nkuma insiste com a mãe

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Trabalhos Criativos da turma de 6º ano da Secção Portuguesa do Liceu Internacional de Saint-Germain-en-Laye a partir da obra de Luísa Coelho, Nkuma e Chem-Chem

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Os alunos de 6º ano da Secção Portuguesa do LI imaginaram a continuação da história de Luísa Coelho

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Page 1: Nkuma insiste com a mãe

Trabalhos Criativosda turma de 6º ano da Secção Portuguesa

do Liceu Internacional de Saint-Germain-en-Laye

a partir da obra de Luísa Coelho,

Nkuma e Chem-Chem

Page 2: Nkuma insiste com a mãe

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OBJETIVOS DO TRABALHO

Já era noite quando chegou ao kimbo. Dirigiu-se à cubata e perante o olhar admirado da sua mãe disse:

- Quero ir à escola. Quero aprender a ler. Quero ter um saco de plástico branco. Descobri que lá dentro está guardado o segredo da água.

In Nkuma e Chem-Chem, Luísa Coelho, 2009, pp. 53-54

Imagina a conversa que se seguiu entre Nkuma e a mãe. Será que a mãe aceitou a decisão do Nkuma? Como é que ela reagiu ao anúncio do filho?

REGRAS A RESPEITAR

1- Não te esqueças de respeitar o nível de língua da mãe do Nkuma ( «Ir no escola fazer o quê? É aqui mesmo que vai aprender o precisado. No escola aprende quando tem de partir com o gado? Quando vaca vai parir? Onde encontrar-se com água? Não. Escola só serve para quem não tem fome d’água», pp. 31-32)

2- Tenta escrever usando imagens como a Luísa Coelho («esfregava os olhos com as mãos para varrer o sono»; «a água acorda cedo»), pelo menos uma vez!!!

LIMITE DO TEU TEXTO: 1 página A4

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TEXTO 1

Nkuma- Mãe, deixa-me ir à escola! Quero aprender, e ser como o menino de bata branca.

Mãe- Escola não ser precisada. Lá tu não aprender nada!

Nkuma- Mas eu quero ir para a escola de bata branca, como o menino que encontrei na água que o sol ainda não tinha bebido.

Mãe- Tu não precisada dir escola, tu precisada de trabalhar, como teu irmãos, pra comer. Um dia, tu tens como teu irmãos partir com gado, pra pastar. E saber quando vaca vai parir. Não gostar de trabalhar como teu irmãos? Vão buscar lenha pra nós fazer comer e lavar o caçula Muxima.

Nkuma- Mas mãe, sabes bem que eu gosto muito dos meus irmãos, de ajudar e do trabalho que eles fazem, mas o meu sonho vai muito muito longe como o comboio. Eu quero ir à escola!

Mãe- Mas tu não vai porque nós não precisar de ter pessoa da escola em casa. Bata branca muito cara pra nós.

Nkuma- Mas eu não preciso de bata branca, a roupa que uso serve perfeitamente para eu ir à escola. Não é o vestuário, que nos faz mais ou menos espertos. Vou aprender como se faz a água, e fazer aqui.

Mãe- Nkuma me estás a deixar a pensar. Se não vais à escola. Podes ser um bom bata branca, e sabe quem, um dia nos ajudar, os teu irmãos e mim.

Nkuma- Então isso é um sim? É um sinal que estás a mudar de ideias?

Mãe- Pode sim ser.

Nkuma- Obrigado mãe, não te vou desiludir vou estudar muito, estar sempre muito atento na escola, e te trazer muitas receitas.

