metodologia da pesquisa.pdf
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APRESENTAÇÃO
PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
MONOGRAFIA COMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ARTIGO CIENTÍFICO
PLANO DE NEGÓCIOS
REFERÊNCIAS
ANEXO A
SUM
ÁRIO
RÁP
IDO
Orientação para trabalho de conclusão de curso
Prof. Célio Alves de Oliveira
Prof.ª Rosa Maria Pascoali
Joaçaba
2010
Orientação para trabalho de conclusão de curso
© 2010 Unoesc Virtual – Direitos desta edição reservados a Unoesc VirtualRua Getúlio Vargas, 2125, Bairro Flor da Serra, CEP 89600-000 – Joaçaba, SC, BrasilFone: (49) 3551-2123 – Fax: (49) 3551-2004 – E-mail: [email protected]
É proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sob quaisquer meios, sem a permissão expressa da Unoesc Virtual.
O48o Oliveira, Célio Alves de.
Orientação para trabalho de conclusão de curso / Célio Alves de Oliveira, Rosa Maria Pascoali – Joaçaba: Unoesc virtual, 2010.
86 p. ; 30 cm.
Bibliografia:p.64-67
1. Pesquisa - Metodologia. 2. Ciência - Metodologia. I. Pascoali, Rosa Maria. II. Título.
CDD 001.42
Universidade do Oeste de Santa Catarina – UnoescReitor
Aristides Cimadon
Vice-reitor AcadêmicoNelson Santos Machado
Vice-reitores de CampusCampus de São Miguel do Oeste
Vitor Carlos D’Agostini
Campus de VideiraAntonio Carlos de Souza
Campus de XanxerêGenesio Téo
Coordenação Geral da Unoesc VirtualCélio Alves de Oliveira
Coordenação PedagógicaAdriana Maria Corrêa Riedi
Designer Instrucional da Unoesc VirtualRoseli Rocha Moterle
Coordenações Locais da Unoesc VirtualCampus de São Miguel do Oeste
Aníbal Lopes Guedes
Campus de VideiraRosa Maria Pascoali
Campus de XanxerêCristiane Sbruzzi Berté
Secretaria executiva e logísticaElisabete Cristina Gelati
Revisão linguística e metodológicaRonaldo Pasinato
Projeto gráfico e diagramaçãoMix Comunicação
Professor autorCélio Alves de OilveiraRosa Maria Pascoali
SUMáRIOAPRESENTAÇÃO .....................................................................................5
PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ...........................................................6
MONOGRAFIA COMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO .............................8SEÇÃO 1 CONCEITO, OBJETIVO E FINALIDADES DE UMA MONOGRAFIA ............................................9
SEÇÃO 2 PROCEDIMENTOS INICIAIS NA PRODUÇÃO DE UMA MONOGRAFIA ............................................11
SEÇÃO 3 ELEMENTOS QUE COMPÕEM A MONOGRAFIA .................................................................. 19
ARTIGO CIENTÍFICO ..............................................................................28SEÇÃO 1 TIPOS DE PESQUISA PARA A REALIZAÇÃO DE UM ARTIGO ................................................ 29
SEÇÃO 2 TIPOS DE ARTIGOS E ESTRUTURA ...................................................................... 31SEÇÃO 3 NORMAS DA ABNT .......................................................................................... 34
PLANO DE NEGÓCIOS .............................................................................40SEÇÃO 1 CONCEITO, OBJETIVO E FINALIDADES DE UM PLANO DE NEGÓCIO ............................................41
SEÇÃO 2 PRINCÍPIOS BÁSICOS QUE NORTEIAM O DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE NEGÓCIO ............. 43
SEÇÃO 3 DESENVOLVENDO O PLANO DE NEGÓCIO ....................................................................... 44
REFERÊNCIAS .......................................................................................56
ANEXO A. ............................................................................................60
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SEjA BEM-VINDO à DISCIPLINA ORIENTAÇÃO PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO!
Caro aluno, por intermédio deste material, você terá a oportunidade de conhecer as formas de elaboração de um trabalho de conclusão de curso na Unoesc Virtual.
Apresentamosnestecadernodeestudo,asformasdeelaboraçãodeumartigocientífico,deumplanodenegóciosedeumamonografia.Vocêpoderáoptarpelodesenvolvimentode um deles.
É importante lembrar que é por meio do TCC que o aluno demonstra os conhecimentos adquiridos durante o curso. Enfatizamos também, que a apresentação de trabalhos acadêmicos é normatizada pela ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas, visando controlaraqualidadedaproduçãocientífica.
SendooTCCumprodutoresultantedaatividadedepesquisaereflexão,deveatenderàsexigências dessas normas para garantia da validade do seu conteúdo.
Neste sentido, construímos este material especialmente para você elaborar o seu TCC. Recomendamos que leia com atenção e que em caso de dúvidas contate seu professor orientador do TCC.
Desejamos-lhe um excelente êxito na elaboração do seu Trabalho de Conclusão de curso.
APRESENTAÇÃO
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PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
OBjETIVO GERAL
Elementos necessários para o planejamento,
execução e produção de um Trabalho de
Conclusão de Curso. Artigo científico. Partes
fundamentais de um artigo científico. Normas
técnicas para a elaboração de um artigo
científico. Plano de negócio. Normas ABNT.
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OPORTUNIZAR aos acadêmicos condições para desenvolver um trabalho de conclusão de curso com qualidade e respeitando as normas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
OBjETIVOS ESPECÍFICOSPOSSIBILITAR aosacadêmicosoconhecimentorelacionadoàsnormasda Associação Brasileira de Normas Técnicas;
FAVORECER pelo estudo dos métodos e técnicas de pesquisa, o conhecimentoparaaelaboraçãodeumtrabalhomonográfico;
ENTENDER oprocessodeelaboraçãodeumartigocientífico;
OPORTUNIZAR o conhecimento dos métodos e técnicas de pesquisa e a elaboração de um plano de negócios.
METODOLOGIAO componente curricular será desenvolvido por meio do Portal de Ensino Unoesc, que é a sala de aula virtual. As aulas serão acompanhadas por um grupo de professores que presta assistência metodológica e pedagógica para o desenvolvimento da aprendizagem.
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FORMAS E MOMENTO DE AVALIAÇÃO � As atividades avaliativas, descritas nofinaldecadaunidade,deverãoserrealizadas a distância; compreendem a avaliação de G1, com peso 4.
� Aavaliaçãofinal,quecompreendea avaliação de G2, é presencial; compreende uma prova sobre todo o conteúdo, com peso 6.
DURAÇÃOA carga horária total da disciplina é de 60 horas-aula, incluindo o processo de avaliação. O tempo previsto para a duração da disciplina é de um mês, a avaliação presencial ocorre a cada dois meses. O material e a metodologia foram desenvolvidos de forma que esse conteúdo possa ser vencido durante essas horas.
O cronograma de atividades serve para orientaroseuestudo,masvocêdeveficaratendoàsdataseprazosparaarealizaçãodas atividades.
EVENTO ATIVIDADE DATA
Início da disciplina ___/___
Atividades obrigatórias
___/___
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Término da disciplina ___/___
OBjETIVOS DE APRENDIZAGEM
Aofinaldestaunidade,vocêdeverásercapazde:
� COMPREENDER oqueéumamonografiaesuaimportâncianoprocessodeproduçãodoconhecimento acadêmico;
� CONHECER ospassosparaelaboraçãodeumamonografia.
ROTEIRO DE ESTUDO
Com o objetivo de alcançar o que está proposto a esta unidade, o conteúdo está dividido nas seguintes seções:
UNIDADE 1
MONOGRAFIA COMO TRABALHO DE CONCLUSÃO
DE CURSO
SEÇÃO 1
Conceito, objetivo efinalidadesdeuma
monografia
SEÇÃO 2
Procedimentos iniciais na produção
damonografia
SEÇÃO 3
Elementos que compõem uma monografia
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PARA INICIAR NOSSOS ESTUDOS
Umdoscomponentesimportantesnaformaçãotécnico-científicadoacadêmico, seja de graduação ou de pós-graduação, é a produção de um trabalho de conclusão de seu curso. Essa atividade exigirá do pesquisador, mesmo que iniciante, um cuidado com o rigor metodológico necessário para que não seja produzido um texto embasado na pura espontaneidade criativa. Os aspectos metodológicos vão sendo dominados na medida em queopesquisadoriniciaoprocessoreflexivoepráticodecomoproduziresse trabalho.
Nestaunidade,vocêteráaoportunidadedeidentificartodososelementosnecessários para o Planejamento, Execução e Produção de um Trabalho de ConclusãodeCurso,queestaremoschamandodeMonografia.
Nabuscadeumadefiniçãoparamonografia,valedizerqueéumrelatórioembasado num projeto de pesquisa que expressa o tipo da pesquisa desenvolvida ou aplicada, tratando minuciosamente o tema num contexto restrito.Ouseja,otermomonografia,porsisó,seexplica:(mono=único).Istoquerdizerqueoseutrabalhomonográficodeveterporobjetodeanálise e discussão um único assunto ou tema.
Logo,adefiniçãodo“assuntoúnico”aseranalisado,vaiexigirdeterminadascautelaseconhecimentoespecíficodosprocedimentos.
E é sobre estes procedimentos que passaremos a tratar a partir de agora.
Bons estudos!
SEÇÃO 1 CONCEITO, OBjETIVO E FINALIDADES DE UMA MONOGRAFIA
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
AO SE INICIAR um trabalho de pesquisacomafinalidadedecumpriruma exigência didático–pedagógica de seu curso, neste caso, o Trabalho de Conclusão de seu Curso, inevitavelmente você se deparará com a necessidade de alguns procedimentos próprios que um aluno/pesquisador deve observar.
É necessário e de fundamental importância que você determine, desde logo, um método de trabalho que possa indicar as etapas e processos a serem vencidos ordenadamente, conduzindo você
àinvestigaçãodosfatosembuscadeumarespostaàsuaquestãodepesquisa. Isso porque o primeiro passo para quem inicia uma pesquisa é procurar responder com clareza eprecisãoàsquestõessobrePesquisa:
Etimologicamente, a palavra“método”significaa“definiçãodomelhor
caminho”.
O que fazer? Por que fazer?
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Quando responder a estas duas questões, você estará automaticamentedefinindoseuobjeto de estudo e formulando a sua questão de pesquisa. E para melhor compreendê-la, é importante que você busque relatar os antecedentes do problema, a relevância de se
estudar o tema que inquieta você, e fundamentalmente, construir uma argumentação sobre a importância prática/teórica do que já tem sido dito sobre o assunto que pretende analisar.
MONOGRAFIA: conceito e objetivo
O TERMO MONOGRAFIA em seu sentidoetimológicosignifica:monos(um só) e graphein (escrever) (SALOMON , 2001). Isto é, a Monografiaéumdocumentoquedescreve um estudo minucioso sobre tema relativamente restrito. E ao ser circunscrita em um único assunto, amonografia,noprocessodesua
construção, possibilita a você o alcance da profundidade desejada de acordo como grau de exigência que seu nível acadêmico requer.
É importante diferenciarmos, inicial-mente, o que é e o que não é uma monografia,paramelhoriniciarmosseu processo de planejamento.
MONOGRAFIA NÃO é:
� Manifestação de opiniões pessoais, sem fundamentá-las com dados comprobatórios através de pesquisas em publicações de conhecimento público;
� Responder uma série de questionários: não é executar um trabalho semelhante ao que se faz um exame ou deveres escolares;
� Expor ideias demasiado abstratas, alheias tanto ao
pensamento, preocupações, conhecimentos ou desejos pessoaisdoautordamonografiacomo de sua particular maturidade psicológica e intelectual;
� A manifestação de uma erudição livresca, citando frases irrelevantes, não pertinentes e mal assimiladas, ou desenvolver abordagem sem conteúdos ou distanciadas da particular experiência de cada caso.
MONOGRAFIA é:
� Um trabalho que observa, acumula e organiza observações;
� Procurar as relações e regularidades que podem haver entre elas;
� Indagar sobre os porquês;
� Utilizar de forma inteligente as leituras e experiências para comprovação da pesquisa;
� Comunicar aos demais os resultados apurados.
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A MONOGRAFIA TEM COMO FINALIDADE:
� Esclarecer fatos, teorias obscuras ou não plenamente conhecidas;
� Enriquecer e aprofundar o roldenoçõescientíficasporintermédio de um trabalho metódico;
� Ordenar e hierarquizar conhecimentos e experiências;
� Comunicareficazmenteasdescobertas;
� Ser sistemática, isto é, ser ordenada segundo o princípio lógico.
OBjETIVO DA MONOGRAFIA
AMonografiaestávinculadaadoisobjetivos distintos: EXTERNO e IN-TERNO.
EXTERNO: quando visa sa-tisfazer um requisito para obtenção de grau, título ou avaliação escolar.
INTERNO: quando visa a satisfação interior, tais como, manifestar a própria personalidade, revelar gostos ou tendências, demonstrar a amplitude de juízos, revelar capacidade, demonstrar opiniões. Trata-se de uma demonstração clara do tema de interesse do autor.
CARACTERÍSTICAS DE UMA MONOGRAFIA
Pode-seobservarqueaMonografia,enquantorequisitoobrigatórioàconclusão do curso, apresenta algu-mas características:
a) trabalho escrito, sistemático e completo (Introdução, Desenvolvimento e Conclusão);
b) estudo pormenorizado, abordando vários aspectos e ângulos do Problema de pesquisa;
c) aplicação da metodologia científica;
d) contribuição pessoal do autor para a ciência.
