mundo do trabalho - parte 2
TRANSCRIPT
Modo de Produção FeudalContextualizando...
O feudalismo tem suas origens no século IV (anos 300.) a partir das invasões germânicas (bárbaras) ao Império Romano do Ocidente (Europa).
Processo de ruralização: população (nobres e servos) migra para o campo. Cidades (aglomerações urbanas) são desabitadas quase que completamente. Consequentemente o comércio, realizado nas cidades, é reduzido ou interrompido pela violência.
Poder descentralizado: cada feudo era governado pelo seu senhor feudal.
A terra torna-se portanto o principal meio de produção.
Produção voltada para a subsistência: a finalidade principal é a sobrevivência do agricultor e de sua família, não para a venda dos produtos excedentes.
O Senhor Feudal exigia dos camponeses o trabalho braçal destes na terra, em troca dava-lhes proteção e a ocupação da terra; cobrava taxas sobre o uso de estradas, feiras e mercados.
Possuía também os meios de produção (oficinas e equipamentos, como moinhos, forno etc.) mesmo estes sendo construídos pelos próprios servos.
Os membros do alto clero da Igreja Católica eram os maiores proprietários de terras.
•Poder ideológico: Controlando a fé, a Igreja normatizava os costumes, a produção cultural, o comportamento e, sobretudo, a ordem social. Aqueles que se desviavam de suas normas eram rigorosamente punidos. Sua influência também se fazia sentir na política, ao sagrar reis e legitimar o poder dos senhores feudais.
Paralelamente ao mundo rural, nas cidades as principais atividades econômicas, mesmo que num primeiro momento escassas, eram o comércio e o artesanato, praticadas por habitantes livres.
Tais cidades eram chamados burgos, e seus habitantes, burgueses.
Corporações de Ofício: relação de trabalho altamente hierárquica (mestre e aprendiz); alto controle da técnica de produção de mercadorias.Os meios de produção (ferramentas e matérias primas) eram de propriedade dos próprios mestres.O comércio proporcionou uma
fonte de riqueza que não depende mais diretamente da propriedade da terra. Esta burguesia, com o passar do tempo, foi se enriquecendo cada vez mais, desfrutando de um certo grau de independência dos poderes feudais e da corte dos reis.
Modo de Produção Capitalista: Manufatura
Os mais bem-sucedidos entre tais comerciantes (classe dominante dos burgos – os burgueses) empregavam trabalhadores (artesãos, carregadores, marinheiros, artistas, criados domésticos, etc.) e aos poucos se estabelece uma hierarquia baseada no dinheiro e um mercado onde os produtos podem ser vendidos e comprados por dinheiro.
Pré condição à Manufatura: o comerciante podia comprar todas as mercadorias, e também o trabalho humano como mercadoria.
O trabalho torna-se uma mercadoria: Trabalhador livre para vender sua força de trabalho
Em relação ao trabalhador:
• Torna-se, progressivamente, acessório dessa ''máquina cujas as partes são seres humanos‘’;
• Tem de se adaptar as condições e ao ritmo que a produção em conjunto lhe impõe;
• Com o tempo o operário quase não precisa mais raciocinar, já que, as operações tornam-se mais rápidas e regulares com o tempo, ou seja, praticamente automáticas.
• A Execução do trabalho ainda permanece artesanal, pois, todo o processo depende do trabalhador parcial e de sua habilidade individual.
• O processo de produção consiste na divisão das diversas operações parciais da atividade artesanal.
A progressiva divisão e especificação do trabalho, causam a especialização do trabalhador e também a melhoria e particularização dos instrumentos de trabalho.
Modo de Produção Capitalista: Maquinofatura
Separação entre o trabalho intelectual e manual ainda mais intensificada. Conhecimento técnico/científico aplicado à produção de bens – Máquinas. (Revolução Industrial)
Forças intelectuais do processo de produção entendidas como propriedade alheia - separada do trabalhador, e poder que o domina.
• Máquina domina o operário.
• Patrão (o capitalista) comanda o funcionamento da máquina, logo, comanda o ritmo da produção.
• Aumento de produtividade material, em menor tempo e com maior quantidade de trabalho feita por um menor número de trabalhadores.
• Aumenta também o lucro do grande industrial capitalista. Este segue investindo cada vez mais em tecnologia, e a máquina acaba por substituir o trabalhador em diversas atividades produtivas.
•A população trabalhadora, com o desenvolvimento deste processo todo, torna-se uma população excedente.
Processo de condicionamento do trabalhador a aceitar sua situação. Ideologia dominante:
• Ato de trabalhar: bem divino e dignifica o homem.• Quem não trabalha é “vagabundo”.• Rígida disciplina desenvolvida no local de trabalho. Estabelecimento de jornada de trabalho específica.
Significado e valor do trabalho no modo capitalista:
•O trabalho humano é alienado (estranho ao sujeito em relação ao que ele faz)
• Consequentemente o indivíduo não se realiza em seu trabalho, tem uma impressão de sofrimento em vez de bem-estar, não desenvolve livremente suas energias mentais e físicas, fica fisicamente esgotado e mentalmente degradado.