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MANUAL DE COLETA EXAMES DE LABORATÓRIO PARA MÉDICOS VETERINÁRIOS INSTITUTO DE ANÁLISES CLÍNICAS DE SANTOS

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MANUAL DE COLETA EXAMES DE LABORATÓRIO PARA

MÉDICOS VETERINÁRIOS INSTITUTO DE ANÁLISES CLÍNICAS DE SANTOS

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CAUSAS PRÉ-ANALÍTICAS DE VARIAÇÕES DOS RESULTADOS DE EXAMES LABORATORIAIS A FASE PRÉ-ANALÍTICA Uma das principais finalidades dos exames de laboratório é oferecer ao médico veterinário informações úteis para apoiar o seu diagnóstico. Para que este propósito seja alcançado, é conveniente estar ciente que cerca de 70% do total das incorreções encontradas nos resultados dos exames de laboratórios clínicos possuidores de eficiente controle de qualidade, são debitados a eventos ocorridos durante a fase pré-analítica. A fase pré-analítica inclui a indicação do exame, redação da solicitação, obediência a eventuais instruções de preparo do paciente, procedimento de coleta, acondicionamento, preservação e transporte da amostra biológica até o momento em que o exame seja, efetivamente, executado. Na fase pré-analítica estão envolvidos o médico veterinário, seu auxiliar responsável pela ajuda durante a flebotomia, e os encarregados pelo adequado acondicionamento, preservação e transporte da amostra. Da correta indicação do tipo de exame é que irá depender o valor preditivo do seu resultado. O laboratório está permanentemente à disposição, para procurar auxiliar o médico veterinário nesta escolha. Ele pode, ainda, fornecer informações adicionais como o melhor horário para a colheita ou o tipo de frasco e de anticoagulante a ser utilizado para a coleta. VARIAÇÃO CRONOBIOLÓGICA Alguns parâmetros apresentam variações em função do tempo, cujo ciclo de variação pode ser diário, mensal, sazonal, anual, etc. Em dias quentes, por exemplo, a concentração sérica das proteínas tende a ser mais elevada nas amostras colhidas à tarde quando comparadas às colhidas pela manhã. GÊNERO Além das diferenças hormonais, alguns parâmetros urinários e sanguíneos apresentam resultados distintos entre os sexos em decorrência de diferenças de massa muscular, metabólicas, dentre outras. IDADE A variação encontrada em função da idade é decorrente de fatores como a maturidade funcional dos órgãos e sistemas, conteúdo hídrico e massa muscular. ATIVIDADE FÍSICA O efeito da atividade física sobre alguns componentes sanguíneos é, em geral, transitório e decorre da mobilização água, das variações das necessidades energéticas e da eventual modificação fisiológica condicionada pelo exercício. Por exemplo, o número de leucócitos apresenta elevações significativas após a realização de exercícios

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físicos vigorosos. Por esta razão, ele deve ser sempre evitado durante algumas horas antes da coleta da amostra. JEJUM É preconizado um período de 8 horas de jejum, podendo ser reduzido para 4 horas, para evitar a turbidez do soro que poderá interferir em algumas metodologias. Parâmetros, como a glicemia, irão apresentar valores aumentados após refeições. Períodos de jejum prolongados, acima de 16 horas, são contra-indicados para a determinação de alguns analitos; como exemplo, os corpos cetônicos urinários irão apresentar-se incrementados. DIETA Mesmo respeitado o período preconizado de jejum, a dieta prévia pode modificar a concentração de alguns componentes como é o caso das dietas gordurosas. Recomenda-se que a coleta deve ser sempre feita em pacientes que vem seguindo a sua dieta habitual, sem alterações bruscas. FÁRMACOS Fármacos com finalidades terapêuticas que estejam sendo utilizadas pelo paciente podem interferir nos resultados de exames laboratoriais. Estas variações podem ocorrer devido ao efeito fisiológico, in vivo, ou por interferência analítica, in vitro. Dentre os efeitos fisiológicos, devem ser citadas a indução e a inibição enzimáticas, a competição metabólica e a ação farmacológica. Entre os efeitos analíticos é importante a competição pela ligação com proteínas e eventuais reações cruzadas. Em relação à infusão de fármacos é importante lembrar que a coleta do sangue deve ser feita sempre em local anatômico distante do cateter; em outro membro que não o que está sendo utilizado para a infusão. O ideal é aguardar, pelo menos, uma hora após o término da infusão para realizar a coleta. A título de exemplo da interferência causada por fármacos, o uso de alopurinol reduz o nível sérico do ácido úrico e o de salicilatos ocasiona a elevação aparente do nível sérico da creatinina. A COLETA DE SANGUE Na fase pré-analítica, as causas mais evidentes de falhas que envolvem os processos do laboratório são:

• amostra insuficiente • amostra incorreta • amostra inadequada • identificação incorreta • problemas no acondicionamento e transporte da amostra

É, portanto, necessário estabelecer protocolos de coleta e os critérios de rejeição das amostras, evitando que aquelas com problemas sejam analisadas. Os procedimentos básicos para minimizar a ocorrência de erros nesta fase, são:

1- assegurar que a amostra será colhida do paciente especificado na requisição. 2- verificar se o paciente está em condições adequadas para a coleta, como jejum e

uso de medicamentos 3- identificar as amostras colhidas com o nome do paciente, data da coleta e o

número ou etiqueta com código de barra se existirem. 4- assegurar que todos os materiais a serem utilizados para a coleta são os

adequados para tipos de exames solicitados na requisição.

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ESCOLHA DO LOCAL PARA A VENOPUNÇÃO A veia a ser escolhida irá variar conforme o tipo de animal, contudo devem-se evitar as situadas nos membros onde estiverem instaladas terapias intravenosas, as áreas com hematomas e as veias trombosadas. Em cães e em gatos, habitualmente, as veias de escolha são a jugular, ou safena lateral e safena medial. O torniquete, se utilizado, não deve ser empregado por tempo que exceda 1 minuto, pois a estase localizada pode ocasionar hemoconcentração gerando valores falsamente elevados para aqueles componentes sanguíneos ligados a proteínas, quantidade e volume celulares. ANTISSEPSIA E HIGIENIZAÇÃO A anti-sepsia da pele no local a ser puncionado deve ser feita com álcool etílico a 70% ou o isopropílico a 70%, que são os que apresentam a melhor eficácia germicida. As mãos devem ser higienizadas após o contato com cada paciente, evitando, assim, contaminação cruzada. Pode ser feita com água e sabão ou álcool gel. As luvas descartáveis são barreiras de proteção destinadas a proteger o flebotomista. Devem colocadas antes da punção, ficando bem aderida à pele para que ele não perca a sensibilidade no momento de palpar a veia visada. CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DA COLETA DE SANGUE VENOSO UTILIZANDO TUBO COM VÁCUO OU SERINGA E AGULHA