A característica essencial não é a ex-tensão (quantidade de páginas), mas o caráter do trabalho e atualidade da tarefa, isto é, o nível da pesquisa, que está intimamente ligado aos objetivos propostos para a sua ela-boração.Destaforma,adefiniçãodotema é o primeiro passo importante para o sucesso na elaboração do tra-
balhomonográfico.
SEÇÃO 2 PROCEDIMENTOS INICIAIS NA PRODUÇÃO DE UMA MONOGRAFIA
A primeira preocupação de quem vai iniciar um trabalho deinvestigaçãocientífica
monográficaécomaescolha do tema, elemento balizador de todo processo investigativo. O temadefinidopassaachamar-se“objetodeestudo”queestará
sendoaveriguadopelo“sujeitopesquisador”,queévocê,equeatravés da utilização de métodos e técnicas apropriados, estará buscando esclarecer melhor as lacunas de entendimento do enfoque a ser dado.
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Vamos analisar neste primeiro momento o entendimento de Cervo e Bervian (1983), que a partir do Esquema 1, explicitam bem os primeiros passos para se começar a
pensar a estrutura de planejamento e execução da pesquisa.
Esquema1:ProcessodeinvestigaçãocientíficaFonte: adaptado de Cervo e Bervian (1983).
Os autores Cervo e Bervian (1983) compreendem que a relação inicial do sujeito pesquisador com seu objeto de estudo (o tema), por vezes, inicialmente, pode representar uma relação de “ignorância”, pela ausência de informações necessárias para melhor delimitar o tema, para melhor compreendê-lo. Na medida em que vai buscando as informações sobre o tema (seja por meio virtual ou bibliográfico)eefetuandoumaanálise do que vem sendo tratado sobre o mesmo, você desenvolve um determinado estado de espírito que pode ser chamado de “dúvida”, ou seja, você não está ainda em condiçõesdeafirmarounegar
questões pontuais sobre o tema escolhido para análise.
Este é o momento inicial da pesquisa,ondevocêdefineedelimita o assunto a ser pesquisado.
Quandovocêconseguedefinirosaspectos duvidosos sobre o tema, alicerçado pelas leituras já desenvol-vidas, capacita-se em emitir “opi-nião” sobre o assunto. Isto é, você inicia um novo processo na investi-gação, onde levanta suas hipóteses, comoveremosmaisàfrentenode-talhamento das partes constitutivas da pesquisa, que é pressupor seu problema (suas dúvidas).
O passo seguinte é concluir alguns dos aspectos que você pressupunha ser verdadeiro. Neste momento da
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PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
SUjEITO (você) OBjETO (tema a ser estudado)
(Motivo, Necessidade) -------------------------(Manifestação)
IGNORÂNCIA ------------------------------------ NADA
DÚVIDA ------------------------------------ UM POUCO
OPINIÃO --------------------------------- SEM CLAREZA
CERTEZA -------------------------------- COM EVIDÊNCIA
CONHECIMENTO
VERDADE
pesquisa, você estará em condições deafirmarcomgarantiasde“cer-teza”científica(portanto,falíveis)que os pressupostos são verdadeiros. Claroquetaisafirmaçõessempreestarão sendo julgadas por outras pesquisas.
Logo, para começo de conversa ao processo investigatório de sua monografia,deve-seatentarpara
amelhordefiniçãodeseutemadepesquisa.
Lembre-se que o que você estará iniciando ao pensar um tema de pesquisa é a produção do conhe-cimento, onde a relação acontece entre o SUJEITO (que é você) e o OBJETO (tema a ser estudado), como pôde ser visualizado em detalhes no Esquema 1.
COMO ESCOLHER UM TEMA PARA PESQUISA
PARA MELHOR ESCOLHER um tema onde possa estar motivado a desenvolver todo o processo de uma pesquisa, leve em consideração o seu interesse pessoal pelo tema, vinculadoàáreadocursoqueestá fazendo, pois quanto mais afinidadevocêtivercomotema,mais motivado você estará para desenvolver o trabalho.
Neste momento inicial, outra observação importante é a de
queoassuntocorrespondaàspossibilidades de tempo (quanto tempo você terá para desenvolvê-lo – um semestre, dois semestres) everificarantecipadamente,seexiste material referencial teórico suficiente para desenvolver suas discussões e que seja viável em termos de levantamento de tais informações (que poderá ser forma virtual (pela internet) ou através de textos publicados).
Selecionar um tema não é tarefa fácil!
O assunto de uma pesquisa é qualquer tema que necessite melhoresdefinições:novosrelacionamentos entre variáveis, maiorprecisão,enfim,umtemaqueexige maior aprofundamento ou dilatação de suas fronteiras.
Épossívelafirmarquetodotrabalhomonográficoéumaexperiênciametodológica importantíssima, porém árdua. Vai exigir de você esforço e dedicação. Caso o tema escolhido não seja de seu interesse, esse esforço será ainda maior.
Porvezes,atéconseguirmosdefiniro tema, passamos por momentos de grandesindefiniçõeseficamosum
pouco inseguros. Mesmo quando se possui ideia da grande área de seu curso a ser pesquisada, você deverá ter um cuidado todo especial em delimitá-lo bem, circunscrevê-lo e determinar o aspecto sob o qual o focalizará. No entanto, é importante que tenha claro que quem vai determinar o que estudar e qual o tema a ser desenvolvido na pesquisa monográficadeconclusãodecursoé você.
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Como entendemos ser importante este
primeiro momento de um trabalho
monográfico,queéaescolhadotema,
vamos fazer uma revisão sobre quais
os critérios e quais os procedimentos
no momento da escolha do tema de
pesquisa, listando a seguir, alguns
indicadores que podem ajudá-lo nesta
definição.
QUANTO à áREA E LINHAS DE PESQUISA DE SEU CURSO
Emsetratandodemonografiaparaconclusão de seu curso, é mais do que óbvio que o assunto escolhido por você deva estar diretamente vinculadoàáreapropostapelocurso.
Veja estas dicas para escolher bem seu tema:
Olhe para as disciplinas e suas ementas como ponto de partida;
Verifiquesuapráticacotidiana;
Lembre-se que deverá estar atendendo a uma das linhas de pesquisa previstas no projeto do curso. (Na dúvida de quais são as linhas de pesquisa do curso, recorra àCoordenaçãodoseucurso).
Quanto aos critérios para a escolha do assunto
É importante considerarmos que o aluno-pesquisador (você) deve estar atento a quatro pontos fundamentais, no momento da definiçãodotema:
a) Tendências e preferências pessoais – como visto, você deve escolher um assunto
correspondente a seu gosto pessoal, que esteja na linha de suas tendências e preferências pessoais. O entusiasmo e a dedicação, o empenho e a perseverança e a decisão para superar obstáculos dependem do equilíbrio entre você e o tema escolhido. A observância dessa convivência funcionará como um multiplicador de forças, tenha certeza disso. Logo, nunca escolha um tema por que alguém (um professor ou outra pessoa) queira que você estude. Escolha este tema porque você é o grande interessado.
b) Aptidão – não basta gostar do assunto: é necessário ter aptidão, ser capaz de desenvolvê-lo. No presente caso,aptidãosignificaformaçãoculturaladequadaouespecífica,experiência ou vivência na área de seu curso. Em outros termos, podemos dizer que você, por ter interesse ao tema, pressupõe que já conhece algo sobre ele, o que funcionará como um bom ponto de partida.
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c) c) Tempo – diante do problema da escolha do assunto, é importante que você considere o tempo disponível e o tempo necessário para levar ao bom termo a pesquisa. É bem verdade que o entusiasmo, querer concluir o curso, bem como a aptidão,multiplicamaeficáciado trabalho, mas não se pode optar por assunto que exija
muito mais tempo de pesquisa do que dispõe.
d) Recursos materiais e referencial teórico, virtual ou bibliográfico – você deve estar atento da existência de material necessário para que possa estar fundamentando sua argumentação durante o desenvolvimento do texto que estará compondo o corpo do trabalhomonográfico.
PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA DE PESQUISA
CONSIDERE QUE AO ESCOLHER um tema, sem que você se de conta, você o escolhe porque algo a mais ainda precisa ser dito sobre o assunto. Logo, tornar um assunto em problema de pesquisa é transformá-lo numa questão a ser respondida durante o
desenvolvimento da pesquisa. Trata-se da própria constituição de um problema. A construção do problema é uma maneira crítica deverificartodososângulosdaquestão, uma forma de checar todos as matizes que o tema pode apresentar.
Como se faz, de fato, para se problematizar o tema?
Bastasubmetê-loàsquestões,paraverificarseeleresisteaelas.Claroque tais questões são levantadas e respondidas pelo próprio estudante, mas sempre tendo em vista o tema escolhido.
Observe alguns dos exemplos de problematizações sugeridos por Martins (2000), quando falamos em assunto, tema e problema de pesquisa.
Assunto: RECURSOS HUMANOS.
Tema: Incentivos e desempenhos.
Problema: Qual é a relação entre incentivos salariais e desempenho de trabalhadores?
Assunto: AUDITORIA.
Tema: Auditoria no serviço público.
Problema: Qual é o papel do auditor no serviço público?
Assunto: ORGANIZAÇÕES.
Tema: Cultura Organizacional.
Problema: Qual a relação entre cultura organizacional e o desempenho funcional dos administradores?
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Assunto: ADMINISTRAÇÃO DE INFORMAÇÃO
Tema: Informatização de serviços.
Problema: Quais os impactos da informatização dos serviços bancários nos clientes/usuários?
Assunto: MARKETING.
Tema: Participação popular.
Problema: Quais os fatores determinantes para o sucesso da participação popular em governos municipais?
Vejamos dois exemplos na área jurídica, propostos por Leite (2006), que mostram de forma mais detalhada, as perguntas a serem feitas ao tema central, até conseguirmoschegaràquestãoprincipal que será considerada o “problema de pesquisa”. Em outros termos, como fazer para se chegar a uma boa delimitação do problema de pesquisa.
Sendo a sua discussão da área jurídica, digamos que você estivesse interessadopelotema“AtualidadesnoProcessoCivil”.Semumsubtítulo, só será possível saber do que se trata, pensando-se que a datadeelaboraçãodotrabalhodefineoqueseja“atualidades”.Mas,oqueseentendepor“atual”?Aquiloqueérecenteapenas?Eoquesignifica“recente”?Ummêsouumano?Pior:seriaatualidadessobre“todo”oprocessocivilouapenasdeumapartedele?Trata-sedalegislação processual ou das novas posições da jurisprudência?
Percebe-sequeháumagrandeindefinição,ecasovocêqueiramanter-senaáreadoProcessoCivilatual,seriapossívelescolherotema“AreformadoCódigodeProcessoCivilBrasileirode1994e1995”.Frenteaessenovoaspecto,sabe-seagoraquesetratadeuma“atualidade”na legislação processual civil e localizada nos anos de 1994 e 1995. No entanto,aoexaminaroconteúdodetalreforma,verificaremosqueasalterações introduzidas pelas diversas leis federais editadas entre 13 de dezembro de 1994 e 26 de dezembro de 1995, trouxeram profundas alterações ao sistema processual, inclusive com a criação de novos institutos, como, por exemplo, a ação monitória.
Pensando no tempo para desenvolver este tema, nos defrontamos aqui comoutroproblema:otemaestádefinido,masseuconteúdoémuitoextenso.
Que alternativas poderíamos buscar para eleger um assunto dentro da reformaocorridaem1994e1995?Umadelaséoptaremanalisar“Aaçãomonitória”nosseguintestermos:“Aaçãomonitóriaintroduzidapelareformade1995”.
Leis n. 8.950, 8.951 e 8.953, todas de 13/12/1994; Lei n.
9.028, de 12/4/1995; Lei n. 9.079,de14/07/1995;Lein. 9.139, de 30/11/1995,
e Lei n. 9.245, de 26/12/1995.
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Outra alternativa, ainda na mesma questão da reforma do processo civil, seriaelegercomotema“Orecurso de agravonareformade1995”.Evidentementequeotemaficoubemdefinido.Setivesseescolhido“Orecursodeagravo”semaespecificaçãodareforma,otítuloseriamuitomais abrangente, englobando todas as características do instituto, independentemente dos aspectos trazidos pela reforma, o que tornaria a pesquisa mais complexa.
Diniz (1998) salienta que Recurso de Agravo
refere-se a um instrumento de recurso contra decisões
proferidas durante o processo sem limitação de qualidade ou quantidade; recurso contra decisão interlocutória
proferida no processo ao resolver questão incidente ou ao provocar
algumgravameàparteouinteressado.
Um outro exemplo com mais detalhes de perguntas que podem ser feitas ao assunto de interesse de pesquisa para se chegar a uma boa
delimitação do tema de pesquisa é o seguinte:
Sendo a sua discussão da área jurídica, digamos que você estivesse interessadopelotema“AtualidadesnoProcessoCivil”.Semumsubtítulo, só será possível saber do que se trata, pensando-se que a datadeelaboraçãodotrabalhodefineoqueseja“atualidades”.Mas,oqueseentendepor“atual”?Aquiloqueérecenteapenas?Eoquesignifica“recente”?Ummêsouumano?Pior:seriaatualidadessobre“todo”oprocessocivilouapenasdeumapartedele?Trata-sedalegislação processual ou das novas posições da jurisprudência?
Percebe-sequeháumagrandeindefinição,ecasovocêqueiramanter-senaáreadoProcessoCivilatual,seriapossívelescolherotema“AreformadoCódigodeProcessoCivilBrasileirode1994e1995”.Frenteaessenovoaspecto,sabe-seagoraquesetratadeuma“atualidade”na legislação processual civil e localizada nos anos de 1994 e 1995. No entanto,aoexaminaroconteúdodetalreforma,verificaremosqueasalterações introduzidas pelas diversas leis federais editadas entre 13 de dezembro de 1994 e 26 de dezembro de 1995, trouxeram profundas alterações ao sistema processual, inclusive com a criação de novos institutos, como, por exemplo, a ação monitória.
