmente o gerador referido é o gerador volante CA. De acordo com as diferentes tensões nominais da bateria, ela pode ser dividida em bateria de 6V e de 12V. Se a tensão nominal for a mesma, de acordo com o volume diferente, pode ser dividida em grande e pequena. De acordo com diferentes estruturas, pode ser dividida em bateria de chumbo-ácido e bateria livre de manutenção lacrada.

[1] Estrutura e principio de funcionamento do magneto CC

O magneto CC funciona de acordo com o principio de indução eletromagnética. Quando o fio condutor magnético de chumbo se move no campo magnético uniforme, há uma força

eletromotriz produzida no condutor. Se o condutor forma um circuito fechado com um circuito externo, há corrente elétrica indutiva produzida no condutor. A direção desta corrente elétrica pode ser estimada através da regra da mão direita.

[2] Estrutura e principio de funcionamento do magneto CA O gerador CA consiste principalmente do gerador volante CA, gerador de rotor de magneto CA e gerador

trifásico CA. Assim como o gerador CC, ele também funciona de acordo com o principio da indução eletromagnética. No entanto ele não produz corrente elétrica através do método do fio condutor magnético de chumbo e se move em um campo magnético proporcional. Ele produz corrente indutiva através do método do rotor feito de um magneto permanente que gira continuamente, se transformando em um campo magnético giratório, fazendo o fio magnético passar contínua e alternadamente pela bobina fixa.

[3] Estrutura e principio de funcionamento da bateria de armazenamento Esse tipo de bateria de armazenamento tem peso

leve, é pequena, pequeno volume, boa vedação e desempenho a prova de choques, e a bateria de chumbo-ácido tem pequena resistência interna e tensão estável. Ela consiste principalmente de corpo da bateria, tampa, placa, eletrólito e espelho. O corpo da bateria é feito de borracha dura ou plástico à prova de ácido, calor e impactos. A bateria é dividida em 3 ou 6 partes independentes de acordo com a variação de tensão. Existem duas marcas na parte externa da bateria. A marca superior é H e a inferior é L, elas indicam respectivamente o limite superior e o limite inferior. Também, existem as marcas do ânodo e catodo na bateria. A marca “+ “ é o anodo e a marca “ - “ é o cátodo.

A placa é a substância principal, onde a bateria realiza o processo químico de carga e descarga. Ela é feita de pedaços de liga de chumbo-antimônio que são pintados com uma substância ativa e processados por eletroquímica. A placa é dividida em placa de anodo e placa de cátodo. A substância ativa na placa de ânodo é o Pb02 e na placa de cátodo é o Pb. O eletrólito é a mistura líquida de ácido sulfúrico e água destilada. A temperatura da densidade do eletrólito para medição padrão é de 20°C. Quando a bateria está na temperatura padrão e em condição de carga completa, sua densidade fica entre 1,24 e 1,29 g/cm³.

Em cada parte independente da bateria, existe um conjunto de placas e eletrólitos instalados. Cada conjunto de placas respectivamente realiza a reação química com o eletrólito e constitui uma bateria independente. Sua tensão é de aproximadamente 2V.3 ou 6 baterias são agrupadas em série e se tornam uma bateria de armazenamento de 6V ou 12V de tensão. A cobertura da bateria é feita de borracha resistente e de alto isolamento e plástico resistente que formam um espaço interno integrado com o corpo da bateria.

[4] Estrutura e princípio de funcionamento da bateria livre de manutenção A estrutura e manutenção da bateria livre de manutenção é similar ao da bateria de eletrólito, que precisa

apenas ser preenchida de eletrólito uma vez e ter o parafuso de vedação bem apertado. Não é necessário que nenhum fluido seja adicionado diariamente. Portanto, ela é simples, fácil, confiável, totalmente lacrada e livre de manutenção.

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5-2 SISTEMA ELÉTRICO

2 Desmontagem e manutenção da fonte de alimentação

A bateria da motocicleta fica instalada no lado direito do assento. Sua especificação é 12V7Ah e a fonte de alimentação adotada é CC. Realize a manutenção da bateria após os primeiros 1.000km a 3.000km de circulação da motocicleta.

[1] Verifique se os terminais do ânodo e do cátodo estão soltos.

[2] Carregue a bateria lentamente,uma vez por mês se permanecer sem uso por muito tempo.

[3] Verifique o nível do eletrólito da bateria. Se o nível estiver abaixo da marca inferior, adicione água destilada o mais rápido possível. O método correto de carga é desmontar a bateria da motocicleta e carregá-la lentamente com o carregador; o método de carga rápida não é recomendado. Ao carregar a motocicleta, pode ser liberado gás hidrogênio explosivo e inflamável, portanto, mantenha distância de fontes de fogo para evitar incêndios e explosão da motocicleta.

