no semana santa · a fraternidade, remédio para a violência leigo: identidade, ministério e...

12
Março de 2018 | Ano XXIX N o 250 www.diocesedeosasco.com.br Subsídio Paralitúrgico para a ano do senhor 2018 semana santa A fraternidade, remédio para a violência Leigo: identidade, ministério e santidade! Dom Ercílio celebra 80 anos de vida PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO PÁG. 03 PÁG. 12 PÁG. 05 PÁG. 10

Upload: others

Post on 27-Sep-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: No semana santa · A fraternidade, remédio para a violência Leigo: identidade, ministério e santidade! Dom Ercílio celebra 80 anos de vida PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO PÁG

Março de 2018 | Ano XXIX No 250www.diocesedeosasco.com.br

Subsídio Paralitúrgico para a

ano do senhor 2018

semanasanta

A fraternidade, remédio para a violência

Leigo: identidade, ministério e santidade!

Dom Ercílio celebra 80 anos de vida

PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO

PÁG. 03 PÁG. 12

PÁG. 05

PÁG. 10

Page 2: No semana santa · A fraternidade, remédio para a violência Leigo: identidade, ministério e santidade! Dom Ercílio celebra 80 anos de vida PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO PÁG

EDITORIAL

Boletim Informativo de Osasco

Diretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFMAssessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da SilvaModeradora: Ir. Letícia Perez, MJSSecretária Executiva: Meire Elaine de SouzaRevisão: Walkyria Aparecida do RosárioSupervisão: Diácono Ricardo RodriguesColaboração: Diácono Dênis Mendes, Sem. Vinícius Soares, Sem. Diego Medeiros, Daniela Nanni

E-mail: [email protected]ção: Iago Andrade Vieira

No alto da cruz Jesus exprime a conclu-são do Sermão da Montanha: “Pai, per-doa-lhes porque não sabem o que fazem”

(Lc 23, 34), fazendo bem-aventurados os sofre-dores. Eles, ou até mesmo nós, sabemos o que estamos fazendo? É uma ignorância a sensibi-lidade do amor, estamos como cegos incapazes de perceber a bondade de Deus. Diante a mar-cante autossuficiência humana não consegui-mos reconhecer a autoridade divina legítima; esta insensatez da arrogância ensoberbece o co-ração e a sensível reação do amor se desprende na corrosível ação destruidora da prepotência do homem. Que tamanha violência é essa? A Campanha da Fraternidade 2018 deixa implícita a advertência de superarmos a violência e assu-mirmos o Evangelho como verdadeiros irmãos.

Os pretenciosos sábios e doutos deste mun-do querem substituir a autêntica mensagem de Cristo – servo e sofredor – e eliminam a ma-jestade do amor de Deus. Com suas fórmulas, discursos, pelo bem científico, atravessam bar-reiras éticas e valores imprescindíveis ao respei-to à dignidade da pessoa humana. Trazem suas verdades, conceitos, justificativas e até brigam de forma exacerbada proliferando ódio como caminho da construção do bem. Será que eles ou até mesmo nós sabemos ao certo o que es-tamos fazendo? Ou estamos disfarçando numa modéstia ignorante para apenas esquivar das responsabilidades ou entrando alienantemente no frenesi da multidão que grita: Crucifica-o! Crucifica-o! Somos Igreja e não somos irmãos?

A ignorância não deve ser uma desculpa frá-gil do nosso comprometimento pela fé que resis-te ao apelo da verdade (doa a quem doer); mas é a verdade que faz suprir nossa insignificância, orienta a vida para o que é certo, motivando o pedido de perdão pelas nossas omissões e cora-gem de apostolado. Não queremos andar como seres alienados a uma mentalidade violenta, sem princípios edificadores e incoerentes pela defesa legítima da vida. Será que fingimos ser fracos na fé? Fingimos sermos pobres coitados para não encarar o mundo com responsabilida-de? Ou nossa ignorância abre as portas do cora-ção desejando ardentemente a conversão, neste misericordioso brado: perdoai-lhes pois não sa-bem o que fazem?

Abre-se um novo êxodo no trilhar para Pás-coa. Cristo redentor ensina-nos que o manda-mento do amor supera toda violência e o mal será vencido pela boa-nova do bem. Que a res-surreição de Jesus Cristo seja a esperança e a co-ragem de apresentarmos esse novo Céu e nova Terra que Senhor nos preparou.

Pe. Henrique Souza da SilvaAssessor Eclesiástico do BIO

Caro leitor... Diocese celebra a instalação de nova paróquia, em Osasco

Tiragem: 13.000 exemplares

Impressão: Jornal Última Hora do ABC: (11) 4226-7272

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Cúria Diocesana de OsascoRua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 - Osasco/ SPTel: (11) 3683-4522Tel: (11) 3683-5005Site: www.diocesedeosasco.com.br

Março de 2018

BIO

2

Aconteceu na noite do dia 27 de fevereiro a So-lene Celebração Eucarística com o rito de cria-ção e instalação da nova paróquia Bom Jesus

Crucificado. A missa foi presidida pelo bispo diocesano Dom João Bosco Barbosa e concelebrada por padres da diocese, e com a presença dos seminaristas das casas de Teologia e Propedêutico.

Dom João deu início à cerimônia saudando aos pre-sentes e em seguida foi feita a leitura da ata que decreta a criação da nova paróquia, pelo chanceler da Diocese de Osasco, Pe. Odair José Rodrigues. O bispo parabenizou aos fiéis da nova paróquia, e logo após deu a posse de novo pároco ao Pe. Marcelo Fernandes de Lima.

Padre Marcelo Fernandes foi ordenado sacerdote em setembro de 2015, foi vigário nas paróquias Santa Isabel e Nossa Senhora da Conceição e ocupa a função de vice--reitor do Propedêutico Santo Antônio.

Na homilia, Dom João enfatizou a grandeza do mi-nistério sacerdotal que “exige de nós uma perfeição que não temos, e, no entanto, Ele mesmo dá a resposta a este déficit de perfeição, que existe em todos nós. A resposta Dele é a ‘misericórdia’ do Pai”.

Referindo-se à importância da comunhão entre o cle-ro e aos fiéis, o bispo diz que aquele que fala em nome de Jesus e que ajusta a sua vida com o Seu ensinamento, permanece sendo irmão, sendo servo, “porque é aquele que O viu e pôs em prática a Palavra do Senhor. Este se torna servo dos seus irmãos”, concluiu.

Após a homilia, deu-se início ao rito da entrega dos sím-

bolos, onde Pe. Marcelo recebeu das mãos do bispo a chave do sacrário, os santos óleos e a estola.

Em gratidão, o novo pároco di-rigiu palavras de agradecimento aos bispos Dom João e Dom Ercílio – bispo emérito, aos familiares, amigos e paroquianos e manifestou a entre-ga de seu ministério a Deus, pedindo que Ele o conduza neste ofício, tão exigente e bonito “para a minha pró-pria santificação e santificação desta porção do povo de Deus que a mim confiara”, expressou o padre.

Ao final, D. João abençoou a pla-ca de inauguração da nova paróquia.

A Paróquia Bom Jesus Crucifi-cado está situada à Rua Ananias de Almeida, nº 100, no bairro Quitaú-na, em Osasco. Desmembrada da Paróquia Nossa Senhora da Concei-ção do bairro KM 18, será compos-ta por 5 comunidades: Santíssima Trindade, Santa Eufêmia, São Pe-dro, Nossa Senhora dos Pobres e a matriz Bom Jesus Crucificado.

ComunicaçãoCúria Diocesana de Osasco

Pascom Diocesana

Page 3: No semana santa · A fraternidade, remédio para a violência Leigo: identidade, ministério e santidade! Dom Ercílio celebra 80 anos de vida PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO PÁG

A fraternidade, remédio para a violência

Março de 2018

BIO

3

PALAVRA DO BISPO

Campanha da Fraternidade 2018: superação da violência

Parece ser inoportuno falar da Campanha da Fraternida-de/2018 quando já passamos

da metade da Quaresma. Aliás, o BIO de fevereiro já trouxe uma ma-téria, em página dupla sobre o tema da superação da violência, e as co-munidades já devem estar se con-frontando com este tema, diante da realidade dura da vida quotidiana, em que devemos, nesta Quaresma, em sinal de conversão, introduzir o remédio da Fraternidade.