Mãe- Nkuma, aí espera com caçula, que mãe ir buscar dinheiro de irmãos para bata branca comprar, e tu escola ir.

bubu1998

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TEXTO 2

O que poderei eu fazer para descobrir as páginas que estão hoje fechadas para mim? -pensava Nkuma - Eu podia ir pedir à mamã! Amanhã! Durante a noite, enquanto dormia, sonhava com a pasta branca, os amigos que podia fazer, os cadernos, e Chem-Chem sempre ao pé dele…

Quando Nkuma acordou, a casa estava deserta. A rua estava ainda mais deserta porque, em casa, o cão que saía todas as manhãs ainda estava a dormir. Havia qualquer coisa estranha... O chão da rua tinha perdido a sua cor de sol um bocadinho apagado e tinha-se tornado cor do pêlo do seu cão: castanho escuro.

Encontrou mais tarde a sua mãe a cantar e a gritar à volta do poço, tinha chovido! Quando voltou a casa, lembrou-se de uma coisa, tinha-se esquecido da Chem-Chem atrás da cubata! “Ah! Ufa!” pensou ele quando viu que ela ainda lá estava, no mesmo sítio. Começou a falar com a mãe pouco depois:

- Mamã?

- Siimm? - respondeu ela cantando.

- Posso ir à escola? Sabes, é o lugar onde podemos aprender imensas coisas? -pediu-lhe baixinho.

- Quê? Nunca! - gritou-lhe ela!

- Eu quero ir à escola, mamã - começou ele a dizer com uma voz plena de certeza e de segurança – quero descobrir coisas, fazer amigos.

-...Nã percebes que precisamos de ti no campo?

- Não compreendes - disse ele com uma voz não muito comum para uma criança de seis anos - ali, posso descobrir por que é que a água se vai embora e todas essas coisas.

-Nã! Vai brincar lá pra fora e nã mais me fales do escola!

-Mas mãe - começou ele a chorar - prometo que vou trabalhar no campo quando não estiver na escola.

-Bom, tá bem, mas com uma condição - nesse momento o Nkuma teve medo...-ensinas-me tudo. Eu quis sempre ir no escola, era meu sonho de criança... Então tudo me ensinas!

magalhães

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TEXTO 3

Domingas: O quê ? Tu ? Ir no escola?Nkuma: Sim!Domingas: Porquê?Nkuma: Hoje ajudei um menino...Domingas: Eu não quero tu no escola.Nkuma: Deixe-me contar a minha história!Domingas: Está bem!Nkuma: Eu salvei um menino que estava a afogar-se e ele deu-me um livro.Domingas: Sim , mas isso não me diz porquê tenho de deixar tu ir no escola !Nkuma: Ó mãe! Somos pobres?Domingas: Sim e o que tem isso?Nkuma: Sabes, se estudo bem, tenho mais sorte para ter um verdadeiro trabalho, vou ganhar mais dinheiro! Domingas: Mas o que tu fazer com esse dinheiro?Nkuma: Vou comprar coisas que não temos: uma cama, sapatos...Domingas: Sim, mas...Nkuma: Vá lá! Por favor, mamã!Domingas: Está bem, mas tens de prometer o que disseste!Nkuma: Está bem.

ninguém

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TEXTO 4

- Bom dia, mãe. Gostava de ir à escola como todos os meninos da minha idade. -dizia com tristeza Nkuma.

- Meu filho, não vai cumeçar essa história de novo! Você sabe que a escola num tem nada de interessante.

- Mamãe, você só está se enganando pois a escola é uma grande oportunidade para o desenvolvimento da inteligência de todos!

- Não vejo nada disso. Disparate de tu, filho! O escola não ajuda a continuar viva. Para nada, Nkuma, não é o escola que ajuda tu crescer e que va dá os legumes pra comê!

- Aí é que está o seu erro! Com a escola não aprenderia só a comer e crescer, também aprenderia muitas outras coisas!

- Chega! Tu tá de castigo! Vá pro quarto!

- Mãe, quando é que você vai mudar de idéia!? Com a escola teria vários amigo além de poder descobrir ciência, a história e a matemática.

- Bem, meu querido, vamos fazer tentativa, deixo tu ir à escola.

- Ai, mãe, fico feliz por você ter tomado esta dicisão justa!

