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PRIMAVERA 2010 R$12
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ISSN 2176-6371
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MODAPrimaveramulticorEDUCAÇÃOA melhor escola para o seu filhoFESTA INFANTILSuperprodução feita em casaVIAGEMUm dia em TóquioENTREVISTAIngrid Guimarães no papel de mãe
Quando estava editando a reportagem sobre festas de aniversário presente nessa edição, bateu uma melancolia danada das minhas comemorações de 6, 7, 8 anos. Nas semanas que antecediam o grande dia, a casa se transformava aos poucos. O cheiro de bolo da Dona Lisette invadia os cômodos. Seu Ingo trazia os engradados cheios de Laranjinha 250 ml. Os irmãos enchendo bexigas e fazendo estardalhaço. Todos na mesa da cozinha, margarina nas mãos, enrolando brigadeiros. Dormir no dia anterior? Impossível. Ficava deitado, coração a mil, esperando o dia nascer e tudo aquilo culminar no Parabéns a você. Posso dizer que produzir a n.magazine guarda sensações semelhantes. Os preparativos começam na procura dos colaboradores que vão ajudar na produção. Se a revista fosse uma festa, nessa edição o repórter carioca Rafael Teixeira seria uma espécie de produtor cultural do evento. É dele a bela entrevista com a atriz Ingrid Guimarães e a reportagem sobre o novo CD da banda Pato Fu. A editora Erika Kobayashi, com as informações coletadas sobre as linhas pedagógicas das escolas, seria nossa recreadora. Depois, é hora de pensar na “decoração”. Nessa edição, o tema principal veio da Espanha, nos traços da jovem ilustradora e fashion designer Carla Fuentes, que para a n.magazine desenhou um ensaio de moda – isso, mesmo, desenhou, mas guarde essa surpresa para logo mais. Por fim, é preciso registar. As fotos ficaram por conta Jair Lanes e Jean Phillipe Bedouret, que fizeram um ensaio incrível, e da queridíssima Andrea Marques, que retratou a nossa entrevistada. A lista de outros profissionais competentes que ajudaram nessa produção é grande, mas está chegando a hora. Tudo pronto, ficamos aqui na expectativa, com o coração a mil, esperando que vocês, nossos convidados, aproveitem a festa.
Eduardo Burckhardt
sCARTA AO LEITOR
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ENT REVISTAIngrid GuimarãesUm bate-papo divertido com a atriz – e mãe de primeira viagem – sobre trabalho durante gravidez, dificuldades na amamentação, papel do marido e até invasão de privacidade.
ARQUIT ETURAEscolas do futuroConheça os berçários e colégios com projetos arquitetônicos nos quais o brincar e o aprender convivem em harmonia e auxiliam no desenvolvimento da criança.
MODAPrimavera em corAs tendências da estação apresentadas em um ensaio instigante e colorido captado pelas lentes dos fotógrafos Jean Phillipe Bedouret e Jair Lanes.
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BAZARÉ hora de brincarO clássico Sr. Cabeça de Batata revela os brinquedos mais interessantes para a garotada, de jogos de montar a um formigário para brincar de cientista.
FESTAS INFANT ISMães à obraQuatro mães que decidiram organizar por conta própria o aniversário dos filhos contam como foi toda a produção e falam das recompensas de se fazer a festa em casa.
MÚSICAPato de brinquedoOs bastidores do mais novo – e surpreendente – trabalho do grupo mineiro Pato Fu, um CD com hits nacionais e estrangeiros gravado apenas com instrumentos infantis.
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FOTOGRAFIA ANDREA MARQUESSócia do estúdio Fotonauta, atua no mercado publicitário e editorial, além de fazer projetos pessoais. Adora viajar e fazer programas com a família toda. Para Andrea, infância rima com pular corda, casa de praia, piscina e brigadeiro.
STYLING E DESENHO CARLA FUENTESIlustradora, designer de moda e fotógrafa, é considerada uma das grandes revelações criativas da Espanha no momento, título dado pelo jornal El País. Da infância, lembra das manhãs de domingo ao som de Chet Baker, que seu pai adorava.