É importante, no entanto, voltar ao assunto e reforçar: a Quaresma é, sim, um tempo oportuno para nos questionarmos e buscarmos atitudes concretas de conversão. E a Campanha da Fraternidade, que acontece a cada ano, há mais de cinco décadas, é um instru-mento valioso para isso. Podemos questionar: os temas passam, e os problemas continuam, pois sim? De fato. Mas ficam sementes pre-ciosas que se desenvolvem através de ações permanentes. Ficam na lembrança da gente os temas que passaram: quem não se lembra de lemas como a Ecologia (“Eu que-ro o verde entoando salmos mil à vida…”) ou “vida, sim, drogas não!” Ou sobre o negro: “Eu ouvi o

clamor deste povo”. Alguns temas se repetem: ano que vem celebrare-mos 25 anos da CF sobre a família. Vamos relembrar o canto que ficou na memória de quem lá viveu: “E a família como vai? Meu irmão, venha e responda….” O tema do ano que vem será sobre as políticas públicas, muito próximo, portan-to, da família. No conjunto desses anos, que grande benefício tem feito a Campanha da Fraternidade, em todo o país!

A Coleta da Campanha, para onde vai?

Importante também é o chama-do “gesto concreto” da Campanha, que é feito no Domingo de Ramos. As coletas deste domingo são des-tinadas integralmente à ajuda aos necessitados. Quem faz essa desti-nação é a Cáritas Nacional e as Ca-ritas diocesanas. Tudo é feito com muita seriedade e nunca houve nem haverá outra finalidade senão a soli-dariedade para com os pobres. Isso é levado muito a sério. Por isso peço a todos que sejam generosos para com a Coleta da Campanha, que neste ano será dia 25 de março, em todas as paróquias. Peço aos padres que motivem, e aos fiéis que participem desse gesto, confiantes de que, assim como aconteceu sempre, a finali-dade solidária desses recursos será integralmente respeitada. Isso nos garante a CNBB.

Por falar na CNBB, o que é e o que faz?

A CNBB é a Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil. Ela é for-mada pelos trezentos bispos das dio-ceses brasileiras. Em todos os países, as Conferências Episcopais fazem a ligação entre as dioceses e o Santo Padre, o Papa, garantindo a unidade da Igreja no mundo inteiro. Eu par-

ticipo da CNBB faz 10 anos, agora nos últimos três anos participo do Conselho de Pastoral da CNBB, e posso garantir que a CNBB é a voz da Igreja e seu único compromisso é com o Evangelho, com Jesus Cris-to e com a ética, tão necessária para a vida humana. A CNBB não esta-belece normas para as dioceses, po-rém, quando os trezentos bispos se pronunciam em documentos e pro-postas de evangelização, sua palavra deve ser acolhida, sim, como voz ofi-cial da Igreja. E a Campanha da Fra-ternidade, bem como as Diretrizes da Evangelização e toda a ação evan-gelizadora devem animar as comu-nidades e todos os cristãos do Brasil.

Estamos vivendo um tempo mui-to conturbado, seja no meio de tanta pluralidade religiosa, seja no mundo das ideias e partidos políticos, seja diante ante uma realidade social em que sofrem muitos irmãos. Em am-biente assim, o embate de ideias, e até confrontos e acusações se ouvem de todo lado. A CNBB, por suas po-sições sempre em favor da ética e em defesa dos mais frágeis, também sofre por isso, e nem o Santo Padre escapa. É importante que nos mante-nhamos unidos, com a Igreja, nossa mãe. Essas situações passam, o Evan-gelho continua o mesmo, a fraterni-dade deve ser abraçada com vigor.

Dom João Bosco, ofmBispo Diocesano de Osasco

http://dbosco.org/

As entidades com projetos sociais aprovados pelo Fundo Nacional de Solidariedade, após finalizarem as atividades, devem enviar a prestação de contas dentro do prazo

determinado, com relatório financeiro e fotos de execução do projeto. Mais informações disponíveis em https://goo.gl/VEH6KN

A CNBB é formada pelos 300 bispos das dioceses brasileiras. Faz a ligação das dioceses com o Papa, e desempenha o papel de garantir a unidade da Igreja no mundo inteiro.

Page 4: No semana santa · A fraternidade, remédio para a violência Leigo: identidade, ministério e santidade! Dom Ercílio celebra 80 anos de vida PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO PÁG

TESTEMUNHO DA FÉ

“O coração da mãe é imenso: maior que o cosmos visível e invisível!” (Papa João

Paulo II, 17 de junho de 1983)

Março de 2018

BIO

4

A nossa Gruta: um pedacinho de Lourdes em Alphaville

Ela apareceu há 160 anos - no dia 11 de fevereiro, em uma Gruta da pequena cidade de

Lourdes, da França - à pobre jovem Bernadette Soubirous. Linda, res-plandecente, vestida de branco com uma faixa azul na cintura e um ro-sário nas mãos, Nossa Senhora de Lourdes tinha, ainda, rosas de ouro ao seus pés.

Ao todo, foram 18 aparições na Gruta, durante 5 meses, que culmina-ram na última visão da Virgem, mes-mo o local tendo sido fechado com tapumes, por ordem das autoridades hostis à aparição. Santa Bernadette voltou a ver Nossa Senhora apenas 21 anos depois, em 1879 na cidade de Nevers, quando faleceu. Seu corpo permanece incorruptível desde en-tão, exposto em uma capela de cristal no convento de Saint-Gildard.

Nessas aparições, Nossa Senho-ra apresentou-se como a Imaculada Conceição e trouxe - para toda a humanidade - mensagens de acolhi-mento na pobreza, da necessidade da penitência e oração, além da pro-messa da felicidade vindoura: “Não prometo fazer-lhe feliz neste mundo, mas no outro”, foi a mensagem dada pela Virgem à frágil Bernadette, em uma de suas aparições.

Devoção em Alphaville completa 43 anos

O Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, na França, recebe mi-lhares de peregrinos anualmente. É uma área que compreende 51 hec-tares e inclui 22 lugares distintos de celebrações em torno da Gru-ta. Suas torneiras jorram a famosa água de Lourdes.

Na Diocese de Osasco, a devoção à Santa está concentrada na cidade de Barueri. A Gruta de Nossa Se-nhora de Lourdes (hoje denomina-da Comunidade Nossa Senhora da Gruta) - localizada em Alphaville - foi toda construída com pedras, em 1975 por Yojiro Takaoka (reco-nhecido como um dos mais impor-tantes urbanizadores brasileiros das últimas décadas). Inicialmente, era para ser um local ecumênico, mas pela devoção de Takaoka à Nossa Senhora de Lourdes, a Gruta passou a receber o nome da Santa.

A comunidade queria transfor-má-la em paróquia, mas foi preciso adquirir um terreno para a constru-ção de uma edificação maior. Assim, nasceu a Igreja Matriz de Nossa Se-nhora de Lourdes, localizada em Ba-rueri, com 3.874 m2.

Entre 2008 e 2009, a Capela São José localizada no coração do Centro Comercial de Alphaville, passou, tam-bém, a acolher o Grupo de Oração Nossa Senhora de Lourdes, que está ligado a RCC (Renovação Carismá-tica Católica), da Diocese de Osasco.

Nossa Senhora nos une a Jesus Cristo

Nossa Senhora de Lourdes defini-tivamente não deixa seus filhos de-samparados. Foi assim, em um mo-mento de intensa súplica de seu pai Claudio, que o recém-nascido Paulo Augusto, que completa agora 6 meses, pôde ser amamentado com fartura.

O casal, Claudio e Eliene, fre-quentadores da Nossa Senhora da Gruta, nem imaginava que seria contemplado por um verdadeiro milagre após o nascimento do tão esperado filho. Eliene não tinha leite para amamentar, assim que ele nas-ceu, pois teve agravamento do qua-dro depressivo no pós-parto.

“Nosso bebê estava com fome, su-gava e não saía leite, a ponto de ma-chucar o seio da mãe. Já estávamos desesperados, quando fui procurar o capelão do hospital, pois minha espo-sa queria comungar e eu tinha medo que seu estado de depressão se agra-vasse. Durante o caminho, eu somen-te me lembrava da imagem da Vir-gem da Gruta amamentando Jesus e pedia sua intercessão junto a Deus”, comentou emocionado Cláudio, pai de Paulo Augusto - que tem um es-túdio de gravação e exerce a profis-são de DJ em festas corporativas e familiares, tocando músicas que não ferem os valores cristãos.

Assim que Eliene comungou, o milagre aconteceu. “Imediatamen-te após a comunhão de Jesus Sacra-mentado, começou a jorrar leite de seus seios”, comentou o pai emo-cionado, que gritava chorando na frente do padre, que sabia que Nos-sa Senhora os atenderia, que não iria desampará-los. “Eu atribuo esse milagre a Nossa Senhora da Gruta”, finalizou Claudio que agora espera por mais uma intercessão em tem-pos difíceis: oportunidades futuras na sua área de trabalho.

