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    NDICE

    1. Organizao do Sistema Eltrico de PotenciaSEP................................................. 3

    2. Organizao do trabalho............................................................................................... 7

    3. Aspectos comportamentais.......................................................................................... 9

    4. Condies impeditivas para servios........................................................................ 14

    5. Riscos tpicos no SEP e sua preveno.................................................................... 15

    6. Tcnicas de anlise de Risco no SEP........................................................................ 20

    7. Procedimentos de trabalhoanlise e discusso................................................... 21

    8. Tcnicas de trabalho sob tenso............................................................................... 22

    9. Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservao,verificao, ensaios).................................................................................................... 33

    10. Sistemas de proteo coletiva................................................................................. 41

    11. Equipamentos de proteo individual..................................................................... 44

    12. Posturas e vesturios de trabalho........................................................................... 51

    13. Segurana com veculos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos.. 53

    14. Sinalizao e isolamento de reas trabalho........................................................... 58

    15. Liberao de instalao para servio e para operao e uso............................... 60

    16. Treinamento em tcnicas de remoo, atendimento, transporte deAcidentados............................................................................................................... 61

    17. Acidentes tpicos (*)Anlise, discusso, medidas de proteo........................ 64

    18. Responsabilidades.................................................................................................... 66

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    DIRETRIZES PARA AES DE CAPACITAO DEFINIDAS PELA INSTRUO DERACREQUISITO DE ATIVIDADES CRTICAS

    Segurana no Sistema Eltrico de Potncia (SEPNR10)

    Obrigatoriedade: NR-10

    Carga horria: 40h

    Objetivos de aprendizagem: ao final da capacitao, o profissional dever:

    Compreender os benefcios individuais e coletivos da preveno de acidentes noSistema Eltrico de Potncia;

    Desenvolver a percepo de preveno dos riscos associados execuo detrabalhos no Sistema Eltrico de Potncia;

    Compreender a importncia do uso de acessrios de segurana;

    Atuar preventivamente;

    Contribuir para a diminuio do nmero de acidentes;

    Aplicar os conceitos, requisitos e procedimentos de segurana referentes aotrabalho em Sistema Eltrico de Potncia;

    Aperfeioar as prticas de segurana dos profissionais que atuam em atividadescom Sistema Eltrico de Potncia.

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    CAPTULO 1ORGANIZAO DO SISTEMA ELTRICO DE POTNCIA

    1.1 O SETOR ELTRICO

    O novo marco regulatrio do setor eltrico brasileiro foi definido pela Lei 10.848/2004, que estabelece regrasclaras, estveis e transparentes que possibilitam a efetiva garantia do suprimento para o mercado e aexpanso permanente das atividades intrnsecas do setor (gerao, transmisso e distribuio), sendo talexpanso vinculada segurana e busca da justa remunerao para os investimentos, assim como universalizao do acesso e do uso dos servios - alm da modicidade tarifria, em um horizonte de curto,mdio e longos prazos.

    As modificaes introduzidas pela Lei 10.848 trouxeram novas perspectivas ao setor, tendo como horizontea retomada dos investimentos na gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica. O Decreto5.081/2004 - que regulamentou o novo marco regulatrio do setor eltrico - especifica as providnciasnecessrias para alcanar os objetivos propostos:

    Promover a modicidade tarifria.

    Garantir a segurana do suprimento.

    Criar um marco regulatrio estvel.

    Para implementar tais metas, foram detalhadas as regras de comercializao de energia eltrica, a seguirenumeradas:

    O principal instrumento para modicidade tarifrio o leilo para a contratao de energia pelasdistribuidoras, com o critrio de menor tarifa.

    Por sua vez, a segurana de suprimento baseada nos seguintes princpios:

    Garantir a segurana do suprimento.

    Criar um marco regulatrio estvel.

    A construo eficiente de novos empreendimentos viabilizada por meio das seguintesmedidas:

    Leiles especficos para contratao de novos empreendimentos de geraode energia.

    Celebrao de contratos bilaterais de longo prazo entre as distribuidoras e osvencedores dos leiles, com garantia de repasse, dos custos de aquisio daenergia s tarifas dos consumidores finais.

    Licena ambiental prvia de empreendimentos hidreltricos candidatos.

    Este conjunto de medidas permite reduzir os riscos do investidor, possibilitando o financiamento do projeto ataxas atrativas, com benefcios para o consumidor.

