linhas orientadoras do orÇamento de 2014
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LINHAS ORIENTADORAS DO ORÇAMENTO DE
2014
Agosto 2013
(V1.2)
Linhas Orientadoras do Orçamento de 2014
Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril 2
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO EXPLICATIVA 1.........................................................3
2. INTRODUÇÃO EXPLICATIVA 2.........................................................5
3. O CONTEXTO ORÇAMENTAL...........................................................7
3. MISSÃO E GRANDE(S) OBJECTIVO(S).............................................9
4. SILHUETA DAS ACTIVIDADES A DESENVOLVER EM 2014.............12
Linhas Orientadoras do Orçamento de 2014
Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril 3
1. INTRODUÇÃO EXPLICATIVA - A ESHTE E O MOMENTO DE
REORGANIZAÇÃO DA REDE DE ENSINO SUPERIOR PÚBLICA
Durante o ano de 2013 foram desenvolvidas as negociações triangulares entre
a ESHTE, a Universidade de Lisboa e a Câmara Municipal de Cascais tendo
em vista:
a) Criar condições para a integração, a curto prazo, da ESHTE na
Universidade de Lisboa ou na nova Universidade de Lisboa.
b) Obter a gestão efectiva dos espaços actualmente designados como
Complexo Turístico e Hoteleiro do Estoril, bem como outros que possam
a vir ser incorporados a título de "ad-ins" estratégicos.
c) Lançar as bases para que a ESHTE se afirme, a trecho exequível, como
uma unidade de investigação e de ensino - académico e profissional - de
relevo e nomeada internacional.
d) Possibilitar - através dos ganhos em massa crítica - a edificação de um
conjunto de projectos estruturantes para a Escola, para o Município e
para a Universidade.
e) Assumir uma posição de liderança na concretização do desiderato de
tornar Cascais num centro de conhecimento em turismo e hotelaria -
“Tourism learning-area”.
O processo de contacto institucional encontra-se concluído, estando os
documentos de estratégia inerentes escritos, aprovados e entregues.
Contrariamente ao que esperávamos e não obstante as repetidas tentativas
efectuadas pela ESHTE no sentido de chegar ao diálogo com os níveis
tutelares superiores, o processo não captou qualquer reacção útil pelo que a
sua concretização se tem arrastado no tempo.
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Entretanto, a realidade de contexto foi-se alterando, tendo o processo de fusão
da Universidade de Lisboa com a Universidade Técnica de Lisboa chegado ao
seu terminus com a eleição de um novo conselho geral e de um novo reitor,
facto que, não sendo impeditivo da junção da ESHTE à nova estrutura
universitária então criada, coloca previsíveis entropias face às bases
anteriormente estabelecidas e acordadas.
Concomitantemente, na Escola Superior de Hotelaria e Turismo também se
verificaram mudanças significativas, seja por via da eleição de um novo
Conselho Geral com uma composição diferente do que ratificou os termos de
integração da ESHTE na UL, seja pela eleição de um novo presidente para a
instituição (a aguardar homologação).
Assim sendo, tendo ainda em conta as recentes mudanças ocorridas na
Secretaria de Estado do Ensino Superior, a ESHTE encontra-se actualmente
num período de indefinição quanto ao seu posicionamento no quadro da rede
do ensino superior público, facto que, como é óbvio, induz dificuldades ao nível
da definição de uma estratégia a médio longo e prazo e, daí decorrente, ao
estabelecimento de um programa de actividades anual que expresse e
concretize essa mesma estratégia.
Esta é uma das razões porque, contrariamente ao que seria desejável, não
faremos acompanhar o orçamento de 2014 com um Plano de Actividades
totalmente estruturado, mas sim com um documento muito sucinto que
expressa tão somente as grandes linhas que orientaram a sua elaboração e
quantificação.
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2. INTRODUÇÃO EXPLICATIVA - O MOMENTO DA ESHTE
À data da elaboração do presente documento/plano de actividades a Escola
Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril encontra-se numa situação bastante
desadequada para o efeito.
Efectivamente, tendo em atenção a racionalidade de programação que deve
estruturar a apresentação do orçamento para 2014 (Plano estratégico
plurianual -> Plano de actividades -> Orçamento), dificilmente seria imaginável
pior momento para o efeito.
Por um lado, porque sendo obrigação da ainda presidência da Escola a sua
elaboração, os documentos aludidos serão concretizados a partir de Janeiro de
2014, data em que a nova presidência já eleita será responsável pela condução
dos destinos da ESHTE.