1- Coleta com seringa e agulha É técnica antiga e muito difundida. Na etapa da transferência do sangue aos tubos (se em volume acima ou abaixo da capacidade dos mesmos) poderá haver a formação de microcoágulos, fibrina ou hemólise, com comprometimento da qualidade da amostra. Contudo, alem desses potenciais erros pré-analíticos, este é um procedimento de risco para o profissional de saúde, pois ele irá manusear o sangue ao transferi-lo para os tubos e deverá ter o cuidado de não se contaminar e de descartar a agulha pérfuro-cortante de maneira segura. 2- Coleta com equipo a vácuo É a técnica mais utilizada atualmente nos laboratórios. Proporciona várias vantagens: * o tubo possui o vácuo calibrado para aspirar o exato volume pré-estabelecido. * a quantidade de anticoagulante/ativador de coágulo é proporcional ao volume de sangue coletado, gerando uma amostra de qualidade. * com uma única punção pode-se colher rapidamente vários tubos. * segurança para o profissional, uma vez que a coleta a vácuo é um sistema fechado que dispensa a transferência do sangue da seringa para os tubos. CONSIDERAÇÕES SOBRE HEMÓLISE Hemólise é a ruptura de células do sangue com a conseqüente liberação dos constituintes intracelulares para o plasma ou soro. Ela é, geralmente, reconhecida pela coloração avermelhada adquirida pelo soro ou plasma, depois da centrifugação ou sedimentação, e é decorrente da hemoglobina que foi liberada pela ruptura das hemácias. Como a hemólise altera a amostra e interfere nos resultado de várias determinações, ela deve ser sempre evitada. Para a prevenção da hemólise deve-se atentar para:

• O álcool aplicado na pele deve secar antes de iniciar a punção • Evitar o uso de agulhas de pequeno calibre • Evitar colher o sangue de áreas com hematoma

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• O bisel da agulha deve estar voltado para cima no momento da punção • Nas coletas com seringa evitar a formação de espuma • Nas coletas com seringa não puxar o êmbolo com muita força • Nas coletas com seringa, descartar a agulha e transferir o sangue deslizando-o

cuidadosamente pelas paredes do tubo. • Os tubos devem conter a proporção correta de anticoagulante para o volume de

sangue que irão receber. • Não agitar vigorosamente os tubos que contém o sangue colhido. • A homogeneização, quando indicada, é feita pela suave inversão do tubo por

cerca de 5 a 10 vezes • Não colocar o tubo em contato direto com o gelo

ESTABILIDADE DA AMOSTRA As amostras devem ter sua composição e integridade mantidas durante as fases pré-analíticas de coleta, manuseio, transporte e eventual armazenagem. A estabilidade depende vários fatores, que incluem temperatura, carga mecânica e tempo. Na prática, quando não houver indicação de tratamento especial, a amostra poderá ser deslocada para o laboratório em caixas de isopor, com gelo reciclável para manter a temperatura entre 2°C e 8°C, calçada por flocos de isopor ou papel jornal. As amostras não devem ficar em contato direto com o gelo para evitar hemólise. Se houver indicação de manter a amostra congelada, deve ser utilizado gelo seco no transporte. O tempo é um fator muito importante na estabilidade de alguns parâmetros. Por exemplo, se entre a coleta e a realização a amostra for mantida em temperatura ambiente por 3 a 4 horas, o potássio sérico irá aumentar de 4,2 mmol/L para 4,6 mmol/L; esta diferença absoluta de 0,4 mmol/L corresponde a um quociente de 1,095 e o desvio será de + 95%. TRANSPORTE DA AMOSTRA Uma vez coletada e identificada adequadamente, a amostra deverá ser enviada dentro do menor intervalo de tempo para o laboratório e acondicionada em maletas que ofereçam garantia de biossegurança no transporte. Devem-se prevenir o vazamento da amostra, protegê-la de choque, variações de pressão e temperatura, visando assegurar sua integridade, estabilidade e a segurança pública. TIPOS DE TUBOS A SEREM UTILIZADOS Na dependência do tipo de exame a ser realizado, a amostra de sangue deverá ser colocada em um tipo apropriado de tubo.

1- Amostra para soro O sangue pode: a) ser colocado em tubo sem anticoagulante (tubo com tampa de cor vermelha) e deixado repousar para aguardar a coagulação. b) se coletado com equipamento de vácuo, o tubo utilizado é o com gel ativador da coagulação (possui tampa de cor amarela); homogeneizado a seguir por 5 a 8 vezes e depois deixado repousar para aguardar a coagulação. 2- Amostra para exames hematológicos

Para o hemograma, alem do tubo contendo o sangue venoso, devem ser feitos três esfregaços em lâminas.

O sangue venoso pode:

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a) ser colocado em tubo com o anticoagulante EDTA K2, na proporção de 7,2 mg do sal para 4,0 mL de sangue; homogeneizar a seguir. b) se coletado com equipamento de vácuo, o tubo utilizado é o com anticoagulante que possui tampa de cor roxa; homogeneizado a seguir por 8 a 10 inversões suaves. 3- Amostra para dosagem de glicose Para a dosagem de glicose é utilizado o fluoreto de sódio com a finalidade de impedir a sua oxidação e conseqüente queda da sua concentração. O sangue pode: 1- ser colocado em tubo com anticoagulantes, na proporção de Fluoreto de sódio 3,0 mg e EDTA Na2 6,0 mg, para 2,0 mL de sangue; homogeneizar a seguir. 2- se coletado com equipamento de vácuo, o tubo utilizado é o com anticoagulante que possui tampa de cor cinza; homogeneizado a seguir por 8 a 10 inversões suaves. 4- Amostra para estudos de coagulação Para estes tipos de exames a veia deve ser alcançada logo na primeira punção. Se houver dificuldade para localizar e puncionar a veia, gerando movimentações da agulha dentro dos tecidos sob a pele, a agulha deverá ser trocada e reiniciada a punção com uma nova agulha. O sangue pode: 1- ser coletado com seringa de plástico (polipropileno) de pequeno volume, e cuidadosamente após a retirada da agulha, mantendo um fluxo contínuo durante a transferência para evitar turbilhonamento, colocado em tubo pequeno cuja superfície não seja ativadora da coagulação (polipropileno), contendo anticoagulante citrato de sódio a 3,2 %, na proporção de 1 parte (0,5 mL) do anticoagulante para 9 partes (4,5 mL) do sangue; tapar rapidamente o tubo e homogeneizá-lo a seguir por 8 a 10 inversões suaves. 2- se coletado com equipamento de vácuo, o tubo utilizado é o com anticoagulante que possui tampa de cor azul; e, num intervalo inferior a 1 minuto, homogeneizado suavemente por 8 a 10 inversões suaves.

ESFREGAÇO SANGUÍNEO O esfregaço de sangue deve ser feito com o sangue sem anticoagulante, obtido da pequena gota presente na ponta da agulha de punção, no momento da coleta do sangue venoso. A feitura do esfregaço deve ser feita sem perda de tempo entre a saída do sangue dos vasos e a sua execução, para prevenir a aglutinação plaquetária. Para fazer o esfregaço:

1- Entre os dedos polegar e o indicador, manter a lâmina fixa horizontalmente sobre uma superfície plana.

2- Sem perda de tempo, colocar uma pequena gota de sangue sobre a lâmina, próximo a uma das extremidades.

3- Com uma segunda lâmina, colocar a sua borda livre contra a superfície da primeira, um pouco a frente da gota de sangue, formando um ângulo de 45°.

4- Sem perda de tempo, mover a segunda lâmina para trás de modo que entre em contato com a gota de sangue.

5- Mover a segunda lâmina para frente, em um só movimento firme, uniforme e mantendo o mesmo ângulo, sem separar uma lâmina da outra. Forma-se então uma delgada e uniforme camada de sangue. Este esfregaço, idealmente, deve ter sido feito com uma gota tão pequena de modo a ter começado e terminado antes do fim da lâmina e ter deixado espaço sem sangue nos dois lados.

6- Secar o esfregaço agitando a lâmina ao ar.

