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Nº 58 | OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO 2011 I M P R E S S O www.sobape.com.br INFORMATIVO DA SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA, FILIADA À SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA E ASSOCIAÇÃO BAHIANA DE PEDIATRIA Atividades programadas para 2012 A valorização e a defesa profissional, além dos investimentos em educação continuada, continu- arão sendo prioridade para a SOBAPE em 2012. Diversas atividades já estão programadas e incluem a realização do Simpósio Norte/Nordeste de Peri- natologia, o Congresso Baiano de Pediatria, Cursos de Suporte Avançado de Vida em Pediatria (PALS) e Curso de Atualização em Pediatria para o TEP, entre outros. Página 3. SOBAPE se destaca na realização do 35º Congresso Brasileiro de Pediatria Mais de 6 mil pessoas participaram do 35º Congresso Brasileiro de Pediatria João Andrade/SOBAPE A Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE) encerrou o ano de 2011 fazendo um balanço positivo das atividades realizadas com vistas à capacitação profissional e valorização do pediatra. Destaque para o 35º Congresso Bra- sileiro de Pediatria, realizado em Salvador no mês de outubro. Pesquisa aplicada após o evento mostra que 82% dos participantes entrevistados consideraram excelente/boa a abrangência do programa. Entre outros itens, os palestrantes convidados também foram avaliados e 91% dos participantes classificaram como excelente/bom o item “domínio dos assuntos abordados”. A próxima edição do Congresso Brasileiro será em Curitiba (PR), em 2013. Páginas 4 e 5 Acervo APAE/Salvador Anemia falciforme: Bahia é destaque em pesquisas Primeiro estado brasileiro em incidência de anemia falci- forme, com 1:650, segundo dados do Programa Nacional de Triagem Neonatal, a Bahia destaca-se no cenário internacional através dos estudos sobre a patologia realizados na Fiocruz. E, para garantir a uniformização dos protocolos para o tratamento da doença no ambulatório e no hospital, a SOBAPE, através do Departamento de Onco-Hematologia, amplia a divulgação desses procedimentos entre pediatras e hematologistas, além de atuar na promoção da educação continuada. Página 6 Teste do Pezinho: diagnóstico nos primeiros dias de vida Crianças aprendem a comer alimentos mais saudáveis Brincar enquanto se aprende a comer bem. É assim que crianças e adolescentes participam das oficinas de culinária do Projeto Panela Pintada, voltado para crianças seletivas e com dificuldades alimentares. A escola de educação alimentar promove atividades para crianças e ado- lescentes, de 3 a 17 anos, com turmas divididas por faixa etária. Página 2 ARTIGO: Leia sobre “Deficiência de Vitamina A”. Página 7

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Nº 58 | OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO 2011

I M P R E S S O

www.sobape.com.br

INFORMATIVO DA SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA, FILIADA À SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA E ASSOCIAÇÃO BAHIANA DE PEDIATRIA

Atividades programadas

para 2012A valorização e a defesa profissional, além dos investimentos em educação continuada, continu-arão sendo prioridade para a SOBAPE em 2012. Diversas atividades já estão programadas e incluem a realização do Simpósio Norte/Nordeste de Peri-natologia, o Congresso Baiano de Pediatria, Cursos de Suporte Avançado de Vida em Pediatria (PALS) e Curso de Atualização em Pediatria para o TEP, entre outros.

Página 3.

SOBAPE se destaca na realização do 35º Congresso

Brasileiro de Pediatria

Mais de 6 mil pessoas participaram do 35º Congresso Brasileiro de Pediatria

João

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A Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE) encerrou o ano de 2011 fazendo um balanço positivo das atividades realizadas com vistas à capacitação profissional e valorização do pediatra. Destaque para o 35º Congresso Bra-sileiro de Pediatria, realizado em Salvador no mês de outubro. Pesquisa aplicada após o evento mostra que 82% dos participantes entrevistados consideraram excelente/boa a abrangência do programa. Entre outros itens, os palestrantes convidados também foram avaliados e 91% dos participantes classificaram como excelente/bom o item “domínio dos assuntos abordados”. A próxima edição do Congresso Brasileiro será em Curitiba (PR), em 2013.

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Anemia falciforme: Bahia édestaque em pesquisas

Primeiro estado brasileiro em incidência de anemia falci-forme, com 1:650, segundo dados do Programa Nacional de Triagem Neonatal, a Bahia destaca-se no cenário internacional através dos estudos sobre a patologia realizados na Fiocruz. E, para garantir a uniformização dos protocolos para o tratamento da doença no ambulatório e no hospital, a SOBAPE, através do Departamento de Onco-Hematologia, amplia a divulgação desses procedimentos entre pediatras e hematologistas, além de atuar na promoção da educação continuada.

Página 6

Teste do Pezinho: diagnóstico nos primeiros dias de vida

Crianças aprendem a comeralimentos mais saudáveis

Brincar enquanto se aprende a comer bem. É assim que crianças e adolescentes participam das oficinas de culinária do Projeto Panela Pintada, voltado para crianças seletivas e com dificuldades alimentares. A escola de educação alimentar promove atividades para crianças e ado-lescentes, de 3 a 17 anos, com turmas divididas por faixa etária.

Página 2

ARTIGO: Leia sobre “Deficiência de Vitamina A”. Página 7

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Presidente: Hans Walter Ferreira Greve

1ª Vice-presidente: Délia Cerviño Peleteiro

2ª Vice-presidente: Nadya Fernanda Modesto Habib

(Vitória da Conquista)

Secretária Geral: Maria de Lourdes Santiago Costa Leite

1º Secretário: José Carlos Junqueira Ayres Neto

2ª Secretária: Larissa Gaudenzi Lisboa de Oliveira

1ª Tesoureira: Kátia Machado Baptista Falcão

2º Tesoureiro: Gervásio Fernandes dos Santos

(Feira de Santana)

Diretora Científica: Helita Regina Freitas Cardoso de Azevedo

Diretor de Defesa Profissional: Fernando Antonio Castro Barreiro

Diretor de Patrimônio: Ivan Paulo Campos Guerra

Diretora de Marketing e Eventos: Nilcéa de Moura Freire

Comissão de Sindicância: Edazima Ferrari Bulhões

Leuser Americano da CostaHermila Tavares Villar Guedes

Lara de Araújo Torreão

Conselho Fiscal: Romilda Castro de Andrade Cairo

Círia Santana e Sant’Anna Isa Menezes Lyra

Órgão Informativo Oficial da Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE)

Edição: Ana Cristina Barreto | DRT/BA 1719Tiragem: 1.500 exemplares

Impressão: P&A Gráfica e Editora Ltda.

