livro 30 anos abc

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Livro 30 Anos ABC. Uma história com você!

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Page 1: Livro 30 Anos ABC
Page 2: Livro 30 Anos ABC

"A paz só será

possível por meio

do desenvolvimento"(PAPA JOÃO PAULO II.)

Page 3: Livro 30 Anos ABC
Page 4: Livro 30 Anos ABC
Page 5: Livro 30 Anos ABC
Page 6: Livro 30 Anos ABC

p. 8p. 68

p. 10p. 78

p. 12 p. 84

p. 17p. 90

p. 94

p. 80

p. 70

p. 14p. 86

p. 24p. 32p. 38p. 49

p. 60p. 64

p. 88

p. 92

p. 82

p. 762.1.1 Divinópolis2.1.2 Formiga2.1.3 Oliveira2.1.4 Campo Belo2.1.5 Itaúna2.1.6 Pará de Minas2.1.7 Santo Antônio do Monte2.1.8 Arcos2.1.9 Araxá2.1.10 Lagoa da Prata2.1.11 Lavras

1.3.1 O início1.3.2 A Comercial Divinópolis1.3.3 Nasce o ABC1.3.4 Um novo marco1.3.5 A expansão1.3.6 Governança1.3.7 Trajetória de sucesso1.3.8 Caro leitor

SU

RIO

1.1 Palavra da presidênciae vice-presidência

Nossas Minas Gerais

Nossa missão, crenças e valores

ABC 30 anos

1.2

1.3

2.1

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1 2

NO

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Page 7: Livro 30 Anos ABC

p. 101

p. 1024.2.1 Lojas4.2.2 Acessibilidade4.2.3 Marketing

Relacionamento

5.1.2 Evolução5.1.3 Sindicatos,

terceirizados e desligamento

5.1.4 Dedicação ecomprometimento

5.1.1 AprendizadoNossa política Relacionamento

AçõesValorizandoos produtosde Minas

4.1 4.2

3.13.2

p. 108p. 126p. 124

p. 117

p. 131

p. 132

p. 118

p. 110p. 112 p. 128

5.1

5

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Page 8: Livro 30 Anos ABC

Formação O socioambiental

Nosso meio ambiente e comunidadeResultados As ações socioambientais

Relacionamento

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76E

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6.16.2

p. 136 p. 142

p. 149p. 138 p. 144

p. 160

7.17.27.37.4

Page 9: Livro 30 Anos ABC

10

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p. 170Conquistas Nosso futuroObjetivos

Nossosagradecimentos

9.1 9.2

8.1 p. 174p. 176 p. 179

10

Page 10: Livro 30 Anos ABC

Este brilhante poema – “Ensinamento” –, de nossa querida

escritora Adélia Prado, faz-nos lembrar de nossa infância, quando,

cada um, a seu tempo, sonhávamos em ser fazendeiros.

Brincávamos, na fazenda de nossos pais, construindo pequeninos

currais que traziam em seu interior singelos bezerrinhos, feitos de

pequenas mangas e gravetos. Tempos de amores contidos, mas,

nem por isso, menos intensos entre pais e filhos. A exemplo do belo

texto poético, ali os sentimentos quase sempre não se

manifestavam por meio de palavras, mas, sim, e principalmente,

em atos de carinho de nossas mães e na firmeza dos olhares de

nossos pais.

Foram-se as brincadeiras. Novos sonhos e desejos vieram com

a adolescência. A vontade de tornar-nos “homens de verdade” já se

manifestava em nosso trabalho duro na fazenda de gado. No

entanto, a realidade no campo não se mostrava tão promissora

como antes. Novos caminhos e escolhas surgiram e juntos:

oportunidades, mudanças, desafios. E, assim, ainda adolescentes,

tornamo-nos aprendizes do nobre ofício de comprar e vender.

No início enfrentamos grandes dificuldades: os recursos eram

escassos e a estrutura bem pequena; o improviso era a regra; o

planejamento, exceção. Aos poucos fomos reinventando-nos como

8

PALAVRA DA PRESIDÊNCIA

E VICE-PRESIDÊNCIA1.1

ABC 30 ANOS

Oscarina Mendes do Amaral, mãe do

s.r Valdemar Martins do Amaral

Minha mãe achava estudo

a coisa mais fina do mundo.

Não é.

A coisa mais fina do mundo é o

sentimento.

Aquele dia de noite, o pai fazendo

serão,

ela falou comigo:

"Coitado, até essa hora no serviço

pesado."

Arrumou pão e café, deixou tacho no

fogo com água quente.

Não me falou em amor.

Essa palavra de luxo.

Ensinamento Adélia Prado

ABC, 30 anos.

Uma história com você

Valdemar Martins do Amaral Walchir Dias Amaral

comerciantes e, ao mesmo tempo, reinventamos também o nosso

negócio. Estabelecemos sólida parceria com fornecedores,

funcionários e clientes – tripé fundamental no nosso ramo de

atividade. Abrimo-nos para o mundo: aderimos ao associativismo e

firmamos reconhecido compromisso social com a comunidade.

Alicerçados nos sentimentos de fé e simplicidade, já presentes em

nossos corações, novos conceitos, como produtividade e

sustentabilidade, foram adotados por nós no dia a dia de nossa

empresa. E, a guiar a nossa atividade empreendedora, soberana,

reinou sempre a reconhecida vocação de inovar. O improviso de

antes deu lugar ao planejamento estratégico. Enfim, conhecemos a

maturidade!

Em 2012, alcançamos 30 anos de longa jornada. No decorrer

deste período, vencemos grandes desafios e festejamos

imensuráveis conquistas. Desta história, fazem parte milhares

pessoas: amigos, familiares, parceiros, fornecedores, funcionários,

governantes e, principalmente, clientes – todos contribuíram para

que a marca ABC se tornasse sinônimo de supermercado.

Este livro tem como objetivo documentar os momentos desta

história, reconhecer e creditar o trabalho empreendido e agradecer a

todos vocês que fizeram e fazem parte de nossas vidas.

Boa leitura!

Dezembro/2012

Page 11: Livro 30 Anos ABC

SUPERMERCADOS ABC

1

Page 12: Livro 30 Anos ABC

CRENÇAS E VALORES

Nós acreditamos em Deus, no nosso negócio e

nas pessoas. Somos simples, honestos, produtivos

e dedicados.

10

Distribuir produtos e prestar serviços de

qualidade, de forma competitiva, fortalecendo

parcerias com os fornecedores, atendendo às

necessidades dos clientes, colaboradores e

acionistas, buscando o desenvolvimento

sustentável.

MISSÃO, CRENÇAS

E VALORES1.2

MISSÃO

ABC 30 ANOS

Page 13: Livro 30 Anos ABC

CDACENTRO DE DISTRIBUIÇÃO E ADMINISTRATIVO

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Page 14: Livro 30 Anos ABC

2O ponto de partida foi uma modesta loja de 96 m ,

situada na rua Goiás, 1.409, centro, em Divinópolis. Nas

poucas prateleiras de ferro, mercadorias de primeira

necessidade: arroz, feijão, açúcar e óleo; no restante, artigos

de perfumaria e limpeza. Não havia açougue nem padaria,

tampouco hortifrutigranjeiros ou produtos de bazar. Um

pequeno número de funcionários desdobrava-se em

variadas tarefas e para pagamento das compras apenas um

caixa. Grande, mesmo, eram a fé em Deus e a vontade de

vencer de todos. Assim, em 13 de setembro de 1982, o ABC

abria as portas para a comunidade.

Hoje, 30 anos depois, a empresa tem 23 lojas e quatro

centrais de distribuição de produtos: três em Divinópolis e

outra no Ceasa em Contagem. Ao todo, são comercializados

cerca de 16 mil itens, entre produtos de mercearia, básicos,

perecíveis, hortifrutigranjeiros, açougue, padaria, bazar,

limpeza, perfumaria, restaurante, drogaria, adquiridos de

aproximadamente 1.000 fornecedores. Para dar vida a essa

estrutura, a empresa conta com mais de 3.000 funcionários

diretos e aproximadamente 300 indiretos.

Entre seus pares do ramo supermercadista, o ABC, como

é popularmente conhecido, ocupa a primeira colocação

regional, a quinta em Minas Gerais e 32.º no Brasil. A área de

atuação da empresa compreende um público consumidor

estimado em mais de um milhão de pessoas.

12

30 ANOS DOS

SUPERMERCADOS ABC1.3

ABC 30 ANOS

ABC 30 ANOS:

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Primeira loja do ABC – Rua Goiás, 1409 – Divinópolis

Page 15: Livro 30 Anos ABC

13UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Valdemar Martins do Amaral e Walchir Dias Amaral:

sócios fundadores dos Supermercados ABC

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Page 16: Livro 30 Anos ABC

14

O INÍCIO

1.3.1

ABC 30 ANOS

PRIMEIROS PASSOS

Valdemar Martins do Amaral mudou-se da Fazenda

Morro Vermelho, município de Nova Serrana, para

Divinópolis aos sete anos de idade para ingressar no curso

primário do Grupo Escolar Joaquim Nabuco. Na despedida,

os pais, Oscarina e Pedro Martins Filho, dedicaram-lhe uma

breve mensagem sobre o valor da humildade e

simplicidade, palavras que jamais seriam esquecidas por

Valdemar: “Meu filho, siga o conselho de Santo Tomás de

Aquino: 'Escolha entrar no mar pelos pequenos riachos'”.

Concluído o primário, Valdemar estudou no Colégio

São Geraldo e transferiu-se tempos depois para o Ginásio

Santo Antônio, em São João del-Rei, respeitada instituição

de ensino, mantida pela Ordem dos Frades Menores (OFM),

congregação religiosa fundada por São Francisco de Assis.

No final de 1963, voltou para a fazenda do pai, "Olhos

d'Água", município de São Sebastião do Oeste. Durante o dia,

Valdemar e o irmão Mozar trabalhavam na fazenda,

“fazendo” carvão e tirando leite. À noite, em Divinópolis,

Valdemar fazia o curso técnico de contabilidade no Colégio

Leão XIII e o irmão Mozar cursava o então chamado

“ginasial”.

"Meu filho, siga o conselho de Santo Tomás de Aquino:

'Escolha entrar no mar pelos pequenos riachos'".

Palavras de despedida de Dico Martins para o filho Valdemar.

Aos sete anos de idade, Valdemar foi estudar

na Escola Estadual Joaquim Nabuco – Divinópolis

Pedro Martins Filho e

Oscarina Mendes do Amaral, pais de Valdemar

Page 17: Livro 30 Anos ABC

15

O PRIMEIRO EMPREGO A PRIMEIRA EMPRESA

Em 1965, uma acentuada queda de preços da carne

e leite provocou uma grave crise na atividade rural em

todo o país. Com redução de sua renda na propriedade

rural, Valdemar decidiu procurar emprego em

Divinópolis. Sem deixar os estudos, foi trabalhar no

Cerealista São João, tradicional atacadista na época.

Ainda em operação, a empresa tem hoje outra

denominação e atividade: Fonte da Batata. Ali

aprendeu, especialmente, a comprar e a vender. Apesar

da pouca idade na época, 17 anos, Valdemar já viajava

para Goiás, São Paulo e Paraná, onde comprava o básico:

arroz, feijão, banha. “Fazia o trabalho com entusiasmo,

satisfação e com muita vontade de vencer na vida”,

relembra o empresário.

Em agosto de 1968, os irmãos Valdemar e Arlindo

Martins do Amaral e o cunhado Arlindo Amaral de Lacerda

adquiriram um pequeno armazém, com o sugestivo nome

de “Pague Pouco”, situado na rua Goiás, 1302, em

Divinópolis. Nele, vendiam-se os chamados “secos e

molhados”, como se denominavam, na época, os produtos

de primeira necessidade da casa. A fim de levantar recursos

para assumir o negócio, os irmãos Amaral contaram com a

providencial ajuda financeira do pai, Pedro Martins Filho,

conhecido popularmente por Dico Martins. “Ele fazia gosto

da gente trabalhar, ficava feliz com a iniciativa nossa de

querer progredir e, para ajudar, ele deu uma remessa de

gado para cada um dos filhos. Este foi o nosso capital inicial”,

conta Arlindo Martins Amaral. “Sim, eu dei 50 bezerros para

cada filho e filha, para eles começarem a vida; quem não

recebeu gado recebeu em dinheiro”, confirma Dico Martins.

Antes, porém, de entrar como sócio do armazém,

Valdemar teve que ser emancipado judicialmente pelos

pais, pois não tinha completado os 21 anos de idade exigidos

pela legislação para assumir a função. Já o irmão Arlindo,

que contava na época com 14 anos, não teve idêntico

privilégio: tornou-se sócio de fato, mas, não, de direito.

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Com 17 anos, Valdemar Amaral já viajava para Goiás,

São Paulo e Paraná, onde comprava o básico: arroz, feijão e banha

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Page 18: Livro 30 Anos ABC

16 ABC 30 ANOS

APRENDIZAGEM

O Armazém Pague Pouco era um pequeno varejo, que

entrou no mercado para competir com os chamados

empórios que vendiam por meio de cadernetas, com

pagamento mensal. Ao contrário destes, o Pague Pouco

vendia somente à vista, mas, a preço mais baixo. “O segredo

do preço baixo estava no fato de a gente comprar na fonte e

vender diretamente no varejo, eliminando assim a figura do

intermediário”, explica Valdemar. As compras eram feitas

diretamente das empresas produtoras na Ceasa (Contagem),

Goiânia e São Paulo. “Aprendemos muito com o

nosso primeiro negócio, foi o nosso teste inicial e nos saímos

bem, fato que nos animou bastante a prosseguirmos”, revela

o empresário.

Uberlândia,

A fim de equilibrar as finanças pessoais e do armazém,

os irmãos Valdemar e Arlindo trabalhavam parte do dia em

outras empresas do ramo atacadista de alimentos, enquanto

o cunhado Arlindo de Lacerda cuidava do negócio em

tempo integral. Para ajudá-los, Valdemar chamou a irmã,

Helena de Fátima Martins do Amaral, então com 12 anos.

“Com muita dedicação e carinho, Valdemar, foi me

ensinando tudo, desde como preencher um cheque a fazer a

contabilidade da entrada e saída de mercadorias”, relembra

com gratidão Helena. Cerca de um ano depois da aquisição

da empresa, Arlindo Amaral Lacerda vendeu sua parte no

negócio para Mozar Martins do Amaral, irmão de Valdemar

e Arlindo. Em fins de 1969, o Pague Pouco foi vendido.

ARMAZÉM

PAGUE POUCO

O teste inicial

Helena, irmã de Valdemar, começou a

trabalhar com 12 anos no Armazém Pague Pouco

Arlindo, irmão de Valdemar e um dos

fundadores da Comercial Divinópolis L.tda – Codil

Page 19: Livro 30 Anos ABC

17

Em 2 de janeiro de 1970, Valdemar, Arlindo, Dico

Martins e o genro José Silva de Almeida, mais conhecido

como Zezito, fundaram a Comercial Divinópolis L.tda

(Codil), empresa do ramo atacadista de alimentos. A Codil foi

então instalada num pequeno cômodo na rua Goiás, 1.409,

onde, atualmente, funciona uma agência do Banco do

Brasil, em Divinópolis, imóvel na época de propriedade de

Dico Martins. Anos depois, o local também abrigaria a

primeira loja da rede de Supermercados ABC. Na

composição do capital, os irmãos Arlindo e Valdemar

entraram com o dinheiro da venda do Armazém Pague

Pouco, Zezito com recursos próprios e Dico Martins pagou

suas cotas na empresa com uma caminhonete Chevrolet,

que iria ser usada em entrega de mercadorias em

Divinópolis e região.

A Codil, no princípio, enfrentou forte concorrência no

mercado. Naquela época, Divinópolis contava com outras

16 empresas que operavam no mesmo ramo. Recém-

formado em contabilidade, Valdemar levou para a nova

empresa, com o irmão Arlindo, “a experiência adquirida no

ramo atacadista e no primeiro negócio próprio”, relembra o

empresário. A seu favor, a Codil tinha também “um

excelente ponto comercial e uma grande vontade de vencer

dos sócios”, acrescenta Valdemar. As dificuldades iniciais da

empresa são lembradas por Zezito: “Foi um começo muito

sofrido na Codil. Valdemar trabalhava de motorista e junto

com José Geraldo descarregava mercadoria. Mozar e

Antônio igualmente. Já Arlindo gostava mais de dirigir;

todos os irmãos trabalhavam bastante”, conta Zezito.

CODIL: A FUNDAÇÃO

A COMERCIAL

DIVINÓPOLIS1.3.2

Zezito e sua esposa, Zelita

(irmã de Valdemar) – foi um começo muito sofrido na Codil

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Page 20: Livro 30 Anos ABC

18 ABC 30 ANOS

SUPERANDO DIFICULDADES

VENCENDO BARREIRAS

A dedicação ao trabalho e a seriedade dos sócios na

condução da empresa chamaram a atenção do mercado de

alimentos, e isso contribuiu para a abertura de novas

oportunidades de negócios. “O nosso relacionamento

começou na época em que os irmãos Valdemar e Arlindo e

outros membros da família montaram um pequeno centro

de distribuição (Codil) para atender os pequenos varejos da

região. Eu trabalhava na Copersucar, que fornecia açúcar e

derivados para a empresa. Naquela ocasião, foi muito difícil

porque a Codil ainda não tinha crédito aprovado para

compra nas grandes empresas que atuavam neste segmento

de mercado. Como eu tinha um bom relacionamento com

elas, recomendei a venda de seus produtos para a Codil, pois

se tratava de gente séria e honesta”, relata o representante

comercial Geraldo Magela Ribeiro, parceiro de primeira

hora da empresa. Pouco a pouco, no entanto, a Codil foi

ganhando credibilidade, superando os obstáculos e

consolidando-se no mercado atacadista no município e

região.

A década de 1970 foi de muitas mudanças no perfil dos

mercados atacadista e varejista, um fenômeno mundial.

Acompanhando as novas tendências, a Codil introduziu

várias inovações no mercado de alimentos. Algumas delas

encontraram, no início, algumas resistências dos clientes.

Um exemplo foi o lançamento do feijão-carioca em

Divinópolis. “O consumidor estava acostumado com os

tipos tradicionais de feijão, principalmente o rapé. Por

precaução, inicialmente, foram comprados pela Codil

somente cinco sacos da nova variedade para todo o mercado

divinopolitano. “Para convencermos o nosso cliente a

vender o novo produto, tivemos que colocar os primeiros

sacos em consignação. Ou seja, caso o varejista não vendesse

o feijão, ele poderia devolvê-lo para a Codil. No entanto,

como era esperado, a resposta do público consumidor foi

muito boa e, consequentemente, o feijão-carioca passou a

agradar também ao varejista”, conta Valdemar.

Passadas as dificuldades iniciais, com a Codil mais

capitalizada, sua composição acionária sofreu as primeiras

alterações. Dico Martins vendeu sua parte na empresa em

1972 e Zezito em 1974. “Eu comprei as partes deles e passei a

Arlindo Lacerda e sua esposa, Guiomar (irmã de Valdemar), pais de Valter Amaral

colocar meus irmãos na sociedade, pois eles podiam

trabalhar na empresa, alguns já até faziam isso; já meu pai e

Zezito eram apenas investidores”, justifica Valdemar. Eles,

inclusive, tinham outros afazeres: Dico Martins ocupava-se

com a lida da fazenda e Zezito era empresário do ramo

calçadista em Nova Serrana. Posteriormente, os outros

irmãos de Valdemar entraram como sócios na Codil.

Antônio Martins do Amaral, então com 21 anos, também

filho de Dico Martins e s

de como sócio em

1972, permaneceu na empresa até 1974. Segundo conta,

como parte da entrada na sociedade, ele deu um veículo

Mercedes 1111 – o primeiro caminhão da Codil. Ele

trabalhava na função de motorista fazendo entrega em

Divinópolis e região e realizando curtas viagens de compras

no Ceasa. “Minha passagem pela empresa foi muito

proveitosa, adquiri muita experiência, aprendi bastante

com os meus ex-sócios”, relata. Tempos depois de se desligar

da Codil, Arlindo de Lacerda valeu-se da vivência no

comércio de alimentos para fundar em Nova Serrana o

Supermercados Mac, hoje administrado pelo filho Valter

Amaral de Lacerda.

ócio da empresa, morreu em 1973,

vítima de doença renal. As cotas dele na sociedade foram

repassadas para o pai, Dico Martins. Arlindo Amaral de

Lacerda, que tinha entrado na socieda

Page 21: Livro 30 Anos ABC

19

Valter Amaral, filho de Arlindo Lacerda

e sobrinho de Valdemar

Murilo Martins do Amaral,

irmão de Valdemar

Ocupado com a fazenda, Dico Martins

vendeu sua parte da Codil em 1972

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

"Para convencer o nosso cliente a vender o novo produto,

tivemos que colocar os primeiros

sacos em consignação."

Valdemar, sobre os primeiros negócios

com feijão-carioca na região.

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Page 22: Livro 30 Anos ABC

20 ABC 30 ANOS

Para reduzir os custos das viagens de compras de

fornecedores no Paraná e Goiás, a Codil prestava serviços

de frete de cargas. Dirigido por Mozar Amaral, o veículo

carregado de gusa saía de Divinópolis para São Paulo,

onde a carga era entregue. De lá, o veículo seguia para o

Paraná com nova carga de terceiros. Do Paraná, carregado

de feijão, o caminhão retornava a Divinópolis. Nas

viagens para Goiás acontecia fato semelhante: carregado

de ferro-gusa, o caminhão seguia para São Paulo; de lá

com nova carga, também de terceiros, seguia para Goiás,

de onde retornava com o carregamento de arroz para

Divinópolis. Mais tarde, as viagens estender-se-iam até

Imperatriz, no Maranhão. No caso, o serviço de frete tinha

como destino Belém (PA). De lá, o caminhão, seguia para

Imperatriz, de onde retornava com o arroz. Durante quase

cinco anos, José Geraldo Amaral dirigiu o caminhão nas

viagens feitas para o Paraná a fim de comprar feijão. Ele

também fez entrega de produtos de primeira necessidade,

arroz, feijão, açúcar, óleo, em Montes Claros, norte de

Minas, de onde voltava com o caminhão carregado de

carvão vegetal para vender para as empresas siderúrgicas

de Divinópolis e região, tudo isso para aumentar a

margem de lucro da empresa. Até hoje, a Codil adota o

mesmo sistema, porém, com destino diferente: transporta

gusa para o Rio Grande do Sul, de onde continua trazendo

arroz. Valdemar conta também que era comum na

empresa fazer o chamado “comércio em cima de

caminhão”, isto é, a compra era feita na fonte e entregue

diretamente ao cliente varejista – sem a necessidade de

descarregar a mercadoria – o que reduzia custos e,

consequentemente, aumentava a margem de lucro do

negócio.

REDUZINDO OS CUSTOS

José Geraldo, irmão de Valdemar

Mozar Martins do Amaral, irmão de Valdemar

"Era comum na empresa fazer o chamado "comércio em cima de caminhão", isto

é, a compra era feita na fonte e entregue diretamente ao cliente varejista – sem a

necessidade de descarregar a mercadoria – o que reduzia custos e,

consequentemente, aumentava a margem de lucro do negócio", conta Valdemar.

Page 23: Livro 30 Anos ABC

21UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Em 1976, Valdemar casou-se com Eunice Fernandes e,

três anos depois, nasceu Thiago Fernandes Martins. Em

1982, o casal separou-se. Quatro anos depois, Valdemar

passou por uma delicada cirurgia cardíaca. Na mesma

época, o casal voltou a relacionar-se e nasceu, então, Thúlio

Fernandes Martins, mas a relação durou pouco. Após novo e

breve reencontro do casal, Valdemar acolheu legalmente a

pequena Thaís Carina Fernandes Martins.

CASAMENTO DE VALDEMAR

Thaís Carina Fernandes Martins,

filha de Valdemar

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Page 24: Livro 30 Anos ABC

22 ABC 30 ANOS

"Comecei trabalhando na limpeza; tempos depois, passei a

cobrador: rodava a cidade inteira de bicicleta para receber

dos clientes".Walchir Dias Amaral, que começou a trabalhar na Codil aos 11 anos.

EXEMPLO DE DETERMINAÇÃO

Walchir Dias Amaral nasceu em Divinópolis, filho de

Geraldo Dias Furtado, conhecido popularmente por Lau, e

Maria Nazareth Dias, filha de Dico Martins e Oscarina

Amaral. Logo após concluir o curso primário na Escola

Estadual Joaquim Nabuco, aos 11 anos, Walchir começou a

trabalhar na Codil. “Como não sabia fazer nada, comecei

trabalhando na limpeza; tempos depois, passei a cobrador:

rodava a cidade inteira de bicicleta para receber dos

clientes”, conta Walchir. Sem deixar o emprego, cursou o

secundário na Escola Estadual Dona Antônia Valadares e o

primeiro ano do curso científico, no antigo “Estadual”,

localizado no Porto Velho, hoje Escola Estadual Santo Tomás

de Aquino. Aos 15 anos, foi promovido na empresa a

vendedor. “Vendia principalmente arroz, feijão, banha, o

básico, pois naquele tempo não existia grande variedade de

itens como hoje”, lembra o empresário. Tempos depois,

Walchir voltou para a fazenda do pai, Geraldo Furtado. Ali,

tirava leite, cuidava do gado, roçava pasto. Paralelamente,

comprava pintinhos, criava, vendia. Com o dinheiro,

comprava leitões, que, após a engorda, eram negociados. Em

seguida, com os recursos apurados com a venda dos suínos,

adquiria bezerras e criava-as. Quando as vacas davam crias,

eram levadas para o pasto para engordar. Finalmente, os

machos eram vendidos a fim de comprar mais bezerras,

reiniciando o ciclo reprodutivo; já as vacas ficavam para dar

leite; este, por sua vez, virava “moeda de troca” pelo uso do

pasto. Quando completou 19 anos, Walchir voltou para a

Divinópolis para fazer o Serviço Militar. Como as atividades

no Tiro de Guerra não o permitia trabalhar na fazenda,

Walchir retornou ao emprego na Codil.

Fazenda das Tocas, de propriedade

de Geraldo Dias Furtado, pai de Walchir

Page 25: Livro 30 Anos ABC

23

Os pais de Walchir: Geraldo Dias Furtado

e Maria Nazareth Dias, irmã de Valdemar

Ainda na adolescência, Walchir

aprendeu os caminhos da negociação

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Page 26: Livro 30 Anos ABC

NASCE O ABC

1.3.3

Após o Serviço Militar, Walchir quis montar um

negócio próprio. Ele, então, propôs aos tios, sócios na Codil,

fundar uma loja de varejo também na área de alimentos.

Inicialmente, os tios ficaram surpresos, mas, como

conheciam o trabalho do sobrinho, demonstraram

confiança. Antes, porém, resolveram consultar o pai de

Walchir. Perguntaram, então, a Geraldo Furtado o que

achava do projeto do filho; como resposta receberam a

seguinte recomendação: “De uma coisa tenho certeza:

prejuízo vocês não terão com o Walchir.”

Com o aval de Geraldo Furtado, foi tomada a decisão de

se criar a nova empresa. Mas antes, Walchir teria que

resolver uma questão crucial: arrumar o dinheiro referente à

sua parte na sociedade. Ele foi, então, à fazenda do pai,

vendeu as 78 cabeças de gado que mantinha no pasto, e

apurou cerca de 900 cruzeiros, moeda circulante na época,

que correspondia a 60% do capital necessário. Os outros 40%

o pai prontificou-se a emprestar, com o compromisso de que

o dinheiro deveria ser devolvido no final de seis meses, sem,

porém, o encargo de juros. Trato cumprido fielmente pelo

filho.

Walchir revela que não foi feita nenhuma pesquisa ou

mesmo avaliação de mercado para constatar se o negócio

teria viabilidade econômica. “O que nos motivou, mesmo,

foi a vontade de trabalhar, de montar um novo negócio. Eu

sempre acreditei que quem tem vontade já tem a metade;

graças a Deus, deu certo.”

Em 1988, aos 25 anos, Walchir casou-se com Ermelinda

Silva Amaral, com quem tem dois filhos: Marco Túlio e João

Victor. “Minha vida mudou, passei a assumir com mais

seriedade as responsabilidades. Todo meu tempo passou a ser

dedicado à empresa e à família, e não podia ser diferente. A vida

de recém-casado, somada às atividades de empresário – numa

empresa que buscava consolidar-se no mercado – foi difícil;

mas, ao mesmo tempo, gratificante”, revela Walchir. “Ele foi

sempre muito dedicado à família. Quando os nossos filhos eram

pequenos, por exemplo, eles tinham dificuldades de dormir; às

vezes, Walchir ficava a noite inteira cuidando deles e logo de

manhã ia para a empresa, que vivia uma fase de consolidação

no mercado", conta Ermelinda. Ela acrescenta que “éramos os

dois para tudo, pois Walchir não queria pedir ajuda de nossos

familiares. Ele alegava que precisávamos resolver sozinhos os

nossos problemas e que isso, certamente, fortaleceria o nosso

casamento. E isso realmente ocorreu, ele estava certo".

Graduada em psicologia pela Funedi/Uemg – Divinópolis,

Ermelinda resolveu dedicar sua vida profissional ao

voluntariado. Há um ano, ela atende gratuitamente na

Paróquia da Catedral do Divino Espírito Santo, em Divinópolis,

durante três vezes por semana, uma média de 12 pessoas,

encaminhadas pelos padres da paróquia, após aconselhamento

espiritual. Em geral, são adultos e crianças em busca de

assistência psicológica para tratar distúrbios depressivos,

problemas de relacionamento conjugal e outros transtornos

que afetam as famílias. Ermelinda pretende brevemente fazer

um curso de especialização em terapia familiar, pois acredita

que “temos que investir na família, pois ela é a base de tudo”,

ensina.

CASAMENTO DE WALCHIR

24 ABC 30 ANOS

De uma coisa tenho certeza: prejuízo vocês não terão com o Walchir.

Geraldo Furtado, sobre o

projeto do filho com seus tios

“Temos que investir na família,pois ela é a base de tudo”

ensina Ermelinda

Page 27: Livro 30 Anos ABC

25

A escolha do nome da empresa obedeceu a uma

estratégia de marketing predefinida. A preferência era

por um nome pequeno, fácil de guardar, de apelo

popular e que refletisse a opção mercadológica de se

competir no mercado, oferecendo produtos de boa

qualidade a preços acessíveis. Assim, a nova empresa

recebeu o nome de ABC – Alimentos a Baixo Custo. A

marca ABC surgiu de forma circunstancial, como conta

Valdemar: "Eu acompanhava a descarga de caminhões

de óleo ABC. Era tudo carregado nas costas, porque não

tínhamos paletes nem empilhadeiras. Em determinado

momento, uma caixa caiu e uma das latas saiu rolando.