O milagre na CapelaSão José

Paulo Véchio, de Santa Catarina, esteve em São Paulo para um trata-mento de câncer no intestino, como último recurso. No hospital, no entan-to, foi desenganado pelo estado avan-çado da doença. Sua cunhada, então, o levou à Capela São José, em Alphavil-le, pois tinha ciência que o Grupo de Oração de Nossa Senhora de Lourdes, ali rezava por cura e libertação.

“Fui carregado escadaria acima, com muitas dores, queria ir embora, mas logo me levaram até a Capela do Santíssimo. O intercessor Marce-lo, ao meu lado, iniciou uma oração contando toda a minha vida, coisas que somente eu sabia. Pegou na mi-nha mão e, como se Jesus estivesse na frente dele, orou fervorosamente pela minha cura. Ao terminar, me pediu que voltasse na semana seguinte. Ao chegar na casa da minha cunhada, eu consegui descansar e sentir fome, como há muitos anos não acontecia.

Voltei na semana seguinte, e ali pude receber todo o perdão de Deus, pois consegui perdoar meu pai – já falecido – por bater em minha mãe e em mim por tantos anos. O choro veio compulsivamente e permaneceu por uma semana, sem parar, até que fui curado totalmente. Voltei para minha cidade e os médicos ficaram surpresos. Não tive sequelas do câncer e mais nenhuma enfermidade. Para honra e glória de Jesus, eu voltei para a Igre-ja e sou membro do Grupo de Oração para dar o meu testemunho de cura e fé”, finalizou Véchio.

Dani Nanni

Imagem de Nossa Senhora de Lourdes, durante novena que aconteceu em

fevereiro, na Comunidade Nossa Senhora da Gruta, em Alphaville.

Eliene e Claudio com o filho Paulo Augusto, no dia do seu batizado, na Matriz

Nossa Senhora de Lourdes.

Imagem de N. Senhora amamentando omenino Jesus, que se encontra na

Comunidade N. Sra. da Gruta, de Alphaville.

Arquivo pessoal

Page 5: No semana santa · A fraternidade, remédio para a violência Leigo: identidade, ministério e santidade! Dom Ercílio celebra 80 anos de vida PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO PÁG

Subsídio Paralitúrgico para a

ano do senhor 2018semana santa

Março de 2018 5

Diocese de Osasco - Comissão Diocesana de Liturgia

Breves orientações sobre a Semana Santa

• Conforme ensina a Santa Mãe Igreja, uma quantidade considerável de ramos abençoados no Domingo de Ramos da Paixão do Senhor seja oportunamente conservada nas Paróquias, tendo em vista a confecção das cinzas a serem impostas no início da Quaresma do ano seguinte.• Os Santo Óleos do Crisma, Catecú-menos e Enfermos serão abençoados na Missa Crismal da Quarta-Feira Santa (28 de março), a ser celebrada na Catedral Santo Antônio às 20h e oportunamente entregues aos páro-cos, ao término da celebração. • Como de costume, cada Paróquia receberá a quantidade de um conjun-to contendo três recipientes com os Santos Óleos. Para eventuais neces-sidades, fica disponibilizada às Paró-quias uma reserva dos Santos Óleos conservada na Catedral. • Não será necessário devolver à Comissão Diocesana de Liturgia os recipientes dos Óleos utilizados no ano anterior.• Pede-se que os Santos Óleos sejam dignamente acolhidos nas comuni-dades paroquiais no início da Litur-gia Batismal da Vigília Pascal e, opor-tunamente, conservados em local digno, preferencialmente na sacristia. Todavia, nunca se guarde os Santos Óleos dentro do sacrário. Tratam-se

de um sacramental e, portanto, em hipótese alguma sejam conservados junto ao sacramento da Eucaristia.• A Transladação do Santíssimo Sa-cramento ao final da Missa da Ceia do Senhor seja feita diretamente com o Cibório recoberto por Véu Umeral sobre a casula, mas nunca utilizando o Ostensório ou a capa pluvial. Da mesma forma, a Adora-ção a ser feita na Capela da Repo-sição não seja feita com o Ostensó-rio. Guarde-se a sobriedade e sejam priorizados os momentos de silên-cio, evitando excessos.• O Círio Pascal, conforme antiquís-sima tradição e conforme as normas litúrgicas vigentes, seja novo e, em hipótese alguma, reaproveitado do ano anterior. Por necessidades pastorais nas Paróquias compostas por considerável número de comu-nidades, é costume confeccionar mais de um Círio na Vigília Pascal. Contudo, um único seja o Círio a permanecer aceso no presbitério ou junto à Pia Batismal.

Oração FinalSenhor Jesus Cristo, ressuscitas-

tes glorioso no terceiro dia! Fazei que cada um olhe o vosso sepulcro vivo na esperança da ressurreição. Fazei crescer em nossa Paróquia, o desejo pela união verdadeira pau-

tada no amor e na caridade frater-na. Dai a todos nós, vossos filhos, um coração manso e humilde, para que possamos revelar ao mundo a vossa misericórdia. Amém.

Canto FinalVitória, tu reinarás!Ó cruz, tu nos salvarás!

Celebração do Setenário das Dores de Maria

Santíssima – Via Matris “Associados ao projeto salvífico

de Deus (Lc 2,34-35), Cristo Cru-cificado e a Virgem das Dores são também associados na Liturgia e na piedade popular.

Como Cristo é o ‘homem das dores” (Is 53,3), por meio do qual quis Deus ‘reconciliar consigo todos os seres, tan-to na terra como no céu, estabelecendo a paz por seu sangue derramado na cruz’ (Cl 1,20), assim Maria é a ‘mu-lher da dor’, que Deus quis associar a seu Filho como mãe e participante da sua Paixão (socia passionis).

Desde os dias da infância de Cris-to, a vida da Virgem, envolvida na

rejeição da qual seu Filho era objeto, transcorreu toda ela sob o signo da es-pada (Lc 2,35). Entretanto, a piedade do povo cristão viu na vida dolorosa da Mãe sete episódios principais e os denominou de as ‘sete dores’ da bem--aventurada Virgem Maria.

Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia: princípios e orientações

Comentário InicialIrmãos, meditando juntamente

com a Igreja o sepulcro do Senhor, na esperança da ressurreição, queremos neste momento de oração - dentro do Ano Nacional do Laicato - elevar aos céus nossa súplica, rezando o se-tenário das Dores de Nossa Senhora, Discípula do Senhor que, aos pés da Cruz, é modelo de fidelidade e amor ao seu Filho. Pedimos que por sua in-tercessão, através da contemplação de

BIOSEMANA SANTA

“Segundo o Magistério, a piedade popular é uma realidade viva na Igreja e da Igreja: a sua fonte está na presença constante e ativa do Espírito de Deus na estrutura eclesial; o seu ponto de referência é o mistério de Cristo Salvador; a sua finalidade, a glória de Deus e a salvação dos homens; a ocasião histórica, “o encontro feliz entre a obra de evangelização e a cultura”.

Por isso, o Magistério expressou mais de uma vez a sua estima pela piedade popular e suas manifestações; advertiu aqueles que a ignoram, a descuidam ou a desprezam, a fim de que assumam em relação a ela uma atitude mais positiva, que leve em conta seus valores; por fim, não duvidou em apresentá-la como ‘verdadeiro tesouro do povo de Deus’. A piedade popular dirige de bom gosto a sua atenção ao mistério do Filho de Deus que, por amor aos homens, se fez crian-ça, irmão nosso, nascendo pobre de uma Mulher humilde e pobre, e revela também uma viva sensibilidade para com o mistério da Paixão e Morte de Cristo”.

Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia: princípios e orientações

Page 6: No semana santa · A fraternidade, remédio para a violência Leigo: identidade, ministério e santidade! Dom Ercílio celebra 80 anos de vida PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO PÁG

Março de 20186

suas dores, sejamos confortados no amor de Deus e nos preparemos pro-fundamente para vivenciar a Semana Santa e o Tríduo Pascal do Senhor.

Canto InicialBendita sejais, senhora das do-

res. Ouvi nossos rogos, mãe dos pecadores!

Introdução e SaudaçãoV. Em nome do Pai e do Filho e do

Espírito Santo.R. Amém.V. Abri meus lábios, ó Senhor.R. E minha boca anunciará o

vosso louvor.V. Meu Deus, em meu favor e am-

paro atendei-me.R. E dos meus inimigos defen-

dei-me.V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Es-

pírito Santo.R. Como era no princípio, agora

e sempre. Amém.

PreparaçãoPresidente: Virgem Dolorosís-

sima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos para promover a memória e o culto de vossas dores e lágrimas, particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as ne-cessidades e perigos. Alcançai-nos, Senhora, de vosso Divino Filho, pelos méritos de vossas dores e lá-grimas, a graça que vos pedimos (intenções particulares).