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ÁCIDO FÓLICO O ácido fólico atua na maturação das hemácias e participa do processo de síntese das purinas e pirimidinas, componentes dos ácidos nuclêicos. MATERIAL: Soro. TEMPO DE JEJUM: 4 horas. EXAMES OU TESTES RELACIONADOS: Vitamina B12 REJEITAR: Hemólise acentuada. Lipemia acentuada Fibrina Coágulo MÉTODO: QUIMIOLUMINESCÊNCIA VALOR DE REFERÊNCIA: CÃO: 4-13 nanog/mL GATO: 12-20 nanog/mL CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

ACTH HIPERSENSÍVEL No cão e no gato, valores endógenos de ACTH que se apresentem menores do que 20 picog/mL são altamente indicativos de neoplasia adrenal, ao passo que valores maiores do que 100 picog/mL sustentam a hipótese de hiperadrenocorticismo pituitário dependente (HPD). MATERIAL: Plasma (EDTA) TEMPO DE JEJUM: 4 horas OBSERVAÇÕES: O material deve ser congelado imediatamente. A centrífuga deve ser refrigerada. A coleta e o transporte têm que ser feita em tubo de plástico, enviado no gelo de maneira que o material chegue congelado ao laboratório. QUESTIONÁRIO: Informar medicamentos em uso. EXAMES OU TESTES REALACIONADOS: Cortisol Cortisol livre 17-OH progesterona COLETA: Colher preferencialmente em seringa de plástico e transferir imediatamente para tubo plástico, dessorar e enviar resfriado. REJEITAR– Hemólise acentuada. Lipemia acentuada. Fibrina. Coágulo. MÉTODO: QUIMIOLUMINESCÊNCIA VALOR DE REFERÊNCIA: CÃO E GATO: 20 – 100 picog/mL _______________________________________________________________

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AMILASE Um aumento significativo na amilase é indicativo de pancreatite aguda ou pancreatite crônica na fase inflamatória. Para um diagnóstico clínico mais preciso pode-se associar com os valores séricos da lípase, uréia e creatinina. A hiperamilasemia pode, também, ser encontrada na insuficiência renal, tumor de pulmão ou ovário, pneumonia, enfermidade das glândulas salivares, trauma cerebral ou na macroamilasemia. MATERIAL: Soro METODO: CINÉTICO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 10 - 88 u/L GATO: 10 - 80u/L EQUINO: 34 - 113u/L BOVINO: 14 - 38 u/L CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

BILIRRUBINAS Análise útil na avaliação das icterícias, que podem ser relacionadas ao aumento da oferta, alteração no transporte, alteração na captação, alteração na conjugação, deficiência de excreção ou outros mecanismos. O aumento sérico da bilirrubina total é observado macroscopicamente pela coloração do soro ou plasma, e quando for muito acentuada percebe-se também nos tecidos. Bilirrubina Não Conjugada (indireta): Produto de quebra das moléculas da hemoglobina no sistema reticuloendotelial e transportada ao fígado ligada à albumina. Bilirrubina Conjugada (direta): Os hepatócitos desligam a bilirrubina da albumina e forma um diglucuronideo, a bilirrubina direta, que irá ser excretada na bile. Bilirrubina Total: A bilirrubina total é a somatória das bilirrubinas conjugada e não-conjugada. Para diferenciar a icterícia em pré-hepática, hepática ou pós-hepática, é conveniente que se façam outros exames bioquímicos que explorem as enzimas hepáticas. MATERIAL: Soro MÉTODO: COLORIMÉTRICO VALORES DE REFERÊNCIA: TOTAL: CÃO: 0,1 - 0,6 mg/dL GATO: 0,1 - 0,6 mg/dL EQUINO: 0 - 2,0 mg/dL

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BOVINO: 0,1 - 0,5 mg/dL CONJUGADA: CÃO: 0 - 0,3 mg/dL GATO: 0 - 0,3mg/dL EQUINO: 0 - 0,4 mg/dL BOVINO: 0,04 - 0,14 mg/dL NÃO CONJUGADA: CÃO: 0,1 - 0,3 mg/dL GATO: 0 - 0,5 mg/dL EQUINO: 0,2 - 2,0 mg/dL BOVINO: 0 - 0,3 mg/dL CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 48 horas entre 2º e 8º C. Manter o soro protegido da luz ( frasco embrulhado em papel alumínio ). _______________________________________________________________

BRUCELOSE A doença em cães ( Brucella canis ) pode ocasionar nas fêmeas aborto e esterilidade, e nos machos epididimite. Em ovelhas ( Brucella ovis ) a infecção pode ocasionar placentite, interferindo na nutrição fetal com parição de cordeiros fracos e de pouco peso. Nos carneiros as conseqüências são epididimite e esterilidade. MATERIAL; Soro QUESTIONÁRIO: informar a espécie, idade e sexo MÉTODO: Imunodifusão em gel de agar VALOR DE REFERÊNCIA: negativo CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 2 dias entre 2° e 8 °C _______________________________________________________________

CÁLCIO Valores aumentados são encontrados principalmente no hiperparatireoidismo, excesso de vitamina D e doenças malignas com comprometimento ósseo. Valores diminuídos são encontrados principalmente em hipoparatireoidismo, deficiência de vitamina D, malabsorção intestinal, nefropatias, osteomalacia. MATERIAL: Soro MÉTODO: COLORIMÉTRICO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 8,6 - 11,2 mg/dL GATO: 8,0 - 10,7 mg/dL EQUINO: 11,2 - 13,6 mg/dL BOVINO: 9,7 - 12,4 mg/dL CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 2 semanas entre 2º e 8° C. _______________________________________________________________

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CLORETO É o principal íon extracelular. Um dos responsáveis pela manutenção da pressão osmótica e do equilíbrio hidro-eletrolítico. MATERIAL: Soro. EXAMES OU TESTES RELACIONADOS: Sódio Potássio Glicose Creatinina Uréia Proteínas .REJEITAR: Hemólise acentuada. Lipemia acentuada MÉTODO: ELÉTRODO ÍON SELETIVO VALOR DE REFERÊNCIA: CÃO: DE 105 - 115 mEq/L GATO: DE 117 – 123 mEq/L CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 15 dias entre 2º e 8º C _______________________________________________________________

COBRE A deficiência de cobre pode causar defeitos na pigmentação, sistema cardíaco, vascular e no esqueleto. O cobre desempenha importante função no metabolismo do ferro. A intoxicação pelo cobre pode ocorrer com a ingestão de soluções e alimentos contaminados, alem da exposição a fungicidas que o contenham. MATERIAL: Soro QUESTIONÁRIO: Informar a espécie, raça, sexo, idade, prenhês, e uso de anticoncepcional pelo animal. MÉTODO: absorção atômica. VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO = 100 – 200 mcg/dL CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 1 semana entre 2° e 8°C

_______________________________________________ COLESTEROL HDL O Colesterol é o principal lipídeo associado à doença vascular arterosclerótica, sendo a fração HDL diretamente associada a menor risco. Componente de hormônios esteróides, ácidos biliares e da membrana celular, é metabolisado no fígado e transportado no sangue por lipoproteínas (cerca de 70% por LDL,

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25% por HDL e 5% por VLDL). A avaliação do risco de doença cardiovascular é feita pela determinação dos colesteróis total, HDL e LDL, dos triglicérides e das lipoproteínas. PALAVRAS CHAVES: LIPOPROTEÍNA DE ALTA DENSIDADE ALFA COLESTEROL ALFA LIPOPROTEÍNAS TEMPO DE JEJUM: 12 horas ou conforme orientação do Médico Veterinário EXAMES OU TESTES RELACIONADOS: Colesterol total Colesterol LDL Triglicérides MATERIAL: Soro. REJEITAR: Hemólise acentuada. Amostra colhida em anticoagulante. Amostra não centrifugada ou centrifugada inadequadamente. Trigliceridemia acima de 1.200 mg/dL. MÉTODO: COLORIMÉTRICO ENZIMÁTICO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 40 -78 mg/dL GATO: 40 – 86 mg/dL CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 15 dias entre 2º e 8ºC. _______________________________________________________________