Nesse instante, eu olhei a marca do óleo e tive a certeza

de que tinha descoberto o nome que procurava para a

nova empresa”. O comerciante destaca que o termo ABC,

além de obedecer aos pré-requisitos da estratégia de

marketing, ao mesmo tempo apresentava outras

vantagens: “Primeiro, lembrava as primeiras letras do

alfabeto e ainda siglas conhecidas no mercado, o que

facilitaria a associação da nova empresa com o setor

varejista de alimentos. Exemplo: ABC lembrava o

Supermercado BBB, que operava na época em

Divinópolis, e ainda, Casa da Banha (CB), esta com forte

atuação em nível nacional na época; segunda

vantagem, ABC serviria de sigla para alimentos a baixo

custo, aditivo que poderia ser usado com a marca.”

Assim, a marca “ABC – Alimentos a Baixo Custo” obteve

de imediato plena aceitação entre os sócios.

A ORIGEM DO NOME ABC

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Page 28: Livro 30 Anos ABC

26 ABC 30 ANOS

OS PRIMEIROS TEMPOS DIREÇÃO DA EMPRESA

Passados seis meses de sua entrada no mercado, o

ABC adquiriu o primeiro caminhão, marca Mercedes,

popularmente chamado de modelo 3/4. Com Walchir ao

volante, de segunda à sexta-feira, eram feitas viagens de

compras de atacadistas do Ceasa em Contagem.

“Chegávamos a Divinópolis por volta de meia-noite e

íamos dormir; na manhã seguinte, as cargas eram

descarregadas: repunham-se os produtos nas gôndolas,

recolhia-se o dinheiro das vendas do dia e voltávamos

logo para o Ceasa para fazer novas compras”, conta o

empresário. Na difícil rotina, Walchir permaneceria por

cerca de dois anos, até que a empresa pôde contratar um

motorista, a fim de liberá-lo para ficar em tempo integral à

frente dos negócios.

As decisões no ABC, desde o início, eram tomadas em

conjunto pelos sócios da “empresa-mãe”, da Codil e de

Walchir. No entanto, a direção administrativa e operacional

da empresa cabia a Walchir Amaral, situação que se

manteria até a cisão do ABC com a Codil.

“Chegávamos a Divinópolis

por volta de meia-noite e

íamos dormir; na manhã

seguinte, as cargas eram

descarregadas: repunham-se

os produtos nas gôndolas,

recolhia-se o dinheiro das

vendas do dia e voltávamos

logo para o Ceasa para fazer

novas compras", conta Walchir.

Fo

to m

era

me

nte

ilu

stra

tiva

Page 29: Livro 30 Anos ABC

27

PROMOÇÕESINOVAÇÕES

Desde a fundação, o ABC investiu em estratégias de

relacionamento que garantissem a fidelidade dos clientes e

que, ao mesmo tempo, alavancassem as vendas. O ABC

introduziu em Divinópolis, por exemplo, um novo modo de

venda no varejo: a mercadoria não era mais pesada diante

do cliente, não se fazia entrega em domicílio e o pagamento

devia ser feito à vista. Mas, se a loja não mantinha serviços e

vantagens a que o cliente estivesse habituado, o que ela,

então, oferecia em troca para fidelizá-lo? “O produto a baixo

custo”, responde Walchir. Assim, adotando estratégias de

vender o produto a preço cada vez mais acessível ao bolso do

consumidor, o ABC passo a passo foi conquistando a

clientela.

O ABC foi também o primeiro supermercado da cidade

a recorrer às grandes promoções para incrementar as

vendas. Para atrair clientes era veiculada forte campanha

publicitária na mídia local. Algumas mercadorias eram

vendidas pelo preço de custo como, por exemplo, o

detergente; outros eram vendidos pelo preço “simbólico” de

1 centavo, no caso, sabonete. O ABC inovou também ao

lançar a “oferta-relâmpago” de mercadorias a baixo preço

para o cliente que estivesse na loja no momento. “Logo que

foram lançadas, as promoções tornaram-se um sucesso,

levando muita gente às compras e contribuindo bastante

para fidelizar a clientela”, conta Vânia Aparecida Amaral,

irmã e secretária do vice-presidente, Walchir. Segundo ela,

mesmo quem comprava por meio de caderneta em outros

estabelecimentos dava um jeito de arrumar dinheiro para

comprar à vista os produtos colocados em promoção. Casada

com Antônio Sérgio Salomé, mãe de Lívia Amaral, Vânia é

uma das primeiras funcionárias do ABC.

Mas como a empresa conseguia fazer promoções com

preços tão baixos? Quem revela o segredo é novamente

Walchir. “Com a alta inflação da época – meados da década

de 1980 –, o fabricante trabalhava com a tabela de preços de

produtos sempre atualizada, o que não acontecia com a

tabela das lojas. Então, o ABC não atualizava a sua tabela e

colocava os produtos em promoção com o objetivo de atrair

e fidelizar novos clientes. Consequentemente, as vendas

aumentavam e a empresa ganhava girando mais

rapidamente os estoques”, explica o empresário. Fato é que

os clientes ficavam bastante intrigados: eles não entendiam

como o ABC podia vender a preço bem abaixo daquele

praticado pelos concorrentes.

Vânia Amaral, irmã de Walchir

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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28 ABC 30 ANOS

SOLUÇÕES CRIATIVAS

O produto em pacote e exposto nas gôndolas também

causou grande desconfiança no consumidor ,

principalmente quanto ao peso. Isso, porque o cliente

estava acostumado ao sistema antigo: “acondicionado nos

chamados sacos de linhagem, o produto era, até então,

retirado por meio de concha, colocado no saco de papel e

pesado na balança na frente do freguês. “Fui a São Paulo,

comprei uma balança Filizola, equipamento com grande

credibilidade no mercado já naquela época e a coloquei no

centro da loja. Nela afixamos um cartaz com os seguintes

dizeres: “Queira por gentileza conferir o peso”, frase esta

criada gentilmente pelo professor José Dias Lara, respeitado

mestre de nossa cidade”, relata Valdemar Amaral. A

estratégia revelou-se eficaz: logo os clientes se habituaram a

levar o produto em pacote para casa.

Soluções criativas como esta, adotadas para enfrentar

circunstâncias adversas no dia a dia da empresa, são

creditadas à sabedoria do povo das Minas Gerais por

Valdemar Amaral. Como argumento, ele recorre ao ditado:

“O mineiro é assim: quando tem poeira, está à frente; quando

tem barro, está atrás e, quando a porteira abre, passa no

meio”.

“Queira por gentileza conferir o peso".

Page 31: Livro 30 Anos ABC

29

O gosto pela inovação, herdado da empresa-mãe, a

Codil, é uma das principais ferramentas de crescimento do

ABC, fato amplamente reconhecido pela comunidade. “O

ABC é precursor na inovação do mercado varejista em

Divinópolis. Nos seus 30 anos de história, o ABC mudou o

conceito de supermercados na cidade, igualando-se às

grandes redes mundiais e isso muito contribui para o

desenvolvimento do nosso comércio”, atesta Rafael Pinto

Nogueira, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de

Divinópolis (CDL). A capacidade inovadora da empresa

também merece o reconhecimento do empresário e

dirigente classista, Leides Nogueira: “Ao comemorar os 100

anos, a cidade de Divinópolis deve ao ABC a modernização

do abastecimento à sua população, por meio de uma

eficiente rede de supermercados”.

RECONHECIMENTO E EXPANSÃO

Rafael P. Nogueira,

presidente da CDL Divinópolis

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

"No comércio varejista, quanto

mais lojas uma empresa tem, mais

bem posicionada ela fica entre os

seus pares e, consequentemente,

mais poder de barganha detém

para negociar preços com

fornecedores; com isso, ela pode

praticar preços mais competitivos

com a clientela, o que faz

aumentar suas vendas e assim

sucessivamente", explica Walchir.

O comércio varejista de alimentos encontra-se entre os

mais competitivos do mercado. A formulação de estratégias

de crescimento, de aumento na participação no mercado, de

fidelização do cliente e de lucratividade é fundamental para

o sucesso do negócio. Assim, a expansão, por exemplo, é uma

necessidade da própria atividade econômica. Para manter-

se competitiva no mercado, a empresa tem que abrir novos

pontos de venda e investir na sua modernização; ocorre,

então, o chamado círculo virtuoso: “No comércio varejista,

quanto mais lojas uma empresa tem, mais bem posicionada

ela fica entre os seus pares e, consequentemente, mais poder

de barganha detém para negociar preços com fornecedores;

com isso, ela pode praticar preços mais competitivos com a

clientela, o que faz aumentar suas vendas e assim

sucessivamente”, explica Walchir. “A empresa que não

cresce padece. A economia cresce, a população cresce e então

ela tem que investir no seu desenvolvimento. Quando se diz

que uma empresa está estagnada, na verdade ela já está em

decadência, pois parou de crescer, enquanto tudo em sua

volta está desenvolvendo-se”, complementa Valdemar ao

justificar a decisão da empresa de abrir novas lojas ABC em

Divinópolis e outras regiões a partir de 1986.

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30 ABC 30 ANOS

Em 25 de março de 1986, o ABC abriu sua segunda loja,

localizada na rua Pernambuco, em frente ao Fórum Manoel

de Castro Santos, em Divinópolis. A nova unidade tinha 2área maior, 350 m , estava instalada na área central da

cidade e oferecia outra vantagem: dispunha de área de

depósito de mercadorias. Mais tarde, em 1996, esta loja foi

transferida para a av. 21 de Abril, 250, esquina com rua

Sergipe, onde se encontra até hoje. Atualmente, o imóvel

está sendo reformado e ampliado para transformar-se num

hipermercado.

AS NOVAS LOJAS

Atual fachada da loja da

Av. 21 de abril – Divinópolis,

que encontra-se em reforma

Page 33: Livro 30 Anos ABC

31

O PLANO CRUZADO

Em 28 de fevereiro de 1986, o Governo José Sarney

implantou o Plano Cruzado com o principal objetivo de

controlar a inflação. De um dia para o outro, o governo

federal estabeleceu, entre outras medidas, o congelamento

de bens e serviços, de salários, da taxa de câmbio e ainda

aboliu o cruzeiro para adotar o cruzado como unidade

monetária do país. O Plano Cruzado teve imediatamente

forte impacto na atividade econômica, especialmente, no

comércio varejista. Para assegurar o cumprimento do novo

plano econômico, o Executivo Federal adotou medidas

autoritárias, ameaçando fechar estabelecimentos e prender

quem desobedecesse às suas normas. Ao mesmo tempo,

numa atitude de caráter populista, elegeu cada brasileiro

como “fiscal do Sarney”. Tudo para assegurar o

cumprimento das medidas. O setor supermercadista foi um

dos principais alvos da autoritária vigilância

governamental: operações policiais passaram a ser rotina

nas lojas em várias partes do país. O ABC não passou ileso,

como relata Walchir: “Uma das exigências era que a

classificação do produto constasse na embalagem. Um

cliente da loja, então, observou que uma marca de arroz não

estava com a especificação correta e chamou a polícia. Isto

aconteceu num sábado de manhã. A polícia veio,

confessamos o erro e explicamos que a falha foi cometida

por falta de pleno conhecimento dos procedimentos recém-

exigidos na época pelo governo, mas não adiantou: na

condição de diretor da empresa, fui detido e levado para a

delegacia. Eu teria, segundo o delegado, que permanecer ali

até a segunda-feira seguinte. Mas, no sábado à noite,

constrangido com a situação, o delegado liberou-me

informalmente, com a condição de que eu voltasse na

madrugada de segunda-feira. Com tal artifício, ele quis dar a

impressão para a sociedade de que eu ficara preso todo o

final de semana. Cumpri o acordo, apresentando-me na

madrugada e, logo na manhã, fui liberado para fazer a

defesa da empresa. Dias depois, tudo ficaria esclarecido, com

a comprovação, por meio de documentos, de que não houve

má-fé de nossa parte”, concluiu.

Tranquilo, Walchir relatou o ocorrido sem expressar

mágoas ou ressentimentos. O episódio foi apenas mais uma

adversidade, entre tantas, vencidas pela empresa na sua

vitoriosa trajetória. Já no Plano Cruzado, depois de breve

sucesso, começou a apresentar graves problemas como, por

exemplo, o desabastecimento do mercado e a consequente

cobrança de ágio na aquisição das mercadorias, seguido de

saques em supermercados em várias cidades e fortes

protestos da população. Walchir lembra que foi um

momento muito difícil para a empresa. “Com a escassez de

produtos no mercado e com os preços congelados, não

tínhamos nenhum poder de compra entre os fornecedores,

alguns itens, em tese, comprávamos por um cruzado e

tínhamos que vender por 0,90 centavos de cruzado”. No

final de 1986, depois de assegurar expressiva vitória nas

urnas para os partidos de sua base de sustentação política, o

Governo José Sarney aboliu o plano.

Projeção da loja reformada

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Page 34: Livro 30 Anos ABC

32 ABC 30 ANOS

UM NOVO MARCO

1.3.4

Em 31 de agosto 1995, foi inaugurada a loja ABC da av.

Juscelino Kubitschek (JK), 1750, no Bom Pastor, em

Divinópolis, um dos bairros mais dinâmicos e promissores

da cidade. Mais uma vez, o ABC inovou ao implantar o

sistema de código de barras. “Com a nova tecnologia,

passamos a ter o controle da entrada e saída de produtos,

como também o controle financeiro e fiscal. Fomos o

primeiro supermercado do interior de Minas Gerais a

implantar a nova tecnologia. “O código de barras aumentou

o autosserviço, dando mais liberdade para os clientes dentro

da loja e, com isso, contribuiu para reduzir os preços,

possibilitou maior oferta de produtos, trouxe mais agilidade

no atendimento nos caixas; tudo isso, consequentemente,

elevou a produtividade na loja”, revela Valdemar.

No começo, houve leve resistência diante do código de

barras: o cliente não confiava em que o sistema fizesse uma

leitura fidedigna do preço do produto. Tornou-se, então,

necessária a contratação de funcionários para acompanhar a

conferência com o freguês. Logo, porém, a clientela

constatou que, além de seguro, o código de barras trazia

também grande agilidade ao atendimento dos caixas,

evitando, assim, a formação de filas. Diante da sua grande

aceitação, eficiência e benefícios, a tecnologia foi

implantada nas demais unidades de vendas logo em

seguida. Valdemar aponta, porém, um fator negativo na

adoção da nova ferramenta tecnológica: “Ela aumentou a

distância entre o cliente e a empresa: a relação entre as partes

ficou mais impessoal, e isso nunca é bom para o negócio”,

ensina o empreendedor.

No ano 1996, foram instaladas a Central de Distribuição

de Perecíveis (alimentos frios, laticínios e congelados) e a

Central Frigorífica (desossa de carne suína) – ambas

localizadas no bairro Porto Velho, na rua Tomás Gonzaga,

263, Divinópolis, ao lado da loja ABC.

INFORMATIZAÇÃO

Em 21 de março 1991, o ABC incorporou o

Supermercados CB, localizado na av. 1.º de Junho, 831, no

centro de Divinópolis. A instalação da terceira unidade de

vendas na cidade é considerada um marco na história da

empresa. “Significou uma grande virada em nosso negócio: 2saímos de conceito de loja de 350 m para uma loja de 1.500

2m , o que nos permitiu implantar as áreas específicas de

padaria, açougue e o chamado LFV (legumes, frutas e

verduras) e aumentar o mix de produtos em exposição em

outros setores,” destaca Walchir.

Em maio de 1993, o ABC adquiriu uma unidade de

venda da bandeira BBB, localizada na rua Goiás, 630, no

bairro Porto Velho, em Divinópolis. No local, a empresa

construiu sua primeira loja dentro do conceito de

supermercado. As demais lojas da rede foram instaladas em

cômodos comerciais ou galpões adaptados para

funcionarem como supermercados. A iniciativa também

representou um momento marcante na trajetória de

crescimento do ABC. Já em 2 de agosto de 1994, adquiriu

também o Supermercado Malta, localizado na av.

Magalhães Pinto, 543, no bairro Niterói, em Divinópolis.

Com as duas aquisições, o ABC alcançou o objetivo de

marcar presença em dois tradicionais bairros de Divinópolis:

Porto Velho e Niterói.

Loja da av. 1.º de Junho – Divinópolis

Page 35: Livro 30 Anos ABC

33UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

No ano de 1996, foram instaladas a Central de

Distribuição de Perecíveis (alimentos frios, laticínios e

congelados) e a Central Frigorífica (desossa de carne suína) –

ambas localizadas no bairro Porto Velho, na rua Tomás

Gonzaga, 263, Divinópolis, ao lado da loja ABC.

CENTRAIS DE DISTRIBUIÇÃO

Loja do bairro Porto Velho – Divinópolis

Loja do bairro Bom Pastor – Divinópolis

Loja do bairro Niterói – Divinópolis

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34 ABC 30 ANOS

CRESCENDO NA CRISE

A década de 1980, a chamada “década perdida” da

economia brasileira, foi caracterizada por uma persistente

hiperinflação, dívida externa insustentável e reduzido

investimento público e privado nas atividades produtivas.

Este cenário macroeconômico prolongar-se-ia até meados

da década de 1990, quando teve início o processo de

estabilização da economia. E foi justamente nessa

conjuntura totalmente adversa ao investimento privado

que o ABC foi fundado e consolidado como empresa.

“Apesar da conjuntura econômica totalmente desfavorável

no país nos primeiros 15 anos da empresa, o ABC, desde sua

criação, manteve contínuo e sólido crescimento graças ao

espírito empreendedor e a capacidade administrativa de

Valdemar e Walchir", constata Afonso Gonzaga, presidente

da regional Centro-Oeste da Federação das Indústrias de

Minas Gerais (Fiemg). Segundo o dirigente empresarial, a

história do ABC destaca-se também pela grande parceria

firmada com as pequenas e médias empresas de

Divinópolis, pela prioridade dada à produção da agricultura

familiar e, ainda, pela conquista, com méritos, da liderança

no setor supermercadista na região. “Os 30 anos do ABC são,

em resumo, um troféu de reconhecimento do extraordinário

talento que Valdemar e Walchir demonstram na condução

de seus negócios”, afirmou Gonzaga. A competência

empreendedora dos acionistas do ABC é endossada também

por Mozar Martins do Amaral, ex-sócio da Codil. “Eles são

Afonso Gonzaga, presidente da Fiemg Centro-Oeste

INCÊNDIO NA CODIL

Em 3 de outubro de 1998, um curto-circuito na rede

elétrica provocou um incêndio na Codil, o que resultou em

perda de cerca de 50% do estoque de mercadorias do

atacado. O incidente, ocorrido num final de semana, não

afetou, porém, a distribuição de produtos para as lojas ABC.

Murilo Amaral, que dirigia o setor de atacado da empresa na

época, elogia a solidariedade demonstrada pelos

fornecedores. “Eles prorrogaram o prazo para pagamento

das compras feitas, aumentaram o prazo das novas compras

e elevaram as bonificações. Foi uma atitude muito bonita,

que, com o apoio dos funcionários e vendedores, nos ajudou

a superar as perdas, sem comprometer o desempenho da

empresa”, relembra.

Murilo Martins do Amaral, irmão de Valdemar

animados, arrojados e disciplinados. A empresa é

organizada e muito bem administrada. Eles merecem o

sucesso que estão alcançando”, destaca. Valdemar e Walchir

são extremamente dedicados ao trabalho, estão sempre

preocupados em modernizar a empresa, são corajosos para

investir em novos negócios. Eles estão sendo

recompensados por tudo que fizeram pela empresa ao longo

dos anos”, complementa José Geraldo Amaral.

Page 37: Livro 30 Anos ABC

35

"Buscar o equilíbrio entre o ter e o ser, gerando emprego

e melhorando a qualidade de vida das pessoas".

Valdemar, sobre sua missão de vida.

Mas, para pôr em prática a nova missão, Valdemar teria

que tomar uma decisão a respeito de sua situação

empresarial. Decisão que não foi tomada de imediato.

“Refleti durante muito tempo e no final cheguei à conclusão

de que o comércio varejista de alimentos me proporcionaria

melhores condições para alcançar o meu objetivo. Numa

reunião com os meus irmãos, sócios na Codil e no ABC,

expliquei minhas razões e, então, fiz a proposta de cisão das

duas empresas, e finalizei dizendo que gostaria de ficar

somente no ABC. Eles aceitaram e, então, fiz o convite para o

nosso sobrinho Walchir para que continuasse comigo, a

partir dali, no varejo. Ele concordou prontamente. E assim

foi feito”, revela o empresário. A cisão das empresas ocorreu

de fato em 1998, legalmente, porém, foi concretizada em 6 de

agosto de 1999.

CISÃO DA CODIL E ABC

Em 30 de novembro de 1996, com a empresária

divinopolitana Aparecida Malta, Valdemar foi sequestrado

e mantido em cativeiro durante 53 dias. O sequestro chegou

ao fim após vários enfrentamentos entre policiais e

sequestradores e longa investigação. O episódio, embora

tenha sido uma experiência dolorosa, foi também um

momento de grande aprendizagem para o empresário.

“Durante os longos dias de reclusão forçada”, conta

Valdemar, “fiz uma proveitosa reflexão sobre a minha vida.

Toda aquela situação mexeu profundamente com minha

maneira de ver o mundo; saí de lá muito sensível. Aquele

episódio, na verdade, me levou a descobrir a minha missão

de vida que é: 'buscar o equilíbrio entre o ter e o ser, gerando

emprego e melhorando a qualidade de vida das pessoas'".

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Page 38: Livro 30 Anos ABC

36 ABC 30 ANOS

Em 7 de dezembro 1999, foi inaugurado o

Hipermercado ABC, na rua Goiás, 1.515, no centro da cidade,

outro fato marcante na história do grupo empresarial. Com

projeto arquitetônico inovador e área construída de 10.500 2m , a loja causou grande impacto no comércio varejista de

Divinópolis. O “Híper”, como passou a ser popularmente

conhecido, possibilitou à empresa oferecer, num mesmo

local, uma grande variedade de produtos para os mais

variados públicos consumidores da cidade e região. “O

cliente passou a ter mais espaço e mais mercadorias e

serviços à disposição. Os consumidores, com algumas

exceções, gostam de pesquisar produtos, marcas, preços;

acompanhar lançamentos e encontrar amigos; ir à loja fazer

compras não é só uma necessidade, é também lazer e

entretenimentos”, ensina Walchir. O novo formato de loja,

um verdadeiro centro de compras, logo caiu no gosto da

população divinopolitana.

INAUGURAÇÃO

DO HIPERMERCADO

Híper Centro – sua construção foi um

fato marcante na empresa e no comércio

varejista de Divinópolis

Walchir Dias Amaral

Page 39: Livro 30 Anos ABC

37

Na construção de seu primeiro hipermercado, o ABC

contou, em parte, com economias próprias. “Nós

mantivemos, desde o início, o procedimento de sempre

reinvestir o lucro em nosso próprio negócio, e uma das

nossas prioridades é, justamente, a expansão da estrutura

física, com a ampliação e abertura de novas lojas”, explica

Valdemar. O restante dos recursos financeiros veio por meio

de financiamento via Banco de Desenvolvimento de Minas

Gerais (BDMG), iniciativa inédita na empresa, pois não

havia a prática do trabalho com recursos de terceiros. No

entanto, com a experiência bem-sucedida, o ABC passou a

usar cada vez mais o financiamento bancário para construir

novas lojas e instalações da empresa. “Sempre procuramos

manter o crédito, e isso é fundamental para a expansão de

nossa empresa. O crédito é uma plantinha frágil que temos

que regar todo o dia”, lembra Valdemar.

O VALOR DO CRÉDITOMINEIRICE

Ao espírito desconfiado do divinopolitano, como bom

mineiro que é, não passaram despercebidos, porém, a

rapidez e o sistema de pré-fabricados adotado para a

construção da loja – uma novidade na época no município.

A adoção da nova técnica de edificação permitiu que a loja

ficasse pronta em apenas 107 dias, contados desde a

demolição do antigo prédio até os trabalhos finais de

acabamento. Alguns clientes, então, relutavam em entrar

no hipermercado, pois temiam que o imóvel viesse abaixo.

No entanto, o tempo encarregou-se de provar a solidez da

obra, dissipando a desconfiança dos mais ressabiados.

"O crédito é uma plantinha frágil

que temos que regar todo o dia",

ensina Valdemar

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Page 40: Livro 30 Anos ABC

38 ABC 30 ANOS

A partir de novembro de 2000, a empresa mantém uma

unidade de apoio na Ceasa, em Contagem. Por intermédio

dela, é feita a aquisição de frutas, legumes, verduras e

produtos complementares de linha seca para serem

encaminhados em seguida às lojas da rede ABC. Com a

expansão dos negócios, uma nova loja foi construída na

Ceasa, em 2008, para abrigar a unidade de apoio.

Em 11 de janeiro de 2001 teve início o processo de

regionalização da bandeira ABC. “Abrimos, então, a loja em

Formiga. Era a primeira experiência fora de Divinópolis e

serviu como grande aprendizado para nós”, conta Walchir.

Em seguida, foram instaladas lojas em Oliveira, em 19 de

janeiro de 2001; Campo Belo, 5 de novembro de 2002; e

Itaúna, 6 de fevereiro de 2003.

O vice-presidente, Walchir Amaral, aponta que “os

principais critérios para a escolha de municípios para

instalação de lojas são: o potencial de consumo da

população que assegure um volume de vendas compatível

com o investimento e localização geográfica que

proporcione uma boa logística na distribuição de produtos,

visibilidade e acesso fácil do cliente à loja”.

Em 2003, foi inaugurado também o Centro de

Distribuição e de Administração (CDA), no Anel Rodoviário

Tancredo Neves, 5.455, no bairro Bom Pastor, em 2Divinópolis. Com área total de 5.500 m , ele se constituiria

noutro marco na vida da empresa. Ali funcionava a sede

administrativa e eram recebidos e armazenados todos os

produtos, exceto carnes, para ser encaminhados às lojas,

assim, como ocorre hoje no novo CDA.

A partir de 2003, o cenário macroeconômico brasileiro

passou a registrar expressiva elevação da renda e do

emprego no país, com consequente aumento do consumo, o

que criou condições amplamente favoráveis para a

expansão dos negócios. Alicerçado nessa conjuntura

positiva, o ABC acelerou a expansão de suas atividades no

Oeste de Minas. Em 21 de agosto de 2003, o ABC inaugurou a

loja de Pará de Minas. Já Santo Antônio do Monte passou a

contar com o Supermercado ABC a partir de 23 de junho de

2005 e Arcos a partir de 6 de julho de 2006. Em 10 de agosto de

2006, foi aberta a segunda unidade de vendas em Itaúna. No

ano seguinte, a bandeira ABC chegou ao mercado de Araxá,

no Alto Paranaíba, cerca de 300 quilômetros de Divinópolis.

Em razão das boas perspectivas de negócios no município, o

grupo ABC instalou três lojas num curto período: 11 de julho

de 2007, 7 de agosto em 2007 e 30 de junho de 2008,

respectivamente.

Em 2005, por iniciativa do presidente, Valdemar

Amaral, e do atual vice-presidente de Finanças, Thiago

Martins, o ABC lançou no mercado o cartão de crédito

“Garantido”, voltado principalmente para os clientes que

não dispõem de conta bancária, mas que gostariam de ter

acesso a financiamento para realizar suas compras. Para

administrar o negócio, foi criada a empresa Financial

Administradora de Cartões L.tda. Hoje, o Garantido atende

os clientes do ABC, Supermercados MAC (Nova Serrana) e da

Rede Alvorada de Supermercados, empresa parceira, com

matriz em Pouso Alegre e que opera em vários municípios

do sul de Minas. O cartão, desde o seu lançamento, é um

sucesso entre os consumidores. Hoje, cerca de 100 mil

clientes podem fazer compras a prazo nas lojas das três redes

supermercadistas e em dezenas de empresas conveniadas.

A EXPANSÃO

1.3.5

INAUGURAÇÃO DE LOJAS

CARTÃO GARANTIDO

Ceasa - Contagem

Ainda em 2007, Thiago Martins casou-se com

Fernanda Sousa Mendonça e, em 2009, nasceu a primeira

neta de Valdemar: Natallie Mendonça Martins.

CASAMENTO DE THIAGO

Page 41: Livro 30 Anos ABC

ABC Atacadista de Oliveira

39

Loja de Formiga

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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40 ABC 30 ANOS

Loja da Praça Luiz Ribeiro – Itaúna

Loja de Campo Belo

Page 43: Livro 30 Anos ABC

Loja de Pará de Minas

Loja de Santo Antônio do Monte

41UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Page 44: Livro 30 Anos ABC

42 ABC 30 ANOS

Loja de Arcos Loja da rua Zezé de Lima – Itaúna

Loja da av. João Paulo II – Araxá

Loja da av. Senador Montandom – Araxá

Loja da av. Aracely de Paula – Araxá

Page 45: Livro 30 Anos ABC

Centro de Distribuição e

Administração (CDA) foi

inaugurado em 2003

Page 46: Livro 30 Anos ABC

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Em busca da excelência empresarial, o ABC iniciou, a

partir de 23 de março de 2007, o projeto de aperfeiçoamento

da gestão por meio de metodologias avançadas de

gerenciamento por resultados. Já em dezembro de 2007, foi

implantado o planejamento estratégico pela definição da

missão, visão, crenças e valores da empresa, fato marcante

de uma nova fase da modernização de sua gestão. Segundo

explica o assessor de gestão da governança corporativa,

Anderson Rodrigues, o programa conta com três linhas de

ação: primeira, investimentos em infraestrutura e em novas

tecnologias; segunda, desenvolvimento de pessoas, com

adoção de programas de qualificação e capacitação de

funcionários nos aspectos; técnico, atendimento e liderança;

terceira, adoção de novas metodologias de aperfeiçoamento

da gestão comercial, operacional e administrativa.

"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e

esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.

O que ela quer da gente é coragem".(GUIMARÃES ROSA.)

Anderson Rodrigues, assessor de Gestão

Reconstrução da CDA,

após o incidente de 2008

Page 47: Livro 30 Anos ABC

45

Um grave incidente, porém, pôs à prova a notável

capacidade empreendedora demonstrada pela empresa até

então. Em 18 de setembro de 2008, aconteceu um grande

incêndio no Centro de Distribuição e Administração (CDA).

Nele funcionavam os escritórios da sede administrativa da

empresa e estavam estocados os produtos da linha seca,

destinados a suprir as lojas. Tudo começou com um curto-

circuito na chave geral de distribuição de energia e, logo, as

chamas alastraram-se por todo o prédio através da rede

elétrica. O fogo queimou mercadorias, máquinas e

equipamentos e deixou a estrutura do prédio

definitivamente comprometida. Somente o imóvel anexo,

que abriga o restaurante, não foi atingido pelas chamas. “De

um dia para o outro, tudo acabou, todos os funcionários,

cerca de 250, não tinham sequer uma cadeira para

trabalhar”, relembra Walchir.

