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NOVEMBRO - 2012

Profa. Ma. Suely Melo de Castro Menezes

Discutindo o ENSINO MÉDIO: possibilidades e

desafios

Se o ensino fundamental definitivamente deixou de ser um segmento de exclusão no País, a fratura social deslocou-se assim para o nível médio [...] (MELLO, 1999)

Ensino Médio como etapa final da Educação Básica e sua

missão de preparar o indivíduo para a vida e para o trabalho.

Reflexão sobre dualidade do Ensino Médio, sempre dividido em

suas funções propedêuticas e de terminalidade.

Necessidade de constituir um modelo educacional adequado às novas demandas da sociedade, promove as reformas educacionais: Constituição Federal de 05 de Outubro de 1988 e, posteriormente, com a aprovação da LDBEN, em 20 de dezembro de 1996 e EC 59/2010 e Reso.

ENSINO MÉDIO: proposta de preparar o indivíduo para o enfrentamento:

• da nova geografia política do planeta;

• da globalização econômica;

• da revolução tecnológica;

• de novo exercício da cidadania;

• de novas formas de convivência;

• das novas fronteiras do conhecimento pela

facilidade de acessar, solucionar e processar

informações.

• do jeito novo de organizar o trabalho.

ENSINO MÉDIO: proposta de preparar o indivíduo para o enfrentamento:

Acreditava-se que: Estamos exatamente no ponto de conversão. É este, e nenhum outro, o momento de se pensar qual é a escola média que se pode organizar para esta população que nunca esteve nela. (MELLO, 1999)

ENSINO MÉDIO : em discussão • Função preparatória do Ensino Superior;

• Sistema elitista do Ensino Médio;

• Processo de colonialismo educacional;

• Desvalorização do processo educativo geral;

• Supervalorização dos processos seletivos;

• Descolamento das propostas reais da Educação

Básica e dos resultados (primeiros classificados).

PERFIL DAS PROPOSTAS EM ENSINO MÉDIO EM OFERTA: • Meramente conteudistas;

• Políticas disciplinares;

• Concorrência estimulada;

• Foco nos resultados dos processos seletivos;

• Despreocupação com o preparo do aluno que vai para o mercado de trabalho.

TRAJETÓRIAS DOS PROCESSOS SELETIVOS DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS

• Processo Seletivos por áreas de interesse;

• Seletivos Unificados;

• Sistemas seletivos seriados;

• Adoção do ENEM.

NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENSINO MÉDIO:

• Emenda Constitucional nº. 59/2009 – amplia a escolaridade obrigatória, abrangendo o ensino médio, medida a ser implementada até 2016;

• Resolução CEB 04/2010; • Projeto de PNE para o decênio de 2011

a 2020.

CONCEITOS A SEREM INCORPORADOS: • Novos limites ou limites ampliados para

jornada integral e tempos parciais; (meta nº. 6 do PNE)

• Matriz curricular propulsora de movimento, dinamismo curricular e educacional;

• Constituição de redes de aprendizagem pelo pacto dos atores envolvidos.

CONCEITOS A SEREM INCORPORADOS: • Incorporação no cotidiano escolar dos recursos tecnológicos de informação e comunicação;

• Melhores resultados brasileiros nas avaliações nacionais. (meta nº. 7 do PNE)

O ENSINO MÉDIO E DESAFIOS A SEREM

ENFRENTADOS

Desafio 01 • Superação do processo de acesso elitista pela oferta obrigatória da Educação Básica para alunos de 4 a 17 anos pela vivência de um currículo geral para o conjunto orgânico, sequencial e articulado das etapas e modalidades da Educação Básica que possibilita acesso, permanência e sucesso efetivo para a vida dos jovens. (metas 1, 2, 3 e 4 do PNE)

Desafio 02 • Definição de política educacional que assuma a realidade proposta para a Educação Básica, ampliando a cobertura do ensino médio e preparando o alunado para o enfrentamento do mundo de hoje e também para a continuidade de estudos.

Desafio 03 • Revisão e melhoria das políticas de formação docente, educação continuada e valorização dos profissionais.

Desafio 04 • Reorganização das políticas de terminalidade e da articulação entre Educação Básica e Ensino Superior desfocando dos processos seletivos como meta prioritária.

Desafio 05 • Consenso entre IES e Instituições da EB na oferta do Ensino Médio, na revisão curricular e programática da modalidade a partir da seleção de matrizes curriculares e dos programas avaliativos dos processos seletivos.

Desafio 06 • Chamamento do Sistema Nacional de Educação para em Regime de Colaboração, onde cada esfera educacional ofereça contribuições para o enfrentamento das políticas públicas fragmentadas e superação da desarticulação entre instituições.

Desafio 07 • Buscar sustentação financeira para os projetos junto ao Governo Federal:

• Ampliação da participação nas discussões do FUNDEB;

• Ampliação de pelo menos 10% do PIB em Educação;

•Se aplique na Educação Básica 7% excluindo os custos indiretos;

•Estabelecer e regulamentar o custo aluno (CAQI) que garantirá qualidade no atendimento das demandas reais.

Desafio 08 • Organizar um currículo para Formação Básica;

• Desbastar o enciclopedismo;

• Resignificar os conteúdos;

• Trabalhar as linguagens como formas de expressão e comunicação;

• Construção de conhecimentos que mobilizem mais o raciocínio e menos a memória;

cont. Desafio 08 •Adotar estratégias de ensino diversificadas;

• Promover a reconstrução ou reinvenção do conhecimento transposto;

• Organizar os conteúdos em áreas de estudos interdisciplinares;

• Tratar conteúdos de forma contextualizada presentes nas situações de aprendizagem.

Desafio 09 Que assegure competências básicas como:

• Aprender a aprender;

• Exercitar a pensar;

• Produzir o conhecimento;

• Relacionar o conhecimento com a experiência cotidiana;

• Dar significado ao aprendizado;

cont. Desafio 09

• Captar o significado do mundo;

•Fazer a ponte entre teoria e prática;

• Fundamentar a crítica;

• Argumentar com base em fatos;

• Lidar com os sentimentos que a aprendizagem desperta.

Desafio 10 •Construção coletiva de proposta da identidade do Ensino Médio do Pará pelo compartilhamento de ações em um Fórum de Discussões (CEE) que analise as mudanças necessárias a serem implantadas a partir de 2013 e proponha modificações efetivas nas práticas das instituições educacionais do Pará que atendem ao ingressante ou ao egresso do Ensino Médio.

"Sobre os vestibulares: Se eu fizer os exames vestibulares, não passarei. E se o novo reitor da UNICAMP fizer os vestibulares, não passará. Se o Ministro da Educação fizer os vestibulares, não passará. Se os professores das universidades fizerem os vestibulares, não passarão. Se os professores dos cursinhos que preparam os alunos para passar nos vestibulares fizerem os vestibulares, não passarão (cada professor só passará na disciplina em que é especialista...). Se aqueles que preparam as questões para os vestibulares fizerem os vestibulares, não passarão. Então me digam, por favor: por que é que os jovens adolescentes têm de passar no vestibular? Os vestibulares são um desperdício de tempo, de dinheiro, de vida e de inteligência. Passados os exames, a memória (inteligente) se encarrega de esquecer tudo A memória não carrega peso inútil. "

Rubem Alves