PUBLISHER/DIRETOR EDITORALEDUARDO [email protected]
DIRETORA DE ARTE/ PROJETO GRÁFICOSILVANA [email protected]
DIRETOR CRIATIVOJOSEAN [email protected]
PRODUTORA EXECUTIVAJANAINA [email protected]
GERENTE ADMINISTRATIVAPAULA LUIZE [email protected]
EDITORAROCÍO [email protected]
TEXTO ERIKA KOBAYASHIJornalista, editora, consultora de tendên-cias. Da infância, lembra dos livros de lendas japonesas e de seu pai contando histórias, como a do menino que salva uma tartaruga e ganha como recompensa uma viagem ao fundo do mar.
FOTOGRAFIA JAIR LANES Nascido no Espírito Santo, mora em São Paulo e fotografa para grandes marcas e o mercado editorial, além de participar de exposições no Brasil e exterior. Dos tempos de criança, lembra de ter de deixar o futebol ao ouvir a mãe gritando pela janela que o almoço estava na mesa.
FOTOGRAFIA JEAN PHILLIPE BEDOURETNascido na França, trabalhou em Paris com fotógrafos como Mario Testino e Guy Chevalier. No Brasil desde 1998, atua em moda e publicidade. Para ele, a “irresponsabilidade” da criança, que alimenta sua vontade constante de descobrir campos novos, é o marcante da infância.
TEXTO RAFAEL TEIXEIRAVirou jornalista para ouvir e contar histórias – e porque acreditou quando alguém disse que ele escrevia direitinho. Passou pela redação do Globo e hoje está na revista Istoé. Para ele, infância tem cheiro de férias em Minas e gosto de leite achocolatado.
sCOLABORADORES
COLABORARAM NESTE NÚMEROTEXTO: Erika Kobayashi (edição), André Barcinsky, Carolina Tarrío e Vivian Sant’Anna (colunistas), Beatriz Zandonadi, Marilia Moschkovich, Rafael Teixeira, Rocío Macho, Viviane Aguiar. FOTOGRAFIA: Abisag Tüllmann, Andrea Marques/Fotonauta, Claude Blaser, Erika Verginelli, Hiromi Kanno, Jair Lanes, Jean Phillipe Bedouret, Letícia Remião, Mette Ragner, Vivian Sant’Anna. Cláudio PepperSTYLING: Carla Fuentes Fortes eFlávia Padilha ILUSTRAÇÃO: Bwokaa, Carla Fuentes Fortes,Ricar, Siwei.DESIGNJoana Rodglá Alapont (estagiária)
REVISÃO: Ingo BurckhardtEDITORAEDITORA FLÂNEUR LTDA.REDAÇÃORua Fradique Coutinho, 137São Paulo – SP – 05416-010tel.: (11) 3063-2049
OPERAÇÃO EM BANCASAssessoriaEDICASEwww.edicase.com.br Distribuição Exclusiva em BancasFERNANDO CHINAGLIA COMERCIAL E DISTRIBUIDORA S/A ManuseioFG PRESSwww.fgpress.com.brIMPRESSÃO: IBEP Gráfica
CAPAFotógrafo: Kristina Fender Styling: Christina KapongoModelo: MarcosÓculos e jaqueta vintage de LESWING
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Em parceria commagazine
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Eu gosto muito de amendoeira. Não tenho essa imagem na memória exatamente, mas toda vez que eu vejo uma me dá uma sensação de paz muito boa e acho que isso vem da minha infância. Tinha uma amendoeira no quintal da nossa casa de praia em Ubatuba, na praia da Enseada, onde passava minhas férias. A casa era bem agitada, cheia de primos, com muitas crianças para brincar. Tinha uma mangueira na frente, além de uma amendoeira e uma pitangueira no quintal. Havia cachorros que não eram nossos, mas a gente cuidava deles porque viviam por perto. Meu pai dava comida, remédio para carrapato e eu os agarrava, queria mexer, brincar, dar comida, fazer carinho. Nossa infância sempre foi perto da natureza, pois morei até os 11 anos em um sítio em Itapecerica da Serra. Meu pai adorava estar cercado de gente e sempre gostou muito de festa. Eu me lembro bastante dele, com quem convivi até meus 7 anos, quando morreu. A minha infância doce, suave, vem dessa época: o sítio com primos, família e amigos do meu pai. Minha família é libanesa e os encontros aconteciam em torno da comida. Aprendi a cozinhar com a minha tia. Ela e minha avó faziam altas comidas! Eu acordava, tomava café da manhã e ficava na cozinha ajudando a abrir massa, fazer esfiha, kibe... A casa estava sempre cheia. Assim como meu pai, eu gosto desse movimento. Outra lembrança forte desse período é dos meus pais me levando ao cinema. O primeiro filme que vi foi Mágico de Oz. Fiquei fascinada com aquilo! Em casa tínhamos um projetorzinho Super 8 e víamos trechos de filmes no quarto. Era um programa que eu e minha irmã amávamos. Foi assim que vi pela primeira vez Chaplin, alguns filmes da Disney, O Gordo e o Magro e Mary Poppins. Guardo os rolinhos até hoje..
