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Nœmero 07 R$ 1,00 Walter Ghelman

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Número 07 R$ 1,00

Walter Ghelman

id1581444 pdfMachine by Broadgun Software - a great PDF writer! - a great PDF creator! - http://www.pdfmachine.com http://www.broadgun.com

Expediente

14 de dezembro de 2007

Edição: Marina Carvalho, Renata Fernandez e Ricardo

Campos.

Casa Verde

Rua Jornalista Orlando Dantas, Nº5. Botafogo

Tel: 25515404

www.hospitaldiacasaverde.com.br

Casa Verde Breve histórico

O Núcleo de Atenção à Saúde Mental Casa Verde

nasceu em 1994, a partir do encontro de profissionais do campo da Saúde Mental. Idealizaram, então, uma

forma de atendimento na qual aqueles que são

excluídos, em virtude de sua problemática mental,

encontram o que chamamos de uma clínica do

cotidiano. Esta clínica caracteriza-se por uma atenção

singular dentro de um coletivo, ou seja, cada cliente é

acompanhado em sua trajetória de vida ao mesmo tempo em que participa das relações que se estabelecem

entre todos os freqüentadores da casa. Buscamos com

isso a construção e o fortalecimento dos laços sociais e

afetivos do sujeito. O cotidiano da casa é construído a

partir da oferta de diversas atividades, tais como oficinas, grupos e passeios, buscando criar um ambiente acolhedor, criativo, heterogêneo e vivo, muito diferente

do ambiente dos velhos e empoeirados hospitais psiquiátricos. O Casa Verde é, portanto, um local

gerador de relações, questionamentos e vida para todos

aqueles que dele se aproximam. Projeto Lazer

Viagens de fim de semana Saraus culturais Visitas a centros culturais Eventos em Datas comemorativas Atividades acadêmicas

Cursos, palestras, seminários e estágio supervisionado para estudantes de psicologia, medicina, serviço social.

Oficinas

Inglês Teatro Musicoterapia Substâncias Pintura Argila

Acompanhamento Terapêutico

A equipe de Acompanhamento Terapêutico tem como

objetivos: Favorecer os laços sociais e afetivos do sujeito Ajuda-lo a compreender e amenizar seu sofrimento Acompanha-lo em situações de seu cotidiano Auxiliar na dinâmica familiar Favorecer a adesão ao tratamento médico e

psicoterapêutico

Projeto Despertar

Serviço de atendimento psicossocial que trata de pacientes usuários de drogas e de álcool, oferecendo a

sua clientela atendimento psicológico especifico

realizado em grupo, assim como terapêuticas,

orientação e apoio à família, projetos de reinserção

social e de prevenção à recaída

Atendimentos

Individuais, grupais e familiares Horário de Funcionamento

De Segunda a sexta-feira Das 9 às 17 horas

Informática Reflexão e Relaxamento Jornal Origami Futebol

Editorial

Como todos já devem ter percebido nosso Jornal mudou o formato. Sentimos necessidade de mais espaço para escrever, mas na impossibilidade financeira de colocar mais uma folha do formato A3, partimos para o formato A4. Ganhamos espaço e ganhamos também no preço, pois a impressão A4 é bem mais barata e assim podemos vender o jornal por apenas R$ 1,00. Assim ampliamos a rede do jornal abrindo espaço para outros projetos que acontecem no Casa Verde como foi o caso, nesta edição, do Acompanhamento Terapêutico e do Projeto Despertar. Agradecemos a participação de todos que enviaram textos e se interessaram em fazer parte deste número. Pretendemos, a partir de agora, fazer da capa do jornal um lugar de expressão artística. Começamos com o nosso querido Walter e estamos aguardando sugestões para a próxima. Um bom Natal para todos vocês. Um ano novo cheio de realizações. E que nosoo jornal siga por aí para poder comemorar, no ano que vem, mais um natal juntos. Abraços da Equipe