COLESTEROL LDL O Colesterol é o principal lipídeo associado à doença vascular arterosclerótica, sendo a fração LDL diretamente associada a maior risco. Componente de hormônios esteróides, ácidos biliares e da membrana celular, é metabolisado no fígado e transportado no sangue por lipoproteínas (cerca de 70% por LDL, 25% por HDL e 5% por VLDL). A avaliação do risco de doença cardiovascular é feita pela determinação dos colesteróis, dos triglicérides e das lipoproteínas MATERIAL: Soro. TEMPO DE JEJUM: 12 horas ou conforme orientação do Médico Veterinário. EXAMES OU TESTES RELACIONADOS: Colesterol total Colesterol HDL Triglicérides REJEITAR: Hemólise acentuada. Amostra colhida com anticoagulante. Amostra não centrifugada ou centrifugada inadequadamente. MÉTODO: COLORIMÉTRICO ENZIMÁTICO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 31 -71 mg/dL GATO: 20 – 40 mg/dL

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CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 15 dias entre 2º e 8ºC. _______________________________________________________________

COLESTEROL TOTAL As causas que levam a um aumento do colesterol sérico são: hipotireoidismo, dieta rica em gordural, obstrução biliar extra-hepática, diabetes melitus, síndrome nefrótica, síndrome de hiperlipidemia (schnauzers e outras raças) e deficiência congênita de lipase em gatos. A diminuição no nível de colesterol sérico pode ser causada por má digestão/malabsorção, insuficiência pancreática exócrina, enteropatias com perda de proteínas e desvios portossistêmicos congênitos. MATERIAL: Soro MÉTODO: Colorimétrico Enzimático RESULTADO: mg/dL VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 125 – 270 mg/dL GATO: 80 – 205 mg/dL EQUINO: 75 – 150 mg/dL BOVINO: 80 – 100 mg/dL CONDIÇÃO: Jejum desejável, mas não obrigatório, de 12 horas. CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 48 horas, entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

COLINESTERASE Níveis diminuídos são encontrados em intoxicação por organofosforados e doenças hepáticas parenquimatosas, como hepatite e cirrose. MATERIAL: Soro. MÉTODO: ENZIMÁTICO RESULTADO: u/L VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 800 – 4000 u/L GATO: 500 – 4000 u/L CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 1 semana entre 2º e 8ºC. _______________________________________________________________

CORTISOL Pacientes com hipoadrenocorticismo geralmente apresentam o cortisol plasmático diminuído. Isto pode ser resultado de uma insuficiência

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adrenocortical primária ou secundária causada pela administração de corticosteróide exógenos. Os pacientes apresentam um histórico de depressão, fraqueza, desidratação, pulso fraco, bradicardia . êmese intermitente, diarréia. Elevação da uréia e creatinina, frequentemente ocorre em pacientes com hipoadrecorticismo. Uma doença crônica em curso é realçada pelos episódios recorrentes de sinais clínicos vagos, que respondem ao tratamento clínico sintomático. MATERIAL: Soro. QUESTIONÁRIO: Informar a espécie do animal. MÉTODO: QUIMIOLUMINESCÊNCIA VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 0,5 – 5,5 mcg/dL GATO: 1,0 – 4,5 mcg/dL REJEITAR – Hemólise acentuada. Lipemia acentuada. Fibrina Coágulo. CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8ºC. _______________________________________________________________

CREATININA Produto de descarboxilação da creatina-fosfato, usada na contração de músculo esquelético. Sua excreção é realizada apenas pela via renal, o que a torna um bom marcador da função renal. Quando há redução no filtrado glomerular aumentam os níveis de creatinina no soro. Um animal com grande desenvolvimento muscular apresenta normalmente a creatinina sérica mais elevada do que aqueles com pouco desenvolvimento muscular. A desidratação pode ocasionar aumento da creatinina sérica. MATERIAL: Soro MÉTODO: COLORIMÉTRICO (JAFFE MOD.) VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 0,6 – 1,6 mg/dL GATO: 0,8 – 1,8 mg/dL

EQUINO: 1,2 – 1,9 mg/dL BOVINO: 1,0 – 2,0 mg/dL

CONDIÇÃO: Jejum obrigatório de 8 horas. CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8ºC. _______________________________________________________________

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CREATINOSFOSFOQUINASE / CPK Ela catalisa a fosforilação da creatina em fosfágeno, que é uma forma de reserva energética abundante nos músculos. A localização essencial da CPK é na fibra muscular. Níveis elevados são encontrados em infarto do miocárdio, lesões da musculatura esquelética ou cardíaca, miopatias, acidente vascular cerebral e após injeções intramusculares. MATERIAL: Soro EXAMES OU TESTES RELACIONADOS: TGO TGP

DHL MÉTODO: ENZIMÁTICO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 20 – 200 u/L GATO: 50 – 450 u/L EQUINO: 86 – 140 u/L VACA: 66 – 120 u/L CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8ºC

CULTURA DE MATERIAL PURULENTO MATERIAL: Vários (abscesso, drenagem, fístula, etc.) COLHEITA: O laboratório fornece o material a ser utilizado na coleta: estilete de carvão ativado, estilete com algodão comum e tubo com meio de transporte. As amostras de exudatos e outras secreções podem ser aspiradas com agulha e seringa ou colhidas diretamente com estilete de carvão ativado. Se o material for aspirado com seringa estéril, após a colheita entorte a agulha, retire o êmbolo da seringa e mergulhe o estilete de carvão ativado na secreção; após a absorção mergulhe o estilete no 1/3 superior do meio gelatinoso do tubo fornecido pelo laboratório e quebre a porção do estilete que excede para fora do tubo, desprezando-a. Feche o tubo com o algodão forçando a porção do estilete que está dentro a mergulhar mais um pouco no meio gelatinoso. Seja qual for o material, é sempre necessário fazer dois esfregaços, secos ao ar, para o exame citoparasitobacteriológico, utilizando-se de lâminas limpas e do estilete com algodão comum, sem carvão. Idealmente, os esfregaços deverão ter zonas mais espessas (com mais material) e zonas mais delgadas. O tubo com o meio de transporte deverá ser conservado em temperatura ambiente e destampado exclusivamente no momento de usar. Após a colheita envie prontamente ao laboratório. MÉTODO: Semeadura em meios apropriados (meios de tioglicolato, agar sangue e agar chocolate a 37°C em aero e anaerobiose) VALOR DE REFERÊNCIA: cultura negativa

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DEHIDROGENASE LÁTICA Valores aumentados são encontrados na proliferação de células neoplásicas, infarto miocárdio e pulmonar, leucemia aguda, doença hepática, anemia hemolítica, necrose de músculo esquelético, choque e hipoxia intensos. MATERIAL: Soro MÉTODO: CINÉTICO OPTIMIZADO ULTRAVIOLETA VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 50 – 495 u/L GATO: 75 – 490 u/L EQUINO: 162 – 412 u/L BOVINO: 8 -302 u/L CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 24 horas entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

DIGOXINA A Digoxina é um fármaco da classe dos glicosídeos digitálicos, amplamente prescrito para o tratamento da insuficiência cardíaca, fibrilação e sopro auricular, taquicardia supraventricular e outros transtornos cardíacos. A digoxina fortalece a contração do músculo cardíaco e reduz os batimentos cardíacos aprimorando o seu fluxo. A dosagem, após 6 e 8 horas da administração, permite equilibrar os níveis de digoxina sérica e tissular. A monitoração dos níveis séricos, combinada com dados clínicos auxilia nas prescrições e no ajuste de dose. MATERIAL Soro, colhido antes da próxima dose do medicamento. TEMPO DE JEJUM: 4 horas. QUESTIONÁRIO: Informar medicamentos em uso, dosagem, dia e hora da última dose. EXAMES OU TESTES RELACIONADOS: Potássio Cálcio Magnésio Creatinina REJEITAR: Hemólise acentuada Lipemia acentuada Fibrina Coágulo. MÉTODO: QUIMIOLUMINESCÊNCIA NÍVEL TERAPÊUTICO: CÃO: 1,0 – 2,5 nanog/ml GATO: 0,8 – 2,0 nanog/mL EQUINO: 0,5 – 2,0 nanog/mL Concentrações acima de 2,6 a 3,0 nanog/mL se associam a uma probabilidade crescente de toxicidade.