fotografias ARQUIVO PESSOALMARINA PERSON. CINEASTA E VJ. SÃO PAULO, 1969
Marina Person, 41 anos, é cineasta e VJ da MTV desde 1995. Hoje, apresenta os programas Top Top e Viva!MTV. Formada em cinema, lançou em 2006 o documentário Person, um cineasta de São Paulo, sobre a vida e obra de seu pai, Luiz Sergio Person. Atualmente, Marina prepara seu primeiro longa de ficção, sobre adolescentes na São Paulo nos anos 80.
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BORDADO A MÃO EM UM PAÍS TROPICAL
Que criança não iria adorar cuidar de uma planta que cresce dentro dessa casinha de madeira? Pequena na medida, pode ser pendurada na sacada do apartamento e receber uma mini-horta – que deve ser regada com amor. mercattocasa.com.br
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Funcionalidade e design limpo e alegre são alguns pontos que baseiam as criações da Consumman Design Infantil. A empresa tem uma linha de produção com preocupação ecológica. Trabalha apenas com produtos e materiais recicláveis, tintas antitóxicas e madeira certificada na elaboração de brinquedos a mesinhas e cadeiras infantis. A simplicidade aliada ao bom gosto transparece na cartela de cores: laranja, verde musgo, vermelho amora, roxo, azul turquesa e verde abacate. Precisa ter mais do que o básico? cosumann.com.br
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Ok, qualquer folha em branco resolveria a brincadeira do aviãozinho de papel. Mas os desenhos retrô desses modelos, o passo a passo bem explicado e os bonequinhos de piloto que vêm no kit vendido no site Supersoniko tornam tudo muito mais divertido. supersoniko.com
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Os bichinhos da marca taiwanesa Züny trazem diversão para casa. Feitos em couro e costurados manualmente com técnicas de sapataria, além do uso na decoração podem ser usados como peso de porta e aparador de livros (os grandes) ou como peso de papel (os pequenos). ibruggerobjects.com
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Essas lancheiras divertidas e super coloridas são produzidas com uma esponja ecológica semelhante ao neoprene. O material é resistente a manchas e ajuda a reter a temperatura dos alimentos – além de fazer o maior sucesso na escola. Podem ser encontradas na Piks. piks.com.br
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PAPEL PRINCIPAL: MÃE
Aos 38 anos, Ingrid Guimarães é uma mãe típica. Acha Clara, sua filha de um ano, genial. Baba ao ponto do ridículo. Preocupa-se com o que ela vai ver na televisão ou descobrir na internet. Tenta, em vão, fazer com que a
avó da criança – no caso, sua própria mãe – não dê chocolate para ela. Ao mesmo tempo, é uma mãe diferente. Atriz de sucesso, ela estava prestes a começar as gravações da novela Caras e Bocas e tinha programado o início das filmagens do longa De Pernas pro Ar (estreia em janeiro) quando descobriu que estava grávida. Ela e o marido, o artista plástico René Machado, queriam ter um filho, mas não exatamente naquele momento. Depois da apreensão inicial, foi só felicidade. A personagem da atriz na TV ficou grávida, o início da produção do filme foi adiado. Ingrid trabalhou até um mês antes do parto, e voltou três meses depois. Agora, Clara está inserida à sua rotina de trabalho. Neste bate-papo, a atriz fala sobre dificuldades na amamentação, papel do marido, trabalho durante a gravidez e invasão de privacidade. “Eu acho muita sacanagem fotografar nenenzinho recém-nascido”, diz, sobre os paparazzi.
