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F O R M A T O V E R D E
A R
VALORIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO AMBIENTAL E TERRITORIAL DOS ESPAÇOS CLASSIFICADOS DO CONCELHO DE MATOSINHOS
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RESUMO NÃO TÉCNICO
F O R M A T O V E R D EC Â M A R A M U N I C I P A L D E M A T O S I N H O S
M A T O S I N H O S VA L O R I Z A A R
• matosinhos valoriza! •
VALORIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO AMBIENTAL E TERRITORIAL DOS ESPAÇOS CLASSIFICADOS DO CONCELHO DE MATOSINHOS
MATOSINHOS, 2013
COMPONENTE AR
IrRADIARE, Science for evolution®, Lda.
Equipa Técnica
Marcos António Nogueira (Direção de projeto)
Elsa Ferreira Nunes (Gestão de projeto)
Rui Pedro Henriques
Flávia Duarte
Mónica Rogério
Ana Sofia Martins
Inês Silva
Nuno Dias
F O R M A T O V E R D EC Â M A R A M U N I C I P A L D E M A T O S I N H O S
M A T O S I N H O S VA L O R I Z A A R
ÍNDICE 1. ENQUADRAMENTO
2. MATRIZ E CARTA DA QUALIDADE DO AR
3. MATRIZ DE GEE E PLANO DE AÇÃO PARAA SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA
4. NOTA FINAL
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O Observatório da Qualidade do Ar tem por objetivo analisar a qualidade do ar e os
riscos ambientais associados à poluição atmosférica, no concelho de Matosinhos,
através da avaliação continuada de dois índices, designadamente, o índice local
de risco de incidência aguda e o índice local de risco de exposição prolongada,
fornecendo a distribuição territorial e temporal de ambos os índices. O índice local
de risco de incidência aguda permite verificar e localizar a ocorrência de incidentes
de exposição à concentração elevada de espécies químicas poluentes ou partículas
na atmosfera, mesmo que durante um período limitado de tempo. Através do índice
local de risco de exposição prolongada, identificam-se áreas sujeitas à exposição
prolongada de concentrações, mesmo que moderadas, de poluentes atmosféricos.
O projeto Observatório da Qualidade do Ar do Município de Matosinhos integra
também a execução da matriz energética do concelho de Matosinhos e o
desenvolvimento do Plano de Ação para a Energia Sustentável (PAES).
1. ENQUADRAMENTO
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2. MATRIZ E CARTA DA QUALIDADE DO AR
A elaboração da matriz da qualidade do ar incluiu uma exaustiva recolha e análise
de informação. A diversidade da informação recolhida requereu a consulta de
entidades de referência distintas, exemplificativamente o Eurostat, a Agência
Europeia do Ambiente, a Agência Internacional de Energia, a Direção-Geral de
Mobilidade e Transportes da Comissão Europeia, a Direção-Geral de Energia da
Comissão Europeia, e organismos nacionais relevantes como a Câmara Municipal
de Matosinhos, o Instituto Geográfico Português, a Estradas de Portugal, a Agência
Portuguesa do Ambiente e o Instituto Nacional de Estatística.
A informação de caracterização do território constituiu um requisito essencial para
a parametrização de modelos de qualidade do ar e análise de exposição a poluentes
atmosféricos. Neste sentido, foi efetuado o modelo digital de terreno do concelho
de Matosinhos e analisada cartografia de utilização do solo (rede viária, parque
edificado, entre outros). Procedeu-se ainda à identificação de equipamentos e
áreas sensíveis à contaminação atmosférica, como equipamentos de saúde e de
educação, entre outros.
A identificação e caracterização das fontes relevantes de emissões de poluentes,
situadas no concelho, teve como base informação socioeconómica, características
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do território, condições climatéricas e dados de trafego rodoviário, bem como
informação complementar disponibilizada por fontes de referência. Foram ainda
realizadas medições in loco, de modo a completar toda a informação recolhida.
