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ÂNGELA VIEIRA Coordenadora de Educação IDAAM-POSGRADO Prof. Mestre em Educação e Psicóloga - CRP 0687- 20ª região. TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO TCC CURSO: DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR ALUNO: MARCLEY REBELO VELOSO TURMA: DC74A ANO: 2017-2018 TEMA: PLANO DE ENSINO E APOSTILA TEMÁTICA

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ÂNGELA VIEIRA Coordenadora de Educação IDAAM-POSGRADO

Prof. Mestre em Educação e Psicóloga - CRP 0687-20ª região.

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO – TCC CURSO: DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR

ALUNO: MARCLEY REBELO VELOSO TURMA: DC74A ANO: 2017-2018

TEMA: PLANO DE ENSINO E APOSTILA TEMÁTICA

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COORDENAÇAO DE EDUCAÇÃO

PROJETO BÁSICO PARA TCC

ALUNO: MARCLEY REBELO VELOSO

TURMA: DC74A ANO: 2017-2018

SUMÁRIO PAG

INTRODUÇÃO ..............................................................................................................03

1 - O QUE É PLANO DE ENSINO ....................................................................................04

2 - IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ENSINO ....................................................................04

3 - PLANO DE ENSINO ..................................................................................................05

4 - APOSTILAS

4.1 - Unidade I: Introdução à Administração ................................................................08

Principais conceitos e contextualização;

Histórico da Administração;

Influência dos filósofos

Influência da igreja católica

Influência da organização militar

Influência da revolução industrial

Influência dos economistas liberais

Influência dos pioneiros e empreendedores.

4.2 - Unidade II: Tendências e perspectivas da administração no Brasil e no mundo....17

As novas estruturas organizacionais no Brasil e no mundo.

4.3 - Unidade III: Áreas de atuação da administração ..................................................25

Geral

Produção

Marketing

Finanças

Recursos Humanos

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4.4 - Unidade IV: Funções administrativas/Gerenciais ...............................................34

Planejamento

Organização

Direção

Controle

5 - BIBLIOGRAFIAS UTILIZADAS.

5.1- CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 9 ed. São

Paulo: Editora Manole, 2014.

5.2- MAXIMIANO, Antônio César Amauri. Teoria Geral da Administração: da revolução

urbana à revolução digital. São Paulo: Editora Atlas, 2007.

5.3- LACOMBRE, Francisco José; HEILBORN, Gilberto Luiz José. Administração –

Princípios e Tendências. São Paulo: Editora Saraiva, 2003.

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INTRODUÇÃO

A disciplina de Introdução à Administração tem como propósito proporcionar

ao estudante condições de conhecer os fundamentos da administração, suas teorias

e processos.

A administração tornou-se fundamental na condução da sociedade moderna.

Ela não é um fim em si mesma, mas um meio de fazer com que as coisas sejam

realizadas da melhor forma, com o menor custo e com a maior eficiência e eficácia.

Ao longo dessa trajetória, será oferecido ao estudante condições de ter

contato com a fundamentação teórica da administração, discutindo conceitos e

concepções em administração. E ao mesmo tempo, conduzi-lo a percorrer o

caminho das teorias que vai dos primórdios da administração às tendências e

perspectivas no Brasil e no mundo. Posteriormente, vamos adentrar no ambiente

organizacional, percebendo como ele atua e interfere nas diversas áreas de atuação

das organizações. E por fim, será apresentado como planejar, organizar, dirigir e

controlar uma organização.

Palavra-chave: Administração; Organização; Histórico; Conceitos.

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1. O QUE É PLANO DE ENSINO

Como o próprio nome indica, um plano de ensino nada mais é do que um

planejamento no qual o professor interliga os objetivos, os conteúdos e as metas

que pretende atingir com os alunos em determinada disciplina.

Um plano de ensino bem elaborado possui o poder de facilitar a vida do

professor durante o ano/semestre, organizando suas atividades de modo a atingir as

metas estabelecidas para aquela disciplina.

Um plano de aula consiste em detalhar os seguintes tópicos:

. Objetivos

. Conteúdo

. Metodologia

. Forma de avaliação

Sendo assim, o plano de ensino nada mais é do que interligar os principais

objetivos da aula, os conteúdos abordados e as metas, através de um planejamento

e pauta concisos.

2. IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ENSINO

Seja em qual for o estágio do aluno, estabelecer um plano de aula é essencial

para que se atinja um êxito maior no processo ensino/aprendizagem. Sem uma aula

planejada, os alunos perdem interesse, não absorvem o conteúdo das disciplinas e o

professor ficará perdido em sala de aula, o que é uma perda de tempo.

O planejamento norteia os passos para realizar uma aula eficaz, que tenha

objetivos e colabore com o real aprendizado do aluno.

Portanto, um bom planejamento constitui-se de boas ferramentas, bons

objetivos e uma metodologia condizente com o perfil e com as dificuldades dos

alunos. Somente através de um plano de aula é que teremos um ensino cada vez

mais eficaz que irá impactar diretamente no futuro dos alunos.

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PLANO DE ENSINO

CURSO ADMINISTRAÇÃO

DISCIPLINA INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO

PROFESSOR MARCLEY REBELO VELOSO

Nº DE CRÉDITOS 4 CARGA HORÁRIA 80 HORAS

MARCO REFERENCIAL

PERFIL DO

EGRESSO

Profissional capaz de atuar na gestão estratégica de negócios, analisando,

planejando e desenvolvendo estratégias para implantação, coordenação e

controle nas diferentes áreas da administração, respeitando o meio ambiente

e atento à responsabilidade social, a fim de tomar decisões fundamentadas

em questões científicas, técnicas, sociais, econômicas e éticas, presentes ou

emergentes, nos vários segmentos do campo de atuação do administrador.

CONTEXTUALI-

ZAÇÃO DA

DISCIPLINA

A disciplina de Introdução à Administração está associada a ideia de

melhorar o desempenho das organizações através de uma abordagem

sistemática e contingencial.

EMENTA

INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO: Contextualização e principais

conceitos, Histórico da Administração. TENDÊNCIAS E PERSPECTIVA DA

ADMINISTRAÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO: As novas estruturas

organizacionais no Brasil e no mundo. ÁREAS DE ATUAÇÃO DA

ADMINISTRAÇÃO: Geral, Produção, Marketing, Finanças, Recursos

Humanos. FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS/GERENCIAIS: Planejamento,

Organização, Direção, Controle

MARCO OPERACIONAL

OBJETIVO

GERAL DA

DISCIPLINA

Conhecer e compreender a importância de uma atuação eficiente e eficaz

dentro do contexto profissional e desenvolver o pensamento crítico

organizacional, através da introdução à administração.

OBJETIVOS

ESPECÍFICOS DA

D ISCIPLINA

Analisar e aplicar os conceitos teóricos da administração nas

Organizações;

Entender o contexto da Administração e suas tendências.

Compreender a importância das diversas áreas de atuação na

administração;

Identificar as funções administrativas e suas aplicabilidades nas

Empresas;

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MÉTODOS

Aulas expositivas e dialogadas;

Atividade em laboratório;

Estudos Dirigidos;

Desenvolvimento de estudos de casos com atividade em grupo;

Exercícios e aplicação de atividade individual;

Desenvolvimento de seminário para socialização grupal;

Desenvolvimento de pesquisas e apresentações.

RECURSOS

Durante as aulas serão utilizados: quadro branco e pincel, acesso à internet,

Ambiente virtual de aprendizagem, recursos de áudio, data show, notebook,

apostilas, PDF’s, livros e vídeos.

UND ASSUNTO

CONTEÚDO

PROGRAMÁTICO

I

INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO

Principais conceitos e contextualização;

Histórico da Administração;

. Influência dos filósofos

. Influência da igreja católica

. Influência da organização militar

. Influência da revolução industrial

. Influência dos economistas liberais

. Influência dos pioneiros e empreendedores.

II

TENDÊNCIAS E PERSPECTIVA DA ADMINISTRAÇÃO NO

BRASIL E NO MUNDO:

As novas estruturas organizacionais no Brasil e no mundo.

III

ÁREAS DE ATUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:

Geral

Produção

Marketing

Finanças

Recursos Humanos

IV

FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS/GERENCIAIS:

Planejamento

Organização

Direção

Controle

AVALIAÇÃO a) PARCIAL 1- seminário em grupo (0-10 pontos). Tema: Teorias da

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administração subdivididas em grupos (critérios descritos na ficha de

avaliação).

b) AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 1 - Prova individual escrita (0-10 pontos),

contendo 5 questões de múltipla escolha e 5 discursivas (critérios descrito na

prova). Assunto: Unidades I e II do conteúdo programático.

c) PARCIAL 2 – Estudo de caso em grupo (0-10 pontos). Assuntos: unidades

IV PODC.

d) AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 2 - Prova individual escrita (0-10 pontos),

contendo 7 questões de múltipla escolha e 3 discursivas (critérios descrito na

prova). Assunto: Unidades III e IV do conteúdo.

Será considerado aprovado na disciplina o aluno que obtiver a frequência

mínima legal e Nota Final (NF) igual ou superior ao exigido pela instituição.

