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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO MAPEAMENTO E GESTÃO DE SISTEMAS DE INFRAESTRUTURA URBANA METODOLOGIA APLICADA EM SISTEMAS INFORMACIONAIS Rafael Pinheiro de Rezende Rio de Janeiro 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

MAPEAMENTO E GESTÃO DE SISTEMAS DE

INFRAESTRUTURA URBANA METODOLOGIA

APLICADA EM SISTEMAS INFORMACIONAIS

Rafael Pinheiro de Rezende

Rio de Janeiro

2019

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MAPEAMENTO E GESTÃO DE SISTEMAS DE

INFRAESTRUTURA URBANA METODOLOGIA

APLICADA EM SISTEMAS INFORMACIONAIS

Rafael Pinheiro de Rezende

Projeto de graduação apresentado ao curso de

Engenharia Civil da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como

parte dos requisitos necessários à obtenção do

título de Engenheiro Civil.

Orientador: Prof. Assed Naked Haddad

Rio de Janeiro

Março de 2019

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Rezende, Rafael Pinheiro de

MAPEAMENTO E GESTÃO DE SISTEMAS DE

INFRAESTRUTURA URBANA METODOLOGIA

APLICADA EM SISTEMAS INFORMACIONAIS. / Rafael

Pinheiro de Rezende. – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola

Politécnica, 2019.

xi, 72 p, : il. ; 29,7 cm.

Orientador: Assed Naked Haddad

Projeto de Graduação – UFRJ / Escola

Politécnica / Curso de Engenharia Civil, 2019

Referências Bibliográficas: p. 57-59

1. Infraestrutura Urbana 2. Mapeamento 3.

Gestão de Sistemas 4. Serviços de Utilidade

Pública 5. Aplicação 6. Sistemas Informacionais

I. Haddad; Assed Naked; II. Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica,

Curso de Engenharia Civil. III. Título

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MAPEAMENTO E GESTÃO DE SISTEMAS DE INFRAESTRUTURA

URBANA METODOLOGIA APLICADA EM SISTEMAS INFORMACIONAIS.

Rafael Pinheiro de Rezende

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO

DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS

NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL.

Examinado por:

Prof. Assed Naked Haddad, D.Sc.

Prof. José Luis Menegotto, D. Sc.

Prof. Osvaldo Moura Rezende, D. Sc.

Eng. Ana Carolina Souza Rosa, M. Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL

MARÇO de 2019

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Agradecimentos

Primeiramente ao GRANDE ENGENHEIRO, o criador de todas as coisas,

que em sua infinita sabedoria originou a VIDA e nos dá todos os dias, a chance de

contemplar sua primorosa obra.

Agradeço aos meus pais, Walter e Marcia pela oportunidade de me dedicar

integralmente aos estudos e pelo apoio irrestrito em todas as horas.

As minhas avós, Dulcina e Zélia, pelas conversas, conselhos, ensinamentos e

orações.

A minha namorada e parceira Laura, pelo apoio, carinho e dedicação

devotados a mim, em todos os momentos.

Ao meu orientador Professor Assed Haddad, pelo seu apoio, imprescindíveis

para a realização deste trabalho, pela sua valorosa instrução transmitida em nossas

conversas assim como nas disciplinas as quais tive a oportunidade de ser seu aluno.

Agradeço aos meus amigos do Instituto Pio XI, Luiz Guilherme, Renan,

Gabriel, Matheus, Lucas e Yago, por nossos divertidos e revigorantes encontros e

pela oportunidade de caminharmos e crescermos juntos, como verdadeiros amigos.

Aos meus amigos e futuros colegas de profissão do Ciclo Básico, Civil e

Construção Civil e a todos os Professores do Curso de Engenharia Civil da UFRJ,

pelos ensinamentos tanto pessoais quanto profissional, ao longo de todos esses anos

de graduação.

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica - UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.

MAPEAMENTO E GESTÃO DE SISTEMAS DE INFRAESTRUTURA URBANA

METODOLOGIA APLICADA EM SISTEMAS INFORMACIONAIS.

Rafael Pinheiro de Rezende

Março de 2019

Orientador: Assed Haddad Naked

Curso: Engenharia Civil

A complexidade das Infraestruturas urbanas atuais, as quais são os elementos

físicos que possibilitam a prestação de Serviços de Utilidade Pública Urbana, demanda

o desenvolvimento de Sistemas de informações que possibilitem tanto o mapeamento

quanto a gestão das intervenções nestas Redes. A falta deste Sistema, inexistente na

maioria das cidades contemporâneas, gera insegurança tanto para os operadores dos

Subsistemas quanto para os usuários das vias públicas, além de comprometer a

confiabilidade, eficiência e expansão das distintas infraestruturas. Este trabalho pretende

entender a evolução destes Sistemas de mapeamento e gestão integrada de Subsistemas

Urbanos, além de propor um método simplificado para sua implantação. A utilização de

Sistemas Informacionais (Autodesk AutoCAD e Microsoft Excel) como,

respectivamente, representação visual e banco de dados de Infraestruturas urbanas neste

tipo de Sistema, será avaliada em uma área piloto de zona urbana fictícia, tendo como

comparação, o tempo dispendido na catalogação, alteração e busca destes dados, além

da segurança de armazenamento e distribuição das respectivas informações, quando

comparada a sistemas baseados em arquivos físicos.

Palavras-chave: Infraestrutura urbana, Serviços de Utilidade Pública Urbana,

Mapeamento e gestão integrada, Sistemas Informacionais, Engenharia urbana.

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of

the requirements for the degree of Engineer.

MAPPING AND MANAGEMENT OF URBAN INFRASTRUCTURE SYSTEMS

APPLIED METHODOLOGY IN INFORMATION SYSTEMS.

Rafael Pinheiro de Rezende

March 2019

Project Supervisor: Assed Haddad Naked

Department: Civil Engineering

The complexity of the current urban infrastructures, which are the physical

elements that enable the provision of urban public utility services, demands the

development of information systems that allow both the mapping and the management

of the interventions in these networks. The lack of this system, which does not exist in

most contemporary cities, creates insecurity for subsystem operators as well as for

public road users, compromising the reliability, efficiency and expansion of the

different infrastructures. This work intends to understand the evolution of these Systems

of mapping and integrated management of Urban Subsystems, besides proposing a

simplified method for its implantation. The use of information systems (Autodesk

AutoCAD and Microsoft Excel) as a visual representation and database of Urban

Infrastructures in this type of System will be evaluated in a fictitious urban zone pilot

area, comparing the time spent in cataloging, research of this data, as well as the

security of storage and distribution of the respective information, when compared to

systems based on physical files.

Keywords: Urban systems, urban infrastructure, urban services, information and

management systems, information systems, urban engineering.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Explosão em bueiro no Rio de janeiro causa acidente com vítimas. ............... 2

Figura 2 - Rodoviária do Rio de Janeiro fica sem energia elétrica após ter um de seus

cabos de alimentação rompidos por um retroescavadeira ................................................ 2

Figura 3 - Tubulação de gás é atingida por retroescavadeira durante obras da

Transcarioca...................................................................................................................... 2

Figura 4 - A evolução das redes elétricas e de comunicações ........................................ 14

Figura 5 - Trilhos de bonde encontrados sob camadas de asfalto em Vaz Lobo. .......... 26

Figura 6 - O subsolo urbano e a distribuição das redes de serviço. ................................ 29

Figura 7 - Obra realizada pela CEG no Rio de Janeiro causa danos na rede de

distribuição elétrica da Light. ......................................................................................... 30

Figura 8 - Esquema de Layers propostas – Parte 1......................................................... 41

Figura 9 - Esquema de Layers propostas – Parte 2......................................................... 42

Figura 10 - Esquema urbano proposto e suas respectivas infraestruturas visualmente

catalogadas...................................................................................................................... 43

Figura 11 - Exemplo de Quadrícula horizontal em cruzamento de Vias........................ 43

Figura 12 - Código proposto para Quadrícula horizontal corrente ................................. 44

Figura 13 - Código proposto para Quadrícula horizonta em interseção viária ............... 44

Figura 14 - Esquema de quadrículas verticais proposto ................................................. 46

Figura 15 - Proposta para codificação de seções verticais de interseção de vias urbanas.

........................................................................................................................................ 47

Figura 16 - Interface de apresentação dos Dados ........................................................... 49

Figura 17 - Formulário proposto para Solicitação de Intervenção em Vias. .................. 50

Figura 18 - Formulário proposto para comunicação de Final de Obra. – ....................... 50

Figura 19 - Seção transversal obtida com os dados disponíveis para quadrícula

localizada na Rua Debret. ............................................................................................... 51

Figura 20 - Seção transversal obtida com os dados disponíveis para quadrícula

localizada na Rua Tarsila do Amaral. Fonte: Autor ....................................................... 52

Figura 21 - Histórico de ocorrências relativas ao elemento PA01 - quadrícula A41 da

Rua Tarsila do Amaral .................................................................................................... 53

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CEG – Companhia Estadual de Gás

OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

CET-Rio – Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro

EPUSP – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

CONVIAS - Departamento de Controle e Cadastro de Infraestrutura Urbana da

Prefeitura de São Paulo

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas

CIAM – Congresso Internacional de Arquitetura Moderna

PVC - Policloreto de Vinila

ETA – Estação de tratamento de água

CF – Constituição Federal da República Federativa do Brasil

SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

COMGAS – Companhia de Gás de São Paulo

GEOVIAS – Sistema Gestão de Obras em Vias Públicas

PCRJ – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

IPP – Instituto Pereira Passos

Seconserva – Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos do Rio de

Janeiro

IplanRio – Empresa Municipal de Informática do Rio de Janeiro

CEDAE – Companhia Estadual de Águas e Esgotos

JUPEM – Departamento de Pesquisa e Mapeamento da Malásia

SIG – Sistema de Informações Geográficas

SDI – Infraestrutura de Dados Espaciais

ONG – Organização Não Governamental

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1

1.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ...................................................................................................... 1

1.2. OBJETIVO .................................................................................................................................. 1

1.3. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 1

1.4. METODOLOGIA DE PESQUISA............................................................................................... 3

1.5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................................... 4

1.6. CONTEÚDO DO TRABALHO ................................................................................................... 5

2. CONTEXTO E DESENVOLVIMENTO CONCEITUAL .......................................................... 6

2.1. AS CIDADES .............................................................................................................................. 6 2.1.1. O MEIO URBANO “VERSUS” O MEIO RURAL ........................................................... 6 2.1.2. DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO .............................................................................. 8 2.1.3. O URBANISMO COMO CIÊNCIA .................................................................................. 9

2.2. SERVIÇOS PÚBLICOS ............................................................................................................ 10 2.2.1. SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA URBANA ...................................................... 11

2.2.1.1. EQUIPAMENTOS URBANOS .................................................................................. 12 2.2.1.2. INFRAESTRUTURA URBANA ................................................................................ 12

2.2.1.2.1. CONCEITO ........................................................................................................... 12 2.2.1.2.2. DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO .................................................................. 13 2.2.1.2.3. CLASSIFICAÇÕES E REQUISITOS ................................................................... 14 2.2.1.2.4. RELAÇÃO ENTRE DESENVOLVIMENTO E INFRAESTRUTURA URBANA

16

2.3. SUBSISTEMAS DE INFRAESTRUTURA URBANA ................................................................. 16 2.3.1. VIAS E TRANSPORTE .................................................................................................. 16 2.3.2. ÁGUAS PLUVIAIS ......................................................................................................... 17 2.3.3. ESGOTAMENTO ............................................................................................................ 18 2.3.4. ABASTECIMENTO ........................................................................................................ 19 2.3.5. RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................................... 20 2.3.6. ENERGIA ........................................................................................................................ 20 2.3.7. COMUNICAÇÕES .......................................................................................................... 22

2.4. LEGISLAÇÃO E O DIREITO URBANÍSTICO – O USO DO ESPAÇO URBANO .................. 23

2.5. GESTÃO INTEGRADA E MAPEAMENTO DE INFRASTRUTURA URBANA ........................ 29 2.5.1. CONCEITOS ................................................................................................................... 29 2.5.2. A EXPERIÊNCIA DE SÃO PAULO .............................................................................. 31 2.5.3. A EXPERIÊNCIA DO RIO DE JANEIRO ..................................................................... 32 2.5.4. EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS ........................................................................... 33 2.5.5. UTILIZAÇÃO DE SIG PARA MAPEAMENTO E GESTÃO INTEGRADA. .............. 34

3. PROJETO DE MAPEAMENTO E GESTÃO INTEGRADA .................................................. 37

3.1. MODELO GERAL PARA SISTEMA BASEADO EM AutoCad e Excel .................................... 38 3.1.1. EXECUÇÃO DE PROJETO NO AutoCad ...................................................................... 38 3.1.2. CATÁLOGO DE INFORMAÇÕES UTILIZANDO O EXCEL COMO BASE ............. 40

3.2. APLICAÇÃO PRÁTICA DE MODELO BASEADO EM AutoCad e Excel PARA GESTÃO DE

INFRAESTRUTURAS ............................................................................................................................ 40

3.3. COMPARATIVO ENTRE A METODOLOGIA PROPOSTA E OUTROS SISTEMAS DE

INFORMAÇÃO ...................................................................................................................................... 53

4. CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 54

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REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 56

ANEXOS............................................................................................................................................. 59

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1. INTRODUÇÃO

1.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

O crescimento da população urbana mundial foi fruto da atratividade que as

cidades possuem como polos de trabalho, lazer e inovação. O modo de vida urbano

atual só foi possível com o desenvolvimento de tecnologias que possibilitaram a criação

de infraestruturas que permitem a prestação de serviços ditos urbanos. Entretanto o

atendimento quantitativo a estas demandas por serviços públicos urbanos e de falta de

limitação espacial para sua disposição, mostraram-se visões equivocadas, causando o

esgotamento da disponibilidade espacial para a instalação de novos elementos, assim

como a perda da eficiência destes e o comprometimento da segurança dos usuários.

Este quadro crítico é recorrente nas principais zonas urbanas mundiais,

entretanto a existência de tecnologias que permitem o armazenamento e apresentação de

informações é a chave para restabelecer a segurança e confiabilidade destes

subsistemas, sendo estas o foco deste trabalho.

1.2. OBJETIVO

Objetiva-se a proposição de um método simplificado para armazenamento e

tratamento das informações acerca dos elementos de infraestrutura urbana,

possibilitando que qualquer municipalidade mapeie e gerencie suas infraestruturas.

Serão verificados dos esforços da maioria das cidades em ordenar e gerir as suas

infraestruturas, suportes a prestação de Serviços de Utilidade Pública. Também será

feito breve estudo da legislação Brasileira, observando-se os instrumentos legais e os

deveres dos entes envolvidos na administração destes serviços.

1.3. JUSTIFICATIVA

Nos últimos anos, várias reportagens vinculadas nos meios de comunicações

alarmaram a população a respeito da segurança das infraestruturas urbanas, conforme

mostram as Figuras 1, 2 e 3. Explosões em transformadores e câmaras subterrâneas,

além de acidentes durante a execução de obras em vias, levaram a sociedade a

questionar e exigir dos governos municipais e concessionários de serviços públicos,

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medidas que visassem a prestação destes serviços, sem prejudicar a segurança dos

usuários das vias públicas urbanas.

Figura 1 - Explosão em bueiro no Rio de janeiro causa acidente com vítimas.

Fonte: G1.com de 25/09/2016 - Obtido em 23/11/2017

Figura 2 - Rodoviária do Rio de Janeiro fica sem energia elétrica após ter um de seus cabos de

alimentação rompidos por um retroescavadeira

Fonte: Jornal Extra de 16/07/2012 - Obtido em 23/11/2017

Figura 3 - Tubulação de gás é atingida por retroescavadeira durante obras da Transcarioca

Fonte: Jornal Extra de 12/07/2013 - Obtido em 23/11/2017

Desta forma, o mapeamento dos elementos urbanos apresenta-se como solução

natural para evitar acidentes desta natureza, mediando os conflitos pelo espaço urbano e

possibilitar o atendimento, com segurança, da demanda por estes serviços urbanos.

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Além disto, ele constitui as bases para o estudo de impacto e viabilidade técnica,

econômica e ambiental de futuras instalações deste tipo.

1.4. METODOLOGIA DE PESQUISA

Realizou-se pesquisas em trabalhos, textos técnicos e livros para a escrita da

conceituação, desenvolvimento histórico e das classificações recorrentes voltadas às

infraestruturas urbanas.

A obtenção de informações atualizadas relativas à existência de sistemas de

gestão com as iniciativas para mapeamento das vias urbanas e os métodos utilizados

para estes objetivos, só foi possível graças a pesquisa em trabalhos acadêmicos, revistas,

publicações em congressos e o acesso a páginas web dos órgãos públicos responsáveis

por este processo, em diferentes cidades.

Por fim, foram utilizados os programas Autodesk AutoCAD como base de dados

visual e Microsoft Excel como base de dados textual, para a realização de um estudo

com a possibilidade de implantação de um sistema e objetivando a criação de

ferramenta para ordenamento e tomada de decisões voltadas à segurança e eficiência das

infraestruturas urbanas. A utilização dos softwares foi realizada de forma conjunta e

simultânea, sendo o futuro operador do sistema responsável pela entrada, atualização e

compatibilização as informações. Apesar de serem consideradas ferramentas simples,

elas apresentam-se adequadas a este fim. As funções de retorno de informações do

Excel e a possibilidade de criação de listas suspensas foram exploradas para facilitar a

interface com o usuário.

Esta abordagem foi implementada em uma espécie de projeto piloto tendo uma

área dentro de uma cidade imaginária como cliente deste projeto, verificando a

possibilidade de uso desta metodologia quanto ao tempo de implantação, tempo para

busca e atualização das informações e facilidade para disseminação destas. Suas

vantagens e desvantagens foram discutidas mais profundamente em item específico

deste trabalho.

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1.5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Abiko (1995 e 2011) em seus Textos Técnicos publicados pela Escola

Politécnica da Universidade de São Paulo estabelece as principais características dos

Serviços Públicos Urbanos e os requisitos que eles devem obrigatoriamente cumprir.

O trabalho de Freire (2017) pode ser considerado um dos mais atuais e

completos a respeito do assunto, além disso, o autor em seu livro expõe diversas vezes a

necessidade de planejamento e ordenamento dos elementos que compõe as

infraestruturas dos subsistemas urbanos.