Para garantir a distribuição dos produtos nas lojas,

imediatamente foi feito um acordo com os fornecedores. As

entregas das compras passaram, nos primeiros dias, a ser

feitas diretamente nas unidades de venda, e o prazo para

pagamento de produtos e serviços foi prorrogado. Dessa

forma, fornecedores deram também sua inestimável

contribuição no difícil momento vivido pelo ABC. Os

funcionários, por sua vez, formaram uma “corrente de

solidariedade” e trabalharam durante meses em estruturas

improvisadas num galpão alugado às pressas na av.

Autorama, em Divinópolis. Ali se concentraram as

atividades administrativas e de distribuição de produtos.

“Todos se uniram e se esforçaram para superar aquela

situação difícil, foi, um momento também de grande

aprendizado para nós: a improvisação fez a gente trocar mais

conhecimentos e sermos mais solidários uns com os outros;

isso trouxe benefícios profissionais e pessoais para todos”,

lembra Dilma Oliveira Silva Gonçalves, gerente comercial

de Alimentos. Na mesma noite do incêndio, com as chamas

porém,

ainda não totalmente debeladas, Walchir sentou-se à mesa

do restaurante do antigo CDA para fazer o esboço do projeto

arquitetônico de um novo prédio. Dez meses após o grave

incidente, o projeto virou realidade e o resultado

surpreende, a começar pela área construída, que foi mais

que triplicada, passando de 5.500 m² para 17.300 m².

Walchir, ao fazer um balanço do sinistro, aponta: “O lado

negativo do incidente é que não estávamos preparados,

fomos pegos de surpresa; o positivo é que nós tivemos a

oportunidade única de reestruturar e renovar tudo, isto é,

começar do zero. Para fazer isso, tínhamos três coisas

importantes: o terreno, a experiência de vida e profissional e

a fé em Deus. Tudo contribuiu para que fóssemos felizes na

nossa tarefa”. A reconstrução do CDA foi feita com recursos

próprios e da indenização do sinistro paga pela empresa

seguradora. Como vice-presidente de Logística e

Infraestrutura, Walchir é responsável na empresa pelos

projetos de manutenção, reforma, ampliação e construção

de novas lojas – “trabalho que realiza com grande

satisfação”, declara.

O presidente da regional Centro-Oeste da Federação das

Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Afonso Gonzaga,

relembra o fato e afirma que “a reconstrução do CDA é a

prova mais contundente da capacidade de gestão do grupo.

De noite para o dia, tudo veio abaixo; dez meses depois, as

novas instalações passaram a abrigar o maior centro de

distribuição de produtos da região oeste de Minas”, enfatiza

o dirigente classista.

GRANDE DESAFIO

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

O gosto por projetos de engenharia e arquitetura vem

da infância do empresário, segundo conta Maria Nazareth

Dias. “Com quatro anos, Walchir já gostava de brincar de

construir pontes, currais, como também casas, prédios, estes

erguidos com tijolinhos de barro que ele mesmo 'fabricava'

utilizando moldes de madeira”, revela a mãe.

CONSTRUTOR NATOS

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Page 48: Livro 30 Anos ABC

46 ABC 30 ANOS

O CDA conta com um auditório para 100 pessoas, que é

utilizado para palestras, seminários, debates e cursos de

capacitação dos funcionários, entre outros usos. Desde a

reinauguração, nele é celebrada mensalmente uma missa,

quase sempre pelo padre Reni Nogueira dos Santos, reitor

do Santuário de Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, em

Divinópolis, e um culto evangélico, ministrado por diversos

pastores da região. O atos religiosos contam

tradicionalmente com a presença de diretores e

funcionários da empresa e convidados e ocorrem sempre às

sete horas da última sexta-feira de cada mês (missa) e às sete

horas da última quarta-feira de cada mês (culto). O nome

dado ao Centro Cultural, Oscarina Mendes do Amaral,

falecida em 1985, é uma homenagem à matriarca da família

e esposa de Dico Martins.

Em 26 de fevereiro de 2009, o ABC adquiriu o

Supermercados Amigão, situado no bairro Nossa Senhora

das Graças, em Divinópolis, que, desde então, passou a

operar com a bandeira ABC.

CENTRO CULTURAL

OSCARINA MENDES DO AMARAL

NOVA AQUISIÇÃO

REDE DE DROGARIASDentro do projeto de expansão de suas atividades no

município, o ABC decidiu investir em novo segmento do

mercado de alimentos, tendo como público-alvo os

chamados “clientes transformadores”. São restaurantes,

bares, pastelarias, pizzarias, padarias, hotéis, motéis, bufês,

ou seja, estabelecimentos e empreendedores individuais

que compram o produto para revendê-lo em unidades ou

para transformá-lo em nova mercadoria para a clientela.

Para atender esse promissor segmento do mercado, foi

inaugurado em 18 de março de 2010, o ABC Atacadista,

localizado na rua Paraíba, 3.250, no bairro Rancho Alegre, no

Anel Rodoviário de Divinópolis.

ABC ATACADISTA

Dentro do conceito de hipermercado como centro de

compras, colocado em prática em 1999, com a inauguração

do chamado Híper Centro em Divinópolis, o ABC inicia a

instalação de uma rede de drogarias em suas lojas a partir de

2009. É mais uma estratégia para fidelizar a clientela,

oferecendo mais opções de produtos, desta vez,

medicamentos, suplementos alimentares, perfumes, entre

outros. A primeira loja a receber uma drogaria foi o Híper

Centro em Divinópolis; em seguida, foram contempladas as

unidades de vendas de Lagoa da Prata, Pará de Minas,

Formiga, Divinópolis (lojas ABC Bom Pastor e Híper São

José), Oliveira e Lavras.

Funcionários almoçam no Centro de Distribuição e Administração

Padre Reni Nogueira dos Santos

Page 49: Livro 30 Anos ABC

47

Centro cultural

Oscarina Mendes

do Amaral

Em 2010, o ABC inaugurou

sua 1.ª unidade atacadista

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Loja do bairro Nossa Senhora das Graças

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Page 50: Livro 30 Anos ABC

48 ABC 30 ANOS

O ABC inaugurou em 27 de maio de 2010, em Lagoa da

Prata, a primeira “loja verde” do interior de Minas Gerais.

Com projetos de arquitetura e engenharia elaborados a

partir do conceito-chave de sustentabilidade, a loja conta

com iluminação natural, piso orgânico, bicicletário, cota

extra de vagas na garagem para veículos que utilizem o

etanol, reservatório de água de chuva, entre outros

equipamentos e serviços focados na preservação ambiental.

A loja verde passou a ser referência no planejamento das

novas lojas ABC que estão sendo ou foram construídas desde

então.

A1. LOJA VERDE

Valdemar Amaral e Marlete Rodrigues Garcia Goulart

Amaral casaram-se no dia 22 de maio de 2011. Ela é

advogada, empresária do ramo de comunicação e tem dois

filhos. Eles se conheceram em 2009 e logo passaram a

relacionar-se. Num depoimento emocionado, ela traça um

perfil e declara profunda admiração pelo marido: “Quando

penso em empreendedores, penso na equipe ABC. Tomo

emprestada a teoria do Michel Jordan para ilustrar a visão

que tenho da empresa ABC: 'Com talento ganhamos

partidas, com trabalho em equipe ganhamos campeonatos'.

Faz toda a diferença a equipe formada pela rede nestes

últimos 30 anos. Nem a velocidade do crescimento da

empresa foi capaz de fazer com que seus governantes se

esquecessem dos valores inerentes a cada um dos

executivos, que juntos os transformaram em valores a serem

perseguidos pela empresa: a crença em Deus, a humildade, o

trato com as pessoas e a dedicação fazem das lojas ABC o

melhor lugar para se comprar. A marca ABC faz brotar em

nós consumidores um sentimento de desejo, o de estar em

casa, e de levar para casa o melhor produto, e isto somente é

possível pela credibilidade que a marca impõe no mercado.

NOVO CASAMENTO

E, como esposa do Valdemar, sou acometida pela suspeição,

mas ainda assim me atrevo, porque o que digo não é apenas

o ponto vista de uma esposa que ama, mas expresso aqui o

sentimento de todos, que têm o privilégio de conhecê-lo

como ser humano e, como tal, é o mais digno, humilde,

arrojado, dedicado e comprometido com as pessoas ao seu

redor e com seu trabalho; são poucas pessoas assim como ele,

empresários em extinção, porque para mim as palavras ditas

por ele são bonitas, mas as atitudes são mais importantes

para quem o observa,. Como espectadora, aprendi com ele

como deve ser uma pessoa, que ambiciona tornar-se um

grande empresário e como ser melhor como ser humano”.

A loja de Lagoa da Prata foi construída

com o conceito de Loja Verde

Page 51: Livro 30 Anos ABC

49

REESTRUTURAÇÃO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA

GOVERNANÇA

1.3.6

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Diante da constatação de que a acelerada expansão dos

negócios, nos últimos anos, havia deixado sobrecarregada

de trabalho a sua direção, foi realizada, em 2011, uma

reestruturação na Governança Corporativa do ABC. A

estrutura administrativa passou então a contar com três

novos cargos: executivo de Vendas, Marketing, Prevenção

de Perdas e Comércio Exterior, assumida por Thúlio

Fernandes; a Vice-Presidência de Finanças e Gestão,

ocupada por Thiago Fernandes; e a Vice-Presidência

Comercial, ocupada pelo executivo Ronaldo Alves Peixoto.

Os demais cargos, com seus respectivos ocupantes, não

sofreram alteração: Presidência, Valdemar Martins do

Amaral; Vice-Presidência de Logística e Infraestrutura,

Walchir Dias Amaral; e a Vice-Presidência de

Administração e Tecnologia, Vicente Bolina de Oliveira.

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Page 52: Livro 30 Anos ABC

50 ABC 30 ANOS

Valdemar Martins do Amaral, 64 anos, casado, três

filhos, é um dos sócios fundadores da empresa. Com 44 anos

de experiência no ramo atacadista e varejista de alimentos,

ocupa a Presidência do ABC. Ele participa da elaboração e

aprovação do planejamento estratégico da corporação e

supervisiona sua execução; integra a diretoria da Rede Brasil

de Supermercados, sociedade anônima que tem a

participação acionária do ABC; representa a corporação no

mercado, órgãos públicos, entidades da sociedade civil e na

comunidade e, ainda, faz prospecção de novas

oportunidades de negócios e de investimentos no mercado.

Ele representa também a empresa nas entidades classistas

do ramo supermercadista nos níveis estadual e nacional.

Atualmente é presidente do conselho superior da

Associação Mineira de Supermercados (Amis).

Walchir Dias Amaral, 50 anos, casado, dois filhos, é

também sócio fundador do ABC. Com 38 anos de

experiência no ramo atacadista e varejista de alimentos,

ocupa a Vice-Presidência de Logística e Infraestrutura da

corporação. Ele coordena a logística de distribuição de

produtos para as unidades de vendas e é responsável pela

gestão da área de commodities. Na área de infraestrutura,

coordena as ações de manutenção, reforma, ampliação e

construção de novas unidades. Ele faz ainda a prospecção de

novas oportunidades de negócios e de investimentos no

mercado na área de infraestrutura.

PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE DE LOGÍSTICA E

INFRAESTRUTURA

Valdemar Martins do Amaral Walchir Dias Amaral

Page 53: Livro 30 Anos ABC

51

Vicente Bolina de Oliveira, 56 anos, divorciado, duas

filhas, é administrador de empresas, contador e advogado.

Com experiência de 40 anos no ramo atacadista e varejista

de alimentos, exerce o cargo de vice-presidente de

Administração e Tecnologia do ABC. Iniciou sua vida

profissional aos 15 anos nas Organizações Gazire e Sadala

(Orgasa) de Belo Horizonte, trabalhou posteriormente na

Petróleo Ipiranga. Em seguida, retornou à Orgasa, que,

tempos depois, foi incorporada pela Rede Supermercados

EPA. O jovem executivo, então, assumiu, sucessivamente, a

gerência financeira, a gerência administrativa e a

superintendência-geral da nova empresa. Depois de onze

anos de trabalho no EPA, Vicente Bolina voltou a Santo

Antônio do Monte, cidade natal, para trabalhar em

consultoria empresarial. Em janeiro de 1993, foi convidado a

assumir a direção da área administrativa e financeira do

ABC e a participar de sua governança corporativa.

Ronaldo Peixoto, 50 anos, viúvo, dois filhos, mineiro de

Divino, Zona da Mata, administrador de empresas, ocupa a

Vice-Presidência Comercial do ABC. Iniciou sua vida

profissional em Belo Horizonte, como oficce-boy no Grupo

Sindi – Sistema Integrado de Distribuição L.tda, composto

pelo Supermercado Pague Pouco, Kit-Alimentos a Baixo

Preço e Apoio Atacado. Depois de ocupar cargos gerenciais

na área administrativa e comercial da empresa, assumiu sua

direção em 1992. Em 1998, integrou a equipe que implantou

a Rede de Supermercados Super Nosso na capital mineira e

nela permaneceu durante 10 anos. A partir de 2008, dirigiu o

Supermercado Zona Sul, no Rio de Janeiro. Em julho de

2011, foi convidado a integrar a diretoria do ABC. Ele é

responsável pelo planejamento e gestão da área comercial

da empresa.

VICE-PRESIDENTE DE

ADMINISTRAÇÃO E TECNOLOGIA

VICE-PRESIDENTE COMERCIAL

Vicente Bolina de Oliveira Ronaldo Peixoto

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Page 54: Livro 30 Anos ABC

52 ABC 30 ANOS

Thiago Fernandes Martins, divinopolitano, 33 anos,

casado, uma filha, exerce o cargo de vice-presidente de

Gestão e Finanças. Ele começou a trabalhar aos 17 anos no

Centro de Compras e Distribuição ABC, localizado no Ceasa

em Contagem. Apesar da pouca idade, de imediato assumiu

a importante função de gerente de compras e distribuição de

produtos para as lojas. Ele permaneceu no CD-Ceasa até

2000, quando resolveu investir em negócio próprio. Por

cerca de dois anos, Thiago dirigiu a Adição, empresa

também localizada no Ceasa em Contagem e igualmente do

ramo de hortifrutigranjeiros. No início de 2003, resolveu

vender a Adição ao grupo ABC e retornar a Divinópolis para

trabalhar no setor de logística da empresa. No período em

que trabalhou em Contagem, cursou administração de

empresas na UNA e pós-graduação na área de Gestão

Financeira no Ibmec, ambas as faculdades instaladas em

Belo Horizonte. Em 2005, foi transferido para o setor de

Finanças do ABC, justamente a área de sua formação

acadêmica. Ali, com Valdemar, Thiago criou o Cartão

Garantido, sendo responsável, desde então, pela sua gestão.

Em 2010, assumiu a gerência de Negócios Financeiros, mas

permaneceu pouco tempo na função. Logo, passou a

integrar a Governança Corporativa.

Thúlio Fernandes Martins, divinopolitano, 25 anos,

solteiro, ocupa o cargo de executivo de Vendas, Operação de

Lojas, Marketing, Prevenção de Perdas e Comércio Exterior.

Paralelamente, é responsável pelo setor de importação da

Rede Brasil de Supermercados, sociedade anônima que

conta com a participação acionária do ABC. Aos 12 anos, ele

começou a trabalhar no grupo ABC, seu primeiro e único

emprego. Iniciou como embalador em caixas e trabalhou

em todos os setores de loja e, aos 15 anos, foi transferido para

o Centro de Compras e Distribuição da empresa, localizado

em Contagem. Ali gerenciou a aquisição e a distribuição de

frutas, legumes e verduras para as lojas ABC. Paralelamente,

concluiu o ensino básico e cursou o primeiro período de

administração de empresas no Centro Universitário UNA,

em Belo Horizonte. Em 2005, Thúlio deixou Contagem para

trabalhar no ABC e estudar na Fadom. Ele passou por vários

setores, desta vez, na área administrativa: financeira, fiscal e

controladoria, após ocupar a função de assistente de

compras, comprador e executivo de vendas e gestão de

operações. Desde 2011, integra a Governança Corporativa.

VICE-PRESIDÊNCIA DE GESTÃO E FINANÇAS EXECUTIVO DE OPERAÇÃO DE LOJAS, MARKETING,

PREVENÇÃO DE PERDAS E COMÉRCIO EXTERIOR

Thiago Fernandes Martins Thúlio Fernandes Martins

Page 55: Livro 30 Anos ABC

53

Marco Túlio Dias Amaral, 23 anos, divinopolitano,

solteiro, é formado em administração de empresas pela

Faced e atualmente cursa o 2.º ano de engenharia civil na

Faculdades Pitágoras, ambas instituições de ensino

localizadas em Divinópolis. Aos 15 anos, começou a

trabalhar na empresa como embalador de produtos. Em

seguida, passou por todos os outros setores de loja, exceto

hortifrutigranjeiros e açougue. Aos 18 anos, após breve

experiência na área de recursos humanos, Marco Túlio foi

transferido para a área comercial. Depois de estágio como

assistente, assumiu o setor de compras de produtos de

perfumaria do ABC durante três anos. Em 2011, foi

promovido a gerente de logística da empresa. Atualmente,

exerce também o cargo de gestor do Posto ABC, localizado na

MG-050, em Divinópolis, adquirido pelo grupo em 2011.

GERENTE DE LOGÍSTICA

Marco Túlio Dias Amaral

João Victor Dias Amaral, 21 anos, divinopolitano,

solteiro, cursa o 6.º período de administração de empresas na

Faculdade de Ciências Econômicas de Divinópolis (Faced).

Após um período de estudos em Belo Horizonte, onde

concluiu o ensino básico, voltou para Divinópolis há cerca

de dois anos para trabalhar no ABC. Como integrante do

projeto “Gestores”, é gerente da VWA e Max, empresas do

grupo ABC, e exerce funções na área financeira da empresa.

João Victor investe também na formação extracurricular:

recentemente aproveitou férias para participar de

intercâmbio cultural: durante 55 dias, morou em Santa

Bárbara, Califórnia, EUA. Assim como os demais herdeiros,

João Victor tem grande admiração pelo tio Valdemar e pelo

pai, Walchir: “Eles começaram a trabalhar cedo; não tiveram

embasamento teórico, mas compensaram isso com muito

amor ao trabalho; sempre respeitaram as pessoas e

colocaram os princípios morais e éticos à frente dos negócios.

São exemplos para todos nós”, reconhece o jovem executivo.

GERENTE DE EMPRESAS

João Victor Dias Amaral

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Page 56: Livro 30 Anos ABC

54 ABC 30 ANOS

Longe de ser tema proibido, fato costumeiro na maioria

das empresas familiares, a sucessão na cúpula

administrativa do grupo ABC é feita com planejamento e

sob critérios objetivos, por iniciativa dos acionistas e em

comum acordo com os herdeiros. De acordo com o

planejamento estratégico da corporação, os sucessores

recebem treinamento para estar preparados para enfrentar

os desafios da administração. Antes, porém, eles tiveram que

demonstrar que realmente desejavam seguir carreira no

grupo empresarial. “Acima de tudo, o herdeiro tem que

gostar do negócio, realizar-se profissionalmente por meio

dele; caso contrário, se ficar na empresa somente por ficar,

certamente, ele e a empresa serão prejudicados”, afirmam

em coro os acionistas, Valdemar e Walchir.

Para facilitar a tomada de decisão, os herdeiros tiveram

a oportunidade de trabalhar desde cedo no ABC, conhecer

seus vários setores e integrar-se ao ambiente empresarial.

Thiago Fernandes e Thúlio Fernandes, filhos de Valdemar, e

Marco Túlio e João Victor, filhos de Walchir, para

contentamento dos pais, optaram por seguir carreira no

ABC. “Nunca houve pressão da família para que nós nos

decidíssemos por trabalhar na empresa. Há, sim, desde que

optamos por isso, exigência para que tenhamos dedicação e

empenho naquilo que estamos fazendo, o que

consideramos natural e estimulante”, afirma Thúlio. Hoje,

plenamente integrados à vida da corporação, eles exercem

cargos de direção e já participam das decisões da empresa. “A

sucessão acontece de forma tranquila; todos gostam do que

fazem e se esforçam para o crescimento do negócio”,

destacam os pais. Embora empresa familiar, o ABC adota a

modalidade de administração profissionalizada e, com isso,

a ascensão dos herdeiros aos cargos estratégicos de direção

ocorre por mérito. “A sucessão não vem de graça. Temos de

trabalhar, mostrar resultados, provar que realmente somos

capazes de administrar bem os negócios”, reconhece Marco

Túlio. Graças também à gestão profissional das empresas do

A SUCESSÃO

"Temos de trabalhar, mostrar

resultados", diz Marco Túlio

Segundo Thúlio, há uma exigência de

que os sucessores sejam dedicados

Page 57: Livro 30 Anos ABC

55

"A sucessão acontece de forma tranquila;

todos gostam do que fazem e se esforçam

para o crescimento do negócio",

destacam os pais, Valdemar e Walchir.

Thiago assegura que os herdeiros têm

deveres e direitos. João Victor diz ter

grande admiração pelo tio e pelo pai

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

grupo, os herdeiros não contam com privilégios, assegura

Thiago: “Temos deveres e direitos como qualquer outro

funcionário; não existem regalias por sermos filhos de

acionistas”.

Outro fator vem contribuindo para que a sucessão

administrativa do ABC ocorra sem conflitos de interesses: os

herdeiros vêm demonstrando preferência em ocupar cargos

estratégicos em setores distintos dentro do grupo

empresarial. Thúlio, por exemplo, desde os primeiros anos

no ABC, demonstrou gosto e aptidão pela área de operação

de lojas e comercial. Thiago mantém clara opção pela gestão

de finanças. Marco Túlio, por sua vez, manifesta preferência

pelo setor de logística e infraestrutura. Já o caçula, João

Víctor, com apenas dois anos de empresa, ainda não definiu

a área em que irá investir na corporação.

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Page 58: Livro 30 Anos ABC

56 ABC 30 ANOS

Em 17 de janeiro de 2011, o ABC adquiriu o ponto

comercial do Posto Coelho (nome fantasia), localizado no

Anel Rodoviário, no chamado Trevo do Bom Pastor, em

Divinópolis. O objetivo do novo investimento era apenas

atender à demanda por combustíveis da frota da empresa e

de seus funcionários, dos fornecedores, que diariamente

fazem entrega de produtos no CDA, localizado a menos de

um quilômetro do posto e, finalmente, dos demais veículos

que transitam pela rodovia MG-050. No entanto, a direção

do ABC enxergou no novo negócio um grande potencial de

agregação de novos clientes e resolveu instalar postos de

combustíveis junto às lojas ABC. “Ambos atraem o público

consumidor: quem frequenta o supermercado pode

também abastecer no posto e o contrário também é

verdadeiro”, explica Valdemar. A primeira loja que irá

contar com a companhia do autoposto será o hipermercado

ABC de Oliveira O empreendimento deverá entrar em

operação até o final de 2012. De acordo com o presidente do

ABC, novos postos de combustíveis e serviços devem ser

instalados junto às lojas da rede.

AUTOPOSTO ABC

Novo investimento do grupo,

o Autoposto ABC Divinópolis,

foi inaugurado em 2011

Expansão: Autoposto ABC Oliveira

Page 59: Livro 30 Anos ABC

O Autoposto teve como objetivo atender também a frota da empresa.

Atendimento 24 horasAceitamos cartões de crédito.

57

à

Page 60: Livro 30 Anos ABC

58 ABC 30 ANOS

Totalmente remodelada, o Híper São José,

foi reinaugurada em 2011

A loja do ABC do bairro São José, totalmente

remodelada e ampliada, foi transformada em

hipermercado, a segunda unidade desta modalidade do

ABC em Divinópolis. Considerada, hoje, a melhor e maior

loja do ramo supermercadista do centro-oeste de Minas, ela

tem 3.560 m² de área de vendas; estacionamento coberto

com 150 vagas, 16 mil itens à disposição do cliente, 16 caixas,

restaurante, lanchonete e pizzaria. O Híper conta ainda com

uma drogaria, uma loja O Boticário, banco 24 horas e

correspondente bancário. A inauguração do Híper São José

ocorreu em 15 de dezembro de 2011, já dentro da

programação de 30.º aniversário do ABC e do centenário de

Divinópolis.

O presidente da Associação Comercial,

Agropecuária e Serviços de Divinópolis (Acid), Carlos

Moacyr Duarte Meira de Aguiar, destaca a contribuição

dada pela rede ABC ao desenvolvimento de Divinópolis e

região: “A família Amaral acreditou e investiu na construção

da rede de supermercados mais respeitada da região. O

grupo ABC sempre desenvolveu um importante papel no

desenvolvimento de Divinópolis. Muito das conquistas

econômicas e sociais da cidade passam pelo ABC. São 30

anos de dedicação e compromisso com Divinópolis e

região”, elogia.

O empresário Levy Nogueira, acionista do EPA, Mart

Plus e Via Brasil e dirigente de entidade classista do setor

Industrial

supermercadista, nos níveis estadual e nacional, presta

também um sincero testemunho sobre a trajetória vitoriosa

do ABC. “Sendo antigo no varejo, vi muitas empresas

ficando pelo caminho e sei muito bem o que significa

crescer, desenvolver e buscar sempre se perpetuar. É o que

vem fazendo com desenvoltura o ABC, capitaneado por

Valdemar, com o apoio e incentivo de toda família Amaral.

Empresa forte, sólida, de tradição, ética e competente.

Empresa que respeita e valoriza as pessoas, sejam clientes ou

colaboradores. Empresa admirada e respeitada, que enche

de orgulho os mineiros”.

Levy Nogueira, um dos acionistas

do EPA, Mart Plus e Via Brasil

Carlos Moacyr Duarte Meira de Aguiar

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HÍPER SÃO JOSÉ – DIVINÓPOLIS

Page 61: Livro 30 Anos ABC

59

Em 15 de fevereiro de 2012, foi inaugurado o

Hipermercado ABC em Oliveira, a segunda loja da bandeira 2ABC naquele município. A nova unidade tem 2.600 m de

área de vendas, 16 caixas, sortimento com 16 mil itens,

estacionamento coberto com 120 vagas, restaurante,

lanchonete e pizzaria, drogaria, adega, correspondente

bancário, banco 24 horas e loja O Boticário. Em 20 de junho

de 2012, a bandeira ABC chegou a Lavras, um dos mais

dinâmicos municípios do sudoeste mineiro. Os clientes da 2nova loja contam com 3.000 m de área de vendas, 16 caixas,

um mix de produtos de 16 mil itens, estacionamento com

170 vagas, restaurante, correspondente bancário,

lanchonete, pizzaria, drogaria e adega.

A consistente expansão da empresa repercute

positivamente em vários setores da sociedade. “O grupo ABC

tem particularidades que compreendem a dinâmica do

nosso desenvolvimento, levando investimento para toda a

Divinópolis e cidades da região. Está em permanente

expansão, cumprindo seu papel econômico e também

social, marcando história neste nosso ano do centenário”,

enaltece Vladimir Azevedo, prefeito de Divinópolis. “O ABC

desenvolveu, nos trinta anos de existência, uma sólida

integração com a população onde atua: incentiva o esporte e

a cultura, apoia ações de segurança pública, contribui para

as entidades de assistência social, desenvolve ações de

preservação ambiental. Além disso, valoriza os clientes,

funcionários e fornecedores, em especial, os produtores

regionais. É uma atitude muito bonita. Por isso, eu acredito

que cada cidade que a empresa escolhe para abrir uma loja

recebe muito bem a iniciativa, justamente por esta

admirável cultura de integração mantida pela empresa com

a comunidade”, afirma Murilo Amaral, sócio-diretor da

Mart Minas e irmão de Valdemar. Segundo o empresário,

essas virtudes são reflexos da personalidade da direção da

empresa, em especial, de seus acionistas. “Valdemar e

Walchir são grandes empreendedores, têm liderança,

gostam de inovação e têm grande habilidade em lidar com

pessoas”.

INAUGURAÇÕES EM 2012

Híper ABC Oliveira

Híper ABC Lavras

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Page 62: Livro 30 Anos ABC

60 ABC 30 ANOS

“O planejamento estratégico da empresa, em curso

desde 2007, prevê, no próximo biênio, a instalação de novas

unidades de vendas, todas no formato de hipermercado,

com área construída entre dois a três mil metros quadrados”,

adianta Walchir. As cidades que receberão as novas lojas são:

Piumhi, Nova Serrana, Bom Despacho, Betim, Araxá, Arcos,

Campo Belo, Santo Antônio do Monte, Varginha e Pouso

Alegre. De acordo a meta estabelecida pela empresa, com a

entrada em operação dessas novas unidades, o faturamento

da empresa deverá atingir 1 bilhão de reais no ano de 2015.

TRAJETÓRIA DE SUCESSO

1.3.7

NOVOS INVESTIMENTOS

A diretoria do ABC reafirma a convicção de que a

vitoriosa jornada de 30 anos é resultado de sadia, séria e

proveitosa parceria estabelecida pela empresa, ao longo

desse período, com os clientes, fornecedores, funcionários e

comunidade. Esta alicerçada no conceito de

que somente é possível crescer e desenvolver-se quando

todos os setores envolvidos ganham com o negócio. O ABC

acredita também que o caminho do desenvolvimento

empresarial deve ser trilhado por sadias práticas de

sustentabilidade, expressão maior do compromisso social da

empresa.

convicção está

"Nós acreditamos em Deus, no nosso negócio e nas pessoas.

Somos simples, honestos, produtivos e dedicados".

Interior do

Híper ABC Lavras

Crenças e valores do ABC

Page 63: Livro 30 Anos ABC

61UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Os 30 anos do ABC também é motivo de orgulho para

quem acompanha de perto a brilhante caminhada da

empresa. E o caso de Anselmo Martins de Almeida, casado,

49 anos, industrial, comerciante e fazendeiro. Ele considera

que a empresa “é parte significativa da linda história de

nossa família, e falar de seus 30 anos é falar de uma empresa

que tem alma, espírito e conteúdo. Visito a administração da

empresa regularmente e fico impressionado com a gestão

inovadora adotada por sua direção”, elogia. Anselmo é

sobrinho de Valdemar, filho de Zelita Amaral e José Silva de

Almeida, mais conhecido como Zezito, um dos fundadores

da Codil, empresa-mãe do ABC. O compromisso com a

família e a competência na gestão dos negócios dos

acionistas do ABC são destacados também por Valter

Amaral de Lacerda, casado, dois filhos, 48 anos: “Valdemar e

Walchir são trabalhadores, determinados e dedicados ao

negócio. Eles são nossos principais consultores quando

temos que tomar alguma decisão importante no nosso

negócio. São leais, atenciosos e estão sempre querendo

ajudar; eles têm toda a admiração da família: como

empresários e como parentes”. Valter é filho de Arlindo

Amaral de Lacerda e Guiomar Amaral de Lacerda e sócio-

diretor do Supermercado Mac, de Nova Serrana, fundado

pelo pai.