    A criao de um marco regulatrio estvel requer uma clara definio das funes e atribuies dos agentesinstitucionais. Assim, em particular, o novo modelo:

    Esclarece o papel estratgico do Ministrio de Minas e Energia, enquanto rgo mandatrio daUnio.

    Refora as funes de regulao, fiscalizao e mediao da Agncia Nacional de Energia Eltrica

    (Aneel). Organiza as funes de planejamento da expanso, de operao e de comercializao.

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    Fonte: Assessoria de Comunicao Social (MME)

    1.2 OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELTRICO

    ONS foi criado em 1998, com a finalidade de operar o Sistema Interligado Nacional (SIN) e administrar arede bsica de transmisso de energia em nosso pas.

    A sua misso institucional assegurar aos usurios do SIN a continuidade, a qualidade e a economicidadedo suprimento de energia eltrica, de acordo com a lei 10.484/04.

    So misses do ONS:Propor ao Poder Concedente as ampliaes das instalaes da rede bsica, bemcomo os reforos dos sistemas existentes, a serem considerados no planejamento da expanso dossistemas de transmisso; e propor regras para a operao das instalaes de transmisso da rede bsicado SIN, a serem aprovadas pela ANEEL.

    uma organizao civil de direito privado, sem fins lucrativos, responsvel pela operao centralizada eintegrada das instalaes de gerao e transmisso de energia eltrica no Sistema Interligado Nacional.

    As atividades desempenhadas pelo Operador Nacional do Sistema Eltrico produzem benefcios para todos

    os agentes setoriais. Tambm tm efeitos sobre os consumidores e, de forma mais geral, sobre a sociedadecomo um todo. Alguns dos principais benefcios que o ONS proporciona so:

    Para os agentes setoriais

    Otimizao dos recursos de gerao e confiabilidade no uso da rede de transmisso.

    Garantia de livre acesso rede bsica de transmisso para a compra e venda de energia.

    Fornecimento de informaes confiveis e atualizadas sobre a operao do SIN e de sinalizaotcnico-econmica das condies futuras de atendimento.

    Viabilizao de um mercado de energia eltrica sadio, atuando com integridade, transparncia e

    eqidade no relacionamento tcnico com os agentes.

    Para os consumidores

    Garantia de padres adequados de qualidade e continuidade do suprimento.

    Garantia da confiabilidade e do menor custo da energia eltrica produzida.

    Condies tcnicas para a opo de escolha de fornecedor pelos consumidores livres.

    Para a sociedade

    Reduo dos riscos de falta de energia eltrica.

    Aumento da eficincia do servio de eletricidade, contribuindo para alavancar recursos parainvestimentos pelas empresas.

    Aumento da competitividade em todas as atividades econmicas que usam a energia eltrica comoinsumo relevante.

    1.3 SIN - SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL

    Com tamanho e caractersticas que permitem consider-lo nico em mbito mundial, o sistema de produoe transmisso de energia eltrica do Brasil um sistema hidrotrmico de grande porte, com fortepredominncia de usinas hidreltricas e com mltiplos proprietrios. O Sistema Interligado Nacional

    formado pelas empresas das regies Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da regio Norte. Apenas3,4% da capacidade de produo de eletricidade do pas encontram-se fora do SIN, em pequenos sistemasisolados localizados principalmente na regio amaznica.

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    O Sistema Interligado Nacional responsvel pelo atendimento de cerca de 98% do mercado brasileiro deenergia eltrica. Ao final de 2005, a capacidade instalada no SIN alcanou a potncia total de 84.177 MW,dos quais 70.014 MW em usinas hidreltricas (incluindo 7.000 correspondentes a 50% da capacidadeinstalada de Itaipu destinada ao mercado brasileiro) e 14.163 MW em usinas trmicas (incluindo 2.007 MWde origem nuclear e 786 MW de usinas emergenciais). A capacidade de produo total disponvelcorrespondeu a 90.447 MW, devido agregao de 2.192 MW de disponibilidade de importao daArgentina e 4.078 MW de Itaipu, contratados ANDE/Paraguai.

    Considerando o acrscimo de gerao e a desativao de usinas trmicas emergenciais, a capacidade totalinstalada cresceu 2,52% em relao a dezembro de 2004.

    A rede bsica de transmisso, compreendendo as tenses de 230 kV a 750 kV, atingiu em dezembro de2005 uma extenso de 83.049 km, englobando 851 circuitos de transmisso e uma capacidade detransformao de 184.790 MVA. Os valores citados resultam de um acrscimo de 3.042 km de novas linhasde transmisso e de 6.343 MVA de novos transformadores, correspondendo a um crescimento em relaoao ano anterior de 3,8% e 3,6%, respectivamente. A operao integrada do SIN em 2005 ocorreu dentro dospadres estabelecidos nos Procedimentos de Rede, objetivando atender simultaneamente aos requisitos desegurana eltrica e minimizao dos custos operativos.

