monografia 16.11.2013 débora

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  • 7/25/2019 Monografia 16.11.2013 Dbora

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    FACULDADE DE PAR DE MINAS

    Curso de Administrao de Empresas

    Dbora Janice Pereira de Faria

    ANLISE NA APURAO DOS CUSTOS DE UM BUF

    Par de Minas

    2013

  • 7/25/2019 Monografia 16.11.2013 Dbora

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    Dbora Janice Pereira de Faria

    ANLISE NA APURAO DOS CUSTOS DE UM BUF

    Monografia apresentada Coordenao do

    Curso de Administrao de Empresa da Fa-

    culdade de Par de Minas como requisito

    parcial para obteno do ttulo de Bacharelem Administrao de Empresas.

    rea de concentrao: Custos

    Orientador: Prof. Flvio Srgio Linhares

    Par de Minas

    2013

  • 7/25/2019 Monografia 16.11.2013 Dbora

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    Dbora Janice Pereira de Faria

    Monografia apresentada Coordenao do

    Curso de Administrao de Empresa da Fa-

    culdade de Par de Minas como requisito

    parcial para obteno do ttulo de Bacharel

    em Administrao de Empresas.

    ANLISE NA APURAO DOS CUSTOS DE UM BUF

    Aprovada em ___/___/___

    ______________________________________________________

    Orientador: Prof. Flvio Srgio Linhares

    _______________________________________________________

    Examinador: Prof. Marcus Vincius Barbosa de Arajo

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    Dedico este trabalho minha famlia, es-

    pecialmente, minha me, minha ma-

    drinha, s minhas sobrinhas, Viviane,

    pela colaborao, incentivo e companhei-

    rismo fundamental nessa vitria.

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    AGRADECIMENTOS

    Certo dia li, em algum lugar, no lembro onde, que ser grato era reconhecer

    que outras pessoas tambm participaram na produo de algo em nossa vida, o que

    me fez pensar que conseguir ser grato dependia muito de conseguir tambm ser

    humilde, de saber reconhecer que precisamos do outro em nossas vidas, nem que

    seja apenas para compartilhar uma conquista, uma vitria. Que graa teria lutar,

    vencer e no ter com quem comemorar? Por isso, fica muito difcil, praticamente im-

    possvel, listar aqui todas as pessoas que participaram desta minha produo ou

    conquista cada um pode interpretar como quiser. Eu prefiro chamar de parte da

    tarefaAgradeo Iracema e a todos os colaboradores do Buffet Iracema, que me

    receberam sempre de portas e coraes abertos, permitindo-me conhecer cada vez

    mais com a convivncia e com a prtica do dia a dia da empresa.

    Sinceros agradecimentos aos meus colegas de estudo, em especial ao

    Edmar, pelas piadinhas e histrias contadas, quando tudo parecia que ia ruir, e pelo

    silncio, quando meus pensamentos falavam mais alto.

    Obrigada a todos os professores, em especial ao Flvio Linhares, pelos ensi-namentos, pacincia e dedicao.

    Muito obrigada a todos!

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    melhor gerenciar os custos do que aumen-

    tar o preo de venda para se obter um lucro

    maior.

    .

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    RESUMO

    O mercado hoje est bastante competitivo, um dos pontos dessa competiti-

    vidade a grande variedade dos preos dos produtos que so oferecidos aos clien-

    tes. Sendo assim as empresas necessitam recorrer aos menores custos possveis

    para atender demanda. O presente estudo monogrfico apresentou a seguinte

    questo: A Apurao dos custos contbeis de uma empresa de buf ajuda na anli-

    se de definio do preo cobrado ao cliente? O objetivo deste estudo fazer um le-

    vantamento de todo o processo contbil e de classificao de gastos da empresa, de

    modo a possibilitar que seus gestores conheam a verdadeira situao econmica

    contbil de sua empresa, objeto de estudo. A questo levantada e a anlise dos cus-tos do buf possibilitam empresa confiabilidade em suas tomadas de decises,

    levantamentos e anlises de seus custos e receitas obtidos pelos servios presta-

    dos aos clientes. Atravs da anlise do resultado contbil de um determinado ms,

    observa-se, nesse contexto, que o lucro lquido da empresa seja ou no satisfatrio.

    Palavras-chave: Custos. Controle. Planejamento. Deciso.

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    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 01- Esquema usado pela contabilidade financeira ................................................. 16

    Figura 02-Estrutura da contabilidade de custos ................................................................ 17

    Figura 03-Classificao geral dos gastos .......................................................................... 19

    Figura 04-Modelos para classificao dos custos em funo do nvel de atividade ...... 22

    Figura 05-Diviso dos custos em fixos e variveis ............................................................ 28

    Figura 06-Representao esquemtica de um sistema de custos ..................................... 29

    Figura 07-Expresses para clculo do ponto de equilbrio ................................................ 30

    Figura 08-Ponto de equilbrio. ........................................................................................... 30Figura 09- Empresa vista como um processo. .................................................................. 33

    Figura 10-Passos da contabilidade de custos ................................................................... 34

    Figura 11- Vista area do parque fabril. ............................................................................. 39

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 01 Etapas que compem as compras feitas atualmente ....................... 44

    Tabela 02 Insumos consumidos em processo de produo no ms de julho.... 45

    Tabela 03 Mo de obra direta ............................................................................. 46

    Tabela 04 Mo de obra indireta .......................................................................... 46

    Tabela 05 Mapa de rateio dos custos indiretos .................................................. 47

    Tabela 06 Depreciao ....................................................................................... 48

    Tabela 07 Custo total de produo ..................................................................... 49

    Tabela 08 Despesas mensais ............................................................................ 50

    Tabela 09 Receita do ms de junho ................................................................... 51Tabela 10 Apurao do resultado mensal .......................................................... 52

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    SUMRIO

    1 INTRODUO ....................................................................................................... 12

    1.1 Consideraes Iniciais .................................................................................. 12

    1.2 Situao Problemtica .................................................................................. 13

    1.3 Objetivos ........................................................................................................ 13

    1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 13

    1.3.2 Objetivos Especficos .................................................................................... 13

    1.4 Justificativa .................................................................................................... 13

    1.5 Caracterizao da Empresa .......................................................................... 13

    2REFERENCIALTERICO ....................................................................................... 15

    2.1 Gesto Estratgica de Custos ...................................................................... 15

    2.2 Surgimento da Contabilidade de Custos .................................................... 15

    2.2 Terminologia Aplicada em Custo ..................................................................... 18

    2.2.1 Definio de Gastos....................................................................................... 182.3.2 Definio de Desembolso.............................................................................. 20

    2.3.3 Desperdcios................................................................................................... 21

    2.3.4 Investimento ................................................................................................... 23

    2.3.5 Perdas ............................................................................................................. 23

    2.4 Definio de Custo ............................................................................................ 24

    2.4.1 Objetivos do estudo de custos..................................................................... 24

    2.4.2 Gesto de custos e preos............................................................................ 24

    2.4.3 Custo indireto................................................................................................. 25

    2.4.4 Rateio CIF....................................................................................................... 25

    2.4.5 Custo direto .................................................................................................... 26

    2.4.6 Diferena entre custos diretos e indiretos................................................... 26

    2.4.7 Custo fixo........................................................................................................ 26

    2.4.8 Custo varivel................................................................................................. 27

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    2.4.9 Diferena entre custos fixos e variveis..................................................... 28

    2.4.10 Sistemas de custos...................................................................................... 29

    2.5 Ponto de Equilbrio............................................................................................ 292.6 Despesas ............................................................................................................ 31

    2.6.1 Diferena entre custo e despesa.................................................................. 31

    2.7 Subproduto ........................................................................................................ 31

    2.8 Matria - Prima ................................................................................................... 31

    2.9 Mo de obra direta ............................................................................................ 32

    2.9.1 Mo de obra indireta...................................................................................... 32

    2.10 Mtodos de Custeio ........................................................................................ 33

    2.10.1 Custeio por absoro................................................................................... 33

    2.10.2 Custeio direto ou varivel............................................................................ 34

    2.10.3 Custeio Baseado em Atividades: ABC....................................................... 35

    2.11 Produto em Processo ..................................................................................... 35

    2.11.1 Produto acabado.......................................................................................... 37

    2.11.2 Custo do produto vendido........................................................................... 38

    2.11.3 Apurao de custos para tomada de deciso........................................... 39

    3 METODOLOGIA CIENTFICA ............................................................................... 41

    3.1 Pesquisa Aplicada ............................................................................................. 41

    3.2 Pesquisa Explicativa ......................................................................................... 41

    3.3 Quanto aos Meios ............................................................................................. 41

    3.3.1 Estudo de caso............................................................................................... 42

    3.3.2 Etapas da pesquisa participante................................................................... 42

    3.4 Quanto Abordagem do Problema ................................................................. 42

    3.4.1 Pesquisa Quantitativa.................................................................................... 42

    3.4.2Coleta de Dados ............................................................................................. 42

    4 ANLISE DOS DADOS ........................................................................................ 44

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    4.1 Gesto de Custos ..............................................................................................44

    4.2 Apurao do Custos .........................................................................................44

    4.3 Insumos no BuffetIracema ..............................................................................454.4 Mo de Obra Direta e Indireta ...........................................................................46

    4.5 Rateios dos Custos Indiretos dos Departamentos Auxiliares para os

    Departamentos Produtivos .....................................................................................47

    4.6 Depreciao .......................................................................................................48

    4.7 Custo Total de Produo ..................................................................................49

    4.8 Despesas ............................................................................................................494.9 Receitas ............................................................................................................. 51