O conteúdo dos artigos publicados neste informa-tivo é de responsabilidade exclusiva dos autores. A Sociedade Baiana de Pediatria não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em textos assinados.

Av. Prof. Magalhães Neto, 1450Ed. Millenium Empresarial - Sala 208 - Pituba -

CEP 41810-012 - Salvador-BahiaTel/fax: (71) 3341-6013

email: [email protected]

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Colegas,

Inicia-se um novo ano. Esperanças renovam-se. O trabalho continua. Os desafios agigantam-se. Podemos enfrentá-los e vencê-los!

Prova maior disso foi o ano de 2011, quando a SOBAPE promoveu o maior evento de pediatria da América Latina: o 35º Congresso Brasileiro de Pediatria. Recorde de trabalhos científicos apresentados e de participantes.

Vale ressaltar que dos 265 professores convidados, 103 foram da Bahia, to-talizando em 40% a participação da pediatria baiana na programação do evento.

Este dado mostra o fortalecimento da comunidade pediátrica baiana e o reconhecimento da qualidade de nossos professores no cenário científico brasileiro.

Realizamos os cursos de reanimação neonatal e PALS, mantendo a qua-lidade característica dos mesmos, promovendo a atualização e a recertificação dos instrutores.

Em 2012, partiremos para novos desafios. Manteremos a nossa política de valorização do pediatra e da pediatria, promovendo discussões sobre o futuro da nossa especialidade.

Intensificaremos o trabalho de conscientização do pediatra a respeito de seu valor como profissional médico e da sua relação com os planos de saúde. Essa conscientização será trabalhada já a partir dos alunos da graduação e também entre os residentes de pediatria.

Um Feliz 2012 a todos os pediatras baianos!

Fernando BarreiroDiretor de Defesa Profissional da SOBAPE.

Oficinas infantis desenvolvem hábitos alimentares saudáveis

Desenvolver hábitos alimentares saudáveis, de forma lúdica e com apoio pedagógico. Esse é o principal objetivo do Projeto Panela Pintada voltado para crianças seletivas e com dificuldades alimentares.

A escola de educação alimentar, com progra-mação especial durante as férias escolares, promove oficinas de culinária direcionadas a crianças e ado-lescentes, de 3 a 17 anos, com turmas divididas por faixa etária. “Através do uso de técnicas sensoriais, elas são estimuladas a experimentar e introduzir no cardápio diário frutas, legumes e cereais integrais”, diz a pediatra e nutróloga, Junaura Barretto, idealizadora do projeto.

“O projeto também desenvolve atividades dire-cionadas às famílias, incluindo reuniões periódicas, cursos e palestras durante o acompanhamento da criança”, explica dra. Junaura, que conta com a as-sessoria da nutricionista Lilian Brito e da pedagoga Alexandra Lipikson.

Durante as aulas, as crianças também aprendem sobre a higiene correta dos alimentos e valores nu-tricionais, além de algumas regras de etiqueta. “Os conteúdos trabalhados permitem o desenvolvimento da leitura, escrita e raciocínio matemático, além de trabalharmos também o desenvolvimento dos cinco sentidos”, completa dra. Junaura.

A escola de educação nutricional infantil funciona durante todo o ano com turmas regulares para traba-lhar a educação nutricional e construção de hábitos alimentares saudáveis, sempre através do universo lúdico e utilizando a culinária como ferramenta. “Todos os utensílios são adaptados para o público infantil, proporcionado total segurança durante as aulas”, assegura.

Para ajudar na compreensão do conteúdo abor-dado e do benefício de cada alimento durante as aulas

são realizados jogos e brincadeiras, além de utilizadas técnicas de colagem, recorte, massa de modelar, pin-tura, atividades corporais, exibição de vídeos, entre outros. A cada mês, um tema central é trabalhado, como, por exemplo, frutas, legumes, cereais integrais.

Programação de férias

No mês de janeiro, destaque para os cursos “O bê-a-bá do papá” (papinhas para bebês acima de 6 meses), “Cozinhando para crianças” (ensina mães a montarem pratos lúdicos), o “Curso de culinária saudável para domésticas” (ensina a utilizar os ali-mentos de forma econômica e saudável, com noções de higiene e conservação).

Projeto Panela PintadaRua Eduardo José dos Santos – CIS Professor

Fernando Filgueiras, 147, Loja1 - térreoTelefones: (71) 3235-2362 e 3235-7919

[email protected]

No Projeto Panela Pintada, crianças são estimuladas a consumir frutas

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*Junaura Barretto é pediatra-nutró-loga, membro do Departamento

de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), membro do Depar-tamento Científico e da Comissão de

cursos pré-congresso e coordenadora do

CANP que ocorrerá no 35º Congresso de

pediatria.

Junaura Barretto*

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Quase um terço da população mun-dial sofre de deficiência de micronutrien-tes, também conhecida como “fome oculta”. Este problema afeta, princi-palmente, aqueles que vivem em países em desenvolvimento, como o nosso. No início da década de 90, a questão da fome oculta demandou uma atenção em todo o mundo. Ações direcionadas para o diagnóstico e estratégias de prevenção foram implementadas em diversos países.

As deficiências de nutrientes es-senciais não só afetam a saúde humana, mas comprometem o desenvolvimento socioeconômico do país, com reper-cussões importantes na capacidade cognitiva, afetando a produtividades de forma direta.

O número de pessoas acometidas por carências de micronutrientes vem crescendo. No mundo, são cerca de 250 milhões de crianças sob o risco de defici-ência de Vitamina A, a principal causa de cegueira na infância. E, em países onde as campanhas de imunização não estão bem implantadas, milhões de crianças morrem por complicações infecciosas decorrentes desta deficiência, como o sarampo, por exemplo.

As carências de Vitamina A, iodo e ferro afetam cerca de 1/3 da população mundial. Entretanto, existem outras microdeficiências que comumente cau-sam repercussões importantes na saúde humana, como as de zinco e ácido fólico. A população de maior risco para as mi-crodeficiências são os lactentes e crianças, gestantes e idosos.

A Vitamina A é encontrada nos ali-mentos na forma de retinol (precursor). A principal fonte são os alimentos de origem animal (leite e derivados, fígado, peixes, etc.) Nos alimentos de origem vegetal (óleos, frutas e vegetais), encon-tram-se os carotenóides que também são convertidos em Vitamina A .