Comissão para Ações de Cidadania- CAC Em épocas de chuva nós, casaverdeanos, vivenciamos um problema muito sério e mal cheiroso: o

transbordamento do esgoto bem em frente a nossa casa. Este problema vem desde nossa mudança para o atual

endereço e nunca nada foi feito até hoje além de telefonemas sem resultados para a Cedae e para os jornais da

cidade. Há aproximadamente 04 meses este transtorno começou a feder novamente o que nos mobilizou a ponto

de montarmos uma comissão para pensar alternativas para resolvê-lo. A Comissão para Ações de Cidadania começou a se reunir semanalmente contando com a participação

de, basicamente: Conrado, Rafael, Paulo R., Leonardo P., Leonardo L., Pedro, Ana Lúcia, Adriana e Natália. A

primeira medida tomada pela CAC foi produzir um abaixo-assinado e passá-lo nos centros comerciais da rua e na área residencial. Com exceção da Faculdade de Dança Angel Viana, houve pouca adesão dos comerciantes.

Os moradores, por sua vez, têm se preocupado bastante com esta questão e aderido à nossa campanha. Um dos marcos da trajetória da CAC até aqui foi a reunião realizada juntamente com Regina (Presidente

da Associação de Moradores de Botafogo - AMAB). Regina nos orientou acerca do descaso da Cedae perante a Zona Sul, ajudando-nos, com isso, a elaborar estratégias mais eficazes. CAC percebe o efeito de seu trabalho bem como da mobilização das pessoas da casa as duas

reportagens publicadas no jornal �O Globo�. A primeira delas, fruto da insistência da administradora da casa

Carolina, e a segunda dos próprios membros da comissão. Todos conseguiram este resultado a partir de

inúmeros e-mails enviados ao jornal. A CAC está voltada também para outros projetos de cidadania como a poda das raízes das árvores da R.

Jornalista Orlando Dantas (que crescem e destroem a calçada da rua); a coleta seletiva dentro da própria casa e

a redução do uso excessivo de copos plásticos. Ela continua se reunindo todas as sextas-feiras a partir das 14:30. Felicidade na sua nova jornada, etapa viva, viva, viva. Leonardo P.

O Luiz César é uma boa pessoa. Ele tem uma filha linda. José Duarte

Luiz César, espero que você seja bem feliz, você é uma pessoa maravilhosa! Silvinha

Luiz César é uma boa pessoa. Marlene

Luiz César, você foi um grande amigo. Rafael C.

Luiz César, feliz Natal. Lú

Luiz César, desejo que você seja feliz aonde você for. Alfredo

Meu amigo, psicólogo de sete anos. Me deixa com lágrimas nos olhos só de pensar que ele saiu do Casa Verde. Só desejo a ele muita felicidade junto a sua família.

Beijos sua amiga e paciente Margarida Coelho Amorim. Feliz 2008.

Luiz, sinto falto do dia a dia, mas saber que você continua na nossa luta é bem legal. Abraços, Carmen.

Luiz, quando penso nos turnos que fizemos juntos lembro-me da energia que você trocava com a casa, sempre muito forte e contagiante. Tenho certeza que o HD ficou diferente com a sua partida! Que você continue trocando essa vibração com

as pessoas que você encontrar ao longo de sua vida! Um grande abraço, Marina.

Quero agradecer toda a força que você deu durante o meu estágio e continua dando até hoje. Sempre foi bom escutar um incentivo seu. Como escreve Clarice Lispector: �O próximo instante é feito por mim! Ou se faz sozinho? Fazemo-lo juntos com a respiração. E com uma desenvoltura de toureiro na arena.� Obrigada, Renata

Luiz César foi estagiário da Casa e depois técnico durante anos. Deixou o

hospital-dia, mas continua na Casa trabalhando em outros projetos. É com

grande carinho que o Jornal faz esta homenagem a você que sempre foi uma

pessoa presente, amiga, alegre e disposta a nos escutar. Boa sorte neste novo

caminho

Luiz César, feliz Natal. Lú

Luiz César é uma boa pessoa. Marlene

Um grande abraço, Luiz.