- Enquanto tu tiver no escola, cuido do casa e do lavra. Nkuma, tenho um último pedido a te fazer: você ser feliz como quiser!

skate

Page 7: Nkuma insiste com a mãe

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TEXTO 5

- Mas quero ir à escola! - disse Nkuma, chorando.

- Não, Nkuma, o escola não vai te servir pra nada! - respondeu a mãe toda tranquila pois era a hora de se deitar, a hora em que a lua viria substituir o Sol para que a calma dominasse o kimbo.

No dia seguinte, Nkuma não foi buscar água na chipaca como fazia todos os dias, desta vez não o fez. Nkuma decidiu passar em frente da escola onde encontrou uma lampadazinha. De regresso à cubata ele teve uma ideia maravilhosa. Pediu aos irmãos e aos amigos para reunir toda a aldeia em frente do grande baobab:

- Vou buscar água essa noite, muita água, e por isso quero todas as garrafas e todos os recipientes do kimbo!!!!! - gritou Nkuma pedindo ao seus companheiros para descansarem até à noite.

O sol desaparecido, Nkuma e os seus amigos foram com todo o gado, as garrafas e a lampadazinha procurar água em todas as chipacas da região. Quando todos os recipientes estavam cheios e fixados no lombo das vacas e dos bois, eles voltaram ao kimbo muito contentes. Vinham com mais de 200 litros de água e o gado estava em forma porque comia a vegetação abundante que ladeava as chipacas.

De regresso à aldeia, o pequeno grupo de quinze pessoas foi visto como um grupo heróico pelos habitantes, havia água para toda a gente durante vinte dias. Fizeram de imediato uma festa em honra dos jovens. Nkuma foi deitar-se todo orgulhoso. Sua mãe foi vê-lo e disse-lhe:

- Amanhã vais no escola, tu foste corajoso. Bom noite!

Nkuma adormeceu com um pequeno sorriso na cara…

mickael

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TEXTO 6

Nkuma - Mãe, tenho uma grande notícia para te anunciar.

Mãe do Nkuma - Nkuma, não tenho tempo para coisos, tem muita coiso para fazer, e mais importante que isso.

Nkuma - Mas é muito importante. Mãe, por favor, escuta-me.

Mãe do Nkuma - Bom está bem, mas tu despacha. Eu tenho que ir buscar o água, porque depois ela fica mais pesada com os incómodos do dia, já te tenho dito isto.

Nkuma - Mãe, eu queria pedir-te para ir à escola!

Mãe do Nkuma - Quê? Tu queres ir no escola? É uma brincadeira?

Nkuma - Sim, quero ir à escola. Não é brincadeira nenhuma.

Mãe do Nkuma - Nkuma, já te disse, escola só serve para quem não tem fome deágua.

Nkuma - Mas descobri que é nos livros que está guardado o segredo da água. Há pouco tempo, eu e Chem-Chem estávamos a lavar-nos na chipaca quando vimos um menino de bata branca. Nós escondemo-nos, e o menino de bata branca entrou na água. Mais tarde, ele quase se afogou, então eu e Chem-Chem ajudámos ele. No final ele ofereceu-me um livro. Ao ver as imagens deste livro percebi que a água esconde-se nos livros. Eu tenho a certeza que é isso.

Mãe do Nkuma - Nkuma isso é estupidezes! Não ligas. Eu não te vou meter num escola.

Nkuma - Mas mãe, por favor, se eu aprendo a ler, nós podíamos encontrar a água.

Mãe do Nkuma - Nkuma, não é no escola que se aprende onde esconda-se a água. Agora vais ficar aqui, no cubata. Eu não quero que tu te metes com os meninos de bata branca, eles são perigosos.

Nkuma - Não, eu estou farto. Porque é que tu não queres inscrever-me na escola?

Mãe do Nkuma - Já te disse o que eu tinha a dizer, tu não irás no escola, ponto final. E não me falas assim.