Pensando no tempo para desenvolver este tema, nos defrontamos aqui comoutroproblema:otemaestádefinido,masseuconteúdoémuitoextenso.
Que alternativas poderíamos buscar para eleger um assunto dentro da reformaocorridaem1994e1995?Umadelaséoptaremanalisar“Aaçãomonitória”nosseguintestermos:“Aaçãomonitóriaintroduzidapelareformade1995”.
Os detalhamentos feitos em torno destes dois exemplos foram exatamenteumexercícioreflexivopara vermos que há necessidade
de termos um cuidado especial ao definirotemaeproblematizá-lo.Ou seja, aqui reside a chave para melhor desenvolver um trabalho
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monográfico,queéadelimitação do tema.
Umavezdefinidootema,oreferencial teórico relacionado com o estudo, muitas vezes, é indicado pelo próprio professor e/
ou orientador. Nesse caso, você possuiàsuadisposiçãoomaterialnecessário para o seu trabalho.
Reafirmandoaideiade“problema de pesquisa”,a
formulação do problema prende-se ao tema proposto: ele
esclareceadificuldadeespecíficacomaqualsedefrontae
que se pretende resolver por intermédio da pesquisa. Busca
esclarecer a questão que preocupa, inquieta ou desperta
curiosidade no pesquisador, bem como se contextualiza o
objeto de estudo, dizendo dos antecedentes do problema,
tendências atuais relativas ao problema, pontos de debate,
preocupaçãosocial,dificuldadesbásicassentidas,etc.
Enquanto o tema de uma pesquisa é uma proposição até
certo ponto abrangente, a formulação do problema é mais
específica:indicaexatamentequaladificuldadequese
pretende resolver – Trata-se da delimitação, do enfoque a
ser dado na análise.
O que?
Esteitemrespondeàpergunta: Trata-se do ponto básico do tema, individualizadoeespecificadona
formulação do problema, sendo uma dificuldadesentida,compreendidae defendida, necessitando, pela hipótese ou questões de pesquisa, de uma resposta provável, suposta e provisória. Consiste em supor conhecida a verdade ou a explicação
que se busca. É uma suposição que será comprovada (verdadeira) ou negada (falsa) pelos fatos apresentados.
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Conforme acentua Pádua (1996, p. 47):
Formular o problema consiste em dizer, de que maneira explícita, clara, compreensível e operacional,qualdificuldadecoma qual nos defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas características. Desta forma, o objetivo da formulação do problema é torná-lo individualizado,específico,inconfundível.
Como visto, quando você consegue elaborar um bom problema de pesquisa, você tem de certa forma, um bom esboço do planejamento desuapesquisamonográfica,istoé, os indicadores principais para o desenvolvimento da pesquisa encontram-se circunscritos no Problema de Pesquisa.
Agora, visto todo este processo inicial, vamos entender os elementos que compõem sua monografia.
Sobre outros detalhamentos de seu planejamento de pesquisa na construção de sua monografia, consultar o ANEXO 1 – Projeto de Pesquisa, como também o trabalho de: STRIEDER, Roque. Diretrizes para elaboração de projetos de pesquisa. joaçaba: Ed. Unoesc, 2009.
SEÇÃO 3 ELEMENTOS QUE COMPÕEM A MONOGRAFIA
Os elementos constitutivos deumtrabalhomonográficose dividem em três partes:
a) parte pré-textual; b) parte textual ou corpo principal do trabalho; c) parte pós-textual, organizadas de modo a destacar a sequência lógica do trabalho.
Vamos, a partir de agora, explicar cada um desses elementos para que você possa construir seu trabalhomonográficosemgrandesdificuldades.
Antes, vejamos a estrutura sequencial das três partes, representado no Quadro 1, e quais os elementos constitutivos que farão partedesuamonografia.Lembramosque os elementos destacados são obrigatórios.
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Elementos pré-textuais
Capa Folha de rosto
Folha de aprovação
DedicatóriaAgradecimentos
Epígrafe
Resumo em portuguêsResumo em língua estrangeira
Listas (ilustrações; tabelas; abreviaturas e siglas; símbolos)
Sumário
Elementos textuaisIntrodução
DesenvolvimentoConclusão
Elementos pós-textu-ais
Referências
Apêndices Anexos
Quadro 1: Partes de um trabalho acadêmicoFonte:adaptadodaNBR14724(ASSOCIAÇÃOBRASILEIRADENORMASTÉCNICAS,2005).
ELEMENTOS PRé-TEXTUAIS
TOMEMOS, INICIALMENTE, as orientações da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, que emsuaNBR14724(ASSOCIAÇÃOBRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005), indica que em cada parte da estruturadeumtrabalhocientíficohá elementos obrigatórios e opcionais.Nocasoespecíficodaparte pré-textual, são obrigatórias nasuamonografiaacapa,folhade
rosto, folha de aprovação, resumo em português e sua tradução em língua estrangeira e o sumário. Já a dedicatória, os agradecimentos e a epígrafe são opcionais, ou seja, você não precisa necessariamente incluí-las.
Vejamos como construir cada um dos elementos pré-textuais:
CAPA (OBRIGATÓRIO)
A capa deve conter os dados de identificaçãodainstituiçãoedoaluno, além de apresentar, de maneira clara, o título do trabalho e o subtítulo, quando houver. E ao finaldapágina,localeano.
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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC
JOSÉ CARLOS DA SILVEIRA
A LIBERDADE DE AGIR DO CIDADÃO NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988
Joaçaba2010
Nome da instituição
Nome do autor
Título e subtítulo (se houver)
LocalAno
FOLHA DE ROSTO (OBRIGATÓRIO)
É a parte do trabalho onde constam todasasinformaçõesparaidentificarsuamonografia.Vocêtemcertaflexibilidadequantoàsmedidas,mas deve-se apresentar as seguintes informações e nesta ordem:
a) nomedoautordamonografia–centralizado todo em maiúsculo;
b) título e subtítulo (se houver) – lembrando que o título figuratodoeleemmaiúsculoe o subtítulo, seguido de dois pontos, em minúsculo – também centralizado;
c) finalidade/naturezadotrabalho(deve apresentar o objetivo do trabalho) – observe no modelo abaixoqueasmedidasficamdiferentes. Deverá tomar o centro da folha como referência e compactar as informações necessárias para se deixar claro ao leitor a natureza do trabalho;
d) nome do orientador – somente as iniciais maiúsculas e alinhe-o àesquerda;
e) local(cidadedainstituiçãoàqual se entrega o trabalho);
f) ano da entrega do trabalho.
JOSÉ CARLOS DA SILVEIRA
A LIBERDADE DE AGIR DO CIDADÃO NA
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988
Monografiaapresentadaao
Curso de ...... da Universidade
do Oeste de Santa Catarina
comorequisitoparcialà
obtenção do título de Pós-
-graduado em.........
Orientadora: Profa. Maria Tereza Reis Mendes
Joaçaba
2010
Nome do autor
Natureza do trabalho
Fonte menor que a utilizada no texto; espaçamento entrelinhas simples; recuo entre 6 cm e 8
cm, a partir da margem
Nome do professor Alinhamento àesquerda
Título e subtítuloCentralizados
Local CentralizadosAno
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DEDICATÓRIA (OPCIONAL)
Caso você entenda que queira dedicar seu esforço no processo deproduçãodesuamonografiaa alguém em especial ou a uma instituição, esta é a parte onde você
pode expressar seu reconhecimento. Do ponto de vista formal, não necessita escrever na parte superior dafolhaotermo“dedicatória”.
AGRADECIMENTOS (OPCIONAL)
Nesta folha sim, caso você venha a fazer algum agradecimento, você deve centralizar na parte superior da folha o termo AGRADECIMENTOS. Uma preocupação sua nesta parte
é em ser breve ao manifestar seus agradecimentos, seja a pessoas especificamente,comoaumainstituição.
EPÍGRAFE (OPCIONAL)
Como na dedicatória, você não precisaescreverotermo“Epígrafe”.Tendo uma relação direta com o assunto, você pode escrever uma
frase, um pensamento ou mesmo um poema, sempre seguidos da autoria.
RESUMO (OBRIGATÓRIO)
Conforme as orientações da NBR 6028 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003), no resumo você apresenta claramente o objetivo, o método, os resultados e as conclusões obtidas no estudo, destacando de forma relevante, os pontos principais do trabalho. Compõe-se o resumo de uma sequência de frases claras, afirmativas,enãodeenumeraçãodetópicos.
O resumo é redigido em um único parágrafo, utilizando a terceira pessoa do singular, na voz ativa. O espaçamento é 1,5 entre linhas. A extensão do resumo de uma monografiapodevariarde150a500 palavras. Nesta folha, você escreveotítulo“Resumo”emletrasmaiúsculas, negrito e centralizado. Apósterfinalizadooresumo,logo abaixo, você apresentará
as palavras-chave do trabalho separadas entre si por ponto e finalizadastambémporponto.Não são necessárias mais que quatro palavras-chaves que serão, posteriormente, utilizadas quando da catalogação de seu trabalho na biblioteca.
Após a apresentação do resumo em língua portuguesa, você deverá acrescentar na folha seguinte, a tradução do resumo em um idioma de divulgação internacional (em inglês – Abstract, em espanhol – Resumen, em francês – Résumé), com as mesmas características do resumo em língua vernácula. Deve conter as palavras-chave na língua empregada (keywords, no caso do inglês). O Quadro 2 apresenta um modelo de resumo.
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RESUMO
A gestão das competências constitui uma nova abordagem de gerar
melhorias no panorama da competitividade das organizações.
O objetivo deste projeto de pesquisa é desenvolver um estudo
no sentido de avaliar a possível inter-relação entre gestão de
competências e a qualidade nos serviços. Tomou-se como lócus
de estudo uma Instituição de Ensino Superior: a Universidade do
Oeste de Santa Catarina (UNOESC), por representar um setor de
particularinteressecientíficoparaapesquisadora.Emrelaçãoaos
procedimentos metodológicos, a pesquisa escolhida foi a qualitativa
comrecorrênciasatécnicastambémquantitativas,comvistasà
complementação e robustez na produção de informações. A análise
seráefetuada,afimdetransformarasinformaçõesemconhecimentos,
por meio de técnicas interpretativas para as entrevistas e de
ferramentas estatísticas para os questionários. Os resultados são
ageraçãodeconhecimentosaplicáveisàmelhoriadeprocessosde
gestão de competências e a checagem do impacto dessa gestão sobre
a qualidade dos serviços prestados.
Palavras-chave: Qualidade. Gestão de competências. Serviços
Educação superior.
Contextualização do assunto
Objetivos
Procedimentosmetodológicos
Resultados
Palavras-chave
Quadro 2: Modelo de resumoFonte: Rover et al. (2010).
LISTA DE ILUSTRAÇÕES (OPCIONAL)
Tenha presente que a informação das listas de ilustrações somente ocorrerá dependendo da relevância e quantidade de ilustrações contidas em seu trabalho. Os desenhos, esquemas,fluxogramas,fotografias,gráficos,mapas,organogramas,
plantas, quadros, retratos e outros, deverão ser indicados na lista de ilustrações de acordo com a ordem em que aparecem no texto, designando o nome e o número da página em que se encontram.
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS (OPCIONAL)
A lista de abreviaturas, siglas e símbolos é relacionada em ordem alfabética, acompanhadas das palavras ou expressões correspondentes destacadas no texto. Recomenda-se elaborar listas separadas para cada um dos elementos (abreviaturas, siglas e símbolos), quando se está utilizando um número
significativodelas,istoé,acimade 10 a 12 indicativos de siglas, já recomenda-se tal elemento. Lembre-se que a orientação sobre listas de ilustrações (quantidade e relevância) cabe também para lista de abreviaturas, siglas e símbolos.
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SUMáRIO (OBRIGATÓRIO)
é comum quando vamos analisar um texto, visualizar as partes de um livro, ler um artigo, olhar o sumário paraverificarmosoqueconstaem sua estruturação das partes, istoatéparaidentificarmossetalleitura irá ou não contribuir para asdiscussõesdenossamonografia.Logo,oSumáriotemestafinalidade:possibilitar uma visão geral do trabalho, com o respectivo indicativo do assunto procurado. ConformenosindicaaNBR6027(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003), o sumário deve apresentar a seguinte forma:
a) o título “Sumário”deveserindicado na forma centralizada, em letras maiúsculas e negrito;
b) os elementos pré-textuais não devem ser apresentados;
c) os números das seções e subseções devem ser
alinhados à margem esquerda, sem nenhum destaque, independentemente da hierarquia;
d) os títulos e subtítulos devem ser apresentados da mesma forma que aparecem no corpo do trabalho;
e) após títulos ou subtítulos, a linha deve ser pontilhada até a indicação do número da página; para esse pontilhado não se usa negrito;
f) o número da primeira página em que se inicia o título ou o subtítulo deve ser justificado à direita, após pontilhado;
g) o espaçamento entrelinhas é 1,5.
O Quadro 3 apresenta um modelo de Sumário.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................... 4
2 TÍTULO PRINCIPAL ................................ 6
2.1 SUBTÍTULO PRINCIPAL ..........................7
2.1.2 Subtítulo ........................................ 8
3 TÍTULO PRINCIPAL .............................. 10
3.1 SUBTÍTULO PRINCIPAL ........................ 12
4 CONCLUSÃO ........................................ 18
REFERÊNCIAS ......................................... 21
APÊNDICES ......................................... 23
ANEXOS ............................................. 27
Quadro 3: Modelo de Sumário
Como você pôde observar a forma de estruturar os elementos pré-textuais, vejamos agora, os elementos textuais: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.