Para Arlindo Martins do Amaral, industrial do ramo de

beneficiamento de arroz, o irmão Valdemar e o sobrinho

Walchir têm várias coisas em comum: “Trabalham desde a

adolescência, são religiosos, simples e determinados,

adoram o que fazem, gostam de trabalhar em equipe e,

sobretudo, dão um grande valor à família”. Segundo Arlindo,

todas essas virtudes foram fundamentais para o

extraordinário sucesso do ABC nestes 30 anos. Ele aponta

também "o profissionalismo e a dedicação de toda a família

ABC como fatores essenciais para a jornada vitoriosa da

empresa". De acordo com o empresário, o ABC destaca-se

também “no atendimento ao cliente, pela qualidade da

gestão e pelo compromisso social que mantém com a

comunidade".

Geraldo Dias Furtado e Maria Nazareth Dias, pais de

Walchir, felizes com o sucesso da empresa, destacam que o

filho sempre foi dedicado ao trabalho e, como Valdemar, é

também muito presente na vida da família. “E um filho que

nunca nos deu trabalho: sempre foi obediente, tranquilo e

prudente nos negócios,” elogiam. Guiomar Lacerda expressa

também profunda admiração da família pelo irmão Valdemar e

pelo sobrinho Walchir: “Admiro muito o trabalho deles. Walchir

UMA HISTÓRIA DE FAMÍLIA

Zezito e Zelita, pais

de Anselmo Martins

Valter Amaral, sobrinho de Valdemar

Anselmo Martins de Almeida

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Page 64: Livro 30 Anos ABC

62 ABC 30 ANOS

é correto, educado, tranquilo, prestativo. Valdemar,

igualmente, é muito preocupado com a família, está sempre

querendo ajudar a todos. São muito trabalhadores,

esforçados, nos ajudaram bastante e merecem todo o sucesso

que alcançam nos negócios”.

O mesmo apreço pelo irmão é revelado por Zelita

Martins de Almeida, casada com Zezito: “Valdemar sempre

foi o líder de nossa família. Qualquer problema que surge e

que é levado para ele, não recusa, procura sempre a melhor

maneira para resolvê-lo. Ele sempre deu também muito

valor ao trabalho em família, e todos os nossos irmãos

igualmente são trabalhadores e deram também sua

contribuição para o sucesso dos negócios”, afirma.

Quando Antônio, aos 21 anos, ficou doente, Valdemar

logo se prontificou a ser o doador de um rim para o irmão,

fato que comoveu toda a família e amigos. “Há cerca de

quarenta anos, Valdemar me procurou no meu consultório

para saber se ele podia ser doador para o irmão Antônio, que

sofria de uma grave doença renal. Após exames, constatei

que ele não podia ser candidato à doação. A partir dali,

Valdemar passou a ser meu cliente. Com o passar dos anos, à

relação médico/paciente somou-se uma sólida amizade.

Estive presente em momentos importantes de sua vida

pessoal e profissional, como médico e amigo. Valdemar é

uma pessoa organizada, determinada, leal, honesta,

perseverante, de bom coração, amigo, agregador em sua

família”, testemunha Alair Rodrigues de Araújo, médico

clínico geral de adultos. Antônio Martins do Amaral acabou

falecendo em 29 de julho de 1973 em decorrência do

agravamento da doença renal.

Helena de Fátima Martins de Andrade, depois do

primeiro emprego no Pague Pouco, trabalhou na Codil e

posteriormente foi morar em Belo Horizonte. Mas

Valdemar, que sempre teve uma profunda admiração pela

dedicação e capacidade de trabalho da irmã, não “sossegou”

até trazê-la de volta para a Codil. Para torná-la sócia,

Valdemar deu-lhe um por cento do capital social da

empresa, retirado de sua própria participação acionária na

empresa. “Ele incentiva muito o trabalho em família. Com

Alair Rodrigues de Araújo, clínico geral de adultos

Odilon Belisário de Andrade, cunhado de Valdemar

sua liderança, sempre nos 'empurra' para a frente e faz muita

questão de que a família cresça junta nos negócios.

Valdemar é muito determinado e motivado para o

trabalho”, considera Helena.

Odilon Belisário de Andrade, advogado, 61 anos, casado

com Helena de Fátima, irmã de Valdemar, 3 filhos, afirma:

“Valdemar é um grande empreendedor. Mas esta virtude

não o impede de procurar a família para buscar o diálogo,

trocar informações, ouvir opiniões e críticas sobre uma nova

Page 65: Livro 30 Anos ABC

63

ideia ou projeto que esteja desenvolvendo. Ele está sempre

procurando ajudar a quem precisa. Esta sua capacidade

agregadora contagia e fortalece a nossa família. Já Walchir

tem uma grande capacidade administrativa. técnico e

profissional. Sabe ouvir as pessoas e tem uma apurada

capacidade de discernimento, sempre toma decisões

corretas e firmes e é também muito determinado naquilo

que faz. Ele é uma pessoa essencial para a empresa.”

A caminhada vitoriosa do ABC nestes 30 anos é

festejada também por Marcos Amaral, 54 anos, empresário

do setor de calçados em Nova Serrana, popularmente

E

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Rafaella Giovanna,

secretária de Valdemar

conhecido como Lão, casado com Adriana, sobrinha de

Valdemar. “O respeito que a empresa tem pelos

fornecedores, funcionários e clientes é, sem dúvida, uma das

razões de seu grande sucesso. Já a responsabilidade,

dedicação e comprometimento da direção é um grande

exemplo a se espelhar para qualquer empreendedor”.

Rafaella Giovanna de Sousa Silva Amaral, casada com

Rogério Amaral, mãe de João Vitor, há 11 anos na empresa,

oito dos quais como secretária da presidência, considera-se

privilegiada pela convivência diária com Valdemar. “O

nosso presidente é uma pessoa de grandes virtudes; dentre

elas, eu destaco a procura pela inovação. Justamente por

buscar sempre a inovação, diariamente aprendemos

alguma coisa nova com ele: é como se fizesse uma faculdade

continuamente. Isso vale também para minha vida pessoal:

vendo sua relação com os filhos, por exemplo, aprendendo

como vou fazer para educar o meu filho de um ano. Para

mim, é um grande privilégio conviver com ele, como

também com todos os outros membros da diretoria”, revela.

“Valdemar e Walchir são trabalhadores, determinados e dedicados ao negócio.

Eles são nossos principais consultores quando temos que tomar alguma decisão

importante no nosso negócio. São leais, atenciosos e estão sempre querendo

ajudar; eles têm toda a admiração da família: como empresários e como parentes".

Valter Amaral de Lacerda, sobrinho de Valdemar.

Marcos Amaral, popularmente

conhecido como Lão

Adriana, sobrinha de Valdemar,

esposa de Marcos AmaralS

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Page 66: Livro 30 Anos ABC

Caro leitor,

você quer, mesmo, saber como tudo isso começou?

Segundo “desconfia” Dico Martins, o patriarca da família

Martins Amaral, a história teve início há mais de 50 anos,

quando ele, precavido, reservou uma remessa de gado na

fazenda de sua propriedade para os filhos Valdemar, Mozar

e Arlindo, sob a recomendação de que “do gado se valessem,

somente em caso de necessidade extrema ou bom negócio”.

Tempos depois, Dico Martins procedeu da mesma forma

com os demais filhos. Necessidade extrema, felizmente, não

surgiu; já o “negócio de ocasião”, como era reconhecido

antigamente um investimento promissor, não tardou a

aparecer e tinha o nome de “Pague Pouco”, um pequeno

comércio de secos e molhados, situado na rua Goiás, 1302,

em Divinópolis. Valdemar e Arlindo, então, venderam suas

partes na remessa de gado e, com o cunhado Arlindo de

Lacerda, adquiriram o empório. Mozar, tempos depois, agiu

de forma idêntica para comprar a parte do cunhado Arlindo

no armazém. Depois de ganharem um bom dinheiro, os

irmãos repassaram o negócio. Aí, os irmãos Valdemar e

Arlindo, o cunhado Zezito e o pai, Dico Martins, fundaram a

Codil. Posteriormente, Antônio, Mozar, José Geraldo e

Murilo valeram-se de suas partes no rebanho para adquirir

cotas de sócios na Codil. Em 1982, nascia o Supermercado

ABC, fundado de uma parceria entre a Codil e Walchir, neto

do patriarca. E sabe onde Walchir foi buscar grande parte dos

Dico Martins

recursos para entrar na sociedade? Sim, de uma remessa de

gado que criava na fazenda de sua família. Final da história:

da Codil, nasceriam a Mart Minas e o próprio ABC. Já do ABC,

nasceriam o Autoposto ABC, a Max Locadora de Veículos, a

Financial, a CBA, a VWA, a WMA, a D'Amaral e a rede de

drogarias. Diante de tantas “crias”, o patriarca Dico Martins

não cansa de dizer: “Êta rebanho danado de bom, sô!".

CARO LEITOR

1.3.8

64 ABC 30 ANOS

“Êta rebanho danado de bom, sô!"Dico Martins

Page 67: Livro 30 Anos ABC
Page 68: Livro 30 Anos ABC
Page 69: Livro 30 Anos ABC
Page 70: Livro 30 Anos ABC

68 ABC 30 ANOS

Tuas terras que são altaneiras.

O teu céu é do mais puro anil.

És bonita, ó terra mineira,

esperança do nosso Brasil!

Tua lua é a mais prateada

que ilumina o nosso torrão!

És formosa, ó terra encantada!

És orgulho da nossa nação!

Ó Minas Gerais!

Quem te conhece

não esquece jamais.

Ó Minas Gerais!

Ó Minas Gerais!

Teus regatos te enfeitam de ouro.

Os teus rios carreiam diamantes

que faíscam estrelas de aurora

entre matas e penhas gigantes.

Tuas montanhas são preitos de ferro

que se erguem da pátria alcantil!

Nos teus ares suspiram serestas.

És altar deste imenso Brasil!

Lindos campos batidos de sol

ondulando num verde sem-fim

E as montanhas que, à luz do arrebol,

têm perfume de rosa e jasmim.

Vida calma nas vilas pequenas,

rodeadas de campos em flor,

doce terra de lindas morenas,

paraíso de sonho e de amor.

Lavradores de pele tostada,

boiadeiros vestidos de couro,

operários da indústria pesada,

garimpeiros de pedra e de ouro.

Mil poetas de doce memória

e valentes heróis imortais,

todos eles figuram na história

do Brasil e de Minas Gerais.

por José Duduca Morais

Ó MINAS GERAIS!

Page 71: Livro 30 Anos ABC

NOSSAS MINAS GERAIS

2

Page 72: Livro 30 Anos ABC

70

Na segunda metade do século XVIII, as terras onde hoje se localiza

Divinópolis eram habitadas pelos índios Candidés, conforme a tradição oral. A

cachoeira do rio Itapecerica, conhecida na época como Cachoeira Grande,

transformou-se, a partir dessa ocasião, numa movimentada passagem para os

desbravadores, advindo do fato o primeiro nome do lugarejo: Passagem do

Itapecerica. A facilidade de trânsito das tropas pela Cachoeira Grande e sua posição

geográfica privilegiada em relação a importantes centros de povoamento da época,

como Pitangui, São Bento do Tamanduá, hoje Itapecerica, São João del-Rei e

Barbacena, transformaram, anos depois, Passagem do Itapecerica em importante

rota comercial, o que veio favorecer a fixação de migrantes no lugar. No século

XVIII, o sertanista Manuel Fernandes Teixeira participou da edificação de uma

capelinha e, posteriormente, doou uma gleba de terras para a formação do

patrimônio do templo religioso, dando grande impulso para o povoamento do

arraial. Mais tarde, nas terras doadas pelo sertanista, foram construídas a igreja

matriz dedicada ao Divino Espírito Santo e . Em 1839, foi

criado o distrito do Espírito Santo do Itapecerica.

Em 1909, ocorreu uma grande disputa no centro-oeste de Minas Gerais pela

implantação do entroncamento ferroviário que ligaria Belo Horizonte ao

Triângulo Mineiro. Entre as localidades que reivindicavam o entroncamento

estavam Pitangui e Oliveira, ambas com enorme influência política nos governos

estadual e federal. No entanto, as lideranças do então Distrito do Espírito Santo do

Itapecerica, futura Divinópolis, não se desanimaram: mobilizaram a população,

promoveram manifestações públicas e elaboraram um documento demonstrando

as inúmeras vantagens oferecidas pelo distrito. Meses depois, o Governo Federal

autorizou a instalação do entroncamento com o Triângulo no distrito. No ano

seguinte, teve início a construção das oficinas da Estrada de Ferro Oeste de Minas e

foi inaugurado o trecho entre Belo Horizonte e a Estação Henrique Galvão. A

conquista significou um extraordinário salto para o desenvolvimento futuro de

nossa terra, a começar pela sua emancipação. Em 1.º de junho de 1912, foi instalado

o município de Henrique Galvão, que teria como primeiro prefeito Antônio

Olímpio de Morais. Por sugestão dele, a Câmara Municipal, meses depois, aprovou

a mudança de nome do recém-criado município para Divinópolis. Neste ano de

2012, Divinópolis comemora o seu primeiro centenário.

a São Francisco de Paula

Contou

Francisco Gontijo Azevedo e Antônio Azevedo

em seu livro Da história de Divinópolis,

sobre como o então Distrito do Espírito Santo

recebeu a notícia de sua elevação

à Vila Henrique Galvão.

Quando a notícia chegou aqui,

a alegria do povo tocou as raias

do delírio. Já não era mais uma

festa, era farra imensa onde todo

mundo era igual, como uma

comunhão de sentimentos e de

solidariedade nunca vistos.

Foi uma apoteose a vibração do

povo naquele dia.

DIVINÓPOLIS

100 ANOS2.1.1

TERRA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO

ABC 30 ANOS

HISTÓRIA

Page 73: Livro 30 Anos ABC

71

O nome Divinópolis resulta da junção de dois termos:

divino e pólis. O primeiro é uma homenagem ao Divino

Espírito Santo, padroeiro de Divinópolis; tem origem no

latim e significa: relativo a Deus; o segundo é originário do

grego e quer dizer cidade. “Pólis é a cidade, entendida como a

comunidade organizada, formada pelos cidadãos (no grego

“politikos”), isto é, pelos homens nascidos no solo da cidade,

livres e iguais.”, define a filósofa Marilena Chaui, no livro

Convite à filosofia.

Assim, Divinópolis pode ser compreendida como uma

comunidade de homens livres e iguais, protegida e sob as

bênçãos do Divino Espírito Santo.

Divinópolis tem uma economia dinâmica e

diversificada, resultado do notável empreendedorismo

demonstrado por seu povo ao longo de sua história. Entre as

atividades econômicas do município, sobressaem a

indústria do vestuário, têxtil, siderúrgica e metalúrgica; o

comércio atacadista e varejista e o setor de serviços.

Divinópolis

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A ORIGEM DO NOME ECONOMIA

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Vista parcial do centro da cidade.

Destaque para o Santuário de Santo Antônio

Page 74: Livro 30 Anos ABC

72

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cidad

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ária

Município-polo da região centro-oeste de Minas Gerais,

Divinópolis conta uma invejável e diversificada estrutura

de ensino. Na cidade estão instalados campi da

Universidade Federal de São João del-Rei e da Universidade

Estadual de Minas Gerais (Uemg), Faculdade Pitágoras,

Faculdade de Ciências Econômicas de Divinópolis,

Unifenas e o Centro Federal de Educação Tecnológica de

Minas Gerais (Cefet-MG). Divinópolis tem ainda unidades

de ensino profissionalizante do Senai e Senac e uma

qualificada rede de ensino de educação, infantil,

fundamental e médio.

A tradicional Festa da Cerveja, realizada em abril ou

maio, tem em sua agenda grandes atrações musicais. Com

semelhante prestígio, é realizada a Exposição Agropecuária

de Divinópolis, em junho, quando a cidade comemora o seu

aniversário. O Rodeio de Divinópolis, realizado durante o

evento, faz parte do Circuito Nacional de Rodeio e é

considerado o melhor de Minas Gerais. Para quem gosta de

sossego, curtir o Lago das Roseiras, com suas belas paisagens

e águas mansas, é também ótima opção de lazer.

ABC 30 ANOS

EDUCAÇÃO

TURISMO

Ponte de ferro sobre o rio Itapecerica, no bairro Niterói

Page 75: Livro 30 Anos ABC

73

Inaugurado em 2007, o Teatro Municipal Usina

Gravatá é o principal equipamento cultural de Divinópolis.

Construído a partir das antigas instalações da primeira usina

de álcool-motor da América Latina, a casa de cultura tem

uma concorrida agenda de espetáculos de teatro, música,

dança. As pinturas do frei holandês Humberto Randag, no

Santuário de Santo Antônio, o Museu Histórico, a Biblioteca

Ataliba Lago e o Arquivo Público são também espaços

obrigatórios no roteiro cultural da cidade. As manifestações

religiosas e culturais do congado, com longa tradição,

realizadas entre os meses de agosto e outubro, são

consideradas, por lei, patrimônio imaterial do Município.

CULTURA

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Cruzamento entre a rua

Goiás e av. 1.º de Junho

Detallhe para a Catedral do Divino Espírito Santo ao fundo

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Page 77: Livro 30 Anos ABC
Page 78: Livro 30 Anos ABC

76

O naturalista francês, August de Saint-Hilaire , no seu

livro Viagem pelas Províncias do Rio de Janeiro e Minas

Gerais registrou a presença de bandeirantes nas paragens da

futura Formiga ainda nos meados do século XVII. Entre eles,

Manuel Corrêa, Fernão Dias Pais Leme, Lourenço Castanho

Jacques. A criação da Picada de Goiás, em 1737, aumentou o

trânsito de desbravadores na região. Com a abertura de uma

picada unindo Tamanduá (atual Itapecerica) a Piumhi, o

chamado Ribeirão das Formigas virou local de

acampamento para viajantes que transitavam entre os dois

povoados. As primeiras famílias ali se estabeleceram após a

conclusão da primeira fase das obras da Capela de São

Vicente Ferrer em 1765.

A construção do templo foi iniciativa de João Gonçalves

Chaves, primeiro morador do povoado. Acredita-se que São

Vicente Ferrer era o santo de devoção do fazendeiro. Anos

depois, chegaram à região as famílias de sesmeiros a fim de

tomar posse das terras distribuídas pela Coroa Portuguesa,

surgindo, então, as primeiras fazendas. Com a instalação da

Paróquia de São Vicente Ferrer de Formiga em 1832, o

povoado desenvolveu-se rapidamente. Em 1839, o arraial

foi elevado à categoria de vila. Em 6 de junho de 1858, pela

Lei Provincial 880, Vila Nova de Formiga foi considerada

município, com o nome de Formiga.

FORMIGA

2.1.2

Formiga

ABC 30 ANOS

HISTÓRIA

EDUCAÇÃO

A origem do topônimo Formiga é motivo de

divergências até os nossos dias. Tudo que se sabe a respeito

baseia-se na tradição oral. Uma das versões dá conta de que

alguns tropeiros, ao acamparem próximo de um ribeirão,

tiveram a carga de açúcar “atacada” durante a noite por

formigas. A partir desse fato, o curso d'água teria sido

batizado como Ribeirão das Formigas, batismo que se

estendeu também ao rancho que ali se formou

posteriormente, marco da fundação da cidade.

A outra versão relaciona Formiga ao trânsito intenso de

índios e escravos fugitivos na época da abertura da Picada de

Goiás. O nome teria, então, origem indígena, já que os índios

tapuias, cuja presença foi constatada na região,

denominavam de “formiga” suas aldeias, conforme relata

Leopoldo Correia, em seu livro Achegas à história do oeste

de Minas.

A ORIGEM DO NOME

Antiga estação ferroviária

O município conta com o Centro Universitário de

Formiga (Unifor-MG), que oferece 22 cursos de graduação e

pós-graduação, nas áreas humanas, exatas e biológicas e

ainda com campus do Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG).

Page 79: Livro 30 Anos ABC

77

ECONOMIA

O Museu Histórico Municipal Nhonhô Fonseca possui

rico acervo histórico e documental sobre a cidade em

exposição permanente. A Escola Municipal de Música

Eunésimo Lima oferece gratuitamente aulas teóricas e

práticas de música. A instituição mantém grupos musicais

de diversos instrumentos, como flautas, violinos, teclados,

de chorinho e coral, que fazem apresentações em público na

cidade e região. Formiga conta ainda com a Escola

Municipal de Artes Maestro Zezinho, que oferece

gratuitamente aulas de teatro, artes plásticas, audiovisual e

reciclagem de materiais. A escola possui o Teatro de Bolso,

com 80 cadeiras, onde são montados espetáculos e realizadas

oficinas de dramaturgia. O Museu Ferroviário D.r João

Teixeira Soares abriga um rico acervo com objetos e

documentos referentes às atividades ferroviárias no

município. Recentemente, o município passou a contar

ainda com a Orquestra Sinfônica de Formiga e com a

Companhia Formiguense de Ballet.

CULTURA

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

TURISMO

Formiga é banhada pelo Lago de Furnas, uma das

principais atrações turísticas do Estado. A represa oferece

opções de pesca, ecoturismo e esportes náuticos para quem

busca lazer e entretenimento. Em seu entorno, estão

instalados clubes, hotéis, chalés, pousadas e condomínios.

Formiga é chamada carinhosamente por "Portal do Mar de

Minas", por ser o primeiro município de acesso à represa

para quem vem de Belo Horizonte. A proximidade com a

serra da Canastra e com os municípios de Pains e Arcos, onde

se localizam grutas, paredões e pinturas rupestres, com suas

belas paisagens, contribui para atrair grande número de

turistas para a cidade. As festas do congado e o carnaval

destacam-se no calendário de eventos do município.

Entre as atividades econômicas de Formiga,

sobressaem o comércio, as indústrias de calcário, de

alimentos, fundição, gesso e confecções e, ainda, a

agricultura e pecuária. O turismo é outro setor em franca

expansão no município.

O recém-criado Distrito Turístico de Ponte Vila,

banhado pelo Lago de Furnas, deverá fomentar a atividade

turística no município. Registram-se em Formiga reservas de

minerais como: calcário, granito, areia e argila.

Universidade de Formiga

Antiga "Casa do Engenheiro"

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Page 80: Livro 30 Anos ABC

78

Num local de clima ameno e de água em abundância,

sempre escolhido como pouso pelos desbravadores nas suas

longas jornadas, teve início o povoado, estrategicamente

localizado entre a Vila de São João del-Rei, sede da Comarca

do Rio das Mortes, e o sertão do atual Alto Paranaíba,

caminho para as minas de ouro de Goiás e Mato Grosso.

Segundo relatos de antigos moradores, o pequeno arraial

denominado “Picada de Goiás” ganhou novo impulso, nos

meados do século XVIII, com a chegada de um grupo de

famílias que haviam fugido da região de Ribeirão do Carmo,

hoje Mariana, onde teria ocorrido um surto de doenças. A

localização geográfica privilegiada em relação aos centros de

decisão político-administrativa do Brasil Império garantiu

ao lugarejo contínuo desenvolvimento.

Oliveira foi elevada à condição de freguesia em 1832 e à

condição de distrito em 1838. O Município foi criado em

1839, tendo sido elevado à categoria de cidade em 1861.

Oliveira é cidade natal de Carlos Ribeiro Justiniano das

Chagas, médico sanitarista, bacteriologista e pesquisador,

precursor da medicina social no Brasil, descobridor da

“Doença de Chagas”, cientista respeitado e reconhecido

mundialmente, tendo sido indicado quatro vezes ao Prêmio

Nobel.

Oliveira conta com a tradicional Casa da Cultura Carlos

Chagas. A instituição abriga o museu de peças históricas,

museu da educação, galerias, salas para aulas de artes, salão

para apresentações culturais, oficinas e também o Memorial

Carlos Chagas, com exposição permanente do acervo do

cientista oliveirense. A Festa de Nossa Senhora do Rosário,

com o tradicional congado, é realizada em setembro e

mantém as características originais desde 1813, sendo

considerada a mais antiga de Minas Gerais, reunindo 17

guardas de congado. Já o carnaval é considerado um dos

melhores do Estado, com a presença do tradicional

mascarado Cain'água. O Festival da Primavera, realizado

também em setembro, tem na agenda apresentações de

teatro, música, dança, exposições, mostra de filmes e

realização de oficinas.

OLIVEIRA

2.1.3

Oliveira

ABC 30 ANOS

HISTÓRIA

CULTURA

Matriz de Nossa Senhora de Oliveira

O topônimo Oliveira registra duas versões. Ambas têm

origem em relatos da tradição local. Uma relaciona o nome

do lugar à presença de árvores de olivas que teriam sido

introduzidas na região por colonizadores; outra sustenta que

o topônimo se refere a Maria de Oliveira, proprietária de um

rancho – um dos primeiros a ser edificado no lugarejo e local

de pouso de tropeiros, marco da fundação da cidade.

A ORIGEM DO NOME

Page 81: Livro 30 Anos ABC

79

Oliveira possui atrativos culturais e naturais.

Construções religiosas e civis dos séculos XVIII, XIX e XX são

partes significativas do patrimônio histórico da cidade.

Considerado o mais importante marco arquitetônico do

município, a Matriz de Nossa Senhora de Oliveira, em estilo

barroco-rococó, teve sua construção iniciada na década de

1750 e concluída em 1856. Destacam-se também o casarão da

Casa da Cultura Carlos Chagas, construído no final do século

XIX em estilo neoclássico, os sobrados das Escolas Estaduais

Professor Pinheiro Campos e Francisco Fernandes, a

Catedral de Nossa Senhora de Oliveira, a Capela dos Passos e

o Santuário de Nossa Senhora Aparecida.

O Cristo Redentor é referência de Oliveira. Já o coqueiro

abraçado, árvore centenária em cujo cimo cresceu um

coqueiro, é símbolo da cidade.

A Fundação Educacional de Oliveira mantém os cursos

de graduação de administração, direito, sistemas de

informação e pedagogia e pós-graduação de MBA, finanças

e controladoria, gestão de projetos e supervisão escolar. O

Instituto Federal de Minas Gerais oferece cursos técnicos de

meio ambiente, manutenção e suporte em informática e

técnico em comércio.

A economia da cidade destaca-se na indústria com

produção de autopeças e alimentos e, ainda, no setor de serviços

e nas atividades agropecuárias.

TURISMO

EDUCAÇÃO

ECONOMIA

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

O Cristo Redentor é referência de Oliveira

Casa da Cultura Carlos Chagas

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Page 82: Livro 30 Anos ABC

80

No século XVII, as terras de Campo Belo de hoje

pertenciam à vila São Bento do Tamanduá, hoje Itapecerica,

e eram habitadas pelos índios cataguases, da tribo tupi.

Dizimados os indígenas por tropas mercenárias a mando da

Coroa Portuguesa, as terras foram ocupadas, posteriormente,

por negros fugitivos, que fundaram o Quilombo do

Ambrósio, onde hoje se localiza a cidade de Cristais, vizinha

de Campo Belo. Em meados do século XVIII, os quilombolas

conheceram idêntico destino dos índios: foram atacados e

quase dizimados igualmente por milícias mercenárias;

salvaram-se, no entanto, o líder, Ambrósio Rei, e alguns

seguidores. Os negros, entre eles, Ambrósio Rei, logo se

dirigiram para o Sertão da Farinha Podre (hoje Triângulo

Mineiro), onde fundaram novo agrupamento, mas alguns

permaneceram e teriam ajudado na fundação do povoado

do Ribeirão São João, hoje Campo Belo, conforme registro

oral da história da cidade.

Na segunda metade do século XVIII, Catarina Maria de

Jesus chegou à região para tomar posse da sesmaria das

Águas Claras, onde hoje se localiza o município de Aguanil,

próximo a Campo Belo. Católica fervorosa, Catarina Parreira,

como era conhecida, deu decisiva contribuição para a

construção da Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos no

Povoado do Ribeirão São João. Em 1884, a Vila, já com a

denominação de Campo Belo, foi elevada à condição de

cidade. A primeira comemoração cívica de emancipação

ocorreu em 28 de setembro de 1935.

A Casa da Cultura é responsável pelos principais

eventos artísticos e culturais do município, entre eles: o

Abril é Rock, a Semana da Cultura e a exposição de

artesanato Campo Belo Mostra as Mãos. Nela funciona

também a Escola de Música, onde são ministrados cursos

de piano, violão, bateria, teclado, violino, viola, canto,

flauta, cavaquinho, violoncelo, guitarra, baixo e, ainda,

de bordados, tricô, manicure, pintura em tela e tecido,

desenho e balé. Já o Museu Divino Dias Maciel, criado em

1991, guarda a memória histórica do município.

CAMPO BELO

2.1.4

Campo Belo

ABC 30 ANOS

HISTÓRIA

CULTURA

Praça da Matriz do Senhor Bom Jesus

Segundo relato oral, o nome de Campo Belo foi dado

por acaso pelo capitão-mor Romão Fagundes do Amaral,

beneficiário da sesmaria do Campo Grande, hoje município

de Perdões. De passagem pelo então povoado do Ribeirão do

São João e admirado pela beleza do lugar, ele teria

exclamado: “Que belo campo!”; em seguida, um

acompanhante de sua comitiva teria completado: “Que

campo belo”. A partir daí, a localidade começou a ser

chamada por Campo Belo.

A ORIGEM DO NOME

Page 83: Livro 30 Anos ABC

81

A Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, com

afrescos de Francisco Gorgônio de Meneses, discípulo do

Mestre Aleijadinho, é outro atrativo da cidade. A Exposição

Agropecuária e Industrial de Campo Belo, realizada em

setembro, no Parque de Exposições Brasil Vilela, tem mostra

de animais, rodeios, apresentações musicais e exposição de

produtos industriais.

Campo Belo tem localização geográfica privilegiada em

infraestrutura de transportes. A cidade está situada no

entroncamento entre as rodovias BR-354 e BR-369 e

localiza-se a 30 quilômetros da Rodovia Fernão Dias, que

liga Belo Horizonte a São Paulo.

O município é cortado também pelos trilhos da

Ferrovia Centro-Atlântica (antiga RFFSA). A economia é

diversificada, contando com a indústria têxtil, exploração de

granito, calcário e argila e, ainda, agricultura, pecuária,

comércio e serviços.

O município conta com duas instituições de ensino superior:

Universidade de Alfenas (Unifenas) e Universidade Presidente

Antônio Carlos (Unipac).