Em uma entrevista, você disse que bateu um pânico ao engravidar porque sempre foi uma pessoa programada. Como foi isso?Tinha me programado para esperar um pouco porque estava com dois trabalhos. A novela começava em três semanas e ia fazer meu primeiro protagonista no cinema. Então, eu falei: “Meu Deus do céu.”E aí?O primeiro pânico é assim: você sempre quis muito ser mãe e, de repente, você é. Fui mãe mais tarde por opção. Eu sempre quis estar melhor profissionalmente, não queria ter filho na ansiedade. Esperei, quis muito, programei – e era para ter sido mais para o fim do ano. As pessoas falam muito aquela frase, né? “Sua vida vai mudar muito.” Eu perguntava: “Gente, mas é para o bem ou para o mal?” Ninguém fala! É tanta coisa que falam pra você... “Você está preparada para não dormir?” Eu, então, que sou muito dorminhoca, pensava: “Nossa, eu vou viver um caco.” Eu, que moro sozinha há anos, sempre fui independente, amo viajar... Pensei: “Meu Deus do céu, como é que vai ser essa mudança?” Deu um medo. Como você lidou com essa ansiedade?Cheguei à conclusão que a gravidez é uma coisa tão maior que, quando você fica grávida, é porque tinha que ficar. As coisas vão se encaixando. Hoje, vejo que a minha vida mudou, e de uma maneira
Famosa pelos personagens cômicos, a atriz Ingrid Guimarães conta os momentos de drama (e, claro, os de alegria) que viveu depois do
nascimento da filha e como a presença da pequena Clara a está ajudando a controlar seu estilo workaholic Por RAFAEL TEIXEIRA Fotografias ANDREA MARQUES
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super natural. Foi como se eu tivesse sido mãe a vida toda. A ma-ternidade só trouxe coisa boa para mim. A frase que a minha família mais fala hoje é: “Quem te viu, quem te vê, hein, Ingrid?” A gente viaja para Búzios e todo mundo acorda ao meio-dia, mas eu acordo às 8h para ficar com a Clara. E as preocupações com relação ao trabalho?Todo mundo falava: “Você vai ficar exausta, você vai engordar, toma cuidado...” Eu tinha 36 anos, não era novinha. Então, foram dois dias de paranoia. Depois eu conversei com várias pessoas que me ajudaram. Era a época de leitura do roteiro do filme com a Maria Paula [atriz, sua parceira em De Pernas pro Ar], e ela disse: “Ingrid, eu voltei a trabalhar depois de três meses, fica tranquila.”A Maria Paula deve ter sido uma superconselheira, não?Ela é mãezona. No filme, sou eu e ela o tempo todo. Isso foi uma coisa que eu pedi: “Botem nesse papel alguém que seja mãe.” Porque não é fácil um set inteiro parar para você amamentar. E tem hora que não tem jeito, o leite está vazando... No filme, era hilário, porque às vezes eu entrava com peitão e saía com peitinho. Não tinha continuidade de peito no filme! [risos] Como é a Clara no set?Com três meses, eu levei a Clara para o set da novela. Tinha um camarim para ela. E como todo mundo da novela viu a minha barriga crescer desde que a Clara era um girino, quando ela chegou foi uma festa. O set girava todo em torno dela. Eu já pensava na roupinha que eu ia colocar nela porque eu sabia que todo mundo ia comen-tar! Já me disseram que parece que ela foi educada pela escola de cinema. A hora que ela queria mamar era quando a cena acabava. Dormia muito?Super dorminhoca. E como eu comecei, desde muito cedo, a levá-la para hotel e camarim, hoje ela dorme melhor em hotel do que em casa. Você acredita? A gente chega no hotel e ela dorme por oito horas, coisa que em casa ela não faz. Eu sempre tive essa ideia de que ia educar a minha filha para dormir em qualquer lugar e para ir com qualquer pessoa.Ela não estranha gente que não conhece?Ela é agitadésima, risonha, vai com qualquer [enfatiza o “qualquer”] pessoa, é até perigoso. Eu quis criar a minha filha para se adaptar à minha vida. Claro que hoje eu trabalho menos, hoje eu escolho. Tive que aprender uma coisa que eu nunca soube até hoje que é falar não. Sempre fui um pouco workaholic. Hoje, eu digo: “Não, eu vou ficar com a minha filha.”