    4.10 Apurao do Resultado Mensal .....................................................................51

    4.11 Anlise para Tomadas de Decises ..............................................................52

    4.11.1 Margem de contribuio ..............................................................................53

    4.11.2 Ponto de equilbrio .......................................................................................54

    5 CONCLUSO ........................................................................................................56

    5.1 Sugestes para a Empresa ...............................................................................56

    5.2 Limitaes do Trabalho ....................................................................................57

    5.3 Sugestes para Trabalhos Futuros .................................................................57

    REFERNCIAS..........................................................................................................58

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    1 INTRODUO

    1.1 Consideraes Iniciais

    O controle de custos dentro de uma empresa um dos fatores mais importan-

    tes para se obter lucro lquido melhor. Se ocorrer um prejuzo na empresa, logo vem

    a pergunta: qual a melhor tomada de deciso para sair do prejuzo; aumentar o pre-

    o dos servios para os clientes ou implantar um sistema contbil, verificando onde

    esto seus maiores custos? Esses custos podem ser o elevado preo da matria-

    -prima. Vale ressaltar que existem, no mercado, tantos outros fornecedores com o-

    ferta de melhores preos.A Gesto de Custos, dentro de uma empresa, uma importante ferramenta

    com a qual se busca o entendimento dos fatores que possam permitir melhores to-

    madas de decises. A adequada apurao, a anlise, o controle e o gerenciamento

    dos custos de produo dos bens e servios so preocupaes empresariais cons-

    tantes. Essa preocupao justamente devida busca contnua da qualidade. A

    melhor explicao para isto reside no fato de que o processo de registro e gesto de

    custos encontra-se na interseo da contabilidade gerencial, voltada para o forneci-mento de informaes relevantes ao processo de tomada de decises.

    Desta forma, toda empresa, seja de pequeno, mdio ou grande porte, neces-

    sita de um sistema contbil eficiente. Assim, ao se apurar, com segurana, os da-

    dos de todos os custos da empresa,por meio de planilhas informatizadas e/ou apon-

    tamentos manuais, esses dados tornam-se confiveis e teis aos gestores aos

    quais destinam o controle da tomada de deciso. Com isso, determina- -se o nvel

    de operaes a que a empresa precisa chegar e conservar, para suprir todos osseus custos e almejar o lucro lquido programado.

    Nesta pesquisa, avaliaram-se e analisaram-se os custos, o volume e os lu-

    cros relacionados aos eventos realizados por uma empresa, que atua no ramo de

    buf, no perodo de um ms, partindo do princpio de que os custos, volumes e lu-

    cros devem ser aqueles efetivamente ocorridos e registrados semanalmente. Esse

    sistema de apurao permite proprietria tomar as melhores decises para definir

    o melhor preo de seus servios aos clientes.

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    1.2 Situao Problemtica

    A apurao dos custos contbeis de um buf possibilita a anlise de definiodo preo cobrado ao cliente?

    1.3 Objetivos

    1.3.1 Objetivo Geral

    Mensurar os custos contbeis dos produtos e servios em uma empresa de

    buf, para, assim, se ter uma anlise da atual margem de lucro lquido.

    1.3.2 Objetivos Especficos

    Estruturar normas e procedimentos na realizao de aquisio de insumos

    para realizao de eventos.

    Apurar o custo contbil atual da empresa.

    Apurar o resultado lquido mensal.

    Analisar a entrada e sada de mercadorias.

    Analisar a margem de contribuio e o ponto de equilbrio.

    1.4 Justificativa

    Esta pesquisa indica fatores que se tornam um diferencial na empresa em

    questo, visando mensurar o custo, o volume e o lucro, assim, consequentemente,

    obter melhores resultados. Verificando e analisando alguns pontos negativos na

    empresa pesquisada, constata-se que ela necessita de um controle imediato para a

    movimentao de produtos e servios, como entrada e sada de mercadorias, para

    que tenha um planejamento e possa apurar o lucro contbil dos eventos.

    1.5 Caracterizao da Empresa

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    A empresa, objeto deste estudo, uma microempresa prestadora de servio,

    conhecida como Buffet Iracemaque iniciou suas atividades em maro de 1983, em

    Par de Minas, por meio de um restaurante denominado Escanteio. Todavia, devi-

    do alta demanda e qualidade dos produtos, aps dez anos, desvinculou-se do res-

    taurante e tornou-se um buf. Atualmente, a empresa conta com 13 (treze) funcio-

    nrios registrados e aproximadamente 70 (setenta) terceirizados. Situada na cidade

    de Par de Minas, no centro-oeste mineiro, atende a toda a regio, realizando re-

    cepes para casamentos, aniversrios, bodas e eventos sociais (coffeebreak, co-

    quetis, almoos, jantares, salgados, frios, bolos, doces). A empresa conta com uma

    administrao independente.

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    2 REFERENCIAL TERICO

    2.1 Gesto Estratgica de Custos

    Segundo George Leone e Rodrigo Leone (2012), a Gesto Estratgica de

    Custos uma atividade de nome to atraente que faz parte da gesto de custos. Em

    primeiro lugar a contabilidade de custos prepara informaes de custos para os di-

    versos nveis gerenciais, na empresa so chamados de departamentos. A gesto

    de custos usa as informaes provenientes da contabilidade, tanto para atender a

    uma gesto estratgica, normalmente de uma operao de longo prazo, ou para a-

    tender a uma necessidade operacional de curto prazo.A Gesto Estratgica de Custos a que, para a realizao das atividades do

    dia a dia, na busca das metas fixadas, a empresa efetua uma srie de gastos que

    so devidamente analisados, classificados, codificados e registrados pela controla-

    doria, nos setores de Contabilidade Geral e de Custos. Devido regra, a primeira

    providncia da Contabilidade efetuar a separao dos gastos em trs grandes

    grupos: investimentos, custos e despesas.

    A expresso Gesto Estratgica de Custos, para Martins (2010), a quedesigna a integrao que deve haver entre o processo de gesto de custos e o pro-

    cesso de gesto da empresa como um todo. Entende-se que essa integrao ne-

    cessria para que a empresa possa sobreviver num ambiente de negcios crescen-

    temente globalizado e competitivo. Para sobreviver nesses mercados cada vez mais

    competitivos, a empresa precisa perseguir e alcanar altos nveis de qualidade, efi-

    cincia e produtividade, eliminando desperdcios e reduzindo custos. Assim, ne-

    cessrio que os gestores recebam informaes necessrias para um apoio eficaz aoprocesso decisrio.

    2.2 Surgimento da Contabilidade de Custos

    Segundo Bornia (2010), a contabilidade de custos surgiu na poca da Revo-

    luo Industrial, com o aparecimento das empresas industriais com o objetivo de

    determinar os custos dos produtos fabricados. Antes disso, os custos normalmente

    eram produzidos por artesos que, via de regra no constituam pessoas jurdicas,

    utilizavam a contabilidade financeira basicamente para a avaliao do patrimnio e

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    apurao do resultado do perodo. O resultado era obtido subtraindo-se o custo dos

    produtos ( mercadorias ) vendidos da receita obtida pela empresa. Desse lucro (bru-

    to), ainda eram deduzidas as despesas incorridas para o funcionamento da empre-

    sa. Assim:

    Figura 1 Esquema usado pela contabilidade financeira

    Fonte: Bornia, 2010, p.11.

    Ainda para Bornia (2010), o custo dos produtos vendidos no era conhecido,

    mesmo com o aparecimento da empresa industrial, pois os produtos no eram maiscomprados prontos, mas fabricados pela empresa a partir de vrios insumos. Nessa

    situao, em que vrios itens so consumidos para a confeco dos produtos, o cl-

    culo dos custos dos produtos fabricados (e vendidos) no to simples. Portanto,

    aps a Revoluo Industrial, quando o setor industrial comeou efetivamente a se

    desenvolver, essa dificuldade na determinao dos custos culminou com o apareci-

    mento da contabilidade de custos, voltada inicialmente para a avaliao dos invent-

    rios. Assim, o valor dos insumos consumidos para a produo dos itens vendidosequivalia ao custo dos produtos vendidos.

    Conforme Martins (2010), a contabilidade de custos nasceu da contabilidade

    financeira, pois havia a necessidade de avaliar estoques nas indstrias na era do

    mercantilismo. Assim, conseguia-se atender esta primeira fase, porm no se con-

    seguia atender completamente a outras duas mais recentes e mais importantes ta-

    refas: controle e deciso. Devido a esses novos campos, deu-se uma nova viso a

    essa rea. Apesar de j terem sido criados mtodos e tcnicas especficas para tal

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    misso, ainda no se c

    trs pontos diferentes qu

    Figur

    Fonte: Crepaldi,S.A, 201

    nseguia mostrar para seus profissionai

    e precisam ser trabalhados diferenteme

    a 2 Estrutura da contabilidade de cust

    0, p.230.

    17

    s e usurios que h

    te.

    s

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    18

    2.3 Terminologia Aplicada em Custo

    Conforme Jnior, Oliveira e Costa (2012), a rea de custos possui conjuntos

    de termos prprios que, entretanto, muitas vezes so utilizados de forma enganosa.

    Assim sendo, bastante importante a definio dos termos utilizados com maior fre-

    quncia, de modo a evitar qualquer erro na interpretao dos conceitos apresenta-

    dos.