Tudo de bom. Você fez grandes coisas pelo Casa Verde. Pedro

Luiz, escolhas aqui, escolhas ali. Assim um caminho, assim uma vida. Mas não

importa o que, continuamos juntos como a substância da estrada....Um abraço,

Marcelo.

Algumas palavras sobre a clínica do AT - Fernanda Passarelli Hamann No Brasil, a figura do acompanhante terapêutico � AT para os íntimos � ainda é menos conhecida do que deveria. Mais difundida em países como a nossa vizinha Argentina, esta função tem ganhado mais espaço a partir dos novos

paradigmas de atenção em Saúde Mental, caros à Reforma Psiquiátrica brasileira. Os ideais de autonomia, rede,

cidadania, entre outros imprescindíveis à clínica que a Reforma quer construir, se articulam com o acompanhamento

terapêutico de maneira privilegiada. A figura do AT deriva do que surgiu inicialmente como auxiliar psiquiátrico: estudantes de medicina que

poderiam acompanhar o paciente para além das paredes do consultório médico. Entretanto, como o próprio termo sugere,

o auxiliar psiquiátrico submetia sua prática ao saber médico, e não mantinha necessariamente qualquer responsabilidade

com uma escuta ao paciente enquanto sujeito. Sua função evoluiu então para o que se passou a nomear de amigo

qualificado � alguém que teria uma relação de maior proximidade com o paciente do que o médico, relação dita

�qualificada� porque não se igualaria à de um amigo qualquer. No entanto, esta segunda nomeação também se mostrou

inadequada, na medida que um trabalho terapêutico exercido por um profissional e confundido com uma amizade pode

acarretar uma série de complicações, como bem sabemos, derivadas das tramas que se complexificam na transferência.

Finalmente, chegou-se ao termo acompanhante terapêutico: aquele que é terapeuta, e que acompanha. Acompanha a quem, por quê, para quê? As funções do AT são várias, mas se mostram especialmente ricas no

caso de pacientes psicóticos ou usuários de drogas. Não raro, o AT oferece um suporte que falta ao sujeito para realizar

ações do cotidiano que à maioria das pessoas pareceriam banais � tirar um documento, ir ao supermercado, chegar a uma consulta no dentista. Pode-se atuar de forma intensiva no sentido de evitar uma internação, oferecendo um contorno ao

sujeito desorganizado num momento de crise, ou realizar um trabalho a longo prazo, de construção de rede, de laços

sociais, de possibilidade de apropriação do território, etc. Funções tão importantes não poderiam faltar num núcleo de assistência em Saúde Mental como o Casa Verde se

propõe a ser. Assim, o nosso grupo de AT tem se mantido � apesar de uma circulação de membros característica a

qualquer grupo após anos de funcionamento � a partir de reuniões semanais de supervisão. Nestas reuniões, discutimos

casos e conversamos sobre questões clínicas, com base em experiências anteriores e em referenciais teóricos. Referenciais

que transbordam às nossas discussões e inspiram nossa escuta, na construção de uma clínica nova e instigante, que nos

convida, a cada momento, a uma ousada e constante reinvenção. MEMBROS DA EQUIPE DE AT DO CASA VERDE: Supervisor: Luiz Cezar Inem. Terapeutas: Cíntia Gomes, Felipe Huthmacher,

Fernanda Costa, Fernanda Passarelli, Flavio Vieira Souza, Gustavo Fonseca, Mariana Martins, Natalia Gil e Taísa Castilho.

Canto do Conto

Envie a sua sugestão de conto para nós! Participe através da Reunião do Jornal ou mande

um e-mail para nosso grupo: [email protected]

Uma viagem a Chicago Valéria Cardoso

Era uma moça chamada shirles que morava em NY, dançava em cabaré, fazia strip tease, era muito cobiçada pelos

homens. Era casada com Pedro. Pedro a deixava trabalhar no cabaré, nunca teve ciúmes. Um dia shirles foi chamada para dançar num cabaré em Chicago. Então ela viajou com Pedro para Chicago.