Gostaríamos de sublinhar que entendemos este aspecto não como algo de
somenos importância nem como um mero detalhe de legitimidade, mas, antes,
como uma entropia significativa no processo de gestão estratégica da Escola,
não só porque o actual 'Masterplan' da ESHTE foi elaborado para o quadriénio
2009/2013 (devendo, portanto, ser substituído por um novo com génese na
presidência já eleita), mas também porque não se compreende que a nova
equipa presidencial fique amarrada a opções tomadas por quem está a dias de
deixar o cargo que deteve nos últimos quatro anos.
Também por isto o presente documento deve ser encarado como algo que
surge em período de várias transições e, como tal, servir sobretudo de ponte
entre realidades que necessariamente serão diferentes.
Também por isso sublinhamos e ressalvamos o seu carácter atípico, sucinto e
genérico.
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3 - O CONTEXTO ORÇAMENTAL
Tal como sucedeu nos dois últimos anos, também o actual quadro de dotações
do Orçamento de Estado aplicadas ao ensino superior público não foram alvo
de qualquer discussão prévia entre a tutela e as instituições interessadas.
Acresce que, até ao momento, não temos conhecimento da massa monetária
total mobilizada pelo ensino superior público, nem, igualmente, a sua repartição
exacta pelos dois subsistemas.
Para a totalidade do ensino superior politécnico foi afectado um total de
303,748 milhões de euros o que significou um decréscimo de cerca de 2,93%
relativamente ao ano de 2013. A este corte haverá, posteriormente, que
adicionar outras reduções ao montante efectivamente disponível que já são
conhecidas (p. e. o aumento de 3% nos descontos das instituições para a
Caixa Geral de Aposentações e uma redução, ainda não totalmente explicada,
de cerca de 32 mil euros).
Relativamente à ESHTE a transferência do OE para 2014 será de 3,587
Milhões de euros para despesas de funcionamento e 50 mil euros para
despesas de investimento. A este total há que acrescentar o volume previsível
dos encaixes financeiros derivados das receitas próprias da instituição, o qual,
em termos de cálculo indicativo deverá rondar os 2,5 milhões de euros.
No caso da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril a dinâmica
verificada face ao ano transacto (montantes iniciais) foi de mais 360.669 euros.
É necessário, contudo, ter em consideração que os dois anos têm bases
diferentes, já que a transferência do OE para 2013 foi efectuada com o
pressuposto de cobrir 13 meses de salários enquanto a de 2014 catorze
meses.
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Trata-se de montantes que, mesmo assim, tendo em conta uma possível
redução das receitas a encaixar através das propinas devido à crise económica
que atravessamos, exigem a continuação dos esforços de contenção das
despesas que a Escola vem fazendo desde 2011.
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3. MISSÃO E GRANDE(S) OBJECTIVO(S)
3.1. MISSÃO
A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) é um
estabelecimento público de ensino superior politécnico, criado pelo decreto-lei
374/91, de 8 de Outubro, com a tutela do Ministério da Educação e Ciência.
Tem como principais atribuições a criação, transmissão e difusão de
conhecimentos relacionados com o exercício de actividades profissionais
altamente qualificadas, nas áreas do turismo, da hotelaria e da restauração.
A ESHTE constitui, assim, um centro de formação cultural e técnica de nível
superior, para preparar profissionais, que possam dar resposta aos desafios
que se colocam ao sector empresarial e institucional do turismo.
3.2. GRANDE(S) OBJECTIVO(S) PARA 2014
Nos anos transactos foi objectivo principal da ESHTE dar continuidade ao
acréscimo qualitativo e quantitativo já experimentado anteriormente, dando
seguimento, desta forma, às opções estratégicas definidas em sede de plano
global. Este desiderato foi conseguido não só aprofundando a estrutura
curricular especialmente adequada a Bolonha, a aposta no 2º ciclo de
formação e o alargamento da oferta dos Cursos de Especialização
Tecnológica, mas também dando início a um conjunto alargado de outros
projectos que se entenderam como fundamentais para assegurar a
sustentabilidade da posição cimeira que a Escola vem mantendo no domínio da
educação e da formação superior em turismo.
Dois aspectos avultaram como fundamentais, entre outros de menor
significado, no caminho para a manutenção e o reforço da dimensão que,
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efectivamente, subjaz de forma implícita à problemática anterior - a
competitividade.