Especificações técnicas

Bateria

Itens Valor padrão

gravidade específica do eletrólito

1,280 ± 0,010g/cm3(25°C)

tensão dia noite 1500r/min acima de 14,0V acima de 13,5V 8500r/min abaixo de 14,6V abaixo de 14,6V

Gerador

resistência CC

amarelo-amarelo 0,9 Ω~ 1,2 Ω azul/amarelo-verde 220 Ω ± 50 Ω

preto/vermelho-verde 550 Ω ~ 680 Ω

[1] Desmontagem da bateria

Abra a trava do assento e o retire. Desconecte o fio de conexão do anodo e cátodo da bateria, depois retire a bateria.

CUIDADO

Desmonte os polos de conexão da bateria cátodo ( ) e anodo ( + ).

[2] Teste da gravidade específica do eletrólito

Teste a gravidade específica do eletrólito da bateria com um densímetro

Especificação da gravidade específica: (20°C)

Carga suficiente 1,270g/cm 3~1,290g/cm 3

Carga insuficiente 1,260g/cm3

CUIDADO

Carregue a bateria imediatamente quando a gravidade específica do eletrólito for menor que 1,250g/cm3.

Se a placa do polo da bateria estiver com oxidação ou depósitos evidentes, substitua a bateria.

Retire a bateria

Teste o eletrólito

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5-3 SISTEMA ELÉTRICO

[3] Teste do sistema de carga

Ligue e aqueça o motor antes de realizar o teste de saída do sistema de carga.

Conecte um amperímetro e um voltímetro como indicado na figura à esquerda, aumente lentamente a rotação do motor e observe a leitura do amperímetro e do voltímetro.

CUIDADO

Escolha uma bateria em boas condições para realização desse teste.

[4] Teste da saída do gerador

Conecte o amperímetro e o voltímetro como no método acima e substitua o gerador se as leituras do teste não estiverem na faixa de valores indicados na tabela a seguir.

[5] Substitua o magneto

Verifique a bobina do estator do magneto quanto a danos e o rotor quanto a deformação e desmagnetização.

CUIDADO

Se as leituras de teste não estiverem de acordo com os valores acima, substitua o magneto. Se a bobina do estator e o rotor do magneto estiverem danificados, substitua-os.

Teste para saída do magneto

Substitua o magneto

Teste o sistema de carga

1.500 rpm

8.500 rpm

≤ 1.500 rpm

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5-4 SISTEMA ELÉTRICO

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas do sistema de fonte de alimentação

Tabela 5-1 Manutenção do sistema de fonte de alimentação

Componente Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Gerador

Bobina de carregamento em curtocircuito.

Saída de tensão da bobina de carregamento insuficiente.

A bateria não pode ser carregada e a parte elétrica não funciona bem.

Substitua o gerador.

Bobina de carregamento em curtocircuito (a resistência é °°).

Bobina de carregamento sem saída de corrente.

A bateria não pode ser carregada e a parte elétrica não funciona bem.

Substitua o gerador.

Bobina de carregamento queimada.

Bobina de carregamento sem saída de corrente.

Parte elétrica e parte de controle da motocicleta não funcionam bem.

Substitua o gerador.

Força magnética do gerador insuficiente.

Bobina de carregamento sem saída de corrente.

Parte elétrica e parte de controle da motocicleta não funcionam bem.

Substitua o gerador.

Bateria

Bateria danificada. Bateria não carrega. Motor de partida funciona. Substitua a bateria de armazenamento.

Tempo de armazenamento muito longo.

Energia elétrica não suficiente e tensão muito baixa.

Motor de partido não funciona ou funciona de fracamente.

Sistema de sinal irregular.

Carregue ou substitua a bateria de armazenamento.

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5-5 SISTEMA ELÉTRICO

Estrutura das peças consumidores de energia

PARTE 2 – CONSUMIDORES DE ENERGIA

1 Estrutura e principio de funcionamento dos consumidores de energia

As peças consumidoras de energia do sistema elétrico da motocicleta são: Dispositivos de sinais luminosos

Os dispositivos de sinais luminosos consistem de farol, luz de posicionamento, lanterna traseira e indicador medidor. Suas funções são iluminar e chamar atenção de outros quando a motocicleta se desloca de noite, garantindo a segurança do deslocamento.