As recomendações nutricionais (RDA - Recommended Dietary Allowance)

Deficiência de Vitamina Apara a Vitamina A são de 300µg ER/dia para crianças entre 1-3anos; 400 µg ER/dia para crianças de 4-8 anos, 600µg ER/dia para crianças de 9-13 anos; 900µg ER/dia para meninos entre 14-18 anos e 700µg ER/dia para meninas nesta mesma faixa etária. A vitamina A é importante para o desempenho de várias funções no organis-mo, tais como: manutenção da visão normal, reprodução e desenvolvimento do embrião, expressão gênica, diferenciação tissular, ação antioxidante e função imunológica.

A deficiência de Vitamina A (DVA) é um problema de saúde pública em mais da metade dos países. Acomete mais de 125 milhões de crianças menores de 5 anos.

A população mais afetada está em re-giões periurbanas ou em zonas rurais, nas quais o consumo de alimentos que são fonte de Vitamina A é escasso e as infecções são freqüentes e onde também as taxas de mor-talidade infantil são superiores a 70/100.000 nascidos-vivos.

O Brasil foi classificado pela Organiza-ção Mundial de Saúde como um país de carência subclínica grave. Calcula-se que o número de crianças com carência marginal de Vitamina A seja de cinco a dez vezes maior do que o número de crianças que apresentam sintomas decorrentes da defi-ciência desta vitamina.

Os primeiros sinais clínicos da DVA são a cegueira noturna, xerose da conjuntiva, o aparecimento de manchas Bitot e xerose da córnea (xeroftalmia). Com a progressão da doença, ocorre uma ruptura da córnea (queratomalácia) permanente e a úlcera de córnea, evoluindo para a cegueira.

A deficiência subclínica de Vitamina Aumenta a susceptibilidade à infecção, reduz o crescimento físico e aumenta a mortali-dade em algumas doenças, especialmente as infecciosas. Estudos epidemiológicos recentes nos países em desenvolvimento identificaram uma relação entre a deficiência subclínica de Vitamina A e maiores taxas de morbidade e mortalidade por doenças

infecciosas comuns, tais como infecções respiratórias e diarréicas.

Em países em desenvolvimento, a DVA tem sido associada ao sarampo. Esta associação contribui para uma maior morbidade associada ao sarampo. Por este motivo, a Academia Americana de Pediatria recomenda a suplementação de Vitamina A em crianças com sarampo.

Caetano et al. relata, em estudo realizado no Brasil, no qual avaliou técnicas inadequa-das de alimentação complementar do lacten-te, que havia consumo inadequado de ferro, zinco e Vitamina A. Em dados recentes da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) há relato de anemia e DVA em 20,5% das crianças (abaixo de 5 anos) e 17,4% das mulheres.

Existem diversos tipos de indicadores largamente empregados no diagnóstico da DVA, dentre os quais a dosagem de retinol sérico, o retinol no leite materno e inquéritos dietéticos (quantitativo e qualitativos) são os mais práticos e bem aceitos.

As lesões oculares vêm apresentando um decréscimo desde a década de 90, gra-ças às intervenções governamentais para prevenir as deficiências em países de risco.

No Brasil, através da Portaria de nº 2160 publicada em 29 de dezembro de 1994, foi instituído o Programa de Combate à Defici-ência de Vitamina A, através da administra-ção profilática de megadoses na população de maior risco (mulheres em puerpério imediato e crianças). Como estratégia para alcançar uma cobertura ideal, utilizam-se as campanhas de vacinação para a poliomielite e administram-se as doses profiláticas de Vitamina A, por via oral a cada 4/6 meses nas seguintes doses: (100.000 UI para crian-ças entre 6 e 11 meses e 200.000 UI para crianças entre 12 e 59 meses).

No intuito de contribuir com a er-radicação da deficiência subclínica deste micronutriente, os pediatras devem checar se a suplementação profilática está sendo realizada rotineiramente e se os pacientes desnutridos graves já estão realizando a reposição desta vitamina.

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SOBAPE investe em educação continuada em 2012

Pela primeira vez em seis edições, o Brasil vai sediar o “6º Simpósio Internacional de Nutrição e Alimentação no Século XXI”. A atividade, cujas cinco edições anteriores aconteceram na Espanha, será realizada em Salvador, no Auditório Galícia do Centro Médico do Hospital Espanhol, nos dias 13 e 14 de abril.

Em paralelo ao simpósio, promovido pela Associação de Médicos Galegos (Asomega/BA) em parceria com a Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE) e o Hospital Espanhol, será realizada a “2ª Reunião Internacional da Asomega/BA”.

Obesidade, Nutrição, Diabetes, Aleitamento Materno, Dieta e Complicações Ortopédicas e Neurológicas estão entre os temas a serem abordados durante a atividade, direcionada a médicos de todas as especialidades, pediatras, nutricionistas e estudantes.

A capacitação dos profissionais que cuidam da saúde e acompanham o cres-cimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes continua sendo uma das metas da Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE). Para 2012, algumas atividades já estão programadas com vistas à promoção da capacitação de profissionais e residentes em todo o estado.

Entre os eventos da pauta destaque para o Simpósio Norte/Nordeste de Perinatolo-gia, o Congresso Baiano de Pediatria, Curso de Urgência e Emergência em Pediatria, Curso de Ventilação Mecânica em Pediatria, Cursos de Reanimação Neonatal, Cursos de Suporte Avançado de Vida em Pediatria (PALS) e Curso de Atualização em Pediatria para o TEP.

Como destaca o presidente da SOBA-PE, dr. Hans Greve, é preciso continuar investindo na capacitação, favorecendo o contato dos pediatras baianos com especia-listas do Brasil e de outros países, além de proporcionar o acesso a novas tecnologias e novos medicamentos.

“A todo o momento, nos deparamos com novas realidades dentro da Medicina, área em que a atualização e o aprendizado precisam andar par e passo com o profissio-nal”, enfatiza, acrescentando que, além de conhecer bem sobre as doenças da infância, o pediatra precisa estar atento às questões ambientais, que interferem diretamente na qualidade de vida dos pacientes.

Balanço

Na avaliação de dr. Hans Greve, o ano de 2011 foi bastante produtivo para os pediatras baianos ante a série de atividades voltadas ao conhecimento e à reciclagem.

Foram realizados cursos de reanimação neonatal, cursos de urgência e emergência pediátrica e Curso de Suporte Avançado de Vida em Pediatria (PALS).

Além disso, junto com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a SOBAPE promoveu a 35ª edição do Congresso Bra-sileiro de Pediatria, maior e mais importante atividade brasileira na área de pediatria.