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SOCIOCONSTRUTIVISMOUne as descobertas de Jean Piaget e Lev Vygostky. Não é exatamente um “método”, pois não tem um formato rigidamente especificado: escolas socioconstrutivistas podem estimular o aprendizado de diversas maneiras, seguindo a premissa de que ele acontece pela interação da criança com o ambiente. O brincar e a imaginação são essenciais no processo e permeiam as ativi-dades realizadas em sala, guiadas pelos adultos. O professor é um facilitador do aprendizado e instiga a curiosidade da classe dando inputs de conteúdo. As crianças são estimuladas a construir o conhecimento em conjunto a partir de um tema escolhido por elas. O tema gera diversas atividades sem estar preso à divisão por disciplinas. Os alunos de escolas socioconstrutivistas são estimulados a desenvolver iniciativa e espírito cooperativo.
A criança mal aprendeu a falar direito e os pais já pensam no que ela vai ser quando crescer: líder paci-fista, músico, chef renomado... Felizmente, os filhos não podem ser programados para atenderem todas
as expectativas dos pais. Mas são justamente essas expecta-tivas que podem se transformar em pista valiosa na escolha da primeira escola, que vai refletir o desejo dos pais quanto à maneira que seus filhos vão aprender a se relacionar com outras crianças e adultos, com o meio que os cerca e o modo como vão explorar conhecimentos neste mundo. Os diferentes modelos pedagógicos adotados pelas escolas surgiram para questionar o método tradicional de educação infantil, propondo novas abordagens e soluções. Em linhas gerais, eles se diferem em como o aluno constrói seu apren-dizado e aprende a se relacionar com o mundo em que está inserido e aparecem mesclados uns aos outros. A maioria das escolas infantis não se prende a apenas um modelo pe-dagógico, exceto no caso da educação democrática, que possui características bem específicas. Na hora de fazer sua escolha, não se esqueça de levar em conta a personalidade de seu filho. Uma criança pode se adap-tar melhor a uma determinada linha de ensino do que a outra. Por isso, nem sempre escolher a mesma escola para todos os filhos é a melhor solução. Além de mensalidade, instalações e corpo pedagógico consulte sua sensibilidade. Seu filho pode não se tornar aquilo que você sonhou, mas poderá desenvolver melhor suas potencialidades para descobrir quem ele quer ser.
Um dos pontos principais na escolha da primeira escola de seu filho é entender as linhas pedagógicas por ela adotadas.
Desvendar essas nomenclaturas é fundamental para saber de quais maneiras uma criança pode aprender a se socializar e
adquirir conhecimento Por ERIKA KOBAYASHI e MARILIA MOSCHKOVICH
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O Os percursos da educação infantil
MÉTODO MONTESSORICriado na Itália por Maria Montessori no final do século 19. As atividades acadêmicas são divididas em áreas de aprendizado, que vão desde as que trabalham a coordenação motora, pas-sando por alfabetização e conceitos matemáticos. Elas são organizadas da mais simples à mais complexa, para que os alu-nos passem por todas as etapas. O processo de aprendizado é individual, ou seja, cada criança constrói o conhecimento, ao ob-servar como o professor ou outro aluno realizam as atividades. Cada criança tem, portanto, um processo educativo diferente mediado pelo professor. Os alunos aprendem a desenvolver seu senso de organização, cuidado e limpeza.