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ELEMENTOS TEXTUAIS
A PARTE TEXTUALdesuamonografiarepresenta o corpo de sua produção acadêmica. É a parte fundamental de seu trabalho, que dará o devido valor acadêmico ao seu texto. Por isso, para melhor desenvolver esta parte,vocêdevedefinircomclarezae precisão seu assunto de pesquisa, transformando-o em uma questão problema.
A partir deste momento, deverá verificarnabiblioteca,seja física ou virtual, a existência de material teórico para melhor poder fundamentar seu estudo.
Como temos três elementos na parte textual, a primeira a ser produzida será o Desenvolvimento, onde incluem-se as seções, unidades e subunidades. Uma vez terminada esta parte, deverá produzir as Conclusõese,finalmente,sefazaIntrodução.
Vamos ver cada uma delas para melhor conduzir este exercício acadêmicodeproduçãocientíficaqueéasuamonografia.
INTRODUÇÃO
A primeira impressão que o leitor terá de seu trabalho será por meio da Introdução, por isso, o cuidado que se precisa ter nesta parte primeiradesuamonografiaéqueseja um texto onde se apresente aideiageraleespecíficadotema,sua importância, os procedimentos adotados no decorrer da pesquisa e como o texto está divido.
Para melhor apresentar o assunto de sua pesquisa de forma clara, sintética e precisa, podemos estruturá-la em três momentos:
a) os objetivos (geral e específicos),mostrandoaoleitor“oque”sepretendeucomoestudo;
b) atualidade, importância e contribuições do estudo, indicando“oporquê”dapesquisa;
c) indicar como o trabalho foi desenvolvido, trazendo o indicativo das partes constitutivas do texto.
DESENVOLVIMENTO
Esta é a unidade central de sua monografia,poiséaquiquevocêvai reunir as ideias dos diferentes autores que já discutiram o assunto. No desenvolvimento é que se analisa e discute tais ideias.
Para o melhor desempenho de sua parte nesta fase, há necessidade de aprofundar seus conhecimentos a partir de textos onde necessariamente colocará em
prática o seu domínio de métodos e técnicas de estudo, compilando alguns textos, por meio de anotações, comentários, resenhas, citaçõesemfichasdeleitura.
Conforme Rover e outros (2010), no desenvolvimento do trabalho concentra-se a fundamentação teórica, considerada a parte principal do texto que promove a discussãocientíficaecomprova
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ideias enunciadas na pesquisa. Para redigir o desenvolvimento do texto, vocêprecisarecorreràscitaçõesque, com as suas inferências e deduções a partir das ideias dos autores citados, promovem a cientificidadedoseutrabalho.
De acordo com Salomon (2001), é preciso que o trabalho siga uma lógica na exposição; então, paraelaborarumtextocientífico,procure escrever com objetividade, clareza e simplicidade.
A melhor forma de estruturar o desenvolvimentodesuamonografiaé dividi-la em partes, indicadas como“unidades”esenecessário,por conta da extensão do trabalho, dividirtaisunidadesem“seções”.
Recomenda-se dividir o desenvolvimentodesuamonografiano mínimo em duas e no máximo três unidades, para que você possa melhor explicitar suas ideias com fundamentos nos autores lidos.
Não esqueça! Todos os autores citados no corpo do trabalho
devem constar na lista de referências.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
OS ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS servem exclusivamente para indicar as referências utilizadas durante o texto, apêndices e anexos, se houver.
É importante registrar, que para suamonografia,vocêestaránecessariamente apresentando nesta parte, as referências de todos os textos que leu e utilizou no desenvolvimento (corpo) do trabalho monográfico.Casotenhautilizadoalgum texto que você mesmo tenha produzido ou utilizado na pesquisa algum tipo de questionário, os mesmosfiguramcomo“apêndices”.Mas se houver algum documento importante que tenha dado uma orientaçãonecessáriaàproduçãodesuamonografia,omesmopodefigurarcomoanexo.Logo,osoutroscomponentesquefiguramcomopós-textuais são utilizados de acordo com a natureza do trabalho.
São estes os componentes da parte pós-textual:
a) Referência;
b) Glossário;
c) Apêndices;
d) Anexos;
e) Índice.
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Observe que as três partes constitutivas para a produção de
suamonografiadevematenderaumaordemcronológicade
produção: primeiro se produz o desenvolvimento, depois a
conclusão e em seguida a introdução (parte textual); o passo
é fazer as referências, e quando necessitar, apêndice e anexos
(parte pós-textual); para depois, então, em terceiro lugar,
produzir a capa, folha de rosto, resumo, sumário, etc. (parte
pré-textual).
Chegamos ao final da unidade sobre Monografia. Esperamos que através das informações repassadas, você consiga elaborar seu planejamento, executá-lo e desenvolver sua monografia.
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UNIDADE 2
ARTIGO CIENTÍFICO
SEÇÃO 1
Tipos de pesquisa para a realização de
um artigo
SEÇÃO 2
Tipos de artigos e sua estrutura
OBjETIVOS DE APRENDIZAGEM
Aofinaldestaunidade,vocêterácondiçõesde:
� ENTENDER asnormasdaABNT–AssociaçãoBrasileiradeNormasTécnicasquantoàelaboraçãodeumartigocientífico;
� CONHECER oselementosqueconstituemaestruturadeumartigocientífico;
� ELABORAR umArtigoCientífico.
ROTEIRO DE ESTUDO
Com o objetivo de alcançar o que está proposto a esta unidade, o conteúdo está dividido nas seguintes seções:
SEÇÃO 3
Normas da ABNT
28
SEÇÃO 1 TIPOS DE PESQUISA PARA A REALIZAÇÃO DE UM ARTIGO
PARA INÍCIO DE ESTUDO
As orientações aqui apresentadas são baseadas na norma da ABNT para apresentaçãodeartigoscientíficos:aNBR6022/2003.Essanormaapresentaoselementosqueconstituemumartigocientifico,osquaisconheceremosestudando esta unidade.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o
Fórum Nacional de Normalização.
O conteúdo das Normas Brasileiras é de responsabilidade dos Comitês
Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS).
O que é importante saber sobre artigos científicos?
Encontramos facilmente artigos científicospublicadosemrevistas,periódicos, anais de congressos, sites.Normalmentetêmfinalidadesacadêmicas, são estudos que tratam dequestõescientíficas,ouseja,resultados de estudos ou pesquisas,
baseados em pesquisa documental, bibliográficaoudecampo.
Vamos entender um pouco sobre cada tipo de pesquisa, para que você possa escolher qual delas se aproxima mais com o artigo que você irá escrever como trabalho de TCC do seu curso.
Lembre-se que:
Pesquisar é um trabalho que envolve um planejamento
análogo ao de um cozinheiro. Ao preparar um prato, o
cozinheiro precisa saber o que ele quer fazer, obter os
ingredientes, assegurar- se de que possui os utensílios
necessários e cumprir as etapas requeridas no processo. Um
prato será saboroso na medida do envolvimento do cozinheiro
com o ato de cozinhar e de suas habilidades técnicas na
cozinha. O sucesso de uma pesquisa também dependerá do
procedimento seguido, do seu envolvimento com a pesquisa
e de sua habilidade em escolher o caminho para atingir os
objetivos da pesquisa.
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Umapesquisaésempredefinidaanalisando sob três aspectos, de acordo com o Esquema 2, que são eles:
a) quanto aos objetivos;
b) quantoàformadeestudo;
c) quanto ao objeto.
Esquema 2: Tipos de PesquisaFonte: adaptado de Freire (2010).
Segundo Gil (2002), uma pesquisa, quantoàformadeestudo,podeserclassificadadaseguinteforma:
a) Pesquisa exploratória: esta pesquisa tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito. Pode envolver levantamento bibliográficoeentrevistascompessoas experientes no problema pesquisado. Geralmente, assume aformadepesquisabibliográficae estudo de caso;
b) Pesquisa explicativa: a preocupaçãocentraléidentificaros fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É o tipo que mais aprofunda o conhecimento da realidade,
porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso, é o tipo mais complexo e delicado;
c) Pesquisa descritiva: tem como objetivo primordial a descrição das características de determinadas populações ou fenômenos. Uma de suas características está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.
Destacam-se também, na pesquisa descritiva, aquelas que visam descrever características de grupos (idade, sexo, procedência, etc.), como também a descrição de um processo numa organização, o estudo do nível de atendimento de entidades, levantamento de
TIPOS DE PESQUISA
QUANTO AO OBjETIVO QUANTO A FORMA DE ESTUDO QUANTO AO OBjETO
Pesquisa Teórica Pesquisa Exploratória Pesquisa Bibliográfica
Pesquisa Metodológica Pesquisa Explicativa Pesquisa Experimental
Pesquisa Empírica Pesquisa Descritiva Pesquisa de Campo
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opiniões, atitudes e crenças de uma população, etc.
Também são pesquisas descritivas aquelas que visam descobrir a
existência de associações entre variáveis, como, por exemplo, as pesquisas eleitorais que indicam a relação entre o candidato e a escolaridade dos eleitores.
QUANTO AOS PROCEDIMENTOS TéCNICOS
Segundo Gil (2002), uma pesquisa, quanto aos seus procedimentos técnicos,podeserclassificadadaseguinte forma:
d) Pesquisa bibliográfica: é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente delivroseartigoscientíficos.Não é aconselhável que textos retirados da Internet constituam o arcabouço teórico do trabalho monográfico;
e) Pesquisa experimental: quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes deinfluenciá-loedefinem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto;
f) Estudo de campo: procura o aprofundamento de uma realidadeespecífica.Ébasicamente realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações do ocorre naquela realidade.
Para Ventura (2002), a pesquisa de campo deve merecer grande atenção, pois devem ser indicados os critérios de escolha da amostragem (das pessoas que serão escolhidas como exemplares de certa situação), a forma pela qual serão coletados os dados e os critérios de análise dos dados obtidos.
SEÇÃO 2 TIPOS DE ARTIGOS E ESTRUTURA
Agora que você já sabe os tipos de pesquisa que poderá realizar para
escrever um artigo e conheceu os procedimentos técnicos que podem ser empregados, dependendo do tipo de pesquisa, vamos conhecer o que traz a NBR 6022/2003 quantoàelaboraçãodeumartigo,partindo do conceito de que ArtigoCientíficoépartedeumapublicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e
resultados nas diversas áreas do conhecimento.
Existem quatro tipos de artigos, os quais são apresentados a seguir.
1 Artigo de revisão de literatura
� Identificarelações,contradições,lacunas na literatura;
� Avalia criticamente o material já publicado;
� Resume pesquisas anteriores e informa o estado da pesquisa;
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� Sugere o próximo passo na resolução de problemas.
2 Artigo teórico (apresentam informações empíricas)
� Fundamentatodasasafirmaçõesapresentadas;
� Examina a consistência interna e externa da teoria;
� Analisa a(s) teoria(s) existente(s), apontando falhas ou indicando superioridade;
� Ordena as seções do artigo por relacionamento, não por cronologia.
3 Relatório de estudos empíricos
� Respeita as etapas do processo de pesquisa: (introdução, método, resultados, discussão);
� Devem contar uma história informativaecomoelaserefleteem situações mais gerais;
� Não entra em detalhes irrelevantes sobre o experimento;
� Concentra-se nas ideias e não no experimento em si.
4 Artigo sobre métodos
� Deve ter objetivos claros, estar focado e relacionar vantagens sobre trabalhos anteriores;
� Permite a aplicação da notação ou processo, descritos no artigo em um projeto real;
� Possibilita a comparação das ideias apresentadas com trabalhos anteriores;
� Permite a compreensão sobre o propósito, atividades, medidas e avaliação do processo.
Quantoàestrutura,anormaindicaeelenca a presença de elementos pré-textuais, elementos textuais e pós-textuais,osquaispodemosidentificá-los facilmente quando lemos um artigo; vejamos no Esquema 3.
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
a) Título e subtítulo (se houver);b) Autoria (breve currículo no rodapé);
c) Resumo na língua do texto e palavras-chave na língua do texto.
ELEMENTOS TEXTUAIS
a) Introdução,b) Desenvolvimento,
c) Conclusão.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
a) Título e subtítulo em língua estrangeira;b) Resumo em língua estrangeira e palavras-chave em
língua estrangeira;c) Notas explicativas;
d) Referências (obrigatório);e) Glossário (caso haja necessidade);
f) Apêndices (se houver);g) Anexos (se houver).
Esquema 3: Elementos pós-textuaisFonte: APA (2001).
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Para elaborar os elementos é importante relacionar quais compreendem a cada tipo de artigo. Os elementos pré-textuais e pós-textuais são comuns a todos os tipos de artigos; os elementos textuais podem variar depende o tipo de artigo. Vamos acompanhar a seguir.
1 Elementos pré-textuais
1.1 Título e subtítulo;
1.2 Autoria;
1.3 Indicar um breve currículo quequalifiqueoautornaárea;
1.4 Resumo na língua do texto – não deve ultrapassar 250 palavras;
1.5 Palavras-chave do texto escritas na língua do texto, separadas por ponto.
2 Elementos textuais para todos os tipos de artigo
2.1 Introdução
• Anunciar o assunto;
• Delimitá-lo e indicar o ponto de vista sob o qual está focalizado;
• Situar o assunto no conjunto de conhecimentos (contexto
teórico, tempo e espaço).
2.2 Desenvolvimento
• Revisão de literatura (para artigos de revisão de literatura e artigos teóricos);
• Definirtermosaseremadotados;
• Indicar documentação utilizada;
• Deduções mais importantes eresultadossignificativos.