Desde logo o factor qualidade, sem o qual, quer a oferta tradicional, quer a que
decorrerá de um esforço de correspondência às exigências do futuro, ficariam
gravemente comprometidas, perdendo grande parte da sua energia
transformadora.
Mas também o factor inovação, aquele que, conjuntamente com um
posicionamento prospectivo, permitiu - e permitirá - pensar a oferta de amanhã
e, desta forma, assegurar a posição liderante num quadro inevitável de maior
concorrência e mimetismo face à panóplia de produtos formativos e educativos
que a ESHTE oferece presentemente.
Assim, e sem minimizar outros aspectos, interessa relevar três dimensões da
inovação para a qualificação e para a competitividade que constituíram apostas
estratégicas da Escola durante o ano de 2013 (e quadriénio 2010/2014): a
inovação ao nível da formulação do conceito de uma escola superior de turismo
(o domínio mais abrangente e fundamental); a inovação no domínio dos
produtos disponibilizados pela oferta da Escola (em boa medida, com fortes
ligações ao aspecto anterior); a inovação nos processos de ensino e nas
ferramentas pedagógicas (a dimensão instrumental).
Neste quadro, os grandes desafios que a ESHTE se propôs assumir em 2013,
foram, entre outros, os seguintes:
a) Finalizar o processo de resolução do estrangulamento principal da
Escola – a gestão das instalações.
b) Concretizar a integração da ESHTE na nova Universidade de Lisboa.
c) Fazer aprovar nova oferta educativa graduada.
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d) Dar continuidade ao relacionamento com instituições congéneres
internacionais, nomeadamente no que se refere ao lançamento de
programas de formação conjuntos .
e) Dar continuidade aos investimentos destinados ao apetrechamento e
reparação de equipamentos, designadamente laboratórios (com a sua
acreditação) e áreas técnicas de cozinha e de restauração.
f) Prosseguir o aprofundamento do quadro relacional da ESHTE, com os
PALOP e com Timor-Leste.
g) Concluir os processos em curso no âmbito do sistema de gestão e
garantia da qualidade/gestão da informação e workflow.
h) Fomentar um conjunto de projectos específicos, nomeadamente o
Programa SolidAct 2010/13 e o museu virtual do turismo.
i) Pôr em prática outras medidas tendentes ao aumento das receitas e
contenção das despesas.
Como já se referiu anteriormente, a elaboração deste plano de actividades num
momento de passagem entre presidências leva a que, para além dos objectivos
que naturalmente transitarão de ano - por deterem um carácter plurianual ou
porque não foi possível serem alcançados em 2013 -, seja despiciendo
enunciar desideratos para 2014. Reafirmamos que os mesmos devem decorrer
da adopção de uma estratégia global para a ESHTE, estratégia essa que será
definida pela nova presidência da Escola logo que tome posse.
Assim sendo - e por acréscimo de razão - as actividades que serão enunciadas
de seguida são as actividades de continuidade e, mesmo estas, de forma
sumária e sem metas associadas.
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4. SILHUETA DAS ACTIVIDADES A DESENVOLVER EM 2014
4.1. ENSINO NO ANO LECTIVO DE 2013/14
Para o ano lectivo de 2013/2014 prevêem-se algumas alterações à paleta de
oferta da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. As referidas
alterações, admitindo um cenário de futuro optimista, prendem-se com três
ordens de razões:
a) Adequação da oferta ao perfil da procura verificado nos anteriores anos
lectivos.
b) Preenchimento de janelas de oportunidade no quadro da análise
prospectiva efectuada pela Escola relativamente à evolução futura do
sector do turismo internacional e nacional e seus consequentes reflexos
ao nível das necessidades educativas e formativas de amanhã.
c) Clarificação do quadro institucional e relacional da ESHTE.
Não tendo sido, em 2013, aprovado qualquer outro ciclo de estudo (serão
submetidos à agência durante o último trimestre), importa que a ESHTE
continue a tentar adequar e reforçar a sua panóplia educativa e formativa.
4.2. OUTRAS ACTIVIDADES A DESENVOLVER EM 2014
A ESHTE conta desenvolver um conjunto de outras iniciativas que um plano
desta natureza deve incorporar e manifestar, mas que, pelas razões
anteriormente aduzidas, serão, agora, somente consideradas de uma forma
sumária a título de ilustrar o Orçamento de 2014.