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    1.4 GERAO DE ENERGIA NO BRASIL

    A energia eltrica que alimenta as indstrias, o comrcio e as residncias so gerados

    principalmente em usinas hidreltricas, onde a passagem da gua por turbinas geradoras transformam a

    energia mecnica, originada pela queda dgua, em energia eltrica.

    SEP SISTEMA ELTRICO DE POTNCIA

    Quando se fala no setor eltrico, refere-se, normalmente, ao Sistema Eltrico de Potncia (SEP),

    definido como o conjunto de todas as instalaes e equipamentos destinados operao, transmisso e

    distribuio de energia eltrica incluindo-se tambm a medio.

    O SEP trabalha com diferentes nveis de tenso, classificadas em alta e baixa tenso e

    normalmente com corrente eltrica alternada de freqncia 60 Hertz. Conforme definio dada pela Norma

    Regulamentadora N 10 e pela ABNT atravs das NBR (Normas Brasileiras Registradas), considera-se

    baixa tenso, a tenso superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contnua e igualou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 em corrente contnua, entre fases ou entre fase e

    terra. Da mesma forma considera-se alta tenso, a tenso superior a 1000 volts em corrente alternada ou

    1500 volts em corrente contnua, entre fases ou entre fase e terra.

    SISTEMA ELTRICO DE POTCIA

    SISTEMA ELETRICO DE CONSUMO

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    CAPTULO 2 - ORGANIZAO DO TRABALHO

    2.1 PROGRAMAO E PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES

    Esta etapa consiste do planejamento das atividades que sero executadas, levantamento de

    recursos, formao de equipe e definio de procedimentos bsicos para a execuo de

    atividades/trabalhos em sistemas e instalaes eltricas. O Planejamento do servio constitui-se em um dos

    fatores essenciais para a Preveno de Acidentes de Trabalho. Nesta fase, podem-se detectar as condies

    inseguras e os riscos de acidentes que podero ocorrer durante a realizao de uma determinada tarefa a

    ser executada. A partir do momento que se conhecem desvios e possveis riscos, podem-se determinar as

    medidas de controle.

    2.2 ATRIBUIES DO SUPERVISOR

    Compete ao Supervisor de cada equipe em conjunto com os demais componentes, a

    responsabilidade direta pela realizao das tarefas livres de Acidentes do Trabalho. Este deve planejar e

    discutir cuidadosamente os servios, de forma a garantir que todos os Mtodos e Procedimentos de

    Segurana sejam adotados, para o controle efetivo dos riscos de acidentes.

    Seguem algumas premissas determinadas na NR 10:

    Os servios somente devem ser atribudos a empregados que estiverem habilitados e autorizados a

    execut-los. As tarefas devem ser distribudas de acordo com a capacidade tcnica de cada um.

    Os empregados que forem designados para executar trabalhos em instalaes eltricas devem possuir

    capacitao atravs de treinamento para as tarefas especficas, para prestar os primeiros socorros em caso

    de acidentes e utilizao de agentes extintores para combater princpios de incndios.

    O planejamento deve prever os riscos de contato do empregado com os componentes energizados das

    instalaes, para os quais devero ser adotados protetores isolantes e sinalizao delimitando a rea de

    risco.

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    Todo condutor ou equipamento eltrico, somente poder ser considerado desenergizado, depois de

    seccionado, impedido, testado para verificao de ausncia de tenso, devidamente aterrado, protegido

    partes energizadas e sinalizados.

    Qualquer trabalho a ser efetuado em instalaes eltricas energizadas ou que possam ficar

    acidentalmente sob tenso, somente poder ser realizado com a utilizao de EPIs adequados, com classe

    de tenso compatvel com a das instalaes. Especial cautela deve ser destacada na sinalizao da rea de trabalho como forma de evitar que

    pessoas estranhas entrem na rea da realizao de atividades e que possam ser acidentalmente atingidas.

    2.3 CUIDADOS PRELIMINARES ANTES DO INCIO DOS SERVIOS

    Alguns cuidados devem ser tomados, antes de se iniciar um servio na rea de subestao.