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CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8ºC. _______________________________________________________________

ESTRADIOL – (CÃO) Hormônio relacionado à reprodução. Em caso de pesquisa para ciclo estral de cadelas, pode se associar a exame de citologia vaginal. MATERIAL: Soro QUESTIONÁRIO: Informar a espécie do animal. MÉTDO: RADIOIMUNOENSAIO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO MACHO: ATÉ 20 picog/mL

CÃO FÊMEO: POESTRO/ESTRO: 20 – 50 picog/mL

GRAVIDEZ/DIESTRO: ATÉ 20 piog/mL REJEITAR – Hemólise acentuada. Lipemia acentuada. Fibrina Coágulo. CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8ºC. _______________________________________________________________

FERRO SÉRICO Principais causas de diminuição: deficiência de ferro, infecção crônica, processos malignos, infarto do miocárdio, nefrose. Aumento: hemocromatose, hepatite viral.

MATERIAL: Soro. TEMPO DE JEJUM: Jejum de 8 horas; coleta no período da manhã. REJEITAR: Hemólise METODO: FERENE-S VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 30 – 180 mcg/dL GATO: 68 – 215 mcg/dL CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 6 dias entre 2º e 8º C _______________________________________________________________

FOSFATASE ÁCIDA Valores aumentados são encontrados em doenças hemolíticas, destruição plaquetária excessiva, câncer com metástase óssea, câncer de próstata.

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MATERIAL: Soro. MÉTODO: ENZIMÁTICO VALOR DE REFERÊNCIA: CÃO: 5 – 25 u/L GATO: 5 – 24 u/L REJEITAR: Hemólise. CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 2 dias entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

FOSFATASE ALCALINA Esta enzima está presente principalmente no fígado, nos ossos, no epitélio intestinal e na placenta. Sua determinação é importante na avaliação dos distúrbios hepáticos e ósseos. É indicado quando há perda de peso, hepatomegalia, vômitos, diarréia, icterícia, entre outros. Com exceção dos animais em crescimento, a elevada atividade sérica da fosfatase alcalina aparece em patologias hepatobiliares. Quando há intensa lipemia e hemólise no soro, ela pode estar falsamente aumentada. A fosfatase pode estar falsamente diminuída se a amostra tiver contato com EDTA, arsênico, citrato e compostos sulfadrílicos. Qualquer aumento da fosfatase alcalina em gatos é sugestivo de colestase. Pode-se ter ainda aumento da fosfatase alcalina em osteomielites, algumas neoplasias, piometra, diabetes melitus e hiperadrenocorticismo. Existem drogas que também levam ao aumento da fosfatase alcalina. MATERIAL: Soro MÉTODO: CINÉTICO OPTIMIZADO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 20 -150 u/L GATO: 10 -80 u/L EQUINO: 143 – 395 u/L BOVINO: 90 – 170 u/L CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 48 horas entre 2º e 8º C. ______________________________________________________________

FÓSFORO Principais causas de aumento: insuficiência renal, hipoparatireoidismo, hipervitaminose D, osteoporose, mieloma, diabetes descompensada, desidratação. Diminuição: hiperparatireodismo, hipotireoidsimo, osteomálacia, hipovitaminose D, raquitismo, hemodiálise. MATERIAL: Soro MÉTODO: CINÉTICO U.V. VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 2,2 – 5,5 mg/dL

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GATO: 1,6 – 6,4 mg/dL EQUINO: 3,1 – 5,8 mg/dL BOVINO: 5,6 – 6,5 mg/dL CONDIÇÃO: Soro sem hemólise dessorado rapidamente CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8ºC. _______________________________________________________________

GAMA GLUTAMIL TRANSFERASE (GAMA GT) Esta enzima participa na transferência de aminoácidos e peptídeos através da membrana celular e possivelmente no metabolismo da glutationa. Ela não é encontrada no tecido ósseo. As maiores concentrações estão nas células hepáticas, no trato biliar, rins, baço, coração, intestino, cérebro e glândula prostática. O teste é mais sensível para evidenciar a disfunção hepática, a colestase e monitorar a intoxicação medicamentosa. Esta enzima é usada para diferenciar doença hepatocelular e doença óssea. O uso de drogas como glicocorticóides pode levar a um aumento considerável da GGT o que não ocorre com anticonvulsivantes. Aumentos de GGT podem sugerir pancreatite que provocará obstrução extra-hepática do ducto biliar. MATERIAL: Soro MÉTODO: CINÉTICO COLORIMÉTRICO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 1,0 – 10,0 u/L GATO: 1,0 – 10,0 u/L EQUINO: 4,0 – 13,4 u/L BOVINO: 11,0 – 24,0 u/L CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 48 horas entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

GLICOSE Os níveis séricos da glicemia em jejum são úteis no diagnóstico e no monitoramento de algumas condições metabólicas como a diabetes mellitus, a hipoglicemia, desidratação e na avaliação da secreção inapropriada de insulina. MATERIAL: Soro ou, preferencialmente, plasma com fluoreto. TEMPO DE JEJUM: 12 horas REJEITAR: Hemólise acentuada. Amostra colhida em anticoagulante/conservante inadequado. Amostra em sangue total sem centrifugar ou centrifugada

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inadequadamente ou dosada tardiamente (alem de 2 horas). MÉTODO: COLORIMÉTRICO ENZIMÁTICO VALORES DE REFERÊNCIA: Cão: 60 – 109 mg/dL Gato: 70 – 150 mg/dL Eqüino: 74 – 1014 mg/dL Vaca: 45 -74 mg/dL Suíno: 65 – 94 mg/dL Ovino: 50 – 80 mg/dL CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Plasma fluoretado até 15 dias entre 2º e 8ºC. _______________________________________________________________

HEMOGRAMA Avaliação e diagnóstico diferencial de anemias e policitemia. Avaliar processos infecciosos, inflamatórios, tóxicos, alérgicos e leucêmicos. Avaliar plaquetopenias e plaquetoses. MATERIAL: Sangue total colhido com EDTA K3 Esfregaços (pelo menos 2) do sangue sem anticoagulante. TEMPO DE JEJUM: 4 horas, desejável, mas não obrigatório. REJEITAR: Hemólise Coágulos ou microcoágulos Lipemia acentuada MÉTODO: Contagem automatizada (ABX 120 especial para veterinária) VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO GATO Hemácias 5,5 - 8,5 5,0 - 10,0 /mm3 Hemoglobina 12 - 18 8,0 – 15,0 g% Hematocrito 37 – 55 29 – 45 % VCM 60 – 77 39 – 55 fL HCM 19 – 23 12,5 - 17,5 pg CHCM 31 – 36 30 – 36 % Leucócitos 7.000 -15.000 5.500 – 19.500 /mm3 Neutrofilos 60 - 80 35 – 78 % Mielocitos raros raros Metamielocitos raros raros Bastonetes 0 - 3 0 - 3 % Segmentados 60 - 77 35 - 75 % Eosinofilos 2 – 10 2 – 12 % Basofilos raros raros Linfócitos 12 – 30 20 – 55 % Monócitos 3 – 10 1 – 4 % Plaquetas 200.000-500.000 230.000-680.000 /mm3

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CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Sangue total até 2 dias entre 2° e 8°C. Lâminas embrulhadas até 1 ano.