EDUCAÇÃO

ECONOMIATURISMO

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Interior da Igreja do

Senhor Bom Jesus de Matosinhos

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Page 84: Livro 30 Anos ABC

No início do século XVIII, três portugueses – Tomás

Teixeira, Manuel Neto de Melo e Gabriel da Silva Pereira –

tornaram-se donos de datas de mineração nos ribeirões de

Lavrinhas e Jacuba. Logo em seguida, Gabriel da Silva

Pereira abriu uma picada entre Bonfim e Pitangui, ao longo

do rio São João. Ao passar para a margem esquerda do rio,

Gabriel da Silva Pereira iniciou uma povoação, justamente

no caminho entre Itatiaiuçu e Pitangui, localidades onde já

se explorava ouro. Em 1765, foram concluídas as obras da

primeira capela, tendo como padroeira a Senhora de

Sant'Ana. A partir de então, a pequena comunidade passou

a ser conhecida como povoado e, depois, distrito de Santana

do São João Acima., o qual foi elevado à categoria de vila

com a denominação de Itaúna,

A vila de Itaúna foi elevada à condição de cidade em 18

de setembro de 1915. Na luta pela emancipação, merece

especial destaque o brilhante e incansável esforço do

médico itaunense Augusto Gonçalves de Souza Moreira,

deputado federal constituinte e prefeito de Itaúna por cerca

de 16 anos. Por reconhecimento, é considerado o “pai” do

município pelos itaunenses.

em

16 de setembro de 1901,

Itaúna sempre foi palco de grande efervescência

cultural. Fato excepcional para cidades de seu porte, Itaúna

conta com três salas de espetáculos: Teatro Sílvio de Matos,

Teatro Vânia Campos (Sesi) e o Grande Teatro da

Universidade de Itaúna. Entre suas comemorações mais

tradicionais, destaca-se a Festa de Sant´Ana, padroeira da

cidade.

O auge dos festejos acontece no dia 25 de julho na

Capela do Rosário e na Matriz de Sant´Ana. O Museu

Municipal Francisco Manoel Franco, inaugurado em 18 de

setembro de 1992, é outro espaço privilegiado da cultura

local. A instituição tem como objetivo: resgatar a memória

do município e preservar e divulgar a cultura itaunense.

82

ITAÚNA

2.1.5

Itaúna

HISTÓRIA

CULTURA

ABC 30 ANOS

Vista parcial da cidade

O tôponimo Itaúna tem origem na lingua tupi-guarani

e é resultado da junção das palavras ita, que significa pedra,

e una, que significa escura – pedra escura.

A ORIGEM DO NOME

Page 85: Livro 30 Anos ABC

Com extraordinário valor econômico, ambiental e

p a i s a g í s t i c o , a B a r r a g e m d o B e n f i c a a b r i g a

empreendimentos de turismo, clubes sociais, casas de

veraneio. O local oferece vários opções de lazer, com ênfase

para a prática de esportes náuticos. A Estância de Água

Mineral Viva, com trilhas, bosques, fonte e piscina natural

da mais pura água mineral e a Cachoeira da Cachoeirinha,

com quedas d'água, formação de poços e grutas, são,

igualmente, pontos turísticos e de lazer obrigatórios para

quem visita Itaúna

83

TURISMO

Pelo compromisso demonstrado pela comunidade

itaunense com a educação de excelente qualidade em todos

os níveis de ensino, Itaúna foi agraciada em 1975 com o

título de “Cidade Educativa do Mundo” pela Organização

das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

(Unesco). Um dos exemplos desse pionerismo e inovação na

área educacional do município é a Universidade de Itaúna,

fundada há 46 anos. A instituição mantém um moderno e

bem equipado campus em Itaúna e outro avançado em

Almenara (Vale do Jequitinhonha). Cerca de 8 mil alunos

estudam nos diversos cursos de graduação e pós-graduação

mantidos pela universidade.

O município possui grandes riquezas naturais, conta

com empreendedora e variada economia e detém posição

geográfica privilegiada. A economia itaunense destaca-se

nos setores de mineração, têxtil, siderurgia, usinagem,

comércio e prestação de serviços. Itaúna, pela condição de

cidade-polo, exerce considerável influência socioeconômica

em 13 municípios circunvizinhos, entre eles: Carmópolis de

Minas, Itaguara, Itatiaiuçu, Mateus Leme e Juatuba.

EDUCAÇÃO

ECONOMIA

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Museu Municipal

Secretaria Municipal

de Educação e Cultura

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Page 86: Livro 30 Anos ABC

84

Nos fins do século XVII, o território que se estende entre

os rios Paraopeba, São João e Pará tornou-se rota de

bandeirantes paulistas que buscavam ouro na região de

Pitangui. A partir de um ponto de pouso das caravanas, às

margens do ribeirão Paciência, formou-se um pequeno

povoado. Entre os primeiros moradores estava o

comerciante português Manuel Batista, mais conhecido por

"Pato Fofo".

A alcunha teria lhe sido dada em razão da extrema

vaidade de Manuel Batista em aparentar grandes posses.

Homem de iniciativa, Pato Fofo trabalhou intensamente

para o progresso do vilarejo, tendo dado especial

contribuição para a construção da primeira capela do

povoado. Em sua homenagem, o templo recebeu o nome de

Capela de Nossa Senhora da Piedade do Patafufo, corrutela

de Pato Fofo.

Posteriormente, o povoado receberia o nome de

“Arraial do Patafufo”, em nova homenagem ao pioneiro.

Após várias alterações legais, em 1876, o arraial foi

definitivamente alçado à categoria de vila, com a

denominação de Vila do Pará. Em 1877, a localidade passou

à condição de cidade e, a partir de 1921, recebeu

definitivamente a denominação de Pará de Minas.

O topônimo Pará de Minas é resultado da junção de

Pará – que significa “rio caudaloso” na língua tupi-guarani –

e o aditivo de Minas com o propósito de distinguir-se o

município mineiro do estado do Pará.

PARÁ DE MINAS

2.1.6

ORIGEM DO NOME

Pará de Minas

HISTÓRIA

ABC 30 ANOS

Museu Histórico, Documental,

Fotográfico e do Som de Pará de Minas

Santuário de

Nossa Senhora da Piedade

Page 87: Livro 30 Anos ABC

85

Pará de Minas tem uma economia bastante

diversificada, com destaque para o agronegócio, setor com

expressivo impacto na economia no município. Na

classificação dos municípios produtores no estado, Pará de

Minas é o primeiro na produção de frangos; o segundo na

produção de suínos; e o quarto na de hortifrutigranjeiros. A

indústria de têxteis, laticínios, mineração, cerâmica e

siderurgia, com o comércio e o setor de serviços, completa as

atividades da dinâmica economia pará-minense.

A comunidade conta com vários cursos superiores

oferecidos pela Faculdade de Pará de Minas (Fapam) e pelo

campus avançado da Universidade do Vale do Rio Verde

(Unicor). Entre os cursos oferecidos pelas instituições de

ensino estão administração, agronegócio, ciências

biológicas, ciências contábeis, pedagogia, enfermagem,

gestão ambiental.

Dentre as atrações turísticas e religiosas da cidade,

destacam-se a Escola de Artes e Ofícios Raimundo Nogueira

de Faria (Sica), Gruta Nossa Senhora Lourdes, Mirante do

Redentor, Santuário Nossa Senhora da Piedade e o chamado

Lago Azul. A Exposição Agropecuária de Pará de Minas

(Expô Pará), em maio, e a Festa do Frango e do Suíno, em

setembro, movimentam o turismo em Pará de Minas.

ECONOMIA TURISMO

O Museu Histórico, Documental, Fotográfico e do Som

de Pará de Minas registra e preserva a memória do

município. A Biblioteca Pública Professor Mello Cançado,

Escola Municipal de Música Geraldinho do Cavaquinho,

Associação de Artesãos e a Academia de Letras de Pará de

Minas são outras instituições que movimentam a vida

cultural de Pará de Minas.

CULTURA

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

EDUCAÇÃO

Vista parcial da cidade Cristo Redentor

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Page 88: Livro 30 Anos ABC

86

Nas primeiras décadas dos anos 1700, começaram a chegar

os primeiros povoadores do local, escravos fugidos de fazendas

da redondeza. Foram viver no alto do Capão Amarelo, de onde

podiam controlar extensa região. A vinda dos sesmeiros,

ocupando as férteis terras do ribeirão Diamante, afluente do rio

Lambari, precipitou a saída dos escravos. Nesse tempo, a região

encontrava-se dividida em duas partes distintas: o “Alto Santo

Antônio do Monte” e o “Diamante Abaixo”. Nas primeiras

décadas de 1700, na sesmaria Alta Serra, de propriedade do

capitão-mor Francisco Tavares Oliveira, foi erguida tosca capela

e entronizada a imagem de Santo Antônio, esculpida em

madeira, que o capitão trouxera de Portugal. Grande parte da

sesmaria foi doada para patrimônio do lugar, mas sua

legalização só aconteceu em 1782, pela sesmeira Maria de

Araújo Lima e seus filhos, herdeiros do capitão.

Foi ao redor da primitiva capela, onde hoje se encontra a

igreja matriz, que se formou e cresceu a cidade. Antes de 1846, foi

criado o Curato de Santo Antônio do Monte. Em 1847, o

povoado foi elevado a distrito. Em 1854, o curato transformou-se

em paróquia e recebeu seu primeiro vigário, padre Francisco

Alexandrino da Silva. Em 1847, o povoado tornou-se distrito e,

em 3 de junho de 1859 foi criada a vila. Somente após cumprir as

determinações legais, a instalação solene da vila aconteceu a 29

de julho de 1862, data da emancipação política e administrativa

de Santo Antônio do Monte. Neste ano de 2012, estão sendo

comemorados os 150 anos de sua emancipação.

SANTO ANTÔNIO

DO MONTE2.1.7

Santo Antônio do Monte

HISTÓRIA

ABC 30 ANOS

A denominação Santo Antônio do Monte foi dada à

primeira capela erguida na localidade, nos primórdios de

seu povoamento. A expressão Santo Antônio é uma

homenagem ao frade franciscano português, conhecido

como Antônio de Pádua e considerado santo pela Igreja

Católica. O aditivo do Monte é uma referência ao local

elevado em que foi construído o templo religioso.

ORIGEM DO NOME

Capela da Cruz do Monte

Casa de Cultura

Page 89: Livro 30 Anos ABC

87

O município é considerado o maior produtor de artigos

pirotécnicos do Ocidente. Mais de 90% de toda a produção do

setor no Brasil estão concentrados em Santo Antônio do

Monte. Nas indústrias de Samonte, como é tratada

carinhosamente a cidade, são produzidas mais 150

variedades de fogos, entre rojões, girândolas, foguetes de

tiros e de estopim, cascatas e fumaças coloridas.

As atividades da agropecuária, comércio e de serviços

também contribuem para o desenvolvimento

socioeconômico de Samonte.

A Estação Cultura faz parte do roteiro obrigatório de

quem deseja conhecer a história e a vida cultural do

município. O imóvel, antiga estação ferroviária da cidade,

destaca-se pela beleza da arquitetura e do mobiliário. No

local funciona também a Secretaria Municipal de Cultura e

Turismo. A Biblioteca Pública Bueno de Rivera é outra

atração de Samonte. Além de rico acervo à disposição da

população, a biblioteca realiza vários eventos relacionados à

educação e a cultura. O Grupo Escolar Amâncio Bernardes e

o Centro de Memória Municipal D.r José de Magalhães

Pinto, construções do início do século XX, também merecem

a atenção dos visitantes.

A Matriz de Santo Antônio e a Igreja de Nossa Senhora

do Rosário fazem parte do patrimônio histórico e artístico de

Samonte e encantam pela beleza e imponência de suas

edificações. A Capela Cruz do Monte é também referência

religiosa da cidade. O templo, situado na parte alta da cidade,

proporciona uma bela visão panorâmica aos visitantes. A

Exposição Agropecuária, realizada em junho ou julho, e a

Festa do Foguete, em setembro, destacam-se no calendário

de festividades do Município. Mas a festa maior é a da

Congada da Irmandade dos Devotos de Nossa Senhora do

Rosário. A festa do reinado ou congado, realizada na

segunda quinzena de agosto, irmana mais de mil

congadeiros e traz à cidade inúmeros visitantes.

O município conta ainda com a rede de educação

infantil, ensino fundamental e médio, escola do Senai e

curso superior de pedagogia à distância.

ECONOMIA EDUCAÇÃO

CULTURA TURISMO

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Grupo Escolar Amâncio Bernardes Matriz de Santo Antônio

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Page 90: Livro 30 Anos ABC

88

A partir dos meados do século XVIII, com o declínio da

exploração nas três principais regiões produtoras de ouro do

país em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, a Coroa

Portuguesa intensificou a distribuição da terras a

particulares, pelo sistema de sesmarias. A intenção do

colonizador português era estimular a ocupação de terras e,

consequentemente, a produção de alimentos. As áreas no

entorno dos lugarejos, formados pelas idas e vindas das

caravanas nos “caminhos do ouro”, tinham preferência na

concessão das terras aos desbravadores. Boa parte dos

terrenos, porém, era vendida ou trocada, embora o instituto

jurídico de sesmarias o proíbisse.

Com a Independência do Brasil, em 1822, chegou ao

fim o sistema de sesmarias no Brasil, e as terras passaram a

ser negociadas legalmente. Nesse contexto, teve início o

povoamento de São Julião, futuro município de Arcos. Em

1859, Arcos passou à condição de distrito e, em 1938, também

por meio de legislação estadual, foi desmembrado de

Formiga e elevado à categoria de município.

O maior símbolo da cultura arcoense é a Casa de Cultura

(1988). Nela, funcionam a Biblioteca Municipal Jarbas

Ferreira Pires, teatro com capacidade para 236 pessoas,

saguão para exposições e salas de aula de violino, piano,

canto, balé e arte circense. A associação de artesanato do

município tem sede na Praça da Matriz, onde expõe e

comercializa a produção dos membros da entidade.

ARCOS

2.1.8

Arcos

CULTURA

HISTÓRIA

Dentre as várias versões sobre a origem do topônimo

Arcos, a mais aceita pelos historiadores relata que, quando

tropeiros descarregavam as cargas dos animais no

acampamento, uma das barricas se arrebentou,

desprendendo-se os arcos que a cingiam, os quais foram

deixados ao acaso. No dia seguinte, tendo essa caravana se

encontrado com outra, seus integrantes foram indagados

onde passaram a noite, tendo eles respondido: “Às margens

de um córrego onde deixamos alguns arcos”. Conhecido

como Arcos, o local às margens do atual córrego dos Arcos

deu origem ao município.

ORIGEM DO NOME

ABC 30 ANOS

Parque Aquático Adriano Carlos de Oliveira

Page 91: Livro 30 Anos ABC

89

As grutas, paredões e pinturas rupestres localizadas nas

reservas de calcário, com suas belas paisagens, atraem

grande número de visitantes interessados em

conhecimento, esportes e lazer.

O Parque Municipal da Usina Velha com bela queda

d'água, o Parque Aquático Municipal e o complexo do

Parque Municipal de Esportes são outros atrativos turísticos

da cidade. Arcos destaca-se ainda pela preservação de seu

patrimônio histórico, tendo sete bens tombados pelo

Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural:

Capela de São Julião (edificada em 1734), Cruzeiro dos

Mártires (1800), Capela de Bom Jesus (1851), a distribuidora

de energia, hoje conhecida como Casa da Banda (1923),

Subestação Distribuidora de Energia (1924), Casa de

Máquinas do Parque da Usina Velha (1923) e e Gruta da

Cazanga (conjunto paisagístico). A Festa de Nossa Senhora

do Rosário, a mais tradicional da cidade, é considerada

patrimônio imaterial do Município.

Em Arcos, estão instalados os campi avançados da

Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais e da

Faculdade Unipac de Educação e Estudos Sociais. A PUC

Minas oferece os cursos de administração, direito,

enfermagem, psicologia e sistema de informação. Já a

Faculdade Unipac oferece o curso de licenciatura normal

superior.

Em Arcos, funciona uma unidade do Senai-Minas e

uma Escola Técnica Gerencial do Sebrae. O município tem

também uma rede de ensino bem estruturada para atender

à crescente demanda da cidade.

TURISMO

Arcos é parte de uma região onde estão as maiores

reservas de calcário do mundo. Grandes empresas

mineradores exploram o mineral, utilizado na fabricação de

cimento e aço e, ainda, como insumo em larga escala na

atividade agrícola. Em razão disso, é conhecido como Capital

do Calcário. O comércio e a lavoura são as outras atividades

econômicas de destaque no município.

ECONOMIA EDUCAÇÃO

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Matriz de Nossa Senhora do Carmo

Capela de São Julião

Casa de Cultura

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Page 92: Livro 30 Anos ABC

90

ARAXÁ

2.1.9

Araxá

HISTÓRIA

Antes, as terras do extremo oeste do atual estado de

Minas Gerais eram habitadas pelos índios araxás e pelos

integrantes do Quilombo do Ambrósio; ambas

comunidades, porém, foram dizimadas pelo colonizador

português com o objetivo de garantir a posse da região. Os

primeiros homens brancos fixaram-se na localidade na

década de 1770.

A fertilidade da terra e a descoberta do sal mineral, onde

hoje se localiza a Estância Barreiro, logo atraíram grande

número de imigrantes, ocasionando, assim, a criação da

freguesia de São Domingos do Araxá. Em 1766, o Sertão da

Farinha Podre, como era popularmente chamada a região

composta pelo Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, onde se

situava a freguesia, foi anexado à Capitania de Goiás.

Iniciada em 1795, a construção da primeira igreja

matriz de São Domingos foi concluída em 1800 e, pouco

tempo depois, em 1811, a freguesia de São Domingos

tornava-se julgado de São Domingos de Araxá,

desmembrando-se de Desemboque.

Graças a um forte movimento reivindicatório dos

moradores do julgado de Araxá, o Triângulo Mineiro e o Alto

Paranaíba voltaram, em 1816, aos domínios da Capitania de

Minas Gerais. O julgado foi elevado à vila em 13 de outubro

de 1831, sob a condição de o povo edificar, às próprias custas,

o fórum e a cadeia pública. Em 19 de dezembro de 1865

Araxá foi elevada à categoria de cidade.

ABC 30 ANOS

A exploração do nióbio e de minérios fosfatados pela

indústria da mineração, as atividades turísticas, o comércio

regional e a agropecuária são os principais destaques da

dinâmica economia araxaense.

ECONOMIA

ORIGEM TUPI-GUARANI

O topônimo Araxá – em tupi-guarani: “lugar alto onde

primeiro se avista o sol” – é herança da população indígena

que viveu na região e que assim se denominava. Algumas

denominações de ruas e lugares próximos como Pepururé

(caminho tortuoso), Ipiaó (vau do rio), Itacuru (fragmento

grande de pedra ou cascalho), Imbiara (caminho das águas),

Ibiá (encosta, barranco), Jaguara (onça, tigre, cão), Paranaíba

(grande rio imprestável à navegação) e Caetitu (porco do

mato) remetem ao passado indígena.

Grande Hotel de Araxá

Page 93: Livro 30 Anos ABC

91

Araxá conta com uma estruturada rede de educação

básica e de ensino técnico. O Centro Universitário do

Planalto de Araxá (Uniaraxá), entidade mantida pela

Fundação Cultural de Araxá, e o Centro Federal de Educação

Tecnológica (Cefet) sobressaem-se entre as instituições

educacionais do Município.

A cidade conta com vários patrimônios tombados,

dentre eles: Igreja Matriz de São Domingos, Complexo

Hidrotermal do Barreiro, Igreja Matriz de São Sebastião.

Oferece como atrativos culturais: Escola Municipal de

Música, Museu Histórico de Araxá Dona Beja, Museu

Calmon Barreto, Museu Sacro da Igreja de São Sebastião,

Memorial de Araxá, Centro de Cultura, Cine-Teatro Brasil,

Centro de Referência da Cultura Negra e Museu Zema.

O Complexo Hidrotermal, a maior atração turística de

Araxá, está localizado a 6 km do centro da cidade, na Estância

do Barreiro. O suntuoso conjunto arquitetônico Grande

Hotel/Termas foi inaugurado, em 1944, pelo presidente

Getúlio Vargas e pelo governador de Minas Gerais, Benedito

Valadares.

O projeto arquitetônico é de Luiz Signorelli e o

paisagístico de Roberto Burle Marx. No complexo, o turista

pode fazer uso da água mais radioativa do Brasil na Fonte

Dona Beja e da água sulfurosa na Fonte Andrade Júnior. Nas

Termas, podem-se usufruir os banhos medicinais,

tratamentos de pele, aromaterapia, cromoterapia,

massagens, ducha escocesa, saunas, fisioterapia, ginástica,

salões de recreação e de beleza. Desde dezembro de 2001, o

Grande Hotel é administrado pela iniciativa privada. Araxá

faz parte do prestigiado Circuito da Canastra.

CULTURA

EDUCAÇÃO

É tradição comemorar os dias de São Sebastião, Nossa

Senhora d'Abadia, do padroeiro São Domingos, Corpus

Christi e a Semana Santa, com realização de missas,

procissões, novenas, leilões e cortejos. Grupos folclóricos

como folia de reis, congado e moçambique são atuantes. O

artista araxaense Calmon Barreto foi escolhido para ser o

patrono da Fundação Cultural Calmon Barreto. A instituição

funciona no prédio da antiga estação ferroviária da Estrada

de Ferro Oeste de Minas e é responsável pela construção da

memória de Araxá, pela formação e divulgação de talentos

artísticos e pela dinamização das ações culturais da

atualidade.

TURISMO

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Igreja Matriz

de São Domingos

Museu Histórico de Araxá Dona Beja

Peças presentes no Museu Histórico de Araxá Dona Beja

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Page 94: Livro 30 Anos ABC

92

Com a Independência do Brasil, em 1822, findou-se o

sistema de sesmarias que estimulava a doação de terras aos

desbravadores com objetivo de interiorizar a colonização. A

partir daí se instituiu o sistema de compra e venda de terras.

Por volta de 1850, o viajante tenente Francisco Bernardes

comprou grande extensão de terra à margem do rio São

Francisco, e ali estabeleceu um comércio numa paragem,

denominado “Escorropicho”. Após sua morte, a fazenda foi

adquirida por seu sobrinho, o coronel Carlos José Bernardes

Sobrinho, que logo transferiu a sede para as proximidades de

uma área pantanosa dentro da propriedade. Em pouco

tempo, nas cercanias da Fazenda do Pântano, como passou a

ser conhecida, formou-se um povoado denominado São

Carlos do Pântano.

O povoado passou a distrito em 1925 com o nome de

Lagoa da Prata, tendo como sede Santo Antônio do Monte.

Finalmente, pela Lei Estadual n.º 148, de 27 de dezembro de

1938, foi instituído o município de Lagoa da Prata.

LAGOA DA PRATA

2.1.10

Lagoa da Prata

Na economia de Lagoa da Prata, despontam as

atividades das indústrias de açúcar, álcool, alimentos,

farmacêutica, agropecuária e o comércio com destaque para

as áreas de autopeças de motos e bicicletas.

ECONOMIA

ABC 30 ANOS

HISTÓRIA

Em 1862, o fazendeiro português Manuel Novato fez

um açude para obter água suficiente para mover monjolos e

moinhos em sua propriedade, situada nas proximidades da

Fazenda do Pântano. Com o aterro, parte das águas do

pântano fluiu para o açude, transformando-o numa lagoa

de grande beleza. Diante dela, missionários franciscanos

que visitaram a região na época exclamaram: ''Bela como se

fosse uma lagoa de prata''. Estava “batizada” a represa. Em

fevereiro de 1916, com a chegada da ferrovia à região, a

estação ferroviária do povoado recebeu igualmente o nome

de Lagoa da Prata. Em fevereiro de 1925, o povoado foi

elevado a distrito, adotando o nome dado à estação e à lagoa.

ORIGEM DO NOME

Igreja de São Carlos Borromeu

Page 95: Livro 30 Anos ABC

93

A Futura (Fundação de Turismo e Cultura de Lagoa da

Prata), a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, com a

Academia Lagopratense de Letras e a Banda de Música Lira

São Carlos destacam-se na promoção de eventos culturais no

município.

A praia da Lagoa da Prata é local tradicional de lazer e

prática de esportes dos moradores e visitantes. O rio São

Francisco, com seus afluentes, lagoas e represas atraem

também grande número de turistas. A cachoeira da

Cemiguinha e a ponte de ferro instalada sobre o rio São

Francisco na divisa entre os municípios de Lagoa da Prata e

Luz, com toda a estrutura fabricada na Alemanha, são outros

atrativos turísticos da região. A festa de carnaval é uma das

preferidas dos foliões mineiros e a Expô Lagoa, exposição

agropecuária, realizada tradicionalmente em junho, conta

com grande prestígio na região.

O município tem uma bem estruturada rede de ensino

médio e fundamental.

CULTURA TURISMO

EDUCAÇÃO

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Vista parcial da cidade

Praia de Lagoa da Prata

Ponte de ferro instalada sobre o Rio São Francisco

NO

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MIN

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Page 96: Livro 30 Anos ABC

94

O povoado dos Campos de Sant'Ana das Lavras do

Funil teve início na década de 1720. Os bandeirantes

chegaram à região em busca de ouro, mas, por causa da

escassez do metal, ocuparam-se com atividades

agropecuárias, em especial a cultura de cereais e criação de

gado. No início, esgotadas as minas, os habitantes do

incipiente arraial dedicaram-se à agricultura e ao trabalho

pastoril. Estas atividades prosperaram muito e

consolidaram-se com o passar dos anos e tornaram-se fator

importante de fixação do elemento humano nessa região.

Em 1737, os moradores receberam do governador da

Capitania de Minas Gerais, Martinho de Mendonça, a posse

das glebas, por meio de carta de sesmaria – instituto jurídico

adotado pela Coroa Portuguesa para estimular a ocupação

das terras da Colônia. Em seguida, os desbravadores pediram

autorização ao bispo de Mariana, dom frei Manuel da Cruz,

para se erguer uma capela. Em 1751, concedida a

autorização, logo se formou o povoado, “batizado” de

Campos de Sant'Ana das Lavras do Funil, em homenagem à

padroeira do lugar, Sant'Ana.

Em 1760, a sede paroquial foi transferida de Carrancas

para Lavras. Em 1813, o arraial foi transformado em

freguesia, sendo desmembrado de Carrancas. Em 1931, a

freguesia passou à condição de vila, obtendo assim a sua

emancipação política e administrativa. Finalmente, em

1968, foi alçado à categoria de município, com o nome de

Lavras.

LAVRAS

2.1.11

Lavras

HISTÓRIA

ABC 30 ANOS

Museu Bi Moreira

No início, esgotadas as minas, os habitantes do

incipiente arraial dedicaram-se à agricultura e ao trabalho

pastoril. Estas atividades prosperaram muito e

consolidaram-se com o passar dos anos. Na mola propulsora

do desenvolvimento, este fato tornou-se um fator

importantíssimo de fixação do elemento humano nessa

região.

DETALHE

Vista parcial da cidade

Page 97: Livro 30 Anos ABC

95

De acordo com a tradição oral que, achando-se a bandeira

de Bartolomeu Bueno do Prado acampada em Pouso do Funil,

um de seus integrantes, chamado Romualdo Pedrosa da Costa

Lima, se perdeu sobre os fervedouros formados pelas águas que

caíam no turbilhão da cachoeira do funil do rio Grande,

voltando à tona, para espanto de seus companheiros de jornada,

após um dia e uma noite, como se fosse uma aparição do outro

mundo. Daí, a partir desse milagre, o destemido bandeirante

depositou na colina do pouso do funil uma imagem de Sant’ana,

santa de sua especial devoção, padroeira de sua bandeira.

Advém desse acontecimento o primeiro nome de Lavras:

Sant´Ana das Lavras do Funil.

ORIGEM DO NOME

Polo regional, Lavras tem uma economia ativa e

diversificada. Na agropecuária sobressaem o cultivo de café

e a produção de leite e seus derivados. Já no setor industrial,

em franco desenvolvimento, destacam-se os setores

agroindustrial e metalúrgico. O comércio e o setor de

serviços igualmente demonstram grande vitalidade

econômica.

Reconhecida como polo de ensino na região, possui

quatro instituições de nível superior: a Universidade

Federal de Lavras (Ufla), o Centro Universitário de Lavras

(Unilavras), as Faculdades Integradas Adventistas de Minas

Gerais (Fadminas) e a Faculdade Presbiteriana Gammon. A

cidade também abriga uma unidade do Senai e outros

cursos técnicos profissionalizantes. Lavras conta ainda com

uma dinâmica rede de ensino básico.

Uma das grandes atrações turísticas de Lavras é o

parque ecológico Quedas do Rio Bonito, que oferece

deslumbrantes paisagens da região. A reserva florestal tem

outras atrações como cachoeiras, piscinas naturais, trilhas

para caminhadas, restaurantes e mirante. Da serra do

Campestre (ou da Bocaina), ponto culminante da cidade,

tem-se ampla e bela visão da região. A Lavras Rodeo

Festival, em maio, a Semana da Cultura, em julho, e a

micareta Lavras Folia, realizada tradicionalmente em

outubro, merecem destaque no calendário de festas do

município. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída

entre 1751 e 1765 e conhecida como Matriz de Sant'Ana até

1917, foi tombada pelo Instituto Nacional do Patrimônio

Histórico em 1948.

Lavras conta com o Museu Bi Moreira, situado no

campus da Ufla, onde se encontram fotos, documentos e

objetos de uso geral relacionados à história da cidade;

Museu Sacro de Lavras, com obras sacras do século XVIII;

Casa de Cultura; e o Teatro Municipal, instalado num

imóvel de destacada beleza arquitetônica, sede da antiga

estação ferroviária. Outra atração é a Feira de Artesanatos,

que ocorre aos domingos, com uma grande variedade de

peças e ainda com delícias da gastronomia local.

CULTURA ECONOMIA

EDUCAÇÃO

TURISMO

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Casa de Cultura

NO

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MIN

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Page 98: Livro 30 Anos ABC
Page 99: Livro 30 Anos ABC
Page 100: Livro 30 Anos ABC
Page 101: Livro 30 Anos ABC

COMPROMISSO com Minas Gerais.

A Yoki é uma empresa brasileira e familiar, sucessora da Kitano S/A, fundada por Yoshizo Kitano em 1960. A empresa vem acompanhando as transformações do setor alimentício, sempre investindo em produtos que atendam às necessidades dos mineiros.

Comprometida com o meio ambiente, a Yoki possui modernos e eficazes processos de tratamento em suas fábricas. Com estes, conseguimos reduzir a emissão de resíduos industriais e sanitários no meio ambiente.