• Justificativa:mostraraimportância do assunto (para todos os tipos de artigos). Caso seja para o tipo 1 (artigos de revisão de literatura) e o tipo 2 (artigos teóricos), deve aparecer diluída no texto de desenvolvimento. Para os demais tipos, deve ser como uma seção, um capítulo.
2.3 Conclusão
Caso você escolha escrever um artigo de estudos empíricos (tipo 3) ou sobre métodos (tipo 4), desenvolva os elementos textuais apresentados no Quadro 4.
Elementos textuais
Questão de Pesquisa
Formular o problema ou perguntas (que possam ser respondidas através da pesquisa);
Levantar hipóteses para demonstração posterior.
Objetivo Geral e Específicos
Metodologia
Indicar metodologia para aquisição de dados e interpretação.
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Cronograma
Indicar datas mais relevantes da pesquisa.
Resultados
Deduções mais importantes;
Citarresultadossignificativos.
• Título e subtítulo em língua estrangeira;
• Resumo em língua estrangeira – Abstract;
• Palavras-chave em língua estrangeira – Keywords;
• Notas explicativas (caso houver);
• Referências (obrigatório);
• Glossário (opcional) elaborado em ordem alfabética;
• Apêndice (opcional);
Quadro 4 : Elementos textuais
Os elementos pós-textuais servem para todos os tipos de artigos e estão apresentados no Quadro 5.
Para maiores esclarecimentos a
respeito da elaboração de referências, consulte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR 6023, 2002.
Para maiores
esclarecimentos a respeito da elaboração de referências, veja:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR
14724, 2005. Quadro 5: Elementos pós-textuais
Algumas dicas são importantes.
SEÇÃO 3 NORMAS DA ABNT
Agora que você já estudou sobre os tipos de artigos, deve estar se preparando
para iniciar o desenvolvimento do seu.
Entretanto, sugere-se, em se tratando de um
trabalho acadêmico para conclusão de curso,
o desenvolvimento de artigos de revisão de
literatura ou de um artigo teórico.
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Conforme Trevisol (2001) redigir um artigo não é tarefa fácil e exige e deve seguir algumas etapas fundamentais, como:
a) título:otítulodefinitivopodeocorrernofinaldaredação,devendo ser claro e não muito extenso e conseguir atrair a criatividade do leitor, podendo ainda conter um subtítulo. Na verdade, o título deve sintetizar a ideia central da pesquisa de forma delimitada;
b) autor com titulação acadêmica: logoabaixo,àmargemdireita,deve constar o autor do artigo, com asterisco e indicação na nota de rodapé da página, apresentando o título acadêmico mais importante com a indicação da instituição na qual obteve a titulação, designando a principal atividade que exerce na instituição que está vinculado e o e-mail;
c) resumo: deve ser apresentado abaixo do nome do autor e ser elaborado na terceira pessoa do singular, sem citações e referências,justificado,emblocoúnico, sem parágrafos ou linhas em branco, espaçamento 1,5, com até 250 palavras, ou de acordo com as normas do edital. O conteúdo do resumo deverá abordar:
– a introdução do assunto escrita de maneira geral sobre o tema. A primeira frasedevesersignificativa,explicando o tema;
– objetivo;
– metodologia;
– resultados (parciais ou finais);
– conclusões.
d) palavras-chave:aofinaldoresumo, evidenciam-se as palavras-chave (de três a cinco), iniciadas com letra maiúscula, mesma fonte e tamanho de letra do resumo, utilizando ponto na separação entre elas. Ex.: Palavras-chave: Egresso. Contador. Valorização. O resumo e as palavras-chave, também devem ser apresentados em outra língua, na forma de abstract e as keywords, quando apresentadas em inglês; geralmente aparecem nofinaldoartigoantesdasreferências;
e) introdução: apresenta os objetivoseajustificativa.Nela,é preciso convencer os leitores, expondo inicialmente o tema central, em seguida o problema de pesquisa para demonstrar a lacuna de conhecimento que deve-se suprir, deixando claro que a solução do problema será apresentada ao longo do texto. Quando o artigo for teórico, explicar como poderá ser validadaaafirmaçãoprincipal;
f) desenvolvimento: o pesquisador contextualiza o tema com a literatura, o que os autores escrevem sobre o assunto, seguindo sempre as normas de citações; também podem apresentar um subitem para descrever os métodos, técnicas e os processos utilizados para o desenvolvimento da pesquisa. As citações dos autores vêm sempre ligadas com intervenções daquele que está escrevendo o artigo.
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g) conclusão: o autor do artigo deveresponderàproblemáticado tema colocado na introdução. Deve ser breve e precisa, podendo conter recomendações e sugestões para novas pesquisas;
h) referências: relaciona todas as fontes citadas ao longo do texto, segundo as normas da ABNT. Tomar cuidado para não negligenciar nenhuma delas para nãoconfiguraroplágio.
Após as contribuições de Trevisol (2001),
passaremos a conhecer como deve ser
a estrutura metodológica de um artigo
segundo a NBR: 6022 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003),
apresentado no Quadro 6.
TÍTULO (todo em letras maiúsculas, centralizado e em negrito). Se houver subtítulo colocar, podendo ser antecedido de dois pontos;
Logo abaixo nomes dos componentes do grupo (a margem direita) comasterisco,colocandoumanotaderodapécomqualificaçãona área de conhecimento. Exemplo: acadêmicos do curso de Pós-Graduação em Gestão Empresarial da Unoesc Virtual.
RESUMO (elemento pré-textual – título em letras maiúsculas e negrito centralizado). Depois do texto do resumo, na outra linha, sem deixar linha em branco, colocar as palavras-chave.
1 INTRODUÇÃO (elemento textual – todas as letras maiúsculas e negrito na margem esquerda). Parte inicial do texto, onde deveconteradelimitaçãodoassuntotratado,justificandoaimportância e benefícios do estudo da temática e situar o leitor daspartesquecompõemoartigo.Percebaqueonúmeronãoficaem negrito, somente o texto e também separa-se o número do texto apenas com um espaço, sem ponto ou traço.
2 DESENVOLVIMENTO (elemento textual – todas as letras maiúsculasenegrito.Onúmero,novamente,nãoficaemnegrito, somente o texto). Corresponde aos títulos das seções do desenvolvimento. Dentro desse item é que está a pesquisa bibliográfica,quepodeseguirumahierarquiadeumtítulomaiore dividido em vários subitens onde se aborda de forma ordenada o assunto tratado. Nesse, pode conter ilustrações e tabelas.
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3 CONCLUSÃO (elemento textual – todas as letras maiúsculas e em negrito, fazer na margem esquerda. Veja que o número não ficaemnegrito,somenteotexto).Apresentaaconclusãoapósapesquisa sobre o objetivo.
ABSTRACT: é a tradução do resumo feito no início para o inglês (para publicação é obrigatório). Segue as normas do resumo em língua vernácula, porém formatado em itálico.
Keywords: são as palavras-chave traduzidas para o inglês. Também devem ser apresentadas em itálico.
REFERÊNCIAS (elemento pré-textual – todas as letras maiúsculas e negrito, centralizado). Elaborada a partir das normas, referenciando todas as obras citadas no texto. Também devem ser apresentadas em itálico.
Quadro 4: Estrutura metodológica de um artigoFonte: adaptado de ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR: 6022 (2003).
SOBRE A FORMATAÇÃO DE UM ARTIGO CIENTÍFICO
Formato do papel:A421cmx29,7cm;
Margens: superior e esquerda 3 cm; inferior e direita 2 cm;
Espacejamento: entre linhas e parágrafos 1,5;
Parágrafos:justificados;
Numeração de páginas: no canto superior direito, iniciando na introdução do trabalho;
Estruturas de parágrafos: iniciar sempre o parágrafo com uma tabulação para indicar o início (recuo no começo do parágrafo).
Tamanho da fonte: otamanhodafonteédeacordocomoQuadro7.
LOCAL TAMANHO DA FONTENo título do artigo (em letras maiúsculas) 12No nome do(s) autor (es) 10Na titulação (nota de rodapé) 10No resumo 10Nas palavras-chave 12Na redação do texto (introdução,
desenvolvimento e conclusão)12
Nas citações longas 10Nas referências 12
Quadro7:Tamanhodafontenoartigocientífico
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Citação:
A citação breve de até três linhas é feita na continuação do parágrafo. Utilizar um recuo de quatro centímetros quando citação longa, com tamanho da fonte 10 e aplicar espaço simples no parágrafo.
Referências:
Iniciar em ordem alfabética as, conforme modelo e adaptação da NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002).
Visualize a estrutura de um artigo, consultando: ALVES, Maria Bernadete Martins; ARRUDA, Susana Margaret de. Como elaborar um artigo científico. [20--].
Chegamos ao final desta unidade que tratou sobre a elaboração de artigos científicos. Agora é a sua vez de produzi-lo. Lembre-se que a leitura sobre o tema escolhido para a elaboração do artigo é fundamental. Leia e pesquise em diversas fontes. Estaremos sempre à disposição para auxiliá-lo. Bons Estudos.
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UNIDADE 3
PLANO DE NEGÓCIOS
SEÇÃO 1
Conceito, objetivo efinalidadesdeumPlano de Negócios
SEÇÃO 2
Princípios básicos que norteiam o desenvolvimento
de um Plano de Negócio
SEÇÃO 3
Desenvolvendo o Plano de Negócio
OBjETIVOS DE APRENDIZAGEM
Aofinaldestaunidade,vocêterácondiçõesde:
� COMPREENDER o que é um plano de negócio, sua importância e aplicabilidade;
� CONHECER os elementos que compõe um plano de negócios;
� ORGANIZAR um plano de negócios.
ROTEIRO DE ESTUDO
Com o objetivo de alcançar o que está proposto a esta unidade, o conteúdo está dividido nas seguintes seções:
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PARA INÍCIO DE ESTUDO
Estudaremos nesta unidade sobre a elaboração de um Plano de Negócio. Para iniciar nossos estudos, é importante em um primeiro momento ter conhecimento que um Plano de Negócio é um documento que registra todos os objetivos de um negócio. Apresentaremos os passos que devem ser dados paraqueosobjetivosdonegóciosejamalcançados,visandoàminimizaçãode riscos e incertezas.
SEÇÃO 1 CONCEITO, OBjETIVO E FINALIDADES DE UM PLANO DE NEGÓCIO
O Plano de Negócio nada mais é do que o planejamento, um documento que normalmente
é elaborado quando normalmente se deseja iniciar um novo negócio. Em um plano de negócio são estruturadas as principais ideias e opções que o empreendedor analisará para decidir quanto há de viabilidade de a empresa a ser criada.
Segundo Salin et al. (2001, p. 16),PlanodeNegóciosé:“[...]um documento que contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros.”
Você sabe a finalidade de um Plano de Negócios?
O que deve conter em um plano de negócios?
Oplanotemporfinalidadeorientaro empresário, desde a busca de informações sobre o ramo de atividade que está pretendo atuar, assim como sobre os produtos, clientes, concorrentes, fornecedores, riscos, oportunidades e ameaças que o negócio pode enfrentar.
Outrafinalidadedeumplanoécaptar recursos. Apresentar o empreendimento a possíveis futuros
parceiros comerciais como sócios, incubadoras e investidores e tambémagênciasdefinanciamentos.
Você vai encontrar também situações quando o negócio já foi iniciado sem um plano, onde o planejamento será pensado posteriormente como uma ferramenta de marketing e de gestão.
No plano deve estar descrito os objetivos do negócio, os passos que devem ser seguidos para alcançá-los.
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AgrandefinalidadedeumPlanodeNegócio
é minimizar a margem de erros na tomada
de decisões.
Cabe lembrar que para um plano de negócios ser útil ele deve ser atualizado constantemente. A elaboração de um plano requer dos envolvidos muito comprometimento, criatividade e estudo.
São objetivos de um Plano de negócios:
a) testar a viabilidade de um conceito de negócio;
b) orientar o desenvolvimento das operações e estratégias da empresa;
c) atrairrecursosfinanceiros;
d) transmitir credibilidade;
e) desenvolver a equipe de gestão.
Por que desenvolver um Plano de Negócios?
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São vários os benefícios de um plano, dentre os quais podemos destacar:
a) Orientação ao empreendedor para iniciar sua atividade econômica ou expandir o seu negócio;
b) Permitir a análise correta de viabilidade do negócio pretendido e minimizar os riscos jáidentificados;
c) Oportunizar o estabelecimento de uma vantagem competitiva, que pode representar a sobrevida da empresa;
d) Servir como instrumento de solicitação de empréstimos efinanciamentosjuntoainstituiçõesfinanceiras,novossócios e investidores;
e) Permitir a visualização clara do conceito do negócio, seus principais diferenciais
eobjetivosfinanceiroseestratégicos;
f) Prever os riscos e minimizá-los, e até mesmo evitá-los através de um planejamento adequado;
g) Identificarospontosfortese fracos da organização e compará-los com a concorrência e o ambiente de negócios em se que atua;
h) Conhecer o mercado de atuação edefinirestratégiasdemarketing para seus produtos e serviços;
i) Analisar o desempenho financeirodonegócio,avaliandoos investimentos, retorno sobre o capital investido.