    Segundo Martins (2010), desde que duas ou mais pessoas comunicam-se,

    necessrio que passem a dar aos objetos, conceitos e ideias o mesmo nome, para

    que se possa aumentar o nvel de entendimento. No meio desse emaranhado todo

    de nomes e ideias, o iniciante se v perdido, e, s vezes, o experiente, embaraado.Por isso, sem que se tenha nenhuma pretenso de resolver o impasse ou de

    conseguir generalizar a terminologia de custos, foi observada a nomenclatura e a

    conceituao a seguir explanadas.

    2.3.1 Definio de gastos

    Segundo Martins (2010), gasto o valor dos insumos adquiridos pela empre-sa, independentemente de terem sido utilizados ou no. Por exemplo, se for efetua-

    da uma compra de mercadorias com 90 (noventa) dias de prazo para o pagamento,

    o gasto ocorrer imediatamente, mas o desembolso s ocorrer trs meses depois.

    Gasto o valor arcado pela entidade para obter um produto ou servio, repre-

    sentado pela entrega ou promessa de entrega de algum ativo (dinheiro, bens). Os

    gastos ocorrem a todo o momento e em qualquer setor da empresa. Ou seja, os

    gastos so os bens e servios obtidos por meio do desembolso imediato ou futuro,como, gastos com matria-prima consumida no processo produtivo; gastos com mo

    de obra, tanto na produo como na distribuio; gastos com honorrios da diretoria;

    gastos com mercadorias; gastos na compra de um imobilizado; gastos com material

    de expediente consumida no processo administrativo; gastos com servios de frete

    consumidos no processo de venda; gastos com energia eltrica consumida na rea

    industrial.

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    Fig

    Fonte: Junior, Oliveira e

    Conforme Martin

    quer, que gera imolao

    entrega ou promessa d

    gem para a propriedade

    o reconhecimento cont

    gamento.

    Conforme Junior,

    gasto poder ser classifi

    ura 3 -A classificao geral dos gastos

    Costa ( 2012, p.19.)

    (2010), gasto a compra de um prod

    financeira para a entidade, imolao es

    entrega de ativos. Enfim, s existe ga

    da empresa do bem ou servio, no mo

    bil da dvida assumida ou da reduo d

    Oliveira e Costa (2012, p. 8), depend

    cado em custos, despesas, perdas ou d

    19

    uto ou servio qual-

    sa representada por

    to no ato da passa-

    ento em que existe

    o ativo dado em pa-

    ndo da aplicao, o

    sperdcios.

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    Para Junior, Oliveira e Costa (2012), a separao contbil dos gastos impor-

    tante devido sistemtica contbil para o reconhecimento dos resultados de um de-

    terminado perodo. A apurao dos resultados lucro ou prejuzo de bastante

    importncia na vida de uma empresa e, principalmente, para seus proprietrios, dire-

    tores, demais executivos, funcionrios, fornecedores, auditores e, tambm, para os

    fiscais do Imposto de Renda e de outros tributos.

    a partir da apurao pela contabilidade do resultado lucro ou prejuzo - de

    determinado perodo que so calculados, como: participao da diretoria e dos de-

    mais executivos nos resultados da empresa; remunerao dos acionistas, em forma

    de dividendos; Imposto de Renda e a Contribuio Social sobre o Lucro Lquido; n-

    dices de lucratividade para fins de anlise das demonstraes contbeis, visando participao da empresa em processos de concorrncia ou captao de recursos na

    rede dos bancos. Portanto, o resultado contbil de determinado exerccio precisa ser

    corretamente calculado, sob pena de sofrer autuao por parte dos fiscais do Impos-

    to de Renda ou questionamento dos principais executivos, demais acionistas, direto-

    res etc.

    Nesse sentido, importante ter em mente que os gastos classificados como

    despesas so contabilizados imediatamente nos resultados. Enquanto que os gastosclassificados como custos de produo so contabilizados, em um primeiro momen-

    to, nos estoques de produtos acabados, sendo posteriormente transferidos para os

    resultados, por ocasio da venda do produto fabricado. Em resumo, enquanto o pro-

    duto no for vendido, todos os gastos incorridos na sua produo permanecem re-

    gistrados na contabilidade como um item do ativo circulante da empresa, no seu ba-

    lano patrimonial.

    2.3.2 Definio de desembolso

    Segundo Martins (2010, p. 25), desembolso o pagamento resultante da a-

    quisio do bem ou servio. Pode ocorrer antes, durante ou aps a entrada da utili-

    dade comprada, portanto defasada ou no do momento do gasto.

    Desembolso o ato do pagamento, que pode ocorrer em momento diferente

    do gasto. Ocorre devido ao pagamento de uma compra vista ou de uma compra

    realizada anteriormente, mas com a obrigao de pagamento assumida, tais como,

    pagamentos de despesas provisionadas no perodo anterior; compra de matria-

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    -prima vista; pagamentos de salrio aos funcionrios e pagamento de emprstimo

    bancrio.

    2.3.3 Desperdcios

    Conforme Bornia (2010), desperdcios algo que no adiciona valor ao pro-

    duto sob a tica do consumidor. So gastos que podem ser eliminados sem prejuzo

    da qualidade e quantidade da produo de bens, servios ou receitas.

    Segundo Junior, Oliveira e Costa (2012), desperdcios na empresa so gastos

    incorridos nos processos produtivos e que possam ser eliminados sem prejuzo da

    quantidade ou qualidade dos bens, servios. No mundo globalizado, o desperdcioest sendo classificado como custo ou despesa e se forem identificados e elimina-

    dos so fatores do sucesso ou fracasso da festa. Assim, como se ver mais adiante,

    bastante importante a identificao do desperdcio, pois um dos fatores princi-

    pais nos benefcios do custeio baseado em atividades, exemplos: retrabalho decor-

    rente de defeitos de fabricao; estocagem e movimentao desnecessria de mate-

    riais e produtos; relatrios financeiros, administrativos e contbeis sem qualquer uti-

    lidade; cargos intermedirios de chefia e superviso desnecessrios. Custo de aquisio ou de produo: o valor do primeiro pagamento pela

    aquisio ou produo de bens e servios.

    Custo de aquisio de materiais: so valores includos ao valor pago ao

    fornecedor, subtrado dos impostos readquiridos e acrescidos dos valores em

    que a empresa ficar sujeita para colocar esses materiais em condies de uso

    (frete, seguro, armazenagem etc.).

    Custo de produo: so os custos includos para aquisio dos materiais,acrescentando os demais gastos que ficam sujeitos em condies de uso

    (armazenagem, frete, seguro etc.).

    Custo dos Produtos Vendidos (CPV): o valor dos gastos que ocorrem no

    processo de produo dos bens que foram sacrificados para que a empresa

    gerasse receita de vendas de produtos.

    Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): o valor dos gastos que ocorrem

    no processo de produo dos bens que foram sacrificados para que a empre-sa gerasse receita de vendas de mercadorias.

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    Custo dos Servios Prestados (CSP): o valor dos gastos que ocorrem no

    processo de prestao dos servios, para que a empresa gere a receita de

    prestao de servios.

    Preo: o valor dado na sada pela venda de servios prestados ou bens

    produzidos.

    Receita:so os produtos utilizados para multiplicao da quantidade de ser-

    vios prestados ou bens vendidos pelo respectivo preo unitrio.

    Mercadorias: so produtos adquiridos pela empresa, para serem revendidos.

    Produtos:so bens produzidos para serem vendidos. Exemplo: a empresa

    fabrica produtos avaliados pelo custo de produo, vende-os pelo preo de

    venda e apropria o custo dos produtos vendidos (CPV).

    Insumos: so bens adquiridos para consumo da empresa no processo de

    produo de novos bens, como embalagens, matria-prima, material auxiliar.

    Centro de custos: a menor acumulao de custos possveis, sendo repre-

    sentada por mquinas, homens e equipamentos de caractersticas semelhan-

    tes para que desenvolvam atividades homogneas ligadas diretamente ao o

    processo produtivo.

    Centros de despesas: a menor acumulao de despesas possveis, sendo

    representada por mquinas, homens e equipamentos de caractersticas se-

    melhantes para que desenvolvam atividades homogneas relacionadas com

    as atividades comerciais, financeiras e administrativas. Exemplos: cobrana,

    contabilidade, faturamento, tesouraria etc.

    Figura 4 Modelo para classificao dos custos em funo do nvel de atividades

    Fonte: Bornia, 2010, p. 20.

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    2.3.4 Investimento

    Existem dois tipos de investimentos: temporrio e permanente. O primeiro re-

    fere-se a aplicaes por tempo limitado, em que so classificados no ativo circulante

    ou realizvel em longo prazo, dependendo do prazo da realizao. Os investimentos

    de segundo grupo tm caractersticas permanentes, como se observa so participa-

    es em outras sociedades e outras aplicaes, que no se destinam manuteno

    da atividade operacional da empresa. um subgrupo do ativo no circulante.

    Segundo Bornia (2010), a empresa centra ateno em sua lucratividade futu-

    ra, sendo assim depende de dois fatores, primeiro manter e ampliar sua estrutura de

    ativos e segundo gerar e aplicar uma estratgia de sucesso para essa estrutura. Asinformaes dos investimentos devem ser recolhidas e analisadas, pois, neste fator,

    uma questo de descobrir qual dentre as alternativas que se apresentam a melhor

    deciso de investimento de capital. As decises de investimentos de capital dizem

    respeito aos seguintes assuntos: ampliao de leque de atividades da empresa, que

    envolva sadas de capital, como um novo produto; investimentos em outros fundos,

    dos quais as receitas sero derivadas. Exemplo: aes; poupana; cdc; aquisio de

    ativos de longa durao, como imveis ou maquinrios; um projeto especial, queafeta a capacidade futura de ganho da empresa, com projetos de pesquisa ou uma

    campanha promocional.