Zmitrowicz e Neto (1997) através de seu Texto Técnico publicado pela EPUSP

enumeram os diversos subsistemas urbanos e reforçam que os acidentes ocorridos

relacionados a falha de infraestruturas urbanas são relacionados principalmente a

ausência de mecanismos gerenciais para o controle das atividades e cooperação entre as

diversas organizações responsáveis pela prestação de serviços públicos.

Em seu trabalho, Besner (2002) desenvolve a necessidade de se estabelecer o

conceito de uso sustentável do solo urbano, apontando que o ordenamento das

infraestruturas sempre foi deixado em segundo plano.

Bobylev (2009) aponta que a setorização da prestação dos serviços públicos

urbanos é uma das causas da crise que se estabeleceu neste ramo, sugerindo posturas

para a melhor gerência do espaço urbano, inclusive da importância de Planos Diretores

que sejam voltados a todos os níveis urbanos.

Pacheco (2013) discute a ausência de mecanismos na legislação Brasileira que

gerem programas eficientes e contínuos voltados a políticas de ocupação do subsolo

urbano.

He, Hu, Tang & Guo (2010) estabelecem algumas características dos sistemas de

gerenciamento de infraestruturas urbanas, além de sugerirem que a comunidade

acadêmica, a partir do acesso as informações e sistemas que estão sendo desenvolvidos

em todo o mundo, podem contribuir muito para seu desenvolvimento e aplicação.

Lombardo & Machado (1996) discutem as possibilidades para os diversos usos

de Sistemas de Informação Geográficas e seus principais tipos.

Davis Júnior & Alves (2006) reconhecem a dificuldade na implantação deste

tipo de sistemas, devido a ausência de informações confiáveis, tanto por parte das

Companhias que prestam estes serviços, como o Ente público.

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Por fim, Díaz (2014), Likhari et al. (2017) e os sites da Prefeitura da Cidade do

Rio de Janeiro e da CONVIAS de São Paulo são fontes de informações e referências

acerca das tentativas de implementação de ferramentas de ordenamento destas diversas

infraestruturas.

1.6. CONTEÚDO DO TRABALHO

No CAPÍTULO 1 consta a Introdução do presente trabalho, seu objetivo, justificativa e

metodologia proposta.

No CAPÍTULO 2 são apresentadas diversas definições, evolução histórica e

classificações a respeito da temática proposta, o estudo das infraestruturas, suporte

físico para a prestação de serviços de utilidade urbana. As legislações que

regulamentam a existência e modalidades de prestação destes serviços, assim como seu

ordenamento também são abordadas. Por fim, são apresentados os métodos utilizados

para o ordenamento e gestão de infraestruturas e citam-se algumas cidades e seus

esforços neste sentido.

No CAPÍTULO 3 é proposta e desenvolvida uma ferramenta para mapeamento e gestão

do espaço urbano, baseada em Autodesk AutoCAD e Microsoft Excel.

A conclusão é feita no CAPÍTULO 4, além de propostas para próximos trabalhos

envolvendo esta aplicação.

Após o CAPÍTULO 4, constam as referências que deram embasamento a realização

deste trabalho.

No ANEXO há complementos a este trabalho.

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2. CONTEXTO E DESENVOLVIMENTO CONCEITUAL

2.1. AS CIDADES

Neste tópico serão abordados os conceitos relativos às cidades, um breve

histórico sobre a formação e o desenvolvimento destas até os dias atuais encontrando

um panorama no qual o êxodo da população do campo para as cidades ainda é

expressivo, conforme mostra o Quadro 1, onde se pode observar que a população

urbana no Brasil é 5,4 vezes maior que a população rural.

Quadro 1 - População Brasileira Segundo Situação dos Domicílios –

Fonte: Dados do Censo IBGE 2010 (adaptado)

AnoPopulação Total

(hab)

População Urbana

(hab e % )

População Rural

(hab e % )

Relação entre Populações

Urbana e Rural (% )

70.992.343 32.004.817 38.987.526

100,00% 45,08% 54,92%

94.508.583 52.904.744 41.603.839

100,00% 55,98% 44,02%

121.150.573 82.013.375 39.137.198

100,00% 67,70% 32,30%

146.917.459 110.875.826 36.041.633

100,00% 75,47% 24,53%

169.590.693 137.755.550 31.835.143

100,00% 81,23% 18,77%

190.755.799 160.925.792 29.830.007

100,00% 84,36% 15,64%

1960 82,09%

1970

1980

1991

2000

2010

127,16%

209,55%

307,63%

432,72%

539,48%

Ainda hoje, as pessoas buscam nas cidades melhores condições de vida e

prosperidade. Esta migração gerou um crescimento urbano descontrolado, levando a

criação de assentamentos urbanos carentes de infraestrutura e a uma crise nos serviços

públicos urbanos. Entender este contexto de crescimento urbano é fundamental para o

entendimento deste trabalho e por isto, este tópico foi escolhido como inicial.

2.1.1. O MEIO URBANO “VERSUS” O MEIO RURAL

Segundo o Dicionário Online de Português, a definição de Cidade é dada por

“povoação de maior amplitude e importância; aglomerado de pessoas que, situado numa

área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias; grande centro

industrial e comercial”. Por outro lado, a definição dada ao Meio Rural é “referente ao

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campo, que é próprio do campo; agrícola, campestre: vida rural”. Desta forma, é

possível notar que a diferenciação é dada principalmente através da atividade

econômica desenvolvida em cada região geográfica, utilizando uma abordagem clássica.

Com a mecanização e modernização da Agricultura, entretanto, produtos e

serviços tipicamente urbanos também passaram a ser oferecidos no meio rural

(Rodrigues, 2014). De acordo com Kayser (1990 apud Rodrigues, 2014, p.6), o conceito

de rural pode ser definido através de quatro dimensões:

a) uma baixa densidade de habitantes e de construções, com a cobertura

vegetal como paisagem predominante;

b) um uso económico do solo predominante por atividades agro-silvo-

pastoril;

c) um modo de vida dos seus habitantes caracterizado pela pertença a uma

coletividade de tamanho limitado e por uma relação com a natureza.

d) uma identidade e uma representação específicas fortemente marcadas pela

cultura camponesa.

Outras diferenciações também são propostas com a divisão não em quatro, mas

em três dimensões fundamentais: Demografia, Desenvolvimento Econômico e Modos

de Vida (OCDE, 1994).

No Brasil, as primeiras tentativas de caracterizar os dois meios foram feitas pelo

IBGE em 1938 durante as preparações para o Recenseamento Geral da População de

1940, adotando critérios jurídicos e administrativos (Rodrigues, 2014). Dos dados

colhidos pelo Instituto é divulgada a chamada Situação de Domicílio, localizando-o

quanto a área urbana ou rural de cada município. Concomitante a isto, o Governo

Brasileiro através do Decreto Lei n° 311 de Março de 1938 organizou a nomenclatura

dos municípios brasileiros, caracterizando as categorias de Cidade, Vila e Distrito. Com

a Constituição de 1988, a definição de perímetro Urbano passou a ser feita pelos

próprios Municípios. Considera como Urbano os municípios que possuem mais de 20

mil habitantes em sua Sede. Desta forma é notável que haja uma dificuldade na

caracterização e localização dos domicílios, sendo apontado por Veiga (2003) que a

porcentagem da população urbana brasileira seja de apenas 68% e não 84% conforme

divulgado pelo IBGE. Para isto, ele considera que o “status” de Cidade deveria ser dado

apenas aos núcleos populacionais que apresentam Infraestrutura de Serviços e

Equipamentos Urbanos com tamanho e complexidade significativos.

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2.1.2. DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO

Ao longo da história, as primeiras grandes cidades foram desenvolvidas através

de diversas civilizações como a Egípcia, Persa, Fenícia, Romana e as Cidades-estados

Gregas. Essas civilizações tinham como base a organização em aglomerados urbanos,

que são locais de adoração religiosa, centros de poder, comércio e irradiação de cultura

e tecnologia (Abiko, Almeida, & Barreiros, 1995).

Com o fim do Império Romano e as invasões Bárbaras, há uma descentralização

de poder no mundo Ocidental, causando o decréscimo populacional das principais

Cidades existentes. Surge um novo Sistema, o Feudalismo, que diminui a importância

das cidades. Este Sistema perdura até o final do Século XV (Arruda, 1993) com o fim

das invasões dos bárbaros, o que eleva os contingentes populacionais e cria um

ambiente mais seguro e propício para o comércio. O aumento do comércio faz surgir

também uma nova classe social, a burguesia, que fortalece os Estados Nacionais.

Segundo Goitia (1992 apud Abiko 1995, p. 30), estabelece-se “uma sociedade burguesa

não só composta de viajantes, mas também por gente fixada de forma permanente em

centros onde o tráfico se desenvolve”. A cidade ocidental atrai cada vez mais pessoas do

meio rural, em busca de um oficio e da libertação do regime servil do campo.

Com a queda do Império Bizantino e o início das Grandes Navegações, tem-se o

período conhecido como Renascimento. Porém as mudanças culturais e econômicas

pouco influenciam o tecido urbano, conforme Goitia (1992 apud Abiko 1995, p. 35): “a

atividade urbanística durante o século XV e XVI consiste, em grande parte, em

alterações no interior das velhas cidades que, geralmente, modificam muito pouco a

estrutura geral”.

A maior e mais profunda mudança nas Cidades é a Revolução Industrial. Após a

segunda metade do século XIX, a população residente em cidades se multiplica por dez,

enquanto a população mundial apenas quadruplica. Esta explosão demográfica é

consequência dos avanços científicos e técnicos realizados a partir de 1750 (Harouel,

1990). Entretanto a criação e adensamento de bairros operários dificultam o escoamento

dos detritos e o acesso à água limpa. Descrevem o cenário como “ao longo das ruas

correm águas servidas e esgotos a descoberto, e qualquer recanto está cheio de

amontoados de lixo e imundices” (Abiko, Almeida, & Barreiros, 1995, p. 39). Desta

forma as cidades industriais surgem em um período histórico onde as limitações

existentes poderiam ter afetado o desenvolvimento social, econômico e urbano, porém a

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revolução causada pelas máquinas, além de originarem este quadro crítico, também o

contornaram.

2.1.3. O URBANISMO COMO CIÊNCIA

Em conformidade com o que foi apontado anteriormente, o crescimento das

Cidades Europeias durante a segunda metade do século XIX gerou enormes problemas

urbanos e sociais. Buscando a resolução destes, são implementados projetos e ações

objetivando a sua resolução e, assim, surge o Urbanismo - a ciência que busca entender

e solucionar os problemas Urbanos. Segundo Benevolo (1971), o urbanismo moderno

surgiu antes mesmo do termo, entre 1830 e 1850.

As cidades desta época, predominantemente industriais, são caracterizadas pelo

congestionamento e pela insalubridade. As epidemias são de difícil controle, sem

sistemas de saneamento básico e coleta de lixo que atendam as necessidades da

população. Por isto o urbanismo desta época é higienista, objetivando a melhoria das

condições básicas tendo como meta a implantação de sistemas de saneamento, através

de obras de reurbanização e Leis Sanitárias1 (Abiko, Almeida, & Barreiros, 1995).

Logo após, as Leis Sanitárias evoluíram para uma Legislação Urbanística com

abordagens e conteúdos muito parecida as existentes atualmente, definido assim as

densidades, normas para loteamento, gabaritos e avançando também para uma

Legislação Edilícia. Sendo assim, os códigos urbanísticos existentes atualmente, tais

como as Leis de ocupação e uso do Solo, zoneamento e Código de Edificações, são

frutos da preocupação sanitarista da época em criar um ambiente adequado e propício

para a ocupação humana (Abiko, Almeida, & Barreiros, 1995).

Uma das primeiras intervenções urbanas a colocar em prática esta nova visão

humanista da cidade foi o Plano Haussmann. A cidade de Paris, na segunda metade do

século XIX, assim como outras cidades industriais, era assolada por doenças e uma alta

taxa de mortalidade da população, que vivia em habitações de péssima qualidade

(Freire, 2017). A pedido de Napoleão III, o prefeito do Sena, o Barão Georges-Eugene

Haussmann colocou em prática uma série de projetos a fim de alterar este cenário

estabelecido. O plano tinha como base quatro elementos: a ampliação do sistema viário,

criação de parques e largas avenidas, melhoria estética e de qualidade das edificações,

1 Aprovação em 1848 da Public Health Act na Inglaterra. Foi seguida pela reurbanização de várias cidades industriais inglesas,

como Londres, Manchester, Liverpool e Leeds.

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melhoria dos serviços urbanos, inclusive da infraestrutura que compõe estes

subsistemas2 (Saalman, 1971). É possível destacar outros planos de melhoramentos

urbanos desenvolvidos posteriormente, tais como o Plano de Barcelona, na Espanha,

desenvolvido pelo engenheiro Ildefons Cerdà e as Reformas de Pereira Passos no Rio de

Janeiro, a então capital do Brasil.

Atualmente, surge paralelamente ao urbanismo a disciplina de Engenharia

Urbana, tendo como objetivo, conforme exposto por Zmitrowicz e Neto (1997, p. 8):

(...) conceber, realizar e gerenciar sistemas técnicos. O termo Sistema

Técnico tem dois significados: o primeiro enquanto rede suporte, isto é, uma

dimensão física, e o segundo enquanto rede de serviços. Nesta ótica,

portanto, procura-se integrar, no conceito de sistema técnico, sua função

dentro do meio urbano, o serviço prestado à população e seus equipamentos e

rede física.

Assim, estes instrumentos apresentam-se como forma de entender a interação entre o

homem urbano e seu meio, propondo soluções para as problemáticas resultantes desta

relação.

2.2. SERVIÇOS PÚBLICOS

Conforme citado anteriormente, é possível concluir que o crescimento e

desenvolvimento das cidades modernas só foi possível graças ao surgimento de novas

tecnologias e soluções que permitiram a melhoria da qualidade de vida da população.

Estes sistemas, implementados nas grandes cidades industriais da época, são

representados pelas redes de saneamento básico, coleta de lixo, calçamento e

organização das vias urbanas. Eles se constituíam de um serviço prestado pelo Ente

Público diretamente ou de forma indireta, através de Empresas particulares que sofriam

regulamentação e fiscalização por parte do Estado, mediante uma compensação

financeira, paga pelo consumidor final, na forma de impostos, taxas e contribuições.

A definição de Serviço Público pode variar conforme as características que

fazem uma sociedade peculiar, tal qual a sua organização política e nível de

desenvolvimento. Ele está relacionado aos conceitos do que é Serviço e do que é

Público e, por isso, subentende-se que os Serviços Públicos devam atender as

necessidades coletivas (Abiko A. , 2011).

2 Foi feita a ampliação dos serviços de iluminação pública e aumento da capacidade e abrangência dos sistemas de drenagem,

esgotamento e abastecimento de água, sendo trazida água de fontes a mais de 160 km da cidade.

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Para Cretella (1977 apud Abiko A., 2011), Serviço Público é definido pelas

atividades desenvolvidas por Pessoa Jurídica Pública, de forma direta ou indireta, de

forma a satisfazer as necessidades e anseios coletivos, “mediante procedimentos

peculiares ao direito público”. Já para Bandeira de Mello (2004 apud Abiko A., 2011, p.

4), são as:

(...) atividades de oferecimento de utilidade ou comodidade fruível

preponderantemente pelos administrados, prestada pela Administração

Pública ou por quem lhe faça às vezes, sob um regime de direito público

instituído em favor de interesses definidos como próprios pelo ordenamento

jurídico.

Por fim, Lopes Meirelles (2008 apud Abiko A., 2011, p. 4) e Gasparini (2010 apud

Abiko A., 2011, p. 4) chamam atenção para o fato da necessidade de diferenciarem-se

Serviços Públicos de Serviço de Utilidade Pública. Sobre o primeiro, os autores

argumentam que:

(...) são os que a Administração presta diretamente à comunidade, por

reconhecer que sua utilização é uma necessidade coletiva e perene. São

exemplos deste tipo de serviço os de defesa nacional, polícia, justiça,

preservação da saúde pública e outros privativos do Poder Público.

Já o segundo definem como sendo:

(...) os que o Poder Público, reconhecendo sua utilidade para os indivíduos

componentes da sociedade, presta diretamente ou por delegação a quem deles

quiser utilizar-se, mediante remuneração. São exemplos desta modalidade os

serviços de transporte coletivo, fornecimento de energia elétrica, distribuição

de água, coleta de lixo, gás, telefone e vários outros.

Sendo assim, podemos determinar que os sistemas tratados no decorrer deste

trabalho são, na verdade, serviços de utilidade pública urbana, devido a possibilidade de

prestação direta ou indireta do serviço por parte do Ente Público e por existir um retorno

financeiro pago pelo consumidor final ao prestador de serviço.

2.2.1. SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA URBANA

Para entender o conceito de Serviço de Utilidade Pública conforme exposto por

(Abiko A. , 2011), deve-se diferenciá-lo de Equipamentos Urbanos e de Infraestrutura.

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2.2.1.1. EQUIPAMENTOS URBANOS

Equipamentos Urbanos podem ser conceituados, pelo próprio sentido da palavra,

como equipamentos ou instalações especiais que permitem a prestação de um serviço

público. Os edifícios que abrigam escolas, hospitais, quartéis, centros comunitários,

constituem os Equipamentos Urbanos. A gestão e gerenciamento de atividades de

educação, saúde, segurança, são exemplos de Serviços públicos (Abiko A. , 2011).

2.2.1.2. INFRAESTRUTURA URBANA

A Infraestrutura Urbana é a rede física que permite a prestação do serviço de

utilidade pública urbana com eficiência, agilidade e baixo custo. Podem ser

exemplificadas como as tubulações que permitem o fornecimento de água potável e

retirada e destinação das águas servidas, o cabeamento que permite a transmissão ao

consumidor final de energia elétrica ou dados e as próprias vias da cidade. Enquanto a

gestão, operação, manutenção e tarifação do abastecimento de água, energia constituem-

se de Serviços Públicos (Abiko A. , 2011).

2.2.1.2.1. CONCEITO

A infraestrutura urbana possibilita a prestação de Serviços de Utilidade Pública,

através de uma rede física que permeia o tecido urbano. Porém segundo apontam

diversos trabalhos na área, não há uma definição única para o termo. Freire (2017)

expõe o fato de a palavra infraestrutura ser formada pela junção dos termos latinos

“inferus” e “structura”, significando literalmente “a estrutura inferior/aquela que está

abaixo”, porém não no sentido de localização física e sim como sustentáculo para as

atividades desenvolvidas no meio urbano.