Quando estava dançando ela conheceu Diogo e se apaixonou por ele, amor a primeira vista. E ele se apaixonou por ela. Então começaram a marcar encontros e Pedro nem desconfiava. Diogo era uma pessoa sem caráter, ele era ladrão, assaltou uma relojoaria e levou muitas pulseiras e muitos

relógios. Sorte dele que a polícia não pegou. E shirles não enxergava nada, era apaixonada por ela; ala não sabia que ele

era ladrão. Então Diogo foi além: assaltou um banco em Chicago e foi pego pela policia. Nisso, ele contou para Shirles, e

Shirles pagou um bom advogado para ele e conseguiu liberdade condicional. Shirles fez Diogo prometer a ela que não iria

mais roubar porque ele estava em liberdade condicional e se ele roubasse de novo iria para a cadeia, preso. Num belo dia, Shirles estava abraçada com Diogo na rua e Pedro pegou flagrante. Nisso, Pedro deu um soco na

cara de Diogo. Pedro foi preso, pegou muitos anos de cadeia e Shirles ia visitar Pedro na cadeia. Shirles pedia muito perdão a Pedro pela traição que cometia. Pedro já tinha 10 anos na cadeia, preso, e pode tirar liberdade condicional. Pedro perdoou Shirles e tiveram um filho chamado George e foram felizes para sempre.

Você conhece a turma dos Embalos de Sábado à tarde?

Sabe o que eles andam aprontando por aí? Se a resposta para

qualquer uma dessas perguntas for não, então está na hora de

você ficar por dentro. Nós, que participamos dos �Embalos�,

queremos aproveitar o nosso espaço no jornal da casa para

dizer a todos o que anda acontecendo aos sábados à tarde nos

mais diversos lugares da cidade. Para inicio de conversa, o pessoal dos Embalos não

gosta de ficar em casa nas tardes de sábado. Por isso, nos

reunimos e aproveitamos o dia ao ar livre, seja visitando o Jardim Zoológico, seja curtindo um dia de praia ou até mesmo

passeando pela Feira de São Cristóvão. De quinze em quinze

dias, combinamos todos juntos algum programa e saímos para

rua a fim de nos divertir. Nesses momentos, estagiários e

pacientes compartilham juntos algumas horas de descontração

que alegram o nosso fim de semana. Atualmente, a turma dos Embalos conta com a participação dos seguintes componentes: Fernanda

Passarelli, Fábio, Conrado, Felipe, Sérgio e Ana Lúcia. Somos poucos, mas sabemos nos divertir. Se você quiser

fazer parte desse pessoal que não abre mão de estar descobrindo novos cantos da cidade nos sábados à tarde é só

falar com qualquer um de nós. Serão todos bem-vindos neste grupo que está sempre à procura de novos

companheiros de diversão. Até o próximo passeio. Felipe e Conrado.

Nos Embalos

de

sábado à tarde

Foi ótimo, trabalhei à beça. Fiquei na portaria arrecadando as entradas e atendendo telefone. Como eu acabei de retornar de Brasília por causa do problema de saúde do Carlinhos; ontem liguei para ele e ele falou que não estava bem, nada bem. Eu falo

no Carlinhos e trabalhei para me ocupar e não pensar tanto nos problemas. Lavei muito prato e enxuguei, espero que no próximo tenham mais consciência e repartam o dinheiro com os que mais

trabalharam. Só recebi R$ 27,50. (Margarida Coelho Amorim)

O Sarau foi muitíssimo interessante! Muita confraternização, muito diálogo e muita música. As comidinhas estavam

excelentes! Marcelo e Ana Paula realmente deram conta do recado... Quando o Sarau ainda estava começando eu tive quase

certeza que estas comidinhas não iam dar certo, pois eu achava que o atendimento estava muito devagar. Mas depois eu comecei admiravelmente perceber que a coisa estava dando certo. Graças a competência e habilidade culinária de nossos cozinheiros.