    2.3.5 Perdas

    Conforme Bornia (2010), a perda, normalmente, vista na literatura contbil

    como o valor dos insumos consumidos de forma anormal. As perdas so separadasdos custos, no sendo incorporadas nos estoques. Se, por um motivo qualquer,

    houver um consumo anormal de matria-prima, isso caracterizado como perda.

    Segundo Junior, Oliveira e Costa (2012), perdas so gastos anormais, que

    no geram um novo produto ou servio e nem receitas. Esses gastos ocorrem de

    fatos no esperados e so apropriados diretamente no resultado do perodo em que

    ocorrem, como: problemas com equipamentos, inundaes, greves enchentes, sinis-

    tros etc.; gastos incorridos em perodos de paralisao de produo devidos falta

    de insumos; material com prazo de validade vencido; vazamento de materiais lqui-

    dos ou gasosos.

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    2.4 Definio de Custo

    Conforme Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos so tambm gastos rela-

    tivos a bens ou servios incorridos no processo produtivo, pois no existem despe-

    sas de produo, como matria-prima consumida; materiais auxiliares; servios de

    apoio produo manuteno, almoxarifado, engenharia do produto; refeitrio;

    ambulatrio mdico.

    O custo est inserido na vida de todo ser humano, desde seu nascimento at

    sua morte, uma vez que o custo o valor aceito pelo comprador para adquirir um

    bem ou a soma de todos os valores agregados aos bens desde sua aquisio, at

    que ele atinja o ponto de venda.

    2.4.1 Objetivos do estudo de custos

    Conforme Crepaldi (2010), um bom sistema de custos deve-se compor em

    prioridade de qualquer administrao, ter ferramentas que o auxiliem nos controles e

    nas tomadas de decises. Um eficiente e eficaz sistema de custos possibilita em-

    presa ter dados para o estabelecimento de padres, oramentos e outras formas depreviso, estabelecer preos de vendas compatveis com o mercado em que atua,

    reduzir custos, determinar o Ponto de Equilbrio e avaliar o desempenho.

    2.4.2 Gesto de custos e preos

    Segundo Bornia (2010), verificando o setor produtivo da empresa como um

    processo observou que, nesse processo, entram insumos, quantificados pelos cus-tos e saem produtos. Assim sendo o custo unitrio dos produtos calculado dividin-

    do-se os custos totais pela produo do perodo, como esquematizado abaixo:

    Se caso ocorrer algum problema no processo produtivo, haver aumento nos

    custos totais e/ ou reduo na produo, em ambos os casos, o custo unitrio do

    Custo unitrio = custo total

    Produo

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    produto vai aumentar. Portanto, o auxlio no controle muito importante para o sis-

    tema de custos.

    2.4.3 Custo Indireto

    De acordo com Crepaldi (2010), os custos indiretos so todos os custos que

    no esto ligados diretamente aos produtos. S podem ser apropriados, por sua

    prpria definio, de forma indireta aos produtos, isto , mediante estimativas, crit-

    rios de rateio etc.

    Para Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos indiretos so os custos que

    no se comprovam como perfeitamente apropriados nos produtos ou servios, sen-do assim no podem ser apropriadas de forma direta para as unidades especficas,

    ordens de servio ou produto, servios executados etc.

    Segundo Leone (2012), custos indiretos, so todos os outros custos que de-

    pendem do emprego de recursos, de taxas de rateio, de parmetros para o dbito s

    obras.

    2.4.4 Rateio CIF

    Conforme Crepaldi (2010), rateio um artifcio empregado para distribuio

    dos custos, ou seja, o fator pelo qual vamos dividir os CIFs. Para serem incorpora-

    dos aos produtos, obedecem a uma mecnica de apropriao de um processo de

    rateio.

    Podem-se destacar como exemplos de bases utilizadas as seguintes: unida-

    des produzidas, horas de MOD, horas de uso das mquinas, valor (custo) da MOD,matria-prima consumida, horas diretas de servios prestados, QWH hora (ener-

    gia eltrica) ou HP, M3 de ar comprimido e o nmero de funcionrios.

    Segundo Junior, Oliveira e Costa (2012), a soma dos Custos Indiretos cha-

    mada de Custos de Fabricao (CIF), e a escolha da base para rateio feita em

    funo do recurso mais utilizado na produo.

    Para Leone (2012), os custos rateados so sempre custos indiretos, pois o ra-

    teio realizado mediante o emprego de critrios e taxas que resultam na diviso

    proporcional de um montante global e comum.

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    2.4.5 Custo direto

    Para Crepaldi (2010) custos diretos so custos que se podem adaptar direta-

    mente aos produtos, e variam com a quantidade que for produzida, pois sem ele o

    produto no existiria. Sua adaptao pode ser direta, bastando que exista uma

    medida de consumo, como kg, horas mquinas, horas-homens trabalhadas etc. E-

    xemplo: Material Direto (MD) e Mo de obra Direta (MOD).

    Segundo Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos diretos, de forma geral,

    so facilmente identificados com os produtos, pois esto diretamente ligados. E-

    xemplos:

    Mo de obra direta: o trabalho aplicado na realizao dos produtos. Materiais diretos:matrias-primas, materiais de embalagem, componentes e

    outros necessrios produo.

    Conforme Leone (2012), os custos diretos so todos os custos que se

    conseguem identificar com as obras, do modo econmico e lgico.

    2.4.6 Diferena entre custos diretos e indiretos

    Conforme Leone (2012) a classificao dos custos da empresa, dos produtos,

    das operaes, enfim, do produto que est sendo examinado e analisado, em dire-

    tos e indiretos destina-se a fornecer informaes para a determinao do montante.

    Todo o item de custo que identificado naturalmente ao objeto do custeio denomi-

    nado de custo direto. Do outro lado, todo item de custo que necessita de um par-

    metro para ser identificado e debitado ao produto ou objeto do custeio considerado

    um custo indireto.

    2.4.7 Custo fixo

    De acordo com Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos fixos so todos os

    que permanecem constantes dentro da empresa. Caso haja alterao no volume de

    produo para mais ou para menos, no vai alterar o valor total do custo. Exemplo: o

    Aluguel, seguro de fbrica etc.

    Para Crepaldi (2010), um aspecto importante a destacar que os custos so

    fixos dentro de determinada faixa de produo e, em geral, no so sempre fixos,

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    podendo variar em funo de grandes oscilaes no volume de produo. Sendo

    assim, quanto mais produzir, menor ser o custo por unidade. Exemplo:

    R$ 400,00 imputados a 80 unidades = R$ 5,00/u.

    R$ 400,00 imputados a 100 unidades = R$ 4,00/u.

    Conforme Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos fixos tm as seguintes

    principais caractersticas: o valor total permanece constante dentro de determinada

    faixa da produo; a variao dos valores totais pode ocorrer em funo de desvalo-

    rizao da moeda ou por aumento ou reduo significativa no volume de produo; o

    valor por unidade produzida varia medida que ocorre variao no volume de pro-

    duo. Por tratar de um valor fixo diludo por uma quantidade maior, sua alocao

    para os departamentos ou centros de custos necessita, na maioria das vezes, decritrios de rateios determinados pela administrao.

    2.4.8 Custo varivel

    Conforme Leone (2012), os custos variveis somente aparecem quando a ati-

    vidade ou a produo realizada. Sendo assim, eles so evitveis porque se pode

    comandar o volume da atividade ou da produo.Segundo Crepaldi (2010), o custo varivel tambm conhecido como custo

    direto, pois so proporcionais ao volume da produo, isto , oscilam na razo direta

    dos aumentos ou redues das quantidades produzidas. Assim, teramos:

    R$100.000,00 para produzir 100 unidades, ou R$200.000,00 para produzir 200 uni-

    dades.

    Quando acerta os custos por unidade de produto, o valor desses custos

    reaparece estvel ou fixo, pois redundam no mesmo custo unitrio de R$1.000,00.Para Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos variveis so os que mantm

    relao direta com a produo ou servios. Sendo assim, o valor total dos custos

    variveis aumenta conforme o volume de atividades da empresa aumenta. Esse total

    de custos variveis aumenta conforme o volume da produo aumenta.

    Ainda para Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos variveis tm as seguin-

    tes caractersticas: seu valor total varia conforme o volume de produo; o valor

    constante por unidade, livre de qualquer dependncia da quantidade produzida; a

    alocao aos produtos feita de forma direta, sem necessidade de critrios de

    rateios.

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    Figura 5 - Diviso dos custos em fixos e variveis

    Fonte: Bornia, 2010, p.19.

    2.4.9 Diferena entre custos fixos e variveis

    Segundo Crepaldi (2010), a expresso custos fixos designa os custos que,

    em valor absoluto, so estveis, isto , no sofrem oscilaes proporcionais ao vo-

    lume da produo, dentro de certos limites. Enquanto os custos variveis, que so

    proporcionais ao volume da produo, variam conforme a produo aumenta ou

    reduz.

    Conforme Leone (2012), a anlise da variabilidade dos custos escolhidos, ba-

    ses de volume, pontos de referncia, medidas fsicas, unidades quantitativas, apre-

    senta alguns comportamentos que podem ser definidos em termos matemticos,

    constituindo relao de controle e tomada de decises. Nota-se que importante

    aquela que afirma que todo custo, dentro da empresa, instituio, atividade ou pro-

    cesso, observa um comportamento definido diante de uma base de volume (parme-

    tro). O caso do material direto j possui comportamento bastante bem definido em

    relao s unidades produzidas. O material direto um custo varivel, devido rela-

    o ao parmetro unidades produzidas, tomado como referncia.