Obviamente, que a mudança de presidência irá introduzir certamente uma nova
perspectiva sobre as actividades da ESHTE, mas, face ao enquadramento
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exógeno existente, não se poderão descurar as medidas inevitáveis de
racionalidade colocadas em vigor nos dois anos anteriores, suportadas pelos
Guias para a Sustentabilidade Económica e Financeira elaborados para o
efeito.
4.2.1. DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 1 – INSTALAÇÕES, INFRA-ESTRUTURAS
E EQUIPAMENTOS.
Objectivos – melhoria, alargamento e gestão efectiva das instalações e dos
equipamentos escolares.
4.2.1.1. Recuperação e adaptação de instalações internas e externas à Escola
Natureza do projecto:
(Não descrito e não contabilizado em orçamento)
4.2.1.2. Reparação e renovação de equipamentos nas áreas técnicas de
cozinha
Natureza do projecto:
Os equipamentos das áreas técnicas de cozinha datam, na sua grande maioria,
da abertura do Centro Escolar e Hoteleiro do Estoril, há 21 anos. Por outro
lado, porque os referidos equipamentos são utilizados por duas instituições, a
ESHTE e a Escola de Hotelaria do Estoril (sob tutela do Turismo de
Portugal/Ministério da Economia), sobre os mesmos recaiu, ao longo dos anos,
uma utilização intensa, da ordem das 16 horas diárias (excepto aos Domingos).
Como tal, sejam as infraestruturas de base (gás, água e sistema de eliminação
de efluentes líquidos), sejam os próprios equipamentos (postos individuais de
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cozinha, fornos, frigoríficos, batedeiras, …) encontram-se em situações
precárias que se traduzem em frequentes avarias.
4.2.1.3. Apetrechamento das áreas laboratoriais e sua certificação
Natureza do projecto:
O uso intensivo dos laboratórios para actividades docentes e de investigação
provoca, naturalmente, um desgaste acentuado dos equipamentos e das infra-
estruturas.
Por outro lado, tendo em vista o aumento de receitas próprias da Escola será
do máximo interesse criar as condições, objectivas e subjectivas, necessárias
para efectuar trabalhos destinados a suprir as necessidades das empresas, ou
seja, proceder à certificação do laboratório.
4.2.2. DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 2 – INOVAÇÃO, EMPREENDORISMO,
INVESTIGAÇÃO E FORMAÇÃO DO CAPITAL HUMANO
Objectivos – manutenção da posição de liderança no âmbito da oferta formativa
em turismo, proactividade, reforço da ligação Escola/Trade, reforço da Escola
enquanto centro de produção de conhecimento, adequação da Escola às novas
exigências em matéria de qualificação do corpo docente, reforço da
componente de prestação de serviços à comunidade e aumento de receitas
próprias da Escola.
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4.2.2.1 – Núcleo Inovação e Empreendorismo
Natureza do projecto:
Tendo em conta que o ambiente de contexto das instituições muda em ritmo
progressivamente acelerado, a inovação surge como um factor central da
manutenção e do reforço da competitividade.
Sendo esta uma proposição com a qual a maioria das instituições de nova
geração estão de acordo, verifica-se, não obstante, que são relativamente
poucas as que, na prática, criam as condições indispensáveis ao trinómio
“ideia, criatividade, inovação”.
Dois conceitos obstáculos contribuem para tanto: “A inovação é matéria dos
dirigentes e mais de uns poucos”; “a inovação surge espontaneamente”. Ora,
como é sabido de longa data nos meios em que a inovação é ela própria a
razão e a natureza dos negócios (por exemplo, a inovação tecnológica em
muitas empresas hightech), a inovação é uma matéria que diz respeito a todos
e que tem que ser devidamente cultivada e facilitada.
Neste quadro, quando nos referimos à importância da inovação no
estabelecimento de um futuro desejado para a ESHTE, importa transcender as
intenções e não só fomentar um meio escolar efectivamente criativo e inovador,
mas também aprender a gerir a inovação.
4.2.2.2. – Acreditação de ciclos de estudos junto da A3ES
Natureza do projecto:
A criação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior dá
sequência ao desígnio de avaliação para a qualidade incidente sobre a oferta
educativa disponibilizada, quer pelo subsistema público, quer pelo privado.