Os percursos da educação infantil
EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICAUtiliza concepções socioconstrutivistas no processo educativo, mas há uma diferença fundamental entre as duas linhas: na educação democrática, professores, alunos, pais, mães e funcionários tomam juntos as decisões de gestão e educação da escola. O ensino é bastante livre e não há divisão de disciplinas, classes por faixa etária, nem horário para as atividades. Os educadores trabalham com todas as crianças da escola: eles avaliam o processo educativo junto às crianças e os pais, e estimulam os alunos a serem responsáveis pelo seu próprio processo de aprendizado. As crianças trabalham juntas em projetos interdisciplinares, desenvolvendo con-teúdos de acordo com seu nível de experiência. Esse tipo de educação estimula os alunos a desempenharem diversas atividades sem perder o foco em seus objetivos, que devem estar em consenso com os do grupo.
EDUCAÇÃO INFANTIL TRADICIONALNão há um fundador do pensamento que baseia esse tipo de educação. Os conceitos de base da educação in-fantil tradicional surgiram com o processo de criação da escola como instituição responsável pela transmissão do conhecimento considerado correto. O adulto (professor) é o detentor desse conhecimento e não há muito espaço para que a criança o questione. O processo ensino-aprendizado é, portanto, unilateral. Os horários são bem regulares: atividades em sala, atividades fora da sala e um momento de brincadeira livre, a hora do recreio. Em sala, as crianças recebem atividades prontas, como figuras para colorir ou cartilhas de pré-alfabetização, que são realizadas individualmente de modo a estimular que o aluno complete a atividade reproduzindo um modelo pré-estabelecido. Esse modelo pedagógico tende a desenvolver alunos mais tolerantes.
PEDAGOGIA WALDORFCriada na Alemanha por Rudolf Steiner, no início do século 20, visa o desenvolvimento do indivíduo em todos os seus aspectos: físico, intelectual, sensorial, artístico, social e espiritual. O adulto é uma figura de afeto e atua como monitor das atividades e do desenvolvi-mento dos alunos como um todo: um professor acompanha uma turma durante os anos equivalentes a uma fase de seu desenvolvi–mento. Embora os conteúdos sejam repetidos, a abordagem deles se torna progressivamente mais complexa. As atividades estimu-lam a imaginação e o lado sensorial das crianças. A afetividade e a criatividade são valores importantes nessa linha pedagógica.
... já dizia sua mãe. O discurso continua o mesmo. Porém, com seus blogs em ação, as mães modernas se referem a outro mundo: uma comunidade em que todas trocam experiências e palpites, mas se conhecem apenas virtualmente. Por VIVIANE AGUIAR
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Mariana segue Roberta, que segue Paloma, que segue Re-nata... A antiga lógica de Quadrilha de Carlos Drummond de Andrade permanece firme e forte em tempos internéticos. Assim como a menos poética – e talvez mais científica – teoria dos seis graus de separação, que diz existirem apenas seis laços de amizade separando duas pessoas na Terra. Verdade ou não, a teoria não poderia ser mais apropriada para a blogosfera materna: uma mãe segue o blog da outra e, no fim, grávidas, pais e aspirantes formam uma típica (e virtual) cidade de interior, onde todo mundo se conhece, dá pitaco na vida do outro e formam grupinhos de acordo com as afinidades. Um desses grupos se formou mais ou menos em 2008, quando algumas mulheres que nunca tinham se visto na vida engravidaram e resolveram registrar a experiência num blog. Visita daqui, comenta dali e, num pulo, boa parte
E PEQUENO,COMO ESSE MUNDO
delas se tornou amiga. E daquelas tão íntimas que parecem estar em sincronia: em 2009, quatro das seis mães que procuramos para esta matéria ficaram grávidas do segundo filho. “Olha, cuidado que os blogs de maternidade são alta-mente fecundos. Você lê e plop! Ovula instantaneamente”, alertou Mariana Zanotto, dona do superacessado Pequeno guia prático para mães sem prática. Para chegar a este grupinho, contamos com a ajuda das próprias blogueiras. Partindo de um blog que Mariana Zanotto segue, conhecemos outro. E deste, chegamos a mais um, a mais outro, até formar um verdadeiro liga-pon-tos – ou, melhor, uma “quadrilha” de mães conectadas no ciberespaço. “Somos um bando de tias virtuais babando nos filhotes alheios, acompanhando o crescimento, ajudando no que dá. Se juntar um grupo de blogueiras, qualquer um vai achar que são amigas de infância”, opina Mariana.