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    2.4.10 Sistemas de Custos

    Segundo Bornia (2010), a empresa tem a necessidade de ter informaes

    corretas para os objetivos do sistema, pois as informaes que podem ser relevan-

    tes para uma deciso podem no ser vlidas para outra. A anlise do sistema, sob

    este enfoque, a denominao princpio de custeio.

    Figura 6 Representao esquemtica de um sistema de custos

    Fonte: Leone, 2012, p. 32.

    Conforme Leone (2012), quando um contador pretende definir custos-padro,

    ele est visando atender s finalidades de controle da empresa. correto que o sis-

    tema de custos-padro produz, tambm, informaes para as funes de planeja-

    mento e de deciso, mas apenas por solicitao de ordem didtica que se diz que

    os custos padronizados servem para auxiliar os gerentes a controlar as operaes.

    2.5 Ponto de Equilbrio

    Pontos de equilbrio contbil so levados em conta os custos fixos contbeis

    da empresa, dessa forma, ponto de equilbrio o valor ou a quantidade que a em-

    presa necessita vender para cobrir o custo das mercadorias comercializadas, as

    despesas variveis e as despesas fixas. No ponto de equilbrio, a empresa no ter

    lucro nem prejuzo.

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    Figura 7 Expresses

    Fonte: Bornia, 2010, p.5

    Q = ponto de equilbrio

    R = ponto de equilbrio

    CF = custos fixos

    mc = margem de contrib

    p = preo de venda

    Segundo Bornia

    como abaixo: feita ins

    plano cartesiano, onde

    Fonte: Bornia, 20

    ara clculo do ponto de equilbrio

    .

    em unidades fsicas

    m unidades monetrias

    uio

    (2010), o ponto de equilbrio repres

    rindo a receita (p x Q) e os custos totai

    abscissa representa a quantidade vend

    Figura 8 - Ponto de equilbrio.

    10, p.59.

    30

    ntado graficamente

    (cv x Q + CF) num

    ida.

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    2.6 Despesas

    Para Bornia (2010), despesa o valor dos insumos consumidos para o fun-

    cionamento da empresa e no identificados com a fabricao, sendo assim esto

    relacionados em Administrao Comercial e Financeira.

    De acordo com Junior, Oliveira e Costa (2012), a empresa tem despesas para

    gerar receitas e no para produzir seus bens e servios e tambm na manuteno

    dos negcios da empresa.

    2.6.1 Diferena entre custo e despesa

    Segundo Bornia (2010), a diferenciao entre custos e despesas especial-

    mente importante na empresa, pois os custos so assimilados aos produtos ( esto-

    ques ), ao passo que as despesas so lanadas diretamente na Demonstrao do

    Resultado do Exerccio.

    2.7 Subprodutos

    Segundo Crepaldi (2010), os subprodutos surgem durante a produo normal,

    mas eles no so produtos normais. Porm sua participao baixa no faturamento

    total da empresa. Exemplo: sobras de Matria-prima. As caractersticas principais

    dos subprodutos so: valor de venda; vendas normais e a baixa relevncia dentro do

    faturamento total.

    Conforme Leone (2012), os subprodutos um produto secundrio, obtido no

    curso da fabricao, assim tendo um valor relativo pequeno comparado aos produtosnormais.

    2.8 Matria-Prima

    Para Junior, Oliveira e Costa (2012), matria-prima um dos primeiros cus-

    tos conhecidos de produo. Quase sempre so custos diretos, ou seja, facilmente

    identificveis para cada produto ou para cada departamento produtivo.

    Conforme Crepaldi (2010), as matrias-primas, que so custos diretos no

    processo de fabricao ser apropriado aos produtos pelo seu custo de aquisio.

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    Quando a empresa adquire um material direto, a ser usado na fabricao de produ-

    tos, se os impostos (IPI e ICMS) so recuperveis, na escrita fiscal, eles so deduzi-

    dos do valor total da nota fiscal de compra. Se no so recuperveis, passam a fazer

    parte do custo do material.

    Segundo Bornia (2010), os custos de matria-prima (MP) esto diretamente

    ligados ao produto que podem ser separados em unidades fsicas especficas.

    2.9 Mo de obra direta

    Segundo Crepaldi (2010), mo de obra direta aquela empregada diretamen-

    te na produo. Integram ao custo: os salrios e encargos sociais.Conforme Junior, Oliveira e Costa (2012), a mo de obra direta o trabalho

    que est ligado diretamente na fabricao dos produtos, ou na prestao de servi-

    os. Exemplificando na empresa, objeto de estudo, mo de obra direta composta

    dos gastos incorridos com salrios e encargos de funcionrios que atuam diretamen-

    te no processo produtivo e so responsveis por fazer as massas, montagem, e a-

    cabamento dos salgados.

    Conforme Bornia (2010), os custos de mo de obra direta so todos os liga-dos diretamente com a produo do produto, sendo assim, representam o salrio

    dos operrios diretamente envolvidos. Os funcionrios que no trabalham diretamen-

    te com a fabricao conciliam a mo de obra indireta.

    2.8.1 Mo de obra indireta

    Segundo Crepaldi (2010), a mo de obra indireta na admisso, o funcionrio registrado no departamento em que ir desenvolver suas atividades; dessa forma, os

    desembolsos com a folha de pagamento j vm contabilizados por departamento.

    Conforme Junior, Oliveira e Costa (2012), a mo de obra indireta represen-

    tada pelo trabalho realizado nos departamentos auxiliares da empresa ou

    prestadoras de servios e que no so mensurveis em nenhum produto, como

    gastos com pessoal responsvel pela manuteno dos equipamentos, pelo planeja-

    mento e controle da produo, pela superviso da produo dos diversos produtos

    etc.

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    Segundo Crepaldi (2010), quando se consegue medir o tempo de produo

    de cada produto por meio de controles, ento a mo de obra direta, se no se

    consegue e se tem de utilizar de qualquer critrio de rateio para apropriar a mo de

    obra aos produtos, ento ela Mo de obra Indireta.

    2.10 Mtodos de Custeio

    Segundo Bornia (2010), outro meio de necessidade da empresa o mtodo

    de custeio, pois um processo tambm de objetivos do sistema que diz respeito

    sua parte operacional, analisando o funcionamento da empresa, a qual pode ser vis-

    ta como um processo que transforma insumos em produtos.

    Figura 9 - Empresa vista como um processo.

    Insumos

    (Custos)

    Fonte: Bornia, 2010, p.31.

    Existem dois mtodos bsicos de custeio: Custeio por Absoro e Custeio

    Varivel ou Direto, e eles podem ser usados com qualquer Sistema de Acumulao

    de Custos.(CREPALDI, 2010, p. 228),

    Custeio ou custear so mtodos de apurao de custos, so maneiras as

    quais efetuam a ao ou efeito de acumular a apurao dos custos. Mtodo de cus-teio o mtodo usado para a apropriao de custos.

    2.10.1 Custeio por absoro

    Custeio por absoro o mtodo derivado da aplicao dos princpios fun-

    damentais de contabilidade e , no Brasil, adotado pele legislao comercial e pela

    legislao fiscal. (CREPALDI,2010, p. 229)

    Processo

    Produtivo

    Produtos

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    Custeio por absoro so todos os custos de produo que so apropriados

    aos produtos do perodo. Os gastos que no pertencem ao processo produtivo, co-

    mo as despesas que so excludas.

    Figura 10 Passos da contabilidade de custos:

    Fonte: Crepaldi, 2010, p. 230

    2.10.2 Custeio direto ou varivel

    Custeio direto um tipo de custeamento que considera como custo de pro-

    duo de um perodo apenas os custos variveis incorridos, desprezando os custos

    fixos. (CREPALDI,2010,p.232)

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    A expresso custos variveis representam todos os custos que so propor-

    cionais ao volume da produo, isto , eles variam conforme a razo direta dos au-

    mentos ou redues das quantidades produzidas. Esse tipo de custeio direto no

    aceito pelos princpios fundamentais de contabilidade, e tambm no aceito pelas

    autoridades fiscais, sua utilizao limitada contabilidade para efeitos internos da

    empresa.

    2.10.3 Custeio Baseado em Atividades: ABC

    O surgimento do custo ABC est ligado administrao cientfica que usou

    para seu desenvolvimento o estudo dos tempos e movimentos que eram observados

    diretamente das atividades desempenhadas pelos operrios da poca.

    (CREPALDI,2010,p.231)

    Conforme Bornia (2010), no incio da dcada de 80 com tanta globalizao,

    as empresas no estavam sobrevivendo apenas com o mtodo (clculo dos custos),

    elas necessitavam tambm de princpio (quais informaes so obtidas e para que

    so utilizadas), foi nesta poca que surgiu a implantao ABC, com o objetivo de

    melhoria dos processos e reduo de desperdcios.Para Junior, Oliveira e Costa (2012), nesta dcada do custeio ABC, as em-

    presas foram foradas a adaptar um novo ambiente de produo. Pois, com a ne-

    cessidade de modernizao para enfrentar a concorrncia, ocorreram grandes in-

    vestimentos na automao e informatizao dos processos produtivos. Assim, a par-

    ticipao da mo de obra foi reduzida, substituda por mquinas e robs.

    2.11 Produto em Processo

    Segundo Junior, Oliveira e Costa (2012), para sobreviver no mercado atual

    globalizado e competitivo, a empresa precisa direcionar seus esforos para satisfa-

    zer seus clientes de forma completa. Nesse cenrio, destacam-se as empresas que

    aplicam a filosofia de excelncia empresarial. Para isso necessrio que possuam

    cinco dimenses competitivas, como segue:

    Preo: num mercado de livre concorrncia, o consumidor define o melhor

    preo analisando o bem ou servio. A empresa define seus preos de venda

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    em funo do tipo de consumidor que deseja atingir e a parcela de mercado

    que deseja ocupar.