Os dispositivos de sinais consistem do indicador de direção, buzina, indicador de marcha e luz de freio. São usados para indicar a condição da motocicleta durante o deslocamento e expressar a operação do piloto através de sinais de luz e som.

[1] Farol e luz de posicionamento

O farol ilumina a estrada à frente do motociclista. Ela possibilita o motociclista de ver a condição da estrada e outros veículos e também pode mandar um sinal para outros veículos e pessoas. Seu piscar pode fazer com que os veículos à frente percebam a intenção do motociclista. Quando a motocicleta se desloca em um dia com neblina, o farol geralmente é acionado para garantir a segurança do deslocamento. A luz de posicionamento é usada para indicar a posição da motocicleta e fazer com que ela seja vista por outras pessoas em locais onde as condições de iluminação são boas ou quando a motocicleta passa por outros veículos durante a noite. Ela normalmente está instalada no conjunto do farol.

O farol consiste de lâmpada de foco, proteção de vidro, bulbo, retentor da lâmpada e tampa.

A função da lâmpada de foco é transformar a luz da lâmpada em um feixe de luz brilhante. É feita de placa de alumínio prensada.

A função principal da proteção de vidro é espalhar o feixe de luz refletido por um espelho refletor e garantir iluminação suficiente na estrada à frente. Ela evita que os motoristas que se aproximam em sentido contrário tenham a sensação de tontura.

O bulbo é dividido em filamento único e filamento duplo. O retentor do bulbo é feito de folha de ferro galvanizado prensado. Tem formato cilíndrico. Há três saliências irregulares na extremidade do retentor e um orifício de entrada do condutor.

O quebra luz e tampa completam o espaço que contém as outras partes do farol.

[2] Lanterna traseira e luz de freio

A lanterna traseira é utilizada para indicar a posição da motocicleta para veículos que estão atrás durante o deslocamento à noite e fazer com que a placa de registro seja vista com clareza.

A lanterna traseira consiste do quebra luz, tampa, retentor da lâmpada e bulbo. O quebra luz é feito de vidro orgânico vermelho. Há um vidro orgânico transparente na parte inferior para que a placa de registro possa ser iluminada.

A tampa da luz é feita de plástico. Há dois suportes laterais com orifícios na parte inferior. O quebra luz e a tampa da luz podem ser fixados por parafuso.

[3] Buzina

Durante o deslocamento da motocicleta, o motociclista pode soar a buzina para chamar atenção de pedestres e outros veículos, garantindo assim a segurança do deslocamento.

De acordo com os diferente tipos de fonte de energia, a buzina elétrica pode ser classificada em buzina elétrica CA e buzina elétrica CC. Essa motocicleta adota a buzina elétrica CC.

[4] Lâmpada indicadora de direção

Quando a motocicleta precisar mudar de direção, a lâmpada indicadora de direção emite um sinal piscante amarelo através do relé de pisca para que as outras pessoas percebam que a motocicleta vai efetuar uma curva. Normalmente a lâmpada indicadora de direção consiste de tampa, retentor, bulbo e quebra luz. Dispositivo de Partida Elétrica

O dispositivo de partida elétrica consiste do motor de partida e do mecanismo de encaixe. Ele é usado principalmente para acionar o motor.

2 Desmontagem e manutenção dos consumidores de energia

Os circuitos da motocicleta são marcados com cores diferentes, portanto, observe a cor dos fios e conecte juntos os fios com a mesma cor. Se os fios de conexão possuírem tomadas ou soquetes conecte juntos os fios com o mesmo tipo de tomada e soquete.

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5-6 SISTEMA ELÉTRICO

Especificações técnicas:

Item Valor padrão Número

Farol 12V35W/35W 1

Lanterna/Luz de freio 12V5W21W 1

Lâmpada indicadora de direção 12V10W 4

Lâmpada de posição 12V3W 1

Indicador de luz alta 12V1,7W 1

Indicador de direção esquerda 12V1,7W 1

Indicador de direção direita 12V1,7W 1

Indicador de marcha 12V1,7W 6

Indicador do Medidor 12V1,7W 3

[1] Testes do circuito de iluminação

Solte a tampa do farol. Desmonte as tomadas dos fios de conexão do interruptor de mudança de luz e interruptor de iluminação. Meça o desempenho de ligação e desligamento do circuito de conexão do interruptor de mudança das luzes e do interruptor de iluminação com um ohmímetro.

CUIDADO

Teste o interruptor de mudança de luz, interruptor de iluminação e luz de posição.