Complementando esta definição, Zmitrowicz e Neto (1997) conceituam-na como

“sistema técnico de equipamentos e serviços necessários ao desenvolvimento das

funções urbanas, podendo estas funções serem vistas sob os aspectos social, econômico

e institucional. Sob o aspecto social, a infraestrutura urbana visa promover adequadas

condições de moradia, trabalho, saúde, educação, lazer e segurança. No que se refere ao

aspecto econômico, a infraestrutura urbana deve propiciar o desenvolvimento das

atividades produtivas, isto é, a produção e comercialização de bens e serviços. E sob o

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aspecto institucional, entende-se que a infraestrutura urbana deva propiciar os meios

necessários ao desenvolvimento das atividades político-administrativas, entre os quais

se inclui a gerência da própria cidade". Este grande sistema é subdividido em

subsistemas onde de forma individualizada, cada um deles objetiva a prestação de um

serviço.

2.2.1.2.2. DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO

O surgimento da infraestrutura urbana pode ser dividido em três agrupamentos

distintos, que foram sendo implantadas de acordo com a evolução tecnológica da

humanidade e o aumento da complexidade das cidades. Os primeiros tipos de

infraestrutura, nascidos com as próprias cidades, foram as vias urbanas, permitindo o

transporte de mercadorias e o deslocamento dos habitantes entre os diversos locais. Em

seguida, na Idade Antiga, surgem os primeiros sistemas de abastecimento e esgotamento

sanitários, destacando-se o sistema construído na cidade de Roma, com capacidade de

suprir as necessidades de uma população de cerca de um milhão de habitantes. De

acordo com Ferrari (1991), Roma possuía 19 aquedutos totalizando cerca de 50 km de

extensão que traziam água potável de diversas fontes nos arredores da cidade, somadas

a 350 km de canalizações que faziam a distribuição dentro da própria Roma. A água era

levada até depósitos chamados de “castelos d’água” de onde saiam tubulações feitas de

latão e chumbo para a distribuição até as fontes, palácios e residências.

Por último, surgem no século XIX os sistemas energéticos representados

primeiramente pelas redes de distribuição de gás. Em 1812 é implantado em Londres o

primeiro serviço público de distribuição de gás sendo este originado da destilação do

Carvão, utilizando-o para iluminação das ruas e posteriormente para a residencial. Em

1840 surgem os primeiros fogões à gás, passando também a ser utilizado para

aquecimento e cocção. Por volta de 1870, o gás destilado de Carvão começa a ser

substituído pelo gás produzido a partir do petróleo, sendo substituído atualmente pelo

gás natural. No final do século XIX, com o advento da eletricidade, surgem as redes de

distribuição de energia elétrica, utilizada primeiramente para iluminação em

substituição aos lampiões a gás, sendo utilizadas posteriormente para tração de bondes e

redes metro ferroviárias, conforme pode ser visto na Figura 4. Segundo Zmitrowicz e

Neto (1997), a implantação das redes elétricas causa os primeiros conflitos espaciais

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sobre o uso do solo urbano. Por fim, no século XX surgem as redes de informação

representada pela telegrafia e telefonia.

Figura 4 - A evolução das redes elétricas e de comunicações

Fonte: The Museum of the City of New York (1888)

2.2.1.2.3. CLASSIFICAÇÕES E REQUISITOS

Uma das formas de classificação da infraestrutura urbana, conforme apresentado

tanto por Zmitrowicz e Neto (1997) quanto por Freire (2017) é a divisão dos sistemas

urbanos em subsistemas técnicos setoriais. Esta divisão será aprofundada no próximo

capítulo deste trabalho. Outra classificação apresentada pelos autores citados acima,

leva em consideração o posicionamento da infraestrutura no espaço sendo este dividido

em três níveis: o Aéreo, o Superficial e o Subterrâneo. São eles (Zmitrowicz & Neto,

1997):

Aéreo: Neste nível estão localizadas principalmente, as redes elétricas e de

comunicações. Esta forma de posicionamento das redes é muito utilizada devido aos

custos mais baixos de implantação quando comparada a implantação subterrânea. Os

fatores limitantes desta tipologia são as interferências com as copas das árvores e a

exposição das redes as condições climáticas, veículos e usuários. Em algumas cidades,

também há sistemas de transportes que utilizam o nível aéreo tais como o Monotrilho

em implantação na cidade de São Paulo, o Metrô de Chicago, construído totalmente em

vias elevada e o histórico monotrilho da cidade alemã de Wuppertal.

Superficial: Ao nível do terreno, estão localizados a pavimentação das vias e

calçadas, além de alguns aparelhos que fazem parte do subsistema de drenagem, tais

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como as sarjetas e bocas-de-lobo. Ele se articula com os outros níveis servindo de base

para os subsistemas instalados no nível aéreo e permitindo o acesso aos subsistemas

subterrâneos. É o nível com maior custo de implantação segundo Zmitrowicz e Neto

(1997, p. 20): “este nível não interfere com os demais, porém sofre influência do nível

subterrâneo, já que as reparações e ampliações das redes localizadas no subsolo são

executadas com a quase inevitável destruição dos pavimentos”.

Subterrâneo: É no nível no qual se localizam os aparelhos complementares do

subsistema de drenagem pluvial, abastecimento de água, esgotamento sanitário, e gás

canalizado. Também pode conter redes de cabeamento elétrico, de comunicações assim

como partes do subsistema viário (rede de metrô, passagens subterrâneas para pedestres

e veículos). De acordo com Freire (2017, p. 30): “devido ao alto número de redes que

existem no nível subterrâneo, a sua gestão é complexa, uma vez que diversas empresas

atuam na rede, exigindo cuidados para evitar acidentes”. Esta observação é reforçada no

trabalho de Zmitrowicz e Neto (1997, p. 20), segundo o qual; “a organização deste

espaço exige articulação institucional, já que cada um dos subsistemas que compõe a

infraestrutura urbana é, em geral, gerido por diferentes órgãos, de distintas instâncias do

governo, que nem sempre atuam de forma coordenada”.

Além destas classificações, os sistemas de utilidade pública urbana devem,

segundo Abiko (2011), cumprir cinco requisitos: permanência, generalidade, eficiência,

modicidade e cortesia. A permanência significa que os serviços não podem ser

interrompidos, salvo conforme situações estabelecidas na Lei. A generalidade determina

que o mesmo nível de serviço seja oferecido a todos os consumidores. A eficiência

procura sempre maximizar o nível de serviço oferecido e reduzir os custos para

implantação, operação e manutenção dos sistemas. A melhoria dever ser contínua,

utilizando-se as melhores técnicas e garantindo a manutenção adequada de

equipamentos e instalações, sua melhoria e expansão. A modicidade exige que a

compensação paga pelo usuário seja justa. De acordo com Abiko (2011, p. 7), “os

serviços públicos não devem ser prestados com lucros ou prejuízos, e as tarifas devem

ser suficientes para manter, de forma saudável, a estrutura pública”. Por fim, a cortesia,

de forma que haja sempre um bom tratamento por parte do operador do sistema ao

consumidor.

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2.2.1.2.4. RELAÇÃO ENTRE DESENVOLVIMENTO E INFRAESTRUTURA

URBANA

Ao analisar o Desenvolvimento Histórico das Cidades, nota-se que os Serviços

de Utilidade Pública Urbana, embasados pela infraestrutura (que é uma de suas partes

integrantes), foram fundamentais para o desenvolvimento das cidades contemporâneas,

melhorando as condições de moradia e trabalho da população. Conforme estabelecido

em 1933 durante o IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna, em Atenas, no

que ficou conhecida como a Carta de Atenas, a cidade tem como objetivo permitir e

desenvolver quatro funções sociais, sendo elas (CIAM, 1933):

A Habitação;

O Trabalho;

A Circulação;

A Recreação.

Ainda segundo Freire (2017, p. 28):

Dois elementos se fazem necessários: a garantia de acesso igualitário e a

qualidade do serviço nas diferentes localidades de uma cidade. Tipicamente,

as comunidades menos privilegiadas em termos econômicos são também as

que têm menos acesso às redes de infraestrutura ou ficam sujeitas a pior

qualidade dos serviços prestados.

Sendo assim, é impossível que uma cidade desempenhe estas funções de forma

satisfatória, sem o suporte de uma infraestrutura.

2.3. SUBSISTEMAS DE INFRAESTRUTURA URBANA

Neste tópico, são tratados os Subsistemas de Infraestrutura urbana, suas

características principais, funcionamento e implantação.

2.3.1. VIAS E TRANSPORTE

As vias urbanas constituem-se como a principal infraestrutura de uma cidade,

sendo estas constituídas de duas partes conforme apontado por Mascaró (1987): O leito

carroçável, onde há o trânsito dos veículos, que é delimitado pelo conjunto sarjeta /

meio-fio responsável por captar as águas da chuva da via e escoá-las até a boca-de-lobo,

conforme projeto de drenagem. O passeio, local destinado à circulação de pessoas e

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acesso aos edifícios. Além de permitir os deslocamentos, as vias delimitam regiões,

bairros e quarteirões, permitindo o acesso ao lote, que é a menor unidade territorial

urbana.

Como requisito para a implantação de um bom sistema viário, o projetista deve

sempre buscar um traçado urbano que melhor se enquadre na topografia natural do

local, de forma a reduzir a necessidade de obras de terra e minimizar alterações no

natural escoamento das águas. Deve-se realizar de forma racional a divisão em

quarteirões, praças e logradouros públicos e prevenir futuros conflitos entre os fluxos de

veículos. Em complemento a isto, Freire (2017) determina que três elementos são

responsáveis pela eficiência deste Subsistema: o tempo de deslocamentos, a eficiência

econômica para sua implantação e por fim a eficiência energética dos deslocamentos

realizados utilizando tal sistema.

2.3.2. ÁGUAS PLUVIAIS

O Subsistema de Drenagem pluvial tem por objetivo captar, transportar e dispor

das águas resultantes das chuvas, evitando o alagamento das vias permitindo a sua

utilização independente da condição climática. Durante a Idade Média, em razão do

tráfego majoritário de pedestres, o escoamento das águas era feito para a parte central

das vias, porém com o surgimento do automóvel, o crescimento das cidades e a

mudança do perfil das vias, optou-se pela captação através de bocas-de-lobo localizadas

nas sarjetas e transporte das águas até o despejo no corpo d’água através de uma rede de

dutos subterrâneos. O sistema inicialmente compartilhava esta rede de dutos com o

sistema de esgotamento, no que era conhecido como Sistema Unitário, porém esta

tipologia é evitada, principalmente no Brasil, devido à dificuldade no tratamento do

esgoto além de facilitar a disseminação de doenças e vetores (Mascaró, 1987 apud

Freire, 2017) sendo substituído pelo Sistema Separador Total, tendo sido implantado

pela primeira vez na cidade de Memphis, nos Estados Unidos (Tsutiya & Alem

Sobrinho, 2000 apud Freire, 2017). Cabe ressaltar que a separação total entre águas

pluviais e esgotos é obrigatória no Brasil desde 1912 (Tsutiya & Bueno, 2004 apud

Freire, 2017), destacando-se o trabalho de Saturnino de Brito realizado entre os anos de

1898 e 1903 nas cidades de Petrópolis, Itaocara e Campos (Andrade, 1997 apud Freire

2017).

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O bom funcionamento do Sistema de Drenagem depende de uma série de fatores

estabelecidos durante a fase de projeto. Zmitrowicz e Neto (1997) sugerem que devem

ser considerados para dimensionamento do sistema o ciclo hidrológico do local, a

topografia, a área da bacia drenável, a cobertura vegetal e a impermeabilização da bacia

e a escolha do traçado da rede, mitigando as interferências com outros Subsistemas.

2.3.3. ESGOTAMENTO

O Subsistema de Esgotamento Sanitário tem por objetivo coletar, transportar,

tratar e dispor das águas residuais de origem residencial e industrial, contribuindo com

as condições de salubridade da comunidade. Sua existência, durante a maior parte da

história das cidades, é combinada com a do sistema de drenagem de águas pluviais.

Exemplo disto é a “Cloaca Maxima”, construída no século VI A.C. em Roma com o

objetivo de captar e transportar as águas pluviais e residuais. Nota-se que durante a

maior parte da história deste Subsistema, o objetivo era afastar os esgotos dos núcleos

urbanos, já que na época não havia formas para o seu tratamento (Freire, 2017).

Zmitrowicz e Neto (2017) citam:

Este subsistema constitui-se no complemento necessário do subsistema de

abastecimento de água. Porém, as divergências são flagrantes e profundas,

considerando que funcionam em sentido inverso, iniciando um onde o outro

termina. A cada trecho da rede de distribuição de água deve corresponder o

da rede coletora de água servida, ambas com exercício em marcha. Os fluxos,

contudo, são opostos e de características diversas: o de água potável sob

pressão, em conduto forçado e com vazão decrescente; o de esgoto, sob

pressão atmosférica, em conduto livre e com vazão crescente. (Zmitrowicz &

Neto, 1997, p. 14).

Considerando que o foco deste trabalho é a infraestrutura urbana, os componentes da

rede de esgotamento sanitário são a rede coletora, as estações elevatórias e as de

tratamento. Fazem parte da rede coletora em sequência hierárquica, os ramais prediais,

os coletores secundários, os primários, os trocos e os interceptores, além dos poços de

visita. As tubulações são normalmente de seção circular, feitas de cerâmica, concreto,

ferro fundido ou P.V.C (Mascaró, 1987 apud Zmitrowicz & Neto, 1997) sendo

assentadas em valas abertas nas vias que são posteriormente recompostas e em

profundidades maiores do que as da rede de abastecimento de água, a fim de evitar a

contaminação (Puppi, 1981 apud Freire, 2017). A rede aproveita a declividade natural

do terreno a fim de prover o fluxo das águas. Quando não é possível o esgotamento ou a

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rede se encontra em profundidades elevadas, são construídas estações elevatórias.

Quando há mudanças de direção na rede, de diâmetro, declividade ou interseções, são

construídos poços de visita em concreto ou alvenaria.

2.3.4. ABASTECIMENTO

O Subsistema de abastecimento de água tem por objetivo prover a comunidade

água para todos os tipos de usos possíveis: entende-se como utilização da água em meio

urbano para beber e cozinhar, limpeza e descarte dos efluentes líquidos e recreação.

Puppi, segundo Freire diz que “a qualidade e a quantidade da água são, pois, as duas

condições primordiais a serem observadas” (Puppi, 1981 apud Freire, 2017), desta

forma, a vazão fornecida dever ser compatível com as necessidades da população, sendo

necessário para tal o correto dimensionamento da rede e das estações de tratamento,

bombeamento e reservação. Além disto, o sistema não deve alterar a potabilidade da

água, devendo esta atender requisitos físicos, químicos e biológicos.

Historicamente, a água das chuvas ou de poços e pequenos mananciais próximos

era captada e reservada em cisternas para uso individualizado (Freire, 2017). Gregos,

Romanos e Bizantinos utilizavam este sistema para abastecimento doméstico e público

(Mays, Antoniuo, & Angelakis, 2013, apud Freire, 2017), ao mesmo tempo em que

devido a crescente demanda e a incapacidade dos mananciais próximos em suprir este

crescimento, foram desenvolvidos e aprimorados os aquedutos, principalmente durante

o Império Romano (Feo et al., 2013, apud Freire, 2017). A Revolução industrial, além

de incrementar ainda mais a demanda, trouxe para este sistema a aplicação e

desenvolvimento de novas tecnologias como o Bombeamento, tratamento e purificação

(Freire, 2017) sendo assim possível o atendimento das necessidades hídricas. Também

foram fixados em 1852, na Inglaterra, os primeiros padrões de qualidade através do

“Metropolis Water Suply Act”.

Os Subsistemas de abastecimento de água são compostos por estruturas de

captação, adutoras de água bruta3 e tratada, estações de tratamento, e as redes de

distribuição podendo também conter reservatórios para regularização das vazões4,

atendimento de consumos emergenciais e manutenção da pressão na rede (Mascaró,

3

A água que ainda não foi tratada. 4

Os reservatórios permitem que a estação de tratamento tenha uma produção constante, cabendo aos reservatórios armazenar estes

volumes quando o consumo for menor do que volume produzido pela E.T. A, retornando este volume à rede quando o consumo for

maior que a produção da E.T.A.

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1987 apud Zmitrowicz e Neto, 1997). A rede de distribuição é o componente mais caro

do sistema, de forma que seu traçado segue o próprio traçado das vias urbanas, sendo

constituída, majoritariamente, por tubulações de seção circular em ferro fundido ou

P.V.C complementada com outros dispositivos como peças de conexão especiais,

válvulas e registros. Assim como as redes de esgotamento e águas pluviais, a rede de

abastecimento é assentada abaixo do nível da via, porém como já citado no item

anterior, deve-se garantir que ela esteja sempre acima do nível de assentamento das

outras redes hidráulicas (Zmitrowicz & Neto, 1997).

2.3.5. RESÍDUOS SÓLIDOS

Em geral o Sistema de coleta de resíduos sólidos urbanos não apresenta uma

infraestrutura, sendo um serviço constituído apenas de equipamentos urbanos, tais como

pontos descarte e estações de triagem, sendo todo o transporte realizado por veículos.

Porém algumas cidades como Barcelona, implantaram um sistema que utiliza o vácuo

para este transporte. Os pontos de coleta são interligados por uma rede de tubos de aço

carbono revestidos de polietileno, assentados em profundidades que variam de 1,5 a 2,5

metros. Desta forma, o Subsistema passa a contar com uma infraestrutura,

compartilhando os conflitos pelo uso do solo urbano com os outros Subsistemas

(Seoane, 2011).

2.3.6. ENERGIA

O Subsistema Energético tem por objetivo fornecer a energia necessária ao

funcionamento de máquinas e equipamentos de iluminação, climatização, transporte

entre outros. Pode ser dividido em dois Subsistemas distintos, de acordo com a fonte

que possibilita este aproveitamento energético, o gás e o eletricidade, tendo ambas

maior utilização nas áreas urbanas devido a facilidade de manipulação pelos usuários,

custo e impactos ambientais. Mascaró, segundo Freire, diz que: “a nível mundial, nas

malhas urbanas, a energia elétrica destina-se à iluminação de locais e movimentação de

motores, e a energia do gás à produção de calor (como cozinhar, esquentar água,

aquecer ambientes)” (Mascaró, 1987 apud Zmitrowicz & Neto, 1997, p. 15).