Por tudo isso, a Yoki é reconhecida como um ícone de qualidade e tradição e tem orgulho de fazer parte dos 30 anos dos Supermercados ABC!

Page 102: Livro 30 Anos ABC

O ABC fortalece parcerias contínuas com seus fornecedores

nacionais e internacionais, sempre buscando melhores

condições de preço e qualidade aos nossos clientes, gerando

desenvolvimento para o nosso estado e para toda a nossa região.

Em torno de 60% dos nossos negócios são realizados no

estado de Minas Gerais, sendo uma preferência absoluta em

nossas escolhas comerciais, a exemplo dos fornecedores

regionais, que juntos representam mais de 20% das nossas

compras. O produtor rural regional engrandece este cenário e

recebe um atendimento especial por parte da Rede ABC de

Supermercados, que valoriza e estimula a agricultura familiar,

promovendo o desenvolvimento no campo.

Várias empresas fornecedoras da região são parceiras da

Rede ABC como, por exemplo: Arapé, Karinho, Iogurtes

Trevinho, Avivar, Frigolemos, Zapel, Arroz Codil, Farmax,

Embaré, Açúcar Caeté, Fox Foto, Diviclean e muitas outras. Estes

são exemplos de algumas empresas que atingiram grande

índice de aceitação também em outras redes supermercadistas.

NOSSAS POLÍTICAS

3.1

Contribuímos para a melhoria do padrão gerencial dos

fornecedores, disponibilizando informações e promovendo

atividades conjuntas. Além disso, nos Supermercados ABC, a

norma é o tratamento justo aos fornecedores individuais e

grupos de comunidade, como cooperativas de pequenos

produtores de hortifrutigranjeiros, por meio dos quais

incentivamos programas de qualificação e de transferência de

tecnologia. Além disso, estimulamos a formação de redes ou

cooperativas de pequenos fornecedores, ajudando-os a

adequarem-se a novos padrões de fornecimento.

dos negócios realizados pelo ABC estão inseridos no estado

de Minas Gerais.

60%

APOIO

OS VALORES DA EMPRESA

Temos mecanismos formais que permitem que sejam

transferidos para a cadeia de fornecedores os valores e

princípios da empresa, tais como boas condições de trabalho,

ausência de mão de obra infantil, proteção ao meio

ambiente, equidade de gênero, transparência, participação e

prestação de contas. Trabalhamos com produtos importados,

na busca do equilíbrio mercadológico.

100 ABC 30 ANOS

Page 103: Livro 30 Anos ABC

NOSSOS FORNECEDORES

3

Page 104: Livro 30 Anos ABC

VALORIZANDO OS

PRODUTOS DE MINAS3.2

102 ABC 30 ANOS

Ao longo destes 30 anos, o ABC firmou uma sólida e

duradoura parceria com os seus fornecedores, sustentada em

negociações objetivas e transparentes. “Escolhemos empresas

que ofereçam melhor qualidade em produtos, com menor preço

e boas condições de pagamento. Somente assim, reduzindo o

custo das mercadorias, podemos competir no concorrido ramo

supermercadista”, adianta Ronaldo Peixoto, vice-presidente

comercial do ABC. “Trabalhamos com empreendedores sérios,

que têm compromisso com a sustentabilidade, cumpridores da

legislação trabalhista, que respeitam as normas quanto à

qualidade e à segurança dos produtos,” complementa Thúlio

Fernandes Martins, executivo de vendas, de operação,

marketing e importação da empresa. Os exigentes critérios de

escolha dos fornecedores e de negociação são confirmados por

Djalma Alves do Amaral, representante da Amafil, produtora de

polvilho. “Vender para o ABC não é fácil, a empresa quer sempre

o melhor produto com preço cada vez mais baixo, pois está

sempre pensando no cliente”. Ele ressalta, porém, que “as

negociações são claras e justas” e que o “ABC respeita os

fornecedores, aceita novas ideias e está sempre aberto para

novos produtos, o que nos faz manter a parceria”. Marcos

Augusto da Silva, 46 anos, casado, dois filhos, gerente área de

perfumaria, limpeza, bazar e drogaria do ABC, destaca que

“Estamos constantemente recebendo novos fornecedores,

conferindo a qualidade e o preço dos produtos, abrindo a

possibilidade de novos negócios, sempre na perspectiva de

PARCERIA SÓLIDA

Djalma Alves, da Amafil:

As negociações com o ABC são claras e justas

Marcos Augusto,

gerente Comercial

não Alimentos

Geraldo Magela Ribeiro,

parceiro de primeira hora

da empresa

Page 105: Livro 30 Anos ABC

103UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

NO

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atender à demanda de nosso cliente". Funcionário há 18 anos da

empresa, ele enfatiza que “a relação ABC/fornecedor evoluiu

muito nos últimos anos: sem dúvida, atualmente existe uma

relação de verdadeira parceria entre as partes. Antes, era comum

o fornecedor e a empresa defenderem somente seus respectivos

interesses; hoje, isso não mais existe: as partes unem-se para

oferecer um produto de qualidade e a preço acessível para o

cliente. No final, ambas saem ganhando com o aumento das

vendas”. Parceiro de primeira hora do ABC, o representante

comercial do Açúcar Caeté, Geraldo Magela Ribeiro, confirma a

evolução nas negociações entre empresa e fornecedores: "O

importante é manter a fidelidade do cliente ao produto e ao

ponto de venda, ocorrendo isso, todos ganham". Pedro Pieroni,

80 anos, viúvo, três filhos, fazendeiro e empresário do ramo

imobiliário, em Formiga, foi fornecedor de bovinos para o ABC

durante mais de 15 anos. Velho amigo da família Martins

Amaral, ele afirma “que negociar com Valdemar e Walchir foi

uma agradável e produtiva experiência. Sempre existiu total

confiança entre nós; as negociações eram sempre muito sérias e

honestas e o pagamento feito sempre em dia”.

Mais de 1.000 empresas, entre regionais, nacionais e do

exterior são fornecedoras do ABC. Cerca de 16 mil itens

compõem o mix de produtos da empresa, entre produtos de

bazar, papelaria, presentes, perfumaria, limpeza, mercearia,

açougue, frios, laticínios, hortigranjeiros, funcionais (linhas

light e diet) e importados. As compras no exterior, em sua

Para Antônio Carlos, da Avivar, uma das

características do ABC é a valorização regional

Arlindo de Melo Filho, grupo Amep

maioria, são feitas em conjunto pelas empresas-sócias da Rede

Brasil de Supermercados. Entre as empresas de grande porte, o

ABC tem como fornecedores a Sadia, Nestlé, Ambev, Colgate e

Unilever, detentores de marcas já consagradas no mercado.

Em condições iguais de negociação e de oferta de produtos,

o ABC dá preferência aos fornecedores locais e regionais. “Nosso

objetivo é estimular a produção e a geração de emprego e renda

na região”, adianta o presidente, Valdemar Martins do Amaral.

“Características muito importantes do ABC são a valorização e o

incentivo aos fornecedores regionais, o que faz com que haja

circulação das riquezas nas praças onde atua”, testemunha

Arlindo de Melo Filho, presidente da Arapé Agroindústria,

tradicional fornecedora da corporação. A opção pelos produtores

Pedro Pieroni forneceu bovinos

para o ABC durante mais de 15 anos

Page 106: Livro 30 Anos ABC

104 ABC 30 ANOS

regionais é confirmada também por Antônio Carlos Vasconcelos

Costa, vice-presidente e cofundador da Avivar Alimentos e

presidente da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig):

“O ABC dá sempre preferência ao produtor e às empresas da região.

Esta maneira de pensar e agir de sua direção lhes confere um grande

atributo, pois a torna indutora do crescimento da atividade

econômica regional, onde está instalada sua base de negócios,

distribuindo renda e trabalho às pessoas que estão no seu entorno”,

enaltece o empresário.

Entre os cerca de 250 fornecedores da região, pelo menos a

metade pertence à agricultura e à agroindústria familiar. Deles o ABC

compra principalmente produtos hortifrutigranjeiros. A empresa

paga o preço de mercado e, em geral, compra a maior parte do que é

produzido, evitando que o produtor tenha que fazer negócios fora da

região. Assim, o fornecedor economiza tempo e evita despesas extras.

É o caso de Braz Fabião Cordeiro, 74 anos, e os filhos, Geraldo Clécio e

Cléidio, fornecedores de milho-verde em espiga há 20 anos. “Antes, a

nossa produção era levada para a Ceasa, Contagem. Era uma vida

difícil: a gente tinha que dormir no caminhão para esperar a hora de

descarregar a mercadoria, havia também as despesas com

combustível, alimentação e taxas da Ceasa; sem falar no tempo que

gastávamos na viagem, lembra Geraldo Clécio. A parceria com o ABC

trouxe uma nova realidade para o negócio, relata Cléidio Cordeiro.

“De um lado, mantivemos a garantia do preço de mercado para o

nosso produto; por outro, eliminamos as viagens e o pagamento de

taxas à Ceasa e ganhamos mais tempo para dedicar à produção”, José Alves Branquinho, exemplo da boa parceria

mantida entre o ABC e os produtores rurais

Braz Fabião Cordeiro (ao meio) e seus

filhos Cléidio e Clécio

Page 107: Livro 30 Anos ABC

105UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Nilson Sérgio,

presidente da Aprafad

destaca o agricultor. Por opção econômica, a partir da parceria com

o ABC, a família passou a produzir milho; antes, produziam tomate.

Os produtores entregam, em média, semanalmente, 500 quilos do

produto no Centro de Distribuição e Administração (CDA), da

empresa em Divinópolis. No período chuvoso, época de aumento

da produção, chegam a entregar cerca de 150 caixas por semana. O

milho-verde é produzido no sistema de irrigação numa área de 23

hectares da fazenda de propriedade da família na comunidade

rural de Buritis, em Divinópolis. Braz Fabião Cordeiro considera

que a parceria com o ABC é bastante proveitosa para os produtores.

Ele conta que o ABC os ensinou “até embalar o milho ao incentivar

a troca dos antigos sacos plásticos por bandejas, reduzindo bastante

a perda do produto”. Entre as vantagens elencadas para manter a

parceria com a empresa, eles apontam também o pagamento em

dia. “O produtor pode fazer compromisso com o dinheiro e isso nos

dá uma grande tranquilidade para trabalharmos,” resume Cléidio.

O agricultor José Alves Branquinho, 49 anos, casado, três

filhos, faz coro com a família Cordeiro nos elogios à parceria de 20

anos que mantém com a empresa: “É bom trabalhar com o ABC: a

entrega da produção é facilitada, o preço é bom e o pagamento é em

dia, o que representa uma grande vantagem para o fornecedor que

fica tranquilo para se dedicar ao serviço”. Em época de maior

colheita, ele chega a entregar os produtos até três vezes por semana

no CDA – Centro de Distribuição e Administrativo. Branquinho,

como é popularmente conhecido, produz uva, mexerica e legumes

no sítio de 29 hectares na comunidade de Posse, município de

Divinópolis. O diálogo constante e flexibilidade do ABC nas

negociações são citados igualmente por Branquinho, como

exemplo da “boa parceria mantida pela empresa com os

agricultores“. Antes, tínhamos que entregar os produtos de loja em

loja, o que resultava em gasto maior de tempo e mais despesas com

transporte, no entanto, depois de conhecer nossas dificuldades, a

empresa concentrou a entrega diretamente no CDA, o que facilitou

bastante para a gente”, exemplifica o agricultor.

Tradicionalmente, no segundo semestre de cada ano, o ABC

realiza no CDA o Encontro dos Produtores da Agricultura Familiar

de Divinópolis e Região. A programação inclui palestras,

conferências, debates, mesas-redondas sobre temas de interesse dos

produtores e suas famílias. O encontro, que reúne cerca de 500

participantes a cada edição, é realizado em conjunto com a

Associação dos Pequenos Produtores da Agricultura Familiar de

Divinópolis (Aprafad). O presidente da entidade, Nilson Sérgio

Pereira, agricultor, 36 anos, casado, quatro filhos, considera que “a

parceria consistente do ABC com a agricultura familiar mantém

os recursos na região, contribui para crescimento das atividades

no campo e proporciona melhores condições de vida e trabalho

dos agricultores”, reconhece. Nilson produz pimentão, couve-

flor, berinjela, abobrinha e milho-verde, em cinco dos 23

hectares do Sítio São José, situado na comunidade de Buritis em

Divinópolis. Ele também é diretor do Sindicato dos

Trabalhadores Rurais de Divinópolis, São Sebastião do Oeste e

Pedra do Indaiá. A Aprafad tem 124 famílias cadastradas e o

sindicato cerca de oito mil trabalhadores associados. Os

agricultores locais fornecem também para o Programa

Nacional de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar,

mantido pelo Governo Federal e executado em parceria com os

estados e municípios.

O ABC mantém outras iniciativas de apoio e incentivo à

produção familiar, entre elas: repassa conhecimentos técnicos

de produção e comercialização, facilita o acesso dos produtores

aos cursos de capacitação e estimula o associativismo por meio

da formação de cooperativas e redes de fornecedores. O vice-

presidente de Logística, Walchir Dias Amaral, define a

importância dos fornecedores para o ABC: “Nós buscamos

sempre reforçar a nossa aliança com os fornecedores, pois eles,

com os clientes e funcionários, formam o tripé que sustenta

nossa presença no mercado”.

NO

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Page 108: Livro 30 Anos ABC

106 ABC 30 ANOS

ENCONTRO COMPRODUTORES

RURAIS

Em 2008, o ABC tomou a iniciativa de reunir, num só lugar,

produtores rurais da região para um bate-papo com

representantes de diversas instituições e órgãos

governamentais. O que de início seria um roda de conversa

sobre temas de interesse dos produtores rurais e familiares,

transformou-se em um grande encontro setorial. Foi uma tarde

inteira de proveitosas palestras e debates sobre as coisas do

campo. Enquanto os produtores participavam das palestras

sobre técnicas de plantio e embalagem da produção, por

exemplo, suas esposas e filhas informavam-se sobre temas

como saúde física e psicológica da mulher, culinária regional,

entre outros assuntos de seu interesse. Já as crianças brincaram

na “rua de lazer” com pinturas, cama elástica e pipoca. Ao final,

O EVENTO

um bufê com comidas típicas da roça e show abrilhantaram

ainda mais a festa. Foi um sucesso!

O Encontro com Produtores Rurais, então, criou raízes e

entrou para o calendário anual do setor. Em julho de 2012,

ocorreu sua 5.ª edição. Desde sua primeira edição, o evento vem

consolidando-se como um dos grandes eventos da agricultura

familiar em Divinópolis e região, com mais empresas, entidades

e autoridades dele participando: Associação dos Produtores da

Agricultura Familiar de Divinópolis, governo estadual,

Fetaemg, Emater, governo dos municípios da região,

Cooperativa Agropecuária de Divinópolis, bancos, planos de

saúde, entre outros.

Page 109: Livro 30 Anos ABC

107UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Acima, encontro com produtores rurais

realizado em 2012 e, ao lado,

confraternização do mesmo

evento, realizado em 2011

NO

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Page 110: Livro 30 Anos ABC

RELACIONAMENTO

4.1

Temos uma política formal de comunicação alinhada com

nossos princípios e valores, abrangendo todo o nosso material

de comunicação interno e externo.

O material de comunicação destinado aos clientes é sempre

atualizado para tornar mais transparente o relacionamento e

mais seguro o uso de nossos produtos. Informamos o cliente

sobre alterações na característica de nossos produtos e serviços

(composição, qualidade, prazos, peso, preço etc.).

Realizamos análises prévias das nossas peças publicitárias

para verificar a conformidade com nossos valores e princípios.

Asseguramos uma comunicação responsável ao público

infanto-juvenil, observando as leis e diretrizes que a regem.

COMUNICAÇÃO COMERCIAL

108 ABC 30 ANOS

Page 111: Livro 30 Anos ABC

NOSSOS CLIENTES

4

Page 112: Livro 30 Anos ABC

110

AÇÕES

4.2

ATENDIMENTO

ABC 30 ANOS

Valdemar realiza atendimento

com cliente na Loja

"Proporcionamos fácil acesso do cliente ao serviço de

informação de seu interesse, registrando e comunicando

internamente as suas manifestações, resolvendo rápida e

individualmente as demandas e orientando-o sobre os

procedimentos adotados. Os Supermercados ABC possuem

uma política de avaliação constante do atendimento. Para

isso, estamos sempre criando formas de interação com o

cliente, com o intuito de melhorar nossa forma de atuação".

"Estamos sempre criando formas de interação com o cliente,

com o intuito de melhorar nossa forma de atuação".Valdemar, sobre o atendimento aos clientes.

Page 113: Livro 30 Anos ABC

Possuímos uma política para que indicadores, dados ou

informações gerados por meio dos diálogos com os diversos

grupos sejam utilizados no processo de planejamento geral da

empresa. Temos, ainda, uma normativa de proteção à

privacidade das informações do cliente.

A UTILIZAÇÃO DOS DADOS

Híper ABC São José – Divinópolis

Page 114: Livro 30 Anos ABC

112

LOJAS

4.2.1

RELAÇÃO COM O CLIENTE

tecnologias que modificam hábitos, costumes e

comportamentos. Um dos exemplos dessa mudança são as

representantes do sexo feminino, que em número cada vez

maior ingressam no mercado de trabalho.

Em 1980, as brasileiras representavam cerca de 26% da

força de trabalho do país. Atualmente, respondem por 53%,

conforme aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE). Mais independentes e com participação

maior nas rendas das famílias, elas provocam constantes

alterações dos padrões e tendências do mercado

consumidor. Os brasileiros da terceira idade é outro exemplo

de público em metamorfose. A maioria deles tem renda

própria, está vivendo mais e mostra-se cada vez mais

independente. Decifrar suas necessidades de consumo

constitui também desafio árduo para os especialistas.

A tarefa de fidelizar o cliente sempre representou um

grande desafio para os empreendedores. As grandes

transformações ocorridas no país e no mundo nas últimas

décadas tornaram ainda mais complexa essa empreitada. O

setor supermercadista, responsável pelo abastecimento de

grande parte de nossa população, não foge a essa realidade.

Hoje, as empresas do ramo buscam respostas consistentes

para as mais variadas demandas do público consumidor.

Elas se esforçam, por exemplo, para atender a contento

o grande contingente de pessoas que passou a integrar o

mercado de consumo no novo cenário da economia

nacional – e não são poucos: cerca de 28 milhões de

brasileiros somente na última década, com previsão de se

chegar a 45 milhões até 2014. Ao mesmo tempo, as empresas

tentam responder às exigências da clientela, que está

igualmente em constante mutação pelo impacto das

transformações socioeconômico-culturais e das novas

ABC 30 ANOS

Paulo Rodrigo Natividade Milagre, presidente da Academia

Divinopolitana de Letras e cliente do ABC, e Valdemar

Page 115: Livro 30 Anos ABC

113

NO

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OS

CL

IEN

TE

S

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Eduardo César Russo Leal

Para conhecer e compreender as tendências desse

universo de consumo, a opção mais segura para as empresas

é intensificar o diálogo com os clientes. Este também é o

caminho escolhido pelos Supermercados ABC. A empresa

vem estabelecendo, ao longo dos anos, canais permanentes

de comunicação com os consumidores, como, por exemplo,

o Conselho de Clientes.

Formados em cada loja, os conselheiros são escolhidos

entre os clientes mais participativos. Os nomes são

cadastrados e, posteriormente, eles são convidados pela

gerência da loja a participar de uma reunião, agendada a

cada semestre. Nela os conselheiros expõem o que pensam,

fazem sugestões e reivindicações a respeito de produtos e/ou

unidade de vendas. Num segundo encontro, no semestre

seguinte, a empresa informa aos conselheiros a quais

solicitações ela poderá atender e o prazo para que isso ocorra;

já aqueles que não podem ter seus pleitos atendidos,

igualmente, merecem justificativas por parte do ABC.

A conduta da empresa é elogiada por Eduardo César

Russo Leal, 35 anos, advogado, casado, sem filhos, ex-

integrante do conselho de clientes. “É elogiável a atitude do

ABC de sempre dar uma resposta clara e objetiva às críticas e

sugestões feitas pelo conselho; eu me senti respeitado e

valorizado como conselheiro e como cliente”, enaltece.

Sempre no mês de outubro, em comemoração ao Dia das

Crianças, é realizado no Híper Centro, em Divinópolis, como

é conhecida a loja, o Conselho dos Clientes Mirins. As

crianças têm a oportunidade de expor o que pensam e

querem do ABC por meio de redações e desenhos. Os

resultados causam, invariavelmente, agradáveis surpresas.

Para se ampliar o universo da consulta de opinião dos

clientes, a composição desses conselhos é renovada a cada

ano.

Para assegurar a preferência do consumidor à sua

bandeira, o ABC adota ainda a estratégia de alinhar os

interesses gerais da empresa às necessidades, aos desejos e às

aspirações do cliente. Assim, antes de abrir novas lojas, a

empresa quer saber quais as demandas de consumo do

público a ser atendido. É realizada, então, uma pesquisa a

Edmar Cardoso, gerente de Marketing

fim de se ouvir também a opinião dos futuros consumidores.

“A fidelização do cliente não é apenas uma preocupação, é

nosso objetivo permanente, está presente em cada setor da

empresa e todos se empenham para atingi-la; no processo de

negociação com os fornecedores, por exemplo, sabemos que

precisamos comprar produtos de excelente qualidade pelo

menor preço a fim de ter condições de revendê-los em iguais

condições ao nosso cliente”, explica o gerente de marketing,

Edmar Cardoso.

Outro exemplo citado pelo executivo relaciona-se com

as condições sanitárias dos produtos: “Procuramos garantir a

excelente qualidade de nossas mercadorias e serviços;

Page 116: Livro 30 Anos ABC

114

cumprimos todas as determinações da legislação em vigor e

mantemos, inclusive, um programa, coordenado por

profissional especializado, para desenvolver ações de

prevenção e proteção à saúde e à segurança do consumidor”,

assegura Edmar Rodrigues.

ABC 30 ANOS

"Os investimentos do ABC na capacitação de seu

quadro de pessoal têm reflexo direto na relação da empresa

com o cliente, outro pilar de sustentação da atividade

supermercadista. “Para que o produto chegue à casa do

cliente em perfeitas condições, é necessária a montagem de

um complexa rede operacional, que se inicia na escolha e

compra da mercadoria e se encerra no momento em que ela

é embalada no caixa da loja. Para que esta rede operacional

Oséias Messias,

supervisor regional

funcione perfeitamente, é fundamental o investimento em

treinamento e motivação dos funcionários para que cada

um desempenhe a contento a sua função nesta grande

engrenagem”, explica Marcelo da Silva, 32 anos, graduando

em administração de empresas, uma filha, supervisor

regional e funcionário da empresa há 15 anos.

“A nossa grande meta é transformar o comprador

esporádico, aquele que frequenta ocasionalmente nossa

loja, em cliente fiel. Para isso, procuramos dar a todos os

clientes um tratamento especial, atendendo às suas

aspirações e aos seus desejos de forma ética e transparente”,

explica Oséias Messias Ferreira, 35 anos, casado, três filhos,

graduado em gestão comercial, supervisor regional de

operações e serviços do ABC.

As ações desenvolvidas pela empresa para fidelizar a

clientela têm alcançado o seu objetivo. Na família de

Genoveva Vilela Teixeira, 72 anos, costureira aposentada,

sete filhos, todos são clientes da empresa: “Eu, meus filhos e

netos gostamos muito de comprar no ABC: a oferta de

produtos e de marcas é variada, o preço é muito bom e os

funcionários são bastante atenciosos”, elogia a dona de casa,

freguesa há quase vinte anos da loja ABC do bairro Porto

Velho, bairro onde reside em Divinópolis.

O advogado e juiz aposentado Wellington Antônio

Ferreira, 66 anos, casado, cinco filhos, igualmente,

D.r Wellington Antônio Ferreira

Marcelo da Silva,

supervisor regional

Page 117: Livro 30 Anos ABC

115UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Embalador Hélio Silveira,

22 anos trabalhando no ABC

S.ra Genoveva,

cliente da loja do bairro

Porto Velho - Divinópolis

demonstra satisfação com a atuação da empresa. “As lojas

têm boa estrutura, os produtos são bons e seguros e os

gerentes e funcionários são atenciosos e acolhedores”,

enaltece. Cliente da loja ABC, localizada na avenida 1.º de

Junho em Divinópolis, Wellington Ferreira destaca

também que “os gerentes recebem com muita tranquilidade

as sugestões e críticas feitas pelos consumidores”. O bom

atendimento prestado pelos funcionários também é

destacado por Eduardo Leal: “Eles são capacitados e

prestativos. Quando tenho alguma dúvida sobre a marca de

um vinho para acompanhar um determinado prato, o

sommelier da loja sempre me dá sugestões valiosas”, conta o

advogado.

O investimento na formação específica dos

funcionários que lidam diretamente com o público é outra

estratégia utilizada pelo ABC para reter sua clientela. Eles

frequentam cursos de atendimento e regularmente passam

por processos de reciclagem e atualização de

conhecimentos. O embalador Hélio Silveira, 47 anos,

divorciado, espelha a relação de excelência que empresa

deseja manter com a clientela. Há 22 anos trabalhando na

loja ABC da avenida 1.º de Junho, em Divinópolis, ele é

responsável pela embalagem e entrega das compras em

domicílio. Sempre solícito e atencioso, Hélio não só ganhou

a simpatia, mas, também, a confiança dos clientes: alguns

deles fazem questão de que o embalador entre em suas

residências e os ajude a “guardar” as compras. O

inquestionável carisma do embalador entre os fregueses

rendeu-lhe nova função no ABC: a de “garoto-propaganda”.

Por duas vezes, ele cedeu sua imagem para ser utilizada em

peças publicitárias da empresa: uma foi veiculada em jornal

de oferta, outra, em televisão. E ao que parece, Hélio gostou

muito da experiência: “Toda vez que precisarem, com

grande prazer, eu estarei à disposição”.

O ABC adota uma linha transparente e objetiva

também nos processos de comunicação com o público. As

campanhas publicitárias, veiculadas em mídias diversas,

como televisão, rádio, jornal de ofertas, guardam o rigor ético

que orienta as demais atividades da empresa. “As

mensagens sobre os produtos e serviços colocados em oferta

nos pontos de vendas são claras e transparentes e, acima de

tudo, resguardam sempre os interesses e necessidades de

nossos clientes”, afirma Edmar Cardoso.

A sadia cumplicidade existente entre ABC e seus

clientes goza de reconhecimento pelo mercado. O

empresário Arlindo de Melo Filho, presidente da Arapé

Agroindústria, sediada em Formiga, assegura: “Nestes 30

anos, o Supermercado ABC é uma fonte de inspiração para a

nossa empresa. São 30 anos de crescimento exponencial e

arrojado, sem perder a qualidade e o foco no cliente;

trilhando esse caminho, o ABC estará sempre rumo ao

sucesso, e nós, fornecedores e parceiros, estaremos cada vez

mais orgulhosos de fazer parte desta história”. A dona de

casa Genoveva Teixeira estende os elogios para o presidente

da empresa, Valdemar Martins do Amaral, que desde a

fundação do ABC cultiva o hábito de dialogar regularmente

com os clientes nas unidades de venda. “Ele é simples,

educado e atencioso; sempre conversa com a gente para

saber se estamos satisfeitos com o que encontramos nas

lojas. “Valdemar é nota dez”, resume.

NO

SS

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Page 118: Livro 30 Anos ABC

ABC 30 ANOS116

O cliente pode também se comunicar com a empresa por

meio do site www.superabc.com.br. Pelo sítio eletrônico, o

freguês pode enviar mensagem para o gerente de loja ou até

mesmo para o presidente do ABC. Logo após o recebimento da

mensagem, é feita uma avaliação de seu conteúdo e a resposta é

dada também via correio eletrônico e, se necessário, um

representante da empresa faz uma visita pré-agendada à casa do

cliente para ouvi-lo e, posteriormente, se possível, atendê-lo.

O cliente pode ainda dialogar com a empresa, por meio do

contato direto com o gerente de loja e supervisores. “Temos

NOVAS FERRAMENTAS

www.superabc.com.br

sempre um representante à disposição para receber e resolver as

críticas da clientela”, lembra Fernando Sérgio Maia, supervisor

regional.

Numa iniciativa no ramo supermercadista regional, o ABC

instalou em cada caixa de suas lojas um terminal eletrônico

para aferir o grau de satisfação da clientela com o atendimento

dos operadores. Antes de efetuar o pagamento das compras, o

cliente é convidado a fazer uma avaliação do desempenho do

operador por meio do aparelho acoplado ao caixa.

Page 119: Livro 30 Anos ABC

ACESSIBILIDADE

4.2.2

Entre os trabalhadores do ABC, os deficientes físicos

recebem atenção especial. Desde 2001, eles fazem parte do

quadro de pessoal, ocupando funções em variados setores

da corporação. “O ABC formou uma cultura de contratação e

de integração ao trabalho também desta categoria

profissional, e hoje nossos conhecimentos se tornaram

referência para outras empresas seguirem o mesmo

caminho”, assegura o diretor da área, Vicente Bolina.

Anualmente é realizado o seminário “Conhecer para

intervir” com o propósito de facilitar o relacionamento dos

demais funcionários com os deficientes e a integração deles

na empresa. Especialistas e profissionais que trabalham com

deficientes em escolas, associações, entidades e empresas são

convidados para proferir palestras, participar de debates e

trocar experiências e conhecimentos sobre o tema.

Dunicéia Maria de Lemos, 42 anos, casada, dois filhos,

tem deficiência visual grave desde criança. Determinada a

“vencer na vida”, aos 12 anos começou a trabalhar como

empregada doméstica, Depois de 23 anos na profissão,

Dunicéia foi contratada em 2005 pela loja ABC, do bairro

Bom Pastor, Divinópolis. Inicialmente trabalhou no serviço

de faxina, depois ocupou o cargo de recepcionista no

guarda-volume. Há quatro anos, foi promovida a operadora

de caixa. “Eu agradeço muito ao ABC por ter acreditado em

mim e, assim, ter possibilitado a realização de meu sonho de

trabalhar no comércio em contato com o público, diz

emocionada. Ela conta que desde pequena queria um

trabalho que “permitisse o contato constante com as

pessoas" – "eu gosto muito de gente”, acrescenta.

A operadora participa com entusiasmo do

treinamento de formação profissional e não perde

nenhuma oportunidade para manter-se informada

sobre novidades relacionadas ao seu trabalho na

empresa. Os limites impostos pela doença são

superados com vontade e amor ao trabalho. “Eu não

me sinto discriminada em razão da deficiência visual:

a minha relação com os colegas de trabalho e com os

clientes é respeitosa e gratificante”, conta Dunicéia.