“Encerramos 2011 com chave de ouro, promovendo o congresso brasileiro, que

reuniu mais de 6 mil pessoas no Centro de Convenções da Bahia em outubro. Vale destacar o alto nível das palestras e dos palestrantes, que ministraram aulas de grande importância para todas as áreas da pediatria”, destaca.

Em paralelo ao 35º Congresso Brasi-leiro, foram realizados, também no Centro de Convenções da Bahia, o 13º Congresso Brasileiro de Pneumologia e o 8º Congresso Brasileiro de Reumatologia Pediátrica.

Curso de urgência e emergência na SOBAPE

Pediatras participam de reciclagem

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Salvador sedia simpósio internacionalsobre alimentação e nutrição

Além dos palestrantes da Bahia e de outros estados do Brasil, o simpósio vai contar com oito professores espanhóis.

AsomegaCriada na Bahia há quatro anos e com 50 associados, a

Asomega/BA é presidida pela neonatologista Délia Cerviño Peleteiro, vice-presidente da SOBAPE. A associação tem como objetivos reunir médicos galegos e favorecer a troca de experi-ências entre os profissionais dos dois países. “Além de fortalecer o vínculo afetivo com nosso país de origem, buscamos a troca de experiências científicas”, diz a presidente.

# Informações sobre o simpósio com dra. Délia Cerviño: (71) 8102-0874.

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A Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE), através do Departamen-to de Onco-Hematologia intensifica ações para oferecer aos pediatras in-formações sobre a doença e o trata-mento dos eventos agudos relaciona-dos à anemia falciforme. Além da edu-cação continuada, a SOBAPE atua na divulgação dos novos protocolos que orientam e uniformizam a conduta do profissional no hospital e no ambula-tório. Recentemente, tais procedimen-tos foram publicados na Revista Baia-na de Pediatria.

Como defende a presidente do de-partamento da SOBAPE e membro titular do Departamento de Onco-He-matologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Isa Lyra, “preci-samos da parceria dos pediatras junto a essas crianças e o binômio hemato-logista pediátrico e pediatra é essencial na conduta do caso”.

Dra. Isa destaca ainda que, para garantir o sucesso do trabalho do hematologista, é imprescindível que o pediatra esteja atento à realização do Teste do Pezinho, essencial para a tria-gem diagnóstica, e que, se necessário, faça o encaminhamento da criança de imediato ao hematologista pediátrico para início do tratamento especializado.

“Por outro lado, o pediatra precisa continuar fazendo a puericultura e atuar em parceria com o hematopediatra, vigiando as ações propostas para a condução da doença falciforme, com a estratificação de risco da criança e uso de terapias específicas”, pontua.

O pediatra, como reforça dra. Isa Lyra, deve estar atento a sinais que apa-recem no primeiro ano de vida, como edema de mãos e pés, palidez súbita com aumento de volume abdominal, que caracteriza a síndrome de seqüestro esplênico, infecções recorrentes, dores ósseas, entre outros.

Bahia é destaque

A Bahia tem sido referência inter-nacional através dos estudos realizados sobre a doença falciforme. “Temos um forte grupo de pesquisa, liderado pela dra. Marilda Gonçalves, na Fiocruz, que tem nos ajudado muito na con-dução destes pacientes. Entretanto, o pediatra precisa apoiar o hematologista com a puericultura e conhecer bem os eventos agudos relacionados à doença

SOBAPE reforça divulgação de protocolos para tratamento de anemia falciforme

NúmerosSegundo dados do Programa Nacional de Triagem Neonatal, a

Bahia é o primeiro estado do Brasil em incidência da doença com 1:650. O estado é seguido pelo Rio de Janeiro, com 1:1.200 e por Minas Gerais cuja proporção é de 1:1400.

Contatos: • Divisão de Hematologia Pediátrica do Hupes/Ufba:

(71) 3283-8301/3283-8302 • Fundação Hemoba: (71) 3116-5650

para conduzir adequadamente os casos nos hospitais e emergências”, diz dra. Isa, que integra o grupo de pesquisa da Fiocruz.

Ela destaca que o acompanhamento clínico das crianças com anemia falci-forme tem evoluído muito e “as infor-mações recentes sobre a patogênese da doença, marcadores de risco, aspectos moleculares permitem trabalhar de maneira segura na estratificação de risco das crianças, reduzindo a morbidade, principalmente complicações crônicas e mortalidade associadas”.

Tratamento na Ufba

Em sua Divisão de Hematologia Pediátrica, o Hospital Universitário Professor Edgard Santos vinculado à Universidade Federal da Bahia (Hu-pes/Ufba), mantém um serviço de atendimento ambulatorial pediátrico e possui também um ambulatório de doppler transcraniano para identificação das crianças de risco para desenvolver acidente vascular cerebral, bem como

acompanhamento neurológico. Os pacientes podem ser encami-

nhados para a triagem do ambulatório (com relatório médico e cartão do SUS), sempre às segundas-feiras, à tarde. As crianças são seguidas no ambulatório até 18 anos, quando fazem a transição para o Serviço de Hematologia, que conta com o traba-lho de uma hematopediatra.

“Vale divulgar o trabalho da Fundação de Hematologia e He-moterapia da Bahia (Hemoba), que também mantém um ambulatório de hematologia pediátrica para acompa-nhamento das crianças”, frisa dra. Isa, que integra a equipe.

O diagnóstico, tratamento e as novidades relacionadas à patologia crônica, sem cura e cuja condução está focada na estratificação do risco, medidas preventivas e tera-pêuticas individualizadas em busca de maior manutenção da qualidade de vida, foram assuntos do 35º Congresso Brasileiro de Pediatria, em outubro.

Dra Isa Lyra, presidente do Departamento de Onco-Hematologia da SOBAPE

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35º Congresso Brasileiro de Pediatria é recorde de público em Salvador

Com mais de 6 mil participantes, 35 conferên-cias, 54 mesas redondas, 1.235 trabalhos científicos apresentados e 27 reuniões de departamentos, o 35º Congresso Brasileiro de Pediatria foi realizado entre 8 e 12 de outubro, em Salvador, e registrou recorde de público. A 36ª edição será em Curitiba (PR), em 2013.

Simultaneamente ao “brasileirão”, pediatras tam-bém participaram do 13º Congresso de Pneumologia Pediátrica e o 8º Congresso de Reumatologia Pediá-trica, também no Centro de Convenções da Bahia. As atividades foram realizadas pelas sociedades Brasileira e Baiana de Pediatria (SBP e SOBAPE).