Conforme anteriormente citado neste trabalho, o gás canalizado foi o primeiro

tipo de rede energética implantada nas cidades contemporâneas. Inicialmente derivado

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da destilação do carvão, passando nos anos de 1970 a ser produzido a partir do petróleo

e atualmente sendo extraído de depósitos naturais de gás. A utilização para fins de

iluminação foi descontinuada após a implantação das primeiras redes elétricas, porém o

gás continua sendo utilizado até hoje para cozinhar e aquecer. Entretanto, a rede que

causou o maior impacto nas cidades modernas foi a rede elétrica. Introduzida no final

do século XIX, substituiu o gás na iluminação de vias e ambientes além de ter

possibilitado a difusão dos motores elétricos, que revolucionaram os transportes e o

abastecimento. A implantação de veículos de transporte coletivos movidos à

eletricidade (bondes, metrô e ferroviário suburbano) permitiu que a população ocupasse

áreas mais afastadas dos núcleos urbanos, onde os lotes tinham preços mais acessíveis,

contribuindo para o aumento da área urbana dando origem aos chamados Subúrbios.

Também permitiu a verticalização das cidades, através a instalação de elevadores e

bombas para fornecimento de água aos andares mais altos (Zmitrowicz & Neto, 1997).

Os componentes formadores do subsistema de gás canalizado são a usina de

produção ou uma jazida de gás natural e seus sistemas de extração, tanques de

armazenamento e compressão, misturadoras, odorizadoras e filtros. A rede em si é

formada por uma série de estações reguladoras de pressão, válvulas e tubulações para a

distribuição, estas sendo sempre subterrâneas, com diâmetros decrescentes feitas de aço

e polietileno. Sua localização, devido aos riscos envolvidos, deve ser a mais isolada

possível em relação aos edifícios e outras redes (Zmitrowicz & Neto, 1997).

Para o fornecimento de energia elétrica “é necessário um conjunto de elementos

interligados com a função de captar energia primária, convertê-la em elétrica,

transportá-la até os centros consumidores e distribuí-la neles, onde é consumida por

usuários residenciais, industriais, serviços públicos, entre outros” (Mascaró, 1987 apud

Zmitrowicz & Neto, 1997, p. 16). A geração é feita em usinas que transformam a força

das águas ou dos ventos em energia mecânica, também podendo esta força motriz ser

obtida da queima de algum combustível fóssil ou da reação termonuclear, em energia

elétrica. A energia elétrica segue então do ponto de geração, através de uma rede de

transmissão até os polos consumidores. A distribuição dentro das cidades é feita através

de duas redes: a primária e a secundária, que alimenta o consumidor final, sendo esta

alimentada pela primária. As redes de transmissão, distribuição primárias e secundárias

se diferenciam pela tensão e pela potência que transmitem5. A energia ao mudar de

5 No Brasil as redes de transmissão operam entre 138 e 765 kV, as de subtransmissão entre 34,4 e 138 kV. Dentro dos limites

urbanos, a transmissão primária é feita em 13,8 kV e a secundária entre 400 e 110V.

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nível passa pelas chamadas estações abaixadoras, que são formados por grupos de

transformadores. Os cabeamentos elétricos são a estrutura física da rede de distribuição,

sendo formados por fios de cobre (geralmente 4 fios – 3 fases e 1 neutro) que

geralmente são isolados. Este cabeamento pode ser instalado em postes de seção

circular feitos de concreto armado ou madeira, a alturas que variam de 9 a 11 metros,

compartilhando este elemento com a iluminação pública ou de forma subterrânea. A

rede aérea é a mais utilizada devido ao custo relativamente menor de implantação,

porém em locais densamente povoados, dá-se preferência para as redes subterrâneas.

Em ambos os níveis, deve-se ter cuidado tanto com as interferências causadas pelas

copas das árvores, quanto por suas raízes (Zmitrowicz & Neto, 1997).

2.3.7. COMUNICAÇÕES

São as redes mais novas a serem implantadas nas cidades, representadas pelos

serviços de telefonia, internet e TV a cabo, além de redes especializadas para controle

de tráfego e monitoramento das vias, sendo constituídas por cabos de cobre e de fibra

ótica, seguindo especificações de instalação muito parecidas com as das redes elétricas.

As redes de informação revolucionaram as relações pessoais e de negócios, não sendo

mais necessário o deslocamento de pessoas ou transporte de algum meio físico portador

da informação. A informação é transferida de forma quase instantânea por meios

totalmente digitais (Zmitrowicz & Neto, 1997).

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2.4. LEGISLAÇÃO E O DIREITO URBANÍSTICO – O USO DO ESPAÇO

URBANO

Vimos que o crescimento dos núcleos urbanos só foi possível devido à presença

de infraestruturas que permitiram a prestação de serviços de utilidade pública urbana,

em consonância com os cinco requisitos expostos por Abiko (2011). Entretanto, a

cidade e seus sistemas precisam de ordenamento, de forma a conciliar os diversos

interesses e garantir o bem-estar social e o desenvolvimento sustentável. De acordo com

o avanço do Urbanismo como ciência, a legislação também avançou no sentido de

estabelecer os direitos e deveres dos Entes Públicos e Privados que por ventura tivessem

interesse em explorar o espaço urbano para fins econômicos.

Neste tópico é feita uma análise do Uso do Espaço Urbano, as formas de

prestação de serviços de utilidade pública e sua remuneração sob a ótica da Legislação

Brasileira em vigor, voltados para a tentativa de organizar a infraestrutura urbana e

garantir o cumprimento dos requisitos supracitados, além de apontar a necessidade da

instituição de mecanismos legais para controle, mapeamento e ordenação o espaço

urbano.

A Constituição de República de 1988 estabelece o uso comum pela população

do solo, subsolo e atmosfera do País, em detrimento aos interesses individuais,

limitando assim o uso privado. Através da Lei n° 6.938/1981, que estabeleceu a Política

Nacional do Meio Ambiente, declara em seu art. 3º, inciso V, com redação alterada pela

Lei n° 7.804/1989 que o espaço natural e urbano possui natureza jurídica de Bem

Ambiental:

Art. 3º Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

V – recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e

subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da

biosfera, a fauna e a flora (Brasil, 1981).

Assim sendo, é possível aplicar aos três níveis urbanos alguns Princípios do Direito

Ambiental, sendo estes: Desenvolvimento Sustentável, Obrigatoriedade da Intervenção

Estatal, Prevenção, Precaução, Informação, Solidariedade Intergeracional, Educação

Ambiental, Participação, Poluidor Pagador e Usuário Pagador (Pacheco, 2013).

Entende-se por Desenvolvimento sustentável “o desenvolvimento que satisfaz as

necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir

suas próprias necessidades” (Brundtland, 1991 apud Pacheco, 2013, p. 36). Sendo assim

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quem utiliza o espaço urbano deve ter consciência que aquele espaço também servirá as

próximas gerações, de forma que os projetos de infraestrutura urbana devem ser

concebidos tendo em vista sua implantação e expansão, sem comprometer a

implantação e expansão de outros projetos futuros.

A Obrigatoriedade da Intervenção Estatal tem por meta proteger o recurso. O

Estado deve agir como administrador, conhecendo e garantindo a correta utilização e

acesso aos espaços urbanos, garantindo a segurança dos usuários e do patrimônio

material e imaterial que o compartilha. Prevenção significa monitorar a utilização do

espaço urbano, evitando acidentes e implantando formas de reduzir o impacto caso estes

ocorram. Precaução é estabelecer protocolos para que não haja acidentes e danos ao

espaço urbano, seus usuários e infraestrutura. A Informação deve ser livre para que os

cidadãos que vivem naquele espaço possam tomar decisões a respeito do seu uso. A

Solidariedade Intergeracional tem estreita relação com o desenvolvimento sustentável,

garantindo que as futuras gerações tenham as mesmas oportunidades de uso e

desenvolvimento. Sobre a Educação Ambiental, deve o Poder Público instruir em todos

os níveis de ensino, sobre a correta utilização do recurso e a sua preservação. A

Participação envolve união da sociedade e o Estado no estabelecimento de regras para

uso, gestão e conservação do espaço Urbano. O Poluidor Pagador deve ressarcir o

Estado e a sociedade, caso haja acidente e degradação do espaço urbano. O valor deve

ser utilizado para eliminar o problema ou estabelecer a qualidade a níveis próximos aos

existentes antes de ocorrer o dano. O Usuário Pagador determina que a contrapartida

pelo uso do espaço urbano é obrigatória, como forma de evitar o enriquecimento ilícito,

fomentando a ideia de que este bem é patrimônio da coletividade (Pacheco, 2013).

Pode-se então estabelecer graças a estes Princípios algumas premissas. O uso e

exploração do espaço urbano, principalmente para a instalação de infraestruturas que

objetivam a prestação de serviços de utilidade pública urbana deve ser feito garantindo-

se que futuras infraestruturas possam ser devidamente instaladas provendo o acesso da

população aos serviços, em quantidade e qualidade, de acordo com a evolução da

tecnologia e da demanda. Mais do que isso, ela não deve apenas garantir que o uso

futuro seja espacialmente possível, mas técnica e financeiramente viável e possível. O

Estado não deve se omitir quanto ao controle e uso do espaço urbano, tendo ele o papel

de garantir o acesso e a livre concorrência, porém estabelecendo um cenário que não

degrade o espaço urbano. Para tal, o Poder Público deve ter pleno conhecimento do

espaço urbano, no sentido de organizá-lo assim como também garantindo o acesso as

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informações sobre seu uso tanto para o cidadão impactado pela exploração, quando para

aqueles que tenham interesse em estudar e implantar infraestruturas e equipamentos a

fim de fazê-lo. Somente conhecendo as infraestruturas urbanas é possível avaliar se

estas garantem a demanda atual e se conseguem absorver as futuras demandas, sem

prejudicar o nível de serviço. Assim também é possível estabelecer programas de

manutenção e projetos de expansão, evitando falhas no fornecimento do serviço e danos

ao meio físico, aos usuários e a outras instalações que compartilham o espaço, além de

garantir a continuidade da prestação do serviço caso haja falência da pessoa jurídica

concessionária, facilitando o processo para sua substituição. O princípio do Poluidor

Pagador é sem dúvida o que cabe maior discussão, visto que dentro do meio urbano,

apenas quando há a falha de uma infraestrutura, fica o responsável por ela arcar com as

reparações financeiras a quem foi afetado, entretanto este princípio deve ser visto não

neste contexto e sim como uma forma de garantir que a implantação, operação e

manutenção de infraestruturas urbanas sejam feitas de forma a mitigar os impactos

causados pela existência deste serviço público. É possível citar como exemplo a questão

das redes aéreas de energia e comunicação nas grandes cidades. Durante o estudo de

viabilidade técnica e financeira, opta-se na maioria das vezes por esta instalação aérea

em razão de ser financeiramente menos onerosa e executada em um tempo menor.

Entretanto, a existência de cabeamento aéreo é um problema estético desvalorizando as

ruas e os edifícios nela localizados, também sendo um tipo de instalação sujeito a mais

interrupções devido a fenômenos climáticos e adversos, além de permitir o fácil acesso

de pessoas às redes para fins de furto e vandalismo. Por isto, não deveria o Estado,

através da taxação, atuar como um incentivador no processo de substituição destas redes

aéreas pelas subterrâneas, principalmente nas áreas centrais e mais valorizadas das

cidades, ou como forma de revitalização de áreas degradadas.

Outro ponto deste princípio ocorre do fato de toda infraestrutura ter um ciclo de

vida, sendo estes o planejamento, projeto, construção, operação / manutenção e

desmobilização. Vê-se atualmente nas cidades brasileiras que não há um planejamento

para desmobilização, sendo, por exemplo, a derrubada do elevado da Perimetral no Rio

de Janeiro, algo inédito em termos de infraestrutura urbana. Obviamente que

infraestruturas urbanas têm elevado custo para construção e por isso, seu tempo de

utilização é extremamente alto. Porém quando a obsolescência tecnológica chega a uma

infraestrutura, seja porque ela não atende mais a demanda, ou por terem surgido novas

tecnologias comercialmente mais competitivas, vemos que esta infraestrutura é

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simplesmente abandonada. Prova disto foi o achado, durante as obras de construção do

BRT TransCarioca, de centenas de metros de trilhos das antigas linhas de Bonde da

cidade, enterrados abaixo de várias camadas de asfalto (Figura 5). Mesmo não servindo

mais a população, a infraestrutura ocupa espaço físico no meio urbano, sendo assim,

deveria o operador deste subsistema, ser multado pelo abandono da rede, de forma que

passasse a ser financeiramente obrigatória a desmobilização dela.

Figura 5 - Trilhos de bonde encontrados sob camadas de asfalto em Vaz Lobo.

Fonte: Jornal Extra

Retornando aos aspectos legais, o Código Civil Brasileiro de 2002, em seu art.

99 classifica a superfície urbana como bem público, da seguinte forma:

Art. 99. São bens públicos:

I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço

ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou

municipal, inclusive os de suas autarquias;

III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de

direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas

entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais

os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha

dado estrutura de direito privado (Brasil, LEI No 10.406, DE 10 DE

JANEIRO DE 2002, 2002).

Entretanto a Lei não estabelece, a princípio, a classificação do subsolo e do nível

aéreo urbano como bem público, sendo usualmente aplicado, conforme exposto por

Pacheco (2013), a classificação como bem de uso especial, já que estes espaços são bens

destinados à prestação de serviços públicos tendo, portanto o caráter de inalienabilidade,

necessitando assim da outorga de direito de uso pelo poder municipal. Cabe ressaltar

que a Constituição Federal e o Código de Minas estabelecem restrições à propriedade e

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ao uso do solo e subsolo apenas quando este possui algum tipo de riqueza mineral,

estabelecendo a interferência direta do Governo Federal nestas condições.

Não tendo o solo nenhum tipo de riqueza natural e estando este em área urbana,

a legislação brasileira elege o Município como proprietário do solo urbano, através de

alguns dispositivos na Lei, ressaltando o art. 22 da Lei nº 6.766/1979, em consequência

do registro do loteamento.

Quanto às competências, a C.F. em seus artigos 21, 22, 25 e 30, estabelece sob

quais territórios os respectivos Níveis Governamentais tem o poder de legislar e intervir,

salientando que em seu art. 23, estabelece as competências que são comuns aos 3

Níveis6 entre as quais a proteção ao meio ambiente, melhoria das condições de

habitação e saneamento, combater a pobreza e a marginalização (Abiko A. , 2011). Aos

Municípios cabe “organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou

permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que

tem caráter essencial” e “promover, no que couber, adequado ordenamento territorial

mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo

urbano” devido a proximidade que este possui com a comunidade e a familiaridade

com as condições espaciais do sitio urbano. Isto é reforçado pela CF em seu artigo 182,

que a Política de Desenvolvimento Urbano tem por meta “ordenar o pleno

desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus

habitantes” através principalmente pela aprovação na Câmara Municipal, do Plano

Diretor “obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes”, sendo este o

“instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana” (Brasil,

1988).

Sendo assim, sob a ótica da Lei, temos o Município como proprietário do espaço

público urbano, tendo este a obrigação de prestar os serviços de utilidade pública ou

organizar a prestação por parte de particulares. Introduzem-se assim os Conceitos de

Administração Direta e Indireta, tendo a Direta uma Secretaria ou Departamento

governamental a responsabilidade da prestação do Serviço utilizando recursos

orçamentários para sua manutenção, enquanto na Indireta o Serviço é prestado por uma

Autarquia ou Fundação Pública de direito público, tendo métodos mais especializados e

flexíveis de gestão, podendo constituir patrimônio próprio através de receitas

operacionais; por empresas Paraestatais constituídas por Empresas Públicas ou

Sociedades de Economia Mista, como pessoa jurídica de direito privado ou por fim,

6 Entende-se como Níveis Governamentais a União, o Estado-federado e o Município, em ordem decrescente.

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como delegação da titularidade do Serviço para empresas privadas com ou sem fins

lucrativos. A transferência da prestação de Serviços Públicos pode ser realizada, através

dos seguintes mecanismos: a Outorga caracteriza a transferência para uma Autarquia ou

Empresa Paraestatal, geralmente por tempo indeterminado e por força de Lei tanto da

execução quanto da titularidade; a Delegação que transfere apenas a prestação do

serviço por meio de contrato e de forma transitória, sendo formas de Delegação a

Concessão que é a transferência através de Lei regulamentada pelo Executivo para

Pessoa Jurídica e por tempo determinado, com vantagens e encargos para ambas as

partes, porém respondendo o Estado apenas de forma subsidiária as responsabilidades; a

Parceria-Público-Privada celebrada através de contrato e com a responsabilidade

compartilhada; a Permissão delegada a Pessoa Física ou Jurídica, através de termo e por

caráter provisório, tendo natureza precária (Abiko A. , 2011).

A obtenção da remuneração dos Serviços Públicos pode ser feita através dos

Tributos e dos Preços. Os Tributos são compulsórios, sendo comum no Brasil a

cobrança de Impostos tendo este a função de cobrir os gastos gerais do Estado e de

Taxas que cobrem os gastos que o Estado tem com o oferecimento do serviço a

população independente da utilização ser efetiva ou potencial (art. 145 da CF (Brasil,

1988)). Os Preços são fixados pelo Estado, sendo o mais comum a Tarifa, incidindo ela

apenas sobre a quem utiliza o serviço. A remuneração deve ser suficiente para cobrir os

custos com a prestação dos Serviços, incluindo investimento, operação, manutenção e

expansão (Abiko A. , 2011), sendo obrigatório ao Poder Público possuir instrumentos

para aferição de custos.

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2.5. GESTÃO INTEGRADA E MAPEAMENTO DE INFRASTRUTURA

URBANA

2.5.1. CONCEITOS

A demanda da população urbana por Serviços de Utilidade Pública gerou redes

de infraestrutura de grande tamanho e complexidade (Figura 6).

Figura 6 - O subsolo urbano e a distribuição das redes de serviço.

Fonte: Macauley (1988). Obtido em 25/03/2018.