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Assim, para além da avaliação prévia dos cursos já existentes, durante o
próximo ano serão submetidos à agência novos ciclos de estudos graduados,
um de primeiro ciclo e dois de segundo.
4.2.2.3. – Criação de condições para o lançamento de oferta formativa em
inglês
Natureza do projecto:
Independentemente de apreciações que se possam efectuar, é inegável que a
língua inglesa vem assumindo, de forma crescente, o estatuto de idioma
Internacionalmente aceite. Daí decorre que, no que diz respeito às instituições
de ensino superior, as que não acompanhem esta tendência pesada colocar-
se-ão, no futuro, cada vez mais numa posição marginal, seja em termos de
reconhecimento técnico-científico internacional, seja, mesmo, no que às trocas
de alunos e professores diz respeito.
Nesta medida e tendo em vista a necessária internacionalização da ESHTE,
importa, desde já, dar início à criação de condições para que alguma oferta
educativa migre para a língua inglesa.
4.2.2.4. – Desenvolvimento de actividades de investigação
A ESHTE, como a generalidade das Instituições de Ensino Superior
Politécnico, tem lacunas nesta matéria, as quais tentou ultrapassar através do
estabelecimento de acordos com outros centros, através da aposta na
formação de topo, e, finalmente, através do reforço da intervenção da
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Associação CESTUR – Centro de Estudos de Turismo e da criação de núcleos
de formação, inovação e empreendedorismo.
Por outro lado, no domínio da investigação científica, alguns docentes da
ESHTE têm colaborado em Centros de Investigação de outras Escolas, sendo
nalguns casos, responsáveis por produção científica publicada em revistas
nacionais e internacionais da especialidade.
No passado recente, a ESHTE desenvolveu um conjunto de iniciativas para
criar um modelo inovador ligado à investigação (Fundação ESHTE-I&D), o qual
comportava a concretização de uma parceria que aglutinava aproximadamente
duas dezenas de entidades para além da ESHTE, entre as quais municípios,
estruturas regionais e locais de turismo, associações empresariais do sector,
fundações, centros de estudos e empresas. Contudo, a legislação entretanto
saída, determinou a impossibilidade das entidades públicas se envolverem na
criação de novas fundações, o que conduziu à desativação do modelo então
pensado.
Face às dificuldades em criar um Centro de Investigação certificado e
financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (não existem concursos
desde 2007 e o turismo não é reconhecido como uma área científica por esta
instituição), e perante os imperativos de desenvolver a investigação
fundamental e aplicada, há que projectar uma alternativa para o futuro da
Escola, a qual deverá necessariamente colocar o foco nas parcerias com os
stakeholders do turismo, além de uma perspectiva inclusiva de todos os
investigadores da ESHTE, bem como de integração das estruturas já
existentes.
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4.2.3. DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 3 – VISIBILIDADE EXTERNA E
REDES RELACIONAIS
Objectivos – fortalecimento da massa crítica da Escola através do reforço da
sua visibilidade externa, da sua ligação com o trade e da sua integração em
redes relacionais de geometria e âmbitos diversificados.
4.2.3.1. Renovação dos materiais de divulgação da Instituição e dos cursos
Natureza do projecto:
Embora a notoriedade de uma instituição de ensino se construa
fundamentalmente em torno do grau de satisfação dos seus diplomados e dos
respectivos empregadores, a mesma pode ser reforçada através da visibilidade
que um programa de divulgação coerente e bons materiais de apoio sempre
acrescem.
4.2.3.2. Expansão da actividade educativa à distância
Natureza do projecto:
É sabido que o ensino e a formação em e-learning, para atingir os fins
pedagógicos que se propõem alcançar e para respeitar patamares de
qualidade consentâneos com instituições de reconhecida qualidade, implica um
processo de cuidadoso planeamento, de intenso esforço de convergência de
contributos e de laboriosa preparação de materiais de apoio aos processos
formativo e educativo.
Acresce que no actual quadro de desenvolvimento turístico de países e de
regiões com deficits de oferta formativa e educativa, o e-learning poderá
viabilizar a aquisição das competências indispensáveis à alimentação de um
mercado de emprego turístico carenciado de profissionais susceptíveis de
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assegurar uma oferta competitiva em termos da qualidade dos serviços e das
experiências turísticas disponibilizadas. Estão neste caso alguns países
lusófonos, designadamente Cabo-Verde, Angola, Moçambique e, em menor
grau, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau e Timor-Leste.