Ao nível da obtenção de resultados e da execução da Matriz da Qualidade do Ar,
foram analisadas as fontes de emissões de poluentes relevantes na qualidade do ar
do concelho e respetivos impactes.
A identificação e caracterização das fontes fixas relevantes de emissões de
poluentes, situadas no concelho, teve com base a informação anteriormente
referida. Foram obtidos dados de caracterização de fontes fixas localizadas no
município de Matosinhos, nomeadamente, as empresas GALP ENERGIA, SGPS S.A.,
Indaqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, S. A. e EFACEC AMBIENTE,
S.A., em que foram verificadas as emissões de diversos poluentes.
Relativamente à caracterização das fontes móveis no concelho de Matosinhos, esta
teve como base a informação de tráfego disponibilizada pela Estradas de Portugal
e pelo Instituto de Infraestruturas Rodoviárias (INIR). A informação recolhida foi
relativa ao tráfego médio horário e ao tráfego médio diário para as principais
rodovias do município.
Devido ao elevado volume de informação relativa ao tráfego médio horário e ao
tráfego médio diário, para as principais rodovias do município foi necessário definir
dois cenários típicos: cenário de inverno e cenário de verão. A definição do cenário
típico de inverno teve como base o perfil de tráfego típico de janeiro e a definição
do cenário típico de verão teve como base o perfil de tráfego típico de julho.
Os elementos resultantes do estudo efetuado encontram-se acessíveis através de
uma interface específica em formato Web, que suporta o sistema de gestão da
qualidade do ar. Essa interface permite a visualização georreferenciada da carta e
da matriz. As evoluções temporais são disponibilizadas por cartografia dinâmica –
animação gráfica – e grafismos convencionais.
A interface inclui funcionalidades de facilitação do acesso e de dinamização do uso
da carta, da matriz e das funções específicas do sistema de gestão da qualidade do
ar. Entre as primeiras destaca-se a possibilidade de analisar a qualidade do ar com
elevada resolução local: rua a rua ou em “estações virtuais” – para todo o período
temporal tomado como referência. Entre as segundas – funções específicas
do sistema de gestão da qualidade do ar – destacam-se o sistema de receção
de reclamações, o sistema de acompanhamento e de suporte à gestão dessas
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Figura 2 - Página da plataforma de comunicação do observatório da qualidade do ar “ESTAÇÕES VIRTUAIS”.
reclamações e respetivo tratamento, o sistema de apoio à gestão de medições no
terreno e de pós-processamento e análise dos respetivos dados e, por último, o
sistema de suporte a previsões de curto prazo e a simulações.
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Figura 1 - Página inicial plataforma de comunicação do observatório da qualidade do ar “HOME” – mapa de Matosinhos.
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Com a execução da matriz energética do concelho de Matosinhos pretendeu-se
caracterizar os consumos energéticos locais e as respetivas tendências evolutivas.
Os cenários de evolução da procura energética apresentados foram calculados
através de um modelo matemático que toma por base as projeções disponibilizadas
por organizações internacionais e organismos públicos responsáveis por
planeamento e estudo prospetivo. A título exemplificativo do trabalho
desenvolvido, apresentam-se alguns dos principais resultados obtidos.
No âmbito da execução da matriz energética do concelho de Matosinhos foram
ilustrados os consumos de energia por vetor energético para os anos 2010, 2020 e
2030. Os consumos de energia distribuem-se pelos seguintes vetores energéticos:
eletricidade, gás natural, butano, propano, gasolina e gás auto, gasóleo rodoviário,
gasóleos coloridos (gasóleo colorido e gasóleo colorido para aquecimento) e
outros combustíveis de utilização maioritariamente industrial (fuelóleo, petróleo
e coque de petróleo).