HEMOPARASITAS Os hemoparasitas (Anaplasma, Babesia, Filaria, Erlichia e Tripanosoma) são pesquisados em esfregaços de sangue, habitualmente no mesmo preparado que é utilizado para o exame das características das células durante a realização do hemograma. MATERIAL: Esfregaço de sangue sem anticoagulante. REJEITAR: Esfregaços mal feitos: muito espessos, muito delgados ou Irregulares. MÉTODO: Exame microscópico após coloração. VALOR DE REFERÊNCIA: Ausentes. CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Lâminas embrulhadas até 1 ano. _______________________________________________________________

INSULINA Além de sua indicação no diagnóstico de insulinoma, a dosagem de insulina pode se utilizada para estudo de outras causas de hipoglicemia. MATERIAL: Soro. TEMPO DE JEJUM: 10 horas ou conforme orientação do Médico Veterinário. EXAMES OU TESTES RELACIONADOS: GLICOSE PEPTÍDEO C PRO-INSULINA COLETA: Além do soro, colher também amostra de sangue com fluoreto para dosar glicose. REJEITAR : Hemólise acentuada. Lipemia acentuada Fibrina Coágulo MÉTODO: IMUNOFLUORIMETRIA VALOR DE REFERÊNCIA: CÃO: 5 – 25 micro U/mL GATO: 4 -15 micro U/mL EQUINO: 10 -30 micro U/mL CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

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LEISHMANIOSE CANINA Ainda não há vacina aprovada para a Leihmaniose canina. Os cães infectados apresentam anemia, leucopenia, plaquetopenia, inversão das frações albumina/globulina, elevação das transaminases e bilirrubinas e alterações das funções renais. Os cães comprovadamente infectados devem ser sacrificados; contudo, o método atualmente utilizado para o diagnóstico ( títulos igual ou acima de 1:40 ) pode apresentar reações cruzadas com erliquiose. MATERIAL: Soro. QUESTIONÁRIO: Informar a espécie do animal. MÉTODO: Imunofluorescência indireta. VALORES DE REFERÊNCIA: Menor ou igual a 1:40 CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 2 dias entre 2° e 8°C _______________________________________________________________

LEPTOSPIROSE O exame é indicado no diagnóstico diferencial nos animais em que o ambiente seja potencialmente contaminado por Leptospiras: presença de roedores, cães, animais de corte, etc. A reação de microaglutinação com antígeno vivo é a prova de escolha para confirmar leptospirose atual ou anterior. Caso existam vários animais na mesma propriedade, devem ser coletadas amostras de sangue de animais sintomáticos e de não sintomáticos. Não fazer pool. MATERIAL: Soro TEMPO DE JEJUM: 4 horas. REJEITAR: Hemólise acentuada Lipemia acentuada MÉTODO: Soroaglutinação microscópica com antígenos vivos. Os antígenos utilizados são: andamana, australis, autumnalis, balllum, bataviae, bratislava, butembo, canícola, castellonis, celledoni, copenhageni, cynopteri, djasinam, gripothyphosa, hardjo, hebdomalis, icterohemorragiae, javanica, panama, patoc, pomona, pirogenes, shermani e wolffi. VALORES DE REFERÊNCIA: Títulos até 1:100 são negativos. É mais seguro repetir o teste depois de 3 semanas, para surpreender um eventual aumento dos títulos. CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 5 dias entre 2° e 8°C. _______________________________________________

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LIPASE Valores aumentados são encontrados em pancreatite aguda ou crônica. Para um diagnóstico clínico mais preciso pode-se associar com os valores séricos da amilase, uréia e creatinina. MATERIAL: Soro MÉTODO: CINÉTICO TURBIDIMÉTRICO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 25 – 750 u/L GATO: 25 – 375 u/L CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 5 dias entre 2º e 8º. ______________________________________________________________

MAGNÉSIO Níveis aumentados: uso de sais de magnésio, antiácidos e laxantes, desidratação grave, insuficiência renal, acidose diabética, hipertiroidismo, hipercalcemia, nefrolitíase. Níveis diminuídos: associados com hipocalemia e hipocalcemia, pancreatite aguda, malabsorção, diarréia grave, diabetes mellitus, nefropatias tubulares, hiperparatireoidismo. MATERIAL: Soro. REJEITAR: Hemólise acentuada. MÉTODO: MAGON SULFONADO VALOR DE REFERÊNCIA: CÃO: 1,8 – 2,4 mg/dL GATO: 2,2 mg/dL CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 2 semanas entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

OSMOLARIDADE MATERIAL: Soro ou Plasma (Heparina). MÉTODO: CRIOSCOPIA VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 280 -305 mosmol/Kg GATO: 280 – 305 mosmol/Kg CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 1 semana entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

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POTÁSSIO É o principal cátion intracelular. O uso de fluidoterapia intravenosa pobre em potássio pode aumentar a perda renal e levar a hipocalemia em um animal anorético. Pode-se ainda encontrar hipocalemia associada a perdas gastrointestinais (vômitos e diarréia), que pode ser exacerbada pela ingestão dietética adequada. Outros distúrbios podem ser associados a hipocalemia, hiperaldosteronismo, tratamento diurético, tratamento com insulina, etc. Pode-se encontrar hipercalemia associada a hipoadrenocorticismo, insuficiência renal, acidose, rabdomiólise (eqüinos) entre outros. Obs.: A hipercalemia falsa (pseudo-hipercalemia) pode ocorrer secundária a um atraso na separação do soro, em sangues com leucocitose intensa ou trombocitose, pois são elementos celulares ricos em potássio. Pode ocorrer, ainda, quando há hemólise em eqüinos e bovinos, quando a coleta foi feita em heparina potássica, e quando a coleta foi feita através de um cateter intravenoso usado previamente para administração de potássio. Uma peculiaridade racial tem sido notada no cão Akita, em que o atraso da separação da amostra coagulada pode resultar num aumento dos valores de potássio. MATERIAL: Soro MÉTODO: ELETRODO ÍON SELETIVO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 3,7 – 5,8 mEq/L GATO: 3,8 – 4,5 mEq/L EQUINO: 2,4 – 4,7 mEq/L BOVINO: 3,9 – 5,8 mEq/L CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

PROTEÍNA GLICOSILADA (FRUTOSAMINA) Por tratar-se de um componente glicosilado com meia vida curta, entre duas a três semanas, esta dosagem é útil no acompanhamento de curto prazo do paciente diabético. MATERIAL: Soro. JEJUM: 8 horas ou conforme orientação do Médico Veterinário. EXAMES OU TESTES RELACIONADOS: Curva glicêmica Curva insulinêmica Glicosúria Glicohemoglobina Uréia Creatinina REJEITAR: Hemólise acentuada. Amostra não centrifugada ou centrifugada inadequadamente.