    Qualidade: a qualidade do produto ou servio prestado constitui elemento

    fundamental no sucesso.

    Confiabilidade: condies de garantia, segurana e cumprimento de prazo

    de entrega.

    Produzir em massa: grandes lotes de produo e pouca diversificao de

    produtos, possibilitando maior diluio de custos fixos e de setup.

    Flexibilidade: disposio e agilidade para mudanas possibilitam satisfazer

    rapidamente as novas necessidades dos clientes e do mercado.

    No processo de globalizao da economia, a empresa que deseja competir e

    participar desse mercado, precisa estar apta para isso. So as chamadas manufatu-

    radoras de classe mundial. A empresa reconhecida mundialmente pela qualidade

    de seus produtos e pela eficincia e eficcia de sugesto.

    Para se enquadrar nessa classificao, as empresas devem possuir algumas

    caractersticas, como:

    Forte conjunto de crenas e valores: o modo de pensar e de agir do propri-

    etrio so fatores fundamentais para caracterizar o modo como a empresa vaiconduzir suas operaes e se relacionar com seus funcionrios, fornecedores

    e clientes.

    Filosofia prpria da empresa: a empresa em conformidade com suas cren-

    as e valores define sua filosofia, isto , seu modo de operao e formula sua

    misso e propsitos bsicos.

    Contnuo aperfeioamento: sempre est buscando o melhoramento, os

    programas de qualidade so desenvolvidos e acompanhados de forma per-manente.

    Eliminao de desperdcios: para oferecer seus produtos a preos competi-

    tivos e com qualidade perante o mercado, necessrio eliminar gastos que

    no contribuam para a melhoria do produto.

    Conforme Bornia (2010), o conhecimento do processo da produo da em-

    presa possibilita, ainda, o acompanhamento da produo com uso de medidas fsi-

    cas. Trs indicadores que podem ser utilizados para essa finalidade so: eficincia,eficcia e produtividade horria.

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    A eficincia representa o nvel de produo alcanado (em UEPs) em compa-

    rao com a produo que seria normalmente conseguida no expediente:

    A eficcia est ligada diretamente excelncia do trabalho, e calculada re-

    lacionando-se a produo obtida com a produo que teoricamente se deveria obter

    no perodo realmente trabalhado:

    A produtividade horria a produo do perodo dividida pelo tempo de traba-

    lho:

    Observa-se que uma das caractersticas mais importantes da empresa mo-

    derna a constante busca pela melhoria de seus produtos e processos. Sendo as-

    sim, os postos operativos esto continuamente se modificando.

    2.11.1 Produto acabado

    Antes do lanamento de qualquer produto realizado um teste, para testar oproduto e fazer os ajustes iniciais. Isso implica construir prottipos do produto para

    que os clientes possam ver, tocar, experimentar, ou seja, executar a degustao,

    emitir sua opinio e apresentar sugestes. Os produtos acabados podem ser classi-

    ficados em: bens no durveis, bens durveis, servios, etc..

    Bens no durveis: desaparece ou no existe mais aps o uso. Exemplo: a-

    limentos, etc.

    Bens durveis: duram aps muito tempo. Exemplo: carro, celular, computa-dor.

    Eficincia= Produo realCapacidade normal

    Eficcia= Produo real

    Capacidade utilizada

    Produtividade= Produo real

    Horas trabalhadas

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    Bens de uso especial: aqueles que tm caractersticas nicas. Exemplo:

    joias.

    Bens de compra comparada: aqueles que exigem esforos do consumidor,

    no sentido de comparar qualidade e preo. Exemplo: roupas, mveis.

    Bens de convenincia: adquiridos com frequncia e cuja comparao no

    exige muitos esforos. Exemplos: cigarros, creme dental.

    Servios: atividades e benefcios colocados venda e que no ocorre trans-

    ferncia de propriedades. Exemplo; consertos, entrega de jornais etc.

    Na formao do preo do produto acabado, na qual necessria a posio

    da empresa no que diz respeito a seu faturamento e rentabilidade, precisa ser consi-

    derada a sua participao no mercado. No existem apenas teorias que indiquem

    qual a melhor maneira para se determinar o preo de venda de um produto, mas

    todos os fatores citados anteriormente devem ser considerados.

    2.11.2 Custo do produto vendido

    Segundo Leone (2012), para fabricar um determinado produto, h muitas fa-

    ses, vrios departamentos, como: pessoal, materiais, equipamentos, instalaes eorganizao que constituem os recursos necessrios para a produo. O consumo

    desses recursos, traduzido em unidades monetrias, d a medida dos custos e das

    despesas. Na empresa, objeto deste estudo, para que funcione um dos departa-

    mentos, por exemplo, a administrao (A), necessria a utilizao de pessoas, de

    materiais, de instalaes e de organizao, e essa utilizao no gratuita, custa

    dinheiro, envolve os departamentos B,C,D,E,F conforme a figura abaixo:

    Figura 11 Vista area do buf.

    Fonte: Elaborada pela autora (2013)

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    A frmula do custo dos produtos vendidos :

    Onde

    CPV = Custo dos Produtos Vendidos

    EI = Estoque Inicial

    In = Insumos (matrias-primas, materiais de embalagem e outras) aplicados nos

    produtos vendidos.

    MO = Mo de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos

    GGF = Gastos Gerais de Fabricao (aluguis, energia, depreciaes, mo de obra

    indireta, etc.) aplicada nos produtos vendidos.

    EF = Estoque Final (inventrio final)

    A composio dos custos de produo: est no 1 do art. 13 do Decreto-Lei

    1.598/77 que dispe que o custo de produo dos bens ou servios vendidos com-

    preende, obrigatoriamente:

    O custo de aquisio de matrias-primas e quaisquer outros bens ou servios

    aplicados ou consumidos na produo, observado o disposto neste artigo;

    O custo do pessoal aplicado na produo, inclusive de superviso direta,

    manuteno e guarda das instalaes de produo;

    Os encargos de exausto dos recursos naturais utilizados na produo;

    Os encargos de amortizao diretamente relacionados com a produo;

    Os custos de locao, manuteno e reparo e os encargos de depreciao

    dos bens aplicados na produo.

    2.11.3 Apurao de custos para tomada de deciso

    Segundo Bornia (2010), as informaes geradas pelo sistema de custos tm

    como objetivo auxiliar na tomada de decises da empresa. Pois as mesmas infor-

    maes que auxiliam no controle podem fornecer importante ajuda para o processo

    de planejamento da empresa. Alm disso, decises como terceirizao de produtos,

    retirada de produtos do mercado e compra de equipamentos, entre muitos outros,

    encontram grande apoio nas informaes de custos.

    CPV = ! " #!n " $% " &&'( ) '

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    Custos definidos em relao tomada de decises: custos incrementais, cus-

    tos de oportunidade, custos evitveis e no evitveis, custos relevantes, custos em-

    patados.

    A margem de contribuio o montante da receita diminudo dos custos vari-

    veis. A anlise de custo volume lucro est extremamente relacionada aos con-

    ceitos de margem de contribuio marginal e razo de contribuio.

    A margem de contribuio unitria o preo de venda menos os custos vari-

    veis unitrios:

    Um dos maiores interesses das empresas quando praticam qualquer tipo de

    controle de estoques est relacionado a custos. Por saberem que grande parte do

    capital est investida em seus estoques, que se percebe a necessidade de que

    eles sejam bem controlados, e que seus custos devem ser conhecidos pela empre-

    sa. Essas informaes, quando certas e bem esclarecidas, auxiliam na tomada de

    deciso evitando ou diminuindo o risco de grandes somas de dinheiro empacado nas

    prateleiras dos estoques.

    Martins e Alt (2000), classificam em trs categorias os custos para se manter

    estoques:

    a) Custos diretamente proporcionais ao estoque: quando a quantidade mdia

    estocada faz os custos aumentarem. Tambm quanto mais estocados mais

    espao se faz necessrio e os custos continuam aumentando

    b) Custos inversamente proporcionais aos estoques: so os custos que

    diminuem devido a uma produo maior, que faz com que os custos sejam

    diludos pela quantidade total ou tambm pode-se usar o exemplo do setor

    compras que num determinado momento pode optar por comprar uma

    quantidade maior para aproveitar uma promoo;

    c) Independentemente da quantidade estocada: so valores fixos que

    independentemente do nvel dos estoques tm de ser pagos pela empresa,

    como um aluguel de galpo, por exemplo.

    $ar*e+ de Contri,uio -nitria = Preo .e Venda / Custos e .esesas Variveis -nitrios

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    3 METODOLOGIA CIENTFICA

    A metodologia tem por objetivo demonstrar os caminhos cientficos utilizados

    para alcanar os resultados atravs de vrios tipos de pesquisa.

    De acordo com Vergara (2000), o leitor deve ser informado sobre os proce-

    dimentos seguidos e pesquisados na realizao da pesquisa, sua conceituao e

    justificativa luz da investigao especfica.

    Tambm seu objetivo apresentar conceitos e exemplos sobre populao,

    amostra e seleo dos sujeitos.

    3.1 Pesquisa Aplicada

    De acordo com Vergara (2000), a pesquisa aplicada se refere procura moti-

    vada pela necessidade de resolver problemas concretos e melhores decises. Sen-

    do assim, portanto, tem finalidade prtica.