Assim, para além de conferir densidade aos laços já existentes entre a Escola
e os PALOP no domínio do ensino e da formação, o estabelecimento de uma
oferta em e-learning permitirá alargar substancialmente o mercado potencial da
instituição e, deste modo, contribuir para o necessário reforço da componente
das receitas próprias.
É de referir, ainda, que o apuramento das metodologias e das rotinas
associadas ao e-learning, para além de posicionarem a Escola no pelotão da
frente de uma oferta com futuro e do futuro, permitirá abrir novas janelas de
oportunidade associadas a produtos turísticos cuja formação exige a presença
dos alunos em contexto de aplicação prática. A título de exemplo, cita-se a
formação no âmbito dos cruzeiros, a qual, beneficiando do e-learning, poderá
viabilizar ciclos de estudos que combinem a prática profissional a bordo com o
ensino à distância apoiado por monitores residentes.
4.2.3.3. Promoção de eventos
Natureza do projecto:
Da mesma forma que os destinos turísticos promovem as respectivas
visibilidade, notoriedade e competitividade através da organização de eventos
de magnitudes diversificadas, também as instituições de ensino recorrem à
organização e/ou participação em iniciativas diversas tendo em vista a
obtenção de fins similares.
Acresce que, aos desideratos anteriormente referidos, um programa
equilibrado de eventos numa instituição multidimensional como é uma escola
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de ensino superior, deverá, igualmente, ter em linha de conta a promoção da
coesão interna inter-pares e inter-corpos.
4.2.3.4. Promoção do projecto ESHTE SolidAct
O programa ESHTE SolidAct (Acção Solidária) terá sequência, possuindo dois
objectivos principais: dotar os aderentes com a capacidade de adaptação à
mudança, entendendo esta em termos de função, sector, lugar/país de
residência ou de trabalho; promover a responsabilidade social e os valores
humanos, qualidades que os diplomados devem transportar para os seus locais
de trabalho e para os seus projectos de vida.
Trata-se, portanto, de fomentar a acção solidária voluntária enquanto
catalisadora de maturidade, de compreensão do “outro”, de mundivisão global,
e de experimentação das capacidades adquiridas durante o processo
educativo, em condições adversas e desafiantes.
Cada aluno ou grupo de alunos desenvolverá o seu próprio projecto - ou
aderirá aos projectos que cada ano a escola proporá. À Escola caberá apoiar o
desenvolvimento dos projectos individuais e promover o encontro de formas de
financiamento dos mesmos.
Projectos que se desenrolem tendo o turismo como ferramenta e alavanca para
o desenvolvimento das comunidades e dos espaços desfavorecidos, poderão
ter equivalência aos estágios curriculares nas condições a definir.
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4.2.3.5. Museu Virtual do Turismo (MUVITUR)
Natureza do projecto:
O museu virtual do turismo (MUVITUR) visa preencher uma lacuna que,
cremos, existe no País: um espaço museológico dedicado exclusivamente ao
turismo português. Desta forma, a iniciativa conferirá visibilidade externa à
ESHTE e reforçará o seu papel de líder no domínio da inovação no campo do
turismo. Por outro lado, a ESHTE foi, em 2012, alvo da doação, por parte do
Sr. Celestino Domingues, de uma vultuosa colecção de materiais sobre turismo
que urge conservar, organizar, valorizar e disponibilizar à comunidade.
Assim sendo, o MUVITUR assume como sua missão a recolha, a organização,
a exposição e a disponibilização, segundo nexos temáticos e sistemáticos, de
objectos relacionados com o turismo, tendo em vista a educação e o recreio do
seu público, bem como o apoio ao ensino e à investigação científica nacional e
internacional.
Compreenderá três domínios de actuação primordiais: o expositivo (exposição
permanente, exposições temporárias e ambientário turístico), o arquivístico
consultável on-line configurado pelo seu acervo em reserva (iconografia e
documentos relevantes para a história do turismo) e o de serviços à
comunidade (serviços educativos, apoio à investigação científica, loja on-line e
fórum formativo e relacional).
4.2.3.6. Promoção da Associação de Antigos Alunos da ESHTE
Natureza do projecto:
O desejo assumido pela Escola de fortalecer as redes relacionais em que se
inclui, passa, também, por fomentar os laços afectivos entre a mesma e os
alunos que, mercê do término dos seus estudos, se afastam fisicamente.