Nkuma - Não desistirei. Um dia, eu irei à escola ! EU IREI À ESCOLA!!!!!!!

alzira fernandes

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TEXTO 7

Ao ouvir estas palavras, a mãe do Nkuma ficou desesperada:

- Nkuma, não tu ir não podes no escola.

- Mas mãe todos os meninos vão.

- Os meninos todos vão no escola porque têm eles dinheiro e muito.

Nkuma tirou o livro que tinha escondido debaixo da sua almofada. A mãe nunca o poderia ter encontrado, porque ele é que fazia sempre a sua cama toda as manhãs. A sua mãe tinha que levantar-se cedo para ir trabalhar. A mãe desconfiada disse-lhe:

- Só as meninas ricos têm livros assim. E eles não gostam nada do pobres. Como tu tiveste a livro?

- Vou contar-te uma história.

E o Nkuma começou a contar a história do menino que quase se tinha afogado à frente dele e da sua cabritinha, Chem-Chem. Quando acabou de contar, ele suplicou à mãe:

- Eu quero tanto ir à escola, deixa-me lá ir, por favor!

E a mãe, que não era nada fácil de convencer, respondeu-lhe:

- Não.

- Porquê ? – insistiu o Nkuma.

- Olha lá, eu também muitas coisas quero, mas o vida é assim.

O Nkuma muito triste foi-se embora com a sua cabritinha e o seu livro debaixo do braço.

Muitos meses passaram e o Nkuma, sempre que podia, perguntava a mesma coisa e a mãe respondia da mesma maneira: não! Quando o Nkuma já era quase um homem feito, grande e forte continuava a ter o mesmo desejo: Ir à escola! Voltou nessa altura a perguntar à mãe:

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- Mãe, eu quero ir à escola. Tu dás-me sempre a mesma resposta, mas eu já sou quase um homem e não sei nada. Ir para a escola é o meu desejo mais precioso. Tu nunca me perguntaste se eu gostava ou não de ir buscar água ou se eu gostava de te ajudar na lavra. Eu gosto dessas coisas, mas eu quero experimentar coisas novas.

- Filho meu, tu tens razão, deixa-me só mais esta noite para pensar melhor.

Na manhã seguinte, Nkuma levantou-se e viu a sua mãe com um saco de plástico na mão e dentro dele os livros e os cadernos, à sua espera.

Só nesse dia, já quase adulto, o Nkuma foi para o seu primeiro dia de aulas.

xana

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TEXTO 8

A mãe de Nkuma ficou de boca aberta quando este lhe fez aquele pedido. Não acreditava que o seu filho quisesse ir para a escola.

- Nkuma, no escola, tu não aprender onde água esconder-se, onde levar gado... - queria convencê-lo, a mãe, a desistir da ideia.

- Exatamente, mãe, na escola posso aprender onde a água está, por que é que o sol bébe um pouco dela... e depois posso ir á procura dela! - insistiu Nkuma, pois queria mesmo ir para a escola.

-Não, Nkuma! - E a mãe foi-se embora.

Nkuma pegou na sua zagaia e foi caçar macacos, mas estava muito triste. Ele queria mesmo ir para a escola. Nkuma respirou fundo e pensou: "Não posso desistir, a minha mãe não compreende. A única solução é mostrar-lhe o livro." Então, voltou para trás e foi buscar o livro que tinha cuidadosamente escondido num arbusto. Foi mostrá-lo à mãe e contou-lhe toda a história. No final, a mãe comentou:

- Nkuma, eu esperar história ser verdadeira. Tu ir no escola seis luas. Tu aprender, tu ficar. Tu não aprender, tu não ficar.

E Nkuma foi feliz para a escola.

pipoquita azul

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TEXTO 9

O único desejo de Nkuma é ir para a escola só que a mãe não quer, porque pensa que a escola é só para os meninos que não têm fome d'água. Nkuma foi na mesma pedir-lhe:

- Mãe, posso ir para à escola?

- Claro que não. Lá tu não aprende nada útil para o viver. – replicou a mãe.