Virgem sem mácula, Mãe de pie-dade, cheia de aflição e de amargura; com toda a humildade de meu cora-ção eu vos suplico que ilustreis o meu entendimento e acendais a minha vontade, para que com espírito fervo-roso e compassivo contemple as do-res que se propõem nesta santa coroa, e possa conseguir as graças e favores prometidos, aos que se ocupam neste santo exercício. Amém.

Contemplação das Dores de Maria Santíssima

• PRIMEIRA DOR: A PROFECIA DE SIMEÃO - Com.: “Simeão disse a Maria, mãe do menino: ‘Eis que este menino vai ser causa de queda e de elevação de muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Quanto a você, uma espada de dor há de atravessar-lhe a alma. Assim serão revelados os pensamentos de

muitos corações”. Segue-se uma breve reflexão acerca da Dor.

Presidente: Oremos.Deus, nosso Pai, pelas palavras de

Simeão predissestes uma vida de so-frimento para a Mãe do vosso Filho. Concedei, Vos pedimos, que a exem-plo da mesma Virgem Maria, cujo coração foi transpassado pela espa-da da dor, saibamos enfrentar os so-frimentos desta vida e ser solidários com os sofrimentos dos irmãos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Nos compadecemos de vós, Se-nhora, pela dor que padecestes com a profecia de Simeão, quando vos disse que vosso Coração seria o alvo da paixão de vossas dores, obrigan-do-vos em memória desta dor, com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai.

Canto: Pecadores redimidos, com o sangue do Senhor, atendei, olhai se existe dor igual à minha dor.

• SEGUNDA DOR: A FUGA PARA O EGITO - Com.: “O Anjo do Senhor apareceu em sonho a José, e lhe disse: ‘Levante-se, pegue o menino e a mãe dele, e fuja para o Egito! Fique lá até que eu avise. Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo’. José levantou-se de noite, pegou o menino e a mãe dele, e partiu para o Egito. Aí ficou até a morte de Herodes”. Segue-se uma breve reflexão acerca da Dor.

Presidente: Oremos.Deus, nosso Pai, fizestes da Vir-

gem Maria, Mãe do vosso Filho, a mulher forte que conheceu a pobreza e o sofrimento, a fuga e o exílio. Su-plicantes Vos pedimos, que a exem-plo da Virgem das Dores, saibamos lutar para defender a vida e tenhamos a audácia de anunciar-Vos ao mundo como única luz verdadeira. Por Cris-to, nosso Senhor. Amém.

Nos compadecemos de vós, Se-nhora, pela dor que sofrestes no Des-terro ao Egito, pobre e necessitada naquela longa viagem. Fazei, Senho-ra, que nós sejamos livres das perse-guições de nossos inimigos, obrigan-do-vos em memória desta dor, com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai.

Canto: Pecadores redimidos, com o sangue do Senhor, atendei, olhai se existe dor igual à minha dor.

• TERCEIRA DOR: A PERDA DO MENINO JESUS NO TEMPLO - Com.: “Quando o menino completou doze anos, subiram para a festa como de costume. Passados os dias da Páscoa, voltaram, mas o menino ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Três dias depois, encontraram o menino no Templo. Estava sentado no meio dos doutores, escutando e fazendo perguntas. Ao vê-lo, sua mãe lhe disse: ‘Meu Filho, por que fizeste isso conosco? Seu pai e eu estávamos angustiados, à sua procura’. Jesus respondeu: ‘Por que me procuravam? Não sabiam que eu devo estar na casa de meu Pai?” Segue-se uma breve reflexão acerca da Dor.

Presidente: Oremos.Deus, nosso Pai, por três dias Ma-

ria e José procuraram aflitos seu Fi-lho Jesus. Suplicantes vos pedimos, que amparados pela Virgem das Do-res, busquemos sempre na penitência e na conversão, o reencontro com vosso Filho e sejamos fiéis à Aliança selada conosco, através do Preciosís-simo Sangue de vosso Filho. Ele que é Deus convosco, na unidade do Espí-rito Santo. Amém.

Nos compadecemos de vós, Se-nhora, pela dor que padecestes com a perda de vosso Filho em Jerusalém por três dias. Concedei-me lágrimas de verdadeira dor para chorar mi-nhas culpas, pelas vezes que perdi a meu Deus, e que o ache para sempre, obrigando-vos em memória desta dor, com um Pai-Nosso, uma Ave--Maria e um Glória ao Pai.

Canto: Pecadores redimidos, com o sangue do Senhor, atendei, olhai se existe dor igual à minha dor.

• QUARTA DOR: O ENCONTRO DE MARIA COM JESUS NO CAMINHO DO CALVÁRIO - Com.: “Vocês todos que passam pelo caminho, olhem e prestem atenção: haverá dor semelhante à minha dor? Como me maltrataram”. Segue-se uma breve reflexão acerca da Dor.

Presidente: Oremos.Deus, nosso Pai, no caminho do

Calvário, vosso Filho Jesus e Maria, sua mãe, se encontraram. Suplican-tes vos pedimos, que a exemplo da Virgem das Dores, saibamos ir ao encontro do vosso Filho, principal-mente com as obras do apostolado, com o exercício da virtude e a peni-

tência para mortificação. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Nos compadecemos de vós, Se-nhora, pela dor que padecestes ven-do vosso Filho com a cruz sobre os ombros, caminhando para o Calvá-rio entre escárnios, baldões e que-das. Fazei, Senhora, que leve com paciência a cruz de cada dia, obri-gando-vos em memória desta dor, com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai.

Canto: Pecadores redimidos, com o sangue do Senhor, atendei, olhai se existe dor igual à minha dor.

• QUINTA DOR: A CRUCIFIXÃO DE JESUS - Com.: “Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria de Cléofas e Maria Madalena. Vendo a Mãe e perto dela o discípulo a quem amava, disse Jesus para a Mãe: ‘Mulher, eis aí o teu filho!’ Depois disse para o discípulo: ‘Eis a tua Mãe!’” (Jo 19,25-27). Segue-se uma breve reflexão acerca da Dor.

Presidente: Oremos.Deus, nosso Pai, ao pé da cruz

unistes a Virgem Maria aos sofrimen-tos do vosso Filho, fazendo-a Co-Re-dentora da humanidade. Suplicantes, vos pedimos, que a exemplo da Vir-gem das Dores, saibamos nos colocar aos pés das cruzes cotidianas, e pro-clamando a fé no vosso Filho, único Salvador do mundo, possamos ensi-nar aos irmãos essa verdadeira fé. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Nos compadecemos de vós, Se-nhora, pela dor que padecestes vendo morrer vosso Filho, pregado numa cruz entre dois ladrões. Fazei, Senho-ra, que viva crucificado a meus vícios e paixões, obrigando-vos em memó-ria desta dor, com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai.

Canto: Pecadores redimidos, com o sangue do Senhor, atendei, olhai se existe dor igual à minha dor.

• SEXTA DOR: MARIA RECEBE O CORPO DE JESUS - Com.: “Ele não tinha aparência nem beleza para atrair o nosso olhar... Nós achávamos

SEMANA SANTA

Page 7: No semana santa · A fraternidade, remédio para a violência Leigo: identidade, ministério e santidade! Dom Ercílio celebra 80 anos de vida PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO PÁG

Março de 2018 7

que ele era um homem castigado, um homem ferido por Deus e humilhado... foi preso, julgado injustamente... Pois foi cortado da terra dos vivos e ferido de morte por causa da revolta do meu povo”. (Is 53,2.4.8) Segue-se uma breve reflexão acerca da Dor.

Presidente: Oremos.Deus, nosso Pai, estando “tudo

consumado”, o corpo do vosso Filho foi descido da cruz e entregue nos braços de Maria, sua Mãe. Suplican-tes vos pedimos, que a exemplo da Virgem das Dores, tenhamos os bra-ços sempre abertos para acolher a to-dos aqueles que o Senhor nos confiar em suas angústias e sofrimentos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Nos compadecemos de vós, Se-nhora, pela dor que padecestes ao receberdes em vossos braços aquele Santíssimo Corpo de Jesus, ensan-guentado por tantas chagas e feri-das. Fazei, Senhora, que o nosso coração viva ferido do amor divino, e morto a todo amor profano, obri-gando-vos em memória desta dor, com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai.

Canto: Pecadores redimidos, com o sangue do Senhor, atendei, olhai se existe dor igual à minha dor.