[2] Substitua o bulbo de iluminação

Retire o bulbo de iluminação e o bulbo da luz de posição. Verifique se estão queimados. Verifique sua ligação quanto a curtocircuito. Verifique se a tensão e a potência são apropriadas. Bulbo de luz alta e luz baixa: 12V35W/35W Bulbo da luz de posição: 12V3W

CUIDADO

Substitua o bulbo por outro de mesma tensão e potência.

Verifique a lâmpada

Substitua a lâmpada

Page 165: Kasinski CRZ SM 150

5-7 SISTEMA ELÉTRICO

[3] Teste do circuito da lâmpada indicadora de direção Desmonte a tampa da lâmpada indicadora de

direção. Desmontagem do plugue do fio conexão Verifique o funcionamento do circuito de conexão do

interruptor da lâmpada indicadora de direção com o ohmímetro.

Interruptor do indicador de direção

[4] Substitua os bulbos da lâmpada indicadora de direção Retire os bulbos da lâmpada indicadora de direção Verifique se os bulbos estão queimados. Verifique o fio de energia elétrica do bulbo quanto a curtocircuito. Verifique se a tensão e potência do bulbo são apropriadas. Bulbo da lâmpada indicadora de direção: 12V10W

CUIDADO

Substitua o bulbo por outro da mesma tensão e potência. Substitua ou repare o interruptor da lâmpada indicadora de direção se seu fio de conexão estiver solto ou não transmite energia.

[5] Testes da lanterna e luz de freio Desmontagem dos plugues do fio de conexão da lanterna e luz do freio. Verifique o funcionamento do circuito de conexão da lanterna e luz de freio com o ohmímetro.

Interruptor da luz do freio

[6] Substitua os bulbos da lanterna e luz do freio Retire os bulbos. Verifique se os bulbos estão queimados. Verifique os fios de energia elétrica dos bulbos quanto a curtocircuito. Verifique se a tensão e potência do bulbo são apropriadas. Bulbos da lanterna e luz do freio: 12V5/21W

CUIDADO

Substitua o bulbo por outro de mesma tensão e potência.

Substitua ou repare os interruptores da lanterna e luz do freio se seus fios de conexão estiverem soltos ou não transmitem energia.

Teste o circuito da lâmpada indicadora de

direção

Substitua os bulbos das lâmpadas indicadoras de

direção

Teste o circuito de iluminação do freio

Substitua o bulbo da lâmpada do freio

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5-8 SISTEMA ELÉTRICO

[7] Testes do circuito da buzina

Desmontagem do plugue do fio de conexão da buzina. Verifique o funcionamento do circuito de conexão do interruptor da buzina com o ohmímetro.

Interruptor da buzina

[8] Substitua a buzina

Se a buzina faz um ruído estranho ou não emite som, substitua por outra da mesma potência ou ajuste-a.

Tensão da buzina: 12V1,5A

CUIDADO

Substitua a buzina por outra da mesma tensão.

Verifique ou ajuste o circuito do interruptor da buzina se seu fio de conexão estiver solto ou não transmite energia.

[9] Meça os circuitos do indicador do medidor e indicador de nível de combustível.

Desmontagem dos circuitos do indicador do medidor e de nível de combustível

Verifique o funcionamento dos circuitos de conexão do indicador do medidor e do indicador de nível de combustível com o ohmímetro.

CUIDADO

Substitua ou repare os interruptores do indicador do medidor e do indicador de nível combustível se seus fios de conexão estiverem soltos ou não transmitem energia.

[10] Substitua os bulbos do indicador do medidor e do indicador de nível de combustível

Retire os bulbos. Verifique se os bulbos estão queimados. Verifique os fios de energia elétrica dos bulbos quanto

a curtocircuito. Verifique se a tensão e potência dos bulbos são

apropriadas. Bulbo do indicador do medidor: 12V1,7W Bulbo do indicador de nível de combustível: 12V1,7W

CUIDADO

Substitua o bulbo por outro de mesma tensão e potência.

Meça o circuito da buzina

Ajuste a buzina

Meça o circuito do indicador do medidor

Substitua o bulbo do indicador do medidor

Page 167: Kasinski CRZ SM 150

5-9 SISTEMA ELÉTRICO

[11] Testes do motor de partida Desconecte o fio de conexão do anodo e cátodo do

motor de partida. Meça a resistência entre o anodo e cátodo do motor

de partida Resistência do motor de partida: 0 < R ≤ 0,5 Verifique o funcionamento do circuito de conexão do

interruptor do motor de partida com o ohmímetro.

CUIDADO

Substitua o motor de partida por outro de mesma especificação se as leituras não combinarem com a especificação acima.