- Mas, mãe! Se eu for para a escola, vou aprender e assim terei um trabalho, e com esse trabalho ganharei dinheiro e já não nos faltará água nenhuma.

- E o livro para aprender no escola é preciso pagar e nós não temos dinheiro.

- Eu já tenho esse livro, um menino deu-me um livro.

- Mas se tu for no escola, tu já sabe, todo o dia, quando tu chegares do escola, tens de ir buscar o água. Não pode ficar a olhar o livro e fazer nada.

- Está bem! - respondeu-lhe a pular Nkuma.

- Mas ainda tenho de pensar nisso! Se tu fores no escola só ficas até os 14 anos. Isso não quer dizer que eu disse sim! Eu continuo a pensar que o escola não serve pra nada. Tu está maluco da cabeça.

Nkuma saltou para os braços da mãe e agradeceu-lhe. Estava tão contente que nessa noite não conseguiu adormecer porque estava muito excitado.

bibi

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Nkuma convence a mãe a deixá-lo ir à escolaDesde o momento em que recebera o livro do menino de bata branca, a escola nunca mais saiu da cabeça de Nkuma.Uma manhã em que ouviu a mãe a cantarolar, enquanto moía a fuba no pilão, voltou a dizer-lhe:- Mãe, eu queria muito ir prá escola.- Outra vez essa ideia, filho? Escola não é pra ti, tu sabe. Tu tem de trabalhar.- Mãe, a escola ensina a gente a descobrir o segredo da água.- Nkuma, aqui há muita coisa pra fazer. Se tu vai no escola, quem vai buscar água? Quem me ajuda na lavra? Eu preciso de ti pra me ajudar.- Se eu for pra escola, levanto-me mais cedo para ir buscar água. A escola é só de manhã. De tarde, posso ajudar na lavra, guardar o rebanho, ajudar no que for preciso.- Nkuma, tu já te levanta cedo de mais, tu também precisa descansar.- Mãe, se eu estudar, posso arranjar melhor trabalho, ganhar mais, descobrir onde se esconde a água. Eu queria ir pra escola para termos um futuro melhor, uma vida melhor.A mãe parou de trabalhar e pediu:- Nkuma, vai buscar os cestos pra peneirar esta fuba.Quando o menino chegou com os dois cestos, a mãe disse-lhe:- Vamos sentar um pouco.Foram sentar-se à sombra de um embondeiro. Então, a mãe começou a falar muito pausadamente:- Filho, vejo que tu tem muita vontade de ir no escola. Tu é trabalhador. Vou deixar tu ir no escola. Mas tu não vai andar por aí a perder tempo. Sabe que, se não trabalha, não come. Vem do escola correndo pra casa.- Mãe, muito obrigado. Vai ver que mereço a sua confiança.

titi

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TEXTO 11

- Mãe, posso ir à escola, por favor?- Não, e você sabe muito bem que não.- Mas Porquê?- Porque tem que pagar o escola e não ter muito dinheiro no nossa casa.- Sim, mas podemos vir a ganhar e além disso temos o suficiente para eu ir à escola, e comprar comida sem esquecer que temos o gado e o campo para sobreviver.- Não, o escola serve para nada para nós que trabalhamos nos campo.- Mas sim, claro que serve!- Pra quê? Diz! E mesmo se serve é para muito pouca coisas!- Então diz o quê!- Se eu vou para a escola poderei contar o nosso gado, calcular tudo, escrever os preços para vender algumas coisas na cidade, ler tudo e ainda muitas outras coisas.- Sim, verdade que depois disso você poderia ajudar nós melhor.- Sim! Serei bem mais útil!- Mas não podemos pagar o escola!- Sim, podemos! E depois disso ganharemos mais dinheiro com a minha ajuda.- Tá bom, você vai ir no escola, mas só um pouco para ver como vai funcionar isso tudo!- Claro! Muito obrigado mãe não sei como te agradecer!