    2.3.1 CHEGANDO AO LOCAL DE SERVIO

    O tcnico responsvel pela programao dos servios em alta tenso, ou no SEP, acompanhado ou

    no pelo Encarregado, deve levantar previamente as caractersticas do local de trabalho, bem como os

    riscos para realizar a Analise de risco da Tarefa e Permisso para Trabalho (caso necessrio). O executante

    dever observar o cenrio da realizao da atividade, levando em conta todas possveis fontes de risco ou

    perigo em que estar exposto durante a execuo da atividade.

    Antes de realizar qualquer trabalho deve tambm observar a necessidade de comunicao

    utilizando telefone, rdio ou outro meio de comunicao disponvel.

    2.3.2 PRONTURIO E CADASTRO DAS INSTALAES

    PIE - Pronturio das Instalaes Eltricas uma coletnea de documentos essencialmente tcnicos

    e de segurana. Portanto um manual com as indicaes teis, onde esto contidas as informaes, em

    pastas distintas, sobre o gerenciamento desta ao e sua gesto, os sistemas e instalaes eltricas, suas

    plantas da empresa com a disposio de suas diversas instalaes, os diagramas gerais, memrias de

    clculos estabelecidos para as instalaes eltricas, relatrios de vistorias tcnicas e anlises de campo,

    laudos, contratos e contrataes, planilhas de planejamentos, investimentos, os planos para as atividades

    em manutenes e instalaes, fotos, projetos de implantaes ou alteraes programadas e suas

    especificaes, orientaes de manutenes e segurana, dados sobre Anlises Prvias de Riscos.

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    CAPTULO 3 - ASPECTOS COMPORTAMENTAIS

    3.1 RELAES INTERPESSOAIS

    As relaes interpessoais permeiam a vida humana e se desenvolvem atravs da interao entre as

    pessoas. Este processo de interao envolve trocas, comunicaes e contato entre as pessoas. Esteprocesso denomina-se relaes interpessoais.

    Os indivduos tendem a apresentar trs necessidades interpessoais: Incluso, Controle e Afeio.

    INCLUSO: consiste na necessidade do indivduo de estabelecer e manter relacionamentos

    satisfatrios com outras pessoas, visando interagir e associar-se. Por meio destes relacionamentos a

    pessoa poder vir a sentir que significante e que tem valor pessoal. A fase de incluso se encerra quando

    o indivduo tem sua presena assegurada dentro do grupo e sabe que a sua ausncia ser percebida pelas

    demais pessoas.

    CONTROLE: consiste na necessidade do indivduo de estabelecer e manter relacionamentos

    satisfatrios com as pessoas em termos de controle e fora. Esta necessidade inclui um sentimento de ser

    capaz de respeitar e ser respeitado.

    AFEIO: compreendida como a necessidade de estabelecer e manter um sentimento mtuo de

    amor e afeio com outras pessoas. Inclui sentir que capaz de amar e ser digno de ser amado.

    Nota-se que estas necessidades visam a manter o equilbrio das relaes, na medida em que

    almejam no somente o comportamento da prpria pessoa como tambm das demais com as quais

    interage.

    As pessoas sentem, percebem, pensam e se comportam de maneira diferente e isto influencia a

    interao entre elas. Desta forma, percebe-se que os serem humanos tm alguns aspectos semelhantes e

    outros bem distintos, tais como: motivaes, necessidades, atitudes, etc. Denominamos estes aspectos de

    diferenas individuais.

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    3.1.1 DIFERENAS INDIVIDUAIS

    Para a compreenso das diferenas individuais, importante se atentar para o fato de que o ser

    humano pode ser entendido sob as seguintes dimenses:

    INTELECTUAL: inclui a habilidade de pensar e raciocinar.

    SENTIMENTAL: inclui sentimentos e emoes.

    CORPORAL: consiste na capacidade de senso percepo (dimenso fsica, sensorial e percepo do

    agir).

    ESPIRITUAL: inclui as crenas e valores adquiridos por meio da interao social.

    As diferenas individuais so determinadas por trs fatores:

    GENTICO: consiste nas caractersticas biolgicas herdadas dos antepassados.

    SCIO-CULTURAL: consiste em caractersticas influenciadas e desenvolvidas no ambiente em que se

    vive. Inclui o conjunto de valores, crenas e costumes.

    PSICOLGICO: este fator decorre da combinao entre a experincia de vida, a educao e o

    temperamento do indivduo.