REFERÊNCIAS

BÁSICAS

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 9 ed.

São Paulo: Editora Manole, 2014.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração: Uma

visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. rev. e

atual. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2003.

MAXIMIANO, Antônio César Amauri. Teoria Geral da Administração: da

revolução urbana à revolução digital. São Paulo: Editora Atlas, 2007.

LACOMBRE, Francisco José; HEILBORN, Gilberto Luiz José. Administração

– Princípios e Tendências. São Paulo: Editora Saraiva, 2003.

REFERÊNCIAS

COMPLEMEN

TARES

DRUKER, Peter F. Administrando para o Futuro. São Paulo: Editora Pioneira,

1998.

ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 14 ed. São Paulo:

Editora Best-Seller, 1990.

FONTES DA

INTERNET

Significados: Significado de Administração. Disponível em:

https://www.significados.com.br/administracao/. Acesso em 10 de julho 2018.

Portal RH: Artigos. História e evolução da administração. Disponível em:

https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/histria-e-evoluo-da-administrao/.

Acesso em 29 de julho de 2018.

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NOTA DE AULA 1 – INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO

Fonte: TIC-Gestão-Educação

OBJETIVO DA AULA

Iniciamos uma disciplina que via agregar grande valor à sua graduação, e

com base nas novas competências que adquirir até ao final desse primeiro encontro

da disciplina Introdução à administração, espero que você compreenda a

importância do seu conceito e história.

E para isso será apresentado o conceito básico de Introdução à

Administração.

PRINCIPAIS CONCEITOS E CONTEXTUALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO

A palavra Administração vem do latim, ad – que significa direção, tendência

para, e minister – que significa subordinação ou obediência, ou seja, quem realiza

uma função sob comando de outra ou presta serviço a outro, (CHIAVENATO, 2003).

Segundo Maximiano (2007), conceito de administração, é um trabalho em que

as pessoas buscam realizar seus objetivos próprios ou de terceiros (organizações)

com a finalidade de alcançar as metas e objetivos traçados.

Administração é o ato de administrar ou gerenciar negócios, pessoas ou

recursos, com o objetivo de alcançar metas definidas. É uma palavra com origem no

latim “administratione”, que significa “direção, gerência”.

A administração é um ramo das ciências humanas que se caracteriza pela

aplicação prática de um conjunto de princípios, normas e funções dentro das

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organizações. É praticada especialmente nas empresas, sejam elas públicas,

privadas, mistas ou outras.

HISTÓRICO DA ADMINISTRAÇÃO

Fonte: Administração no blog

A história da Administração iniciou-se num tempo muito remoto, mais

precisamente no ano 5.0 a.C, na Suméria, quando os antigos sumerianos

procuravam melhorar a maneira de resolver seus problemas práticos, exercitando

assim a arte de administrar.

Depois no Egito, Ptolomeu dimensionou um sistema econômico planejado

que não poderia ter-se operacionalizado sem uma administração pública sistemática

e organizada.

Em seguida, na China de 500 a.C, a necessidade de adotar um sistema

organizado de governo para o império, a Constituição de Chow, com seus oito

regulamentos e as Regras de Administração Pública de Confúcio exemplificam a

tentativa chinesa de definir regras e princípios de administração

Sempre houve na história humana alguma forma de administração, pela

necessidade de gerir, de organizar as tarefas e dividir o trabalho seja no âmbito

privado (fazendas, associações, empresas) ou no público (governo, exercito,

arrecadação de impostos).

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As principais influências da administração, antes do surgimento da chamada

“Ciência Administrativa”, que tem pouco mais de cem anos, cita Adalberto

Chiavenato:

A influência dos filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles, nas tarefas de

administração na antiguidade... na filosofia moderna destacam-se Bacon e

Descartes.

A organização eclesiástica da igreja católica influenciou de certa maneira o

pensamento administrativo, conforme pesquisa de Mooney.

Igualmente a organização militar trouxe grande influência para a administração,

contribuindo com alguns dos princípios que a teoria clássica iria mais adiante

assimilar e incorporar.

A revolução industrial veio produzir o contexto industrial, tecnológico, social,

político e econômico de situações, problemas e variáveis, a qual teria início a Teoria

Clássica da Administração. Também economistas liberais (como James Mill, David

Ricardo, John Stuart Mill e outros) deram algum suporte para o aparecimento de

alguns princípios de administração que teriam enorme aceitação posteriormente. ”

(CHIAVENATO, 1983:31).

A INFLUÊNCIA DOS FILÓSOFOS NO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO

A Administração recebeu influência da filosofia desde os tempos da

antiguidade. O filosofo Sócrates em sua discussão com Nicomaquides, expõe o seu

ponto de vista sobre a administração com uma habilidade pessoal, separada do

conhecimento técnico e da experiência.

Platão, discípulo de Sócrates, analisou os problemas políticos e sociais

decorrentes do desenvolvimento social e cultural do povo Grego. Em sua obra, A

República, expõe a forma democrática de governo e da administração dos negócios

públicos.

Aristóteles, discípulo de Platão, impulsionou à Filosofia, Cosmologia,

Nosologia, Metafísica, Lógica e Ciências Naturais, abrindo as perspectivas do

conhecimento humano. Distingue em três formas de administração pública no livro

Política. São eles: Monarquia, Aristocracia e Democracia.

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Frances Bacon Filosofo, Estadista e fundador da Lógica Moderna, baseada

no método experimental e indutivo. Separar experimentalmente o que é essencial do

que é ocidental. Bacon antecipou-se ao princípio administrativo da "Prevalência do

principal sobre acessório".

O expoente maior e fundador da Filosofia Moderna, René Descartes, criou as

coordenadas cartesianas e impulsionou a matemática e geometria da época. O livro

O Discurso do Método descreve seu método filosófico denominado "Método

Cartesiano". Cujos princípios são:

- Principio da Dúvida Sistemática ou Evidência;

- Principio da Análise ou de Decomposição;

- Principio da Síntese ou Composição;

- Principio da enumeração ou da verificação;

Thomas Hobbes defendeu o governo absoluto em função de uma visão

pessimista da humanidade. Na ausência do governo, os indivíduos tendem a viver

em guerra permanente e conflito interminável para obtenção de meios de

subsistência. No livro Leviatã, assinala que o povo renuncia a seus direitos naturais

em favor de um governo.

Karl Marx e Friedrich Engels propõem uma teoria econômica do Estado. O

poder político e do Estado nada mais é do que o fruto da dominação econômica do

homem pelo homem. O estado vem a ser uma ordem coativa imposta por uma

classe social exploradora. Marx afirma que os fenômenos históricos são produtos

das relações econômicas entre os homens.

A INFLUÊNCIA DA IGREJA CATÓLICA

Através dos séculos as normas e princípios de administração pública das

instituições da Igreja Católica, foram se transferindo para as organizações

administrativas. Isso porque a unidade de propósitos e objetivos, princípios

fundamentais na organização eclesiástica, nem sempre é encontrada na ação

política dos Estados.

A Igreja Católica estruturou sua organização com uma hierarquia de

autoridade, um estado-maior e uma coordenação funcional para assegurar

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integridade, servindo de modelo para as organizações que incorporaram sem

princípios e normas administrativas.

INFLUÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO MILITAR

A organização linear tem suas origens na organização Militar dos Exércitos da

Antiguidade e da época Medieval. O princípio da unidade de comando é o núcleo

central das organizações militares. A hierarquia, ou seja, as escalas de níveis de

comando de acordo com o grau de autoridade, porém da organização militar. À

medida que o volume de operações militares aumentava, exigia novos princípios de

organizações conduzindo a um planejamento e controle centralizados em paralelo

com operações descentralizadas.

Outra contribuição é o princípio de direção, por meio do qual todo soldado

deve saber o que se espera dele e o que ele deve fazer. Napoleão, o mais autocrata

da história militar dizia: a obediência cega jamais leva a uma execução inteligente.

Um dos inspiradores dos teóricos da administração foi o general

prussiano Carl Vom Clausewitz, por volta do século XIX, considerava a disciplina um

requisito fundamental para a organização. Para ele as decisões devem ser

cientificas e não intuitivas.

INFLUÊNCIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1780 a 1860)

Com a invenção da máquina a vapor por James Walt e sua aplicação à

produção, surgiu uma nova concepção de trabalho que modificou completamente a

estrutura social e comercial da época, provocando inúmeras e rápidas mudanças de

ordem econômicas, políticas e sociais que, num lapso de um século, foram maiores

de que as mudanças havidas em todo o milênio.

Chamada de Revolução Industrial, que passou por duas épocas: 1780 a 1860

(Revolução do Carvão e do Ferro), 1860 a 1914 (Revolução do Aço e da

Eletricidade).

A primeira apresenta 4 fases distintas:

1ª Fase: Mecanização da indústria e da agricultura;

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2ª Fase: Aplicação da força motriz a indústria;

3ª Fase: Desenvolvimento do sistema fabril;

4ª Fase: Espetacular crescimento dos transportes e da comunicação;

A segunda apresenta 3 acontecimentos importantes: o novo processo de

fabricação do aço, o aperfeiçoamento do dínamo e a invenção do motor de

construção.