3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas de consumidores de

energia

Tabela 5-2 Manutenção de consumidores de energia

Descrição do componente

Causa Descrição do problema no

componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Conjunto do Farol

Ajuste do feixe de luz inadequado.

Luz de iluminação não funciona normalmente.

Feixe de luz do farol muito longe ou muito perto.

Ajuste o feixe da luz do farol.

Filamento do farol queimado.

Filamento do farol queimado. Farol não ilumina. Substitua o bulbo do farol.

Acionador interno com mau contato ou danificado.

Acionador interno com mau contato ou danificado.

Luz de iluminação não funciona normalmente ou parou de funcionar.

Repare ou substitua o interruptor de mudança da luz de iluminação.

Lanterna/Luz de freio

Filamento da lanterna/luz do freio queimado.

Filamento da lanterna/luz do freio queimado.

Lanterna/luz de freio não funciona normalmente.

Substitua os bulbos da lanterna/luz do freio.

Acionador interno não retorna ou está danificado.

Interruptor da luz do freio não retorna ou está danificado.

Luz do freio não acende ou não apaga.

Repare ou substitua o interruptor da luz do freio.

Direção indicator lâmpada

Acionador interno com mau contato.

Interior do interruptor do indicador de direção com mau contato.

Lâmpada indicadora de direção não acende.

Repare ou substitua o interruptor da lâmpada indicadora de direção.

Filamento queimado.

Filamento da lâmpada indicadora de direção queimado.

Lâmpada indicadora de direção não acende.

Substitua os bulbos da lâmpada indicadora de direção.

Buzina

Acionador interno com mau contato ou danificado.

Interior da buzina com mau contato ou está danificado.

Buzina não emite ruído ou o ruído é inadequado.

Ajuste ou substitua a buzina.

Interior da buzina queimado ou danificado.

Interior da buzina queimado ou danificado.

Buzina não emite ruído ou o ruído é inadequado.

Substitua a buzina.

Indicador de marcha

Interruptor com mau contato.

Circuito do interruptor do indicador de mudança de marcha com mau contato.

Indicador de marcha não acende. Substitua o interruptor do indicador de marcha.

Filamento queimado.

Filamento do indicador de marcha queimado.

Indicador de marcha não acende. Substitua os bulbos do indicador de marcha.

Indicador do Medidor

Circuito com mau contato.

Circuito do indicador do medidor com mau contato.

Indicador do medidor não acende. Verifique o circuito do indicador do medidor.

Filamento queimado.

Filamento do indicador do medidor queimado.

Indicador do medidor não acende. Substitua o bulbo do indicador do medidor.

Indicador de nível de

combustível

Circuito com mau contato.

Circuito do indicador de nível de combustível com mau contato.

Indicador de nível de combustível não acende.

Verifique o circuito do indicador de nível de combustível.

Filamento queimado.

Filamento do indicador de nível de combustível queimado.

Indicador de nível de combustível não acende.

Substitua o bulbo do indicador de nível de combustível.

Partida elétrica

Acionador interno com mau contato.

Interruptor de partida elétrica com mau contato.

Partida elétrica não liga normalmente.

Repare ou substitua o interruptor da partida elétrica.

Motor de partida queimado.

Resistor e enrolamento do motor de partida queimados.

Motor de partida não funciona normalmente.

Substitua o motor de partida.

Meça o circuito do motor de partida

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5-10 SISTEMA ELÉTRICO

Estrutura das peças do controle

PARTE 3 – CONTROLE As peças do controle do sistema elétrico da motocicleta garantem boas condições de funcionamento das peças de alimentação de energia e das partes consumidoras de energia, além de assegurar sua harmonia. Também ajudam o motociclista controlar o sistema elétrico momentaneamente.

1 Estrutura e principio de funcionamento das peças do controle

As peças de controle consistem principalmente de retificador, luz de ATENÇÃO, relé de partida, fusível, interruptor de controle e conjunto de cabos.

(1) Retificador O retificador é um componente importante do sistema elétrico da motocicleta. Quando o gerador funciona, a bobina de carga muda a corrente CA para CC para fornecer corrente direta estável para a bateria e componentes elétricos. Ele consiste principalmente de transistor, tirístor e diodo.

(2) Luz de ATENÇÃO A luz de ATENÇÃO controla a luz intermitente contínua da lâmpada indicadora de direção durante seu funcionamento, trabalhando em conjunto com ela. Consiste de transistor, condensador, resistência ou uma bobina.