    Conclui-se, portanto, que as diferenas individuais constituem as formas pelas quais os indivduos

    se distinguem ao agir. Essas diferenas podem ser percebidas atravs das seguintes abordagens: fatores

    fsicos; emoes; atitudes; valores; personalidades; percepes; comportamentos; pontos de vista; nveis

    educacionais; habilidades sociais; etc.

    3.2 TRABALHO EM EQUIPE

    Atualmente, o trabalho em equipe vem sendo incentivado em praticamente todas as reas de

    atividade humana. Contudo, o que se observa, muitas vezes, que o trabalho que vem sendo denominado

    de trabalho em equipe na realidade se constitui um trabalho em grupo, ou vice-versa. Portanto,

    interessante atentar-se para o fato de que toda equipe um grupo, mas nem todo grupo constitui-se em

    uma equipe.

    GRUPO:consiste em um conjunto de pessoas que tm objetivos comuns e que, geralmente, se agrupam

    por afinidades.

    EQUIPE: consiste em um conjunto de pessoas que tm objetivos comuns e que atuam objetivando ocumprimento de metas especficas.

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    TIPOS DE EQUIPE:

    Equipe Funcional: composta por um chefe e seus subordinados diretos.

    Equipe Autogerencivel: composta por um grupo de colaboradores responsveis pela execuo de

    um processo ou segmento de trabalho. Os membros da equipe devem lidar com problemas do dia-a-dia,

    planejar e controlar suas atividades.

    Equipe Interfuncional ou Multidisciplinar: responsvel por uma gama de atividades que at ento

    eram praticadas isoladamente.

    IMPORTNCIA DO TRABALHO EM EQUIPE

    Estudos comprovam que o trabalho em equipe contribui para o aumento da produtividade, a

    melhora da resoluo de conflitos, a melhoria na qualidade de produtos e servios, a melhor utilizao de

    recursos, etc. importante notar que uma equipe se forma ou se dilui a depender da meta a ser alcanada,

    sendo assim, percebe-se a necessidade da equipe possuir objetivos, para que consiga se manter e se

    desenvolver.

    3.2.3 CONFLITOS: COMPREENSO E MEDIAO

    COMPREENSO: O conflito interpessoal inerente vida do grupo na medida em que as

    pessoas apresentam caractersticas diferentes que iro influenciar suas escolhas e comportamentos.

    So, portanto, os interesses pessoais e as diferenas de objetivos que conduzem a alguma espcie de

    conflito.MEDIAO DE CONFLITOS: um meio alternativo de soluo de controvrsias e/ou impasses,

    onde um terceiro, que esteja neutro e imparcial situao, que tenha a confiana das partes, intervm entre

    elas visando solucionar as pendncias entre as partes.

    Percebe-se, portanto, que o mediador no decide nada; quem ir decidir so as partes envolvidas

    diretamente no conflito.

    3.3 COMUNICAO

    3.3.1 DEFINIO:Consiste na troca de informaes (idias ou sentimentos) entre as pessoas.

    3.3.2 TIPOS DE COMUNICAO:

    Verbal (fala ou escrita);

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    No-Verbal (gestos, expresses faciais, posturas, movimentos do corpo, etc.).

    3.3.3 COMPONENTES DA COMUNICAO:

    MENSAGEM: Consiste na informao a ser transmitida.

    EMISSOR: Quem formula e envia a mensagem, ou seja, quem fala, escreve ou gesticula.

    RECEPTOR: Quem recebe e interpreta a mensagem, ou seja, quem ouve, l, v ou gesticula em

    resposta.

    CANAL: Consiste na forma pela qual a mensagem transmitida (mensagens faladas, escritas ou

    gestuais).

    3.3.4 FATORES IMPORTANTES PARA UMA COMUNICAO CLARA E EFICAZ:

    Sempre que possvel, comunique diretamente com a pessoa.

    Olhe para a pessoa enquanto ela fala.

    Procure usar palavras que todos entendam e que sejam adequadas para transmitir sua mensagem.

    Se algum aspecto da mensagem no ficou claro para voc, tire sua dvida com quem lhe transmitiu a

    mensagem.

    3.3.6 IMPORTNCIA DA COMUNICAO

    A deficincia na comunicao empobrece o relacionamento pessoal na medida em que rompe ou dificulta o

    processo natural de aprendizagem e de ajustamento social. Isso acontece porque a comunicao

    responsvel pela mediao da relao entre pessoas distintas, com histrias e necessidades prprias e que

    trazem informaes diferentes. importante atentarmos para estas diferenas, pois sempre existir

    comunicao entre as pessoas: seja atravs de palavras, gestos, expresso facial, silncio, movimentaodo corpo, etc.