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3. MATRIZ DE GEE E
PLANO DE AÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE
ENERGÉTICA
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Foram também determinados os consumos de energia por setor de atividade para
os anos 2010, 2020 e 2030, considerando-se os principais setores consumidores.
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Figura 3 - Consumo de Energia por Vetor Energético (anos 2010, 2020 e 2030).
Consumo de Energia por Fonte Energética
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
0
Eletricidade Gás Natural Butano Propano Gasolina e Gás Auto
Gasóleo Rosoviário
Gasóleos Coloridos
Outros
(GWh/ano)
2010
2020
2030
2010
2020
2030
2010
2020
2030
2010
2020
2030 20
1020
20
2030
2010
2020
2030
2010
2020
2030
2010
2020
2030
Figura 4 - Consumo de Energia Elétrica por Setor de Atividade (anos 2010, 2020 e 2030).
Consumo Total de Energia por Setor de Atividade
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
0
Setor Doméstico
Indústria Agricultura e Pescas
Serviços Transportes
(GWh/ano)
2010 20
20 2030
2010 20
20
2030
2010
2020
2030
2010
2020
2030
2010
2020
2030
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Figura 5 - Intensidade Energética por Setor de Atividade.
Intensidade Energética por Setor de Atividade
2.000
1.800
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
0
1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030
(MWh/M€)
2035
Intensidade Energética Industrial (MWh/M€/ano)
Intensidade Energética Solar de Serviços (MWh/M€/ano)
Intensidade Energética do Setor de Transportes (MWh/M€/ano)
De forma a avaliar o potencial de melhoria da eficiência energética e de redução de
emissões de CO2, relativamente a Portugal continental, foram utilizados indicadores de
benchmarking. Estes indicadores complementam a informação fornecida pela matriz para
a identificação dos setores prioritários ao nível da melhoria da sustentabilidade energética.
Apresenta-se de seguida uma breve análise comparativa do desempenho
energético de Matosinhos com o resto do país.
Comparação de indicadores de Matosinhos com Portugal Continental
PORTUGAL CONTINENTAL
CONCELHO DE MATOSINHOS
1.591
23
1,6
3,4
575
1.008
16
1,4
2,5
347
Intensidade Energética [MWh/M€]
Consumo de Energia por Habitante [MWh/hab]
Consumo Total de Energia Elétrica no S. Doméstico por Habitante [MWh/hab]
Consumo Total de Energia Elétrica do S. Doméstico por Alojamento [MWh/aloj]
Consumo Gás Natural no S. Doméstico por Habitante [kWh/hab]
Tabela 1 - Comparação dos principais indicadores energéticos de Matosinhos com Portugal Continental, 2010.
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E M I S S Õ E S /2 1
PORTUGAL CONTINENTAL
CONCELHO DE MATOSINHOS
572
29
8,0
86
1.885
105
24
409
6,0
0,8
223
17
8,3
30
1.251
57
22
428
6,7
0,8
Intensidade Energética dos Serviços [MWh/M€]
Consumo Total de Energia nos Serviços por Trabalhador [MWh/trab]
Custos da Energia Elétrica Consumida nos Serviços por Custo do Trabalho [%]
Consumo de Gás Natural nos Serviços por VAB Terciário [MWh/M€]
Intensidade Energética Industrial [MWh/M€]
Consumo Total de Energia na Indústria por Trabalhador [MWh/trab]
Custos da Energia Elétrica na Indústria por Custo do Trabalho [%]
Intensidade Energética dos Transportes Rodoviários [MWh/M€]
Consumo de Energia em Transportes Rodoviários por Habitante [MWh/hab]
Consumo Energético em Iluminação Pública por Receitas do Município [MWh/k€]
A matriz de emissões de CO2 constituiu o principal resultado do inventário de
referência de emissões, ao quantificar as emissões de CO2 resultantes do consumo
de energia ocorrido na área geográfica do concelho de Matosinhos e ao identificar
as principais fontes destas emissões.