(3) Relé de partida O relé de partida é um interruptor eletromagnético. Ao pressionar o interruptor de partida no guidão direito, a corrente elétrica se conecta com o catodo da bateria através da bateria de armazenamento, conexão da bateria, bobina do relé e conexão do interruptor de partida, formando então um circuito fechado. A bobina produz um campo magnético devido à sua indução magnética, atraindo o braço de contato em movimento para baixo, fazendo os dois contatos se conectarem. A corrente elétrica se conecta com o catodo da bateria através da bateria de armazenamento, conexão da bateria, bobina do relé e conexão do interruptor de partida, formando então um circuito fechado e fazendo funcionar o motor de partida que liga o motor da motocicleta. Com o interruptor de partida fechado, o braço de contato móvel é anexado através de um núcleo de ferro da bobina, fazendo o motor de partida funcionar. Ao soltar o interruptor de partida, o campo magnético desaparece, liberando o braço de contato magnético interrompendo o contato, assim o motor de partida para de funcionar apesar da corrente elétrica chegar até a bobina.

(4) Fusível

O fusível é feito de metal com baixo ponto de fusão. Quando a corrente elétrica excede o valor especificado, o metal derrete e o circuito é interrompido, evitando danos ao aparelho elétrico por causa da forte corrente elétrica causada pelo curtocircuito. O fusível consiste geralmente de caixa de fusível feita de plástico e um cartucho de fusível interno.

(5) Interruptor de proteção da partida elétrica O interruptor de proteção da partida elétrica é instalado nas chaves de proteção da alavanca da embreagem e apoio lateral respectivamente, sendo utilizado para controlar o circuito da partida elétrica da motocicleta. Somente um dos interruptores é ligado, a motocicleta pode ser ligada através de eletricidade normalmente. (Motocicletas equipadas com interruptor de proteção do apoio lateral podem ser ligadas eletricamente e funcionar normalmente somente com a liberação do apoio lateral e com o interruptor de proteção do apoio lateral ligado).

(6) Cabo principal Cada parte do sistema elétrico da motocicleta é ligada por fios. Para evitar uma confusão de fios e propiciar uma organização adequada na estrutura da motocicleta, os fios seguem na mesma direção e geralmente são fixados por tecido emborrachado isolante.

[7] Interruptor da luz do freio dianteiro e traseiro

É utilizado para controlar a abertura e fechamento da luz de freio.

[8] Grupo de interruptores esquerdo e direito Os interruptores de controle do sistema elétrico estão localizados no lado esquerdo e direito do guidão. Normalmente, de cima para baixo, estão os interruptores de mudança do pisca-alerta, interruptor do farol alto e baixo, interruptor da luz indicadora de direção, botão da buzina e interruptor da luz de emergência no lado esquerdo do guidão. Também, de cima para baixo existem os interruptores de parada rápida, interruptor da luz de posição, interruptor do farol e botão da partida elétrica no lado direito do guidão. O principal interruptor de fonte de energia fica no meio do painel de instrumentos.

2 Desmontagem e manutenção das peças do controle

Page 169: Kasinski CRZ SM 150

5-11 SISTEMA ELÉTRICO

[1] Teste do retificador

Retire o plugue do retificador. Meça a resistência entre o retificador e cada posto de

ligação. Se a leitura não estiver dentro dos limites de valores

listados na tabela abaixo, substitua o retificador por outro da mesma especificação.

CUIDADO

Faça esse teste usando o multímetro com o comutador de ohm R x 1k Ω ou R x 100k Ω.

[2] Tabela de valor de resistência para o teste do retificador.

[3] Testes do relé de partida

Retire o relé de partida. Tire o soquete de conexão do interruptor de partida

elétrica. Verifique o funcionamento do circuito de conexão do

interruptor de partida elétrica com o ohmímetro.

CUIDADO

Substitua ou repare o interruptor de partida elétrica se seu fio de conexão estiver solto ou não transmite energia.

[4] Substitua o relé de partida

Quando os fios condutores do relé de partida conectam a fonte elétrica 12 VCC, é produzido um som estampido. Meça a resistência do contato da partida entre os parafusos com o ohmímetro. Resistência do relé de partida: 0 < R ≤ 0,5

CUIDADO

Se a leitura do teste não estiver de acordo com o valor acima ou não produzir o som estampido ao conectar a fonte elétrica 12V CC, substitua o relé de partida por outro de mesma especificação.

Meça o retificador

Substitua o retificador

Meça o relé de partida

Substitua o relé de partida

Page 170: Kasinski CRZ SM 150

5-12 SISTEMA ELÉTRICO

[5] Teste da luz de ATENÇÃO.