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    3.4 MOTIVAO

    O estudo da Motivao tenta explicar os motivos pelos quais as pessoas se comportam. Sendo

    assim, consiste no processo psicolgico que leva o indivduo a fazer esforos para obter determinado

    resultado, ou seja, a fora que estimula as pessoas a agir.

    Necessidades Fisiolgicas: so consideradas bsicas, ou de origem

    biolgica, e visam garantir a manuteno da vida do indivduo. Ex.: fome,

    sede, sono, repouso, etc. Essas necessidades so inatas, ou seja,

    acompanham o indivduo desde o momento de seu nascimento e podem

    ser hereditrias. Enquanto essas necessidades no forem satisfeitas, os

    indivduos, provavelmente, daro pouca importncia aos demais nveis de

    necessidades.

    Necessidade de Segurana: refere-se necessidade de estar protegido e livre de perigos (sejam eles

    reais ou imaginrios, fsicos ou abstratos) e da privao de necessidades fisiolgicas bsicas.

    Necessidade Social: refere-se a necessidade de se relacionar com outras pessoas. Est direcionada

    aceitao social, associao, participao, amizade, afeto, amor, etc.

    Necessidade de Estima: est relacionada com a auto-avaliao e a auto-estima, ou seja, com a

    maneira que a pessoa se v e se avalia. Envolve reconhecimento por parte dos outros, prestgio, reputao,

    status, autoconfiana, etc.

    Necessidade de Auto-Realizao: est relacionada com desejos de crescimento pessoal eprofissional, de potencial e de contnuo desenvolvimento ao longo da vida. Sendo assim, responsvel por

    impulsionar o indivduo a tornar-se mais do que j e de vir a ser tudo aquilo que se pode ser. Pessoas

    auto-realizadas desenvolvem iniciativa, espontaneidade e capacidade para resoluo de problemas. Estas

    necessidades esto relacionadas com a autonomia, autocontrole, independncia, etc.

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    CAPTULO 5 - RISCOS TPICOS DO

    5.1 PROXIMIDADE E CONTATOS COM PARTES ENERGIZADAS

    5.1.1 CHOQUE ELTRICO

    O resultado da falta de preveno envolvendo a eletricidade resulta na exposio dos trabalhadoresao agente fsico de risco: o choque eltrico.

    O choque eltrico o principal causador de acidentes no setor eltrico e geralmente originado por

    contato do trabalhador com partes energizadas do sistema.

    5.1.2 ARCO VOLTAICO

    Constitui-se em outro risco de origem eltrica. O arco-voltaico pode ser definido como um curto-

    circuito atravs do ar entre duas partes "vivas" do circuito ou entre uma parte "viva e a terra.

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    5.1.3 DESCARGAS ATMOSFRICAS

    Atravs do raio, acontece o choque atmosfrico que o recebimento de descarga atmosfrica.

    Partculas com carga eltrica negativa (eltrons) correm por uma trilha invisvel em direo ao solo.

    Pouco antes de tocarem o cho, atraem partculas eltricas de carga positiva. A carga positiva salta em

    direo ao cu e fecha o circuito eltrico, que aparece na forma de raio luminoso.

    5.1.4 ELETRICIDADE ESTTICA

    A eletricidade esttica se manifesta sempre que uma pessoa faz contato com equipamentos que

    possuam eletricidade esttica. O corpo humano funciona como meio de escoamento da corrente para a

    terra. Existem locais que so mais propcios para o acumulo da energia esttica: fabricao de

    componentes eletrnicos (perdas); silos (cimento, cereais, particulados inflamveis); postos de distribuio

    de combustveis; indstrias com atmosferas inflamveis (plvora, serrarias, tecelagens) e turbilhonadores emisturadores.

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    5.1.5 CAMPO ELETROMAGNTICO

    O campo magntico gerado quando da passagem da corrente eltrica alternada nos meios

    condutores.

    5.2 COMUNICAO E IDENTIFICAO

    imprescindvel a existncia de rdio transceptor ou de qualquer outro meio de comunicao daequipe para melhor atender s necessidades de comunicao com a operao como forma de garantir asegurana durante as atividades.

    5.3 TRABALHOS EM ALTURA - RISCOS DE QUEDA

    As quedas constituem-se numa das principais causas de acidentes no sistema eltrico de potncia,sendo caracterstica de diversos ramos de atividade, mas muito representativa nas atividades de construoe manuteno em que se mantm no alto a exemplos de postes, bandejamento e outros.