Alguns trabalhos podem ser encontrados, evidenciando este cenário de desordem

urbana, principalmente no que diz respeito ao subsolo. Apesar de diferentes

características econômicas, culturais, políticas, demográficas e técnicas, o

desenvolvimento e ocupação do subsolo urbano é tendência, sofrendo uma rápida

evolução em todo o mundo (Besner, 2002). Na maioria das cidades, o ordenamento do

subterrâneo foi relegado ao segundo plano, em contradição aos esforços para regular as

construções da cidade e ao processo de planejamento urbano. A execução de

infraestruturas, tendo avançado à frente do cadastramento destas, acarretou um

desenvolvimento notável, porém criou um congestionamento geral causado pela invasão

descontrolada de canos, dutos e túneis no subsolo de muitas cidades (Figura 7). Por isto,

a necessidade de planejar racionalmente e dirigir a expansão subterrânea urbana esta

sendo discutida em todo o mundo. As cidades possuem o direito de explorar seu espaço

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subterrâneo, porém, também têm o dever de garantir que as atividades desenvolvidas no

subsolo não causem danos econômicos e ao ambiente urbano. O Desenvolvimento

subterrâneo deve atender as necessidades atuais e futuras, por isto, Besner (2002) sugere

a regulamentação do espaço, através de leis e estatutos como forma de reforçar o

controle público e a eficácia do Plano Diretor, utilizando principalmente parcerias-

público-privadas obtendo-se assim as informações necessárias para este controle. Um

princípio que permitiria um melhor ordenamento do subsolo é o pagamento por parte do

prestador de serviço que utiliza este espaço da contrapartida financeira, justamente pela

exploração do recurso público. O objetivo da cobrança, porém, não seria vender o

espaço pela melhor oferta, mas alugando-o pelo uso mais racional e sustentável (Besner,

2002).

Figura 7 - Obra realizada pela CEG no Rio de Janeiro causa danos na rede de distribuição elétrica da

Light.

Fonte: RANGEL JR (2011)

A falta de controle do subsolo urbano também é resultado da concepção de que o

nível superficial urbano é mais escasso e valioso que o subterrâneo, de forma que

apenas duas dimensões recebem a atenção dos Planos Diretores, excluindo-se a

dimensão vertical. A setorização da gestão, dispersa em autarquias e empresas públicas

ou privadas, também dificulta o desenvolvimento de mecanismos de gestão e controle

(Bobylev, 2009). Desta forma, o autor sugere algumas posturas como uma forma

sustentável das cidades utilizarem o subsolo:

Os Planos Diretores precisam ser Tridimensionais.

As demandas por infraestrutura urbana devem ser identificadas e analisadas

tendo em vista tipologias de soluções que levem a um uso sustentável do espaço.

Os responsáveis pelas infraestruturas existentes devem ser identificados, assim

como possíveis interessados em explorar o subsolo em momentos futuros.

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As infraestruturas em si devem ser identificadas, assim como a capacidade do

subsolo em fornecer o recurso espacial.

Estabelecimento de inter-relações funcionais e espaciais entre os diferentes tipos

de infraestrutura, integrando o planejamento relativo aos diversos níveis espaciais

urbanos.

Os resultados esperados com esta nova política é a implantação de melhores

soluções de infraestrutura, economicamente mais eficientes e espacialmente menos

invasivas, cidades mais resilientes e menos suscetíveis a desastres naturais e acidentes,

com a continuidade dos serviços mesmo em situações adversas e por fim garantindo o

direito as futuras gerações do uso do espaço urbano (Bobylev, 2009).

Tendo em vista a necessidade da implantação de sistemas de informação que

ajudem no ordenamento do espaço físico urbano e nas intervenções sobre a

infraestrutura, são apresentados os principais projetos desenvolvidos por algumas

municipalidades, neste sentido.

2.5.2. A EXPERIÊNCIA DE SÃO PAULO

Até os anos de 1970, as empresas prestadoras de Serviços de Utilidade Pública

da cidade de São Paulo construíam suas infraestruturas de maneira independente,

resultando em transtornos para a população e prejuízo para o Governo Municipal

(CONVIAS, Departamento de Controle e Cadastro de Infraestrutura Urbana, 2018). Em

1975 surgem os primeiros esforços na tentativa de solucionar este problema com a

criação da CEC – Comissão de Entendimento com Concessionárias – objetivando o

entrosamento das ações realizadas pelas diferentes instituições. O passo seguinte foi a

criação de mecanismos para a gerência de obras em vias públicas, sendo criado em 1977

o Departamento de Controle de Uso de Vias Públicas da Secretaria de Vias Públicas -

CONVIAS – através da lei n° 8.658/77 e forma a integrar, organizar e disciplinar a

instalação de infraestruturas nas vias da capital paulista tanto por parte dos

concessionários, quanto pela própria Prefeitura de São Paulo.

No final dos anos 90, com o processo de privatizações e o surgimento de novas

tecnologias em infraestrutura, os meios para a gestão deste serviço tornaram-se

inadequados. As novas empresas alheias às necessidades de ordenamento do espaço

urbano e da comunicação a Prefeitura das informações a respeito da expansão das redes,

causaram danos estéticos ao espaço público e aos cofres da cidade de São Paulo,

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principalmente da necessidade de recomposição de pavimentos assim como

inviabilizando obras públicas devido às indenizações cobradas pelos concessionários

para o remanejamento das instalações (CONVIAS, Departamento de Controle e

Cadastro de Infraestrutura Urbana, 2018). Por isto em 1999 é publicado o Decreto n°

38.139/99, com novos procedimentos para autorização e programação de obras em vias,

inclusive necessitando da aprovação prévia dos projetos. A execução de serviços de

infraestrutura passa a ser vinculada a um Termo de Permissão de Uso a Título Precário

Oneroso, aumentando o controle da municipalidade sobre estes serviços. Novos

procedimentos foram publicados em 2003, através da lei n° 13.614/03.

Em 2005 é implantado o CGVIAS – Centro de Gerenciamento de Obras nas

Vias Públicas, que em 2009 passou a contar com o apoio do GeoCONVIAS, o sistema

de informações georreferenciadas (mapa e banco de dados), para gerenciamento dos

projetos previstos e em andamento, das obras em execução e das redes existentes, sendo

incorporados neste ano os dados da SABESP, em 2011 da COMGAS e da Telefônica e

em 2012 da ELETROPAULO. Segundo a CONVIAS:

A primeira etapa do projeto, já trouxe diversos benefícios como a integração

das informações que estavam dispersas pelo Departamento, a visualização

destas informações na forma de mapa, a segurança dos dados pelo controle

de acesso por perfil, a possibilidade de edição dos layer’s simultaneamente

por vários usuários, a confiabilidade dos dados por regras de validação e

negócio, a garantia dos dados por backup’s automatizados (CONVIAS,

Departamento de Controle e Cadastro de Infraestrutura Urbana, 2018).

Até a presente data, 95% do cadastro das redes subterrâneas das concessionárias e 30%

do cadastro das redes de drenagem já se encontram disponíveis na base de dados.

2.5.3. A EXPERIÊNCIA DO RIO DE JANEIRO

Criado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, o desenvolvimento do GEOVIAS teve

por objetivo a criação de um Sistema que possibilitasse o gerenciamento e ordenamento

das redes subterrâneas de Empresas e Órgãos que atuam na Cidade, na forma de um

cadastro das redes e no acompanhamento de licenciamento e andamento de obras em

andamento (PCRJ, 2013).

Em 7 de Julho de 2010, foi criado o primeiro Grupo de Trabalho, sendo

realizada a primeira reunião deste grupo na sede da CEG em 05 de Agosto. O Plano de

Trabalho foi ratificado em Fevereiro de 2011, entre a Prefeitura, IPP, Seconserva, Rio

Águas, IplanRio, CEG, OI, CEDAE e Light. No mesmo mês foi realizada visita do

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Grupo a cidade de Barcelona, na Espanha, com o objetivo de conhecer o Sistema

implementado nesta Cidade, usado como modelo para o carioca. O Decreto n° 35.127

de 16 de Fevereiro de 2012, tornou obrigatória a disponibilização dos cadastros

digitalizados das Concessionárias que atuam na capital Fluminense, das suas redes

subterrâneas. Em Junho de 2012, entrou em operação como teste, o primeiro módulo

cadastro das redes.

O Sistema foi desenvolvido para toda a cidade sendo a homologação feita a

partir da Região Administrativa do Centro, com um orçamento inicial de 2 milhões de

Reais (PCRJ, 2011). A arquitetura utilizada foi a ArcGis Server, conforme modelo

adotado pelo IPP. O primeiro produto, o GeoVias-Gis permite a visualização de todas as

redes, sobre o mapa da cidade.

2.5.4. EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS

Outras experiências internacionais no mapeamento e gestão das infraestruturas

podem ser destacadas. Na Malásia o JUPEM, departamento especializado na pesquisa e

mapeamento do país, possui o sistema PADU, voltado para infraestruturas subterrâneas.

Desde 1986 o Japão possui o Sistema de informações da administração japonesa de

estradas (ROADIS) utilizando tecnologia SIG para fornecer informações a respeito de

infraestruturas tanto acima quanto abaixo das vias, além de um sistema eletrônico

complementar para solicitação e autorização de intervenções nas ruas. Sistemas

semelhantes também estão sendo concebidos pelas cidades de Chicago, nos Estados

Unidos, Galgary, no Canadá e Jalisco no México, através do Instituto de Información

Territorial del Estado de Jalisco e seu sistema SITEL (Likhari, Webb, Bricker, Bonsor,

Frith, & Catchpole, 2017).

Em 1990 a cidade de Barcelona na Espanha implementou o sistema ACEFAT,

unificando todas as informações e plantas cadastrais das diferentes empresas envolvidas

na prestação de serviços de utilidade publica na base de dados eWise (Web de

Información de Servicios Existentes), disponibilizando-a desde 2008, em formato SIG e

sob consulta através de um portal web. Também foi criado o eGios (Información general

del espacio público), onde todos os processos de licenciamento e intervenções são

comunicados de forma eletrônica (Díaz, 2014).

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2.5.5. UTILIZAÇÃO DE SIG PARA MAPEAMENTO E GESTÃO INTEGRADA.

O quadro existente em muitas cidades pelo mundo é o total desconhecimento das

infraestruturas urbanas existentes e a falta de políticas e instrumentos para seu controle

e ordenamento. Uma das causas disto, conforme já apontado, é a setorização dos

diversos Subsistemas Urbanos. “As informações encontram-se dispersas em diversas

instituições públicas e privadas, encontram-se em diferentes formatos, mostrando-se

incompletos ou redundantes. Os estudos urbanos requerem uma permanente atualização

e ordenação dos dados para subsidiar o planejamento territorial.” (Lombardo &

Machado, 1996). A evolução das técnicas de Sensoriamento Remoto e os Sistemas de

Informações Geográficas (SIG) vêm permitindo a análise de dados e a confecção de

mapas temáticos que podem ser combinados e tratados.

Um SIG pode ser conceituado como a “combinação de recursos técnicos,

computacionais e humanos que, unidos a um conjunto de procedimentos

organizacionais, é capaz de produzir informação para auxílio de algum requerimento

gerencial” (Dale & McLaughlin, 1989 apud Lombardo & Machado, 1996, p. 7). “Os

componentes da informação geográfica são armazenados pelo sistema em bases de

dados digitais. A coerência entre eles é essencial para garantir a homogeneidade da

informação geográfica de que está se tratando.” (Lombardo & Machado, 1996, p. 7). O

modelo de dados para a construção do SIG depende do nível de precisão requerida e da

capacidade computacional, podendo ser adotado o raster ou vetorial.

No modelo raster é feita a divisão do espaço físico em um sistema quadricular

uniforme, sendo associado a cada célula um atributo predominante, utilizando-se seu

valor médio. A informação geográfica é convertida em informação discreta, ganhando

agilidade computacional e facilitando o tratamento, porém, com a perda de exatidão e

detalhes. O modelo vetorial é contínuo, cumprindo postulados da geometria euclidiana.

Ponto, linhas e superfícies são as entidades representativas correspondentes a

informação, sendo obtidas pela interconexão de coordenadas cartesianas (Lombardo &

Machado, 1996).

O SIG inclui a aquisição, classificação, processamento, atualização, recuperação,

análise e disseminação de dados, estando sua utilidade intimamente dependente da sua

capacidade em atualizar estes dados, entretanto isto também limitava a aplicação do

sistema, pois a atividade de levantamento e manutenção da informação era a parte mais

custosa (Davis Júnior & Alves, 2006). A padronização para transferência de dados era

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de suma importância para o compartilhamento da informação, porém a criação de

clearing houses reduziu esta necessidade. A adoção de serviços Web permitiu a criação

de ambientes compartilhados, distribuídos e interoperáveis. Desta forma, os SIG se

tornaram “o núcleo de ambientes computacionais que envolvem grandes quantidades de

usuários, espalhados em várias localidades, e acessando grandes volumes de dados”

(Davis Júnior & Alves, 2006, p. 1).

O SIG acabou evoluindo para o SDI – Spatial Data Infrastructure – onde os

dados são providos por diferentes serviços de informação, através de redes de

computadores. Segundo Davis Júnior:

Múltiplos provedores de informação, cada qual especialista em um conjunto

de dados temáticos ou em dados sobre uma região específica, catalogam seus

serviços em um servidor público, de acordo com metadados7 padronizados.

Usuários podem então selecionar os serviços de informação segundo seu

interesse e conectar-se a eles através da Internet. Essa abordagem é benéfica

primeiramente porque usuários sempre têm acesso à versão mais atual dos

dados. Um segundo benefício é a capacidade de manterem-se menores os

programas, sem necessidade de muito espaço local de armazenamento de

dados um fator importante para aplicações de computação móvel (Davis

Júnior & Alves, 2006, p. 2).

A criação das clearing houses foi o primeiro passo para o SDI, onde com base

na internet, criou-se um “local centralizado onde podem ser encontrados dados de

diversas fontes diferentes, e onde estão disponíveis serviços complementares tais como

busca, visualização, transferência e manipulação de dados espaciais” (Davis Júnior &

Alves, 2006, p.3).

Atualmente os GeoPortais são a maior inovação na área de SDI, sendo este uma

ferramenta de interface para o usuário do sistema. Além disso, a adoção de uma

arquitetura OGC – Open Geospatial Consortium – “para distribuição de dados e

funcionalidades geográficas sobre a Internet, assim liderando o processo de

padronização de formatos de dados, métodos e especificações de interfaces. Essa

arquitetura é chamada OpenGIS Services Framework” (Davis Júnior & Alves, 2006, p.

7).

Entretanto, Davis Júnior diz que:

“A riqueza de aplicações locais de SIG e a diversidade de interesses entre

seus usuários impõem novas necessidades para as SDI. Assim, iniciativas tais

como serviços baseados em localização, planejamento de rotas e outros

podem se beneficiar de uma SDI local orientada para serviços Web. Por outro

lado, um conjunto tão amplo de dados dificilmente será sustentado apenas

pela administração municipal, já que muitos dos itens necessários estão na

7 Metadados são dados sobre dados, como por exemplo, o nome, artista e álbum de um arquivo de música.

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área de interesse de outros atores, como empresas concessionárias de serviços

públicos, agências estaduais e federais, associações de classe, ONGs e outras

instituições.” (Davis Júnior & Alves, 2006, p. 9).

Por isso a necessidade de estabelecer parcerias com municípios vizinhos já que, na

maioria das vezes, principalmente no Brasil, a empresa concessionária atua em diversas

cidades de determinada região, compartilhando o custo e aumentando a capacidade

computacional, sendo assim possível o desenvolvimento de sistemas que atendam as

necessidades da complexa infraestrutura urbana.

O desenvolvimento da cidade digital, com o mapeamento das redes de

infraestrutura otimizado, tão fundamental para a administração pública, também facilita

o acesso a informação de pesquisadores que trabalham com a otimização destas

infraestruturas urbanas (He, Hu, Tang, & Guo, 2010).

Este sistema de informações deve informações como o encaminhamento da

infraestrutura, tipo, profundidade, dimensão (área da seção ou diâmetro) e estado de

conservação. Sendo assim o sistema de gerenciamento e ordenamento da infraestrutura

subterrânea deve ter algumas características, entre elas (He, Hu, Tang, & Guo, 2010):

A distribuição destas redes é complexa, sendo impossível a sua visualização do

nível superficial. As informações devem ser as mais exatas possíveis de forma a garantir

a integridade dos subsistemas e das pessoas que farão a manutenção deles.

Uma rede acaba influenciando a outra, principalmente devido aos

distanciamentos exíguos entre as estruturas.

A velocidade de atualização dos dados sobre as redes deve acompanhar a

atualização e mudanças das próprias características físicas das redes.

Desta forma, para a existência de um sistema que seja plenamente confiável,

constituído de informações condizentes com a realidade, é necessária a checagem no

local, das redes existentes através da comparação na via, dos dispositivos constantes nos

cadastros. Em relação ao nível subterrâneo, a identificação de dispositivos que chegam

até a superfície, como poços de visita e bocas de lobo, é uma forma de verificação das

plantas cadastrais, além de estudos e coleta de dados durante a execução de obras e

manutenções nas redes subterrâneas.

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3. PROJETO DE MAPEAMENTO E GESTÃO INTEGRADA

Para a implementação deste Projeto, foram escolhidos dois softwares o Autodesk

AutoCad (2017) e o Microsoft Excel (2010), pelas seguintes razões:

Custo mais baixo para aquisição por parte da Prefeitura e de outras partes

interessadas;

Disponibilidade na maioria das Prefeituras e Concessionárias, já estando

prontamente disponível para uso em sua maioria;

São programas conhecidos majoritariamente pelo corpo técnico, tendo este

habilidade satisfatória para seu uso;

Compatibilidade com a maioria dos outros Programas, inclusive baseados em GIS.

Entretanto deve-se também destacar algumas desvantagens dos Softwares supracitados:

São softwares respectivamente, para desenho e cálculos, não tendo sido

desenvolvidos especificamente para este fim;

A necessidade da inserção manual de todos os dados;

A falta de automatização entre eles, de forma que qualquer alteração em um, faz-

se necessária à mudança manualmente no outro;

Necessidade da utilização de dois programas simultaneamente.

Desta forma, a metodologia desenvolvida aqui tem por objetivo, fornecer uma

ferramenta para gestão básica da infraestrutura urbana, que pode vir a ser aplicada de

forma geral em cidades de pequeno porte assim como na fase de planejamento para a

implementação de sistemas baseados em SIG para cidades de médio a grande porte.

