lição 11 (jovens) - relacionamento e perdão
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4 º T R I M 2 0 1 5
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Texto do
dia"Então, Pedro,
aproximando-se dele,
disse: Senhor, até
quantas vezes pecará
meu irmão contra mim, e
eu lhe perdoarei? Até
sete? Jesus lhe disse:
Não te digo que até
sete, mas até setenta
vezes sete."
(Mt 18.21,22)
síntese
A doutrina bíblica do
perdão é um bálsamo
santo sobre a
consciência pecaminosa
do homem e uma ponte
para relacionamentos
rompidos.
Agenda de
LeituraSEGUNDA - 1 C o 13 .1 - 13
Per dão é o amor em a ç ã o
TERÇA - Gn 45 .1 -14
O pe r dão i r r es t r i t o de Jos é
QUA RTA - A t 7 .54 - 60
O pe r dão o r a n t e de Es t ê v ã o
QUINTA - S l 51 .1 - 19
Sup l i cando o pe r dão d i v i no
SEX TA - M t 6 .9 - 15
Exor t ação ao pe r dão
SÁ BA D O - M t 5 .43 - 48
O pe r dão conduz à pe r fe ição
Texto
bíblicoMateus 18.21-3521. Então, Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?22. Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete.23. Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;24. e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos.25. E, não tendo com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.26. Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.27. Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.28. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.29. Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.30. Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.31. Vendo, pois, os seus conservos o que lhe acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.32. Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.33. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?34. E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.35. Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
• Não é possível ser verdadei ro imi tador
de Cr is to sem o exercíc io do perdão.
• O perdão vence os sent imentos de ira e
vingança e estabelece a paz entre Deus
e o homem e entre o homem e o seu
próximo.
• Nesta l ição estudaremos a doutr ina do
perdão e sua importância nas interações
humanas.
I - O QUE É O
PERDÃO
1. Nas l ínguas bíbl icas:
• No hebraico, sālach, designa a ação misericordiosa de
Deus mediante a qual Ele perdoa, desculpa e livra o
pecador da culpa e do castigo advindos pela
transgressão (Gn 18.26; Lv 4.20; Nm 14.19; 15.25; Sl
25.18; 32.1,5; 85.2; Rm 4.6-8).
• No grego, aphiēmi, quer dizer "soltar", "cancelar",
"remir" e "perdoar" e aparece nos Evangelhos referindo-
se ao perdão dos pecados (Mt 26.28; Mc 2.5; Lc 7.47),
de dívidas (Mt 6.12) e "ofensas" (Mc 11.25).
I - O QUE É O PERDÃO
2. Nos atos e ensinos de Jesus:
• O perdão foi ensinado (Mt 6.9-15; 18.25-35; Lc 7.36-50;
15.11-32) e praticado por Jesus (Mt 9.6; Lc 23.34, 39-
42).
• A pregação das Boas-Novas era o anúncio do perdão
irrestrito ao pecador penitente (Mt 1.21; Mc 10.45).
• Incluía desde o cancelamento do efeito do pecado
cometido (Mc 2.5; Jo 8.11) à aceitação graciosa do
pecador à comunhão com Deus (Lc 15.20-24).
• A morte de Jesus Cristo no Calvário cumpria assim a
oferta escatológica do perdão anunciada pelos profetas
(Jr 31.34; 33.8 ver Lc 1.76-79; 4.18,19).
I - O QUE É O PERDÃO
3. Nos ensinos das epístolas:
• Aparece no contexto da doutrina da justificação e da
graça divina (Rm 3.21-26; 5.1,2,6-11).
• Perdão dos pecados, livramento da culpa e libertação
do poder do pecado.
• O perdão promove a reconciliação do homem com
Deus (Rm 5.10,11; 2Co 5.18-21).
• Possibilita a participação do pecador arrependido da
justiça de Cristo em Deus (Rm 3.21-28; 8.1; 9.30; 1 Co
1.30,31).
I - O QUE É O PERDÃO
Pense"Não levante a espada
sobre a cabeça de quem te
pediu perdão." (Machado
de Assis)
Ponto
importante"Quer ser feliz por um
instante? Vingue-se. Quer ser
feliz para sempre? Perdoe."
(Ter tuliano)
II - O QUE NÃO É
PERDÃO
1. Não é fraqueza e covardia:
• O perdão não pode ser visto como fraqueza ou
covardia.
• Não é corrupção e domesticação da natureza do
homem por meio da moral cristã.
"Quer ser fel iz por um instante?
Vingue-se. Quer ser fel iz para sempre?