A DIVERTIDA Mãe de Noah, de 1 ano e 9 meses, a empresária Roberta Zimmermann é uma das mais bem-humoradas da blogosfera materna. Seu site vive cheio de divertidas reflexões, como a que deu origem ao post Filhos do Neocid. Simples e informal, o texto divaga sobre a diferença entre seus hábitos de mãe moderna e sua própria infância entre os anos 70/80, que incluía o mata piolhos do título e viagens no bagageiro do carro (“sem cinto de segu-rança”). “Por trás dessa mãe que se orgulha tanto em dizer que o filho come espinafre e tofu, jaz uma menina que tomava um suco que vinha dentro de um revólver”, escreve. E aí seguem quase 40 comentários de mães que se identificam com o assunto. Identificação, aliás, é tudo no blog – inclusive, o responsável por seu surgimento. Quando Roberta estava grávida de Noah, seu marido ainda morava em outro estado. Por sugestão de uma amiga, ela passou a ler blogs sobre, claro, maternidade. “Encontrei companhia”. Não demorou muito para o Piscar de Olhos nascer. Ciente da força do blog – que chega a ter 12 mil visitas por mês – Roberta aproveita para fazer campanha. A Sanguenozoio, por exemplo, só tem bom humor no nome. Com a intenção de apoiar a votação do Projeto Ficha Limpa, ela angariou dois mil cliques favoráveis no abaixo-assinado. “Esse é, aliás, um sonho para mim. Mostrar pra essa galera mal intencionada que com mãe-leoa não se brinca”.
Roberta Zimmermann, 35 anos, mora no Rio de JaneiroPiscar de Olhos piscardeolhos.wordpress.com
A POPULAR Quando ela posta, mais de mil pessoas leem. Não é qualquer site
de notícias que consegue esse feito. Mas para a paulistana Mariana Zanotto, mãe de Lucas, recém-nascido, e Alice, de 3 anos, ganhar toda essa audiência foi algo natural. Superfalante, ela transferiu
para a internet seu jeitão descolado e divertido de ser com textos que incluem um vocabulário só dela. Expressões como “embutido” (para se referir ao filho ainda na barriga) e “gravídico” (adjetivo de
grávida, oras bolas) são neologismos que tornam o PeqGuia, como ela gosta de abreviar, único. Enquanto dá um tempo na carreira
profissional, ela segue com o blog, compartilhando com as amigas virtuais desde dúvidas sobre o nome do embutido a assuntos sérios
como a translactação. Para ela, postar é, hoje, tão parte da rotina quanto escovar os dentes. “Confesso que às vezes fico com vontade
de tirar umas férias, mas em poucos dias me dá um faniquito e acabo voltando”. Até no quarto da maternidade, em trabalho de parto, ela
empunhava o laptop para postar. “Adivinhem que espécie de dor em vai e vem eu estou sentindo?”. Mais de 70 comentários. Dois dias
depois, fotos do ex-embutido, Lucas, com a irmã Alice aparecem no blog. E geram 115 mensagens das virtuais tias babonas.
Mariana Zanotto, 30 anos, mora em São PauloPequeno guia prático para mães sem prática
pequenoguiapratico.blogspot.com
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Maes a obra
A música estridente, os temas padronizados, a impes-soalidade. São vários os motivos apontados pelos pais consultados nesta reportagem para explicar por que decidiram não aderir à praticidade dos bufês infantis
na hora de fazer a festa de seus filhos. Em comum, todos tinham na memória seus aniversários de infância. Cenas da família inteira participando da organização do “grande dia” e a casa aos poucos se vestindo de festa. Para resgatar esse espírito, optaram por colocar a mão na massa – e nos balões, nos docinhos... “Uma festa produzida pelos pais é 100% personalizada, e os pequenos sentem isso” diz Janaina Pereira. “O esforço faz parte da diversão”, completa Greice Costa. Confira a seguir o que elas e outras mães bolaram para o aniversário dos filhos.