Fora aqueles que também ajudaram na limpeza das louças que foram fora de série! Infelizmente nem tudo é perfeito e nosso aparelho de som que ficava na sala foi furtado. Este fato foi lamentável e

envergonha a todos nós. Fato triste e inacreditável, pois uma festa tão linda terminar sem som é realmente triste. Penso que

devemos refletir sobre tal fato e rezar para que nunca mais volte a acontecer. (Cássia) O sarau foi muito legal. Foi muito boa nossa apresentação no teatro. Eu, Glória e Pedro nos saímos muito bem. Eu

gostei muito da parte de poesia. (Sérgio)

Felipe e Sérgio no Zoológico

�Felipe, faz carinho�; �Ei, você,

faz carinho no meu suvaco�; �Felipe, eu tô bem hoje?�; �Aqui

na casa verde tem regra? Eu posso fazer o que eu quero?� ;

�Felipe, vai pagar o café hoje?�;

�Um, dois três: tira a roupa!� A

eternidade dessas falas fazem agora parte do meu corpo. Saudades dessa casa, que por um ano foi um lar... Felipe

Amigos Casaverdeanos, Está começando nossa

despedida...Vou sentir muita falta do convívio com todos

vocês, foi uma experiência muito

especial! Valeu, Conrado

Conhecer vocês foi o ponto alto de 2007. Conviver com

vocês foi muito rico e gratificante. Amar vocês foi

conseqüência. Muito obrigada pelo ano maravilhoso que

passamos juntos. Adriana

Despedida é uma palavra muito forte.

Apesar de estar saindo fisicamente do Casa Verde, quero sempre poder estar no espírito de uma casa que para mim

foi um referencial de trabalho, de encontro, de aprendizado, de vida. Foi nessa casa maravilhosa que pude não

somente caminhar junto com os pacientes, mas descobrir um pouco mais de mim mesma com eles. Obrigada a todos que puderam compartilhar comigo essa experiência!

Um grande abraço, Aline."

Teatro no Sarau Achei que foi tudo bem, foi perfeito, apesar de eu ter perdido uma calça preta. Minha calça sumiu misteriosamente. Me senti muito confortável porque o clima estava bom: ar condicionado, pano cor de abóbora com preto. Fiquei mais à vontade que nos ensaios. Eu estou sentindo que minha vida de exército eu estou esquecendo. Eu estou sendo o que eu era antes. Eu não queria ser do exército, eu estou sendo eu mesmo e o teatro está me ajudando a conseguir isso. Sociabiliza. Sociabilizar é virar gente de novo. (Daniel R.) Adorei ajudar vocês. Aprendi muito. Me senti muito responsável. (Lia) Eu adorei a participação da Dona Glória e do Daniel. A minha participação foi ser mãe do Daniel, eu achava que faltava dizer pro meu filho: �Oh, meu filho, a escola custa muito caro e você ficava brincando de ficar jogando gaivotas�. (Mariana) Eu fiz o que pude para dar certo, e tudo saiu certo. Como diretora da escola mostrei muita exigência. (Glória) Eu achei muito bom, achei maravilhoso! Desde o primeiro que eu participo do teatro. Eu pensei que minha irmã não ia deixar eu ir. Minha participação foi maravilhosa. Falta arrumar um porta retrato para a foto do Wanderley. (Diana) Gostei de trabalhar com a Glorinha, ela é uma boa atriz. Muita adrenalina para trabalhar no teatro. (Pedro) Foi a primeira vez que eu vi o teatro. Gostei muito das histórias, achei-as bem interessante. Eu gostei muito da participação de todos, estão bem ensaiados. Estão todos de parabéns! (Marina)

É difícil falar, num momento de

partida, de um lugar que me proporcionou tantos sentimentos. Apesar de ainda não ter realizado,

tenho certeza que levarei todos vocês comigo. Obrigada por tudo.