Em cidades de pequeno porte, devido ao tamanho reduzido da malha urbana e a

simplicidade das infraestruturas, a utilização desta metodologia mostra-se adequada e

suficiente para questões de organização e planejamento do espaço urbano além da

tomada de decisões relativas as intervenções urbanas.

Já em cidades de médio a grande porte, a utilização desta metodologia na fase de

Planejamento do Projeto de desenvolvimento de Sistema de Gestão urbana baseado em

SIG, possui os seguintes objetivos, tendo como base a eleição de uma localidade piloto

para implementação:

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Determinar as informações disponíveis nos arquivos municipais e também nos

das concessionárias de serviços de utilidade pública: O formato disponível, as

informações contidas e seu nível de atualização;

A determinação de quais informações são necessárias para a montagem do

Sistema de gestão e informação;

A determinação de quais informações devem constar no sistema e de forma

específica o nível de acesso dos diversos envolvidos, seja na disponibilização das

informações necessárias ao Sistema, na colaboração para a atualização das informações

catalogadas ou simplesmente, no acesso para fins de consulta;

Na estimativa do tempo necessário para coleta das informações, catalogação e na

construção do próprio Sistema, além da disponibilidade orçamentária para tal;

Conscientizando os vários níveis da municipalidade e os diversos colaboradores

envolvidos, para a importância de sistemas deste tipo, que além de colaborarem para o

cumprimento dos requisitos básicos das infraestruturas urbanas, geram projetos

aplicáveis à execução, compatibilizados e adequados a demanda e economia nos

insumos necessários a expansão e manutenção dos diversos elementos.

Sendo assim, no próximo item será apresentada a metodologia geral para a

implantação deste modelo, cabendo ressaltar que o Sistema deve atender as expectativas

e necessidades de cada Cidade, tendo o Gestor total liberdade para definir os parâmetros

e informações contidas nele.

3.1. MODELO GERAL PARA SISTEMA BASEADO EM AutoCad e Excel

3.1.1. EXECUÇÃO DE PROJETO NO AutoCad

O AutoCad é um software para realização de desenho computacional de

projetos. Esta finalidade será explorada na concepção de uma planta urbana que

contenha graficamente todos os elementos urbanos. Mesmo que o foco deste Sistema

sejam as infraestruturas que dão suporte físico e possibilitam a prestação dos Serviços

de Utilidade Pública Urbana, também devem ser mapeados todos os Equipamentos

Urbanos existentes. O foco deve ser sempre o espaço público urbano, dito isto, a

existência em si do elemento já gera o conflito pelo espaço neste ambiente, fazendo-se

necessária por tanto a sua catalogação.

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A catalogação da vegetação e sinalizações horizontais, por exemplo, devem ser

privilegiadas nesta fase. A arborização não constitui uma infraestrutura urbana, porém a

sua existência como um elemento de paisagismo urbano, gera conflitos pelo espaço nas

vias públicas. Suas copas influenciam na passagem do cabeamento aéreo e o contato

entre eles está entre as principais causas das falhas em subsistemas elétricos e de

comunicações, enquanto suas raízes além de interferirem nas tubulações subterrâneas,

causam danos aos passeios. Enquanto isto, as sinalizações horizontais, mesmo não

ocupando espaço de forma expressiva, são maculadas por intervenções nas vias. A

abertura de valas para conserto de elementos subterrâneos que passam sob travessias de

pedestre destroem a sinalização pintada na via, assim como a pavimentação. A

existência de um sistema único para administração das intervenções nos subsistemas

gera ciência em todos os atores que desenvolvem as mais distintas atividades no espaço

público urbano, facilitando e agilizando sua atuação, no sentido de prontamente

recuperar os danos, retornando ao estado normal de funcionamento e desempenho.

Por isto, o desenho deve conter todas as vias da área na qual o sistema esta sendo

implantado, suas respectivas guias, lotes e seus números de identificação, vegetação,

postes, tubulações e cabeamentos. Cada grupamento de elementos deve ser representado

por uma layer diferente, tendo características de cor e pena distintas. As layers

permitem que os elementos sejam desligados, apresentando-se assim somente quando

forem necessários. Os elementos também devem ser representados com suas dimensões

as mais próximas a realidade, possibilitando a identificação dos conflitos espaciais. Isto

deve ser regra especificamente para elementos tubulares, podendo os cabeamentos

serem representados através de elementos lineares para fins de simplificação.

Devido à imensidão do tecido urbano, a divisão das vias em quadrículas

horizontalmente dispostas, permite sua identificação e gestão de forma facilitada, sendo

atribuído um código para cada quadrícula com este fim. Dentro da quadrícula horizontal

cada elemento também deve receber um código, dando-se preferência a códigos que

gerem famílias de infraestruturas semelhantes e que consigam gerar tantas

possibilidades de combinações quanto forem necessárias. Estes códigos serão a base da

catalogação e do mecanismo de busca das características de cada elemento na base de

dados existente no Excel.

Além disto, em cada quadrícula horizontal, também deve constar pelo menos um

plano vertical, devendo haver mais seções transversais, caso haja necessidade especial

como alta densidade de elementos ou características complexas. Este corte da Via deve

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ser dividido em quadrículas regulares, permitindo a localização e identificação rápida

dos elementos.

3.1.2. CATÁLOGO DE INFORMAÇÕES UTILIZANDO O EXCEL COMO BASE

O Microsoft Excel é um software que permite o arquivamento e organização de

informações, além de cálculos matemáticos e lógicos. Esta característica será explorada

com a finalidade de criar um banco de informações sobre os elementos existentes

complementando o mapeamento feito no AutoCad.

As informações constantes nesta base devem ser todas aquelas disponíveis e

necessárias para que o gestor tenha a capacidade de tomar decisões que garantam a

segurança e eficiência dos subsistemas.

O elemento elo entre a planta disponível no AutoCad e a base de dados

catalogada no Excel é justamente o código da quadrícula horizontal e o código do

elemento desejado contido na respectiva quadrícula. Ao indicar no Excel a localização

do elemento no ambiente (quadrícula horizontal) e o código daquele elemento dentro da

quadrícula, tem-se acesso a todas as informações relativas àquele elemento. A utilização

de listas suspensas como mecanismo de busca, torna a interface com o usuário mais

simples e evita que os dados catalogados sejam acidentalmente alterados, fazendo com

que o Sistema retorne informações errôneas. Além disto, limita que o usuário faça

alterações que comprometam a qualidade das informações.

Sugere-se que estas informações sejam o tipo de elemento, material, nível e sua

respectiva cota, a companhia ou departamento responsável pela sua gerência,

coordenadas e histórico de fatos. Estas informações serão apresentadas ao usuário,

numa espécie de formulário. Além disto, devem haver também formulários para

solicitação de Serviços e para declaração dos serviços realizados, constituindo uma

espécie de Diário de Obras das intervenções nas Vias.

3.2. APLICAÇÃO PRÁTICA DE MODELO BASEADO EM AutoCad e Excel

PARA GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS

Para a aplicação prática da metodologia, foi criado no AutoCad um loteamento

fictício localizado em uma área urbana. Este loteamento contém 3 vias e 2 cruzamentos.

Foram lançados diversos elementos como equipamentos urbanos e os elementos que

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constituem a infraestrutura base para prestação dos Serviços de Utilidade Pública. Para

cada grupo de elementos, foi criada uma layer diferenciada, objetivando sua

identificação em planta e possibilitando sua aparição e desligamento nela. Esta fase

compreenderia, em uma aplicação prática, duas situações existentes:

SITUAÇÃO A: União em um único desenho, de todos os cadastros existentes

que se encontravam em arquivos distintos e em diversos departamentos ou

concessionários. Os elementos existentes nas vias já estavam representados de forma

digital, ou em arquivos físicos e foram unificados em um mesmo arquivo digital.

SITUAÇÃO B: Inexistência de qualquer tipo de informação, arquivo ou projeto,

indicando os elementos existentes nas vias e suas características. Foi necessário então o

levantamento em campo de todos os elementos, com suas características, dimensões e

localização. Estas informações foram utilizadas na confecção da planta unificada.

Para a identificação visual dos elementos constituintes de cada subsistema,

foram utilizadas as seguintes layers, conforme Figuras 8 e 9, criando-se assim as

famílias de elementos. Porém reforça-se que cada operador deve inicialmente

estabelecer um padrão, a ser adotado definitivamente.

Figura 8 - Esquema de Layers propostas – Parte 1

Fonte: Autor

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Figura 9 - Esquema de Layers propostas – Parte 2

Fonte: Autor

O lançamento na base única de todas as geometrias dos elementos urbanos

resultou em uma prancha onde é possível a visualização de todas as infraestruturas e

seus respectivos conflitos espaciais.

A prancha unificada possibilita a inserção das quadrículas horizontais no

desenho. Para fins de padronização, foi adotada uma quadrícula horizontal padrão, com

espaçamento de 20 metros, usualmente a distância utilizada nos estaqueamentos do

projeto viário, e largura igual ao da caixa da via. Nos cruzamentos de vias, foi adotado

um espaçamento maior a fim de englobar em uma única quadrícula todos os elementos

de ambas as vias. O resultado obtido pode ser observado nas Figuras 10 e 11. A prancha

com maiores detalhes encontra-se no anexo deste trabalho.

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Figura 10 - Esquema urbano proposto e suas respectivas infraestruturas visualmente catalogadas

Fonte: Autor

Figura 11 - Exemplo de Quadrícula horizontal em cruzamento de Vias

Fonte: Autor

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Na codificação das quadrículas horizontais, foram adotados os seguintes padrões

(Figuras 12 e 13):

Figura 12 - Código proposto para Quadrícula horizontal corrente

Fonte: Autor

Figura 13 - Código proposto para Quadrícula horizonta em interseção viária

Fonte: Autor

Sendo assim, o primeiro algarismo se o plano referido é horizontal ou vertical. O

segundo algarismo indica o número da Zona urbana na qual a quadrícula esta inserida.

Sugere-se a adoção do número 1 para as áreas centrais, 2 para a Zona Norte, indo até o

número 5, no sentido horário, terminando na Zona Oeste. O terceiro algarismo

representa o Bairro, sendo atribuída uma letra para cada Bairro da Zona. Os quatro

algarismos seguintes são as duas primeiras e as duas últimas letras do nome da Rua.

Caso haja duas ruas com nomes que resultem em códigos iguais, devem-se adotar as

duas primeiras letras do nome da Rua, seguida de dois dígitos numéricos. As

quadrículas relativas aos cruzamentos de Vias são representadas pelas quatro letras do

nome da via de menor hierarquia, conforme regra anteriormente estabelecida, seguida

pelas quatro letras do nome da via de maior hierarquia. Por fim, nas quadrículas

horizontais convencionais, este código é caracterizado pela posição da quadrícula em

relação ao marco inicial da Via. O primeiro algarismo indica o quilômetro onde esta

localizada a quadrícula, sendo A para o primeiro quilômetro, B para o segundo e assim

sucessivamente. Os dois últimos algarismos, numéricos, indicam a ordem dentro do

quilômetro de aparecimento da quadrícula, indo de 01 até 50.

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Após o estabelecimento do plano horizontal, dentro de cada quadrícula

horizontal é estabelecido um corte vertical da seção viária, seguido pelo lançamento de

todos os elementos de infraestrutura urbana daquele local. Para a organização e

facilidade de acesso as informações, o plano vertical é seccionado em quadriculas

verticais uniformes, sugerindo-se a adoção de quadrículas com 1 metro por 1 metro.

Como forma de codificação das quadrículas, no centro da via é posicionada a coluna de

quadrículas “C”, seguidas a direita pelas quadrículas “D1”, “D2” e assim

sucessivamente. À esquerda, são dispostas as colunas de quadrículas “E1”, “E2” até que

todo o perfil da via esteja contemplado. As linhas de quadrículas são identificadas com

referência a linha de base altimétrica determinada. Adotou-se neste trabalho a cota mais

inferior da sarjeta, como sendo a cota zero. Abaixo da linha de base, no subsolo,

dispõem-se as linhas de quadrículas “S1”, “S2” e assim por diante. Acima da linha de

base, no nível aéreo, encontram-se as linhas “A1”, ”A2” até que todos os elementos

aéreos estejam quadriculados. O esquema e sua distribuição propostos podem ser mais

facilmente visualizados conforme Figura 14.

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Figura 14 - Esquema de quadrículas verticais proposto

Fonte: Autor

Esta forma de codificação permite inclusive o alargamento da vias, sem a

necessidade de alteração nos cadastros, caso algumas das infraestruturas existentes

sejam mantidas.

A codificação da seção transversal segue o mesmo princípio estabelecido para as

quadrículas horizontais, entretanto no primeiro dígito do código, utiliza-se a letra “V”

para indicação de plano vertical.

Nos cruzamentos de vias, encontramos a mesma problemática anteriormente

citada, pois temos nestas interseções, pelo menos dois planos verticais possíveis,

havendo uma relação de ângulo entre eles igual à deflexão entre os alinhamentos das

próprias vias. Sendo assim, o código para a seção transversal neste caso, deve ser

diferenciado e de acordo com a Via que se deseja obter a informação. Por isto, a

seguinte proposição é feita, podendo ser vista na Figura 15.

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Figura 15 - Proposta para codificação de seções verticais de interseção de vias urbanas.

Fonte: Autor

Estruturada a prancha no AutoCad e estabelecidas as quadrículas e seus

respectivos códigos, juntamente com os códigos de cada elemento da quadrícula, foi

construída a planilha contendo todas as informações disponíveis de cada elemento

mapeado.

Para efeitos de verificação da metodologia, foi criada uma cidade imaginária,

chamada Porto Feliz. Nesta cidade em sua Zona Norte, localiza-se o Bairro dos Artistas

(Bairro B), contendo entre algumas de suas Vias, as Ruas Debret, Tarsila do Amaral e

Rugendas. Esta área foi escolhida como Zona Piloto para implantação do projeto, por

ter o maior número de informações disponíveis. A cidade pretende verificar a

viabilidade da implantação de ferramentas computacionais para mapeamento e gestão

de suas infraestruturas. Por questões de pronta disponibilidade dos softwares adotados e

pela possibilidade de aproveitamento das informações compiladas futuramente, visto

que estes programas podem ser lidos por outros programas tipo SIG, a metodologia

desenvolvida aqui foi adotada.

A planilha de banco de dados foi construída adotando-se o seguinte padrão:

COLUNA “A”: O código da quadrícula horizontal na qual o elemento esta

localizado.

COLUNA “B”: O código do elemento dentro da quadrícula.

COLUNA “C”: Uma coluna ocultada que une os dois códigos, formando um

único código para cada elemento. É nesta coluna que é feita a busca pelo elemento.

COLUNA “D”: A companhia ou departamento responsável por aquele elemento.

COLUNA “E”: O plano vertical no qual o elemento é concorrente.

COLUNA “F”: A quadrícula ou grupo de quadrículas que contém o elemento.

COLUNA “G”: O nome do elemento.

COLUNA “H”: Algumas características do elemento.

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COLUNA “I”: O nível no qual o elemento esta localizado.

COLUNA “J”: O endereço no qual o elemento esta localizado.

COLUNA “K”: A data de implantação do elemento.

COLUNA “L”: A profundidade em relação a superfície, caso o elemento seja

subterrâneo.

COLUNA “M”: A altura em relação a superfície, caso o elemento seja aéreo.

COLUNA “N”: A localização inicial do elemento na direção Norte-Sul, em

coordenadas geográficas.

COLUNA “O”: A localização final do elemento na direção Norte-Sul, em

coordenadas geográficas.

COLUNA “P”: A localização inicial do elemento na direção Leste-Oeste, em

coordenadas geográficas.

COLUNA “Q”: A localização final do elemento na direção Leste-Oeste, em

coordenadas geográficas.

COLUNA “R”: Situação atual do elemento.

A partir desta coluna, estão contidos os dados relativos a ocorrências envolvendo

o elemento, na seguinte ordem: Data da ocorrência, descrição da ocorrência e o status

da ocorrência, contendo as cinco últimas ocorrências.

Por fim, para facilidade de uso dos usuários, foi construída uma planilha tipo

formulário onde a partir da seleção do código da quadrícula e do código do elemento

fonte da pesquisa, são apresentadas todas as informações catalogadas, facilitando a

visualização, conforme é apresentada pela Figura 16.

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49

Figura 16 - Interface de apresentação dos Dados

Fonte: Autor

Em cada célula que apresenta uma informação da planilha de banco de dados foi

utilizada a função PROCV, que busca, na coluna de códigos da planilha banco de dados,

a linha que contém o código, retornando a informação contida na coluna indicada na

fórmula.

Para fins gerenciais, também foram concebidos dois tipos de formulários,

respectivamente, para solicitação de intervenção na via e para, posteriormente à

execução dos serviços, o de conclusão e ocorrências, conforme apresentados pelas

Figuras 17 e 18. Estes formulários devem ser preenchidos pelo Departamento ou

Concessionário responsável pela Obra, sendo lançadas as informações no Sistema de

gerenciamento pelo Setor responsável. As ocorrências, inclusive o encontro de

infraestruturas não cadastradas devem ser comunicados.

H.2C.TAAL.A41 AB.02

INICIAL INICIAL

FINAL FINAL

DATA

05/04/1963

01/04/1986

-

-

-

Serviço

Concluído

V.2C.TAAL.A41

SITUAÇÃOOCORRÊNCIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO FELIZ

PROGRAMA OrdeVIAS - PESQUISA DE ESTRUTURAS EM VIAS

COMPANHIA/DEP S.B.P.F

DESCRIÇÃO

Quadrícula Horizontal Código Infraestrutura

CARACTERÍSTICAS

NORTE-SUL

97771,37

97771,98

SITUAÇÃO

HISTÓRICO DE OCORRÊNCIAS

72212,63

72212,63

Rua Tarsila do Amaral, 231

Abril de 1963

Tubulação em PVC - Ø 25mm

Tubulação de Água Potavel - Ramal

LOCALIZAÇÃO

0,35

-

SubterrâneoNÍVEL

ALTURA (m)

PROFUNDIDADE (m)

ENDEREÇO

DATA IMPLANTAÇÃO

QUADRÍCULA VERTICAL 0

PLANO VERTICAL

- -

- -

- -

OK

Implantado pela Companhia de SaneamentoServiço

Concluído

LESTE-OESTE

Realizada a Substituição da Tubulação por PVC devido a

entupimento

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Figura 17 - Formulário proposto para Solicitação de Intervenção em Vias.