• SÉTIMA DOR: MARIA SEPULTA O CORPO DE JESUS - Com.: “No lugar onde Jesus fora crucificado havia um jardim, onde estava o túmulo, em que ninguém ainda tinha sido sepultado. Então, por causa do dia dos preparativos para a Páscoa e porque o túmulo estava perto, aí colocaram Jesus”. (Jo 19,41-42). Segue-se uma breve reflexão acerca da Dor.

Presidente: Oremos.Deus, nosso Pai, a Virgem Maria

acompanhou vosso Filho até a sepul-tura. Suplicantes vos pedimos que a exemplo da Virgem das Dores, acom-panhemos durante toda a vida vosso Filho, para que no último dia tenha-mos nEle a ressurreição. Por Cristo,

nosso Senhor. Amém.Nos compadecemos de vós, Se-

nhora, pela dor que padecestes em vossa soledade, depois de ter sepulta-do vosso Filho. Fazei, Senhora, que fi-quemos sepultados para tudo o que é terreno e vivamos somente para Deus e para Vós, obrigando-vos em me-mória desta dor, com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai.

Canto: Pecadores redimidos, com o sangue do Senhor, atendei, olhai se existe dor igual à minha dor.

Ladainha de Nossa Senhora das Dores

Senhor, tende piedade de nós.Senhor, tende piedade de nós.Cristo, tende piedade de nós.Cristo, tende piedade de nós.Senhor, tende piedade de nós.Cristo, tende piedade de nós.Jesus Cristo, ouvi-nos.Jesus Cristo, ouvi-nos.Jesus Cristo, atendei-nos.Jesus Cristo, atendei-nos.Pai Celeste, que sois Deus, tende

piedade de nós.Filho Redentor do mundo, que

sois Deus, tende piedade de nós.Espírito Santo, que sois Deus, ten-

de piedade de nós. Santíssima Trindade, que sois um

só Deus, tende piedade de nós.Mãe de Jesus Crucificado, rogai

por nós. Mãe do Coração transpassado,Mãe do Cristo Redentor, Mãe dos

discípulos de Jesus, Mãe dos redimi-dos, Mãe dos viventes, Virgem obe-diente, Virgem oferente, Virgem fiel, Virgem do silêncio, Virgem da espe-ra, Virgem da Páscoa, Virgem da Res-surreição, Mulher que sofreu o exílio, Mulher forte, Mulher corajosa, Mu-lher do sofrimento, Mulher da Nova Aliança, Mulher da esperança, Nova Eva, Colaboradora na salvação, Serva da reconciliação, Defesa dos inocen-tes, Coragem dos perseguidos, For-taleza dos oprimidos, Esperança dos pecadores, Consolação dos aflitos, Refúgio dos marginalizados, Confor-to dos exilados, Sustento dos fracos, Alívio dos Enfermos.

Cordeiro de Deus, que tirais o peca-do do mundo, perdoai-nos, Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor. Cor-deiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

Oração FinalDai-nos, Senhora, compreender

o oceano de angústias que fizeram de vós a Mãe das Dores, para que possamos participar de vossos sofri-mentos e vos consolemos pelo nosso amor e nossa fidelidade. Choramos convosco, ó Rainha dos Mártires, na esperança de ter a felicidade de um dia nos alegrarmos convosco no céu. Amém.

Canto Final:Que te fiz, meu povo eleito? (La-

mentos do Senhor)

Ofício de Trevas

• Para esta celebração para-litúrgica, se quem preside é um mi-nistro ordenado, pode paramentar-se usando túnica ou veste talar com so-brepeliz, estola e pluvial de cor roxa.

• A Igreja esteja completamen-te desprovida de iluminação, salvo o essencial para o canto dos salmos e para a presidência da celebração.

• O acompanhamento instru-mental seja extremamente sóbrio e de acordo com a espiritualidade própria da Semana Santa, evitando exageros e antecipação descabida das alegrias pascais. Preferencialmente se opte por apenas um instrumento, não mais do que isso, podendo ser um te-clado ou violão.

• Atentem-se os salmistas às letras e ao conteúdo dos salmos pre-sentes nesta celebração. As melodias escolhidas devem ser condizentes ao salmo, de modo a expressar com cla-reza o seu sentido. Evitem-se melis-mas em excesso e afins, como é pró-prio da Semana Santa.

• Tratando-se de uma parali-turgia, o Ofício de Trevas pode ter sua presidência delegada a um fiel leigo.

Comentário Inicial“Não me deixeis, Senhor; à mer-

cê de meus adversários, pois contra mim se levantaram testemunhas fal-sas, mas volta-se contra eles a sua ini-quidade”. (Sl 26,2)

O Ofício de Trevas é uma para-liturgia que teve origem na Idade Média, com o nome de Tenebrário. Consiste numa belíssima celebração, caracterizada por sua profundidade, na qual são realizadas meditações so-bre as Sete Palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz, intercaladas com o canto de 7 Salmos: será feita a

reflexão de cada palavra de Jesus na cruz seguida sempre por um salmo. Após cada salmo, será apagada uma vela da menorá, candelabro de sete velas. Ao chegar o sétimo e último, resta apenas uma veia acesa. O Ce-lebrante erguerá a menorá e, em se-guida irá abaixá-la, depondo-a atrás do Altar. Enquanto isso, a assembleia bate nos bancos ou nos punhos, sig-nificando a descida de Jesus até a mansão dos mortos, bem como o terremoto que abalou a terra após a morte do Senhor.

Canto de EntradaVitória, tu reinarás!Ó cruz, tu nos salvarás!

Saudação Inicial Presidente: Em nome do Pai e do

Filho e do Espírito Santo.Todos: Amém.Presidente: A graça de nosso

Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.

Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Presidente: Nós vos adoramos, Se-nhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.

Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Presidente: “Vocês todos que pas-sam pelo caminho, olhem e prestem atenção: haverá dor semelhante à mi-nha dor?” (Lm 1, 12s)

Canto: Lamentos do Senhor.

Meditação das Sete Palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz

1ª Palavra: “Pai, perdoa-lhes por-que não sabem o que fazem!”(Lc 23,33-34)

Segue-se o primeiro sermão (os sermões sejam preferencialmente breves, não ultrapassando a duração de cinco minutos).

Presidente: Oremos.Jesus amado, que por amor a nós

agonizastes na cruz, a fim de pagar com vossas penas a dívida de nossos pecados e abristes vossa divina boca para obter-nos o perdão da justiça eterna: pelos méritos de vosso Pre-ciosíssimo Sangue derramado por nossa salvação, concedei-nos uma dor tão viva de nossas culpas que nos faça morrer no seio de vossa infinita

BIO

Page 8: No semana santa · A fraternidade, remédio para a violência Leigo: identidade, ministério e santidade! Dom Ercílio celebra 80 anos de vida PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO PÁG

Março de 20188

Misericórdia. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.

R. Amém.Presidente: Nós vos adoramos, Se-

nhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.Todos: Porque pela vossa Santa

Cruz remistes o mundo.

1º Salmo: Salmo 50(51)FOI CONTRA VÓS, SÓ CON-

TRA VÓS QUE EU PEQUEI,Ó MEU DEUS, MISERICÓR-

DIA E COMPAIXÃO!

Apaga-se a primeira vela.

2ª Palavra: “Eu te asseguro que hoje estarás comigo no paraíso!”(Lc 23,39-43)

Segue-se o segundo sermão (breve, com duração de 5 minutos).

Presidente: Oremos.Oh! Sangue adorável de nosso ama-

do Jesus, preço da redenção do mun-do e fonte de vida eterna que purificas nossas almas: nós vos adoramos pro-fundamente e queremos reparar com nossas adorações e nosso fervor todas as injúrias e ultrajes que continuamen-te recebeis dos homens, especialmente no Santíssimo Sacramento do altar. Nós vos adoramos, ó doce Jesus; im-prime em nossa alma a recordação de tua Sacratíssima Paixão. Vós que viveis e reinais para sempre.

Todos: Amém.Presidente: Nós vos adoramos, Se-

nhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.Todos: Porque pela vossa Santa

Cruz remistes o mundo.

2º Salmo: Salmo 102(101)Ó SENHOR, CHEGUE ATÉ

VÓS O MEU CLAMOR,NÃO ME OCULTEIS A VOSSA

FACE EM MINHA DOR!

Apaga-se a segunda vela.

3ª Palavra: “Mulher, eis aí o teu fi-lho... Aí está a tua Mãe” (Jo 19,25-27)

Segue-se o terceiro sermão (breve, com duração de 5 minutos).

Presidente: Oremos.Jesus amado, que por amor a nós

agonizastes na cruz e ignorando vos-sos sofrimentos nos deixastes em prenda de vosso amor vossa mesma Mãe Santíssima, para que por seu intermédio possamos recorrer con-fiantemente a vós em nossas maiores necessidades: pelo interior martírio

de uma tão amada Mãe, reavivai em nosso coração a firme esperança nos infinitos méritos de vosso Pre-ciosíssimo Sangue. Vós que viveis e reinais para sempre.