Além de algumas características tais como:

- Substituição do ferro pelo aço como material industrial básico;

- Substituição do vapor pela eletricidade e derivados de petróleo como fontes

de energia;

- Desenvolvimento da maquinaria automática e da especialização do

trabalhador;

- Crescente domínio da indústria pela ciência;

- Transformações radicais nos transportes e comunicações, vias férreas

ampliadas, construções de automóveis artesanais, experiência com avião, entre

outros.

- Desenvolvimento de novas formas de organizações capitalistas como o

surgimento do capitalismo financeiro.

- A expansão da industrialização até a Europa Central e Oriental, e o Extremo

Oriente.

Além de outros fatores como a transferência da habilidade do artesão para a

máquina e a substituição da força animal ou do músculo humano pela maior

potência da máquina a vapor.

De fato, a Revolução Industrial causou profundas mudanças na estrutura

empresarial e econômica da época, mas não chegou a influenciar os princípios de

administração das empresas então utilizados.

INFLUÊNCIA DOS ECONOMISTAS LIBERAIS

Após o término do século XVIII é que os economistas clássicos liberais

conseguem aceitação de suas teorias. Os ideais decorrem do direito material: a

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ordem natural é a ordem perfeita. Os bens naturais, sociais e econômicos não

inalienáveis e deve existir uma harmonia preestabelecida em toda coletividade de

indivíduos. A livre concorrência é o postulado principal do liberalismo econômico.

Adam Smith é o fundador da economia clássica. Cuja ideia central é a

competição. Os mercados em que vigora a competição funcionam

espontaneamente, de modo a garantir a alocação dos recursos e da produção sem

que haja excesso de lucros. Por essa razão, o único papel econômico do governo,

além de garantir a lei e a ordem, é a intervenção na economia quando o mercado

deixar de funcionar em condições satisfatórias, quando não ocorrer competição livre.

A essa intervenção, Adam Smith, chamou de a mão invisível que governa o

mercado. Adam Smith apregoa que a origem da riqueza das não reside na divisão

do trabalho e na especialização das tarefas, preconizando o estado dos tempos e

movimentos.

INFLUENCIA DOS PIONEIROS E EMPREENDEDORES

O século XIX assistiu a um monumental desfile de inovações e mudanças no

cenário empresarial. Nos Estados Unidos, ao redor de 1820 o maior negócio

empresarial, foram as estradas de ferro, Empreendimentos privados e que

constituíram um poderoso núcleo de investimentos de toda uma classe de

investidores. Foi a partir das estradas de ferro que as ações de investimento e o

ramo de seguros se tornaram populares. As ferrovias permitiram o desbravamento

do território e provocou o fenômeno da urbanização que criou novas necessidades

de habilitação, alimentação, roupa, luz e aquecimento, o que se traduziu em um

rápido crescimento das empresas voltadas para o consumo direto. Antes de 1850,

poucas empresas tinham uma estrutura administrativa que exigisse os serviços de

um administrador em tempo integral, pois as empresas industriais eram pequenas.

As empresas da época faziam parte de um contexto predominantemente rural, que

não conhecia a administração de empresa. O presidente era o tesoureiro, o

comprador ou o vendedor e atendia aos agentes comissionados.

Essa fase caracteriza-se como a consolidação das condições necessárias

para o surgimento das novas teorias administrativas:

- Crescimento da preocupação com o consumo direto;

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- Surgimento das indústrias ferroviárias, de ferro e de aço;

- Surgimento dos ‘impérios industriais’ e dos gerentes profissionais;

- Surgimento do ramo de bens duráveis; - preocupação com as vendas

(‘marketing’ de hoje);

- Desenvolvimento da organização do tipo funcional;

- Preocupação com os meios de redução de custos.

Em certo momento, surge a empresa integrada e multidepartamental. O

conceito de alianças e sociedades (holdings) começa a aparecer e o controle do

mercado de distribuição passa a ser desejado com o fim de obter-se um preço mais

acessível ao cliente final. Surgem as fusões de empresas e aparecem os primeiros

oligopólios. Então chegamos ao ponto onde o empreendedorismo se depara com a

falta de organização, e entre 1860 e 1900 aconteceu um enorme desenvolvimento

tecnológico e atentou-se para o valor da pesquisa. Todos estes fatores

impulsionaram a busca pelas bases científicas que melhorariam a prática

empresarial e daria espaço para o surgimento da teoria administrativa.

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Fonte: Teoria Geral da Administração – Idalberto Chiavenato.

ATIVIDADE EM SALA DE AULA:

Estudo dirigido.

ANO AUTOR EVENTO

4000 a.C. Egipcios Necessidade de planejar, organizar e controlar.

2600 a.C. Egipcios Descentralização na organização.

2000 a.C. Egipcios Necessidade de ordens escritas. Uso de consultorias.

1800 a.C. Hamurabi (Babilônia)Uso de controle escrito e testemunhal: estabelecimento do salário

mínimo.

1491 a.C. Hebreus Conceito de administração; principio escalar.

600 a.C. Nabucodonosor (Babilônia) Controle de produção e incentivos salariais.

500 a.C. Mencius (China) Necessidade de sistemas e padrões.

400 a.C. Socrátes (Grécia)Enunciado da Universidade de Administração. Arranjo físico e

manuseio de materiais.

Platão (Grécia) Princípio da especialização.

175 a.C. Cato (Roma) Descrição de funções.

184 Dioclécio (Roma) Delegação de autoridade.

1436 Arsenal de Veneza Contabilidade de custos; balanços contábeis; controle de inventários.

1525 Niccoló Machiavelli (Itália) Princípio do consenso na organização; liderança; táticas políticas.

1767 Sir James Stuart (Inglaterra) Teoria da fonte de autoridade; especialização.

1776 Adam Smith (Inglaterra) Princípio de especialização dos operários; conceito de controle.

1799 Eli Whitney (Estados Unidos) Método científico; contabilidade de custos e controle de qualidade.

1800 Mathew Bulton (Inglaterra)Padronização das operações; métodos de trabalho; gratificações

natalinas; auditorias.

1810 Robert Owen (Inglaterra)Práticas de pessoal; treinamentos dos operários; planos de casas para

os operários.

1832 Charles Babbage (Inglaterra)Abordagem científica; divisão do trabalho; estudo de tempos e

moviemtos; contabilidade de custos.

1856 Daniel C. McCallum (Estados Unidos) Organograma; administração em ferrovias.

1886 Henry Metcalfe (Estados Unicos) Arte e ciência da administração.

1900 Frederick W. Taylor (Estados Unidos)Adminisração científica; estudo de tempos e moviemtnos;

racionalização do trabalho; ênfase no planejamento e no controle.

CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS EVENTOS DOS PRIMORDIOS DA ADMINISTRAÇÃO

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NOTA DE AULA 2 – TENDÊNCIAS E PERSPECTIVA DA ADMINISTRAÇÃO NO

BRASIL E NO MUNDO.

Fonte: Jorgência – Blog Administração

OBJETIVO DA AULA

Olá, daremos continuidade à disciplina que vai agregar grande valor à sua

graduação e com base nos conhecimentos adquiridos nesse módulo, você vai

entender as tendências e perspectivas da administração.

Para isso será apresentado o conceito básico do futuro das organizações,

bem como a importância do papel do administrador nesse enfoque.

ADMINISTRAÇÃO: TENDÊNCIAS E PERSPECTIVA

Seguramente, nos próximos anos, veremos o fim da forma organizacional de

hoje (a organização burocrática) e veremos o surgimento de novos sistemas mais

adequados às demandas da pós-industrialização. Resultado de: a) Mudanças

rápidas e inesperadas, principalmente no campo do conhecimento, impondo novas e

crescentes necessidades a que as atuais organizações não têm condições de

atender. b) Crescimento no tamanho das organizações, que se tornam complexos e

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internacionais. c) Atividades novas que exigem pessoas de competências diversas,

criatividade e altamente especializadas, envolvendo problemas de coordenação e,

principalmente, de acompanhamento das rápidas mudanças.

Fonte: Introdução à teoria geral da administração: Idalberto Chiavenato, 2004.

A Administração se tornará, rapidamente, junto com a tecnologia, o recurso

estratégico dos países desenvolvidos e a necessidade básica daqueles em

desenvolvimento como o Brasil. Por constituírem-se em alvo de interesse específico

de um setor, isto é, das instituições econômicas da sociedade, não só a

Administração como também, os Administradores, estão se tornando segmento

genérico característico e constitutivo da sociedade desenvolvida. O que a

Administração e os Administradores fazem, tornar-se-á cada vez mais uma questão

de interesse público e não um assunto reservado aos “peritos”.

A Administração se preocupará, cada vez mais com a manifestação de

crenças e valores, tanto quanto com a acumulação e conservação de resultados

economicamente mensuráveis. Defenderá, cada vez mais, a qualidade de vida de

uma sociedade quanto o seu padrão de vida.

É importante salientar que as mudanças estão ficando cada vez mais rápidas

e que estas provocam alterações em todo ambiente global e isto também se insere

nas organizações e principalmente em suas práticas administrativas.