Fonte: Autor

Figura 18 - Formulário proposto para comunicação de Final de Obra. –

Fonte: Autor

Responsável Técnico pelo Projeto:

________________________ (carimbo e registro)

Responsável Técnico pela Execução:

_______________________ (carimbo e registro)

Data de Aprovação: Data de Início: Fiscal Responsável:

________________________ (carimbo e registro)

Quadrícula e Código: Nível: Profundidade:

Apoio de Terceiros/Órgão:Tempo estimado de duração:

Endereço: Data da Solicitação:

FORMULÁRIO PARA SOLICITAÇÃO DE SERVIÇO EM VIA PÚBLICA

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO FELIZ - OrdeVIAS

Companhia/Departamento Solicitante: N° do Processo:

Descrição do Serviço a ser Executado:

Responsável Técnico pelo Projeto:

________________________ (carimbo e registro)

Fiscal responsável:

________________________ (carimbo e registro)

N° do Processo:

Descrição do Serviço Executado:

Endereço: Data da Execução:

Quadrícula e Código: Nível: Profundidade:

Ocorrências:

FORMULÁRIO DE CONCLUSÃO DE SERVIÇO EM VIA PÚBLICA

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO FELIZ - OrdeVIAS

Companhia/Departamento Executante:

Tempo de duração: Apoio de Terceiros/Órgão:

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51

Por fim, também foi possível a obtenção das seções transversais das vias para as

duas quadrículas horizontais cadastradas como podem ser observado nas Figuras 19 e

20, disponíveis também no anexo deste trabalho. Estes cortes possibilitam a verificação

de interferências ou proximidades de diversos elementos de infraestrutura, assim como a

disponibilidade de espaço para futuras instalações.

Figura 19 - Seção transversal obtida com os dados disponíveis para quadrícula localizada na Rua Debret.

Fonte: Autor

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Figura 20 - Seção transversal obtida com os dados disponíveis para quadrícula localizada na Rua Tarsila

do Amaral. Fonte: Autor

As informações disponíveis também permitem a criação de outros esquemas

visuais, caso sejam necessários, tanto para fins de projeto quanto para manutenção dos

elementos existentes. O armazenamento das informações relativas as rotinas de

manutenção, também são fundamentais para o planejamento destas intervenções. A

comunicação prévia da interrupção de determinado serviço e medidas para desvio do

tráfego na área, podem ser previamente estabelecidas, reduzindo o impacto da obra na

rotina da população. Estes dados também são preciosos na determinação do estado dos

elementos, podendo-se estabelecer planos de manutenção que reduzam as falhas na

prestação destes serviços. Desta forma, para todo elemento de infraestrutura, além das

informações sobre localização física, a tela de saída de informações deve contemplar

também estas informações acerca do histórico de informações disponíveis destas

instalações, conforme pode ser visto na Figura 21.

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Figura 21 - Histórico de ocorrências relativas ao elemento PA01 - quadrícula A41 da Rua Tarsila do

Amaral

Fonte: Autor

3.3. COMPARATIVO ENTRE A METODOLOGIA PROPOSTA E OUTROS

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Podemos destacar algumas vantagens do método proposto, entre eles a maior

rapidez com a qual os dados relativos a algum elemento de infraestrutura pode ser

localizado no banco de dados, quando comparado a métodos manuais de busca em

arquivos físicos. Além disto, os arquivos físicos são mais suscetíveis a perda de

informações visto que após a busca, a informação deve ser reposta no mesmo lugar

indicado nas fichas cadastrais, além da deterioração do papel com a ação do tempo.

Assim como a internet permitiu o acesso em qualquer lugar do mundo de forma

rápida e fácil das informações, a digitalização dos cadastros técnicos de prefeituras e

concessionárias possibilita a utilização da informação desde o planejamento até a

execução das intervenções. Desta forma, o método aqui tratado não necessariamente

deve ser armazenado em algum computador no departamento responsável, mas sim,

estar disponibilizado, para consulta, na página deste departamento ou em arquivos

digitais em nuvem. Esta digitalização gera economia de espaço físico e maximiza as

atividades desenvolvidas pelos funcionários responsáveis por esta atividade. O foco

deixa de ser o simples armazenamento e busca de informações e passa a ser a

atualização destes dados e a melhoria continuada deste Sistema de informação, esforço

que é recorrente, inclusive, em qualquer sistema deste tipo.

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4. CONCLUSÃO

As tecnologias que surgiram durante a virada do século XVIII no período que

ficou conhecido como Revolução Industrial, além de causarem a explosão populacional

urbana, alteraram profundamente esta paisagem e elevaram a qualidade de vida desta

população. Entretanto a visão de atendimento quantitativo da demanda, recorrente em

toda atividade econômica da época, também gerou os primeiros conflitos pelo uso do

espaço público urbano. A situação agravou-se no final do século XX, devido à

necessidade de infraestruturas de suporte, nesta que é conhecida como a era da

informação.

Na tentativa de organizar e gerir os elementos componentes das infraestruturas e

a forma como elas se inserem no espaço urbano, diversas iniciativas neste sentido foram

criadas. O principal objetivo é sempre racionalizar o uso do solo urbano e garantir a

segurança, tanto dos trabalhadores que implantam e conservam estes elementos, como

dos usuários que utilizam as vias públicas. Inicialmente este controle era feito de forma

manual, porém o advento de novas tecnologias computacionais e sistemas

georeferenciados possibilitaram a criação de sistemas tão complexos quanto às próprias

estruturas que se pretendem mapear. A complexidade destes sistemas, a falta de

informações e seu custo de implantação são vistos como empecilhos para sua adoção

em larga escala nas mais diversas cidades. Sendo assim, o cenário que geralmente se

estabelece é: a cidade é pequena e não possui infraestruturas complexas, considerando a

gestão e mapeamento dos elementos como um gasto financeiro; a cidade cresce e a

demanda força a expansão rápida e descontrolada das infraestruturas pelas vias urbanas,

a gestão e mapeamento começam a ser considerados, porém como atividades

secundárias e desconexas; por fim os sistemas implantados durante o boom começam a

apresentar falhas devido à idade e concentração no espaço urbano, sendo o mapeamento

e a gestão integrada, colocados como prioridade. Desta forma, o desenvolvimento de

metodologias para gestão tanto de conflitos espaciais quanto de programas de

manutenção e intervenção em vias são fundamentais para o desenvolvimento

sustentável das cidades modernas, independente de seu tamanho e complexidade de seus

elementos. Este projeto deve ser iniciado o quanto antes, principalmente em cidades

com grande expectativa de crescimento, reduzindo o tempo e os recursos necessários no

futuro para o estabelecimento do Sistema e não permitindo uma redução na qualidade

dos serviços prestados.

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55

A metodologia de mapeamento utilizando-se o AutoCAD como ferramenta

gráfica para organização visual dos elementos, aliada ao Excel para armazenamento de

informações textuais, apresenta-se como um modelo factível a ser implantado como

projeto piloto em alguma área específica de grandes cidades ou em pequenas zonas

urbanas. O custo de implantação deste método é relativamente inferior visto que estes

softwares já são largamente utilizados na grande maioria das municipalidades, tendo seu

corpo técnico pleno conhecimento de seu uso e potencialidades. Os resultados obtidos

com a ferramenta podem ser considerados satisfatórios, visto que o tempo de busca das

informações é relativamente menor quando comparado ao arquivamento em papel de

plantas cadastrais, memórias e especificações de projetos. Além disso, a informação

pode ser facilmente compartilhada com os interessados e atualizada na mesma

velocidade na qual os elementos físicos evoluem. O método também pode ser utilizado

como base para implantação de formas mais complexas de informação, destacando os

SIG’s, tendo o ente público uma perspectiva preliminar das informações disponíveis,

custo financeiro de implantação e os dados de saída que interessam a cada stakeholders.

Entretanto, considerando a grandeza territorial das redes urbanas de

infraestruturas e que as áreas de interferência são muito maiores do que as áreas das

quadrículas adotadas, o método apresentado possui deficiências na capacidade de

demonstrar as inter-relações entre o mesmo elemento presente em diversas quadrículas.

Destaca-se a necessidade de mais clareza quanto a Legislação Brasileira vigente,

no sentido de cobrar das prefeituras medidas mais concretas no sentido de estabelecer

estes tipos de sistemas e de proporcionar parâmetros e metas para a sua implantação.

Além disso, durante as pesquisas, ficou evidente a falta de interesse e apoio do poder

Público Federal no sentido de fomentar projetos voltados a gestão e mapeamento, sendo

a prerrogativa de atendimento a demanda o pensamento recorrente.

Também houve dificuldades para buscarem-se trabalhos acadêmicos e linhas de

pesquisa voltadas para este assunto, mostrando de certa forma desinteresse da

comunidade acadêmica e a falta de visão do Estado na formação deste diálogo. As

informações atualizadas acerca dos Sistemas já implantados também são escassas, não

estando facilmente disponíveis para o público. Desta forma é difícil determinar o nível

que as iniciativas existentes alcançaram e as dificuldades encontradas.

Por fim, sugere-se que o método aqui enunciado seja aperfeiçoado,

principalmente no papel do Excel como banco de dados. A utilização de programação

VBA facilitaria a busca pelos dados e principalmente a sua inserção na planilha base.

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ANEXOS

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H.2C.TAAL.A41 PO.01

INICIAL INICIAL

FINAL FINAL

DATA

20/06/1964

12/12/1981

09/08/1994

06/06/2015

-

Serviço

Concluído

V.2C.TAAL.A41

SITUAÇÃOOCORRÊNCIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO FELIZ

PROGRAMA OrdeVIAS - PESQUISA DE ESTRUTURAS EM VIAS

COMPANHIA/DEP PM PF

DESCRIÇÃO

Quadrícula Horizontal Código Infraestrutura

CARACTERÍSTICAS

NORTE-SUL

97769,69

-

SITUAÇÃO

HISTÓRICO DE OCORRÊNCIAS

72202,42

-

Rua Tarsila do Amaral, 239

Junho de 1964

Em Concreto - Ø 270mm

Poste

LOCALIZAÇÃO

-

12,00

Superfície/AéreoNÍVEL

ALTURA (m)

PROFUNDIDADE (m)

ENDEREÇO

DATA IMPLANTAÇÃO

QUADRÍCULA VERTICAL S1E4:A13E4

PLANO VERTICAL

Colisão causada por veículo - Troca do PosteServiço

Concluído

Recuperação da base do Poste - Colar em ConcretoServiço

Concluído

- -

OK

Implantado pela PrefeituraServiço

Concluído

LESTE-OESTE

Executada a troca do Poste de Madeira por Concreto Circular

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Responsável Técnico pelo Projeto: _ -

________________________ (carimbo e registro)

Fiscal responsável: _

________________________ (carimbo e registro)

N° do Processo:

Descrição do Serviço Executado:

Endereço: Data da Execução:

Quadrícula e Código: Nível: Profundidade:

Ocorrências:

FORMULÁRIO DE CONCLUSÃO DE SERVIÇO EM VIA PÚBLICA

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO FELIZ - OrdeVIAS

Companhia/Departamento Executante:

Tempo de duração: Apoio de Terceiros/Órgão:

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Responsável Técnico pelo Projeto: _ -

________________________ (carimbo e registro)

Responsável Técnico pela Execução: _

_______________________ (carimbo e registro)

Data de Aprovação: Data de Início: Fiscal Responsável: -

________________________ (carimbo e registro)

Quadrícula e Código: Nível: Profundidade:

Apoio de Terceiros/Órgão:Tempo estimado de duração:

Endereço: Data da Solicitação:

FORMULÁRIO PARA SOLICITAÇÃO DE SERVIÇO EM VIA PÚBLI CA

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO FELIZ - OrdeVIAS

Companhia/Departamento Solicitante: N° do Processo:

Descrição do Serviço a ser Executado:

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H.2C.DEET.B14 AB.01 S.B.P.F V.2C.DEET.B14 S1D6 Tubulação de Água Potavel - Nível 3 Tubulação em Ferro - Ø 40mm Subterrâneo Rua Debret, entre 904 e 896

H.2C.DEET.B14 AR.01 D.M.P.J V.2C.DEET.B14 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Superfície/Aéreo Rua Debret, entre 905 e 897

H.2C.DEET.B14 AR.02 D.M.P.J V.2C.DEET.B14 A7C:A6D8 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Superfície/Aéreo Rua Debret, entre 904 e 896

H.2C.DEET.B14 AR.03 D.M.P.J V.2C.DEET.B14 A4E5:A5E2 Oiti Licania tomentosa Superfície/Aéreo Rua Debret, entre 905 e 897

H.2C.DEET.B14 CTA.01 C.T.P.F V.2C.DEET.B14 A7E4 Cabeamento Telefônico - Tronco Cabo com 300 pares em cobre Aéreo Rua Debret, entre 905 e 897

H.2C.DEET.B14 EL.01 C.E.P.F V.2C.DEET.B14 A12E4:A12E3 Fiação Elétrica de Alta Tensão Cobre Isolado 50 mm - 3 fios - Horizontal Aéreo Rua Debret, entre 905 e 897

H.2C.DEET.B14 GN.01 G.N.P.F V.2C.DEET.B14 S1E5 Tubulação de Gás - Primário Tubulação em Aço - Ø 32mm Subterrâneo Rua Debret, entre 905 e 897

H.2C.DEET.B14 GU.01 PM PF V.2C.DEET.B14 A1E4;S1E4 Meio-Fio Lado Ímpar Em Blocos de Pedra Superfície Rua Debret, entre 905 e 897

H.2C.DEET.B14 GU.02 PM PF V.2C.DEET.B14 A1D4:S1D4 Meio-Fio Lado Par Em Blocos de Pedra Superfície Rua Debret, entre 904 e 896

H.2C.DEET.B14 PA.01 PM PF V.2C.DEET.B14 A1E7:A1E4 Calçada Lado Ímpar Em Concreto Superfície Rua Debret, entre 905 e 897

H.2C.DEET.B14 PA.02 PM PF V.2C.DEET.B14 A1E3:A1D3 Via Em CAP Superfície Rua Debret, entre 904 e 896

H.2C.DEET.B14 PA.03 PM PF V.2C.DEET.B14 A1D4:A1D7 Calçada Lado Par Em Concreto Superfície Rua Debret, entre 904 e 896

H.2C.DEET.B14 TA.01 D.M.T V.2C.DEET.B14 A1C Faixa dupla de divisão de Faixa Pintada sobre Pavimento Superfície Rua Debret, entre 904 e 896

H.2C.DEET.B14 TA.02 D.M.T V.2C.DEET.B14 A1C:A1D3 Faixa de contenção Pintada sobre Pavimento Superfície Rua Debret, entre 904 e 896

H.2C.DEET.B14 TA.03 D.M.T V.2C.DEET.B14 A7E4 Cabeamento Controle de Tráfego Cabo em cobre isolado - 3 vias Aéreo Rua Debret, entre 905 e 897

H.2C.TAAL.A41 AB.01 S.B.P.F V.2C.TAAL.A41 S1E5 Tubulação de Água Potavel - Nível 2 Tubulação em Ferro - Ø 50mm Subterrâneo Rua Tarsila do Amaral, entre 231 e 239

H.2C.TAAL.A41 AB.02 S.B.P.F V.2C.TAAL.A41 Tubulação de Água Potavel - Ramal Tubulação em PVC - Ø 25mm Subterrâneo Rua Tarsila do Amaral, 231

H.2C.TAAL.A41 AB.03 S.B.P.F V.2C.TAAL.A41 Tubulação de Água Potavel - Ramal Tubulação em PVC - Ø 32mm Subterrâneo Rua Tarsila do Amaral, 231

H.2C.TAAL.A41 AB.04 S.B.P.F V.2C.TAAL.A41 S1D5:S1D6 Tubulação de Água Potavel - Ramal Tubulação em PVC - Ø 25mm Subterrâneo Rua Tarsila do Amaral, 240

H.2C.TAAL.A41 AB.05 S.B.P.F V.2C.TAAL.A41 S1E6:S1E5 Tubulação de Água Potavel - Ramal Tubulação em Ferro - Ø 3/4" Subterrâneo Rua Tarsila do Amaral, 239

H.2C.TAAL.A41 AP.01 PM PF V.2C.TAAL.A41 S2C:S3C Tubulação de Água Pluvial - Primário Tubulação em Concreto - Ø 800mm Subterrâneo Rua Tarsila do Amaral, entre 231 e 239

H.2C.TAAL.A41 AR.01 D.M.P.J V.2C.TAAL.A41 Ipê Tabebuia spp  Superfície/Aéreo Rua Tarsila do Amaral, 232

H.2C.TAAL.A41 AR.02 D.M.P.J V.2C.TAAL.A41 Canafístula Senna spectabilis  Superfície/Aéreo Rua Tarsila do Amaral, 231

H.2C.TAAL.A41 AR.03 D.M.P.J V.2C.TAAL.A41 A11C:A11D7 Ipê Tabebuia spp  Superfície/Aéreo Rua Tarsila do Amaral, 240

H.2C.TAAL.A41 CTA.01 C.T.P.F V.2C.TAAL.A41 A7E4 Cabeamento Telefônico - Tronco Cabo com 50 pares em cobre Aéreo Rua Tarsila do Amaral, entre 231 e 239

H.2C.TAAL.A41 CTA.02 C.T.P.F V.2C.TAAL.A41 A6E4:A6D7 Cabeamento Telefônico - Ramal Cabo com 2 pares em cobre Aéreo Rua Tarsila do Amaral, 232

H.2C.TAAL.A41 CTB.01 T.F.M V.2C.TAAL.A41 A7E4 Cabeamento Telefônico - Tronco Cabo com 400 pares em cobre Aéreo Rua Tarsila do Amaral, entre 231 e 239

H.2C.TAAL.A41 CTB.02 T.F.M V.2C.TAAL.A41 A6E4:A6E7 Cabeamento Telefônico - Ramal Cabo com 2 pares em cobre Aéreo Rua Tarsila do Amaral, 231

H.2C.TAAL.A41 CTB.03 T.F.M V.2C.TAAL.A41 A6E4:A6E7 Cabeamento Telefônico - Ramal Cabo com 10 pares em cobre Aéreo Rua Tarsila do Amaral, 239