De acordo com pesquisa aplicada pela Ekipe de Eventos, responsável pela organização, 82% dos par-ticipantes entrevistados consideraram excelente/boa a abrangência do programa. Quanto à especialidade e detalhamento dos tópicos, 77% classificaram como excelente/bom.

Entre outros itens, os palestrantes também foram avaliados e 91% dos participantes classificaram como excelente/bom o item “domínio dos assuntos abor-dados”. Quanto à aplicabilidade dos assuntos, 82% julgaram excelente/bom.

Para os organizadores do congresso, apesar de algumas dificuldades na infraestrutura do Centro de

Convenções da Bahia, a atividade superou as expecta-tivas de público e cumpriu o objetivo de proporcionar a troca de experiências e a atualização profissional de pediatras da Bahia, de outros estados do país e do exterior.

“Além do Brasil, contamos com professores do Chile, Bélgica, Estados Unidos e Suécia e o evento foi marcado pelo alto nível dos debates e das novidades no cuidado com a saúde, crescimento e desenvolvi-mento infantil”, avalia o presidente do congresso, o pediatra Fernando Barreiro, diretor de Defesa Pro-fissional da SOBAPE.

Ainda para dr. Fernando, a dedicação e o compro-metimento dos palestrantes, médicos e estudantes “fo-ram determinantes para garantir o sucesso do evento, que já entrou para a história como um dos maiores encontros da área pediátrica”.

Redes sociais“O grande diferencial do congresso”. Foi assim que

o presidente da SOBAPE, dr. Hans Greve, comemo-rou o sucesso na utilização das redes sociais (Twitter e Facebook) durante a atividade.

Usadas pela primeira vez na história dos congres-sos, “as ferramentas de relacionamento na internet

trouxeram inovação e dinâmica na veiculação de infor-mações em tempo real, além de promover interação entre os congressistas”.

AberturaPara o presidente da SBP, dr. Eduardo Vaz, o con-

gresso foi uma oportunidade de se repensar as políticas públicas para a saúde e mostrar que “a pediatria nunca esteve tão viva, só precisa ser mais valorizada”.

No seu discurso durante a abertura da atividade, dr. Vaz frisou que, para reduzir a mortalidade infantil na hora do parto, é preciso que “nossos gestores se sensibilizarem, valorizarem o pediatra na sala de parto, equiparem as unidades hospitalares onde estes partos se realizam”.

Entre outros convidados, também participaram da mesa o secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, o diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Heider Aurélio Pinto, o diretor da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha, e a reitora da Universidade Federal da Bahia, Dora Leal.

A solenidade oficial de abertura do congresso, no dia 9 de outubro, no Yemanjá Teatro, foi precedida da apre-sentação da Orquestra Castro Alves, do Projeto Neojibá.

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Dr. Fernando Barreiro, presidente do 35º Congresso Brasileiro de Pediatria

Dr. Fernando Barreiro, dr. Hans Greve, dr. Eduardo Vaz e o secretário estadual da Saúde, Jorge Solla

Solenidade de abertura 8º Congresso Brasileiro de Reumatologia Pediátrica

Curso pré-congresso na área de cardiologia

Apresentação da Orquestra Castro Alves-Neojibá Apresentação do Ilê-Aiyê Show de Adelmo Casé e Banda Negra Cor Lançamento do livro do pequeno escritor Jaderson Almeida

Dra. Ana Rolim, presidente do Congresso de Reumatologia Pediátrica

Dra. Regina Terse, presidente do Congresso de Pneumologia Pediátrica Congressistas lotam auditório

Dr. Eduardo Vaz, presidente da SBP

Dr. Hans Greve, presidente da SOBAPE

Curso de Reanimação Pediátrica

13º Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica

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SOBAPE investe em educação continuada em 2012

Pela primeira vez em seis edições, o Brasil vai sediar o “6º Simpósio Internacional de Nutrição e Alimentação no Século XXI”. A atividade, cujas cinco edições anteriores aconteceram na Espanha, será realizada em Salvador, no Auditório Galícia do Centro Médico do Hospital Espanhol, nos dias 13 e 14 de abril.

Em paralelo ao simpósio, promovido pela Associação de Médicos Galegos (Asomega/BA) em parceria com a Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE) e o Hospital Espanhol, será realizada a “2ª Reunião Internacional da Asomega/BA”.

Obesidade, Nutrição, Diabetes, Aleitamento Materno, Dieta e Complicações Ortopédicas e Neurológicas estão entre os temas a serem abordados durante a atividade, direcionada a médicos de todas as especialidades, pediatras, nutricionistas e estudantes.

A capacitação dos profissionais que cuidam da saúde e acompanham o cres-cimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes continua sendo uma das metas da Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE). Para 2012, algumas atividades já estão programadas com vistas à promoção da capacitação de profissionais e residentes em todo o estado.

Entre os eventos da pauta destaque para o Simpósio Norte/Nordeste de Perinatolo-gia, o Congresso Baiano de Pediatria, Curso de Urgência e Emergência em Pediatria, Curso de Ventilação Mecânica em Pediatria, Cursos de Reanimação Neonatal, Cursos de Suporte Avançado de Vida em Pediatria (PALS) e Curso de Atualização em Pediatria para o TEP.

Como destaca o presidente da SOBA-PE, dr. Hans Greve, é preciso continuar investindo na capacitação, favorecendo o contato dos pediatras baianos com especia-listas do Brasil e de outros países, além de proporcionar o acesso a novas tecnologias e novos medicamentos.

“A todo o momento, nos deparamos com novas realidades dentro da Medicina, área em que a atualização e o aprendizado precisam andar par e passo com o profissio-nal”, enfatiza, acrescentando que, além de conhecer bem sobre as doenças da infância, o pediatra precisa estar atento às questões ambientais, que interferem diretamente na qualidade de vida dos pacientes.

Balanço

Na avaliação de dr. Hans Greve, o ano de 2011 foi bastante produtivo para os pediatras baianos ante a série de atividades voltadas ao conhecimento e à reciclagem.

Foram realizados cursos de reanimação neonatal, cursos de urgência e emergência pediátrica e Curso de Suporte Avançado de Vida em Pediatria (PALS).

Além disso, junto com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a SOBAPE promoveu a 35ª edição do Congresso Bra-sileiro de Pediatria, maior e mais importante atividade brasileira na área de pediatria.

“Encerramos 2011 com chave de ouro, promovendo o congresso brasileiro, que

reuniu mais de 6 mil pessoas no Centro de Convenções da Bahia em outubro. Vale destacar o alto nível das palestras e dos palestrantes, que ministraram aulas de grande importância para todas as áreas da pediatria”, destaca.