Emissões
Figura 6 - Emissões de CO2 por Setor de Atividade (anos 2010, 2020 e 2030).
Emissões de CO2 por Setor de Atividade
400.000
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
Setor Doméstico
Indústria Agricultura e Pescas
Serviços Transportes
(tCO2e/ano)
2010 20
20 2030
2010 20
20 2030
2010
2020
2030
2010 20
20
2030
2010
2020
2030
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Figura 7 - Emissões de CO2 por Vetor Energético Consumido (anos 2010, 2020 e 2030).
Emissões de CO2 Resultantes do Consumo de Energia por Fonte Energética
600
500
400
300
200
100
0
Eletricidade Gás Natural Butano Propano Gasolina e Gás Auto
Gasóleo Rosoviário
Gasóleos Coloridos
Outros
2010 20
20
2030
2010
2020
2030
2010
2020
2030
2010
2020
2030
2010
2020
2030
2010
2020
2030
2010
2020
2030
2010
2020
2030
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(tCO2e/ano)
Apresenta-se de seguida um excerto das estimativas da redução de consumo de energia
conseguida com a implementação de algumas medidas de sustentabilidade energética
propostas no Plano de Ação para a Energia Sustentável do Município de Matosinhos.
No total das medidas a implementar a redução de consumos é cerca de 21,2%.
Implementação de medidas de sustentabilidade energética
REDUÇÃO DE CONSUMOS [%]
REDUÇÃO DE CONSUMOS [MWH/ANO]
22.731
27.180
155.033
84.668
52.917
0,70
0,84
4,76
2,60
1,63
Iluminação eficiente (lâmpadas de baixo consumo e balastros)
Certificação de edifícios
Veículos eficientes, acessórios eficientes e renovação de frotas
Veículos elétricos
Melhoria da oferta e da rede de transportes
Tabela 2 - Estimativa da redução de consumo de energia conseguida com implementação das medidas de sustentabilidade energética.
MEDIDAS DE SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA
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REDUÇÃO DE CONSUMOS [%]
REDUÇÃO DE CONSUMOS [MWH/ANO]
130.666
11.167
23.798
13.867
35.376
13.776
48.250
13.403
4,02
0,34
0,73
0,43
1,09
0,42
1,48
0,41
Energia Solar
Bombas de calor
Biodiesel
Gestão de água
Renovação de equipamentos domésticos
Sensibilização, educação e prémios para a eficiência energética
Aumento da pedonalidade e do uso de bicicleta
Otimização da mobilidade profissional e pendular
MEDIDAS DE SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA
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O Plano de Ação para a Energia Sustentável do Município de Matosinhos inclui um
conjunto de medidas de sustentabilidade energética que deverão ser implementadas
para o cumprimento das metas de redução de 20% das emissões de CO2, até 2020.
As medidas de sustentabilidade incluídas no PAES de Matosinhos abrangem todos
os principais setores de atividade, sendo fundamental o envolvimento dos cidadãos,
agentes locais, empresariais, sociais e institucionais do município para o cumprimento
das metas de sustentabilidade propostas.
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O Observatório da Qualidade do Ar fornece os instrumentos de análise que permitem
determinar causas de exposição prolongada ou de incidentes de concentração
excessiva, simular alterações das condições de exposição decorrentes de alterações
nas atividades económicas e na mobilidade no território abrangido e identificar
perfis individuais de exposição para análise detalhada.
O Plano de Ação para a Energia Sustentável concretiza o compromisso assumido
pelo concelho de Matosinhos aquando da adesão ao Pacto de Autarcas europeus
de redução de pelo menos 20% de emissões de CO2.
Utilizando como ponto de partida a Matriz Energética e, em especial, a sua
dimensão prospetiva, foram identificadas áreas onde se torna necessário intervir
prioritariamente e foram definidas as ações a integrar no PAES.
4. NOTA FINAL
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