le roi dragon

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TEXTO 12

Já era noite quando chegou ao kimbo. Dirigiu-se à cubata e perante o olhar admirado da sua mãe disse:- Quero ir à escola. Quero aprender a ler. Quero ter um saco de plástico branco. Descobri que lá dentro está guardado o segredo da água.- Ahaha! - ri a mãe -Tu às vezes sonha acordado!- Mas eu quero mesmo ir à escola mamã, não estou a brincar! Quero ter um saco de plástico e uma bata branca. Quero aprender a ler e assim poder contar histórias a Chem Chem. Diz sim, por favor!!- Tu pensa memo que vai aprender a ler numa corrida, mas é só uma perca de tempo. Eu lembrar de uma pessoa dizer que tinha levado um ano a aprender a ler e que não lhe serviu de nada. Tudo o que tu tem que sabé é que a lua vem a seguir ao sol e o sol vem a seguir à lua.- Mas mamã, eu quero mesmo aprender a ler e talvez mesmo a escrever. Dá-me algum tempo para eu aprender a ler e, se eu conseguir, deixa-me ficar na escola para assim também poder escrever. Se não conseguir tira-me de lá e eu volto à minha vida normal.- Praquê aprender o ler e o escrever?- Se eu aprender a ler, as palavras serão minhas amigas. Se aprender a escrever as letras vão se juntar nos meus olhos e formar assim uma palavra! Quero saber o que acontece quando formamos várias palavras. Por favor, mãe, deixa-me ser diferente dos meus irmãos!- Porque diz isso? Tu não gosta dos teus irmãos?- É claro que gosto, mas quero tentar uma vida diferente.- Mas porquê? Não gosta da vida que tu tem? A escola não mudará nada, é só um passatempo para os que têm muito comida, para aqueles que chegam a casa e descansam, os que não têm de trabalhar o terra todos os dias. Eu te deixo ir no escola, se para ti isso é tão importante.Nkuma atira-se aos braços de sua mãe e preenche-a de beijos dizendo:- Obrigado, mamã, nunca esquecerei o que fizeste por mim! - caía-lhe chuva dos olhos tão contente estava.

catateu

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TEXTO 13

O Nkuma entra na sua cubata e diz à mãe:

- Olá, mãe! Posso ir para a escola?

- Não eu já te dizer porquê tu não poder ir no escola. - responde a mãe.

-Mas mãe... - diz Nkuma.

- Não, não e não! - corta a mãe.

- Mãe! - grita Nkuma – ouve-me: espiei meninos que iam para a escola, eles estavam a lavrar. E lavravam muito mais rapidamente que tu. - explicou Nkuma.

- E ... - responde a mãe de maneira insolente.

- E também ajudaram uma vaca a parir, mas eles também sabiam quando a vaca ia parir. E encontraram uma chipaca pertinho da nossa cubata, à sombra, então o sol não pode a beber. - disse satisfeitíssimo o Nkuma.

- Então, sim, podes ir no escola. Tu és esperto tal uma cobra. -responde a mãe.

E foi assim que Nkuma acabou por conseguir ir para a escola.

RM

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TEXTO 14

Nkuma estava sentado numa pedra a ver as crianças a sair da escola. Invejoso, vai ver a sua mãe e diz :

- Mãe, se eu não for para a escola eu não trabalho mais nos campos.

- Nkuma, já falámo sobre isso não haver muito tempo. O escola é tempo perdido, ali não fazer nada! - respondeu a mãe.

- Eu quero aprender a ler história, ter amigos na escola, escrever livros e cartas. Quero... - não teve tempo de terminar a sua frase posto que a sua mãe o interrompeu:

- A quem tu quer escrever carta? O teu família está aqui perto de nós, tu poder falar quando querer com eles.

-Eu quero enviar cartas aos meus amigos da escola e conhecer coisas novas.

- Se vais no escola, quem trabalhar aqui ?

- Eu, mãe! Só tenho escola de manhã e de tarde venho trabalhar aqui.

- Bom, está bem, eu inscrever tu amanhã. Se não voltas trabalhar,tu não vais mais no escola.