Para elaborar o plano devemos considerar alguns fatores, que são:
a) conceito de negócio;
b) conhecer o mercado;
SEÇÃO 2 PRINCÍPIOS BáSICOS QUE NORTEIAM O DESENVOLVIMENTODE UM PLANO DE NEGÓCIO
Devidoànaturezaversátildo plano de negócio, não é possível estabelecer um
roteiro único para sua elaboração; sugere-se então, alguns princípios básicos que norteiam seu conteúdo. São os apresentados a seguir:
1 Capa;
2 Sumário;
2.1 Sumário executivo,
2.2 Introdução,
2.3 onceito do Negócio,
2.4 Visão e Missão,
2.5 Competência Gerencial,
3 Análise Mercadológica;
3.1 Público alvo do negócio,
3.2 Estudo dos concorrentes,
3.3 studo dos fornecedores,
4 Diferenciais Competitivos;
4.1 Análise dos pontos fortes e pontos fracos,
5 Plano de Marketing;
5.1 Os métodos de comercialização dos produtos,
5.2 Diferenciais dos produtos/serviços, Política de preço,
5.3 Projeção de vendas,
5.4 Canais de distribuição,
5.5 Estratégias de comunicação – propaganda e promoção,
RESULTADOSAÇÕES
SIMPLES
OBjETIVO
REALISTA
COMPLETO
PLANO
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c) forças e tendências;
d) posição estratégica clara e consistente do foco de negócios;
e) administração competente.
Para o desenvolvimento do plano faz-se necessário utilizar uma linguagem apropriada, ou seja, profissional.Podemserutilizados
elementos visuais como fotos, ilustrações,gráficosetabelas.
Existem algumas qualidades num plano que fazem com que seja mais provável alcançar resultados, de acordo com o Esquema 4.
Esquema 4: Qualidades de um plano de negócios
6 Plano de Operacional;
6.1 Layout,
6.2 Capacidade produtiva,
6.3 Processos operacionais,
6.4 Equipe,
7 Projeções Financeiras;
7.1ProjeçãodeCustosfixos,
7.2Projeção de Capital de Giro,
7.3rojeção dos Investimentos pré-operacionais,
7.4Projeção do faturamento mensal,
7.5Estimativa de custo unitário dos produtos/serviços,
7.6Custo de comercialização,
7.7Apuração dos custos de materiais diretos,
7.8Custos com mão de obra,
7.9Depreciação,
7.10 Custosfixosoperacionaismensais.
SEÇÃO 3 DESENVOLVENDO O PLANO DE NEGÓCIO
SUMáRIO EXECUTIVO
O SUMÁRIO EXECUTIVO é a etapa mais importante no desenvolvimento do plano. Quem o elabora deve preocupar-se com uma redação clara e concisa não muito extensa, mas que consiga persuadir os leitores a analisar o resto do
plano e despenderem tempo em conhecer os produtos, mercados e técnicas.
Cabe aqui observar que o sumário executivo deverá ser elaborado somenteaofinaldotrabalho,
O que deve contemplar o Sumário Executivo?
O Sumário executivo deve apresentar:
a) introdução;
b) conceito do Negócio;
c) visão e Missão;
d) competência Gerencial.
Sobre a extensão do sumário executivo, este deve conter todas as informações-chaves do Plano de
Negócios. Sua formatação dever ser de duas páginas no máximo, quando se tratar de um plano completo, e uma página quando for um plano resumido.
A seguir estudaremos como desenvolver cada etapa do Sumário Executivo.
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mesmo sendo o primeiro item a ser apresentado,poisestedeverefletiros resultados de todo o plano.
INTRODUÇÃO
NA INTRODUÇÃO você deverá explicar sobre o que trata seu Plano de Negócio. Aqui você deve falar brevemente sobre seu produto/serviço, o mercado que você pretende atingir e como você pretende estruturar a empresa. A
ideia é apresentar uma visão geral e ampla sobre sua proposta.
Por meio da leitura da introdução deve ocorrer a motivação para que o leitor (possível investidor) se interesse pelo seu negócio e queira ir em frente para conhecer os detalhes.
CONCEITO DO NEGÓCIO
APRESENTAÇÃO DO NEGÓCIO, seus produtos e serviços, os possíveis
clientes, onde será localizada sua empresa.
VISÃO E MISSÃO
SEGUNDO ROSA(2007,p.16),
A missão da empresa é o papel que ela desempenha em sua área de atuação. É a razão de sua existência hoje e representa o seu ponto de partida, pois identificaedárumoaonegócio.
Ainda segundo o autor, para definiramissãofaz-senecessárioresponder alguns questionamentos:
Qual é o seu negócio?
Quem é o consumidor?
O que é valor para o consumidor?
O que é importante para os empregados, fornecedores, sócios, comunidades, etc. (ROSA, 2007,p.16).
Para facilitar a elaboração da missão da sua empresa citamos alguns exemplos:
Missão da Universidade do Oeste de Santa Catarina
“Formarpessoas,produzirconhecimentoeoferecerextensão
e serviços, promovendo o desenvolvimento institucional e
regional.” (UNIVERSIDADE DOOESTE DE SANTA CATARINA,
2010).
Missão da Brasil Foods
“Levarprodutosdeboaqualidade–produtosbrasileiros-a
todos os lares do mundo de uma forma bastante competiti-
va”.(PERDIGÃO,2009).
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A Missão da Coca-Cola Brasil
“Refrescar o mundo - em corpo, mente e espírito.
Inspirar momentos de otimismo - através de nossas mar-
cas e ações.
Criar valor e fazer a diferença - onde estivermos, em tudo
oquefizermos.”(COCA-COLA,2007).
COMPETÊNCIA GERENCIAL
NESTA ETAPA, apresente um breve currículo dos empreendedores. Lembre-se de contemplar suas experiênciasprofissionais;cabe
tambémespecificaropapelquecadaum desempenhará na empresa.
Como o Sumário Executivo é considerado o
cartão de visita para potenciais investidores
que tiverem acesso ao plano, este deve
transmitir uma impressão positiva.
É importante fazer uma análise de mercado
estudando inicialmente o público- alvo do
seu negócio, ou seja, seus clientes.
ANáLISE MERCADOLÓGICA
SE ANALISARMOS SOB o prisma de que sem clientes não há negócios, ficafácilperceberaimportânciadesta etapa no seu plano.
A análise de mercado é a melhor ferramenta para valorizar a sua
marca, pois através dela você poderá conhecer seus clientes, concorrentes, e desta forma extrair informações que mais tarde servirão para embasar suas decisões.
Inicie a descrição desta etapa identificando:
a) se os clientes serão pessoas físicas ou pessoas jurídicas;
b) quais são seus interesses, como se comportam;
c) o que leva esses clientes a comprar;
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d) as localizações desses clientes: se estarão na sua rua, cidade, região, etc.;
e) a aceitação pelos clientes dos serviços e produtos que serão ofertados pela sua empresa.
Não podemos esquecer que na análise mercadológica também deve ser realizado um estudo dos concorrentes.
Aquitorna-senecessárioidentificarquem são seus concorrentes, ou seja, outras empresas que atuam no mesmo seguimento de atividades que o seu.
Na análise dos concorrentes é importante observar alguns aspectos:
a) qualidade dos produtos ou serviços;
b) preços praticados;
c) localização;
d) atendimento e serviços disponibilizados;
e) diferenciais competitivos.
Feito essa análise, é possível vocêidentificarqualseráoposicionamento da sua empresa no mercado e qual a preparação necessária para enfrentar a concorrência.
Você irá encontrar bibliografia apresentando diferentes formas de realizar uma pesquisa mercadológica. Uma rica fonte de pesquisa é o site do SEBRAE: SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO àS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2010.
A análise mercadológica não termina aqui!
É fundamental que você estude também seus FORNECEDORES. A primeira pergunta que deve ser feita é:
De onde virão as matérias-primas, equipamentos e serviços?
Rosa(2007,p.28),sugereparaestaetapa:“Pesquise,pessoalmenteoupor telefone, questões como: preço, qualidade, condições de pagamento eoprazomédiodeentrega.”Segundo o autor, essas informações são essenciais para prospectar o investimento inicial e as despesas do negócio.
Para realizar a pesquisa mercadológica faz-se necessário elaborar instrumentos de coleta de dados. Na maioria das vezes, principalmente quando tratamos de clientes, o instrumento mais utilizado são os questionários. As perguntas deverão ser preparadas conforme os dados a serem coletados.
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No Quadro 8 apresenta-se um exemplo de questionário para uma pesquisa de
mercado de uma loja de conveniência.
Quadro 8: Questionário – Loja de conveniênciaFonte:Martins([2010]).
DIFERENCIAIS COMPETITIVOS
APRESENTE OS DIFERENCIAIS competitivos da sua empresa e descreva sobre a qualidade de seus produtos e serviços. Mediante a leitura dos possíveis investidores e
leitores do seu plano deve acontecer o convencimento do porque os clientes escolherem a sua empresa ao concorrente.
Qual o diferencial que permitirá a sua empresa se sobre sair em relação às demais que atuam no mesmo ramo?
Cabe aqui uma análise dos pontos fortes e seus pontos fracos.
SegundoZenaro(2007,p.243),“[...]você deve analisar os pontos fracos e fortes, por área, comparando-
os com os produtos e empresas concorrentes, desenvolvendo conclusões.”Ainda,segundooautor,as áreas contempladas devem ser: comercial/operacional,financeira,pessoal e de gestão.
PLANO DE MARKETING
TENDO ELABORADO as etapas anteriores, você já possui uma visão geral do negócio e seguirá a elaboração do plano descrevendo o Plano de Marketing.
Continuando nossos estudos, é importante saber que é por meio do plano de marketing que você apresenta como pretende comercializar seus produtos e
serviços, conquistando assim seus clientes.
Fazem parte desta etapa os seguintes itens:
a) os métodos de comercialização dos seus produtos;
b) diferenciais dos produtos/serviços;
c) política de preço;
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Questionário – Pesquisa Loja de Conveniência1. A senhora sabe dizer se existe algum
supermercado aqui perto ou neste bairro?
2. A senhora costuma comprar nesse supermercado? (Ou, se respondeu nomes de vários supermercados, em qual desses supermercados a senhora costuma comprar?)
3. Quais os produtos mais freqüentes que a senhora costuma comprar em supermercado para sua casa?
4. Qual é a principal vantagem do supermercado onde a senhora costuma comprar? E as desvantagens?
5. Em media, quanto a senhora costuma gastar por mês em compras de supermercado?
6. A senhora sabe dizer se existe alguma loja de conveniência aqui perto ou neste bairro?
6.1. Se respondeu SIM. A senhora costuma comprar lá? Que produtos? Por quê?
6.2. Se respondeu NÃO. Se existisse uma loja aqui perto, que produtos a senhora gostaria que tivesse lá?
7. Asenhoratemfilho?Quantos?
8. Qual a renda mensal aproximada das pessoas que moram na sua casa?
9. Por favor, qual o ano do seu nascimento?
Planta 1: Modelo layoutFonte:Rosa(2007).
A capacidade produtiva é a estimativa da quantidade de produção da empresa e de quantos clientes podem ser atendidos.
Os processos operacionais são as etapas de fabricação dos produtos ou da oferta dos serviços. Aqui os processos podem ser representados
de forma ilustrativa, por meio de fluxogramas,casonecessário.
No layout você descreve a equipe necessária para o funcionamento no negócio. Nomeie os cargos e funções,bemcomoasqualificaçõesnecessárias.
PROjEÇÕES FINANCEIRAS
FAÇA UM BREVE sumário de todas asprojeçõesfinanceirasmaisimportantes. Descreva e calcule
oinvestimentoinicial(fixo,pré-operacional e capital de giro).
PROjEÇÃO DE CUSTOS FIXOS
Projete os Custos Fixos, relacionando os equipamentos, máquinas, móveis, ferramentas e veículos necessários para o negócio.
Elabore em forma de planilhas para que sejam levantadas as quantidades
necessárias, o valor de cada um e o total a ser gasto. Isso facilita também a visualização e os cálculos.
O Quadro 9 apresenta um exemplo paraprojeçãodecustosfixos.
d) projeção de vendas;
e) canais de distribuição;
f) estratégias de comunicação – propaganda e promoção.
PLANO DE OPERACIONAL
CONTEMPLE NO PLANO de operação como a empresa vai funcionar.
Os itens do plano operacional podem ser divididos em:
a) layout;
b) capacidade produtiva;
c) processos operacionais;
d) equipe
O layout nada mais é do que a planta da empresa. Algumas chamam de arranjo físico. No layoutédefinidaadistribuição dos setores da empresa, dos recursos e das pessoas no espaço disponível. Veja o exemplo na Planta 1.
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DESCRIÇÃO QUANTIDADE VALOR UNITáRIO TOTAL
Total de Investimentos FixosQuadro9:Modelodeplanilhaparaprojeçãodecustosfixos
Você poderá optar por elaborar as tabelas separando por segmentos, uma para máquinas e equipamentos,
outra para móveis e utensílios e outra para veículo. O importe é identificarototaldosinvestimentosfixos.
PROjEÇÃO DE CAPITAL DE GIRO
Nesta etapa você calculará qual a necessidade que sua empresa terá de investimento de recursos no giro parafinanciarsuasoperações.
Considere então, a estimativa de estoque inicial que é formado pela previsão dos materiais que serão utilizados para a fabricação dos produtos, ou se for revenda, pelas mercadorias a serem revendidas.
Considere também o caixa mínimo, ou seja, o capital de giro próprio, um valor em dinheiro que a empresa precisa ter disponível para cobrir
os custos até entrar dinheiro dos clientes no caixa.
A projeção da necessidade de capital de giro dá-se tomando por base os prazos médios de vendas (contas a receber), pagamento dos fornecedores (contas a pagar) e estoque (permanência da matéria-prima no estoque da empresa).
De posse dessas informações elabora-se o cálculo o cálculo da necessidade líquida de capital de giro.
Acompanhe no Quadro 10 um exemplo de projeção.
Recursos da empresa fora do seu caixa Número de dias1. Contas a Receber (prazo médio de vendas) 36 dias2. Estoques (prazo médio de estoque) 12 diasSubtotal 1 (item 1 + 2) 48 diasRecursos de terceiros no caixa da empresa3. Fornecedores (prazo médio de compras) 25 diasSubtotal 2 25 diasNecessidade Líquida de Capital de Giro em dias (Ciclo Financeiro)
(Subtotal 1 – Subtotal 2)
23 dias
Quadro 10: Modelo de planilha projeção da necessidade de capital de giroFonte: Cordeiro (2010).