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    5.4 RISCOS NO TRANSPORTE E COM EQUIPAMENTOS

    Neste item sero abordados riscos de acidentes envolvendo transporte de trabalhadores e a

    utilizao de veculos de servio e equipamentos.

    5.4.1 VECULOS A CAMINHO DOS LOCAIS DE TRABALHO EM CAMPO

    comum o deslocamento dirio dos trabalhadores at os efetivos pontos de prestao de servios.Esses deslocamentos expem os trabalhadores aos riscos caractersticos das vias de transporte.

    terminantemente proibido o transporte de trabalhadores em carrocerias abertas ou

    cobertas que no sejam homologadas pelos rgos competentes.

    RISCOS DE ATAQUES DE INSETOS

    Ataques de insetos, tais como abelhas e marimbondos e outros, ocorrem na execuo de servios

    em subestaes, leitura de medidores construo e montagem de equipamentos e etc. Para prevenir estetipo de risco os trabalhadores devem usar vestimenta adequada ou seguir orientaes internas ou seguir

    orientaes da empresa.

    ATAQUE DE ANIMAIS

    Ocorre, sobretudo, nas atividades de construo, superviso e manuteno em regies silvcolas e

    florestais. Ateno especial deve ser dada possibilidade de picadas de animais peonhentos nessas

    regies.

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    5. 7 RISCOS EM AMBIENTES FECHADOSCONFINADOS

    Espao Confinado qualquer rea ou ambiente no projetado para ocupao humana contnua,

    que possua meios limitados de entrada e sada, cuja ventilao existente insuficiente para remover

    contaminantes ou onde possa existir a deficincia ou enriquecimento de oxignio conforme determinado

    pela NR 33. Alm desses riscos, nos trabalhos executados em redes de energia eltrica subterrneas,

    devido proximidade com redes de esgoto e locais encharcados, existe a possibilidade de contaminaopor agentes biolgicos, portanto deve-se avaliar o ambiente e seguir determinaes internas da empresa.

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    CAPTULO 6 - TCNICAS DE ANLISE DE RISCO NO SEP

    Trata-se de uma tcnica de anlise prvia de risco que tem como objetivo antecipar ocorrncias

    danosas para as pessoas, processos, equipamentos ou meio ambiente. realizada por meio de estudos,

    questionamentos, levantamentos, detalhamentos, uso de criatividade, anlises crticas e autocrticas eprincipalmente da avaliao das condies ambientais. AST Anlise de Segurana da Tarefa permite uma

    viso tcnica antecipada do trabalho a ser executado, identificando os riscos envolvidos em cada passo da

    tarefa, e ainda propicia condio para evit-los ou conviver com eles em segurana.

    Esta tcnica pode ser aplicada a todas as atividades. Uma grande virtude da aplicao desta

    tcnica de anlise preliminar de risco o fato de ela promover e estimular o trabalho em equipe e a

    responsabilidade solidria.

    O objetivo do formulrio de Anlise de preliminar de risco criar o hbito dos trabalhadores

    verificarem os itens de segurana antes de se iniciar as atividades, auxiliando na deteco, na preveno

    dos riscos de acidentes e no planejamento das tarefas, enfocando os aspectos de segurana.

    Dever ser preenchido de acordo com as regras de Segurana do Trabalho. A Equipe somente

    dever iniciar cada atividade, aps realizar a identificao de todos os riscos, medidas de controle e aps

    concluir o respectivo planejamento da atividade.

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    CAPTULO 7PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

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    CAPTULO 8 TCNICAS DE TRABALHO SOB TENSO

    8.1TRABAL

    HOSEMTENSO-MANUTENOCOMALINHA

    DESENERGIZADA

    T

    odas as atividades envolvendo manuteno devem priorizar os trabalhos com circuitos desenergizados.

    Mesmo aps a linha ser desenergizada, os servios devem ser executados obedecendo a procedimentos e

    medidas de segurana adequadas.

    Somente sero consideradas desenergizadas as instalaes eltricas liberadas para servio

    mediante os procedimentos apropriados: seccionamento, impedimento de reenergizao, constatao da

    ausncia de tenso, instalao de aterramento temporrio com equipotencializao dos condutores dos

    circuitos, proteo dos elementos energizados existentes e instalao da sinalizao de impedimento de

    energizao.