Perdoe." (Ter tul iano)
I I - O QUE NÃO É
PERDÃO
2. Não é tolerância ao erro:
• Perdão não é conivência com o erro, o mal, ou pecado.
• Não é um "consentimento" ou "permissão".
• Tolerância é suportar o peso do erro de alguém em vez
de concordar ou consentir com o pecado.
• Quem perdoa não é conivente com o erro que lhe foi
cometido, mas suporta a ofensa e a perdoa.
• Não é fácil a prática do perdão, por isso muitos sofrem.
I I - O QUE NÃO É
PERDÃO
3. Não é anular a just iça (Lc 23.39-43):
• O perdão de modo algum anula o exercício ou prática
da justiça (Dt 16.19).
• Na morte de Jesus, entretanto, temos a satisfação da
justiça de Deus e a ministração do perdão divino (Rm
1.17; 3.21-31 ver Mt 21.28-32).
• O perdão e a justiça podem atuar conjuntamente.
• No caso do ladrão na cruz, a justiça veio primeiro e,
depois, o perdão (Lc 23.39-43).
• O perdão dos pecados não quer dizer absolvição da
pena do pecado no aspecto humano.
I I - O QUE NÃO É
PERDÃO
PenseJesus ensinou que a
justiça divina é distributiva
e misericordiosa
(Mt 20.1-16).
Ponto
importanteO exercício do perdão é
uma lembrança de nossa
posição diante de Deus.
III - PERDÃO, BASE DE
RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS
1. Confl i tos nos relacionamentos (Cl
3.13):
• Todo relacionamento humano está sujeito a conflitos,
desavenças e queixas (At 15.36-39; 1 Co 1.10-30).
• Não existe interação humana perfeita e por isso a
dádiva do perdão deve estar presente (Mt 18.21,22).
I I I - PERDÃO, BASE DE
RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS
2. As duas dimensões do perdão:
• Dimensões: vertical e horizontal.
• Vertical - advém de Deus para o homem, removendo a
culpa e se constituindo um ato de graça mediante o
qual o ser humano é restaurado à comunhão com Deus
(2 Co 5.19; Dn 9.9).
• Ninguém perdoa a Deus, pois Ele é Perfeito e Justo (Sl
9.8; 18.30; 19.7; 98.9; Mt 5.48).
• Horizontal - diz respeito ao tratamento dispensado ao
próximo (Mt 5.44; 6.12; 18.21,22; Rm 12.14,19).
• As duas dimensões são interdependentes (Mt 6.12;
18.23-35).
I I I - PERDÃO, BASE DE
RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS
3. A dádiva do perdão:
• Perdoar é um ato de pura graça e de superação à
ofensa recebida (Mt 18.21,22).
• Quem exerce o perdão lida melhor com o ressentimento
e mágoas que advêm das injustiças sofridas.
• Perdoar é o melhor remédio para curar as feridas da
alma: tristeza, angústia, compaixão própria, depressão
entre outras.
• O exercício do perdão traz saúde para a vida. Perdoe e
viva feliz!
I I I - PERDÃO, BASE DE
RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS
Pense"Assim vos fará também
meu Pai celestial, se do
coração não
perdoardes, cada um a
seu irmão, as suas
ofensas" (Mt 18.35).
Ponto
importante"O juízo final será sem
misericórdia sobre
aquele que não fez
misericórdia" (Tg 2.13).
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
CONSIDERAÇÕE
S
FINAIS1. Cr is to é o maior exemplo de perdão
tanto nos ensinos como na prát ica .
2. O perdão não é fraqueza e covard ia,
to lerância ao erro e nem contrár io à
just iça .
3. Os conf l i tos são inevi táveis nos
re lac ionamentos, por isso o perdão na
sua duas dimensões (ver t ica l e
hor izonta l ) se const i tu i a base para a
manutenção de relac ionamentos
saudáveis .
REFERÊNCIAS
A R C H E R J R . G l e a s o n . M e r e c e c o n f i a n ç a o A n t i g o
Te s t a m e n t o ? S ã o P a u l o : V i d a N o v a , 1 9 9 1 .
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G E O R G E , J i m . U m J o ve m S e g u n d o o C o r a ç ã o d e D e u s .
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H E N RY, M a t t h e w. C o m e n t á r i o B í b l i c o M a t t h e w H e n r y .
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R O S S , M i c h a e l . C r e s c i e A g o r a ? R i o d e J a n e i r o : C PA D ,
2 0 1 3 .
S O A R E S , E s e q u i a s . C a s a m e n t o , D i vó r c i o & S e x o à L u z
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V I N E , W. E . D i c i o n á r i o V I N E . R i o d e J a n e i r o : C PA D , 2 0 0 3 .
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