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Na análise de Cordeiro (2010), somando o prazo médio de vendas (contas a receber) e o prazo médio de estocagem (estoques) e diminuindo desse resultado o prazo médio de compras (fornecedores) encontraremos a necessidade líquida de capital de giro em dias. No exemplo, o prazo de 23 diassignificaqueaempresairánecessitar de caixa nesse período
paracobrirseusgastosefinanciarclientes.
Conclui-se então, que para o êxito da empresa é necessário que esta tenha a previsão de um caixa mínimo, ou seja, uma reserva de dinheiroparaqueaempresafinanciesuas operações iniciais.
Visualize através do exemplo no Quadro 11.
1. Despesa fixa mensal R$ 20.858,92
2. Despesa variável mensal
R$ 101.538,69
3. Despesa total da empresa (item 1 + 2) R$ 122.397,614. Despesa total diária (item 3 ÷ 30 dias) R$4.079,925. Necessidade de Capital de Giro em dias (Ciclo Financeiro) (vide resultado do quadro anterior)
23 dias
Total de B – Caixa Mínimo (item 4 x 5) R$ 93.838,17Quadro 11: Modelo de planilha para previsão de caixa mínimoFonte: Cordeiro (2010).
PROjEÇÃO DOS INVESTIMENTOS PRé-OPERACIONAIS
Os investimentos pré-operacionais são os gastos realizados antes de iniciar as atividades da empresa. São considerados investimentos desta categoria, despesas com
legalização, obras civis, divulgação, cursos e treinamentos.
Você poderá seguir o mesmo padrão elaborando uma planilha, de acordo com o modelo apresentado no Quadro 12.
IDENTIFICAÇÃO DO INVESTIMENTO CUSTO Despesas com legalização R$ xxxxDespesas com curso R$ xxxxTotal R$ xxxxxx
Quadro 12: Modelo de planilha para os investimentos pré-operacionais
Perceba, que depois de estimado osinvestimentosfixos,financeirose pré-operacionais é possível mensurar o total a ser investido no seu negócio.
Faz parte ainda das projeções financeiras,asprojeçõesdefaturamento da empresa, as
estimativas de custo unitário da matéria prima, estimativa de custos de comercialização, apuração dos custos de materiais diretos, de mão deobra,depreciaçãoecustosfixosoperacionais mensais.
O faturamento mensal deve ser calculado com base na multiplicação
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da quantidade de produtos a serem ofertados pelo seu preço de venda. Para o preço de venda como sua atividade ainda não foi iniciada, sugere-se o valor praticado pela concorrência, ou com base em uma
margem sobre o custo do produto. Normalmente essa projeção é feita para um período de 12 meses. Considere a capacidade produtiva da sua empresa já descrita no plano operacional.
Produto/Serviço = Quantidade (Estimativa de vendas) = Preço de Venda/Unidade =faturamento
Para calcular a estimativa de custo unitário, deve ser calculado o custo com materiais (matéria-prima mais a embalagem) para cada unidade. Considere aqui cada material que será utilizado, a quantidade, o custo unitário e o custo total, depois faça a somatória para saber o custo unitário.
Já o custo de comercialização é elaborado levando em consideração
os impostos federais, estaduais e municipais e os gastos com vendas: comissões, propaganda, taxas de cartão.
A apuração dos custos com materiais diretos e/ou mercadorias vendidas forma-se através do produto/serviço, da estimativa de vendas por unidades, do custo unitário de materiais/aquisição e do CMD/CMV.
CMD = Custo com materiais diretos (para a indústria). CMV = Custo de mercadorias vendidas (para o comércio).
A estimativa de custos com mão de obra deverá ter como base a quantidade de pessoas que será contratada e quanto cada colaborador irá receber. Consulte um contador por que os encargos sociais também devem ser considerados.
A depreciação é o desgaste que as máquinas, equipamentos e utensílios
sofrem com o tempo e uso. Ela é calculada sobre os investimentos fixos.Utilizeamesmaplanilhaedetermine um tempo médio de vida útil de cada elemento.
O Quadro 13 apresenta um exemplo de depreciação.
Nome do bem AutomóvelTempo médio de vida útil 5 anosValor do bem R$ 20.000,00
Quadro 13: Modelo de planilha para cálculo de depreciação
Faça o seguinte cálculo para depreciação anual:
R$ 20.000,00 =R$4.000,00aoano 5 anos
Para a depreciação mensal:
R$ 4.000,00 =R$333,33aomês. 12 meses
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Consulte informações sobre depreciação de bens no site da Receita Federal: RECEITA FEDERAL, 2010.
E,porfim,calculeos custos fixos operacionais mensais. Apresentam-se no Quadro 14 alguns
elementos que são considerados custos operacionais.
� Aluguel � Condomínio � IPTU � Água � Energia elétrica � Telefone � Honorários do contador
� Pró-labore � Manutenção dos equipamentos
� Salários + encargos � Material de limpeza � Material de escritório � Combustível � Taxas diversas
Quadro 14: Custos operacionais mensais
De posse das projeções de faturamentoedoscustosfixose variáveis é possível elaborar a planilha de demonstrativo de resultados.
Veja exemplo, apresentado no Quadro 15:
Modelo de planilha para demonstrativo de resultadosFonte:Rosa(2007).
Com base nas projeções realizadas até agora é possível calcular quanto a empresa precisa faturar para todos os seus custos em um determinado período. Chega-se ao Ponto de Equilíbrio dividindo o Custo Fixo Total pelo índice da Margem de Contribuição.
Outras projeções que devem constar noplanejamentofinanceiroéa lucratividade, a rentabilidade e o prazo de retorno do investimento.
Veja como realizar esses cálculos através do Esquema 5:
É importante
lembrar que a Margem de Contribuição é a
Receita total menos os Custos Variáveis e que para se
chegar ao índice de Margem de contribuição esse valor
deve ser dividido pela Receita Total.
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Quadro Descrição (R$) %5.5. 1. Receita Total com Vendas
2. Custos Variáveis Totais
5.8 (-) Custos com materiais diretos e/ou CMV (*)
5.7.(Subtotal1) (-) Impostos sobre vendas
5.7.(Subtotal2) (-) Gastos com vendas
Subtotal de 2
3. Margem de Contribuição (1-2)
5.11 4. (-) Custos Fixos Totais
5. Resultado Operacional (Lucro/Prejuízo) (3-4)
(*) CMV - Custo das Mercadorias Vendidas
Esquema 5: Lucratividade, rentabilidade e prazo de retorno do investimentoFonte:Rosa(2007).
Chegamos ao final da Unidade sobre Plano de Negócios. Esperamos que através das informações repassadas você consiga elaborar um plano para o seu empreendimento. Você deve ter percebido que a montagem de um Plano de Negócios não garante o sucesso do empreendimento, mas, sem dúvida, representa um importante passo nessa direção.
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Lucratividade=Lucro Líquido x 100
Receita Total
Exemplo
Receita Total: R$ 100.000,00/ano
Lucro Líquido: R$ 8.000,00/ano
Lucratividade=R$ 8.000,00 x 100
R$ 100.000,00
Rentabilidade=Lucro Líquido x 100
Investimento Total
Exemplo
Lucro Líquido: R$ 8.000,00/ano
Investimento Total: R$ 32.000,00
Rentabilidade=R$ 8.000,00 x 100
R$ 32.000,00
=25%aoano
PrazodeRetornodoInvestumento=Investimento Total
Lucro Líquido
Exemplo
Lucro Líquido: R$ 8.000,00/ano
Investimento Total: R$ 32.000,00
PrazodeRetornodoInvestumento=R$ 32.000,00
R$ 8.000,00
Issosignificaque,4anosapósoiníciodasatividadesdaempresa,oempreendedor terá recuperado, sob a forma de lucro, tudo o que gastou com a montagem.
=4anos
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ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos de graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
APA. Manual de publicação. 4.ed. Porto Alegre: ArtMed, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022 – Informação e documentação–Artigoempublicaçãoperiódicacientíficaimpressa–Apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6023 – Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 6024 – Informação e documentação – Numeração progressiva das seções de um documento escrito – Apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6027 – Informação e documentação – Sumário - Apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6028 – Informação e documentação – Resumo – Apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 10520 – Informação e documentação – Citações em documentos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 14724 – Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2005.
______. 15287 – Informação e documentação – Projeto de pesquisa – Apresentação. Rio de Janeiro, 2005.
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica: descubra como é fácil e agradável elaborar trabalhos acadêmico. 11. ed. Ver. atual. São Paulo: Hagnos, 2004.
BASTOS, Cleverson Leite et al. Aprendendo a aprender: introduçãoàmetodologiacientífica.16.ed.Petrópolis:Vozes,2002.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 1996.
______. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
______. Metodologia científica: para uso dos estudantes universitários. 3. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1983.
COCA-COLA.2007.Disponívelem:<www.cocacolabrasil.com.br/conteudos.asp?item=1&secao=7&conteudo=47>.Acessoem:14ago.2010.
REFERÊNCIAS
56
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CORDEIRO, Aureliano. Análise Econômica: uma empresa a ser implantada. 2010. Disponívelem:<www.cordeiroeaureliano.com.br/.../2010-Investimento-Inicial-e-Calculo-Capital-de-Giro.doc>. Acesso em: 2 set. 2010.
DINIZ, Maria Helena. Dicionário jurídico. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
FREIRE, Patrícia de Sá. Elaboração de artigos científicos: Qualidade construindo quantidade.Joaçaba:[s.n.],2010.
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Científico: explicação dasnormasdaABNT.12.ed.PortoAlegre:[s.n.],2003.
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______. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica,projetoerelatório,publicaçõesetrabalhoscientíficos.4.ed.SãoPaulo: Atlas, 1992.
LEITE, Eduardo de Oliveira. Monografia jurídica. 7.ed.rev.atual.eampl.SãoPaulo:EditoraRevistadosTribunais.2006.[sériemétodosemDireitov.1].
LÜCKMANN, Luiz Carlos; ROVER, Ardinete; VARGAS, Marisa. Diretrizes para elaboração de trabalhos científicos: apresentação, elaboração de citações e referênciasdetrabalhoscientíficos.3.ed.rev.eatual.Joaçaba:Ed.Unoesc,2009.(Metodologiadotrabalhocientífico,v.1).
MARTINELLI, Dante P.; ALMEIDA, Ana P. Negociação: como transformar confronto em cooperação. SãoPaulo:MakronBooks,1997.
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MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
57REFERÊNCIAS
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FER
ÊN
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ROSA, Cláudio Afrânio. Como elaborar um plano de negócio. Brasília, DF: SEBRAE,2007.
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SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 10. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. 2010. Disponível em:<http://www.sebrae.com.br/>.Acessoem:14ago.2010.
STRIEDER, Roque. Diretrizes para elaboração de projetos de pesquisa. Joaçaba: Ed.Unoesc,2009.(Metodologiadotrabalhocientífico,v.3).
TRALDI, Maria Cristina; DIAS Reinaldo. Monografia passo a passo. 5. ed. Campinas: Alínea, 2006.
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ZENARO, Marcelo. Marketing para Empreendedores.2.ed.Videira:Unoesc,2007.
58 ORIENTAÇÃO PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
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ANEXO A
MODELO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
QUE PODE SER ADOTADO PARA SUA MONOGRAFIA,
ADAPTADO DE UNOESC VIRTUAL (2010).
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ANEXO A 61
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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC
ÁREA DAS CIÊNCIAS...
CURSO DE...
NOME DO AUTOR DO TRABALHO
TÍTULO DO TRABALHO: subtítulo (se houver).
Local
Ano
3 cm
2 cm
3 cm 2 cm
A informação da Área e do Curso é opcional.
Margens esquerda e superior marcadas com 3 cm; direita e inferior com 2 cm em todo o
trabalho.
Nome da Instituição e do autor do trabalho com letras maiúsculas, tamanho 12, sem negrito, centralizado.
Título com letras maiúsculas, tamanho 12, sem negrito, centralizado. Se houver subtítulo, após os dois pontos,
letras minúsculas.
Local e ano com letras minúsculas, tamanho 12, sem negrito, centralizado.
ORIENTAÇÃO PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO62
NOME DO AUTOR DO TRABALHO
TÍTULO DO TRABALHO: subtítulo, se houver.
Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao
Curso de....., Área das....., da Universidade do
Oeste de Santa Catarina, Polo de...... como re-
quisitoparcialàobtençãodograude...em...
Orientador: Prof.
Local
Ano
Nome do autor e título do trabalho com letras maiúsculas. Se houver subtítulo, este se escreve em letras minúsculas,
tamanho 12, sem negrito, centralizado.
Especificaranaturezadotrabalho.Letra com tamanho menor do que a do texto, espaçamento entre as
linhas simples, recuo de 6 cm a 8 cm.
Local e ano com letras minúsculas, tamanho 12, sem negrito,
centralizado.
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ANEXO A 63
RESUMO
Elemento obrigatório, deve ser escrito na terceira pessoa do singular, na
voz ativa, ser breve e destacar o objetivo, o problema, os procedimentos
metodológicoseosresultadosdapesquisa.Otextoéjustificado,embloco
único, sem parágrafos ou linhas em branco, espaçamento 1,5 entre as linhas
utilizando a mesma letra que a usada no texto. Segundo a NBR 6028 (ASSO-
CIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003), sua extensão é de 150 a
500palavrasparatrabalhosacadêmicos,comorelatóriostécnico-científicos,
teses e dissertações e outros; de 100 a 250 palavras para artigos de periódi-
cos; no caso de trabalhos com menor extensão, varia entre 50 e, no máximo,
100 palavras.
