monitoramento hidrolÓgico -...
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Boletim de acompanhamento - 2013
1. Figura 1: Mapa de estações estratégicas
2. Comportamento das Estações monitoradas
De acordo com as tabelas I e II, em termos estatísticos, verificamos:
- Bacia do Japurá – dados não disponíveis.
- Bacia do Javari – dados não disponíveis.
- Bacia do Juruá – dados não disponíveis.
- Bacia do Purus – Em período de vazante para as estações do Rio Acre, em Rio Branco-AC, e em Boca do Acre (Rio Purus) onde os níveis estão baixando na mesma proporção da maior vazante ocorrida em 1998.
- Bacia do Negro – O Rio Branco em Roraima está em processo de enchente. O Rio Negro em Manaus permanece em processo de enchente e o nível nesta última semana apresentou subida mais acentuada, em função do represamento pelo Rio Solimões.
- Bacia do Solimões – níveis elevados nas estações monitoradas. Em Tabatinga, o nível atual encontra-se 35 cm abaixo da cota de emergência (13,10 m), Em Itapéua (próximo a Coari) os valores de vazão são compatíveis aos encontrados na cheia histórica de 2012 para esta estação.
- Bacia do Amazonas – Permanece em processo de enchente, na estação de Parintins, Rio Amazonas, o nível está 35 cm abaixo da cota de emergência (8,82 cm).
- Bacia do Madeira – Iniciando o período de vazante, nas estações de Porto Velho e em Humaitá o nível do Rio Madeira começou a baixar.
Salientamos que os níveis d’água apresentados na coluna “informação mais recentes” da tabela podem eventualmente ser alterados em função de verificações “in loco” realizadas pelos Técnicos em Hidrologia que operam trimestralmente a rede hidrometeorológica, ocasião em que são executados os trabalhos de manutenção das estações, bem como o nivelamento das réguas.
Tabela I: Quadro das Cotas nas Estações de Monitoramento Hidrológico – Enchente
ESTAÇÃO RIO
Enchente Máxima Relação com maior enchente
(cm)
Informação mais recente
Ano Cota (cm) Data Cota (cm)
Palmeiras do Javari Javari 1993 1692 - n/disp -
Eirunepé Montante Juruá 1986 1731 - n/disp -
Gavião Juruá 1986 1488 - n/disp -
Vila Bittencourt Japurá 1989 1526 -501 19/03/2013 1025
Rio Branco Acre 1997 1766 -1390 03/05/2013 376
Boca do Acre Purus 1971 2183 -1323 02/05/2013 860
São Gabriel da Cachoeira
Negro 2002 1217 -377 23/04/2013 840
Tapuruquara (S.I.R. Negro)
Negro 1976 890 -271 02/05/2013 619
Barcelos Negro 1976 1032 -394 02/05/2013 638
Moura Negro 1989 1544 -355 26/04/2013 1189
Boa Vista Branco 2011 1028 -612 02/05/2013 416
Caracaraí Branco 2011 1114 -636 02/05/2013 478
Tabatinga Solimões 1999 1382 -107 29/04/2013 1275
Itapeuá Solimões 2012 1765 -82 02/05/2013 1683
Manacapuru Solimões 2012 2068 -164 02/05/2013 1904
Careiro Pr. do Careiro 2012 1743 -151 02/05/2013 1592
Manaus Negro 2012 2997 -200 02/05/2013 2797
Parintins Amazonas 2009 938 -91 02/05/2013 847
Humaitá Madeira 1993 2458 -324 02/05/2013 2134
Estações em período de enchente
Tabela II: Quadro das Cotas nas Estações de Monitoramento Hidrológico – Vazante
ESTAÇÃO RIO
Vazante Máxima Relação com
maior vazante
(cm)
Informação mais recente
Ano Cota (cm) Data Cota (cm)
Palmeiras do Javari Javari 1991 365 - n/disp -
Eirunepé Montante Juruá 1995 143 - n/disp -
Gavião Juruá 2005 -97 - n/disp -
Vila Bittencourt Japurá 1985 314 711 19/03/2013 1025
Rio Branco Acre 2011 150 226 03/05/2013 376
Boca do Acre Purus 1998 349 511 02/05/2013 860
São Gabriel da Cachoeira
Negro 1992 330 510 23/04/2013 840
Tapuruquara (S.I.R. Negro)
Negro 1980 28 591 02/05/2013 619
Barcelos Negro 1980 58 580 02/05/2013 638
Moura Negro 2009 235 954 26/04/2013 1189
Boa Vista Branco 2003 10 406 02/05/2013 416
Caracaraí Branco 1998 -10 488 02/05/2013 478
Tabatinga Solimões 2010 -86 1361 29/04/2013 1275
Itapeuá Solimões 2010 131 1552 02/05/2013 1683
Manacapuru Solimões 1997 495 1409 02/05/2013 1904
Careiro Pr. do Careiro 2010 125 1467 02/05/2013 1592
Manaus Negro 2010 1363 1434 02/05/2013 2797
Parintins Amazonas 2010 -188 1035 02/05/2013 847
Humaitá Madeira 1969 833 1301 02/05/2013 2134
Estações em período de vazante
3. Dados climatológicos (SIPAM) Distribuição da Precipitação
Figura 2 (a, b, c) – Distribuição da chuva acumulada na Amazônia Legal de 29
dias do mês de abril de 2013.
A Figura 2a acima (esquerda) representa o acumulado de precipitação de
29 dias do mês de abril de 2013. As figuras 2c e 2b (direita) representam a
climatologia da precipitação, sendo a superior referente ao máximo de
precipitação considerada normal e a inferior ao mínimo normal para o referido
mês.