Todos: Amém.Presidente: Nós vos adoramos, Se-

nhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.Todos: Porque pela vossa Santa

Cruz remistes o mundo.

3º Salmo: Salmo 35(34)LEVANTAI-VOS, Ó, SE-

NHOR, VINDE LOGO EM MEU SOCORRO!

Apaga-se a terceira vela.

4ª Palavra: “Eloi, Eloi, lama sabac-tani” (Mc 33, 33-39 ou Mt 27,45-50)

Segue-se o quarto sermão (breve, com duração de 5 minutos).

Presidente: Oremos.Jesus amado, que por amor a nós

agonizastes na cruz e que, acumulan-do sofrimento a sofrimento, além de tantas dores no corpo, sofrestes com infinita paciência a mais penosa afli-ção de espírito por causa do abandono de vosso Eterno Pai: concedei-nos a graça de sofrer com verdadeira paci-ência todas as dores de nossa agonia, a fim de que, unidas as vossas às nossas penas, possamos depois participar de vossa glória no Paraíso. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.

Todos: Amém.Presidente: Nós vos adoramos, Se-

nhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.Todos: Porque pela vossa Santa

Cruz remistes o mundo.

4º Salmo: Salmo 22(21)MEU DEUS, MEU DEUS, POR-

QUE ME ABANDONASTES?

Apaga-se a quarta vela.

5ª Palavra: “Tenho sede!”(Jo 19,28-29)

Segue-se o quinto sermão (breve, com duração de 5 minutos).

Presidente: Oremos.Jesus amado, que por amor a nós

agonizastes na cruz e que, não sa-ciado ainda com tantos sofrimentos, quisestes sofrer maiores dores para a salvação de todos os homens: acendei tão vivo fogo de caridade em nosso coração que o faça abrasar-se inteira-mente com o desejo de unir-se a vós por toda a eternidade. Vós que viveis

e reinais para sempre.Todos: Amém.Presidente: Nós vos adoramos,

Senhor Jesus Cristo, e vos bendize-mos.

Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.

5º Salmo: Salmo 69(68)RESPONDEI-ME PELO VOSSO

IMENSO AMOR,PELA VOSSA SALVAÇÃO QUE

NUNCA FALHA!

Apaga-se a quinta vela.

6ª Palavra: “Tudo está consuma-do!” (Jo 19,30)

Segue-se o sexto sermão (breve, com duração de 5 minutos).

Presidente: Oremos.Jesus amado, que por amor a nós

agonizastes na cruz e desde esta cá-tedra de verdade anunciastes o cum-primento da obra de nossa Redenção, porque de filhos de ira e perdição, fo-mos feitos filhos de Deus e herdeiros do céu: desprendei-nos por completo do mundo como de nós mesmos, e no momento de nossa agonia, dai-nos a graça para oferecer-vos de coração os sacrifícios enfrentados na vida como meio de santificação. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos sé-culos.

Todos: Amém.Presidente: Nós vos adoramos, Se-

nhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.Todos: Porque pela vossa Santa

Cruz remistes o mundo.

6º Salmo: Salmo 140(139)TODOS OS OLHOS, Ó SE-

NHOR, EM VÓS ESPERAM,ESTAIS PERTO DE QUEM

PEDE VOSSA AJUDA!

Apaga-se a sexta vela.

7ª Palavra: “Pai, em tuas mãos en-trego o meu espírito!” (Lc 23,44-46)

Segue-se o último sermão (breve, com duração de 5 minutos).

Presidente: Oremos.Jesus amado, que por amor a nós

agonizastes na cruz e que em cum-primento de tão grande sacrifício aceitastes a vontade do Eterno Pai ao entregar em suas mãos vosso espírito para em seguida inclinar a cabeça e morrer: concedei-nos estarmos dis-postos a viver e a morrer segundo

seja a vós mais agradável, e que não suspiremos para nada mais além do perfeito cumprimento de vossa ado-rável vontade em nós. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.

Todos: Amém.Presidente: Nós vos adoramos, Se-

nhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.Todos: Porque pela vossa Santa

Cruz remistes o mundo.

7º Salmo: Salmo 30(31)Ó PAI, EM TUAS MÃOS, EU

ENTREGO O MEU ESPÍRITO!

O Presidente, com muita caute-la, erguerá a Menorá e irá abaixá-la atrás do Altar.

Enquanto isso, a assembleia bate nos bancos com os punhos, significan-do a descida de Jesus até a mansão dos mortos, o soar dos pregos no madeiro da Cruz e o terremoto que abalou a terra após a morte do Senhor.

O Presidente apaga a última vela e deixa a Menorá no altar.

O Presidente se prostrará no chão, significando o despojamento, a entrega e a dor pelos sofrimentos do Senhor. Enquanto isso, canta-se Perdão, meu Jesus.

Canto Final (após o canto, todos se retiram em silêncio e sem benção final. Estando a Igreja completamente vazia, o presidente pode se levantar e trancar as portas da igreja).

Perdão meu Jesus, perdão Deus de amor. Perdão, Deus clemente. Perdoai, Senhor.

Sem. Vinícius SoaresComissão Diocesana de Liturgia

BIOSEMANA SANTA

Page 9: No semana santa · A fraternidade, remédio para a violência Leigo: identidade, ministério e santidade! Dom Ercílio celebra 80 anos de vida PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO PÁG

IGREJA EM MISSÃO

Março de 2018

BIO

9

A missão: por que não?

Estimados leitores do BIO, che-gamos ao último texto da série sobre a missão, já encontramos

na Santíssima Trindade a fonte para todo agir missionário, também reco-nhecemos que a missão é parte essen-cial da natureza da Igreja, agora é a hora de nos questionar sobre a nossa atuação como agentes da Boa Nova.

"Ide, pois, fazei discí-pulos meus todos os po-vos". Mt 28,19

Quem são os destinatários des-te mandato de Jesus Cristo? Quem o Senhor envia para anunciar sua obra de salvação? Quem são os agentes de dilatação do Reino de Deus neste mundo?

Diante do belo testamento deixa-do por Jesus no final do Evangelho segundo Mateus, é realmente neces-sário se fazer todos os questionamen-tos acima listados.

O destinatário principal do mandato de Jesus é a Igreja, Esposa de Cristo, que tem o dever de anun-ciar, até o fim dos tempos, com seu exemplo e com a sua palavra, a fé que recebeu. De modo especial re-ceberam essa missão os sucessores dos Apóstolos, pois neles recai o

poder de ensinar com autoridade.Por sua vez, Dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário-

-Geral da CNBB, na apresentação do Documento Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade (Doc. 105), diz que “Os cristãos leigos e leigas receberam, pelo Batismo e pela Crisma, a graça de serem Igreja e, por isso, a graça de serem sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14)”. O Documento 105 enfatiza que o anúncio do Evangelho a todos os povos e a todos âmbitos da vida humana é missão especial dos leigos e leigas (cf. 168), o mesmo afirma o Decreto Ad Gen-tes: “os leigos colaboram na obra salvífica, ao mesmo tempo como testemunhas e como instrumentos vivos” (Ag 41).

Por fim, querido leitor, é necessário fazer ressoar em seu coração o apelo de Cristo para ir anunciar o Evan-gelho, tomar consciência que pelos Sacramentos da Ini-ciação Cristã, todos são responsáveis por dar testemunho de Jesus, anunciando a chegada do Reino de Deus e con-vidando a conversão. Mas, uma pergunta ecoa: como ser missionário? O primeiro passo para ser realmente missio-nário se faz através de um encontro real e impactante com Jesus Cristo, deixando com que o amor de Deus impregne todas as áreas da vida; o segundo passo é ir ao encontro do outro. Este “ir ao encontro do outro” começa dentro da própria família, passando pelos meios sociais em que se convive (trabalho e estudo) e por fim se engajando nas diversas pastorais, movimentos e associações que existe no seio da Igreja. Como já dizia São Francisco de Assis: “Pregue o Evangelho a todo tempo. Se necessário, use pala-vras”, a pregação do Evangelho começa com a mudança de atitudes, pelo testemunho daquele que realmente tem em si o “mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus” (Fl 2,5).