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MÉTODO: COLORIMÉTRICO (REDUÇÃO DO NBT) VALOR DE REFERÊNCIA: CÃO: 1,7 – 3,38 mmol/L GATO: 2,19 – 3,47 mmol/L CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 15 dias entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

PROTEÍNAS TOTAIS Hipoproteinemia: Perdas renais, deficiências nutricionais, infecções graves e prolongadas, esteatorréia, anemias graves, gastroenteropatias exudativas, perdas cutâneas. Doença renal generalizada com proteinúria persistente poderá resultar em hipoproteinemia, como em pacientes com distúrbio glomerular primário com perda de proteína severa, especialmente se associada a Amiloidose. Hiperproteinemia: desidratação, endocardite crônica, poliartrite crônica, processos infecciosos crônicos, cirrose, calazar. Podem-se comparar os valores das proteínas totais o valor do hematócrito e usar como informação adicional. MATERIAL: Soro MÉTODO: BIURETO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 5,4 – 7,7 g/dL GATO: 5,4 – 7,6 g/dL EQUINO: 5,2 – 7,9 g/dL BOVINO: 6,7 – 7,5 g/dL CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 30 dias entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

SÓDIO É o principal cátion extracelular. Os sais de sódio são os principais determinantes da osmolaridade. Alguns fatores regulam a homeostasia do balanço do sódio, tais como aldosterona e hormônio antidiurético. O teste é útil na avaliação dos distúrbios hidroeletrolíticos. A hiponatremia ocorre através da perda gastrointestinal (vômitos, diarréia), se severa pode levar a acidose metabólica. Outras causas que levam a hiponatremia são: insuficiência cardíaca congestiva, administração de diuréticos, diabete melitus e hiperaldosteronismo. A hipernatremia está associada com a desidratação secundária à ingestão inadequada de água ou perda excessiva de água pura, principalmente no diabetes insipidus, se o paciente tiver restrição de água. Ocorre, ainda, na cirrose e pode se desenvolver em pacientes com insuficiência renal crônica com inadequada ingestão de água, que irá levá-lo a uma hipovolemia hipernatrêmica.

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Obs.: Uma hiponatremia falsa (pseudo-hiponatremia) pode surgir quando uma amostra lipêmica é mensurada por fotometria de chama ou por potenciometria indireta. Pode ocorrer, também, quando se tem severa hiperglobulinemia. A hipernatremia falsa (pseudo-hipernatremia) pode ocorrer através do manuseio impróprio da amostra permitindo a evaporação do soro. MATERIAL: Soro MÉTODO: ELETRODO SELETIVO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 141 -153 mEq/L GATO: 147 - 156 mEq/L EQUINO: 132 - 146 mEq/L BOVINO: 132 - 152 mEq/L CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8ºC. _____________________________________________________________

T3 TOTAL – (CÃO) A avaliação do status funcional da glândula tireóide depende da mensuração da concentração sérica dos seus hormônios: da tiroxina (T4), triiodotironina (T3), tiroxina não ligada e triiodotironina livre. A secreção do hormônio da tireóide é controlada pela liberação de tireotropina (TSH) que é controlada pela ação do hormônio TRH (hormônio liberador da tireotropina). Qualquer redução no nível de T3 estimula a liberação de TRH, ou sua redução implica em um aumento na produção de TRH. O hipotireoidismo causa tipicamente a perda simétrica de pêlos, obesidade e letargia, podendo chegar ao coma. Aumento do colesterol, aumento nos trigliceridios, e uma diminuição em T4, são achados bioquímicos que sustentam o diagnóstico. A concentração sérica de T4 pode estar alterada por doença não relacionada à tiróide em cães e gatos (diabetes melitus, hipo ou hiperadrecorticismo, problemas hepáticos ou renais, tumores sistêmicos). O hipertiroidismo em caninos e felinos é normalmente acompanhado por um aumento nos níveis séricos de T4. Em caninos esta patologia é incomum e pode estar associada à neoplasia da tireóide. Em felinos, para um melhor diagnóstico desta patologia deve se associar outros testes laboratoriais com a ALT e AST. MATERIAL: Soro QUESTIONÁRIO: Informar a espécie do animal METODO: QUIMIOLUMINESCÊNCIA VALOR DE REFERENCIA: CÃO: 100 – 200 nanog/dL REJEITAR – Hemólise acentuada Lipemia acentuada Fibrina Coágulo CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8º C.

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T4 LIVRE - (CÃO) A avaliação do status funcional da glândula tireóide depende da mensuração da concentração sérica dos seus hormônios da tiroxina (T4), triiodotironina (T3), tiroxina não ligada e triiodotironina livre. A secreção do hormônio da tireóide é controlada pela liberação de tireotropina (TSH), que é controlada pela ação do hormônio TRH (hormônio liberador da tireotropina). Qualquer redução no nível de T4 estimula a liberação de TRH, ou sua redução implica em um aumento na produção de TRH. O hipotireoidismo causa tipicamente a perda simétrica de pêlos, obesidade e letargia, pedendo chegar ao coma. Aumento do colesterol, aumento nos trigliceridios, e uma diminuição em T4, são achados bioquímicos que sustentam o diagnóstico. A concentração sérica de T4 pode estar alterada por doença não relacionada à tiróide em cães e gatos (diabetes melitus, hipo ou hiperadrecorticismo, problemas hepáticos ou renais, tumores sistêmicos). O hipertiroidismo em caninos e felinos é normalmente acompanhado por um aumento nos níveis séricos de T4 Em caninos esta patologia é incomum e pode estar associada à neoplasia da tireóide. Em felinos, para um melhor diagnóstico desta patologia devem se associar outros testes laboratoriais como a ALT e AST. MATERIAL: Soro QUESTIONÁRIO: Informar a espécie do animal MÉTODO: QUIMIOLUMINESCENCIA VALOR DE REFERÊNCIA: CÃO: 0,4 – 1,0 nanog/dL REJEITAR – Hemólise acentuada Lipemia acentuada Fibrina Coágulo CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8 º C. _______________________________________________________________

T4 TOTAL – (CÃO) A avaliação do status funcional da glândula tireóide depende da mensuração da concentração sérica dos seus hormônios da tiroxina (T4), triiodotironina (T3), tiroxina não ligada e triiodotironina livre. A secreção do hormônio da tireóide é controlada pela liberação de tirotropina (TSH), que é controlada pela ação do hormônio TRH (hormônio liberador da

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tirotropina). Qualquer redução no nível de T4 Total estimula a liberação de TRH, ou sua redução implica em um aumento na produção TRH. O hipotireoidismo causa tipicamente a perda simétrica de pêlos, obesidade e letargia, podendo chegar ao coma. Aumento do colesterol, aumento nos trigliceridios, e uma diminuição em T4; são achados bioquímicos que sustentam o diagnostico. A concentração sérica de T4 pode estar alterada por doença não relacionada a tiróide em cães e gatos (diabetes melitus, hipo ou hiperadrecorticismo, problemas hepáticos ou renais, tumores sistêmicos). O hipertiroidismo em caninos e felinos é normalmente acompanhado por um aumento nos níveis séricos de T4. Em caninos esta patologia é incomum e pode estar associado à neoplasia da tireóide. Em felinos, para um melhor diagnóstico desta patologia devem se associar outros testes laboratoriais como a ALT e AST. MATERIAL: Soro QUESTIONÁRIO: Informar a espécie do animal METODO: QUIMIOLUMINESCÊNCIA VALOR DE REFERENCIA: CAO 0,6 – 4,1 mcg/dL REJEITAR – Hemólise acentuada Lipemia acentuada Fibrina Coágulo CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8º C

______________________________________________ TESTOSTERONA MATERIAL: Soro QUESTIONÁRIO: Informar a espécie do animal MÉTODO: IMUNOFLUORIMETRIA VALORES DE REFERENCIA: CÃO MACHO: 1000 – 7000 picog/mL CÃO FÊMEO: menor que 200 picog/mL REJEITAR – Hemólise acentuada. Lipemia acentuada Fibrina Coágulo CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

TRANSAMINASE OXALACTÉTICA ASPARTATO AMINOTRANSFERASE (AST)