Durante o mês de abril, a climatologia de precipitação da Região
Amazônica mostra a presença da Zona de Convergência Intertropical sobre o
Amapá, setores norte dos estados do Pará, Amazonas e Maranhão, onde são
encontrados os valores máximos de chuva (valores acima de 300 mm/mês). Os
valores mínimos de chuva, segundo a climatologia, são encontrados no norte de
Roraima e no sul dos estados do Mato Grosso e Tocantins, onde já se observa a
redução das chuvas (Figura 2c e 2b).
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) atuou em grande parte da
Amazônia favorecendo o transporte de umidade e a formação de áreas de
instabilidade, provocando volumes significativos de chuvas. Durante o período
foram observados registros de precipitação acima de 250 mm em todo o estado
do Amapá, no noroeste, norte e na porção central do Amazonas, no norte e
nordeste do Pará, e em áreas isoladas no Maranhão. Os índices mínimos de
chuvas (abaixo de 60 mm) foram registrados no oeste e leste de Rondônia, em
grande parte do estado do Acre, no sul do Amazonas e em áreas isoladas no
Pará, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.
Segundo o COLA (Center for Ocean-Land-Atmosphere Studies) o
prognóstico de precipitação para o período de 30 de abril a 07 de maio, mostra a
possibilidade de atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
organizando a nebulosidade e a precipitação sobre grande parte da Amazônia.
Neste período, o modelo destaca a possibilidade de ocorrência de chuvas em
todo o estado de Roraima, em grande parte do Amazonas e no norte do Pará.
No período de 08 a 16 de maio, a ZCIT poderá atuar sobre a Amazônia e
as áreas de instabilidade devem ficar ativas podendo provocar chuvas intensas no
sul de Roraima, em grande parte do estado do Amazonas e no norte do Pará. Nas
demais áreas da região as chuvas devem ocorrer próximas ao padrão
climatológico.
4. Cotagramas
Rio Negro em Manaus – 14990000
Curvas envoltórias das cotas diárias observadas em Manaus – 14990000
Gráfico 01: Cotagrama do Rio Negro em Manaus. Cota em 03/05/2013: 28,03 m
Obs.: As cotas indicadas no gráfico são valores associados a uma
referência de nível local e arbitrária, válida para a régua linimétrica da estação.
Para comparação com as altitudes em Manaus, devem ser subtraídos 3,96m às
cotas lidas na régua.
As curvas envoltórias representam os valores máximos, mínimos e de 10%
e 90% de permanência para os valores de cotas já ocorridos em cada dia do ano.
Nº de ordem
Ano Cota máxima (cm)
Mês
1 2012 2997 Maio
2 2009 2977 Julho
3 1953 2969 Junho
4 1976 2961 Junho
5 1989 2942 Julho
Tabela IV: Maiores Cheias no Porto de Manaus
Os valores associados à permanência de 10% ou 90% são os valores acima dos
quais as cotas observadas estiveram em 10% ou 90% do tempo do histórico de
dados. A zona de atenção para o período de cheia corresponde à faixa entre 10%
de permanência e o valor máximo já ocorrido. Para o período de vazante, a zona
de atenção corresponde à faixa entre 90% de permanência no histórico e o valor
mínimo já ocorrido.
Características das cheias e vazantes em Manaus – 14990000
Gráfico 02: Distribuição histórica (%) de cotas máximas e mínimas (atualizado até 2012).
Na série histórica das cotas em Manaus, 75,45% tiveram o valor máximo
anual no mês de junho, 18,18% em julho e 6,36% em maio e 43,24% tiveram o
valor mínimo anual no mês de outubro, 35,14% em novembro, 9,91% nos meses
de janeiro e dezembro e 0,90% nos meses de fevereiro e setembro.
Gráfico 03: Cotagrama com as cheias e vazantes observadas em Manaus no período
1903-2012 (atualizado até 2012).
Gráfico 04: Cotagrama das maiores cheias observadas em Manaus no período 1903-2012 comparadas com o ano 2013.
4.1. Bacia do Rio Javari
Atualização não disponível
Atualização não disponível
4.2. Bacia do Rio Juruá 4.3. Bacia do Rio Japurá
Atualização não disponível
(obs: dados corrigidosde acordo com banco de dados da ANA)
Cota em 19/03/2013: 10,25 m
4.4. Bacia do Rio Purus 4.5. Bacia do Rio Negro
Cota em 03/05/2013: 3,76 m
Cota em 23/04/2013: 8,40 m
Cota em 02/05/2013: 8,60 m
Cota em 02/05/2013: 6,19 m
4.5. Bacia do Rio Negro (cont.)
Cota em 02/05/2013: 6,38 m
Cota em 02/05/2013: 4,16 m
Cota em 26/04/2013: 11,89 m
Cota em 02/05/2013: 4,78 m
4.6. Bacia do Rio Solimões/Amazonas
Cota em 29/04/2013: 12,75 m
Cota em 02/05/2013: 19,04 m
Cota em 02/05/2013: 16,83 m
Cota em 02/05/2013: 15,92 m
4.6. Bacia do Rio Solimões/Amazonas 4.7. Bacia do Rio Madeira
Cota em 02/05/2013: 27,97 m
Cota em 02/05/2013: 21,34 m
Cota em 02/05/2013: 8,47 m
Os dados hidrológicos utilizados neste boletim são provenientes da rede hidrometeorológica de responsabilidade da Agência Nacional de Águas, operada pelo Serviço Geológico do Brasil e os dados de climatologia foram fornecidos pelo SIPAM.
Manaus, 03 de maio de 2013.
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Marco Antônio de Oliveira
Superintendente Regional da CPRM/Manaus
CPRM – Serviço Geológico do Brasil