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Alguns fatores que afetam o nosso atual cenário global são: o

desenvolvimento das tecnologias que na qual surgem novos produtos e serviços; a

mudança de hábitos e até de cultura das populações frentes as tecnologias, ao

mundo competitivo e mudanças climáticas e as facilidades nas comunicações e nos

transportes que estreitam fronteiras tornando mais próximo o conceito de aldeia

global, onde o sucesso de uns repercute de forma positiva ou negativa nos demais

(BERNARDES & MARCONDES, 2006).

Diante destes fatores e muitos outros que nascem em consequência desta

realidade, a tarefa administrativa vem se tornando cada vez mais incerta e

desafiadora, onde a visão do administrador deve estar dirigida não só dentro do seu

ambiente nas suas tarefas rotineiras, mas também para o ambiente exterior, se

antecipando às mudanças ao invés de esperar que elas venham para então reagir.

Os Paradigmas das Novas Organizações

Modelo do Século XX Aspectos Protótipo do Século XXI

Divisão de trabalho e cadeia

escalar de hierarquia Organização

Rede de parcerias com valor

agregado

Desenvolver a maneira atual

de fazer negócios Missão

Criar mudanças com valor

agregado

Domésticos ou regionais Mercados Globais

Custo Vantagem competitiva Tempo

Ferramenta para

desenvolver a mente Tecnologia

Ferramenta para

desenvolver colaboração

Cargos funcionais e

separados Processo de trabalho

Equipes de trabalho

interfuncionais

Homogênea e padronizada Força de trabalho Heterogênea e diversificada

Autocrática Liderança Inspiradora

Fonte: Chiavenato, I. 2.000:689

Na medida em que a administração se defronta com novos desafios e novas

situações que se desenvolvem com o decorrer do tempo, as teorias administrativas

precisam adaptar suas abordagens ou modificá-las completamente para

continuarem úteis e aplicáveis. (CHIAVENATO, 2007, p.23).

Por essa razão, profissionais – como engenheiros, economistas, contabilistas,

advogados ou médicos que conhecem suas respectivas especialidades – quando

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são promovidos em suas empresas – como industrias, construtoras, serviços,

consultorias ou hospitais – ao nível de supervisor, gerente ou diretor, precisam se

transformar em administradores. A partir daí, precisam aprender a administrar e

adquirir novos conhecimentos e posturas que suas especialidades não lhes

ensinaram em momento algum. Daí o caráter eminentemente universal da

administração: cada empresa necessita não de um administrador apenas, mas de

uma equipe de administradores em vários níveis e nas várias áreas e funções para

produzirem as diversas especialidades dentro de um conjunto integrado e

harmonioso de esforços em direção aos objetivos da empresa. É isso o que leva

muitos profissionais de nível superior a retornarem mais tarde aos bancos

universitários para cursarem administração: quando são promovidos do nível

operacional no qual executam suas especialidades para o nível intermediário ou

institucional: eles deixam de ser engenheiros, contabilistas, advogados ou médicos

para se tornarem administradores.

Logo, adaptar-se virou sinônimo de sobrevivência nos dias de hoje. E para

sobreviver diante do mercado, que com a globalização tornou-se um único, a teoria e

a prática da administração deve se preocupar com certos fatores como: a Gestão do

Conhecimento, Capital Humano e Capital Intelectual, Responsabilidade Social, entre

outros, que serão discutidos a seguir quando se reflete quanto ao futuro das

organizações.

O FUTURO DAS ORGANIZAÇÕES

Dinamismo, flexibilidade e inovação são pontos-chave para o futuro das

organizações. Inúmeros fatores influenciarão cada vez mais este futuro, alguns deles

são:

1. Mudança – ambiente cada vez mais turbulento que exigirá das

organizações além da flexibilidade, jogo de cintura, alterações e melhorias

contínuas.

2. Globalização – As organizações deverão crescer em tamanho e em

complexidade ampliando fronteiras e domínios.

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3. Complexidade – atividades mais diferenciadas gerando problemas de

integração e coordenação.

4. Gestão do Conhecimento – continuarão com problemas na acumulação e

quanto à utilização deste conhecimento. Serão destaque atividades intelectuais

voltadas ao detrimento das atividades rotineiras.

5. Democracia – abertura a sugestões e à persuasão e não a coerção que se

baseia no exercício da autoridade como meio de coordenação do trabalho.

6. Participação – no futuro, o modelo adotado pelas empresas é o de

equalização do poder e não o da diferenciação, reduzindo diferenças impostas pela

hierarquia de autoridade.

7. Alianças Estratégicas – criação de uma enorme rede (networking) entre as

empresas através de tecnologias de gestão de relacionamento com clientes,

fornecedores de recursos de serviços, concorrentes, agências reguladoras, etc). As

fronteiras organizacionais estarão próximas de desaparecer.

8. Tecnologia da Informação – influência cada vez maior sobre as empresas,

acelerando o trabalho organizacional.

9. Capital Humano e Capital Intelectual – influência maior das pessoas, dos

profissionais e dos cientistas crescente no seio das empresas.

10. Stakeholders – a empresa deverá satisfazer a múltiplas expectativas dos

grupos de interesses envolvidos, grupos estes que contribuem direta ou

indiretamente para o sucesso organizacional.

11. Ética e Responsabilidade Social – novas técnicas administrativas serão

criadas para avaliação do desempenho em todas as esferas da atividade da

empresa. Balanços contábeis e demonstrações financeiras deverão agregar o

balanço social e as demonstrações de responsabilidade social.

As organizações do futuro constituirão sistemas temporários, adaptáveis e

rapidamente mutáveis, organizados em torno de problemas a serem resolvidos ou

de tarefas a serem realizadas. Sendo assim, o papel do administrador será cada vez

mais vital para o sucesso dos negócios.

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CARACTERÍSTICAS E HABILIDADES EXIGIDAS AO ADMINISTRADOR NO

NOVO CENÁRIO GLOBALIZADO

Como já dito anteriormente as organizações se tornaram muito mais

complexas com as constantes mudanças e transformações, o avanço tecnológico e

a globalização, e diante desse novo cenário faz-se necessário um profissional com

um perfil novo, com novas habilidades e novas aptidões para absorver essas

mudanças e contextualiza-las, de forma a beneficiar a organização, novas

habilidades e aptidões, tais como: A necessidade de dominar sua área e muito mais.

Na última década houve uma profunda transformação nas profissões, algumas já

desapareceram, sendo que as que prevalecerão serão as que estiverem diretamente

ligadas a interação com os clientes. Nesse novo cenário que se apresenta, as

empresas estão procurando novos ideais e valores nos profissionais, como postura,

tão importante para se conseguir uma vaga no mercado de trabalho, bom

relacionamento interpessoal e espírito de equipe, e uma intensa curiosidade

intelectual, para ir sempre mais além do que lhe é proposto. Esses são alguns dos

fatores que diferem um profissional em um processo de recrutamento.

Além de ter um diploma, de falar um ou mais idiomas e ter conhecimentos em

informática, as empresas também estão analisando a história de vida de cada

profissional, quais as adversidades enfrentadas por ele para chegar aonde chegou,

os diplomas de faculdades renomadas deixaram de ser tão importantes, o que

importa agora é conciliar a educação formal, a experiência e a cultura adquirida

frente a falta de condições e de tempo.

Trabalho em Equipe

O trabalho em equipe é uma das mais importantes características exigidas

pelas organizações, pois, as mesmas já descobriram que a falta de espírito de

equipe acarreta em desperdício de tempo e de dinheiro, e que o sucesso de uma

empresa depende essencialmente do trabalho em grupo, e da união de

conhecimentos específicos de cada profissional. Trabalhar em equipe significa unir

forças para alcançar um objetivo maior que beneficiará todos.

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Pensamento Sistêmico

Ter um pensamento e uma visão sistêmica se tornou essencial para o novo

cenário globalizado, onde é necessário enxergar todos os processos e não apenas o

que é preciso fazer. Espírito Inovador A inovação oferece uma nova visão do mundo,

e ensina como agir, a inovação é acima de tudo uma responsabilidade perante as

mudanças. Mas também é muito importante salientar que toda mudança exige uma

quebra de paradigmas, uma quebra de crenças predeterminadas, e a ascensão de

uma nova maneira de enxergar o mundo. Para ser inovador é preciso ter uma visão

global e estar atento a todo e qualquer tipo de mudança seja ela tecnológica,

ambiental ou econômica.

Curiosidade Intelectual

Hoje em dia as empresas estão cada vez mais buscando qualidades extras

para a contratação de funcionários. No campo da Administração com o competitivo

mercado de trabalho, qualquer habilidade se torna um diferencial competitivo, e as

pessoas que se interessam em aprender cada vez mais, que não se contentem com

apenas o que aprenderam na sala de aula, essas serão as mais visadas pelas

empresas. É certo que existem muitas outras habilidades necessárias ao

administrador que quer ter presença constante nesse novo cenário onde

predominam a globalização, a era da informação e as inovações tecnológicas, o que

se pretendeu até aqui foi mostrar as principais habilidades.

A Administração tornou-se fundamental na condução da sociedade moderna.