Palavras-chave: Resumo. Palavras. Texto.
Título com letras maiúsculas, negrito, centralizado, separados do texto por dois espaços de 1,5.
Sugere-se de 3 a 5 palavras-chave iniciadas com letras maiúsculas e separadas por ponto.
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SUMáRIO
1 INTRODUÇÃO ...............................................................................4
2 TRABALHOS ACADÊMICOS ..............................................................5
2.1 CITAÇÕES ...................................................................................5
2.1.1 Citação direta.........................................................................6
2.1.2 Citação indireta ......................................................................7
2.2 ILUSTRAÇÕES E TABELAS ..............................................................8
2.2.1 Ilustrações .............................................................................8
2.2.2 Tabelas ..................................................................................9
3 CONCLUSÃO ...............................................................................11
REFERÊNCIAS ................................................................................12
APÊNDICES ...................................................................................13
ANEXOS .......................................................................................15
Título com letras maiúsculas, negrito, centralizado.
Títulos devem ser formatados da mesma forma que aparecem no texto. O espaçamento entre as linhas é de 1,5.
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1 INTRODUÇÃO
É a primeira seção. Anuncia o assunto explicitando a ideia central do
trabalho,apresentaotema,delimitaoassunto,ajustificativaeosobjetivos
deformaclaraparaatrairoleitoràsequenciadeleituradotrabalho.Não
antecipa as conclusões.
Poderá apresentar divisões, dependendo das exigências do trabalho.
4Numeração de páginas: inicia-se a contagem pela folha de rosto, mas essa numeração só passa a ser colocada, sequencialmente, a partir da introdução.
Títuloemletrasmaiúsculas,negrito,tamanho12,alinhadoàesquerda.Aindicação numérica não deve estar em negrito, apenas o título. Utiliza-se
somente um espaço em branco entre o título e o número.
O alinhamento dos parágrafos deveserjustificadocomrecuode 1,25 cm na primeira linha.
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ORIENTAÇÃO PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO66
2 TRABALHOS ACADÊMICOS
Um trabalho acadêmico pode ser um documento que representa
o resultado de um esforço intelectual voltado tanto ao aprendizado de
determinado conteúdo quanto ao desenvolvimento da capacidade de análise,
desenvolvimento e síntese.
O que se deve fazer antes de começar a escrever um texto?
Para elaborar um trabalho, deve-se definir o tema de estudo e
as principais questões que serão tratadas; mas, para isso, é essencial um
bom embasamento teórico. Pesquisa-se em livros, revistas ou periódicos,
recursos eletrônicos e em outros meios de informações sobre a temática
que se pretende desenvolver na pesquisa. Com essas informações, é possível
começar a escrever o texto. Procura-se acrescentar ideias próprias, alinhadas
aos autores pesquisados, seguindo, é claro, a estrutura para a elaboração
do trabalho.
2.1 CITAÇÕES
Conforme a NBR 10520 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2002) as citações são informações extraídas de textos publicados
por autores da área investigada e que são utilizadas como fonte de referência
na sua pesquisa. Citações bem escolhidas enriquecem o trabalho.
Outro aspecto muito importante para o registro das leituras feitas é
que todo conteúdo que for copiado ou baseado em algum texto ou informação
de outro autor deverá referenciar obrigatoriamente a fonte, respeitando-se,
dessa forma, os direitos autorais. Caso contrário, caracteriza-se o plágio.
Há duas formas de se fazer citação: direta ou indireta; em casos
eventuais, pode ocorrer uma citação de citação.
5
Título em letras maiúsculas, negrito, tamanho 12,alinhadoàesquerda,separadospordois
espaços de 1,5. A indicação numérica não deve estar em negrito, apenas o título.
Subtítulo com letras maiúsculas, sem negrito, alinhadoàesquerda,separadosdotextopordois
espaços de 1,5.
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2.1.1 Citação direta
As citações diretas, também chamadas de literais, textuais, ou
de transcrição, são aquelas que transcrevem no texto do trabalho, trechos
exatamentecomaspalavrasdoautor,conservandoagrafia,apontuação,
o uso de maiúscula e o idioma original. Em alguns casos, pode-se suprimir
palavras ou trechos do texto citado. Utiliza-se uma citação direta quando
for absolutamente essencial transcrever as palavras do autor. As citações
diretas podem ser curtas ou longas.
As citações diretas curtas são trechos de até três linhas que se
transcreve no trabalho, mantendo exatamente as palavras do autor. A
citação direta curta é usada no corpo do trabalho, apresentada entre aspas
duplas.
Exemplo:
A escolha do tema da pesquisa é fundamental, conforme Azevedo
(2004,p.41),“Oresultadodeumapesquisadependedaadequadaescolha
doassunto(tema,objeto,problema)aserinvestigado.”
Já se a citação apresentar mais de três linhas, chama-se de
citação direta longa. Da mesma forma que nas citações diretas curtas,
deve-se manter exatamente as palavras do autor. A citação direta longa
deve ser destacada com recuo de 4 cm a partir da margem esquerda, com
letra menor que a do texto (tamanho 10), sem aspas, com espaço simples,
entre as linhas.
Exemplo:
Para explicar a importância dos argumentos numa negociação,
recorremosaoseguintetrechodeMartinellieAlmeida(1997,p.69):
Quando se tem um argumento importante para persuadir alguém,pode-seexpô-loaofinal,paraumacartadadecisiva;se for percebido que a outra parte gostaria de receber
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ORIENTAÇÃO PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO68
maiores informações, a argumentação deve ser colocada no início, aumentando a credibilidade em relação ao oponente e as possibilidades de fechamento do acordo. Se não se tem certeza sobre o interesse ou as necessidades do adversário, pode-sedosarinformaçõesnoiníciooufim,conformeforsendo viável e interessante.
2.1.2 Citação indireta
A citação indireta, também chamada de paráfrase ou sintética, de acordo com Furasté (2003), é aquela em que se utilizam as próprias palavrasparasereferiràmesmamensagemqueadoautordotexto,mantendo-se o sentido do texto original.
Deve ser usada no corpo do trabalho de maneira corrente, sem o usodeaspas,semmodificaraformataçãodotexto,independentementedo número de linhas, mas deve-se indicar o autor da mesma forma que na citação direta.
Quandofizerpartedotexto,deve-seconstarosobrenomedoautor, com primeira a letra maiúscula e, entre parênteses, o ano da publicação e a(s) página(s) pesquisada(s).
Exemplo:
A aprendizagem deve ser caracterizada por modelos epistemológicos e pedagógicos, para o que Becker (2001, p. 30) afirma,existemtrêsdiferentesformasderepresentararelaçãoensino/aprendizagem: a pedagogia diretiva (empirista); a pedagogia não diretiva (apriorista) e a pedagogia relacional (construtivista). Estudar e compreender cada um desses modelos é de suma importância para direcionar ações pedagógicas no processo de aprendizagem.
Quando o sobrenome do autor for mencionado após a citação indireta,deveráficarentreparênteses,emCAIXA-ALTA,seguidodoanoenúmeroda(s)página(s),enãoseusapontonofinaldafrasequesintetizaa ideia do autor.
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Exemplo:
Sobre uma pessoa que viveu muitos anos sem nunca ter o privilégio de ser letrada, poderíamos dizer que sua contribuição de forma científicanãohouve.Vemosqueaidentificaçãoeavalorizaçãodohomemparecemnãoestarvinculadasàquestãodaexperiência,massimàrelaçãodaconquistadetítulos,doquepodemosquantificar(BOAVENTURA,2004,p.785).
2.2 ILUSTRAÇÕES E TABELAS
Emumtextocientífico,asinformaçõespodemserexpressasnaforma de ilustrações ou tabelas, que complementam de modo visual o texto e permitem apreender importantes detalhes e relações de maneira clara e de fácil compreensão.
As ilustrações, no entender de Prestes (2003), são formas demonstrativas de síntese, constituindo-se em unidades distintas, com o intuito de explicar ou complementar visualmente o texto. Já a tabela, segundooIBGE(1993,p.9),éuma“Formanãodiscursivadeapresentarinformações, das quais o dado numérico se destaca como informação central.”PormeiodaNBR6022(ASSOCIAÇÃOBRASILEIRADENORMASTÉCNICAS, 2003), complementa-se a informação, pois elas apresentam informações tratadas estatisticamente.
Observa-se que as ilustrações seguem as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, enquanto as tabelas são de acordo com as normas do IBGE. Tanto uma como a outra, obrigatoriamente, devem-se colocar o título e a fonte.
2.2.1 Ilustrações
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De acordo com a NBR 6022 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003), as ilustrações pertencem ao grupo dos elementos pré-textuaisesãoclassificadascomo:quadros,fotografias,gráficos,fluxogramas,organogramas,diagramas,esquemas,desenhos,mapas,plantas e outros.
Os quadros são fechados nas laterais e apresentam linhas verticais e horizontais em seu interior.
Quadro 2: Aplicabilidade funcional do método ABC na gestão governamentalFonte: adaptado de Slomski (2001).
O mapa é a representação em superfície plana de determinado espaçogeográfico,sejadeumterreno,paísouterritório.
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RECURSOSDIRECIONADORES
DE RECURSOSATIVIDADES
DIRECIONADORES DE ATIVIDADES
SERVIÇOS
Dotação orçamentária.
Diretrizes orçamentárias determinadas na LDO2.
Ação do governo para a produção de bens e serviços definidosnaLOA3.
Fator que determina o consumo da atividade
Objetivo da atividade (ver Quadro 1).
Aidentificaçãoéapresentadanaparteinferior,observando os dados do texto original, o
número de ocorrência do texto, seguido de dois-pontos, acompanhada por seu respectivo
título, e na linha seguinte, a indicação da fonte consultada. Se no texto o tamanho da letra
utilizada for 12, no título do quadro pode usar 10 e na fonte 9.
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Mapa 1: Participação no PIB Nacional Fonte: Almanaque Abril (2002, p. 298).
2.2.2 Tabelas
Astabelassãodestinadasàsinformaçõesnãodiscursivas.Conforme Prestes (2003), são compostas de números e apresentam informações tratadas estatisticamente, que devem ser confeccionadas de uma forma que possibilite o pleno entendimento, sem necessidade de se recorrer ao texto. Têm por objetivo a apresentação de resultados numéricos e valores comparativos, permitindo a avaliação estatística. As tabelas contêm dados de autoria própria.
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Se no texto o tamanho da letra utilizada for 12, no título do mapa pode usar 11 e na fonte 10.
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Ano Saldo inicial Prestação Juros Amortização Saldofinal
2001 1.230,00 494,60 123,00 371,60 858,40
2002 858,40 494,60 85,84 408,76 449,64
2003 449,64 494,60 44,96 449,64 0,00
Total 1.483,80 253,80 1.230,00Fonte: Novello, Menegat e Rover (2004, p. 89).
Tabela 4: Financiamento tabela price
Afontequeidentificaaorigemdosdadoseas notas explicativas são colocadas na parte inferior. Se o tamanho da letra utilizada no texto for 12, na fonte usa-se tamanho 10.
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ANEXO A 73
3 CONCLUSÃO
É a última seção a ser a numerada. Deve constar na conclusão uma recapitulação sintetizada das seções, ressaltando se os objetivos traçados para a pesquisa foram atingidos.
Pode incluir recomendações de ordem prática, conforme as conclusões da pesquisa ou sugestões para outras pesquisas na área.
12
Título em letras maiúsculas, negrito, tamanho 12,alinhadoàesquerda.
AN
EX
O A
ORIENTAÇÃO PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO74
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos de graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022 – informação e documentação:artigoempublicaçãoperiódicacientíficaimpressa:apresentação. Rio de Janeiro: 2003.
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica: descubra como é fácil e agradável elaborar trabalhos acadêmicos. 11. ed. rev. atual. São Paulo: Hagnos, 2004.
BOFF, Leonardo. Como nasce a ética?2003.Disponívelem:<http://www.leonardoboff.com.br>.Acessoem:3dez.2005.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
LIMA, Carmem Suzana Soares de; LOPES, Vera Neusa. Educação patrimonial: valorizando, preservando, construindo e difundindo a cultura afro-brasileira. Revista do professor: Porto Alegre: CPOEC, ano 22, n. 88, p. 19-24, out./dez. 2006.
MIRANDA NETO, Manoel José de. Pesquisa para o planejamento: métodos e técnicas. Rio de Janeiro: FGV, 2005.
13
Título em letras maiúsculas, negrito, tamanho 12, centralizado.
Devem ser listadas todas as fontes citadas no texto, em ordem alfabética do sobrenome dos autores, de acordo com suasnormasespecíficasparaaelaboraçãodereferências.Textocomespaçamentosimplesealinhamentoàesquerda.
Referências separadas por dois espaços.
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ANEXO A 75
APÊNDICE A – TÍTULO
14
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ORIENTAÇÃO PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO76
APÊNDICE A – TÍTULO
15
Elemento opcional nos trabalhos. Apresenta informações complementares, elaboradas pelo autor.
Título em letras maiúsculas, centralizado na página, identificadoporletras,separadoportravessão.
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ANEXO A 77
ANEXO(S) ANEXO A – TÍTULO
16
AN
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ORIENTAÇÃO PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO78
ANEXO A – TÍTULO
16
Elemento opcional nos trabalhos. Apresenta informações que não são elaboradas pelo autor.
Títuloemletrasmaiúsculas,centralizado,identificadoporletras, separado por travessão.
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ANEXO A 79
AN
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ORIENTAÇÃO PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO80
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Universidade do Oeste de Santa Catarina
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