    3.2 Pesquisa Explicativa

    O trabalho tambm se refere pesquisa explicativa, pois procura entender de

    fato os fatores que levam a determinado procedimento.

    Para Gil (2007), a pesquisa explicativa procura encontrar informaes que

    expliquem algum fato ou circunstncia, determinando os motivos que apontam para

    o resultado em questo.

    3.3 Quanto aos Meios

    Atravs de consulta em materiais diversos, realiza-se o trabalho balizando-se

    em materiais j publicados anteriormente de forma secundria. Diversas fontes fo-

    ram utilizadas, constitudas principalmente de livros e artigos cientficos, para o a-

    primoramento do trabalho em si.

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    3.3.1 Estudo de caso

    Segundo Gil (2007), o estudo de caso se d quando a pesquisa realizada

    sem limites concretos na definio de qualquer processo ou objeto dentro da empre-

    sa.

    3.3.2 Etapas da pesquisa participante

    Ainda de acordo com Gil (2007), uma vez que no se limita apenas ao pes-

    quisar, ou seja, mais etapas esto envolvidas na pesquisa, como: montagem institu-

    cional; estudo preliminar e provisrio da regio e da populao pesquisadas; anlisecrtica dos problemas e programao e aplicao de um plano de ao.

    3.4 Quanto Abordagem do Problema

    3.4.1 Pesquisa quantitativa

    Basicamente, a pesquisa quantitativa aquela que procura a avaliao des-critiva e exploratria atravs de uma pesquisa bibliogrfica e documental. Segundo

    Roesh (1999), a avaliao nada mais que uma verificao de diferenas em de-

    terminadas situaes.

    A pesquisa exploratria, segundo Acevedo (2006), objetiva proporcionar

    maior entendimento dos dados investigados, permitindo que se delineie mais preci-

    samente o problema.

    3.4.2 Coleta de dados

    De acordo com Vergara (2000), na coleta de dados, o leitor deve ser

    informado como se pretende observar para obter os dados de pesquisa de que se

    precisa para solucionar ao problema. Deve-se, portanto, correlacionar os objetivos

    aos meios para alcan-los, bem como justificar a adequao de um a outro. Exis-

    tem vrios meios para a coleta de dados como: formulao de questes, pesquisa

    de campo, por exemplo. Esses meios podem ser a observao, o questionrio, o

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    formulrio e a entrevista, os dados podem ser coletados tambm por meio de tcni-

    cas interativas, como os workshops, por exemplo.

    Foi repassado para a equipe todo o funcionamento, histrico e aplicao da

    ferramenta de custos e alguns casos de sucesso e a viabilidade em outras empre-

    sas, a fim de que todos os participantes conheam esta ferramenta e no fiquem

    com nenhum tipo de dvida sobre o assunto abordado.

    Para se ter todas as informaes necessrias, foi disponibilizada uma planilha

    excelna empresa desde primeiro de abril, na qual todas as informaes seriam ob-

    servadas e os resultados compilados dariam o resultado dos custos das festas que

    so realizadas pela empresa. Assim, nessa anlise tambm possvel medir as me-

    lhores decises.

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    4. ANLISE DOS DADOS

    A coleta dos dados para realizao deste trabalho foi por pesquisa, realizada

    atravs de estudos feitos de livros, teses, dissertaes, trabalho de campo e

    tambm em planilhas implantadas na empresa, priorizaram-se solues viveis para

    o trabalho ajudar a empresa no seu objetivo.

    4.1 Gesto de Custos

    A gesto de custos uma atividade que se assemelha a um centro

    processador de informaes, que recebe ou obtm dados, que mede, registra e rela-ta, produzindo informaes de custos para os diversos nveis gerenciais. Sendo as-

    sim, os custos so classificados quanto fonte de compras e prestao de servios

    da empresa.

    4.2 Apurao dos Custos

    Com a apurao dos custos no Buffet Iracema, inicialmente, apresentam-seas finalidades: classificar, registrar, alocar, organizar e relatar custos correntes. Ob-

    serva-se no quadro abaixo, a descrio detalhada que identifica as etapas que

    compem as compras de insumos consumidos em um processo de produo.

    Tabela 1- Etapas que compem as compras feitas atualmente

    Fonte: Elaborado pela autora, 2013

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    Observa-se na tabela acima, que as etapas que compem o processo de

    compras realizado manualmente, entretanto esse processo no deve ser mais

    utilizado. O que ocorre em grandes empresas, por exemplo, a implantao de um

    sistema informatizado, cientificando-se da entrada, sada e sobra de materiais dos

    eventos j realizados.

    4.3 Insumos no Buffet Iracema

    Os insumos no Buffet Iracemarepresentam o incio da cadeia produtiva dos

    servios de um evento. Os eventos exigem que nenhum detalhe seja esquecido,

    pois o momento sonhado pelo cliente no pode virar pesadelo. Logo, uma ativida-de que requer planejamento compartilhado com clientes e com execuo impecvel

    pela empresa. Realizar eventos especiais envolve uma srie de itens, seja o tema

    da festa, a produo do ambiente, as atividades de entretenimento para os convida-

    dos, as guloseimas, o prato de entrada, o prato de sada, as bebidas, os coquetis

    etc.

    A empreendedora deve decidir entre uma grande variedade de especializa-

    es com as caractersticas da clientela, tais como, festas infantis, festas teens, e-ventos para empresas, formaturas, recepes etc.

    Tabela 2 Insumos consumidos em processo de produo no ms de junho

    Fonte: Elaborado pela autora,2013

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    Extrai-se da tabela 2 um elevado custo dos insumos, pois, no existe um sis-

    tema de oramento com o qual se compra os insumos. Percebe-se que, existe gran-

    de compra de mercadorias, no existindo um padro a ser adotado. A partir do mo-

    mento que existe compra de mercadorias frequentemente, o caminho adotado no

    mercado de quem trabalha assim, atravs de oramentos. Assim, a empresa tem a

    oportunidade de adquirir produtos pelo menor preo e ainda com qualidade.

    4.4 Mo de Obra Direta e Indireta

    A mo de obra a denominao do trabalho manual empregado geralmente

    em produo de empresas, indstrias, comrcios etc. Entretanto pode ser apropria-

    da em bens ou servios.

    A mo de obra pode ser dividida em mo de obra direta, que quando est

    ligada diretamente produo, como cozinheiras, garons, supervisores etc. E a

    mo de obra indireta quando no est ligada diretamente produo, como auxili-

    ar de limpeza, secretria, motorista etc.

    Tabela 3 Mo de obra direta

    Fonte: Elaborado pela autora, 2013

    Tabela 4 Mo de obra indireta

    Fonte: Elaborado pela autora,2013

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    Conforme as tabelas acima, a empresa tem um custo muito alto com mo de

    obra, pois ela tem um funcionrio para determinada funo. No mercado atualmente,

    com aperfeioamento das organizaes, observa-se que no existe tanta mo de

    obra, pois foram e so substitudas por maquinrio com o qual se pode garantir o

    aumento da produo e reduo dos custos.

    4.5 Rateios dos Custos Indiretos dos Departamentos Auxiliares para os Depar-

    tamentos Produtivos

    Os custos dos departamentos auxiliares so apropriados primeiramente aos

    custos dos departamentos produtivos e depois ao departamento administrativo.Sendo assim, custos indiretos aquele custo que no pode ser apropriado direta-

    mente a cada tipo de produto ou funo de custo no momento de sua ocorrncia. Os

    custos indiretos so apropriados aos portadores finais mediante o emprego de crit-

    rios pr-determinados e vinculados s causas correspondentes. Necessitam de ta-

    xas, critrios de rateio ou parmetros para atribuio ao objeto custeado.

    Tabela 5 Mapa de rateio dos custos indiretos

    Fonte: Elaborado pela autora, 2013

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    Diante do contexto apresentando na tabela acima, verificam-se os custos dis-

    criminados da empresa Buffet Iracema - desde a manuteno at aos impostos.

    Dessa forma, foi realizado o rateio dos custos indiretos de 25% (vinte e cinco por

    cento) para a rea administrativa e 75%(setenta e cinco por cento) para a produo.

    Pode-se dizer que esse rateio subjetivo, isso , podendo apresentar distores ou

    impactos desfavorveis aos custos de alguns produtos relacionados acima.

    4.6. Depreciao

    A depreciao a perda do valor dos bens em funo do seu uso em relao

    sua vida til, ou seja, do prazo de utilizao pela empresa, levando-se em conta operodo em que ele pode proporcionar a gerao de benefcios. Perda do valor de

    um bem em funo do seu uso. (Ricardo Lucio Santos Silva 19/08/2013, Par de

    Minas/MG.)

    Tabela 6 Depreciao

    Fonte: Elaborado pela autora, 2013

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    Como foi visualizado na tabela acima, foram discriminados todos os bens na

    empresa, com preo de mercado, vida til, e o valor residual. Para encontrar o valor

    depreciado, colocou-se o valor do bem, subtrado pelo valor residual, assim o valor

    da depreciao mensal foi dividido pelo tempo de vida utilizado por 12 meses. Hoje

    se observa que empresas do mesmo porte, equipadas com maquinrios industriais

    modernos, ganham mais tempo e maior lucro.

    4.7 Custo Total de Produo

    O custo total de produo o verdadeiro custo que tem o material que chega

    do fornecedor e transformado em produto acabado. o custo necessrio para asfinalidades de controle, planejamento e tomada de decises, composto apenas

    dos insumos, custos de mo de obra direta e dos custos indiretos de fabricao.