ADEQUADO À REALIDADE SOCIAL

117

Dunicéia,

funcionária da loja do bairro

Bom Pastor – Divinópolis

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

NO

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IEN

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Page 120: Livro 30 Anos ABC

MARKETING

4.2.3

ABC 30 ANOS118

ATIVIDADES

O setor de marketing do Grupo ABC, em parceria com todos

os funcionários, tem como foco principal contribuir para que a

Missão do ABC seja colocada em prática todos os dias. Para que

isso aconteça, há necessidade da realização de diversas parcerias

que ajudam a empresa a trilhar seu DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL.

Por meio das ações de Trade Marketing, o setor de

marketing, com o setor comercial, realiza diversas ações em

parceria com os fornecedores regionais, estaduais, nacionais e

internacionais. Entre estas ações destacam-se as exposições no

ponto de venda, a participação em campanhas e os projetos

sociais.

Criatividade e simplicidade para mostrar a todos o que o

ABC tem de melhor. Estes são os caminhos trilhados pelas ações

de publicidade e propaganda do ABC. Diversas campanhas são

realizadas durante o ano em datas comemorativas, como

Páscoa, Aniversário ABC, Natal, entre outras. São utilizados

diversos meios de comunicação como TVs, rádios, jornais,

outdoors, revistas, display, wobbler e internet para levar ao

conhecimento dos clientes os produtos e serviços do ABC.

Dedicação, compromisso com os funcionários. O

Endomarketing, alinhado com o setor de Gestão de Gente do

ABC, tem a responsabilidade de coordenar o uso de uniforme e

crachás, realizar instruções sobre higiene pessoal e várias outras

ações de conduta interna. Além disso, também realiza eventos

como o Encontro com os Produtores Rurais do Centro-Oeste de

Minas, evento Funcionário-Destaque, campanhas com sorteio

de prêmios, distribuição de brindes entre outras ações que

objetivam motivar os funcionários e contribuir para que haja

uma maior produtividade e melhor qualidade de vida no

trabalho.

Contribuir para que os clientes tenham uma boa

experiência de compra, maior conforto e comodidade são

atributos do merchandising, que é realizado por membros do

setor de Marketing e principalmente pelos milhares de

funcionários da operação que estão constantemente nas lojas

ABC. Uma boa comunicação visual, música-ambiente,

degustação de produtos, exposições adequadas, loja limpa e

iluminada são algumas das ações realizadas para que os clientes

façam do ABC uma extensão de suas casas.

Engajamento, relacionamento e compromisso com as

gerações futuras. Os projetos socioambientais coordenados pelo

setor de marketing e realizados em parceria com dezenas de

empresas, instituições e voluntários, reforçam o compromisso

da empresa com a sustentabilidade. Entre as ações realizadas

destacam-se o Circuito Mineiro de Corrida de Rua ABC, evento

Integrando Minas, Troco Solidário ABC, Ponto de Coleta de

Pilhas e Baterias, incentivo ao uso de sacolas retornáveis e

reciclagem de plástico, madeira e papelão.

O setor de marketing tem como objetivo agregar valor nas

relações entre todos os públicos com os quais a empresa se

relaciona: acionistas, clientes, funcionários, fornecedores,

sociedade e meio ambiente.

Page 121: Livro 30 Anos ABC

Parte da equipe de Marketing do ABC

Page 122: Livro 30 Anos ABC
Page 123: Livro 30 Anos ABC

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Page 124: Livro 30 Anos ABC
Page 125: Livro 30 Anos ABC
Page 126: Livro 30 Anos ABC

Os funcionários constituem um dos pilares do ABC e

ocupam lugar de destaque no planejamento estratégico da

corporação ao longo destas três décadas de sucesso. “Quem

busca resultados a curto prazo planta feijão; quem espera

resultados em médio prazo planta eucalipto; quem quer retorno

eterno investe em pessoas”, destaca Valdemar ao justificar a

estratégia utilizada pela empresa para lidar com o seu maior

patrimônio: os seus mais de 3 mil funcionários. “Cada um é peça

fundamental para o funcionamento efetivo de toda a rede;

todos têm sua importância: desde o porteiro ao presidente da

empresa”, reafirma o comerciante, convicto de que “são as

pessoas que fazem a diferença nas corporações”.

Nos últimos anos, o setor de Recursos Humanos (RH) das

empresas vem passando por grandes transformações. Se, antes,

ficava limitado às tarefas de recrutamento e seleção de mão de

obra, hoje, impulsionado pela evolução organizacional e

tecnológica, o RH passou a investir em gestão de pessoas. A

nova realidade impõe como prioridade o investimento

permanente no desenvolvimento e crescimento profissional

como condição essencial para se atraírem e reterem

funcionários – desafios enfrentados cotidianamente pelas

empresas. No ABC, não é diferente.

Assim, a cada ano, os resultados dos investimentos feitos

pela empresa em capacitação profissional tornam-se cada vez

mais expressivos. Em 2011, por exemplo, a Célula de

Treinamentos Técnicos e Comportamentais do setor de Gestão

de Gente atingiu a marca de 35 mil horas/homem, nos variados

cursos de capacitação oferecidos pelo setor. Com objetivo de

avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no

planejamento estratégico do ABC para a área de gestão de

pessoas são feitas, periodicamente, pesquisas de clima de

ambiente do trabalho, avaliação de desempenho e operacional.

RELACIONAMENTO

5.1

Nossa gente faz a diferença!

Gestão deGENTE

GESTÃO DE GENTE

124 ABC 30 ANOS

Em homenagem aos demais funcionários do ABC, trabalhadores com

mais de 13 anos de empresa foram retratados no pátio do CDA em Divinópolis

Page 127: Livro 30 Anos ABC

NOSSO PÚBLICO INTERNO

5

Page 128: Livro 30 Anos ABC

APRENDIZADO

5.1.1

O funcionário Oramício José Pereira, 42 anos, casado,

um filho, é considerado exemplo de sucesso do trabalho

desenvolvido pela Gestão de Gente. Ele iniciou sua carreia

no ABC aos 18 anos de idade, como embalador; em seguida

passou a ajudante de depósito, conferente, balconista,

encarregado de frios, e gerente de lojas, entre outros cargos.

Há 5 anos, Oramício obteve nova promoção e passou a

ocupar a função de gerente comercial de perecíveis, cargo

que acumula com o de gerente da Unidade de Apoio do

Ceasa, em Contagem. A bem-sucedida carreira de 25 anos na

empresa é resultado da dedicação e esforço de Oramício, que

investe de forma continuada em formação profissional:

desde os primeiros dias na empresa, ele faz cursos em todas

as áreas oferecidas e não perde conferências, palestras e

debates sobre temas relacionados às suas atividades

profissionais.

O gerente aproveita ainda as viagens de trabalho a

países como Argentina, Uruguai, Chile e Noruega para

ampliar seus conhecimentos. “O ABC é um excelente lugar

para se trabalhar. A empresa oferece todas as possibilidades

para o funcionário crescer profissionalmente”, elogia

Oramício. Em sua carteira de trabalho consta uma

particularidade: somente uma empresa como empregadora:

o ABC.

A funcionária Dilma Oliveira Silva Gonçalves, 53 anos,

casada, um filho, faz coro com Oramício: “Trabalhar no ABC é

ótimo. O ambiente de trabalho é muito bom e a empresa

valoriza e incentiva o crescimento profissional de seus

funcionários”. Mesmo aposentada há cinco anos, ela prefere

manter-se no emprego. Nos 19 anos de ABC, Dilma começou

como assistente da diretoria, passou pelas gerências de

compras de bazar e de mercearia e há três anos foi

promovida a gerente comercial de Alimentos.

EXEMPLOS

126 ABC 30 ANOS

Dilma, 19 anos de ABC: os cursos são ótimos

para o desenvolvimento de nossa carreira

Oramício, 25 anos de ABC: a empresa oferece todas

as possibilidades para crescer profissionalmente

Page 129: Livro 30 Anos ABC

127

Graduada em gestão de varejo pelo Centro

Universitário Newton Paiva, de Belo Horizonte, ela não

perde a oportunidade de ampliar seus conhecimentos por

meio do programa de capacitação profissional mantido pelo

ABC. “Os cursos, palestras, seminários contribuem muito

para o desenvolvimento de nossa carreira como também

são ótimos para a nossa vida pessoal”, enaltece Dilma.

Conceito semelhante sobre a corporação tem José

Domingos, 69 anos, casado, quatro filhos. Ele tem 17 anos de

empresa, está aposentado há 12 anos, mas nem pensa deixar

o cargo de administrador de recebimentos de suínos e

bovinos. “O funcionário é valorizado, o ambiente de

trabalho é sadio e os donos são simples, honestos e

trabalhadores; enquanto precisarem de mim, estarei aqui”,

afirma José Domingos.

O supervisor regional Fernando Sérgio Maia, 35 anos,

casado, quatro filhos, concorda com seus colegas de trabalho

e aponta mais um motivo para não mudar de emprego: o

contínuo crescimento da rede. “A empresa está sempre em

expansão, o que nos deixa seguros de que podemos fazer

carreira dentro dela”, destaca o funcionário.

Os investimentos feitos no desenvolvimento de seus

funcionários são destacados pelo gerente. “É difícil encontrar

no mercado uma empresa que valorize, respeite e que seja

tão generosa com os seus funcionários como é o ABC”.

Há 19 anos na empresa, Fernando aproveita bem as

oportunidades para crescer profissionalmente. Embalador

no início do emprego, ele ocupou várias funções como

assistente comercial, assistente de vendas, gerente de loja até

chegar ao atual cargo. Para alcançar seus objetivos na

carreira, Fernando também se dedicou aos estudos: fez o

curso de graduação em gestão comercial e de especialização

em liderança e gestão de pessoas, ambos na Faculdade

Pitagóras, em Divinópolis. Ele participa também de todos os

cursos oferecidos pelo setor de Gestão de Gente. Patrocinado

pelo ABC, em novembro de 2011, Fernando Maia foi aos

EUA para fazer o curso de Gerência de Supermercados no

Independent Grocers Alliance (IGA), instituição mantida

pela Coca-Cola em Atlanta.

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Os donos são simples, honestos e trabalhadores,

segundo José Domingos, 17 anos de ABC

Fernando Maia, supervisor regional, aproveitou

bem as oportunidades para crescer na empresa

Page 130: Livro 30 Anos ABC

128

Além de incentivar e facilitar a evolução profissional, o

ABC oferece aos funcionários vários benefícios, como

bonificação por produtividade, plano de assistência médico-

odontológico-hospitalar, vale-refeição, vale-transporte. A partir

do ano de 2011, o setor de Gestão de Gente está colocando em

prática uma nova política de relacionamento entre o ABC e seus

funcionários.

A instalação de programas de melhoria de qualidade de

vida como, por exemplo, a realização de palestras e seminários

com temas direcionados à promoção da saúde, também constam

na agenda do setor.

“Com o projeto Gestão de Gente, o ABC tem como objetivo:

desenvolver, valorizar, conquistar e manter funcionários. Ao

mesmo tempo, atingir a excelência no serviço de atendimento

ao cliente. Como resultado, esperamos aumentar nossa

produtividade, elevar nossas vendas e melhorar a posição da

empresa no competitivo mercado supermercadista”, destaca

Vicente Bolina, vice-presidente administrativo.

NOVOS HORIZONTES

EVOLUÇÃO

5.1.2

BENEFÍCIOS

ABC 30 ANOS

Funcionários recebem troféu da Sipat

Page 131: Livro 30 Anos ABC

Abrir o leque de oportunidades de ingresso das pessoas

no mercado de trabalho também faz parte da missão da

empresa. Entre outras iniciativas, o ABC participa do

programa Jovem Aprendiz do Governo Federal. O programa

investe na formação técnico-profissional de adolescentes e

jovens, amplia as possibilidades de inserção deles no

mercado de trabalho e torna mais promissor o futuro das

novas gerações. “O Jovem Aprendiz contribui para formar

um trabalhador de acordo com o perfil que a empresa

necessita”, adianta a gerente da área de Gestão de Gente.

Os jovens aprendizes trabalham em todos os setores da

empresa, com exceção daqueles que oferecem risco à saúde e

à segurança deles. Com o objetivo de garantir formação

básica para o desempenho de suas funções, os jovens do

programa fazem o curso Aprendizagem Comercial em

Serviços de Supermercados, ministrado pelo Serviço

Nacional do Comércio (Senac). Os alunos frequentam as

aulas de teoria no Senac durante uma semana; na outra, vão

para a empresa colocar em prática o que aprenderam.

Uma das exigências é que o jovem continue

frequentando a escola de ensino formal. Caso abandone o

ensino regular, automaticamente é desligado do projeto. De

acordo com a legislação do programa, são assegurados ao

jovem aprendiz quase todos os direitos trabalhistas das

demais categorias de trabalhadores. Albert Ávila Soares e

Silva, 15 anos, é um dos inscritos no programa.

Ele começou na função de embalador na loja, hoje

trabalha na área de Gestão de Gente. O contrato de trabalho

dele é de um ano, do qual já cumpriu nove meses. O jovem

aprendiz revela que “gosta muito de trabalhar na empresa” e

já faz planos para a carreira profissional. “Eu ficarei muito

feliz se tiver a oportunidade de continuar no ABC. O

ambiente é bom: existe respeito, amizade e muita vontade

de ensinar por parte dos mais experientes”, assegura Albert.

De olho no futuro, ele garante que fez a opção certa: “O

projeto Jovem Aprendiz me permitiu acesso ao mercado de

trabalho e me proporcionou formação básica num setor que

sempre emprega muita mão de obra”.

1.º EMPREGO

129

O jovem aprendiz Albert Ávila diz

gostar muito de trabalhar no ABC

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Page 132: Livro 30 Anos ABC

130

O projeto Melhor Idade do ABC dá oportunidade para

pessoas acima de 50 anos ingressarem no mercado de trabalho.

A iniciativa é voltada para aqueles trabalhadores que desejam

permanecer em atividade profissional, para quem está sem

trabalho e ainda para as pessoas que desejam ter seu primeiro

emprego formal nessa fase de vida.

Ana Greco e Melo, 60 anos, técnica em contabilidade,

casada, dois filhos, faz parte do quadro de funcionários da

terceira idade da empresa. Depois de ficar mais de 15 anos

“cuidando de casa”, ela resolveu voltar ao mercado de trabalho,

e exercer sua antiga função de comerciária na loja de calçados da

irmã. No entanto, logo ficou sabendo que o ABC estava

contratando trabalhadores da terceira idade e resolveu topar o

desafio. Há oito meses, ela trabalha na loja da empresa na av. 1.º

de Junho – Divinópolis. Sua principal tarefa é auxiliar os

clientes a encontrarem os produtos desejados, entre eles idosos e

pessoas com deficiência, que, em geral, têm menos mobilidade e

precisam de ajuda na hora das compras.

Ela é responsável ainda pela seção de produtos funcionais e

ajuda a cuidar da seção de flores. Ana sente-se plenamente

integrada ao ambiente de trabalho: “A relação com os clientes é

enriquecedora: a troca de calor humano é intensa; caso idêntico

acontece com meus colegas de trabalho, embora a maioria seja

composta por jovens; não existe discriminação, recebo o mesmo

tratamento dados aos demais”, assegura Ana”.

"O principal objetivo do projeto Melhor Idade é mesclar o

grupo de funcionários da empresa, incluindo desde

trabalhadores do primeiro emprego, como é o caso dos Jovens

Aprendizes, como também aqueles da chamada Melhor Idade.

Com isso, aproveitam-se o gás e a energia dos adolescentes e a

experiência e sabedoria das pessoas mais maduras”, diz Vicente

Bolina.

ABC 30 ANOS

Para Ana Greco, funcionária da loja da

av. 1.º de Junho – Divinópolis, a relação

com os clientes é enriquecedora

Page 133: Livro 30 Anos ABC

131

Além de motivar a relação dos sindicatos com a empresa,

fornecemos constantemente informações sobre as condições de

trabalho e nossos dirigentes reúnem-se periodicamente com

eles para ouvir sugestões e negociar reivindicações.

Fornecemos informações em tempo hábil para que os

sindicatos e funcionários se posicionem ao diálogo aberto e

transparente. Possuímos acordo coletivo com o sindicato da

categoria principal. Por atuar em diversas cidades de diversas

regiões, negociamos com os diversos sindicatos um patamar

mínimo de benefícios comuns e disponibilizamos ainda

informações básicas sobre os direitos e deveres dos funcionários,

tais como dissídios e contribuições sindicais, dentre outros.

O ABC busca superar os pisos salariais firmados com os

sindicatos. Estamos sempre realizando pesquisas para a

medição da satisfação de nossos funcionários e prestadores de

serviços com relação a seus salários e benefícios.

Monitoramos periodicamente o cumprimento dos

requisitos estabelecidos na contratação, exigindo que sejam

feitos ajustes que garantam o correto cumprimento da

legislação. Possuímos uma política de integração desses

funcionários terceirizados com a cultura, valores e princípios da

empresa. Hoje são cerca de 300 funcionários terceirizados que

prestam serviços ao ABC.

SINDICATOS, TERCEIRIZADOS

E DESLIGAMENTO5.1.3

POLÍTICA

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Equipe do ABC, vencedora do

Campeonato dos Comerciários 2011,

realizado pelo Secoderco –

Sindicato dos Empregados no

Comércio Varejista e Atacadista de

Divinópolis e Região Centro-Oeste de

Minas

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Page 134: Livro 30 Anos ABC
Page 135: Livro 30 Anos ABC
Page 136: Livro 30 Anos ABC

SORBON

sibele

Page 137: Livro 30 Anos ABC
Page 138: Livro 30 Anos ABC

O ABC continuamente ressalta a importância do seu

funcionário no contexto organizacional.

Com este foco, o Endomarketing na empresa é

operacionalizado por gestores das áreas de Marketing,

Gestão de Gente, Administrativa, Comercial e Governança.

Visamos à integração, à observação, ao amparo e à ajuda

p s i c o l ó g i c a a o s f u n c i o n á r i o s , b e m c o m o a o

desenvolvimento de ações que envolvam também as

famílias, trazendo-as para maior integração com a empresa.

FORMAÇÃO

6.1

A OPERAÇÃO

Para desenvolver nossos recursos humanos,

mantemos atividades sistemáticas de desenvolvimento e

capacitação, visando ao aperfeiçoamento contínuo de toda a

equipe. Possuímos programas de mapeamento para

identificação de competências a serem desenvolvidas.

Contemplamos políticas de desenvolvimento que

promovam a coerência entre os valores e princípios éticos do

ABC com os valores e princípios individuais dos nossos

funcionários.

Aos estagiários oferecemos condições adequadas de

trabalho, aprendizado, desenvolvimento profissional e

pessoal em suas respectivas áreas de estudo. Tudo com o

necessário acompanhamento profissional.

DESENVOLVIMENTO

136 ABC 30 ANOS

Page 139: Livro 30 Anos ABC

ENDOMARKETING

6

Page 140: Livro 30 Anos ABC

138

Anualmente o ABC realiza o evento Destaque! – que agracia os

funcionários por tempo de empresa. A solenidade tem a presença

dos sócios da empresa, Valdemar e Walchir. Ao final da solenidade,

funcionários e familiares desfrutam uma confraternização.

RESULTADOS

6.2

Ações voltadasaos funcionários

ABC 30 ANOS

EVENTO DESTAQUE!

Equipe do Híper ABC Oliveira

Page 141: Livro 30 Anos ABC

Durante o ano, a empresa distribui brindes aos funcionários.

A intenção é deixar uma singela lembrança das principais datas

comemorativas do ano como, por exemplo, Dia dos Pais, Dia das

Mães, Natal, entre outros.

Possuímos um Boletim Interno de periodicidade semanal, no

qual divulgamos ações internas e externas que envolvam

diretamente o funcionário ou a instituição. Além disso,

usamos como ferramenta informativa.

também o

LEMBRANÇAS

BOLETIM INTERNO

ISTO É ABC

139

Os Supermercados ABC realizam durante o ano

confraternizações entre os seus funcionários, em comemoração ao

aniversário de cada unidade.

É um momento de festa e muita alegria, além de realização de

atividades esportivas e culturais.

CO

MIT

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CONFRATERNIZAÇÃO

Anualmente, conforme determina a legislação,

realizamos a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de

Trabalho (Sipat) em todas as nossas unidades. Pela

importância, a cada ano que passa, incrementamos nossa

Sipat com novos atrativos e novas ideias. A Semana tornou-

se um dos eventos internos mais importantes da empresa.

SIPAT

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Agraciados com a homenagem

Destaque! – 10 anos de ABC,

em 2011

Interesse, motivação e

comprometimento da

equipe nas Sipats

O Isto é ABC é um periódico bimestral, que tem como

finalidade apresentar um conteúdo informativo da empresa ao

funcionário, como divulgação das campanhas, informações sobre

as unidades, dentre outros. O Isto é ABC é enviado diretamente para

a casa de cada funcionário – ação que tem como premissa envolver

toda a sua família.

Page 142: Livro 30 Anos ABC

Av. São João, 4.574 – Lourdes/CEP 35680 – 228 – Itaúna/MG – Tel: (37) 3242-9165

Marca de Qualidade

w w w . b i g m a r c a s m g . c o m . b r

b i g . m a r c a s @ u o l . c o m . b r

Page 143: Livro 30 Anos ABC

vinhos aurorame

Page 144: Livro 30 Anos ABC

142

O SOCIOAMBIENTAL

7.1

As metas e os objetivos socioambientais dos

Supermercados ABC vêm promover a interação humana,

estreitar os laços entre a empresa e a comunidade, levar-lhes

cultura diversificada, informação, divertimento e promover

a conscientização para a saúde e o bem-estar.

São metas e objetivos coletivos, pertencentes ao meio

social. O importante é acreditar. Podemos fazer. Podemos

somar. Podemos mudar.

METAS E OBJETIVOS

ABC 30 ANOS

Page 145: Livro 30 Anos ABC

NOSSA REDE

SOCIOAMBIENTAL

7

Page 146: Livro 30 Anos ABC

O ABC mantém um reconhecido compromisso de

responsabilidade social e com as políticas públicas e privadas de

sustentabilidade do planeta. No início da empresa, o ABC

apoiava as ações pontuais, como doações de alimentos e de

recursos financeiros, principalmente para entidades de

assistência social e eventos esportivos.

Ao longo do tempo, a empresa passou a priorizar os

chamados projetos e ações estruturantes, ou seja, iniciativas que

resultem em benefícios permanentes de médio e longo prazo

para a comunidade. “A rede ABC de Supermercados investe em

um modelo duradouro de fazer negócios e de manter

relacionamentos; estabelece vínculos permanentes com os seus

clientes e parceiros e cria metas empresariais compatíveis com o

crescimento sustentável da sociedade”, destaca Célio Tavares,

professor e economista, prestador de serviços de consultoria ao

ABC.

AS AÇÕES

SOCIOAMBIENTAIS7.2

Sustentabilidade

144 ABC 30 ANOS

METAS E OBJETIVOS

Célio Tavares, economista, destaca o modelo

duradouro de fazer negócios do ABC

Por meio de projetos próprios ou em parcerias, o ABC

investe nas áreas ambiental, esportiva, cultural e social, com

repercussões positivas na saúde, educação e lazer da população.

Assim, o Grupo ABC é parceiro de primeira hora da

Associação de Combate ao Câncer do Centro-Oeste de Minas

(Acccom), com sede em Divinópolis. “Temos com o ABC uma

parceria de muito sucesso. É sobejamente conhecido o

compromisso social do ABC, com certeza influenciado pelo

caráter humanitário de seus diretores. A empresa foi o nosso

primeiro doador como pessoa jurídica. Já Valdemar foi o nosso

primeiro doador como pessoa física e foi, por sua sugestão, que

adotamos o projeto Troco Solidário, que mantém 100 cofrinhos

no comércio, recebendo trocos dos clientes para ajudar a

Acccom”, destaca Leides Nogueira, presidente da entidade.

A instituição mantém em Divinópolis, o Hospital do

Câncer; a Casa de Apoio, que oferece hospedagem, alimentação

aos pacientes de baixa renda e seus familiares; e o Centro

Assistencial, que realiza ações complementares no tratamento

da enfermidade.

ACCCOM E ABC

Leides Nogueira, Presidente da ACCCOM

Page 147: Livro 30 Anos ABC

145

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UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

A história do Supermercado ABC com a Associação

de Combate ao Câncer do Centro-Oeste Mineiro (Acccom)

começou com a campanha de arrecadação de fundos para

o início das obras da instituição hospitalar há cerca de 15

anos. Presente num show do cantor Jair Rodrigues em

Divinópolis, Valdemar participou de leilão de uma

novilha realizado para arrecadar recursos no final do

evento. Sensibilizado pela nobreza da causa, Valdemar

fez o arremate do animal e conclamou os colegas

empresários a participarem da campanha. Quando a

instituição lançou o Selo Empresarial da Acccom, o ABC

foi a primeira empresa a aderir ao projeto. Mais tarde, o

ABC tomou a iniciativa de implantar em suas lojas o

Troco Solidário. Atualmente, o ABC negocia com a

Associação Mineira de Supermercados (Amis) a

participação de outras empresas supermercadistas no

projeto do Troco Solidário e com uma novidade: em vez

da doação do cliente ser depositada diretamente no

cofrinho, ela ficará retida no caixa, com o seu valor sendo

registrado no cupom de venda e posterior repasse dos

recursos arrecadados à Acccom.

Doação feita à Acccom por meio

de parceria entre o ABC e a Johnson´s

Você sabe o que é Troco Solidário? É uma doação que

todos podem fazer nos cofrinhos instalados nos caixas das

lojas ABC. Nas lojas de Divinópolis, as doações são revertidas

para a Associação de Combate ao Câncer do Centro-Oeste

Mineiro (Acccom), enquanto, nas demais, são direcionadas à

entidades das cidades onde se encontram instaladas as

unidades.

O projeto, iniciado em 2009, contribui com o

atendimento a milhares de pessoas. Doe: com um pouco de

cada um, as entidades podem fazer muito.

TROCO SOLIDÁRIO

Page 148: Livro 30 Anos ABC

O Supermercado ABC é um

grande parceiro da Acccom

Matriz: (37) 3286-1200 • Filial BH: (31) 3369-2500 • www.avivar.com.br

Page 149: Livro 30 Anos ABC

Para o presidente, Valdemar Amaral, o

circuito é um projeto que reafirma os conceitos do

ABC, uma das empresas mais mineiras de Minas

Gerais. Estimulamos a prática saudável de esportes,

a melhora da qualidade de vida, o lazer, o turismo,

bem como o desenvolvimento econômico. Para o

vice-presidente, Walchir Amaral, é um evento que

promove a integração familiar em prol da melhor

qualidade de vida, aliada à responsabilidade

socioambiental.

O ABC, tradicionalmente, realiza e apoia

projetos na área esportiva. A empresa realiza o

Circuito Mineiro de Corridas de Rua ABC, um

projeto abrangente e inédito no estado de Minas

Gerais. O circuito é realizado nos 11 municípios

onde o ABC mantém lojas e dele participam atletas

amadores e profissionais, com idade mínima de 16

anos. As corridas, com percurso de cinco

quilômetros, em média, têm o objetivo de

incentivar e contribuir para a melhoria da

qualidade de vida da população pela prática

esportiva. No final, os vencedores em cada faixa

etária recebem premiação e troféus.

O secretário municipal de Esportes de

Divinópolis, Rômulo Duarte, atesta a contribuição

da empresa para o desenvolvimento do esporte: “O

ABC vem há anos apoiando e incentivando o

desenvolvimento das atividades esportivas na

cidade e região. Essas iniciativas, somadas a outras

ações de responsabilidade social e ambiental,

colocam a empresa em posição de vanguarda na

adoção de políticas de sustentabilidade e

compromisso social no oeste de Minas”, reconhece

o dirigente.

Rômulo Duarte atesta a grande

contribuição do ABC nas atividades esportivas

Concentração para a

corrida - Etapa Campo Belo

147UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

CIR

CU

ITO

MIN

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Page 150: Livro 30 Anos ABC

Em 2009, 2010 e 2011, o Supermercado

ABC realizou a Corrida de Rua em

Divinópolis Mexa-se para o Bem Viver.

Nas fotos ao lado, a corrida realizada em

novembro de 2010, tiradas na sua 2.ª

edição.

CORRIDA DE RUA ABC:

"MEXA-SE PARA O BEM VIVER".

CRESCIMENTO

Momento da largada da

corrida da Etapa de Divinópolis

Concentração para a

corrida – Etapa Araxá

CIRCUITO MINEIRO DE CORRIDA DE RUA ABC:“MEXA-SE PARA O BEM VIVER".

148 ABC 30 ANOS

Page 151: Livro 30 Anos ABC

Quando expressamos sobre meio ambiente, devemos

sempre incitar a conscientização de que tudo que fazemos

gera um impacto em nosso meio. Somente com práticas e

ações que visem à sustentabilidade, podemos garantir uma

vida melhor e mais satisfatória.

Neste âmbito, o entrelaço Supermercados ABC e

comunidade é o elo fundamental de criação das ações

efetivas socioambientais. Somente por meio das práticas

dessas que afirmaremos: "Podemos fazer do mundo um

lugar melhor para viver!".

NOSSO MEIO AMBIENTE

E COMUNIDADE7.3

UM MUNDO MELHOR

PO

DE

MO

S F

AZ

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DO

MU

ND

O U

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LU

GA

R M

EL

HO

R P

AR

A V

IVE

R.

“Queremos fazer do ABC

um melhor lugar para se vender,

um melhor lugar para se comprar,

um melhor lugar para se trabalhar.”

..

149UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Page 152: Livro 30 Anos ABC

Etapa de

Santo Antônio do Monte

Etapa de

Arcos

Etapa de

Campo Belo

Etapa de

Itaúna

Etapa de

Lagoa da Prata

Etapa de

Fortmiga

Etapa de

Araxá

Etapa de

Pará de Minas

Etapa de

Oliveira

Etapa de

Lavras

Etapa de

Divinópolis

150 ABC 30 ANOS

Page 153: Livro 30 Anos ABC

O ABC apoiou em Araxá e

Divinópolis esta iniciativa que

valoriza e envolve milhares de

pessoas. Saúde e melhor qualidade

de vida!

CORRIDA

INTERNACIONAL DE BIKE

Entretenimento, diversão e muitas

brincadeiras. Evento realizado pela TV

Alterosa Centro-Oeste com o apoio de

diversas empresas, entre elas o ABC.

O ABC tem o prazer em fazer parte das

festas regionais como: Divinaexpô, Expô

Itaúna, Expô Oliveira, Festa do Motorista

em Araxá, entre outras. Esses eventos

valorizam a cultura, incentiva o turismo e

o crescimento da economia.