Beijos saudosos, Ana Thereza.

Violência

A loucura vem quando a gente menos espera. Ela chega de repente e torna nossa vida um inferno. Mas aos poucos ela vai indo embora,

não totalmente, mas ela fica branda. O

ambiente onde a gente viveu na infância e

adolescência ou mesmo quando a gente

chega a maior idade faz com que a loucura se aproxime quase desapercebida até se tornar

um mal. Eu vou ter que tomar remédios até

morrer, mas isso não me aflige. Espero que a

minha loucura e meus inimigos fiquem bem longe de mim.

Quando você está em um recinto e percebe que no

outro há pessoas falando da sua vida e de seu

cotidiano, abra a porta e converse com elas. Isso faz

desarmar a paranóia porque o que elas falam não tem

nada a ver com você.

Métodos para lidar com a

PARANÓIA:

Quando você andar na rua e ouvir coisas a

seu respeito, compre um fone de ouvido.

Quando você está em casa deitado na cama

(que é a hora pior) e sente que a TV está

falando com você, mude de canal. De

preferência troque para a TV Senado

porque só fala de política.

O Brasil não tem pena de morte oficial, mas extra oficialmente tem. Basta que o indivíduo seja

suspeito de crime de tráfico de drogas, invariavelmente ele é morto, principalmente se está usando arma. Essa

morte nunca é investigada, para se ter uma idéia a conclusão da investigação de crime pela inteligência de

polícia está reduzida a menos de quatro por cento. O Brasil não tem polícia para proteger o cidadão comum das suas próprias balas perdidas. As penas de prisão deveriam ser modificadas porque o período de prisão pode ser reduzido em 1/6 por

bom comportamento do preso, inclusive os homicidas. A mídia contribui para a divulgação da violência criando uma cultura do medo que exacerba tanto que chega as raias da paranóia. Um exemplo dessa divulgação da violência pela mídia é o caso recente de

filmagem de um helicóptero disparando e matando bandidos em fuga. Será que não é possível resolver o crime com outras ferramentas que não sejam somente com a

repressão? A maioria das mortes são de jovens, são de negros, são de pobres.

Ricardo Campos.

Tema: Minha Participação no Casa Verde

Café Fazer o que quer O almoço A festa de sábado Café da manhã Fazer o que quer aqui Estudar Passeio Só (Eduardo)

Casa Verde foi muito importante para o cuidado da minha participação, de cada

instante, pelo qual foi feito o trabalho da minha história, como foi feito cada dia,

da minha estrutura, por um momento de estadia. (Lú)

É preciso aceitar em mudar o percurso da história. A vida é uma evolução contínua. Nada é para constar. Viver para crer que existe vida. Vida acima de tudo. Pensar em mudar para melhor. O mundo de todos nós é sempre uma escada que sobe e desce, desce e sobe.

(Ana Lúcia)

Tema: Mudanças

Etnocentrismo na Casa Verde

A Casa Verde é um espaço democrático e plural, onde ocorre a reunião da tribo, por exemplo.

Na casa verde convivem pessoas diferentes, com hábitos, idéias e pensamentos diferentes.

Quando se aprende Antropologia, se aprende fundamentalmente a respeitar essas diferenças,

essas idéias plurais. Se aprende a respeitar a visão (cultura) do outro sem ser etnocêntrico.

O etnocentrismo é a visão de uma outra cultura a partir da sua própria cultura achando que

a sua visão é sempre superior a outra.

Essa é uma visão errônea, pois nenhuma cultura ou nenhuma idéia ou valores são superiores

aos outros e que é preciso respeitar a visão do próximo sem discriminá-lo, olhando para essa visão a

partir da sua própria cultura.