    Tabela 7 Custo total de produo

    Fonte: Elaborado pela autora, 2013

    A tabela acima apresenta a importncia de R$ 117.945,35 (cento e dezessete

    mil, novecentos e quarenta e cinco reais e trinta e cinco centavos), como custo total

    de produo do buf mensal. Assim, conclu-se que so gastos totais com os in-

    sumos, mo de obra direta e os custos indiretos de produo.

    4.8. Despesas

    As despesas esto relacionadas aos valores gastos tanto com a estrutura

    administrativa como com a comercial da empresa.

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    Tabela 8 Despesas mensais

    Fonte: Elaborado pela autora, 2013

    As despesas mensais da empresa apresentadas na tabela foram todas cole-

    tadas atravs de planilhas implantadas no escritrio do Buffet, assim, possibilitando

    que todas as boletas e promissrias que eram pagas fossem sendo registradas. Ob-

    serva-se que, existem despesas fixas: servio de segurana, telefones, contador,

    impostos, grfica e tambm cursos, que a prpria empresaria faz durante o ano para

    aperfeioamento das suas culinrias e administrao. Sendo assim, foram coletados

    todos os valores gastos com os cursos de capacitao realizados pela administrado-

    ra juntamente com os colaboradores da empresa, chegando ao final a uma mdia do

    custo com cursos.

    Observam-se, tambm na tabela acima, as despesas do custo indireto, pois

    foi coletado o total de cada custo, assim, calhou a diviso da empresa em suas duas

    partes distintas produo e administrao de acordo com as atividades em cada

    rea. exposta acima a rea de administrao. Nesse departamento no ocorre

    uma ao direta sobre produtos acabados. Mas existem sim, as despesas, que,

    mesmo ocorrendo flexibilidade da produo, elas permanecem.

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    4.9 Receitas

    Receita a renda apurada na empresa, proveniente de venda de produtos ena prestao de servio.

    Tabela 9 -Receita no ms junho

    Fonte: Elaborado pela autora,2013

    O Buffet Iracemarealiza eventos na cidade de Par de Minas e demais regi-

    es, conforme se pode verificar na tabela acima. Sendo assim, no ms de junho foi

    desenvolvida uma planilha e implantada no escritrio da empresa, para apurao

    das receitas mensais.

    4.10 Apurao do Resultado Mensal

    As apuraes do Resultado Contbil de cada empresa podem ser mostradas

    como uma relao simples, depois que todas as informaes necessrias foram co-

    letadas. O lucro lquido a Receita total mensal do ms, menos os custos totais.

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    Tabela 10 -Apurao do Resultado Mensal

    Fonte: Elaborado pela autora, 2013

    A tabela acima expe imposto simples nacional, a contabilidade calcula 6%

    nas notas fiscais e todas as planilhas apresentadas anteriormente no presente traba-

    lho, nas quais foram coletados minuciosamente todos os dados (custos) da empresa

    necessrios para apurao do lucro lquido da empresa no ms de junho.

    4.11 Anlise para Tomadas de Decises

    Segundo Martins,

    devido ao crescimento das empresas, com o consequente aumento da dis-tncia entre administrador e ativos e pessoas administradas, passou a Con-tabilidade de Custos a ser encarada como uma eficiente forma de auxlio nodesempenho dessa nova misso, a gerencial.(MARTINS,2010,p.21)

    Uma deciso fazer ou comprar no qualquer deciso da empresa para ad-

    quirir um produto ou servio interna ou externamente. Bufs geralmente servem pro-

    dutos ou servios que podem ser preparados na prpria empresa, mas que podemtambm ser adquiridos de terceiros. A deciso vai depender de fontes externas para

    o fornecimento de quantidade do produto ou servio, envolve a considerao no

    somente de custos diferenciados, mas tambm de outros fatores no quantitativos,

    como confiabilidade do fornecedor e controle de qualidade.

    4.11.1 Margem de contribuio

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    Conforme Junior, Oliveira e Costa (2012, p.207), um controle de extrema

    importncia para o custeio varivel e para tomada de decises gerenciais. Em ter-

    mos de produto, a margem de contribuio a diferena entre o preo de venda e a

    soma dos custos e despesas direta (ou varivel).

    A margem de contribuio a quantia com que as unidades vendidas contri-

    buem primeiro para cobrir os custos fixos e depois para gerar lucro operacional. s

    vezes, considerada por seu valor por unidade, e outras vezes, por seu valor total.

    O trabalho do contador de custos definir, sempre considerando os recursos da

    empresa e suas exigncias por informaes, quais os segmentos que so estabele-

    cidos para analisar a atividade comercial.

    A margem de contribuio unitria dada pela frmula:

    MC = PV ( CV + DV )

    Onde

    MC = margem de contribuio;

    PV = preo de venda;

    CV = soma dos custos variveis ( ou direto);

    DV = soma das despesas variveis ( ou direto).Na empresa, aplicando-se a frmula, tem-se a margem de contribuio de

    R$ 56.190,53 como segue:

    MC = 173.164,00 (27.666,240 + 56.844,00 + 32.463,23) = 56.190,53

    Razo de Contribuio = Margem de Contribuio Unitria/Preo

    RC = 56.190,53173.164,00

    RC = 32,45 Porm em termos percentuais

    A margem de contribuio indica quanto que determinado produto est contri-

    buindo para suportar os custos e despesas fixas e assim tem sua consequente influ-

    ncia no lucro. Esse mtodo incorpora que o aumento da produo aumenta apenas

    os custos variveis, e no influencia os custos fixos aos produtos ou servios, assim

    facilita o processo de tomada de deciso, pois desde que tenha capacidade a pro-

    duo pode aumentar.

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    tomada de deciso, pois se pode negociar preos ou melhor criar um nvel de

    controladoria dos custos operacionais variveis e fixos?

    5 CONCLUSO

    O trabalho realizado evidenciou a necessidade da apurao dos custos con-

    tbeis do BuffetIracema, pois, de incio foi evidenciado na pesquisa de campo que a

    empresa no possua ferramentas de controle com objetivo de prever obteno de

    lucro ou prejuzo de cada evento realizado, ficando dessa forma, sem saber qual foio resultado contbil de cada festa realizada.

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    Sendo assim, foram desenvolvidas diversas planilhas que posteriormente fo-

    ram aplicadas na administrao da empresa, apontando todas as ocorrncias cont-

    beis com relao aos custos de insumos, mo de obra, custos indiretos, deprecia-

    o, despesas ocorridas no dia a dia durante um ms. Com o decorrer da pesquisa,

    novos mtodos de controladoria de avaliao foram apresentados, visando a resul-

    tados com menores custos e maiores lucros.

    Aps a apurao do resultado de um perodo determinado (um ms) no

    Buffet Iracema, realizou-se a apurao de todos os custos na parte operacional e as

    despesas da administrao, subtraindo pela receita da empresa, alcanando um re-

    sultado final de apenas nove por cento (9%).

    Dessa maneira, conforme levantamentos de dados contbeis realizados, apu-rou-se, no fechamento do perodo pesquisado, um lucro insatisfatrio, por se tratar

    de uma empresa de prestao de servios de grande porte. Todas essas ferramen-

    tas desenvolvidas, aplicadas e analisadas na empresa, tm o escopo de auxiliar no

    processo de tomada de deciso. Pois se a empresa produz e vende mais de um

    produto, a diversidade de vendas um fator pondervel de influncia no ponto de

    equilbrio, em virtude das diferentes margens de lucro de cada um dos seus eventos.

    5.1 Sugestes para Empresa

    Determinar a funo de verificao de sobras para uma determinada funcio-

    nria;

    Verificar e aplicar um sistema para oramentos, e assim existirem fornecedo-

    res fixos com menor preo;

    Diminuir o custo em mo de obra, sendo assim investindo em maquinrio,

    com o qual se vai ter um aumento de produo, reduo dos custos com

    mo de obra e um lucro maior;

    Adquirir um terreno prprio, isso vai gerar mais um investimento e custo a

    menos: aluguel;

    Avaliar os custos de cada tipo de evento, pois assim prev-se um lucro

    maior ou at mesmo um prejuzo;

    Coletar todas as informaes necessrias e fazer uma controladoria, para ter

    as melhores decises;

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    Contratar um administrador ou funcionrio neste nvel para fornecer condi-

    es de anlise para a direo da empresa, a partir de qual quantidade de

    vendas pode-se negociar o preo, objetivando aumentar as vendas e assim

    gerar melhores resultados do lucro lquido.

    5.2 Limitaes do Trabalho

    Livros voltados mais para produtos industrializados do que para alimentcios;

    Impossibilidade de avaliar alguns custos mais detalhadamente;

    No existia nenhum controle dos gastos, despesas e custos na empresa.

    5.3 Sugestes para Trabalhos Futuros

    As sugestes para trabalhos futuros a necessidade de dimensionar a ne-

    cessidade dos custos de cada produto da empresa, visando, prioridade para melho-

    res decises, importncia de um gestor financeiro.

    REFERNCIAS

    Acevedo,C. R.; NOHARA, J. J. Monografia no curso de Administrao. SoPaulo: Atlas, 2006.

    BORNIA, A.C; Anlise gerencial de custos. 3 Ed., So Paulo: Atlas 2010.

    CREPALDI, S. A.; Curso bsico de contabilidade de custos. 5 ed., So Paulo:Atlas 2010.

    GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa.5. ed. So Paulo: Atlas, 2010.

    JUNIOR, J. H. P.; OLIVEIRA, L. M.; COSTA, R. G. Gesto estratgica de custos.8 Ed., So Paulo: Atlas 2012.

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