Ela não é um fim em si mesma, mas um meio de fazer com que as coisas sejam

realizadas da melhor forma, com o menor custo e com a maior eficiência e eficácia.

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ATIVIDADE EM SALA DE AULA

O ADMINISTRADOR COMO AGENTE DE MUDANÇAS

O administrador deve estar focalizado no futuro para poder preparar sua

empresa para enfrentar novos desafios que surgem, seja por meio de novas

tecnologias, novas condições sociais e culturais, seja por meio de novos produtos e

serviços. Além disso deve pensar globalmente (ver o mundo) e agir localmente

(dentro da empresa). Para levar sua empresa à excelência, o administrador deve ter

espirito empreendedor, aceitar desafios, assumir riscos e possuir um senso de

inconformismo sistemático. Somente assim, o administrador pode conduzir sua

empresa a uma situação melhor. Qual sua opinião sobre tudo isso?

DICA DE LEITURA: Busque na biblioteca virtual do Idaam o livro Introdução à

Teoria Geral da administração, nas páginas 17 a 23 acessando o link abaixo:

https://idaam.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788520436691/pages/17

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NOTA DE AULA 3 – ÁREAS DE ATUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO

Fonte: Uni7

OBJETIVO DA AULA

Olá turma, daremos continuidade à disciplina que vai agregar grande valor à

sua graduação, ajudando-os a conhecer as 15 principais áreas de atuação nas quais

pode trabalhar um administrador.

E para isso será apresentado o conceito básico das principais áreas de

atuação, bem como as tarefas básicas e habilidades do administrador.

TAREFA BASICA DA ADMINISTRAÇÃO

A Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso

de recursos técnicos, científicos, financeiros, materiais e de pessoal a fim de

alcançar um objetivo.

Sua tarefa básica é a de fazer as coisas por meio das pessoas, de maneira

eficiente e eficaz, portanto:

Eficiência: significa a realização de atividades ou tarefas de maneira certa e

inteligente, com mínimo de esforço e com o máximo de aproveitamento de recursos,

ela determina o quanto uma organização usa corretamente seus recursos. Quanto

maior o grau de produtividade na utilização de seus recursos, mais eficiente é a

organização.

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Eficácia: Determina o quanto uma organização realiza seus objetivos. Quanto

mais alto o grau de realização dos objetivos, mais a organização é eficaz.

O PAPEL DO ADMINSTRADOR

Na verdade, e o administrador consegue fazer as coisas por intermédio das

pessoas e por isso ocupa posição primordial na organização.

O administrador dá direção e rumo à sua organização, proporciona liderança

às pessoas e decide como os recursos organizacionais devem ser utilizados para

atingir os objetivos da organização.

Administrar não significa executar tarefas, mas sim fazer com que elas sejam

executadas por outras pessoas em conjunto. O administrador não é aquele que faz,

e sim o que faz fazer.

HABILIDADES DO ADMINSTRADOR

Katz dizia que o sucesso do administrador depende mais do seu desempenho

do que dos seus traços particulares de personalidade, daquilo que ele faz e não

daquilo que ele é. E o seu desempenho é resultado de certas habilidades que ele

possui e utiliza. Katz identificou três tipos de habilidades importantes:

- Habilidades conceituais;

- Habilidades humanas;

- Habilidades técnicas.

a) Habilidades Conceituais

As habilidades conceituais envolvem a visão da organização ou da unidade

organizacional como um todo, a facilidade de trabalhar com ideias, conceitos, teorias

e abstrações.

Estão relacionadas com o pensamento, raciocínio, o diagnóstico da situação e

a formulação de alternativas para solução dos problemas. Na medida em que o

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administrador ascende na carreira, ele precisa cada vez mais das habilidades

conceituais.

b) Habilidades Humanas

As habilidades humanas estão relacionadas com o trabalho, com as pessoas

e referem-se à facilidade de relacionamento interpessoal e grupal. Envolvem a

capacidade de motivar, comunicar, coordenar, liderar e resolver conflitos individuais

ou coletivos. Em todos os níveis organizacionais é fundamental saber trabalhar com

as pessoas e por intermédio delas.

c) Habilidades Técnicas

As habilidades técnicas estão relacionadas com o conhecimento

especializado, com a execução, e com os procedimentos para execução de tarefas.

As habilidades técnicas estão relacionadas com o fazer, isto é, com os

processos materiais ou objetos físicos e concretos. Ela é mais utilizada no nível

operacional.

Essas habilidades requerem competência pessoal para serem colocadas em

ação com êxito.

COMPETÊNCIAS DO ADMINISTRADOR

A competência é a qualidade de quem é capaz de analisar uma situação,

apresentar soluções e resolver assuntos ou problemas e, é o maior patrimônio de

um administrador. O administrador para ser bem-sucedido, precisa desenvolver três

competências duráveis: o conhecimento, a perspectiva e a atitude.

a) O conhecimento: significa todo o acervo de informações, conceitos,

ideias, experiência e aprendizado que o administrador adquiriu ao longo de sua vida

profissional. É fundamental que esse conhecimento seja constantemente atualizado,

seja por intermédio da leitura, seja por intermédio de relacionamento com outros

profissionais, através de cursos, simpósios, conferências, etc. . No entanto, não

basta ter o conhecimento, mas saber aplica-lo em benefício da organização.

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b) A perspectiva: significa a capacidade de utilizar o conhecimento, saber

transformar a teoria em prática, aplicar o conhecimento na análise das situações, na

solução dos problemas e na condução dos negócios.

A perspectiva representa a habilidade de colocar os conceitos e ideias

abstratas em ação, em visualizar a oportunidade de utilizá-las e transformá-las em

novos produtos e serviços.

c) A Atitude: significa o comportamento pessoal do administrador frente às

situações com que se defronta no seu trabalho. A atitude representa o estilo pessoal

de fazer acontecer, a maneira de liderar, motivar, comunicar e levar adiante os

projetos.

É essa a competência que transforma o administrador em agente de mudança

e não num agente de conservação. Sem dúvida é essa a habilidade mais

importante. É ela que torna as organizações mais eficazes e competitivas e as

orienta para o sucesso.

Para compreendê-la, porém, o administrador precisa desenvolver certas

características pessoais que o tornem um líder, tais como: combatividade,

assertividade, convicção profunda, não aceitação do status quo, inconformismo com

a mediocridade e alta dose de espirito empreendedor.

O PAPEL DO ADMINISTRADOR

Os papéis do administrador são as atividades conduzidas por ele para cumprir

as funções de planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos organizacionais para

atingir os objetivos. Esses papéis podem ser classificados em: interpessoais,

informacionais e decisórios.

a) interpessoais:

- Representação: assume deveres cerimoniais, representa a organização,

acompanha visitantes e assina documentos legais.

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- Liderança: dirige e motiva as pessoas, treina, aconselha, orienta e se

comunica com os subordinados.

- Ligação: mantém redes de comunicação, dentro e fora da organização, usa

todos os meios de comunicação.

b) informacionais:

- Monitoração: manda e recebe as informações, lê revistas e relatórios e

mantêm contatos pessoais.

- Disseminação: envia informações para outras organizações e internamente,

por diversos meios.

- Porta-voz: transmite informações para as pessoas de fora.

c) decisórias:

- Empreende: inicia projetos, identifica novas ideias, assume riscos, delega

responsabilidades.

- Resolve conflitos: toma ação corretiva em disputas ou crises, resolve

conflitos entre subordinados, adapta o grupo à crises e mudanças.

- Aloca recursos: decide a quem atribuir recursos. Programa, orça e

estabelece prioridades.

- Negociação: representa os interesses da organização em negociações com

sindicatos, vendas, compras ou financiamentos.

Portanto, se você quer ser um administrador bem-sucedido, siga as seguintes

regras básicas:

Faça investimento constante em sua formação profissional;

Mantenha-se informado;

Desenvolva seu espirito empreendedor;

Trabalhe em equipe;

Seja flexível;

Desenvolva sua capacidade de negociação;

Saiba administrar conflitos;

Trate sua carreira como se ela fosse uma empresa.

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GRANDES FUNÇÕES OU ÁREAS DA ADMINISTRAÇÃO

A Administração é uma área muito ampla, onde pode-se desfrutar de vários

campos de atuação, e nela pode-se evoluir todo momento, e principalmente nunca

desistir de seus objetivos. E como diz Peter Drucker: “Não podemos prever o futuro,

mas podemos cria-lo.”

Entre os diversos campos da administração, podemos citas as 15 maiores:

Gestão Financeira; Gestão de recursos humanos; Gestão de Marketing; Logística;

Planejamento estratégico; Comércio exterior; Auditoria, Consultoria; Controle de

produção; Gestão ambiental; Gestão de informação; Pesquisa de mercado; Carreira

acadêmica; Gestão de processos e Controladoria.

Porém, iremos nos aprofundas nas quatro grandes áreas mais atuantes da

Administração, que são: finanças, produção, marketing e recursos humanos.