Assim deve ser a convivência na Casa Verde, pessoas diferentes, cada uma com sua

�dificuldade� aprendendo a respeitar as idéias, a moral e os valores dos outros. Aí a Casa Verde vai

continuar a ser esse espaço plural que sempre foi. Dedicado à Ana Lúcia

André Luduvice (Escritor e Sociólogo)

Dicas de Beleza

Neste Natal e Ano Novo devemos nos preparar e ficar lindas com

um visual novo. Pele hidratada, corte de cabelos lindos, com look

de Reveillon.

Atenciosamente, Margarida Coelho de Amorim

Poesias, Textos, Reflexões...

Tema: Desejos

Ao findar o ano nós temos muitos desejos. Ser feliz, ser saudável, ter amigos. Que o Natal traga paz, alegria e saúde,

que o menino Jesus nos proteja, a toda a humanidade, que ele renasça em cada coração, e que agora ele seja mais

bem tratado, com amor, sem tortura, sem dor. Que ele limpe nossos corações de todas as impurezas, do ódio, da

descrença, da falta de fé. Que o mundo seja coberto por gotas de paz, sem guerras, sem sofrimento, com alegria e

que o Natal traga desejos possíveis de realizar, sem utopia. (Dulce Miranda)

Paz pro mundo! Que Jesus e Deus abençoe todos para o mundo ser bem melhor (Silvia Regina)

Janeiro 02 Ulisses

03 Paulo Braga

07 Daniel

09 Carmem

30 Silvia Regina

19 Claudia Domingues

Fevereiro 03 Alfredo/Thomas

09 Paulo Maurício

13 Lúcia Helena

15 Jacila

16 Aline

17 Gil

21 André

22 Margarida

24 Flávia

27 Henrique/Felipe

Aniversariantes

II SIMPÓSIO SUBJETIVIDADE E AIDS "Aids entre nós" Dias 14, 15 e 16 de dezembro de 2007 Local: Planetário - Gávea - Rio de Janeiro Informações: www.bancodehoras.org.br [email protected] III CONGRESSO ARGENTINO DE SAÚDE MENTAL Dias 27, 28 e 29 de março de 2008 Local: Buenos Aires, Argentina Mais informações: www.aasm.org.ar

Por aí...

Cursos

Curso de Férias na Faculdade

Estácio de Sá. As inscrições já estão abertas.

R$ 15,00 por curso. Informações:

http://www.estacio.br/ferias/

Sessão DVD indica: O Cheiro do ralo

Lourenço (Selton Mello) é o dono de uma loja que compra objetos usados. Aos

poucos ele desenvolve um jogo com seus clientes, trocando a frieza pelo prazer

que sente ao explorá-los, já que sempre estão em sérias dificuldades financeiras.

Ao mesmo tempo Lourenço passa a ver as pessoas como se estivessem à venda,

identificando-as através de uma característica ou um objeto que lhe é oferecido.

Incomodado com o permanente e fedorento cheiro do ralo que existe em sua loja,

Lourenço vê seu mundo ruir quando é obrigado a se relacionar com uma das

pessoas que julgava controlar.

SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE NITERÓI Segundo a secretária de Assistência Social de Niterói, Maria Bárbara Toledo, a organizadora

do concurso deverá ser escolhida até o fim deste mês, com previsão de divulgação do edital já

em dezembro ou, no máximo, início de janeiro. Os rendimentos iniciais serão de R$1.092,62 para cargos de nível superior, incluso abono

refeição de R$712,62. O concurso visa a substituição dos contratados temporários, que atualmente compõem o total

do quadro de pessoal. Um dos motivos para a realização do concurso, segundo Maria Bárbara,

é a regularização da situação de pessoal da Prefeitura de Niterói perante o Tribunal de Contas.

Por isso, a prova deve ser realizado em fevereiro e a posse, em março ou abril. Segundo a tabela de vagas divulgada na Folha Dirigida, para o cargo de Psicólogo deverão ser oferecidas 35 vagas.