Papa Francisco convoca para outubro de 2019: mês de oração e reflexão sobre a missão Ad Gentes

“No espírito do ensino do Beato Paulo VI, desejo que a celebração dos 100 anos da Maximum Illud, no mês de Ou-tubro de 2019, seja um tempo propício a fim de que a ora-ção, o testemunho de todos os santos e mártires da missão, a reflexão bíblica e teológica, a catequese e a caridade mis-sionária contribuam para a evangelização, antes de mais, da Igreja, por forma a ela, uma vez encontrada a frescura e o ardor do primeiro amor pelo Senhor crucificado e ressusci-tado, possa evangelizar o mundo com credibilidade e eficá-cia evangélica.” (Discurso aos participantes da Assembleia das Pontifícias Obras Missionárias - POM - 2017).

Papa Francisco e a missão Ad Gentes

A dimensão missionária, que pertence à própria natureza da Igreja, é intrínseca a todas as formas de vida consagrada, e não pode ser negligenciada sem deixar um vazio que desfi-gura o carisma. A missão não é proselitismo ou mera estraté-gia; a missão faz parte da “gramática” da fé, é algo imprescin-dível para quem escuta a voz do Espírito que sussurra “vem” e “vai”. Quem segue Cristo se torna missionário e sabe que Jesus "caminha com ele, fala com ele e respira com ele. Sente Je-sus vivo junto com ele no compromisso missionário" (EG,266).

A missão é ter paixão por Jesus Cristo e ao mesmo tem-po paixão pelas pessoas. Quando nos colocamos em oração diante de Jesus crucificado, reconhecemos a grandeza do seu amor que nos dá dignidade e nos sustenta; e no mesmo momento percebemos que aquele amor que parte de seu coração transpassado se estende a todo o povo de Deus e a toda a humanidade; e assim sentimos também que Ele quer servir-se de nós para chegar cada vez mais perto de seu povo amado (cf. ibid., 268) e de todos aqueles que o procuram de coração sincero. No mandamento de Jesus: “ide”, existem cenários e sempre novos desafios para a mis-são evangelizadora da Igreja. Nela, todos são chamados a anunciar o Evangelho por meio do seu testemunho de vida; e os consagrados, especialmente, são convidados a ouvir a voz do Espírito que os chama para ir rumo às grandes peri-ferias da missão, entre as pessoas que ainda não receberam o Evangelho. (Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões de 2015).

Diácono Dênis MendesDurante a assembleia da POM, o papa declarou outubro de 2019, o

mês extraordinário de oração e reflexão sobre a missão.

L'osservatore romano

Arquivo pessoal

Page 10: No semana santa · A fraternidade, remédio para a violência Leigo: identidade, ministério e santidade! Dom Ercílio celebra 80 anos de vida PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO PÁG

Março de 2018

BIO

10

Parabéns Dom Ercílio pelos 80 anos de vida!Completados em 13 de março de 2018, a Diocese de Osasco se alegra pelo 80º aniversário natalício de Dom Ercílio Turco. Que grande alegria poder fazer parte da história deste servo de Deus fiel,

homem de fé e testemunha da esperança!

Dom Ercílio nasceu em Campinas, SP, em 13 de março de 1938. Filho de Francisco Turco e Ignez Canossa Turco, último dos irmãos

Oswaldo, Antônio, José e Terezinha.Cursou o estudo primário (1ª – 4ª séries) no Gru-

po Escolar Adalberto Nascimento, o Ginásio na Esco-la Técnica Bento Cheurino (5ª – 8ª séries). Terminou seus estudos no Seminário da Imaculada, em Cam-pinas, em 1955. No Seminário Central do Ipiranga, em São Paulo (SP), fez seus estudos de Filosofia e na Faculdade Nossa Senhora da Assunção, também em São Paulo, cursou e concluiu a Teologia.

Foi ordenado sacerdote em Campinas, no dia 1º de dezembro de 1963, por Dom Paulo de Tarso Campos, naquela época Arcebispo Metropolitano de Campinas.

Em 18 de novembro de 1989, foi nomeado, pelo Papa João Paulo II, o terceiro Bispo de Limeira (SP), sendo ordenado no dia 04 de fevereiro de 1990, por Dom Gil-berto Pereira Lopes, Arcebispo Metropolitano de Cam-pinas, tomando posse em 08 de fevereiro de 1990.

Em 24 de abril de 2002 foi transferido, pelo Papa João Paulo II, para a Diocese de Osasco (SP). Tomado posse aos 30 dias do mês de junho no corrente ano.

Conforme o Cân. 401 do Código de Direito Canôni-co apresentou sua renúncia por motivo de idade ao Santo Padre Francisco, no dia 14 de março de 2013, sendo que a renúncia foi aceita no dia 16 de abril de 2014. Atualmente, exerce a função de bispo emérito da Diocese de Osasco.

Nossas orações e carinho ao nosso bispo emérito Dom Ercílio Turco.

Arquivo pessoal

Page 11: No semana santa · A fraternidade, remédio para a violência Leigo: identidade, ministério e santidade! Dom Ercílio celebra 80 anos de vida PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO PÁG

PAPA

Março de 2018

BIO

11

Mensagem para a Quaresma 2018

Amados irmãos e irmãs!Mais uma vez vamos en-contrar-nos com a Páscoa

do Senhor! Todos os anos, com a finalidade de nos preparar para ela, Deus na sua providência oferece-nos a Quaresma, «sinal sacramental da nossa conversão», que anuncia e tor-na possível voltar ao Senhor de todo o coração e com toda a nossa vida.

Com a presente mensagem desejo, este ano também, ajudar toda a Igreja a viver, neste tempo de graça, com alegria e verdade; faço-o deixando-me inspi-rar pela seguinte afirmação de Jesus, que aparece no evangelho de Mateus: «Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos» (24, 12).

Esta frase situa-se no discurso que trata do fim dos tempos, pronuncia-do em Jerusalém, no Monte das Oli-veiras, precisamente onde terá início a paixão do Senhor. Dando resposta a uma pergunta dos discípulos, Jesus anuncia uma grande tribulação e des-creve a situação em que poderia en-contrar-se a comunidade dos crentes: à vista de fenômenos espaventosos, alguns falsos profetas enganarão a muitos, a ponto de ameaçar apagar--se, nos corações, o amor que é o cen-tro de todo o Evangelho.

"Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos". (Mt 24, 12)

Os falsos profetasQuantos filhos de Deus aca-

bam encandeados pelas adulações de um prazer de poucos instantes que se confunde com a felicidade! Quantos homens e mulheres vivem fascinados pela ilusão do dinheiro, quando este, na realidade, os torna escravos do lucro ou de interesses mesquinhos! Quantos vivem pen-sando que se bastam a si mesmos e caem vítimas da solidão!

Quantos acabam enredados numa vida completamente virtual, onde as relações parecem mais sim-ples e ágeis, mas depois revelam-se dramaticamente sem sentido! Estes impostores, ao mesmo tempo que oferecem coisas sem valor, tiram aquilo que é mais precioso como a dignidade, a liberdade e a capacida-de de amar. É o engano da vaidade, que nos leva a fazer a figura de pa-vões para, depois, nos precipitar no ridículo; e, do ridículo, não se volta atrás. Não nos admiremos! Desde sempre o demônio, que é «menti-roso e pai da mentira» (Jo 8, 44), apresenta o mal como bem e o falso como verdadeiro, para confundir o coração do homem.

Um coração frioNa Divina Comédia, ao descrever

o Inferno, Dante Alighieri imagina o diabo sentado num trono de gelo; habita no gelo do amor sufocado. Interroguemo-nos então: Como se resfria o amor em nós? Quais são os sinais indicadores de que o amor corre o risco de se apagar em nós?

O que apaga o amor é, antes de mais nada, a ganância do dinhei-ro, «raiz de todos os males» (1 Tm 6, 10); depois dela, vem a recusa de Deus e, consequentemente, de en-contrar consolação n'Ele, preferindo a nossa desolação ao conforto da sua Palavra e dos Sacramentos.

A própria criação é testemunha silenciosa deste resfriamento do amor: a terra está envenenada por resíduos lançados por negligência e por interesses... E o amor resfria-se também nas nossas comunidades: na Exortação Apostólica Evange-lii Gaudium procurei descrever os sinais mais evidentes desta falta de amor. São eles a acédia egoísta, o pessimismo estéril, a tentação de se isolar empenhando-se em contínu-as guerras fratricidas, a mentalida-de mundana que induz a ocupar-se apenas do que dá nas vistas, redu-zindo assim o ardor missionário.

Que fazer?Se porventura detectamos, no

nosso íntimo e ao nosso redor, os sinais acabados de descrever, saiba-mos que, a par do remédio por vezes amargo da verdade, a Igreja, nossa mãe e mestra, nos oferece, neste tem-po de Quaresma, o remédio doce da oração, da esmola e do jejum.

Dedicando mais tempo à ora-ção, possibilitamos ao nosso co-ração descobrir as mentiras secre-tas, com que nos enganamos a nós mesmos, para procurar finalmente a consolação em Deus.