- Obrigado mãe.

- Podes ensinar eu a ler e a escrever depois?

- Claro mãe, com muita alegria.

evita

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TEXTO 15

- Mas mãe por que não queres que vá à escola?- Não vais ir no escola, a tua vida é aqui, não no escola, mais a mais é só para os ricos que não estão à procura da água.- Sim, mas se pensares bem, se fosse à escola, seria mais inteligente e teria um emprego!- Mmm, não é estúpido o que dizes. Concordo comuma condição: podes ir no escola SE for gratuito!- Está bem, mãe, vou perguntar ao director da escola mais perto daqui.Meia hora mais tarde, Nkuma regressa à cubata e diz: - Mãe, mãe, a escola é gratuita!!!- Ah, sim? Então amanhã vais ir no escola? Estás contente?

E foi assim que Nkuma foi à escola. Aprendeumuitas coisas, pois era muito inteligente e tornou-se engenheiro. Ficou a viver na cubata da sua mãe: eram ricos, comiam e bebiam, davam muito dinheiro aos pobres. Mais tarde construíram uma casa e deixaram de ter de procurar água para o gado.

CR

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TEXTO 16

Nkuma – Mãe, eu quero ir à escola!!!

Mãe -Tu estar maluco?!!! Escola para meninos de cabeça viva!!!

Nkuma - Eu aprender ler e a seguir eu descobrir água.

Mãe - Eu saber escola não presta porque não é para valentes. Na escola há cobardes que armam em espertos.

Nkuma - Mas o cobarde simpático deu-me um livro que diz onde se esconde a água. Ela ter medo por isso foge de nós e da Bibala!!!

Mãe - Então vai um dia ver como é. Depois falamos! Mas a escola custar dinheiro e nós temos poucas moedas muito valioso…

Nkuma - Eu ficar cabeça viva, eu descobrir água, eu descobrir trabalho, eu ficar rico.

Mãe - Ou então tens cabeça má e ser expulso de escola para sempre.

Nkuma - Mas eu prometer ser bom.

Mãe - Então menino de livro e da cabeça viva dar bata branca, livros e resto.

Nkuma – Tá, eu perguntar!

Mãe - Eu falar com director para ver se tu podes ir no escola.

mata88

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TEXTO 17

Nkuma entra na sua cubata e diz:- Olá, mãe!- Olá, querido.- Mãe, posso ir para à escola?- Não, eu já te dizer que ir no escola é para quem não tem fome de água.- Olha, neste livro uma imagem de água.- Intão?- Pode nos dizer aonde encontrar água, o livro!- Sim, mas nós já saber!- Mas a chipaca é muito longe para lá ir sempre!- E quem nos ajudar nos campos? Tu pensar em isto?- Graças à escola eu poderei ensinar-te novas maneiras de cultivar.- Hmmmm… não!- Porquê?!- Quem ir à chipaca buscar água? Quem tratar do gado?- Não, tu não ir à escola.- Mãe, por favor, eu vou à chipaca e trato do gado antes e depois das aulas.- Tu ficar muito cansado.- Eu sei isso tudo mas, um dia mais tarde, se eu aprenderbem no escola serei muito rico e não será mais preciso tanto esforço.- Tu convencer-me porque finalmente só tem vantagem de ir no escola. Tu insinar a nós o que aprender no dia do escola.

O Nkuma acabou por ir à escola.brino

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21

ÍndiceObjetivos do trabalho 2Texto 1

bubu1998 3Texto 2

magalhães 4Texto 3

ninguém 5Texto 4

skate 6Texto 5

mickael 7Texto 6

alzira fernandes 8Texto 7

xana 9Texto 8

pipoquita azul 11Texto 9

bibi 12Texto 10

titi 13Texto 11

le roi dragon 14Texto 12

catateu 15Texto 13

RM 16Texto 14

evita 17Texto 15

CR 18TEXTO 16

mata88 19TEXTO 17

brino 20