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Esta enzima é encontrada em altas concentrações no músculo cardíaco, células hepáticas, músculo esquelético e em menor concentração no rim e pâncreas. Junto com outras enzimas, constitui teste útil no diagnóstico do infarto do miocárdio e das doenças hepáticas. Pacientes com doença renal aguda, doença muscular esquelética, pancreatite ou traumas podem ter níveis elevados transitoriamente. Estudos revelam que o aumento acentuado da TGO, se excluídas as causas musculares, revela dano severo do hepatócito. Este encontro revela lesão de mitocôndrias pelo fato de 80% desta enzima se encontrar em seu interior. Doenças hepáticas em fase terminal podem não apresentar TGO aumentada pela degeneração do hepatócito (diminuição da área funcional do fígado), assim como fibrose terminal do órgão. Aumento da TGO pode ocorrer quando temos hemólise, lipemia, cetoacidose e por drogas hepatotóxicas. Pode ocorrer ainda aumento decorrente de esforços musculares intensos e injeções intramusculares consecutivas. MATERIAL: Soro MÉTODO: CINÉTICO OPTIMIZADO ULTRAVIOLETA VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 10 – 88 UI/L GATO: 10 – 80 UI/L EQUINO: 226 – 336 UI/L BOVINO: 78 – 132 UI/L CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 48 horas entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

TRANSAMINASE PIRÚVICA ALANINO AMINOTRANSFERASE (ALT) Esta enzima é encontrada predominantemente no fígado e em menores quantidades no rim, coração e músculo esquelético. A maior porcentagem da enzima ocorre no citoplasma do hepatócito no cão, gato e primatas, sendo exceções os eqüinos e bovinos. A ação de toxinas e de hipóxia no tecido hepático pode levar a transtorno dos hepatócitos, aumentando a permeabilidade da membrana celular levando a liberação destas enzimas para o sangue. Quanto maior o número de hepatócitos lesados maior a quantidade de enzimas liberadas. Este aumento também pode ocorrer durante a regeneração dos hepatócitos, talvez por aumento de produção. Na cirrose, a TGP pode se encontrar dentro dos valores normais, aumentados ou diminuídos. Pode-se ter aumento nos valores de TGP em hepatites aguda ou crônica, colangite, colangiohepatite, toxinas hepáticas, trauma, anoxia devido à anemia ou choque. Com o uso de drogas, tais como: barbitúricos, acetoaminofem, mebendazole, fenobarbital, glicocorticóides, halotane, cetoconazol, entre outras, pode haver uma elevação nos níveis da TGP. MATERIAL: Soro

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MÉTODO: CINÉTICO OPTIMIZADO ULTRAVIOLETA VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 10 – 88 UI/L GATO: 10 – 80 UI/L EQUINO: 34 -113 UI/L BOVINO: 14 – 38 UI/L CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 48 horas entre 2º e 8ºC. _______________________________________________________________

TRIGLICÉRIDES Os triglicérides são produzidos no fígado a partir de glicerol e ácidos graxos. São transportados no sangue pelo VLDL e pelo LDL. Os triglicérides, em conjunto com o colesterol, são úteis na avaliação do risco de doença cardiovascular aterosclerótica. Níveis elevados podem ser encontrados na gravidez. Os níveis baixos estão relacionados à malabsorção, mal nutrição e hipertiroidismo. MATERIAL: Soro. QUESTIONÁRIO: Informar a espécie do animal. MÉTODO: COLORIMÉTRICO ENZIMÁTICO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 20 – 112 mg/dL GATO: 10 – 114 mg/dL BOVINO: 25 – 120 mg/dL EQUINO: NÃO DISPONÍVEL CONDIÇÃO: Jejum obrigatório de 12 horas ou conforme orientação do Médico Veterinário. REJEITAR: Hemólise acentuada Uso de anticoagulante Amostra não centrifugada ou centrifugada inadequadamente. CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 15 dias entre 2º e 8º C. _____________________________________________________________

TSH – (CÃO) Hormônio secretado pela hipófise anterior. Regula a secreção do T4 e T3. A síntese e secreção são reguladas pela retro-alimentação negativa de T3 e T4. MATERIAL: Soro QUESTIONÁRIO: Informar a espécie do animal METODO: QUIMIOLUMINESCÊNCIA VALOR DE REFERÊNCIA: CÃO: 0,4 – 4,0 micro UI/mL REJEITAR – Hemólise acentuada Lipemia acentuada

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Fibrina Coágulo CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8º C.

_______________________________________________ URÉIA É a principal forma de excreção do nitrogênio. Produzida no fígado, representa o principal produto do catabolismo das proteínas nas espécies carnívoras e omnívoras. Por esta razão, a uréia é diretamente relacionada à função metabólica hepática e excretória renal. Aumento no volume urinário aumenta a excreção de uréia, enquanto um baixo fluxo facilita sua reabsorção. O nível de uréia pode estar aumentado (carnívoros e omnívoros) devido à elevação no consumo dietético de proteínas, colapso catabólico ou hemorragia no interior do trato gastrointestinal. A concentração de creatinina tende a se alterar acompanhando os aumentos da uremia. MATERIAL: Soro MÉTODO: COLORIMÉTRICO ENZIMÁTICO VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 12,0 – 25,0 mg/dL GATO: 10,0 – 30,0 mg/dL EQUINO: 10,0 – 24,0 mg/dL BOVINO: 20,0 -30,0 mg/dL CONDIÇÃO: Jejum obrigatório de 8 horas. CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 48 horas entre 2º e 8º C. _______________________________________________________________

URINÁLISE DE ROTINA O exame de rotina de urina é útil no diagnóstico e controle das doenças renais, nas afecções do trato urinário e em doenças sistêmicas. O limiar renal da glicemia em cães é 180 mg/dL e em gatos 300 mg/dL. MATERIAL: Urina. COLETA: A obtenção de uma amostra isolada de urina pode ser feita por: micção espontânea, micção por compressão manual da bexiga, sondagem uretral, cistocentese (punção suprapúbica da bexiga) ou coleta da urina no ambiente (mesa de exame, chão). Quando a urina for destinada à cultura, impõe-se a coleta com assepsia, preferencialmente por sondagem ou cistocentese, e transportada em frasco estéril. MÉTODO: TIRA REATIVA E MICROSCOPIA APÓS CENTRIFUGAÇÃO VALORES DE REFERÊNCIA: DENSIDADE : 1010 - 1045 pH : 5,5 – 7,0 PROTEÍNAS : AUSENTE (<50 mg/dL) GLICOSE : AUSENTE ACETONA : AUSENTE

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BILIRRUBINA : AUSENTE UROBILINOGÊNIO : NORMAL HEMOGLOBINA : AUSENTE NITRITO : AUSENTE HEMACIAS : ATÉ 5.000/mL LEUCOCITOS : ATÉ 10.000/mL CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 6 horas entre 2° e 8° C. _______________________________________________________________

VITAMINA B12 (CIANOCOBALAMINA ) A Vitamina B12 tem papel importante na hematopoiese, na função neural, no metabolismo do acido fólico e síntese adequada de DNA. MATERIAL Soro TEMPO DE JEJUM: 4 horas OBSERVAÇOES: Enviar em frasco de cor âmbar. Informar medicamentos em uso EXAMES OU TESTES RELACIONADOS: Ácido Fólico COLETA: Dessorar rápido REJEITAR: Hemólise acentuada Lipemia acentuada Fibrina Coágulo MÉTODO: QUIMIOLUMINESCÊNCIA VALORES DE REFERÊNCIA: CÃO: 170 – 180 picog/mL CONSERVAÇÃO PARA ENVIO: Até 7 dias entre 2º e 8º C.