Em paralelo ao 35º Congresso Brasi-leiro, foram realizados, também no Centro de Convenções da Bahia, o 13º Congresso Brasileiro de Pneumologia e o 8º Congresso Brasileiro de Reumatologia Pediátrica.

Curso de urgência e emergência na SOBAPE

Pediatras participam de reciclagem

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Salvador sedia simpósio internacionalsobre alimentação e nutrição

Além dos palestrantes da Bahia e de outros estados do Brasil, o simpósio vai contar com oito professores espanhóis.

AsomegaCriada na Bahia há quatro anos e com 50 associados, a

Asomega/BA é presidida pela neonatologista Délia Cerviño Peleteiro, vice-presidente da SOBAPE. A associação tem como objetivos reunir médicos galegos e favorecer a troca de experi-ências entre os profissionais dos dois países. “Além de fortalecer o vínculo afetivo com nosso país de origem, buscamos a troca de experiências científicas”, diz a presidente.

# Informações sobre o simpósio com dra. Délia Cerviño: (71) 8102-0874.

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A Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE), através do Departamen-to de Onco-Hematologia intensifica ações para oferecer aos pediatras in-formações sobre a doença e o trata-mento dos eventos agudos relaciona-dos à anemia falciforme. Além da edu-cação continuada, a SOBAPE atua na divulgação dos novos protocolos que orientam e uniformizam a conduta do profissional no hospital e no ambula-tório. Recentemente, tais procedimen-tos foram publicados na Revista Baia-na de Pediatria.

Como defende a presidente do de-partamento da SOBAPE e membro titular do Departamento de Onco-He-matologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Isa Lyra, “preci-samos da parceria dos pediatras junto a essas crianças e o binômio hemato-logista pediátrico e pediatra é essencial na conduta do caso”.

Dra. Isa destaca ainda que, para garantir o sucesso do trabalho do hematologista, é imprescindível que o pediatra esteja atento à realização do Teste do Pezinho, essencial para a tria-gem diagnóstica, e que, se necessário, faça o encaminhamento da criança de imediato ao hematologista pediátrico para início do tratamento especializado.

“Por outro lado, o pediatra precisa continuar fazendo a puericultura e atuar em parceria com o hematopediatra, vigiando as ações propostas para a condução da doença falciforme, com a estratificação de risco da criança e uso de terapias específicas”, pontua.

O pediatra, como reforça dra. Isa Lyra, deve estar atento a sinais que apa-recem no primeiro ano de vida, como edema de mãos e pés, palidez súbita com aumento de volume abdominal, que caracteriza a síndrome de seqüestro esplênico, infecções recorrentes, dores ósseas, entre outros.

Bahia é destaque

A Bahia tem sido referência inter-nacional através dos estudos realizados sobre a doença falciforme. “Temos um forte grupo de pesquisa, liderado pela dra. Marilda Gonçalves, na Fiocruz, que tem nos ajudado muito na con-dução destes pacientes. Entretanto, o pediatra precisa apoiar o hematologista com a puericultura e conhecer bem os eventos agudos relacionados à doença

SOBAPE reforça divulgação de protocolos para tratamento de anemia falciforme

NúmerosSegundo dados do Programa Nacional de Triagem Neonatal, a

Bahia é o primeiro estado do Brasil em incidência da doença com 1:650. O estado é seguido pelo Rio de Janeiro, com 1:1.200 e por Minas Gerais cuja proporção é de 1:1400.

Contatos: • Divisão de Hematologia Pediátrica do Hupes/Ufba:

(71) 3283-8301/3283-8302 • Fundação Hemoba: (71) 3116-5650

para conduzir adequadamente os casos nos hospitais e emergências”, diz dra. Isa, que integra o grupo de pesquisa da Fiocruz.

Ela destaca que o acompanhamento clínico das crianças com anemia falci-forme tem evoluído muito e “as infor-mações recentes sobre a patogênese da doença, marcadores de risco, aspectos moleculares permitem trabalhar de maneira segura na estratificação de risco das crianças, reduzindo a morbidade, principalmente complicações crônicas e mortalidade associadas”.

Tratamento na Ufba

Em sua Divisão de Hematologia Pediátrica, o Hospital Universitário Professor Edgard Santos vinculado à Universidade Federal da Bahia (Hu-pes/Ufba), mantém um serviço de atendimento ambulatorial pediátrico e possui também um ambulatório de doppler transcraniano para identificação das crianças de risco para desenvolver acidente vascular cerebral, bem como

acompanhamento neurológico. Os pacientes podem ser encami-

nhados para a triagem do ambulatório (com relatório médico e cartão do SUS), sempre às segundas-feiras, à tarde. As crianças são seguidas no ambulatório até 18 anos, quando fazem a transição para o Serviço de Hematologia, que conta com o traba-lho de uma hematopediatra.

“Vale divulgar o trabalho da Fundação de Hematologia e He-moterapia da Bahia (Hemoba), que também mantém um ambulatório de hematologia pediátrica para acompa-nhamento das crianças”, frisa dra. Isa, que integra a equipe.

O diagnóstico, tratamento e as novidades relacionadas à patologia crônica, sem cura e cuja condução está focada na estratificação do risco, medidas preventivas e tera-pêuticas individualizadas em busca de maior manutenção da qualidade de vida, foram assuntos do 35º Congresso Brasileiro de Pediatria, em outubro.

Dra Isa Lyra, presidente do Departamento de Onco-Hematologia da SOBAPE

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Presidente: Hans Walter Ferreira Greve

1ª Vice-presidente: Délia Cerviño Peleteiro

2ª Vice-presidente: Nadya Fernanda Modesto Habib

(Vitória da Conquista)

Secretária Geral: Maria de Lourdes Santiago Costa Leite

1º Secretário: José Carlos Junqueira Ayres Neto

2ª Secretária: Larissa Gaudenzi Lisboa de Oliveira

1ª Tesoureira: Kátia Machado Baptista Falcão

2º Tesoureiro: Gervásio Fernandes dos Santos

(Feira de Santana)

Diretora Científica: Helita Regina Freitas Cardoso de Azevedo

Diretor de Defesa Profissional: Fernando Antonio Castro Barreiro

Diretor de Patrimônio: Ivan Paulo Campos Guerra

Diretora de Marketing e Eventos: Nilcéa de Moura Freire

Comissão de Sindicância: Edazima Ferrari Bulhões

Leuser Americano da CostaHermila Tavares Villar Guedes

Lara de Araújo Torreão

Conselho Fiscal: Romilda Castro de Andrade Cairo

Círia Santana e Sant’Anna Isa Menezes Lyra

Órgão Informativo Oficial da Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE)

Edição: Ana Cristina Barreto | DRT/BA 1719Tiragem: 1.500 exemplares

Impressão: P&A Gráfica e Editora Ltda.