FINANÇAS

Conceito de Gestão Financeira

A gestão financeira é uma das tradicionais áreas funcionais da gestão,

encontrada em qualquer organização e à qual cabem as análises, decisões e

atuações relacionadas com os meios financeiros necessários à atividade da

organização. Desta forma, a função financeira integra todas as tarefas ligadas à

obtenção, utilização e controle de recursos financeiros.

Por outras palavras, a função financeira integra:

- A determinação das necessidades de recursos financeiros (planejamento

das necessidades, inventariação dos recursos disponíveis, a previsão dos recursos

libertos e o cálculo das necessidades de financiamento externo);

- A obtenção de financiamento de forma mais vantajosa (tendo em conta os

custos, prazos e outras condições contratuais, as condições fiscais, a estrutura

financeira da empresa);

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- A aplicação criteriosa dos recursos financeiros, incluindo os excedentes de

tesouraria (por forma a obter uma estrutura financeira equilibrada e adequados

níveis de eficiência e de rentabilidade);

- A análise financeira (incluindo a recolha de informação e o seu estudo por

forma a obter respostas seguras sobre a situação financeira da empresa);

- A análise da viabilidade econômica e financeira dos investimentos.

PRODUÇÃO

Segundo KWASNICKA, “ A função produção é a atividade de transformação

de matéria-prima em utilidades necessárias ao consumidor. ” (1995:97). Para fins de

estudo, e ainda segundo a mesma autora, costumamos dividir esta função em 3

subsistemas: “Engenharia de Produto, Planejamento da Produção e Engenharia de

processo. ” (1995:98).

A qualidade da produção é peça-chave para o sucesso de uma empresa. Por

isso, é interessante contar com um administrador capaz de avaliar como estão

sendo produzidas as mercadorias. Dependendo da atividade da organização, ele

ainda pode analisar como está o nível dos serviços.

Para o trabalho ser executado com maestria, é necessário que o profissional

compreenda a estratégia de uma empresa. Ao contar com essa informação, será

capaz de pesquisar como pode ser feito o desenvolvimento de mercadorias e

serviços, possibilitando melhorias na produção.

Outro papel relevante é acompanhar os processos adotados pela empresa.

Assim, o administrador poderá indicar alternativas para apontar eventuais erros e

sugerir medidas para eliminá-los.

MARKETING

A definição de KWASNICKA para a função de marketing: “marketing é o

desempenho das atividades empresariais que dirigem o fluxo de mercadorias e

serviços do produtor para o consumidor final.” (1995:125).

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A gestão de marketing é configurada por ações de gerenciamento de todas as

etapas que compõem o relacionamento entre a empresa e os seus potenciais

consumidores, a fim de fortalecer a marca.

Essa área da administração busca e implanta estratégias tanto para atrair o

público-alvo identificado, a partir da observação de suas necessidades e lacunas

deixadas pelo mercado, quanto para torná-los fiéis à adoção da marca veiculada.

Na gestão de marketing, o administrador se ocupa da realização de pesquisa

de mercado, definição de perfil dos consumidores, proposição de melhorias nos

processos e produtos oferecidos pela empresa, bem como criação de estratégias de

interação.

O foco principal do graduado em administração ao atuar nesse domínio é

elaborar e efetivar mecanismos capazes de propiciar uma imagem de excelência à

empresa.

RECURSOS HUMANOS

Para KWASNICKA, abaixo a definição para função Recursos Humanos:

A administração de recursos humanos representa todo esforço da

organização, no sentido de atrair profissionais do mercado de trabalho, prepara-los,

adaptá-los, desenvolvê-los e incorporá-los de forma permanente ao esforço

produtivo e utilizar adequadamente o profissional de que uma organização

necessita. (1995:140).

Considerada como um domínio de atuação solidificado, a área de gestão de

recursos humanos é caracterizada por atividades de recrutamento, seleção,

contratação e treinamento de funcionários para uma empresa, além de lidar com

planos de carreira.

Esse âmbito é direcionado à organização e ao gerenciamento do capital

humano da companhia, buscando o equilíbrio entre a produtividade dos

colaboradores e o seu bem-estar.

Na gestão de recursos humanos, cabe ao bacharel em administração

executar ações que visam a manutenção do quadro de funcionários da empresa em

conformidade com as políticas e valores que ela possui.

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Por isso, além de selecionar e treinar funcionários, esse profissional elabora e

reformula a estrutura hierárquica interna da corporação, de modo a definir cargos e

implementar estratégias para fortalecer a cultura organizacional.

ATIVIDADE EM SALA DE AULA

Analise crítica com dinâmica de grupo.

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NOTA DE AULA 4 – FUNÇOES ADMINISTRATIVAS/GERENCIAIS

OBJETIVO DA AULA

Olá, daremos sequência à disciplina que vai agregar valor à sua graduação, e

ao final desse módulo, espero que você compreenda os processos administrativos e

suas funções para o alcance de objetivos organizacionais.

E para isso será apresentado o conceito básico do processo e suas etapas.

PROCESSOS ADMINISTRATIVOS

Fazem parte do processo de administrar, as funções de planejamento,

organização, direção e controle, e sem as quais o ato de administrar estaria

incompleto.

O planejamento, a organização a direção e o controle, quando considerados

separadamente constituem as funções administrativas. Quando visualizadas no

conjunto, para o alcance dos objetivos organizacionais, formam o processo

administrativo.

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PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL

Fonte: Blog do software avaliação

O que é planejamento organizacional?

Planejamento organizacional é um processo que consiste em um conjunto de

ações intencionais, integradas, coordenadas, necessárias e orientadas para tornar

realidade um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões

antecipadamente e dar suporte às ações e atividades durante o percurso para o

objetivo proposto.

Planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente o

que se deve fazer e quais objetivos devem ser alcançados e é responsável por

definir objetivos, metas e planos para a organização. De forma resumida,

planejamento é definir os objetivos e os meios para alcançá-los.

Plano organizacional

Planejamento organizacional pode ser definido como um processo

organizacional onde o produto final são os planos organizacionais com o resultado

que deve contemplar três elementos essenciais, tais como:

- Objetivos e metas;

- Meios necessários para realização (humanos, financeiros, materiais,

informacionais e tecnológicos);

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- Mecanismos de controle (dispositivos e indicadores de desempenhos que

permitam o monitoramento durante a execução do planejado a fim de evitar

desvios em relação ao estabelecido).

O Planejamento visa saber como está a situação atual, para onde se pretende

chegar, como e quando chegar.

Um bom planejamento possibilita vários benefícios dentre eles:

- Identificação e estabelecimento de objetivos e metas;

- Possibilita a utilização dos recursos de forma eficaz e eficiente (economia);

- Permite a identificação de variáveis internas e externas relevantes;

- Facilita a percepção de novas oportunidades ou riscos;

- Define as responsabilidades e estimula o comprometimento dos envolvidos;

- Determinar tarefas e prazos, viabilizando o controle e ajustes se necessário;

- Dá suporte para conseguir credibilidade e apoio financeiro, material e

humano.

Tipos de planejamento organizacional

O planejamento se divide em três tipos, de acordo com o nível organizacional:

planejamento estratégico, planejamento tático e planejamento operacional.

Para o bom funcionamento da organização, é imprescindível que os três tipos

de planejamentos estejam alinhados com os objetivos da organização.

Fonte: Próprio Autor.

NÍVEL  TIPO QUEM FAZ? POR QUE SE FAZ?

Estratégico EstratégicoAlta Administração:

Diretoria

Estabelecer diretrizes

para organização.

Média administração:

Gerencias e Gestores

Operacional OperacionalPessoal nível operacional:

Supervisão e lideranças

Estabelecer diretrizes para

grupos e pessoas.

TIPOS DE PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL

Tático TáticoEstabelecer diretrizes para

unidades da organização.

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Planejamento Organizacional Características

Fonte: Gestão de segurança privada.

Planejamento Estratégico

O planejamento estratégico define a missão, a filosofia/valores, visão e os

objetivos da organização, considerando os fatores externos e internos.

Missão: finalidade e razão de existência da organização;

Filosofia e valores: aquilo em a organização acredita, conjunto de crenças;

Visão: aonde a organização quer chegar. O que ela desejar ser no futuro;

Objetivo: resultado que organização espera.

É onde são definidas as estratégias que serão adotadas a longo prazo pela

organização para atingir seus objetivos e metas.

Nele devem estar as decisões de longo prazo que definirão como a

organização vai se posicionar no segmento de atuação.

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Processo do planejamento estratégico

Fonte: Contatto Consultoria

É o direcionamento estratégico que permite às organizações reagirem

rapidamente às turbulências do meio ambiente que atuam, explorarem as

oportunidades e desenvolverem novas técnicas de administração.

Se baseia numa análise das ameaças e oportunidades e uma avaliação das

forças e fraquezas da organização (analise de SWOT).

Enquanto a estratégia se preocupa em “o que fazer”, o

planejamento estratégico se preocupa em “como fazer”.

O planejamento estratégico é responsabilidade da alta administração

e abrange toda a organização.

Planejamento Tático

O planejamento tático também é conhecido como: planejamento administrativo,

planejamento funcional ou planejamento departamental.

São planejamentos referentes as diversas áreas funcionais da organização,

que estabelecem objetivos e metas para as unidades da organização e possibilitam

a realização do plano estratégico da organização. São planos de média duração que

abrange os departamentos da organização.