Tire o soquete de conexão da luz de ATENÇÃO. Verifique o funcionamento do circuito de conexão da luz de ATENÇÃO com o ohmímetro.

CUIDADO

Se a luz de ATENÇÃO não piscar, isto indica que ela está danificada, portanto deve ser substituída por outra da mesma especificação.

[6] Teste do fusível

Retire o fusível. Se o fusível estiver derretido, isso indica que a corrente de carga ou descarga está excessiva. Verifique o problema com um ohmímetro. Corrente limite do fusível: 15A

CUIDADO

Substitua o fusível por outro da mesma especificação.

[7] Teste do cabo principal

Retire o cabo principal e verifique seu estado de conexão.

CUIDADO

Substitua o cabo principal em caso de curtocircuito ou circuito aberto.

[8] Teste do grupo de interruptores da esquerda

Desmonte o grupo de interruptores do lado esquerdo e verifique o funcionamento de seu circuito de conexão com o ohmímetro.

CUIDADO

Repare ou substitua o grupo de interruptores do lado esquerdo em caso de curtocircuito ou circuito aberto.

Teste a luz de ATENÇÃO

Meça o circuito do tubo de fusível

Meça o chicote principal

Meça o grupo de conectores direito e

esquerdo

Page 171: Kasinski CRZ SM 150

5-13 SISTEMA ELÉTRICO

[9] Teste do grupo de interruptores da direita

Desmonte o grupo de interruptores do lado direito e verifique o funcionamento de seu circuito de conexão com o ohmímetro.

CUIDADO

Repare ou substitua o grupo de interruptores da direita em caso de curtocircuito ou circuito aberto.

[10] Teste do interruptor da luz do freio dianteiro

Empurre a manopla de freio para frente. Se a luz de freio não ligar ou não puder ser desligada, é provável que exista um curtocircuito ou circuito aberto do interruptor do freio dianteiro. Verifique o funcionamento da conexão do circuito do interruptor do freio dianteiro com um ohmímetro.

CUIDADO

Substitua o interruptor do freio dianteiro em caso de curtocircuito ou circuito aberto.

[11] Teste do interruptor da luz de freio traseiro

Pise no pedal do freio traseiro. Se a luz de freio não acender ou não puder ser apagada, pode ser uma indicação de curtocircuito ou circuito aberto do circuito do freio traseiro. Verifique com um ohmímetro o funcionamento da conexão do circuito do interruptor do freio traseiro.

CUIDADO

Substitua ou repare o interruptor do freio traseiro em caso de curtocircuito ou circuito aberto.

[12] Teste do interruptor de partida elétrica da embreagem

Se a motocicleta estiver engatada, segure a alavanca da embreagem e interrompa a saída do motor para que a motocicleta dê a partida elétrica, ou coloque a motocicleta no ponto neutro e opere a partida elétrica.

Verifique com um ohmímetro o funcionamento do circuito de conexão do interruptor da partida elétrica da embreagem.

CUIDADO

Substitua o interruptor de partida elétrica da embreagem em caso de curtocircuito ou circuito aberto.

Meça o grupo de conectores

direito

Meça o interruptor do freio dianteiro

Meça o interruptor de partida elétrica da

embreagem

Meça o interruptor do freio traseiro

Page 172: Kasinski CRZ SM 150

5-14 SISTEMA ELÉTRICO

[13] Teste do interruptor de proteção da partida elétrica do descanso lateral

Solte o descanso lateral. Se o circuito do interruptor de proteção da partida elétrica no descanso lateral não conecta, isto pode indicar um curto-circuito ou circuito aberto. Verifique o desempenho liga/desliga com um ohmímetro.

CUIDADO

Substitua o interruptor de proteção da partida elétrica do descanso lateral se tiver curto-circuito ou circuito aberto.

3 As causas, descrição de problema e métodos de reparo da parte de controle

Tabela 5-3 Manutenção da Parte de Controle

Descrição do componente

Causa Descrição do problema

no componente Descrição do problema na

motocicleta Método de reparo

Retificador

Retificador queimado. Saída de tensão do gerador alta ou instável.

Os bulbos dos consumidores de energia são fáceis de queimar.

Substitua o retificador ou teste o gerador.

Bobina em curtocircuito ou circuito aberto. Bobina não se conecta firmemente.

Retificador sem saída de corrente.

Consumidores de energia sem saída de corrente e tensão. Sistema de iluminação não acende.

Teste o circuito do retificador.

Relé de partida

Relé de partida queimado.

Saída de tensão da bateria muito alta ou muito baixa.

Motocicleta não liga com partida elétrica.

Teste a bateria ou substitua o relé de partida.