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Trata-se não só de sublinhar e materializar o princípio segundo o qual “uma vez
aluno da ESHTE, a qualidade de membro da comunidade escolar estende-se
por toda a vida”, mas também dar corpo à organização de um centro de opinião
informada e de lobbying favorável, no exterior, à Escola.
A materialização da associação deverá ser da responsabilidade da AEESHTE,
reservando-se a Escola ao papel de catalisador da ideia junto daquela e,
posteriormente, de facilitadora e apoiante da iniciativa concreta.
A criação desta Associação permitirá ainda fazer um acompanhamento do
percurso profissional dos ex-alunos da ESHTE, através de registos em bases
de dados, úteis para medir o grau de empregabilidade dos cursos ministrados
pela ESHTE.
4.2.4. DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 4 – REORGANIZAÇÃO FUNCIONAL
Objectivos – racionalização e melhoria de processos; incremento da eficácia e
da eficiência dos serviços; implementação do sistema de gestão documental e
workflow. Melhoria da eficácia e da eficiência dos serviços de âmbito
administrativo prestados.
4.2.4.1. Expansão do sistema de gestão documental e workflow
Natureza do projecto:
O Sistema de Gestão Documental e Workflow (SGDW) encontra-se numa fase
de concretização progressiva. Assim, a par com a manutenção das
funcionalidades iniciais que se encontram em funcionamento, foram definidos
todos os workflows específicos do sistema.
A evolução do sistema, medida através dos indicadores escolhidos para o
efeito, mostra que se têm atingido os objectivos pretendidos em termos de
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expansão, excepto no que concerne à abertura do SGDW aos docentes. Com
efeito, priorizou-se a estabilização da utilização do sistema por parte do
pessoal não docente, já que se entendeu que tal seria necessário para garantir
a abertura do sistema em condições de segurança e de controlo efectivo das
várias funcionalidades.
Por outro lado, as restrições orçamentais também prejudicaram o
desenvolvimento mais rápido de algumas componentes do sistema, o que
funcionou adicionalmente como factor que conduziu à transferência para o 4.º
trimestre de 2013 da abertura aos docentes para alguns módulos.
Saliente-se igualmente que a cadência de operacionalização dos workflows
específicos, pelos efeitos que produz, continuará a obedecer a uma lógica de
implementação progressiva em 2014, onde as componentes de teste, de
formação de utilizadores e de cruzamento com as rotinas já existentes, passam
sequencialmente por um processo de aferição integrada, de forma a não
introduzir elementos de descoordenação ou de duplicação de procedimentos.
No plano do envolvimento dos docentes com o sistema irá priorizar-se a
integração de grupos com funções específicas, nomeadamente, os Directores
de Cursos e os Coordenadores de Áreas Científicas, os quais produzem
pareceres e outros documentos que podem ser canalizados directamente para
a base de dados.
4.2.4.2. Operacionalização do programa informático de suporte à produção de
horários
Serão efectuadas, em 2014, as acções que permitam potenciar o programa
informático de suporte à produção de horários, pretendendo-se que o mesmo já
se encontre em pleno funcionamento no 2.º semestre do próximo ano lectivo
2013/14.
Linhas Orientadoras do Orçamento de 2014
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4.2.4.3. Eventual adequação dos sistemas internos ao novo quadro institucional
Natureza do projecto:
Adequação de sistemas informáticos, processos e procedimentos face à
possibilidade de revisão do quadro institucional associado ao funcionamento da
ESHTE.
4.2.5. DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 5 – AVALIAÇÃO E POLÍTICA DE
QUALIDADE
Objectivos – qualidade total ao nível de todos os serviços prestados, da oferta
educativa e formativa e dos processos pedagógicos; aderência entre as
competências desenvolvidas nos estudantes e as necessidades do mercado de
trabalho.
4.2.5.1. Renovação da certificação TEDQUAL
Natureza do projecto:
Na sequência da certificação TEDQUAL, a Escola Superior de Hotelaria e
Turismo do Estoril foi admitida na restrita categoria de membro filiado da OMT,
com o decorrente assento no conselho de educação desta organização.
Tendo em conta que a certificação TEDQUAL é conferida por um período
limitado de tempo, há que proceder à revisão e renovação da mesma.
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4.2.5.2. Manutenção do sistema de gestão de qualidade
Natureza do projecto:
Aplicada que está a norma ISO 9001, importa que a Escola mantenha o seu
processo rumo à qualidade total.