O conteúdo dos artigos publicados neste informa-tivo é de responsabilidade exclusiva dos autores. A Sociedade Baiana de Pediatria não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em textos assinados.

Av. Prof. Magalhães Neto, 1450Ed. Millenium Empresarial - Sala 208 - Pituba -

CEP 41810-012 - Salvador-BahiaTel/fax: (71) 3341-6013

email: [email protected]

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Colegas,

Inicia-se um novo ano. Esperanças renovam-se. O trabalho continua. Os desafios agigantam-se. Podemos enfrentá-los e vencê-los!

Prova maior disso foi o ano de 2011, quando a SOBAPE promoveu o maior evento de pediatria da América Latina: o 35º Congresso Brasileiro de Pediatria. Recorde de trabalhos científicos apresentados e de participantes.

Vale ressaltar que dos 265 professores convidados, 103 foram da Bahia, to-talizando em 40% a participação da pediatria baiana na programação do evento.

Este dado mostra o fortalecimento da comunidade pediátrica baiana e o reconhecimento da qualidade de nossos professores no cenário científico brasileiro.

Realizamos os cursos de reanimação neonatal e PALS, mantendo a qua-lidade característica dos mesmos, promovendo a atualização e a recertificação dos instrutores.

Em 2012, partiremos para novos desafios. Manteremos a nossa política de valorização do pediatra e da pediatria, promovendo discussões sobre o futuro da nossa especialidade.

Intensificaremos o trabalho de conscientização do pediatra a respeito de seu valor como profissional médico e da sua relação com os planos de saúde. Essa conscientização será trabalhada já a partir dos alunos da graduação e também entre os residentes de pediatria.

Um Feliz 2012 a todos os pediatras baianos!

Fernando BarreiroDiretor de Defesa Profissional da SOBAPE.

Oficinas infantis desenvolvem hábitos alimentares saudáveis

Desenvolver hábitos alimentares saudáveis, de forma lúdica e com apoio pedagógico. Esse é o principal objetivo do Projeto Panela Pintada voltado para crianças seletivas e com dificuldades alimentares.

A escola de educação alimentar, com progra-mação especial durante as férias escolares, promove oficinas de culinária direcionadas a crianças e ado-lescentes, de 3 a 17 anos, com turmas divididas por faixa etária. “Através do uso de técnicas sensoriais, elas são estimuladas a experimentar e introduzir no cardápio diário frutas, legumes e cereais integrais”, diz a pediatra e nutróloga, Junaura Barretto, idealizadora do projeto.

“O projeto também desenvolve atividades dire-cionadas às famílias, incluindo reuniões periódicas, cursos e palestras durante o acompanhamento da criança”, explica dra. Junaura, que conta com a as-sessoria da nutricionista Lilian Brito e da pedagoga Alexandra Lipikson.

Durante as aulas, as crianças também aprendem sobre a higiene correta dos alimentos e valores nu-tricionais, além de algumas regras de etiqueta. “Os conteúdos trabalhados permitem o desenvolvimento da leitura, escrita e raciocínio matemático, além de trabalharmos também o desenvolvimento dos cinco sentidos”, completa dra. Junaura.

A escola de educação nutricional infantil funciona durante todo o ano com turmas regulares para traba-lhar a educação nutricional e construção de hábitos alimentares saudáveis, sempre através do universo lúdico e utilizando a culinária como ferramenta. “Todos os utensílios são adaptados para o público infantil, proporcionado total segurança durante as aulas”, assegura.

Para ajudar na compreensão do conteúdo abor-dado e do benefício de cada alimento durante as aulas

são realizados jogos e brincadeiras, além de utilizadas técnicas de colagem, recorte, massa de modelar, pin-tura, atividades corporais, exibição de vídeos, entre outros. A cada mês, um tema central é trabalhado, como, por exemplo, frutas, legumes, cereais integrais.

Programação de férias

No mês de janeiro, destaque para os cursos “O bê-a-bá do papá” (papinhas para bebês acima de 6 meses), “Cozinhando para crianças” (ensina mães a montarem pratos lúdicos), o “Curso de culinária saudável para domésticas” (ensina a utilizar os ali-mentos de forma econômica e saudável, com noções de higiene e conservação).

Projeto Panela PintadaRua Eduardo José dos Santos – CIS Professor

Fernando Filgueiras, 147, Loja1 - térreoTelefones: (71) 3235-2362 e 3235-7919

[email protected]

No Projeto Panela Pintada, crianças são estimuladas a consumir frutas

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*Junaura Barretto é pediatra-nutró-loga, membro do Departamento

de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), membro do Depar-tamento Científico e da Comissão de

cursos pré-congresso e coordenadora do

CANP que ocorrerá no 35º Congresso de

pediatria.

Junaura Barretto*

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GOQuase um terço da população mun-

dial sofre de deficiência de micronutrien-tes, também conhecida como “fome oculta”. Este problema afeta, princi-palmente, aqueles que vivem em países em desenvolvimento, como o nosso. No início da década de 90, a questão da fome oculta demandou uma atenção em todo o mundo. Ações direcionadas para o diagnóstico e estratégias de prevenção foram implementadas em diversos países.

As deficiências de nutrientes es-senciais não só afetam a saúde humana, mas comprometem o desenvolvimento socioeconômico do país, com reper-cussões importantes na capacidade cognitiva, afetando a produtividades de forma direta.

O número de pessoas acometidas por carências de micronutrientes vem crescendo. No mundo, são cerca de 250 milhões de crianças sob o risco de defici-ência de Vitamina A, a principal causa de cegueira na infância. E, em países onde as campanhas de imunização não estão bem implantadas, milhões de crianças morrem por complicações infecciosas decorrentes desta deficiência, como o sarampo, por exemplo.

As carências de Vitamina A, iodo e ferro afetam cerca de 1/3 da população mundial. Entretanto, existem outras microdeficiências que comumente cau-sam repercussões importantes na saúde humana, como as de zinco e ácido fólico. A população de maior risco para as mi-crodeficiências são os lactentes e crianças, gestantes e idosos.

A Vitamina A é encontrada nos ali-mentos na forma de retinol (precursor). A principal fonte são os alimentos de origem animal (leite e derivados, fígado, peixes, etc.) Nos alimentos de origem vegetal (óleos, frutas e vegetais), encon-tram-se os carotenóides que também são convertidos em Vitamina A .