FESTIVAL DA ALEGRIA

TV ALTEROSA

APOIO A FESTAS REGIONAIS

151UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Page 154: Livro 30 Anos ABC

152 ABC 30 ANOS

4.ª CORRIDA DAS NASCENTES

O ABC foi apoiador das duas últimas edições da

Corrida de Pentecostes. No total foram mais de 600

participantes nas duas corridas, com destaque para a

categoria voltada aos portadores de necessidades

especiais.

Os Supermercados ABC apoiam

atleta de judô de Divinópolis. Com um talento nato e

sinônimo de uma grande promessa, o garoto

consagrou-se tricampeão mineiro em 2011.

Otávio Santos,

135 atletas participaram da 4.ª Corrida das

Nascentes, realizada em março de 2010. A presença

foi maciça de atletas, público em geral e políticos da

região, todos apoiando a iniciativa com o ABC.

MAISAÇÕES

DE APOIO

APOIO AO JUDÔ

CORRIDA DE PENTECOSTES

Equipe ABC presente

na Corrida das Nascentes

Page 155: Livro 30 Anos ABC

153UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

O ABC de Formiga cedeu o galpão da

empresa para que as escolas de samba

montassem seus carros alegóricos e

fantasias. Durante o desfile, houve um

carro alegórico que abriu o desfile com

uma linda coroa que trazia o nome do

ABC. Cerca de três mil pessoas

acompanharam o evento, que marca a

história de Formiga, com o resgate da

tradição do Carnaval.

DESFILE DAS

ESCOLAS DE SAMBA

Há vários anos o ABC incentiva, por

meio de campanhas educativas, o uso das

sacolas retornáveis, minimizando, assim,

os impactos causados pelas sacolas

plásticas.

INCENTIVO AO USO DA

SACOLA RETORNÁVEL

O time de futebol ABC nos últimos

d o i s a n o s v e m d e s t a c a n d o - s e e

conquistando dois campeonatos

importantes na região: erguemos os

troféus do Campeonato dos Garçons (2010)

e do Campeonato dos Comerciários (2011 e

2012).

TIME DE FUTEBOL

DO ABC

Carnaval de Formiga

Equipe ABC vencedora do campeonato dos comerciários 2012.

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Page 156: Livro 30 Anos ABC

154 ABC 30 ANOS

Mais que um dever. É nossa obrigação

apoiar, como empresa e cidadão, a campanha

Todos contra a Pedofilia.

Denuncie – Disque 100 – Ligação

anônima.

TODOS CONTRA A PEDOFILIA

Por meio dos pontos de coletas de pilhas e

baterias localizados em todas as lojas do ABC

milhares de unidades já foram destinadas para

locais adequados. Esta ação é realizada em parceria

com a população, funcionários, entre outros

envolvidos como, por exemplo, o Partido Verde.

PONTO DE COLETA DE

PILHAS E BATERIAS

Realizada em setembro de 2011, a Corrida de

São Domingos, que faz parte do calendário

internacional de provas, teve o apoio do ABC. O

evento contou com participantes de vários países,

entre eles o Quênia.

E, no Divinópolis Clube, com apoio do ABC, a

2.ª Corrida de Verão contou com percursos para

atletas experientes, iniciantes e desportistas em

geral. Participaram cerca de 300 atletas.

APOIO EM OUTRAS CORRIDAS DE RUA

Page 157: Livro 30 Anos ABC

155UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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E n t r e g a d o

aparelho visual à s.ra

Marli, ex-funcionária do

ABC.

ENTREGA DE DOAÇÃO

DE APARELHO VISUAL

Os corredores da Acord estão sempre

presentes nas Corridas do Circuito ABC

O ABC esteve presente no Desfile do

Centenário de Divinópolis por meio da

Associação de Corredores de Rua de

Divinópolis (Acord). A empresa

patrocinou a confecção do Troféu

Centenário, presente da equipe de

corredores para os 100 anos do município.

DESFILE DO CENTENÁRIO

DE DIVINÓPOLIS

Page 158: Livro 30 Anos ABC

156 ABC 30 ANOS ABC 30 ANOS

O ABC valoriza os artistas regionais. Nas

imagens, destacamos o artesão Marco Antônio Faria.

Nascido em Pitangui, veio para Divinópolis com

apenas 6 anos de idade: “Gosto de trabalhar com arte

histórica, trazer conhecimento da cidade onde moro.

Valorizo muito as pessoas que por ali passaram e

construíram; é um prazer reviver o passado.”

Em 2012, ano dos 100 anos de Divinópolis, os

Supermercados ABC patrocinaram o evento que

homenageou os 100 servidores-destaques da cidade.

HOMENAGEM AOS 100

SERVIDORES DE DIVINÓPOLIS

MARCO ANTÔNIO

FARIA

Ao final do evento, os participantes

puderam deliciar-se com o bufê

oferecido pelo ABC

Marco Antônio Faria

exibe suas peças

Page 159: Livro 30 Anos ABC

157UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Por dois anos consecutivos o ABC

realizou o Desfile de Princesas e Super-

Heróis. No ano de 2011, o evento reuniu

cerca de 200 pessoas, dentre elas 36

crianças participantes e seus pais. Cada

participante doou biscoitos, que foram

entregues no mesmo dia ao Lar das

Meninas.

DESFILE DE PRINCESAS

E SUPER-HERÓIS

Em parceria com o Rotary Club

Divinópolis e outras instituições nas

diversas cidades onde o ABC está

presente a Ação Criança Solidária

arrecadou centenas de unidades de

roupas, calçados e brinquedos, que

foram destinados para diversas

instituições carentes.

CRIANÇA SOLIDÁRIA,

PARCERIA COM O

ROTARY CLUBE DIVINÓPOLIS

Crianças participantes do desfile

Distrito 4560

inópo

iv

lis

D ed bulC yratoR

Page 160: Livro 30 Anos ABC

158 ABC 30 ANOS

A preservação da ecologia e a melhor qualidade

de vida são aspectos que vêm sendo ressaltados nas

ações do ABC. Dessa forma, somos parceiros na Corrida

do Lago, evento com grande potencial de crescimento

pela sua filosofia coerente com as expectativas

ecológicas e de bem viver do mundo moderno.

O ABC participa do Comitê de Responsabilidade

Social Empresarial da Federação das Indústrias de

Minas Gerais – Fiemg Regional Centro-Oeste. Entre as

atividades realizadas pelo comitê, estão o Seminário de

Responsabilidade Social e o Dia do Voluntariado,

evento tradicionalmente realizado no final de ano e

que conta com grande apoio na comunidade.

CORRIDA DO

LAGO DAS ROSEIRAS

DIA V VOLUNTARIADO

O ABC recicla em média 100 toneladas de papel,

plástico e madeira todos os anos. Parte do valor

arrecado com a venda desse material é destinada

para diversas instituições carentes, como creches,

escolas e eventos comunitários, entre outros.

RECICLAGEM

Page 161: Livro 30 Anos ABC

159UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

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Embora tenha como prioridade apoiar projetos

estruturantes, a empresa mantém a tradição de contribuir

para as entidades de assistência social nos municípios onde

se localizam suas lojas. Anualmente, são doadas cerca de 30

toneladas de alimentos para essas entidades de assistência

social, em especial creches e asilos e hospitais filantrópicos.

Ao longo destes trinta anos, o ABC tem apoiado ainda

várias iniciativas e eventos culturais nas cidades onde atua,

com destaques para aqueles aprovados pelos programas

governamentais de incentivo à cultura, nos âmbitos

municipal, estadual e federal. O Festival Nacional de

Música de Divinópolis, em sua segunda edição em

Divinópolis, foi um dos projetos apoiados pela empresa por

meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

A programação do evento incluiu a apresentação de

óperas. Durante o festival, 11 renomados músicos deram

concertos e ministraram oficinas para cerca de 250 músicos

inscritos, oriundos de várias regiões do país.

Entre os professores dessas oficinas estavam Charles

Roussin, maestro da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais;

Dario Sotelo, maestro da Orquestra Sinfônica de São Paulo; e

o violonista chileno José Antônio Escobar.

Wálter Caetano, organizador do festival, destaca que o

evento traz grandes contribuições para o município e região:

“O festival permite que a população participe gratuitamente

de espetáculos que ela somente teria acesso se se deslocasse

para os grandes centros; possibilita também que os músicos

tenham acesso a conhecimentos por meio das oficinas e dos

concertos”, argumenta. Com a primeira edição do evento,

em 2010, nasceu a Orquestra e Sons, mantida pela

organização não governamental (ONG) Cordas e Sons,

dirigida por Wálter Caetano. O músico destaca que “a

contribuição do ABC foi fundamental para a realização do

festival”.

CONTRIBUIÇÕES

O músico Wálter Caetano, um dos organizadores do

Festival Nacional de Música de Divinópolis, destaca as

contribuições do ABC para realização de eventos

Page 162: Livro 30 Anos ABC

160

No envolvimento com as atividades sociais realizadas

por entidades governamentais, o ABC contribui com o poder

público na realização de eventos e atividades pontuais.

Apoiamos, ainda, projetos do poder público em resposta

a solicitações das autoridades. Todos os anos, impostos

municipais, estaduais e federais (IPTU, ICMS e IR) são

revertidos para apoiar projetos sociais, esportivos e culturais,

aprovados dentro das leis de incentivo à cultura, do Fundo

da Infância e da Adolescência (FIA) e do Programa de

Alimentação do Trabalhador (PAT).

Adotamos e desenvolvemos parcerias com organismos

públicos visando a objetivos como melhorar a qualidade de

ensino, a assistência social, erradicar o trabalho infantil,

incentivar a geração de renda e emprego e promover a

segurança alimentar.

Abaixo, o então prefeito de Oliveira, s.r Ronaldo

Resende, participa da inauguração do Híper ABC da cidade,

ao lado do gerente da unidade, Weberson Valadares, do

vice-presidente, Walchir Amaral, e do presidente, Valdemar

Amaral.

Em seu discurso, o prefeito destacou a importância do

ABC para a economia local.

RELACIONAMENTO

7.4

LIDERANÇA

ABC 30 ANOS

PROJETOS GOVERNAMENTAIS

O prefeito de Oliveira discursa

na inauguração do Híper Oliveira

Prefeito de Divinópolis, Vladimir Azevedo,

participa da inauguração do Híper São José

Page 163: Livro 30 Anos ABC

161

Exercendo nossa cidadania por meio de associações e fóruns

empresariais, participamos ativamente na contribuição, com recursos

humanos ou financeiros, de processos de elaboração de propostas de interesse

público e de caráter socioambiental.

A atuação social da empresa estende-se também para a área de

segurança pública. O ABC participa da Associação Comunitária para Assuntos

de Segurança Pública (Acasp), da qual Valdemar Amaral foi fundador e

primeiro presidente, desde a sua criação há 11 anos. “O ABC atua de forma

ativa na Acasp: seja mantendo funcionários no seu quadro efetivo, seja

contribuindo financeiramente para que possa atingir os seus objetivos”,

destaca José Vitor Batista de Freitas, presidente da Acasp.

INFLUÊNCIA SOCIAL

CAMPANHA EXIJA O CUPOM FISCAL

Esta campanha é divulgada por meio dos

nossos materiais de publicidade promocionais e

também na forma de merchandising em nossas

lojas.

O ABC está entre as empresas com maior

arrecadação de tributos municipais, estaduais e

federais da nossa região.

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Agindo assim, você contribui

com a arrecadação de

impostos e também

fica sabendo o que

está pagando.

Sempre que você realizar suas compras,

EXIJA O CUPOM FISCAL.

José Vitor Batista de Freitas,

presidente da Acasp

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Page 164: Livro 30 Anos ABC

162 ABC 30 ANOS

ASSOCIATIVISMO

A Rede ABC de Supermercados é filiada à Associação

Mineira de Supermercados (Amis), entidade representativa das

empresas supemercadistas de Minas Gerais. Primeira associação

estadual do setor no país, a Amis foi criada em 10 de janeiro de

1971, tendo como primeiro presidente Miguel Furtado Neto,

proprietário dos Supermercados Bandeirantes, de Belo

Horizonte. Atualmente, é comandada por José Nogueira, sócio-

proprietário do EPA Supermercados. De acordo com a Amis, o

setor supermercadista em Minas Gerais conta com 3.200

empresas, movimenta cerca de R$ 15 bilhões anualmente e

emprega aproximadamente 140 mil pessoas.

O presidente do ABC Supermercados, Valdemar Martins do

Amaral, presidiu a Amis em dois mandatos, no período de 2000 a

2003. Primeiro supermercadista do interior a chegar à

presidência, ele era nome de consenso entre os demais

dirigentes para assumir o cargo. Como esperado, não houve

necessidade de eleição: foi prontamente “aclamado” presidente.

Na época, diante da situação, ele brincou: “Eu aceitei ocupar o

cargo por livre e espontânea pressão”.

Durante sua gestão, o processo de interiorização das

atividades da associação, bandeira sempre defendida por

Valdemar, foi intensificado e consolidado. Para alcançar este

objetivo, entre outras iniciativas, foram criadas 57 vice-

presidências regionais. A entidade ganhou, então, maior

representatividade: antes, a maioria dos associados da Amis

concentrava-se na capital e no seu entorno. Hoje, graças a esse

trabalho, cerca de 60% dos associados da Amis estão no interior e

40% na Grande BH. A política de interiorização trouxe maior

participação dos associados nos eventos promovidos pelas Amis

como, por exemplo, da Superminas – a maior feira do setor

supermercadista de Minas Gerais –, considerado o mais

completo evento supermercadista, como também do Seminário

Varejista (Sevar), realizado periodicamente em várias regiões de

Minas, com o objetivo de debater as principais questões que

afetam o setor, aproximar varejistas e fornecedores e contribuir

para o aprimoramento profissional dos recursos humanos das

empresas.

A maior participação das empresas do interior nas

atividades da associação resultou ainda em aumento da receita

financeira da Amis, o que trouxe mais vigor e maior autonomia

para a entidade. “Além de promover a interiorização, Valdemar,

com sua diretoria, conduziu um processo de mudanças na Amis,

que trouxe mais benefícios aos associados e maior

profissionalização do segmento supermercadista”, avalia José

Nogueira, atual presidente da Amis.

Honrado pelo reconhecimento dos demais associados pela

gestão vitoriosa que imprimiu à Amis, Valdemar mostra

gratidão pelos “ganhos” que teve no exercício do cargo. “A

passagem como presidente da Amis permitiu que eu

conhecesse mais profundamente a atividade supermercadista

no Brasil. Durante meus dois mandatos, tive a oportunidade de

viajar mais pelo país, conhecer pessoas, ter contato com novas

experiências, novas tecnologias e isso me deu grande

conhecimento do mercado; me ajudou muito a compreender e

entender melhor o ramo supermercadista: foi bom para mim e

para o ABC”, reconhece o empreendedor.

Em janeiro de 2012, Valdemar Amaral foi indicado

presidente do Conselho Superior da Amis, cargo de maior

relevância na hierarquia da entidade. Ele é também delegado

da Amis na Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

A FORÇA QUE VEM DO INTERIOR

José Nogueira, presidente da AMIS - Associação

Mineira e Supermercados

Page 165: Livro 30 Anos ABC

163

A REDE BRASIL DE SUPERMERCADOS

O ABC integra a Rede Brasil de Supermercados, sociedade

anônima, criada em 2004 e que reúne 18 grandes empresas do

setor de 13 estados e do Distrito Federal. Juntas, elas ocupam a 4.ª

colocação no ranking de faturamento no setor supermercadista

do país.

Estruturada em grupos setoriais, a Rede Brasil cria

estratégias comuns de modernização, desenvolvimento e de

negociação das empresas associadas com fornecedores

nacionais e internacionais.

Entre as estratégias está a troca permanente de

experiências, de conhecimentos e de práticas bem-sucedidas de

modernização e desenvolvimento das empresas associadas.

“Estamos constantemente trocando informações, espelhando-

nos em experiências vitoriosas de outras associadas para

implantá-las em nossa empresa. Além disso, o trabalho em

conjunto evita erros, encurta caminhos e contribui ainda para

resolver problemas comuns a todas as associadas”, explica

Thúlio Fernandes Martins, executivo de Vendas, Operação de

Lojas, Marketing, Prevenção de Perdas e Comércio Exterior.

A Rede Brasil, por meio do grupo setorial comercial, é

responsável também pelas compras em conjunto de produtos

feitas, principalmente, no exterior. As maiores importações são

de vinhos, queijos, peixes, azeites, massas, geleias. Já os

principais fornecedores da Rede Brasil são empresas da

Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Equador, Panamá, EUA,

Itália, Portugal, Espanha, França, Bélgica, Alemanha e China. “E

vantajoso comprar em bloco, unindo os pedidos de produtos de

cada associada, pois, ao comprarmos um volume maior de uma

só vez, conseguimos melhores preços para competir no mercado

supermercadista nacional”, explica Thúlio Fernandes, que

ocupa o destacado cargo de coordenador de Importação da Rede

Brasil.

Economia semelhante é obtida nas compras feita pela Rede

Brasil dos chamados produtos de não revenda, aqueles para uso

interno das redes supermercadistas: máquinas, equipamentos e

insumos, como, por exemplo, computadores, gôndolas e

material de embalagem. “Da mesma forma, fazemos uma

compra conjunta e ganhamos consideráveis descontos na

tabela de preços dos fornecedores”, complementa Thúlio

Martins.

As empresas-sócias também desenvolvem estratégias

comuns de lançamento, divulgação e venda de produtos de

marcas exclusivas da Rede Brasil como, por exemplo, o ovo de

páscoa “Turma do Mercado”, que obteve grande sucesso entre a

clientela recentemente.

O presidente do Grupo Super Nosso, uma das grandes

redes de supermercados de Minas, Euler Fuad Nejm, destaca a

proveitosa parceria mantida com o ABC na Rede Brasil. “Com o

ABC trocamos experiências, dividimos ideias, potencializamos

resultados; sempre positivos para ambas as partes. O ABC é

nosso parceiro estratégico da Rede Brasil e temos com a

empresa uma forte sinergia e grande empatia. Sempre

respeitada e admirada nacionalmente, ela é sinônimo de

imagem ilibada, alicerçada no trabalho, honestidade,

honradez, simplicidade e humildade de seus controladores,”

elogia o empresário.

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Antônio José Monte,

presidente da Rede Brasil

´

A presença ativa do ABC na Rede Brasil também é

enaltecida pela direção da Rede Brasil. “Por força de nossa

convivência na entidade – da qual fazemos parte, com o ABC,

um dos sócios fundadores – passei a admirar essa ágil empresa

varejista, capitaneada por Valdemar Amaral e Walchir

Amaral, executivos dinâmicos que hoje tenho no meu rol de

amizades. No panorama geral de negócios que apresentamos

Euler Fuad Nejm, presidente

do Grupo Super NossoN

OS

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Page 166: Livro 30 Anos ABC

164 ABC 30 ANOS

INTEGRANDO MINAS

Realizamos anualmente o evento Integrando Minas,

que tem como objetivo aproximar as relações empresariais e

sociais nas cidades em que o ABC possui unidades de venda.

Antes tratado como Noite de Degustação de Vinhos, o

acontecimento cresceu, tornando-se o Integrando Minas. O

evento tem como premissa estreitar a relação com as cidades

e promover o papel social dos Supermercados ABC.

O evento, que conta com a presença de autoridades,

público formador de opinião, tem como característica a

degustação de produtos exclusivos dos Supermercados ABC,

objetivando a demonstração de sua qualidade.

O Integrando Minas é realizado em todas as cidades em

que o ABC tem unidade de venda.

Valdemar entrega brinde

no evento Integrando Minas

Altevir Pierozan Magalhães,

diretor-presidente do Grupo Modelo

em nossas reuniões, o ABC foi um dos que mais se valeu das

oportunidades criadas”, afirma Antônio José Monte, presidente

da Rede Brasil. O ABC participa dos grupos setoriais: comercial,

marketing, relações-públicas e infraestrutura.

“O Valdemar Amaral, por sua firmeza, experiência,

habilidade, espírito de liderança, é um exemplo para nós

supermercadistas; um excelente conselheiro, que tem dado

inestimável contribuição para o desenvolvimento do setor.

Sinto-me privilegiado por participar desta trajetória vitoriosa;

como amigo, trocando experiências, aprendendo muito, às

vezes ajudando, mas sempre me sentindo imensamente feliz

por ver o ABC manter um crescimento firme e contínuo nestes

30 anos de história", afirma Altevir Pierozan Magalhães, diretor-

presidente do Grupo Modelo, empresa com forte atuação no

ramo supermercadista em Mato Grosso e sócia da Rede Brasil de

Supermercados.

“Ao olhar para trás, no início de tudo, lembro que

estávamos sentados a uma mesa de restaurante em São Paulo e,

num momento de extremo empreendedorismo, desenhamos

num forro de papel aquela que se tornaria a maior rede de

supermercados associados do país. Hoje, ver a Rede Brasil

tornar-se realidade e continuar crescendo e desenvolvendo-se é

motivo de orgulho para qualquer comerciante como eu. Isso

também nos revitaliza para novos desafios, pois sabemos que

sempre poderemos contar com a contribuição e ação conjunta

de grandes empresas-sócias, irmãs e amigas acima de tudo. A

geração inesgotável de conhecimento e de boas práticas fez de

todas as empresas-sócias, de forma contínua e concisa, uma

empresa melhor. A integração de forças e vontades solidificadas

pela rede de supermercados foi um passo grandioso rumo aos

resultados que estamos colhendo atualmente. Enfim, a

participação da empresa na Rede Brasil é a confirmação da

crença no associativismo; juntos, podemos fazer mais e melhor”,

afirma Valdemar Amaral, presidente do ABC.

Page 167: Livro 30 Anos ABC

165UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Page 168: Livro 30 Anos ABC
Page 169: Livro 30 Anos ABC

PARABÉNS, ABC, PELOS SEUS 30 ANOS!

Page 170: Livro 30 Anos ABC

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s.r

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Page 171: Livro 30 Anos ABC

Cargill Agrícola S/A e Supermercados ABC.“Uma parceria que deu certo. Respeito mútuo aos consumidores, regionalidade e meio ambiente.”

Francisco Flório | Gerente Distrital Vendas

®

Alimentando ideias. Alimentando pessoas.

Page 172: Livro 30 Anos ABC

170

CONQUISTAS

8.1

ABC 30 ANOS

Equipe do ABC em evento para fornecedores e

parceiros na inauguração do Híper Lavras

"A credibilidade é uma plantinha frágil que deve ser regada e colocada ao sol todos os dias.

Caso isto não aconteça, ela irá deixar de existir". Valdemar Martins do Amaral

Page 173: Livro 30 Anos ABC

NOSSO RECONHECIMENTO

8

Page 174: Livro 30 Anos ABC

172 ABC 30 ANOS

Os Supermercados ABC receberam o

Prêmio Top of Mind em Campo Belo. Na

foto, o presidente, Valdemar Amaral,

agradece o reconhecimento.

O ABC, por meio do Troféu Gente

Nossa, foi reconhecido pela forma de

realizar negócios, visando sempre a uma

política de ganha-ganha.

TOP OF MIND

CAMPO BELO

TROFÉU

GENTE NOSSA

O prêmio Top of Mind é um evento realizado pela TV

Integração que premia as marcas mais lembradas pelo

consumidor. O evento é um dos mais esperados e

movimentados. As marcas recebem um prêmio tradicional

e respeitado, que é sinônimo de credibilidade.

Em 2011, os Supermercados ABC receberam

novamente 2 prêmios: o do segmento atacado, com o ABC

Atacadista e do supermercado, com os Supermercados ABC

em Divinópolis e, em Araxá, como supermercado.

TOP OF MIND REDE INTEGRAÇÃO

S.r Valdemar Amaral, Ellen Ganzarolli

e André, gerente do ABC de Campo Belo

Page 175: Livro 30 Anos ABC

173

O Prêmio Mérito Lojista é um evento

tradicional na cidade de Formiga e

evidencia as empresas mais lembradas por

meio de pesquisa realizada entre os

consumidores formiguenses.

Por ocasião dos 30 anos da empresa, os

Supermercados ABC receberam da Câmara de

Vereadores de Divinópolis uma moção

congratulatória, em reconhecimento pela

prestação de serviços realizadas na cidade.

PRÊMIO

MÉRITO LOJISTA

MOÇÃO CONGRATULATÓRIA

DA CÂMARA MUNICIPAL

DE DIVINÓPOLIS

Em 2012, Valdemar Martins do

Amaral recebeu das Câmaras de

Vereadores de Divinópolis e Piumhi o

Título de Cidadão Honorário destes

Municípios.

TÍTULO DE

CIDADÃO HONORÁRIO

NO

SS

A R

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ON

HE

CIM

EN

TO

UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

S.r Valdemar recebe o título de Cidadão Honorário

das mãos do vereador Rodyson do Zé Milton

S.r Valdemar recebe

Moção Congratulatória

das mãos do vereador

Anderson Saleme

S.r Wagner, gerente do

ABC de Formiga e

Marcelo Silva,

supervisor regional

da unidade

S.r Valdemar recebe o título de Cidadão

Honorário da cidade de Piumhi

Page 176: Livro 30 Anos ABC

174

NOVA EXPANSÃO

9.1

ABC 30 ANOS

Assim, os Supermercados ABC têm em sua história

atividades relacionadas à sustentabilidade. O ABC

Cidadania, o Circuito Mineiro de Corrida de Rua e a Loja

Verde de Lagoa da Prata são alguns destes exemplos. Dessa

forma, integramos conceitos e práticas da sustentabilidade

às nossas atividades diárias. Além disso, consolidamos a

nossa marca no estado como sinônimo de integração dos

consumidores ao tema.

Em 2012, completando 30 anos, iniciamos um novo

marco. É o ano de nova expansão. Temos inaugurações e

reformulação de lojas. Ao completar 30 anos, os

Supermercados ABC objetivam ser um dos melhores lugares

para se comprar, vender e trabalhar.

Chegamos a um marco: 30 anos de empresa. São 3

décadas de muita honestidade, trabalho e simplicidade. 30

anos de muita dedicação e compromisso. E esta história só

foi possível graças ao trabalho de nossos funcionários; aos

nossos fornecedores, que sempre acreditaram na nossa

seriedade; aos nossos parceiros, que nos apoiaram na prática

da cidadania; e aos nossos clientes, nossa razão de ser, na

qual nós depositamos todos os nossos esforços em atender

aos seus anseios. Aumentar nossa participação no estado de

Minas Gerais é o nosso principal objetivo para acelerar nosso

crescimento, sempre pensando num modelo de negócio

sustentável.

Page 177: Livro 30 Anos ABC

NOSSO FUTURO

9

Page 178: Livro 30 Anos ABC

176

OBJETIVOS

9.2

ABC 30 ANOS

São 23 lojas bem localizadas no centro-oeste, triângulo e

sul de Minas Gerais, nove em Divinópolis (sendo uma delas

o ABC Atacadista) e treze instaladas nas cidades de Formiga,

Oliveira (uma ABC Atacadista), Campo Belo, Itaúna, Pará de

Minas, Santo Antônio do Monte, Arcos, Araxá, Lagoa da

Prata e Lavras.

Betim

Legenda:

Lojas existentes.

Próximas lojas previstas.

Piumhi, Bom Despacho, Nova Serrana,

Betim, Pouso Alegre, Varginha e mais

uma em Arcos e Campo Belo.

Pará de Minas

Lagoa da Prata

Sto. Ant.º do MonteArcos

Contagem

Itaúna

Divinópolis

Formiga

Campo Belo

Lavras

Oliveira

Araxá Bom Despacho

Piumhi

Varginha

Pouso Alegre

Nova Serrana

O ABC possui também uma infraestrutura composta

por três centrais de distribuição. Duas delas localizadas em

Divinópolis: o Centro de Distribuição e Administrativo e a

Central de Perecíveis. A terceira, o Centro de Distribuição

Ceasa, está localizada em Contagem.

"Desenvolver, gerar emprego e renda e melhorar a qualidade de vida das

pessoas. É nesta direção que o ABC trilha seus passos. Sabemos que temos

muito o que melhorar. Mas temos a certeza de que, com a graça de Deus e com

todos os nossos parceiros, conseguiremos crescer sempre e melhor".

Page 179: Livro 30 Anos ABC

NO

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177UMA HISTÓRIA COM VOCÊ

Page 180: Livro 30 Anos ABC
Page 181: Livro 30 Anos ABC

NOSSOS AGRADECIMENTOS

10

Page 182: Livro 30 Anos ABC

NOSSOS

AGRADECIMENTOS10

Agradecemos a Deus pela saúde e pelo discernimento que nos

permite perceber quais caminhos nos levam à conquista do

desenvolvimento, da justiça e da paz.

Agradecemos aos familiares, amigos, funcionários, fornecedores e

clientes, que, como membros ativos de nossas vidas, contribuíram e

contribuem para que possamos, juntos, firmes, dedicados e

comprometidos, conquistar nossos sonhos.

Por fim, agradecemos à toda a sociedade que nos permite com ela

caminhar na construção de uma vida melhor.

Ficamos agradecidos!

Valdemar Martins do Amaral

Walchir Dias Amaral

180 ABC 30 ANOS

Page 183: Livro 30 Anos ABC

CR

ÉD

ITO

S

www.superabc.com.br

GOVERNANÇA ABC

Valdemar Martins do Amaral

Walchir Dias Amaral

Thiago Fernandes Martins

Thúlio Fernandes Martins

Marco Túlio Dias Amaral

João Victor Dias Amaral

Vicente Bolina de Oliveira

Ronaldo Alves Peixoto

DIREÇÃO DO PROJETO

Edmar Cardoso

COORDENAÇÃO

Bruno Grecco

DESIGN GRÁFICO E CRIAÇÃO

Eduardo Henrique Rodrigues de Oliveira

Bruno Grecco

TEXTO

João Chaves

FOTOS

Héber Resende

Arquivo ABC

PINTURAS

Vinícius Fernandes da Silva

ILUSTRAÇÕES

Luiz Antônio da Silva

IMPRESSÃO

Prol Editora Gráfica

REVISÃO GRAMATICAL

Mauro Eustáquio Ferreira

COLABORADORES

Glauce Neves Diniz

Mateus Eduardo Cabral

Iolanda Maria Menezes de Oliveira

Luiz Carlos Bispo

Felipe Alves Peixoto

Rafaella Giovanna de Sousa Silva Amaral

Amanda Duarte Faria

REVISÃO GERAL

Thúlio Fernandes MartinsEdmar Cardoso

CONTATO

[email protected]

Page 184: Livro 30 Anos ABC

MK

T A

BC

Desenvolver, gerar emprego e renda e melhorar a qualidade

de vida das pessoas. É nesta direção que o ABC trilha seus

passos. Sabemos que temos muito o que melhorar. Mas

temos a certeza de que, com a graça de Deus e com todos os

nossos parceiros, conseguiremos crescer sempre e melhor.

Dezembro/2012

Marcaçãopara o

certificadoFSC