A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos! Como gostaria que, como cristãos,

seguíssemos o exemplo dos Apósto-los e víssemos, na possibilidade de partilhar com os outros os nossos bens, um testemunho concreto da comunhão que vivemos na Igreja.

Por fim, o jejum tira força à nossa violência, desarma-nos, constituin-do uma importante ocasião de cres-cimento. Por um lado, permite-nos experimentar o que sentem quantos não possuem sequer o mínimo ne-cessário, provando dia a dia as mor-deduras da fome. Por outro, expressa a condição do nosso espírito, famin-to de bondade e sedento da vida de Deus. O jejum desperta-nos, torna--nos mais atentos a Deus e ao próxi-mo, reanima a vontade de obedecer a Deus, o único que sacia a nossa fome.

Gostaria que a minha voz ultra-passasse as fronteiras da Igreja Cató-lica, alcançando a todos vós, homens e mulheres de boa vontade, abertos à escuta de Deus.

O fogo da PáscoaConvido, sobretudo os membros

da Igreja, a empreender com ardor o caminho da Quaresma, apoiados na esmola, no jejum e na oração. Se por vezes parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração de Deus! Ele sempre nos dá novas ocasiões, para podermos recomeçar a amar.

Na noite de Páscoa, reviveremos o sugestivo rito de acender o círio pascal: a luz, tirada do «lume novo», pouco a pouco expulsará a escuri-dão e iluminará a assembleia litúrgi-ca. «A luz de Cristo, gloriosamente ressuscitado, nos dissipe as trevas do coração e do espírito», para que todos possamos reviver a experiên-cia dos discípulos de Emaús: ouvir a palavra do Senhor e alimentar-nos do Pão Eucarístico permitirá que o nosso coração volte a inflamar-se de fé, esperança e amor.

Abençoo-vos de coração e rezo por vós. Não vos esqueçais de rezar por mim.

Trecho da Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2018.

Vaticano, 1 de Novembro de 2017. Solenidade de Todos os Santos.

Page 12: No semana santa · A fraternidade, remédio para a violência Leigo: identidade, ministério e santidade! Dom Ercílio celebra 80 anos de vida PALAVRA DO BISPO ANO DO LAICATO PÁG

ANO DO LAICATO

Agenda Diocesana

13/03• Aniversário Natalício de Dom Ercílio• 5º Ano da Eleição do Papa Francisco

13 a 15/03• Formação Permanente do Clero Ibaté

15/03• 29º Aniversário da Criação da Diocese de Osasco

19/03• Solenidade – São José: Esposo da BVM, Patrono da Igreja Universal

25/03• Domingo de Ramos da Paixão do Senhor (Coleta da CF-2018)• 11º Aniversário de Ordenação Episcopal de Dom João Bosco

28/03• 20h - Missa do Crisma (Santos Óleos) e envio dos diáconos (Missão Pemba)Catedral Santo Antônio

29/03• Quinta-feira da Ceia do Senhor

30/03• Sexta-feira da Paixão do Senhor (coleta p/ os lugares santos)

31/03• Sábado Santo

01/04• Domingo da Páscoa da Ressurreição do Senhor

07/04• 9h às 11h30 - Encontro da CRB OsascoCentro Pastoral

08/04• 2º Domingo da Páscoa – Divina Misericórdia

14/04• 14h – Apostolado da Oração – Hora SantaCatedral Santo Antônio

Março de 2018

BIO

12

Leigo: identidade, ministério e santidade!

Entendendo que o leigo é o protagonista da missão em sua vocação, o testemunho a caridade são os lugares de sua identidade, uma vez que seu testemunho de

fé depende da sua própria adesão e caráter batismal, assim, ajuda a Igreja contribuindo no mundo nos âmbitos secula-res, servindo a Palavra, e sendo a Palavra viva de Cristo. O leigo católico trabalha claramente a característica específi-ca de sua vocação, sendo santificador, desempenhado com serviço, o que é um papel importante para Igreja.

Todo cristão batizado participa do múnus sacerdo-tal, profético e real de Cristo, o seu apostolado é na pró-pria missão salvífica da Igreja, missão aos quais todos são destinados pelo Senhor. A vocação laical vem de acordo à santidade pessoal e seu apostolado, que é o ponto essencial da vida laical numa vocação específica, partindo-se do seio da Igreja, fazendo-se aos leigos, se compete por vocação, buscar o Reino de Deus, cuidando das coisas temporais e conduzindo-as a Deus (LG, 31).

Sendo assim, eles devem ser dedicados às suas funções, sejam estas sociais, profissionais ou familiares, atendendo assim ao chamado para contribuir dentro e fora da Igreja, sendo fermento para santificação do mundo, conduzidos pelo espírito evangélico, manifestando em sua vida e pro-fessado pelo fulgor da esperança e da caridade.

A presença eclesial em situações específicas possui sen-tido valioso, onde vemos os papéis invertidos, em relação a clérigos e a leigos. A evangelização do mundo só terá uma veracidade quando cada um encontrar o significado de sua atuação no mundo. Os leigos são testemunhas eficazes do evangelho em determinadas realidades, por esse motivo os leigos são chamados de modo especial a tornar presente e operante a Igreja naqueles lugares e circunstâncias onde ela não pode ser o “sal e terra”, senão, por meio deles (LG, 33).

A Igreja é luz dos povos em Cristo. Cristo é sol da “jus-tiça”, e a Igreja reflete a luz do verdadeiro sol. A Igreja só pode ser em Cristo como sacramento, isto é, “sinal”, “ins-trumento”, uma Igreja formada em uma sociedade em re-lação. A partir do Concílio Vaticano II, o leigo deixa de ser objeto e passa a ser sujeito protagonista, de fato, há uma redefinição da própria Identidade, que marca a índo-

le secular, que junto com seu o testemunho, interfere no próprio agir do leigo no mundo.

A ação do leigo, entendeu-se que deve ser na família, posteriormente no trabalho, na política [...]. É uma ação que sai de um serviço fechado em si mesmo para ir ao mundo, sendo a centralidade, o testemunho, que deve passar pela categoria do amor, que pressupõe acolhimento.

O concílio do Vaticano II recupera a palavra mistério, ou seja, a sacramentalidade da Igreja como conceitos de fi-liação e fraternidade. O teólogo Congar vai dizer: O que deve ser Igreja? “Igreja seja aquilo que tu és”, ou seja, ser mistério, pois a Igreja deve ser aquilo que ela é. A condição e mistério da Igreja estão ligados à sua natureza, quando trabalhamos o conceito próprio de imanência, de acordo a um conceito trinitário, a base é ser comunhão, assim como a trindade é própria da natureza da Igreja.

Entende-se o laicato, a partir da condição própria de “Povo de Deus”, sendo um processo de incorporação do ponto de vista de sua participação. Participação essa que está inserida no corpo de Cristo! É uma incorporação em Cristo. Somos ligados a Ele pelo batismo, isto é, participa-mos do múnus de Cristo.

A Igreja na sua realidade é chamada Igreja de Cristo, porque ela é esse precioso bem que se adquire com o san-gue redentor (At 20,28). Se pertence a Cristo, é porque Ele está presente e operante dentro dela. “[...] Cristo se insere na história e no mundo como sumo sacerdote, rei e profeta da nova aliança” (LG, 34). O povo de Deus participa do seu sacerdócio, de sua missão profética, de sua função ré-gia. Em cada cristão, em cada membro do povo de Deus, Cristo quer dar sua continuidade da sua missão (LG, 33b). Todo aquele que participa da Igreja pelo sacramento do batismo recebe esta consagração.

• O leigo colocado em evidência no Concílio Vaticano II, há uma “Teologia do Povo de Deus”; e o pós-concílio inse-re uma eclesiologia de comunhão. Os leigos estão qualifica-dos para testemunhar o evangelho, isto é, para ser Igreja no mundo em que vivem pela consagração batismal. A voca-ção na Igreja está relacionada pela graça recebida, e o cristão leigo sendo este testemunho vivo responsável pelo evange-lho, mostra a Igreja atuando no mundo através do serviço desempenhado pelos leigos, entende-se que o mesmo está ligado à Igreja. Sendo “Igreja” uma comunidade de salvação, os leigos são protagonistas na Igreja, são sujeitos no mundo e ativos dentro do povo de Deus, sendo participação. Portan-to, deixamos uma pergunta para meditar em suas orações e ação. Entendendo que o leigo tem sua identidade enquanto consagrado no batismo: Como leigo exercendo o meu mi-nistério, tenho feito a busca da santidade, operando na Igreja e no mundo com presença batismal?

Sem. Diego Medeiros

Imagem da Internet