Os responsáveis pelo planejamento tático fazem parte dos níveis

intermediários da organização: gerentes e gestores de departamentos, e abrange as

unidades da organização. São exemplos de planejamentos táticos:

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Planos de marketing;

Planos de produção;

Planos financeiros;

Planos de recursos humanos;

Planos de segurança etc.

Fonte: Autor desconhecido.

Tem sua origem no detalhamento do planejamento estratégico com a fixação

dos objetivos e recursos necessários para o atingimento das estratégias

organizacionais.

É através dos planos tático, administrativo ou funcional que os objetivos

estratégicos são realizados.

Planejamento Operacional

O planejamento operacional é referente aos grupos, equipes e indivíduos da

organização, que estabelecem objetivos e metas para as equipes e indivíduos.

Define as atividades e os recursos necessários para realização dos objetivos

e metas da organização.

É um plano de curta duração que tem a função de controlar as rotinas de uma

unidade da organização. O planejamento operacional define as atividades e

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recursos necessários para a consecução dos planos estratégico e tático e tem como

roteiro:

- Identificação de atividades;

- Programação.

Fonte: Grupo Educacional UNIESP

A programação consiste em distribuir a realização das atividades no tempo

com a fixação de duração para cada uma delas e a ordem em que serão realizadas,

através de planos de ação.

Basicamente elas são distribuídas em cronogramas, ferramenta muito

utilizada para a distribuição das atividades no tempo como também para

acompanhamento da sua realização.

Os responsáveis pelo planejamento operacional estão inseridos abaixo do

nível tático. Incluem analistas, supervisores, coordenadores etc., que são

responsáveis pela coordenação das rotinas.

Por que o planejamento é importante?

O planejamento identifica e esclarece o(s) objetivo(os) da organização;

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O planejamento racionaliza o uso dos recursos disponíveis;

O planejamento – ou sua ausência – pode afetar o desempenho da

organização.

O planejamento deve estar embasado em informações conseguidas através

de Brainstorm, pesquisas formais e informais e análise de riscos.

O planejamento deve ser flexível o suficiente para permitir correções ao longo

do tempo conforme necessidade e consistente o suficiente para impedir desvio que

prejudiquem a conclusão do seu objetivo.

ORGANIZAÇÃO

Fonte: Adm. Inside.

CONCEITO E OBJETIVO

A organização é a função administrativa que se incumbe de identificar,

organizar e agrupar as atividades e recursos necessários para se atingir os objetivos

propostos.

A organização tem como base a formação de equipes de trabalho e o trabalho

em equipe. Assim, a organização precisa lidar com pessoas e relações de

autoridade e responsabilidade.

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Para que os objetivos sejam alcançados, o planejamento possa ser executado

e as pessoas possam trabalhar eficientemente, as atividades precisam ser

adequadamente agrupadas e a autoridade convenientemente distribuída.

A organização como função administrativa serve para:

Agrupar e estruturar todos os recursos disponíveis na organização;

Agrupar as pessoas para que estas trabalhem melhor em conjunto;

Permitir o alcance dos objetivos almejados da melhor forma possível.

Princípios Básicos da Organização

A organização administrativa deve basear-se em cinco princípios

de organização:

a) Princípio da Especialização

A organização deve fundamentar-se na divisão do trabalho que provoca a

especialização das pessoas em determinadas atividades.

A especialização produz um incremento da quantidade e qualidade de

trabalho executado.

b) Princípio da Definição Funcional

O trabalho de cada pessoa, a atividade de cada órgão e as relações de

autoridade e responsabilidade são aspectos que devem ser claramente definidos por

escrito.

As empresas geralmente utilizam o organograma, a descrição do cargo ou o

Manual de Organização para atender ao princípio da definição funcional.

O importante é deixar claro a posição de cada pessoa ou departamento na

estrutura organizacional.

c) Princípio da Paridade da Autoridade e Responsabilidade

A autoridade é o poder de dar ordens e exigir obediência ao subordinado.

A responsabilidade é o dever de prestar contas ao superior.

O princípio da Paridade salienta que deve haver uma correspondência entre o

volume de autoridade e de responsabilidade atribuído a cada pessoa ou

departamento.

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Essa equivalência é necessária para evitar que certas pessoas ou

departamentos tenham excessiva responsabilidade sem a necessária autoridade

ou demasiada autoridade para pouca responsabilidade.

A cada responsabilidade deve corresponder uma autoridade que permita

realizá-la.

A cada autoridade deve corresponder uma responsabilidade equivalente.

A autoridade deve se basear em princípios da liderança para que se perpetue

o bom relacionamento nas equipes.

d) Princípio Escalar

Cada pessoa deve saber exatamente a quem prestar contas e sobre quem

possui autoridade.

Refere-se à cada cadeia de relações diretas de autoridade de um superior

para um subordinado em toda a organização, desde a base até a cúpula, onde

geralmente está o diretor principal como autoridade máxima.

e) Princípio da Funções de Linha e de Staff

Deve-se definir, da maneira mais clara possível, não só a quantidade de

autoridade atribuída a cada pessoa ou departamento, mas também a natureza

dessa autoridade.

Este princípio leva a distinção entre as funções de linha e de staff dentro da

empresa.

As funções de linha são aquelas diretamente ligadas aos objetivos principais

da empresa.

As funções de staff são aquelas que não se encontram diretamente ligadas

àqueles objetivos.

As funções de staff são aquelas comumente chamadas de equipes de apoio.

O critério da distinção é o relacionamento direto ou indireto com os objetivos

empresariais e não o grau de importância de uma atividade sobre outra.

Componentes da Organização

Tarefas – Divisão do trabalho, provocando a especialização de atividades e

de funções.

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Pessoas – Considera-se as habilidades, aptidões, interesses, experiências e

prática e o comportamento de cada pessoa.

Órgãos – O trabalho e as pessoas são agrupados em órgãos. Os órgãos são

dispostos em níveis hierárquicos.

A departamentalização é determinada de acordo com os critérios de melhor

atendimento aos objetivos empresariais.

Relações – Entre as pessoas e o trabalho, relacionamento entre uma pessoa

com outras situadas em setores diferentes da empresa, relacionamento informal

entre os participantes em situações fora do trabalho, etc.

Cronograma

Normalmente a estrutura organizacional é descrita em forma de organograma.

Como o próprio nome indica, organograma é o gráfico que representa a organização

formal de uma empresa, ou seja, a sua estrutura organizacional.

O organograma é uma espécie de diagrama usado para representar as

relações hierárquicas dentro de uma organização, ou simplesmente a distribuição

dos setores, unidades funcionais e cargos e a comunicação entre eles.

Modelo de organograma

DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR FUNÇÃO: As atividades são agrupadas de acordo com as funções

da empresa. Pode ser considerado o critério de departamentalização mais usado pelas empresas.

Fonte: Desconhecida.

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As organizações constituem organismos vivos, que crescem e se

desenvolvem e que precisam ser organizados e estruturados para funcionar melhor.

O papel da organização administrativa é exatamente de alocar, arranjar,

agrupar, reunir, dividir o trabalho, especializar, para que as atividades sejam

executadas da melhor maneira possível.

DIREÇÃO

Fonte: Segurança Privada.

CONCEITOS E DEFINIÇÕES

A direção é a função administrativa que orienta, conduz e coordena as

pessoas na execução das atividades planejadas e organizadas. Corresponde a

orientar e coordenar os trabalhos dos subordinados.

A Direção constitui a terceira etapa do processo administrativo, depois do

planejamento e da organização e é onde ocorre à execução dos trabalhos

planejados e organizados.

Dirigir significa interpretar os objetivos e os planos para os outros e dar as

instruções de como executá-los.

A Direção pode ser considerada a mais importante das funções

administrativas, a essência do trabalho do bom Administrador.

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Princípios básicos da Direção

A direção como função administrativa deve basear-se em quatro princípios

básico:

a) Princípio da Unidade de Comando: Cada subordinado deve subordinar-se

à apenas um superior.

A recíproca deste princípio é a de que deve haver uma autoridade única sobre

cada pessoa na organização, para evitar a duplicidade de ordens.

b) Princípio da Delegação: É preciso que todas as atividades necessárias à

realização dos objetivos empresariais sejam delegadas a um nível que possa

executá-las adequadamente.

A delegação significa a designação de tarefas, a transferência de autoridade e

a exigência de responsabilidade pela execução daquelas tarefas.

c) Princípio da Amplitude de Controle: Refere-se ao número ideal de

subordinado que cada chefe pode supervisionar diretamente. Cada Chefe deve ter

um número adequado de subordinados para poder supervisioná-los

adequadamente.

d) Princípio da Coordenação: Todas as atividades devem ser coordenadas e

integradas tendo em vista um objetivo comum.

Meios utilizados para Direção

Para dirigir os subordinados, o Administrador – em qualquer nível que esteja

situado – deve ser capaz de: dar ordens ou instruções, comunicar, motivar, liderar e

coordenar.