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O bom-humor e a sonoridade inusitada já característicos da banda mineira Pato Fu alcançam seu grau máximo no recém-lançado Música de Brinquedo, CD gravado apenas com instrumentos infantisPor RAFAEL TEIXEIRA
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de brinquedo
“Olha, as duas cantoras maravilhosas! Eu tenho uma pro-posta para fazer”, incita Fernanda Takai. As tais cantoras são sua filha Nina e Mariana, amiguinha dela, ambas com 6 anos. A primeira está metida numa fantasia de dálmata, enquanto a outra veste uma roupa de princesa. Caso topassem o desafio, como recompensa tomariam banho numa banheira cheia de bolhas de sabão. A proposta é entrar no estúdio e dar um toque particular a Primavera (Vai Chuva), um clássico na voz de Tim Maia. Assim que Fernanda canta “trago esta rosa”, as crianças emendam: “para te dar!” No refrão, depois de “hoje o céu está tão lindo”, as meninas atacam: “vai, chuva!” O coro infantil é só um elemento no universo abarcado pela proposta de Música de Brinquedo (Rotomusic), novo disco da banda mineira Pato Fu. A ideia era gravar hits de outros artis-tas, brasileiros e estrangeiros, emprestando-lhes uma sonori-
91s
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ATrabalho em grupo:
os integrantes do Pato Fu viveram uma espécie de
gincana na busca dos brinquedos com
a melhor sonoridade para cada música
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EVENTOS N.
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03 04 05 06Showroom Zero a Doze 1. Flávia Rotondo e Alexandre Manetti (Comteporâneo BFA) com Waleska Calazans (Ronaldo Fraga Para Filhotes), no centro; 2. o artista plástico David Dalmal; 3. João Foltran (John John Kids); 4. Carlos e Roberta (Varal); 5. Eduardo e Janaina (n.magazine); 6. a artista plástica Suppa; 7. Eli Ciasca (Mercatto Casa); 8. Fabi Malavazi (Fabi Malavazi); 9. Sheila Rocha (Lili Bag); 10. Marta Rodrigues (Fábula); 11. Maria Eugênia (Lílian Pimenta)Sônia Negraes (Petit Calin); 12. Silmara Ruman (Silmara Bebê)
Showroom Zero a Doze Conferimos os lançamentos da primavera/verão 2010/2011 no evento realizado no Terraço Daslu, em São Paulo. No stand da n.magazine, um mini estúdio foi montado para recepcionar quem chegava para conhecer o que de mais bacana está sendo feito no setor de moda infantil no país. E dava até para ter seus minutinhos de modelo! O resultado você confere acima.
Showroom Baby Bum Uma revoada de borboletas indicava onde estava a n.magazine no showroom infantil realizado no Centro Tomie Ohtake, em São Paulo. Moda, decoração, brinquedos e serviços relacionados com o universo infantil foram apresentados durante os quatro dias do evento, que tinha ainda oficinas voltadas para os pais e atividades para crianças.
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ONDE ENCONT RAR
MI CASAmicasa.com.brMINI HUMANOSminihumanos.com.brMIXED KIDSmixed.com.brMORENA ROSA grupomorenarosa.com.brMOSHI KIDSmoshikids.com.brMÓVEIS 100T100t.com.brONBONGO KIDSonbongokids.com.brO SORRISO DO GATOsorrisodogato.comOVOfamiliaovo.comPAMPILIpampili.com.brPATRÍCIO’S patriciosvirtual.com.brPIKSpiks.com.brPINGUINOpinguino.com.brPUCpuc.com.brPURAMANIA KIDSpuramaniakids.com.brQUINTALroupadequintal. blogspot.comQ-VIZUqvizu.com.brRI HAPPY BRINQUEDOSrihappy.com.brROCK ME BABY (11) 5181 4544 RONALDO FRAGA PARA FILHOTESronaldofragafilhotes.com.brSANTA MARIA DE LAMAS (11) 3062 7490SANTA PACIENCIAsantapaciencia.com.brSAVANNAH KIDSsavannahkids.com.brSUPERSONIKOsupersoniko.com.brTINOKtinok.com.brTIP TOEY JOEYtiptoeyjoey.comTRENZINHOBRINQUEDOS EDUCATIVOStrenzinho.com.brTYROLtyrol.com.brUAUÁ BABYuauababy.blogspot.comUNIVERSO MATERNOuniversomaterno.comYOUyoubymo.comZINCO zinco.com.br
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