H.2C.TAAL.A41 EL.01 C.E.P.F V.2C.TAAL.A41 A11E4 Fiação Elétrica de Baixa Tensão Cobre Isolado (3F+N) 95mm - Enrolados Aéreo Rua Tarsila do Amaral, entre 231 e 239

H.2C.TAAL.A41 EL.02 C.E.P.F V.2C.TAAL.A41 A10E4:A10E7 Ramal Elétrico de Baixa Tensão Cobre Isolado (3F+N) 6mm - Enrolados Aéreo Rua Tarsila do Amaral, 239

H.2C.TAAL.A41 ES.01 S.B.P.F V.2C.TAAL.A41 Coletor Primário - Esgoto Tubulação em Concreto - Ø 600mm Subterrâneo Rua Tarsila do Amaral, 231

H.2C.TAAL.A41 ES.02 S.B.P.F V.2C.TAAL.A41 Ramal Esgoto Tubulação em Cerâmica - Ø 150mm Subterrâneo Rua Tarsila do Amaral, 232

H.2C.TAAL.A41 ES.03 S.B.P.F V.2C.TAAL.A41 Poço de Visita - Esgoto Em Concreto - Ø 900mm Subterrâneo Rua Tarsila do Amaral, 231

H.2C.TAAL.A41 ES.04 S.B.P.F V.2C.TAAL.A41 Ramal Esgoto Tubulação em Concreto - Ø 200mm Subterrâneo Rua Tarsila do Amaral, 231

H.2C.TAAL.A41 ES.05 S.B.P.F V.2C.TAAL.A41 S1E6:S1E5 Ramal Esgoto Tubulação em Cerâmica - Ø 150mm Subterrâneo Rua Tarsila do Amaral, 239

H.2C.TAAL.A41 ES.06 S.B.P.F V.2C.TAAL.A41 S2E2:S2E1 Coletor Primário - Esgoto Tubulação em Concreto - Ø 600mm Subterrâneo Rua Tarsila do Amaral, 239

H.2C.TAAL.A41 GN.01 G.N.P.F V.2C.TAAL.A41 S1D6 Tubulação de Gás - Ramal Tubulação em Aço - Ø 25mm Subterrâneo Rua Tarsila do Amaral, 240

H.2C.TAAL.A41 GU.01 PM PF V.2C.TAAL.A41 A1E4;S1E4 Meio-Fio Lado Ímpar Em Blocos de Pedra Superfície Rua Tarsila do Amaral, entre 231 e 239

H.2C.TAAL.A41 GU.02 PM PF V.2C.TAAL.A41 A1D4:S1D4 Meio-Fio Lado Par Em Blocos de Pedra Superfície Rua Tarsila do Amaral, entre 232 e 240

H.2C.TAAL.A41 PA.01 PM PF V.2C.TAAL.A41 A1E6:A1E4 Calçada Lado Ímpar Em Concreto Superfície Rua Tarsila do Amaral, entre 231 e 239

H.2C.TAAL.A41 PA.02 PM PF V.2C.TAAL.A41 A1E3:A1D3 Via Em CAP Superfície Rua Tarsila do Amaral, entre 232 e 240

H.2C.TAAL.A41 PA.03 PM PF V.2C.TAAL.A41 A1D4:A1D6 Calçada Lado Par Em Concreto Superfície Rua Tarsila do Amaral, entre 232 e 240

H.2C.TAAL.A41 PO.01 PM PF V.2C.TAAL.A41 S1E4:A13E4 Poste Em Concreto - Ø 270mm Superfície/Aéreo Rua Tarsila do Amaral, 239

H.2C.TAAL.A41 TA.01 D.M.T V.2C.TAAL.A41 A1C Faixa dupla de divisão de Faixa Pintada sobre Pavimento Superfície Rua Tarsila do Amaral, 240

H.2C.TAAL.A41 TA.02 D.M.T V.2C.TAAL.A41 A1C:A1D3 Faixa de contenção Pintada sobre Pavimento Superfície Rua Tarsila do Amaral, 240

NÍVEL ENDEREÇOQUADRÍCULA

HORIZONTALCÓDIGO DESCRIÇÃO CARACTERÍSTICACOMPANHIA

QUADRÍCULAS

VERTICAISPLANO VERTICAL

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INICIAL FINAL INICIAL FINAL

Março de 1963 0,40 - 72180,56 72180,56 97730,98 97750,98 OK 31/03/1963

Abril de 1972 - 15,70 72190,74 - 97736,75 - OK 04/04/1972

Abril de 1972 - 14,40 72183,12 - 97742,24 - OK 04/04/1972

Março de 2013 - 7,70 72190,69 - 97750,65 - OK 15/03/2013

Janeiro de 1973 - 6,40 72190,69 72190,69 97730,98 97750,98 OK 20/01/1973

Julho de 1964 - 11,85 72190,51 72190,51 97730,98 97750,98 OK 04/07/1964

Novembro de 2011 0,35 - 72192,39 72192,39 97730,98 97750,98 OK 02/11/2011

Fevereiro de 1963 - 0,12 72190,43 72190,43 97730,98 97750,98 OK 07/02/1963

Fevereiro de 1963 - 0,12 72183,43 72183,43 97730,98 97750,98 OK 07/02/1963

Setembro de 1967 - 0,12 72193,50 - 97731,93 - NÃO OK - Apresenta desplacamentos devido a raízes 18/09/1967

Março de 1965 - - 72189,64 - 97732,08 - NÃO OK - Com trincas 15/03/1965

Setembro de 1967 - 0,12 72183,02 - 97732,46 - OK 19/09/1967

Novembro de 1997 - - 72186,92 - 97745,98 - OK 20/10/1997

Novembro de 1997 - - 72185,25 - 97749,86 - OK 20/10/1997

Junho de 2010 - 6,30 72190,58 72190,58 97730,98 97750,98 OK 23/06/2010

Março de 1963 0,45 - 72221,92 72201,92 97771,34 97771,34 OK 12/03/1963

Abril de 1963 0,35 - 72212,63 72212,63 97771,37 97771,98 OK 05/04/1963

Abril de 1963 0,45 - 72212,39 72212,39 97771,32 97759,98 OK 22/04/1963

Abril de 1963 0,35 - 72212,38 72211,33 97761,25 97759,98 OK 22/04/1963

Abril de 1963 0,35 - 72211,56 72211,56 97771,37 97771,98 OK 10/04/1963

Janeiro de 1963 1,55 - 72221,92 72201,92 97765,98 97765,98 OK 20/01/1963

Maio de 1972 - 17,10 72220,57 - 97762,10 - OK 03/05/1972

Fevereiro de 2013 - 5,40 72216,79 - 97769,78 - OK 26/02/2013

Maio de 1972 - 15,30 72205,00 - 97762,11 - OK 03/05/1972

Fevereiro de 1973 - 6,40 72221,92 72202,26 97769,78 97769,78 OK 02/02/1973

Maio de 1978 - 5,90 72202,26 72213,44 97769,78 97759,98 OK 04/05/1978

Outubro de 2009 - 6,10 72221,92 72202,23 97769,60 97769,60 OK 10/10/2009

Novembro de 2011 - 5,90 72211,19 72202,23 97771,98 97769,60 OK 07/11/2011

Agosto de 2016 - 5,90 72206,36 72202,23 97771,98 97769,60 OK 27/08/2016

Julho de 1964 - 10,20 72221,92 72202,23 97769,60 97769,60 OK 04/07/1964

Agosto de 1964 - 10,00 72207,02 72202,23 97769,60 97769,60 OK 01/08/1964

Março de 1963 1,35 - 72221,92 72217,25 97767,53 97767,53 OK 31/03/1963

Abril de 1963 0,75 - 72217,01 72218,45 97767,13 97759,98 OK 04/04/1963

Março de 1963 1,35 - 72216,80 - 97767,53 - OK 31/03/1963

Abril de 1963 0,60 - 72216,70 72215,53 97767,96 97771,98 OK 09/03/1963

Abril de 1963 0,65 - 72216,45 72211,04 97767,81 97771,98 OK 10/03/1963

Março de 1963 1,35 - 72216,35 72201,92 97767,53 97767,53 OK 31/03/1963

Janeiro de 2012 0,25 - 72201,92 72211,46 97760,50 97759,98 OK 19/01/2012

Fevereiro de 1963 - 0,12 72221,92 72201,92 97769,48 97769,48 OK 12/02/1963

Fevereiro de 1963 - 0,12 72221,92 72201,92 97762,48 97762,48 OK 12/02/1963

Setembro de 1967 - 0,12 72219,08 - 97770,68 - OK 24/09/1967

Março de 1965 - - 72218,77 - 97764,24 - OK 30/03/1965

Setembro de 1967 - 0,12 72217,39 - 97761,06 - OK 25/09/1967

Junho de 1964 - 12,00 72202,42 - 97769,69 - OK 20/06/1964

Novembro de 1997 - - 72207,92 - 97765,98 - OK 20/10/1997

Novembro de 1997 - - 72204,05 - 97764,31 - OK 20/10/1997

SITUAÇÃO ATUAL

LOCALIZAÇÃO

NORTE-SUL LESTE-OESTEDATA DE IMPLANTAÇÃO PROFUNDIDADE ALTURA

HISTÓRICO DE OCORRÊNCIAS

DATA

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Implantado pela Companhia de Saneamento Serviço Concluído 09/09/1984 Conserto de tubulação quebrada devido a Raízes Serviço Concluído 05/05/1985

Plantada pela Prefeitura Municipal Serviço Concluído 23/02/2016 Realizada poda pela Companhia Elétrica Serviço Concluído 14/02/2017

Plantada pela Prefeitura Municipal Serviço Concluído 14/02/2017 Realizada poda pela Prefeitura Municial Serviço Concluído 25/02/2018

Plantada pela Prefeitura Municipal Serviço Concluído 25/02/2018 Realizada poda pela Prefeitura Municial Serviço Concluído 29/03/2019

Implantado pela Companhia Telefônica Serviço Concluído 02/10/1994 Substituição do cabeamento c/ mais pares Serviço Concluído 05/04/2007

Implantado pela Companhia Elétrica Serviço Concluído 12/11/1996 Realizada a Substituição do Cabeamento Serviço Concluído -

Implantado pela Companhia de Gás Serviço Concluído - - - -

Assentamento de Meio-Fio Serviço Concluído - - - -

Assentamento de Meio-Fio Serviço Concluído 24/10/1997 Reassentamento de Meio-Fio devido a raíz de Árvore Serviço Concluído -

Execução de calçada lado Ímpar Serviço Concluído 14/10/2000 Demolição e Execução de Novo Calçamento Serviço Concluído 10/12/2011

Execução de Pavimentação em Paralelepípedo Serviço Concluído 12/12/1987 Recomposição Total do Pavimento com CAP Serviço Concluído 26/10/1997

Execução de calçada lado Par Serviço Concluído 13/05/1985 Recomposição Parcial do Calçamento Serviço Concluído 25/12/1996

Implantado Conforme Novo CTB Serviço Concluído 04/02/2007 Repintura de Faixa Serviço Concluído 08/06/2017

Implantado Conforme Novo CTB Serviço Concluído 04/02/2007 Repintura de Faixa Serviço Concluído 08/06/2017

Passagem de cabeamento Serviço Concluído - - - -

Implantado pela Companhia de Saneamento Serviço Concluído - - - -

Implantado pela Companhia de Saneamento Serviço Concluído 01/04/1986 Realizada a Substituição da Tubulação por PVC devido a entupimento Serviço Concluído -

Implantado pela Companhia de Saneamento Serviço Concluído 07/01/1997 Realizada a Substituição da Tubulação por PVC devido a entupimento Serviço Concluído -

Implantado pela Companhia de Saneamento Serviço Concluído 20/09/1987 Realizada a Substituição da Tubulação por PVC devido a entupimento Serviço Concluído -

Implantado pela Companhia de Saneamento Serviço Concluído - - - -

Implantado pela Prefeitura Serviço Concluído 24/05/1998 Realizado conserto em tubulação Serviço Concluído -

Plantada pela Prefeitura Municipal Serviço Concluído 05/03/2015 Realizada poda pela Prefeitura Municial Serviço Concluído 17/02/2017

Plantada pela Prefeitura Municipal Serviço Concluído 17/02/2017 Realizada poda pela Prefeitura Municial Serviço Concluído 04/03/2018

Plantada pela Prefeitura Municipal Serviço Concluído 05/03/2015 Realizada poda pela Prefeitura Municial Serviço Concluído 17/02/2017

Implantado pela Companhia Telefônica Serviço Concluído 15/11/1994 Substituição do cabeamento c/ mais pares Serviço Concluído -

Implantado pela Companhia Telefônica Serviço Concluído 05/05/1993 Substituição do cabeamento Serviço Concluído 23/08/2018

Implantado pela Companhia Telefônica Serviço Concluído - - - -

Implantado pela Companhia Telefônica Serviço Concluído - - - -

Implantado pela Companhia Telefônica Serviço Concluído - - - -

Implantado pela Companhia Elétrica Serviço Concluído 11/08/1985 Substituição do cabeamento Serviço Concluído 03/02/2009

Implantado pela Companhia Elétrica Serviço Concluído 20/10/1983 Substituição do cabeamento Serviço Concluído 21/12/2010

Implantado pela Companhia de Saneamento Serviço Concluído - - - -

Implantado pela Companhia de Saneamento Serviço Concluído - - - -

Implantado pela Companhia de Saneamento Serviço Concluído 10/10/1999 Realizada a troca da Tampa Serviço Concluído -

Implantado pela Companhia de Saneamento Serviço Concluído - - - -

Implantado pela Companhia de Saneamento Serviço Concluído 20/08/2003 Realizada a troca parcial da tubulação Serviço Concluído -

Implantado pela Companhia de Saneamento Serviço Concluído - - - -

Implantado pela Companhia de Gás Serviço Concluído - - - -

Assentamento de Meio-Fio Serviço Concluído - - - -

Assentamento de Meio-Fio Serviço Concluído - - - -

Execução de calçada lado Ímpar Serviço Concluído 13/04/1986 Recomposição Parcial do Calçamento Serviço Concluído 15/01/1997

Execução de Pavimentação em Paralelepípedo Serviço Concluído 20/12/1987 Recomposição Total do Pavimento com CAP Serviço Concluído 17/01/1997

Execução de calçada lado Par Serviço Concluído 01/10/1987 Recomposição Parcial do Calçamento Serviço Concluído 04/10/2000

Implantado pela Prefeitura Serviço Concluído 12/12/1981 Executada a troca do Poste de Madeira por Concreto Circular Serviço Concluído 09/08/1994

Implantado Conforme Novo CTB Serviço Concluído 04/02/2007 Repintura de Faixa Serviço Concluído 08/06/2017

Implantado Conforme Novo CTB Serviço Concluído 04/02/2007 Repintura de Faixa Serviço Concluído 08/06/2017

HISTÓRICO DE OCORRÊNCIAS

DATASITUAÇÃOOCORRÊNCIADATASITUAÇÃOOCORRÊNCIA

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Realizada a troca da tubulação Serviço Concluído 20/12/1996 Conserto de tubulação quebrada devido a Raízes Serviço Concluído 13/02/2015 Conserto de tubulação quebrada devido a Raízes

Realizada poda pela Prefeitura Municial Serviço Concluído 25/02/2018 Realizada poda pela Prefeitura Municial Serviço Concluído 29/03/2019 Realizada poda pela Prefeitura Municial

Realizada poda pela Prefeitura Municial Serviço Concluído 29/03/2019 Realizada poda pela Prefeitura Municial Agendado - -

Realizada poda pela Prefeitura Municial Agendado - - - - -

Substituição de cabo rompido Serviço Concluído - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

Recomposição Parcial do Calçamento Serviço Concluído - - - - -

Recomposição Parcial do Pavimento CAP Serviço Concluído 30/05/2017 Recomposição Total do Pavimento CAP Serviço Concluído - -

Recomposição Parcial do Calçamento Serviço Concluído 15/10/2000 Demolição e Execução de Novo Calçamento Serviço Concluído 17/02/2015 Recomposição Parcial do Calçamento

Repintura de Faixa Serviço Concluído - - - - -

Repintura de Faixa Serviço Concluído - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

Realizada poda pela Prefeitura Municial Serviço Concluído 04/03/2018 Realizada poda pela Prefeitura Municial Serviço Concluído 08/04/2019 Realizada poda pela Prefeitura Municial

Realizada poda pela Prefeitura Municial Serviço Concluído 08/04/2019 Realizada poda pela Prefeitura Municial Agendado - -

Realizada poda pela Prefeitura Municial Serviço Concluído 04/03/2018 Realizada poda pela Prefeitura Municial Serviço Concluído 08/04/2019 Realizada poda pela Prefeitura Municial

- - - - - - -

Substituição do cabeamento Serviço Concluído - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

Substituição do cabeamento com Seção Maior Serviço Concluído - - - - -

Substituição do cabeamento com Seção Maior Serviço Concluído - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

- - - - - - -

Recomposição Parcial do Calçamento Serviço Concluído 02/10/2000 Demolição e Execução de Novo Calçamento Serviço Concluído 01/09/2003 Recomposição Parcial do Calçamento

Recomposição Parcial do Pavimento CAP Serviço Concluído 01/06/1998 Recomposição Parcial do Pavimento CAP Serviço Concluído 12/11/2009 Recomposição Parcial do Pavimento CAP

Demolição e Execução de Novo Calçamento Serviço Concluído 04/02/2012 Recomposição Parcial do Calçamento Serviço Concluído - -

Colisão causada por veículo - Troca do Poste Serviço Concluído 06/06/2015 Recuperação da base do Poste - Colar em Concreto Serviço Concluído - -

Repintura de Faixa Serviço Concluído - - - - -

Repintura de Faixa Serviço Concluído - - - - -

DATASITUAÇÃOOCORRÊNCIADATA

HISTÓRICO DE OCORRÊNCIAS

OCORRÊNCIASITUAÇÃOOCORRÊNCIA

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Serviço Concluído

Agendado

-

-

-

-

-

-

-

-

-

Serviço Concluído

-

-

-

-

-

-

-

-

-

Agendado

-

Agendado

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

Serviço Concluído

Serviço Concluído

-

-

-

-

HISTÓRICO DE OCORRÊNCIAS

SITUAÇÃO

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2726

25

PARE

PARE

P

P

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T

T

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AP APAP APAP AP

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