O sucesso do bom administrador está em saber utilizar todos esses meios de

direção.

a) Instruções e Ordens:

Para dirigir os subordinados, o administrador deve dar ordens ou instruções,

para que estes saibam o que devem fazer e quando fazer.

Tanto a ordem quanto a instrução servem para fazer iniciar, modificar e

cessar uma tarefa ou atividade.

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A ordem se refere ao que fazer e quando, enquanto que a instrução se refere

ao como fazer alguma tarefa ou atividade.

Enquanto a ordem é um imperativo de fazer algo, a instrução é uma

orientação sobre a maneira de fazer algo.

b) Comunicar:

Comunicação é o processo de transmissão de informação e compreensão de

uma pessoa para outra.

Toda comunicação envolve sempre duas ou mais pessoas, pois é um

processo de interação de pessoas.

A comunicação realiza uma ponte de significados entre duas ou mais

pessoas.

Comunicar não é somente transmitir uma mensagem. É sobretudo, fazer com

que a mensagem seja compreendida pela outra pessoa.

Se não houver essa compreensão do significado, não há comunicação.

Se uma pessoa transmitir uma mensagem e esta não for compreendida pela

outra pessoa, a comunicação não se efetiva.

c) Motivar:

A Motivação é um poderoso instrumento de Direção.

Um MOTIVO é qualquer coisa que leva uma pessoa a praticar uma ação.

Um motivo é a causa, a razão de algum comportamento.

Como as pessoas são diferentes entre si e reagem individualmente a uma

mesma situação, a Direção deve levar em conta essas diferenças individuais e tratar

as pessoas adequadamente.

A motivação pode ser obtida através dos fatores de Motivação.

Os fatores de Motivação mais importantes são:

Trabalho interessante e que propicie desafios para a pessoa;

Remuneração adequada ao trabalho executado;

Oportunidades de progresso na Empresa;

Projeção e prestígio social decorrente do trabalho feito;

Reconhecimento pelo superior e colegas de trabalho.

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d) Liderar:

Para dirigir as pessoas, não basta apenas dar ordens e instruções, comunicar

e motivar. É preciso ainda, Liderar. E aí está outro desafio para o Administrador.

Liderança é a capacidade de influenciar as pessoas e para dirigir pessoas, deve-se

influenciar os seus comportamentos.

Durante muito tempo, achava-se que a Liderança era uma qualidade pessoal

determinada por características de personalidade.

Atualmente, aceita-se a existência de três fatores de liderança, isto é, três

fatores que influem na capacidade de liderar pessoas:

Posição hierárquica: Decorrente da autoridade em relação aos

subordinados. Quanto mais alta a posição hierárquica, maior força de liderança

oferecida pela estrutura organizacional ao Administrador.

Competência Profissional: É resultante dos conhecimentos gerais (cultura

geral) e específicos (cultura técnica) que o Administrador possui.

Quanto maior a competência profissional, maior a força de liderança que o

próprio Administrador possui.

Personalidade: Decorrente das qualidades pessoais do Administrador, como o

seu temperamento, caráter, relacionamento humano, inteligência, compreensão etc.

A Personalidade constitui uma base importante para a liderança. Se não

houver facilidade no tratamento com as pessoas, de nada valem a posição

hierárquica e a competência profissional.

e) Coordenação:

Coordenar significa unir e harmonizar todas as atividades e esforços de

diferentes pessoas ou órgãos da Empresa, tendo em vista um objetivo comum.

A importância da Coordenação reside no fato de que todas as atividades de

uma empresa precisam ser integradas e sincronizadas para que os seus objetivos

sejam alcançados plenamente.

Se apenas algumas pessoas ou órgãos funcionam bem, os objetivos

empresariais podem ser sacrificados.

Torna-se necessário que a Empresa – como um todo – funcione

integralmente para o pleno sucesso. Este é o papel da Coordenação.

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CONTROLE

Fonte: Blogspot.

CONCEITOS, DEFINIÇÕES E OBJETIVOS

O controle significa o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação do

desempenho organizacional para verificar se as coisas estão acontecendo conforme

o planejamento, a organização e a direção.

O controle é o processo de assegurar que as atividades atuais estejam em

conformidade com as planejadas.

O controle como função administrativa tem como finalidade analisar o trabalho

que está sendo desenvolvido comparando o que foi feito ou está sendo feito com o

que deveria ser feito ou alcançado, com o objetivo de apontar desvios em relação ao

planejado e propor alternativas para superar as dificuldades encontradas.

O controle como função administrativa tem como objetivos:

- Corrigir as falhas ou erros considerando todas as fases do processo

administrativo, ou seja, o planejamento, a organização e a direção, indicando

medidas de correção;

- Prevenir novas falhas ou erros, sugerindo meios de se evitá-los no futuro.

A importância do controle está em se assegurar o cumprimento do que foi

planejado e o alcance dos objetivos propostos, garantindo-se que as atividades

foram realizadas conforme o que foi planejado e de acordo com as ordens

transmitidas.

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Princípios Gerais de Administração Aplicados ao Controle

Dentre os princípios gerais de Administração CHIAVENATO (1993), cita 04

como sendo aplicados ao controle:

a) Princípio de Garantia do Objetivo:

O controle deve contribuir para o alcance dos objetivos, identificando e

localizando as falhas ou distorções existentes nos planos indicando as correções a

serem feitas para que se alcancem os objetivos.

b) Princípio da Definição dos Padrões:

O controle deve estar baseado em padrões objetivos, ou seja, de

desempenho e de qualidade, objetivamente colocado e precisamente estabelecido.

c) Princípio da Exceção:

O administrador deve preocupar-se mais com as coisas que andam mal, ou

seja, os desvios importantes do que com as situações normais, concentrando os

esforços de controle para os desvios e as exceções.

d) Princípio da Ação:

O controle deve indicar providências para a correção dos desvios

identificados, sendo que ele só se justifica quando proporciona esse tipo de ação

para as falhas apontadas.

Passos para Realizar um Processo de Controle / Avaliação

Todo processo de controle/avaliação segue os seguintes passos:

a) Estabelecimento de padrões ou normas

Os padrões são um modelo a ser seguido, as normas são regras, referências

que proporcionam meios para se estabelecer o que se deverá fazer e qual o

desempenho ou resultado desejado.

Padrões e normas devem ser realistas para que sejam adequados

(CHIAVENATO, 1993; ROBBINS, 1990).

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Os padrões devem possuir algumas características indispensáveis:

Serem elaborados a partir daqueles que irão utilizá-los, pois se impostos

estes têm poucas chances de serem praticados;

Serem fruto de consenso do grupo que irá utilizá-los;

Serem simples, sucintos e redigidos em linguagem clara, de forma

corriqueira;

Serem baseados na prática, retratando a forma como as coisas funcionam

(NOGUEIRA, 1996).

b) Estabelecimento de uma Unidade de Medida

Para que se possa determinar qual o desempenho alcançado é necessário

que se tenha informações a seu respeito, é necessário que se realize uma medida.

Com frequência para medir utilizamos a observação do desempenho que

consiste em estarmos acompanhando, conhecendo, monitorando o desempenho

para obtermos informações a respeito do que se está controlando; além disso, pode-

se fazer uso também de relatórios estatísticos (CHIAVENATO, 1993; ROBBINS,

1990).

O que medimos são os critérios utilizados no processo de avaliação que

determinam, na maioria das vezes, aquilo que a equipe procurara desempenhar com

perfeição.

c) Comparação do desempenho com o padrão estabelecido

Consiste na avaliação propriamente dita formal ou informal, do desempenho,

tendo como base os padrões estabelecidos comparando os resultados alcançados

com os esperados; ou seja, é o grau da diferença entre o desempenho real e o

desejado.

d) Ação corretiva

Visa fazer com que aquilo que é feito seja feito exatamente de acordo com o

que se pretendia fazer, mantendo as ações dentro dos padrões estabelecidos para

que os objetivos sejam alcançados, e as variações, erros ou desvios sejam

superados. (CHIAVENATO, 1993).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 3ª ed. São

Paulo: Editora Atlas, 1983.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 4ª ed. São

Paulo: Editora Makron Books, 1993.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração: Uma visão

abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. rev. e atual. Rio de

Janeiro: Editora Elsevier, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 9 ed. São

Paulo: Editora Manole, 2014.

DRUKER, Peter F. Administrando para o Futuro. São Paulo: Editora Pioneira, 1998.

LACOMBRE, Francisco José; HEILBORN, Gilberto Luiz José. Administração –

Princípios e Tendências. São Paulo: Editora Saraiva, 2003.

MAXIMIANO, Antônio César Amauri. Teoria Geral da Administração: da revolução

urbana à revolução digital. São Paulo: Editora Atlas, 2007.

MEIRELES, Manuel. Teorias da administração: clássicas e modernas. São Paulo:

Editora Futura, 2003.

ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 14 ed. São Paulo: Editora

Best-Seller, 1990.

Significados: Significado de Administração. Disponível em:

https://www.significados.com.br/administracao/. Acesso em 10 de julho 2018.

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Portal RH: Artigos. História e evolução da administração. Disponível em:

https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/histria-e-evoluo-da-administrao/. Acesso em

29 de julho de 2018.