As recomendações nutricionais (RDA - Recommended Dietary Allowance)

Deficiência de Vitamina Apara a Vitamina A são de 300µg ER/dia para crianças entre 1-3anos; 400 µg ER/dia para crianças de 4-8 anos, 600µg ER/dia para crianças de 9-13 anos; 900µg ER/dia para meninos entre 14-18 anos e 700µg ER/dia para meninas nesta mesma faixa etária. A vitamina A é importante para o desempenho de várias funções no organis-mo, tais como: manutenção da visão normal, reprodução e desenvolvimento do embrião, expressão gênica, diferenciação tissular, ação antioxidante e função imunológica.

A deficiência de Vitamina A (DVA) é um problema de saúde pública em mais da metade dos países. Acomete mais de 125 milhões de crianças menores de 5 anos.

A população mais afetada está em re-giões periurbanas ou em zonas rurais, nas quais o consumo de alimentos que são fonte de Vitamina A é escasso e as infecções são freqüentes e onde também as taxas de mor-talidade infantil são superiores a 70/100.000 nascidos-vivos.

O Brasil foi classificado pela Organiza-ção Mundial de Saúde como um país de carência subclínica grave. Calcula-se que o número de crianças com carência marginal de Vitamina A seja de cinco a dez vezes maior do que o número de crianças que apresentam sintomas decorrentes da defi-ciência desta vitamina.

Os primeiros sinais clínicos da DVA são a cegueira noturna, xerose da conjuntiva, o aparecimento de manchas Bitot e xerose da córnea (xeroftalmia). Com a progressão da doença, ocorre uma ruptura da córnea (queratomalácia) permanente e a úlcera de córnea, evoluindo para a cegueira.

A deficiência subclínica de Vitamina Aumenta a susceptibilidade à infecção, reduz o crescimento físico e aumenta a mortali-dade em algumas doenças, especialmente as infecciosas. Estudos epidemiológicos recentes nos países em desenvolvimento identificaram uma relação entre a deficiência subclínica de Vitamina A e maiores taxas de morbidade e mortalidade por doenças

infecciosas comuns, tais como infecções respiratórias e diarréicas.

Em países em desenvolvimento, a DVA tem sido associada ao sarampo. Esta associação contribui para uma maior morbidade associada ao sarampo. Por este motivo, a Academia Americana de Pediatria recomenda a suplementação de Vitamina A em crianças com sarampo.

Caetano et al. relata, em estudo realizado no Brasil, no qual avaliou técnicas inadequa-das de alimentação complementar do lacten-te, que havia consumo inadequado de ferro, zinco e Vitamina A. Em dados recentes da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) há relato de anemia e DVA em 20,5% das crianças (abaixo de 5 anos) e 17,4% das mulheres.

Existem diversos tipos de indicadores largamente empregados no diagnóstico da DVA, dentre os quais a dosagem de retinol sérico, o retinol no leite materno e inquéritos dietéticos (quantitativo e qualitativos) são os mais práticos e bem aceitos.

As lesões oculares vêm apresentando um decréscimo desde a década de 90, gra-ças às intervenções governamentais para prevenir as deficiências em países de risco.

No Brasil, através da Portaria de nº 2160 publicada em 29 de dezembro de 1994, foi instituído o Programa de Combate à Defici-ência de Vitamina A, através da administra-ção profilática de megadoses na população de maior risco (mulheres em puerpério imediato e crianças). Como estratégia para alcançar uma cobertura ideal, utilizam-se as campanhas de vacinação para a poliomielite e administram-se as doses profiláticas de Vitamina A, por via oral a cada 4/6 meses nas seguintes doses: (100.000 UI para crian-ças entre 6 e 11 meses e 200.000 UI para crianças entre 12 e 59 meses).

No intuito de contribuir com a er-radicação da deficiência subclínica deste micronutriente, os pediatras devem checar se a suplementação profilática está sendo realizada rotineiramente e se os pacientes desnutridos graves já estão realizando a reposição desta vitamina.

Nº 58 | OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO 2011

I M P R E S S O

www.sobape.com.br

INFORMATIVO DA SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA, FILIADA À SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA E ASSOCIAÇÃO BAHIANA DE PEDIATRIA

Atividades programadas

para 2012A valorização e a defesa profissional, além dos investimentos em educação continuada, continu-arão sendo prioridade para a SOBAPE em 2012. Diversas atividades já estão programadas e incluem a realização do Simpósio Norte/Nordeste de Peri-natologia, o Congresso Baiano de Pediatria, Cursos de Suporte Avançado de Vida em Pediatria (PALS) e Curso de Atualização em Pediatria para o TEP, entre outros.

Página 3.

SOBAPE se destaca na realização do 35º Congresso

Brasileiro de Pediatria

Mais de 6 mil pessoas participaram do 35º Congresso Brasileiro de Pediatria

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A Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE) encerrou o ano de 2011 fazendo um balanço positivo das atividades realizadas com vistas à capacitação profissional e valorização do pediatra. Destaque para o 35º Congresso Bra-sileiro de Pediatria, realizado em Salvador no mês de outubro. Pesquisa aplicada após o evento mostra que 82% dos participantes entrevistados consideraram excelente/boa a abrangência do programa. Entre outros itens, os palestrantes convidados também foram avaliados e 91% dos participantes classificaram como excelente/bom o item “domínio dos assuntos abordados”. A próxima edição do Congresso Brasileiro será em Curitiba (PR), em 2013.

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Anemia falciforme: Bahia édestaque em pesquisas

Primeiro estado brasileiro em incidência de anemia falci-forme, com 1:650, segundo dados do Programa Nacional de Triagem Neonatal, a Bahia destaca-se no cenário internacional através dos estudos sobre a patologia realizados na Fiocruz. E, para garantir a uniformização dos protocolos para o tratamento da doença no ambulatório e no hospital, a SOBAPE, através do Departamento de Onco-Hematologia, amplia a divulgação desses procedimentos entre pediatras e hematologistas, além de atuar na promoção da educação continuada.

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Teste do Pezinho: diagnóstico nos primeiros dias de vida

Crianças aprendem a comeralimentos mais saudáveis

Brincar enquanto se aprende a comer bem. É assim que crianças e adolescentes participam das oficinas de culinária do Projeto Panela Pintada, voltado para crianças seletivas e com dificuldades alimentares. A escola de educação alimentar promove atividades para crianças e ado-lescentes, de 3 a 17 anos, com turmas divididas por faixa etária.

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ARTIGO: Leia sobre “Deficiência de Vitamina A”. Página 7