Bobina em curtocircuito ou circuito aberto. Bobina não se conecta firmemente.

Relé de partida sem saída de corrente.

Motocicleta não liga com partida elétrica.

Teste o circuito do relé de partida e verifique o fusível.

Luz de ATENÇÃO

Luz de ATENÇÃO queimada.

Saída de tensão da bateria muito alta ou muito baixa.

Lâmpada indicadora de direção e indicador de direção

Teste a bateria e substitua a luz de ATENÇÃO.

Bobina em curtocircuito ou circuito aberto. Bobina não se conecta firmemente.

Luz de ATENÇÃO sem saída de corrente.

Lâmpada indicadora de direção e indicador de direção não acendem.

Teste o circuito da luz de ATENÇÃO e verifique o fusível.

Fusível

Bobina em curtocircuito ou circuito aberto e queimada.

Saída de tensão do sistema de carregamento muito alta ou muito baixa.

Consumidores de energia sem saída de corrente ou tensão.

Substitua o fusível ou teste o circuito do sistema de carregamento.

Interruptor da luz do freio

Bobina em curtocircuito ou circuito aberto. Bobina não se conecta firmemente.

Circuito do interruptor da luz do freio não transmite corrente.

Luz do freio não acende. Teste o circuito do interruptor da luz do freio ou substitua o interruptor.

Interruptor da partida elétrica

Bobina em curtocircuito ou circuito aberto e queimada.

Circuito do interruptor de partida elétrica não transmite corrente.

Motocicleta não liga com partida elétrica.

Teste o circuito do interruptor de partida elétrica ou substitua o grupo de interruptores da direita.

Interruptor de parada rápida

Bobina em curtocircuito ou circuito aberto e queimada.

Circuito do interruptor de parada rápida não transmite corrente.

Motocicleta não liga ou parada rápida.

Teste o circuito do interruptor de parada rápida e substitua o grupo de interruptores da direita.

Meça o interruptor de proteção do descanso lateral

Page 173: Kasinski CRZ SM 150

ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

6

PARTE 1 – ANÁLISE DE PROBLEMAS DO MOTOR 6-1

PARTE 2 – ANÁLISE DE FALHAS NAS PEÇAS ELÉTRICAS 6-8

Page 174: Kasinski CRZ SM 150

6-1 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

PARTE 1 – ANÁLISE DOS PROBLEMAS DO MOTOR

1.1 Análise da baixa marcha lenta do motor

Page 175: Kasinski CRZ SM 150

6-2 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

1.2 Análise de Potência Insuficiente do Motor

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6-3 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

1.3 Análise da Partida do Motor

Page 177: Kasinski CRZ SM 150

6-4 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

1.4 Análise do superaquecimento do motor

Page 178: Kasinski CRZ SM 150

6-5 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

1.5 Análise de excesso de consumo de combustível do motor

Page 179: Kasinski CRZ SM 150

6-6 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

1.6 Análise do deslizamento de embreagem

1.7 Análise do silencioso de escapamento do motor de 4 tempos emitindo fumaça azul

Page 180: Kasinski CRZ SM 150

6-7 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

1.8 Análise do desengate incompleto da engrenagem

1.9 Análise do mecanismo de transmissão automático

Page 181: Kasinski CRZ SM 150

6-8 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

PARTE 2 – ANÁLISE DE FALHAS NAS PEÇAS ELÉTRICAS

2.1 Análise de falha de carregamento da bateria

Page 182: Kasinski CRZ SM 150

6-9 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

2.2 Análise de carregamento insuficiente da bateria

Page 183: Kasinski CRZ SM 150

6-10 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

2.3 Análise de falha do motor de partida

2.4 Análise de motor de partida fraco

Page 184: Kasinski CRZ SM 150

6-11 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

2.5 Análise de falha da luz de iluminação

Page 185: Kasinski CRZ SM 150

6-12 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

2.6 Análise do bulbo da luz de iluminação

Page 186: Kasinski CRZ SM 150

6-13 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

2.7 Análise de luz de iluminação fraca

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6-14 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

2.8 Análise da luz indicadora de direção

Page 188: Kasinski CRZ SM 150

6-15 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

2.9 Análise de falha da buzina elétrica

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6-16 ANÁLISE DE PROBLEMAS DA MOTOCICLETA

2.10 Análise de falha da luz do freio

2.11 Análise de falha do sistema de ignição

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APÊNDICE 7

APÊNDICE: DIAGRAMA DE CIRCUITO 7-1

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7-1 APÊNDICE

APÊNDICE – DIAGRAMA DE CIRCUITO

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