    8.2

    SECCION

    AMENTO

    O

    primeiro

    procedime

    nto para

    desenergiz

    ar o circuito o seccionamento. Os dispositivos de seccionamento podem estar localizados nas

    subestaes ou no campo. Constituem-se equipamentos de seccionamento: chaves fusveis, chaves

    seccionadoras, interruptores, disjuntores ou religadores.

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    8.3 IMPEDIMENTO DE REENERGIZAO - DISPOSITIVOS DE BLOQUEIO

    Bloqueio ou travamento a ao destinada a manter, por meios mecnicos um dispositivo de

    manobra fixa numa determinada posio, de forma a impedir uma ao no autorizada. Assim, dispositivos

    de travamento so aqueles que impedem o acionamento ou religamento de dispositivos de manobra

    (chaves, interruptores). Estes dispositivos geralmente utilizam cadeados. importante que tais dispositivos possibilitem a utilizao de mais de um bloqueio, ou seja, a

    insero de mais de um cadeado. Este tipo de bloqueio imprescindvel sempre que houver mais de uma

    equipe de manuteno trabalhando no mesmo circuito. importante salientar que o controle do dispositivo

    de travamento individual por trabalhador.

    Toda ao de bloqueio ou travamento deve estar acompanhada de etiqueta de sinalizao, com o

    nome do profissional responsvel, data, setor de trabalho e forma de comunicao.

    As empresas devem possuir procedimentos padronizados do sistema de bloqueio ou travamento,

    documentado e de conhecimento de todos os trabalhadores, alm de etiquetas, formulrios e ordens

    documentais prprias.

    Cuidado especial deve ser dado ao termo Bloqueio, que no SEP (sistema eltrico de potncia)

    tambm consiste na ao de impedimento de religamento automtico de circuito, sistema ou equipamento

    eltrico. Isto , quando h algum problema na rede, devido a acidentes ou desfunes, existem

    equipamentos destinados ao religamento automtico do disjuntor na subestao, que reconectam (religam)

    os circuitos automaticamente tantas vezes quanto for pr-programado e, consequentemente, podem colocar

    em perigo os trabalhadores. Quando se trabalha em linha viva, obrigatria a desativao desse

    equipamento, pois se eventualmente houver algum acidente ou um contato ou uma descarga indesejada o

    circuito se desliga atravs da abertura do disjuntor da subestao, desenergizando todo o trecho. Essa ao

    tambm denominada bloqueio do sistema de religamento automtico e possui um procedime nto especial

    para sua adoo.

    ALTU

    R

    A

    C

    onsid

    era-se

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    trabalho em altura toda e qualquer atividade que o trabalhador atue acima do nvel do solo. Determinadas

    instalaes tem estas caractersticas.

    Para trabalhos em alturas acima de 2 metros obrigatria, alm dos EPIs bsicos, a utilizao do

    cinturo de segurana tipo pra-quedista conforme determina a nova NR 10. Os cintos abdominais ainda

    so utilizados. Com a preocupao constante em relao segurana dos trabalhadores, a legislao atualexigiu a aplicao de um novo sistema de segurana para trabalhos em estruturas elevadas que

    possibilitassem outros mtodos de escalada, movimentao e resgate.

    A filosofia de trabalho adotada de que em nenhum momento, nas movimentaes durante a

    execuo das tarefas, o trabalhador no poder ficar desamarrado da estrutura.

    Para a realizao de atividades em altura os trabalhadores devem:

    a) Estar em perfeitas condies fsicas e psicolgicas, paralisando a atividade caso sinta qualquer

    alterao em suas condies;

    b) Estar treinados e orientados sobre todos os riscos envolvidos.

    O trabalho em altura requer o uso de equipamentos especficos descritos a seguir:

    ESCADAS

    As escadas so equipamentos que geram muitos acidentes. muito importante que os eletricistas

    precedam correta amarrao da mesma para evitarem-se quedas. Existem diversos tipos de escadas:

    a) Escada extensvel porttil de madeira. Em desuso.

    b) Escada extensvel de fibra de vidro. Esta muito mais adequada que a de madeira, pois mais leve e

    mais isolante que a de madeira.

    c) Escada extensvel de madeira ou de fibra de vidro para suporte giratrio.

    d) Escada singela de madeira ou fibra de vidro.

    e) Escada para trabalhos em linha viva.

    DISPOSITIVOS DE MANOBRA

    So instrumentos isolantes utilizados para executar trabalhos em linha viva e operaes em

    equipamentos e instalaes energizadas ou desenergizadas onde existe possibilidade de energizaoacidental, tais como:

    a) Operaes de instalao e retirada dos conjuntos de aterramento e curto-circuito temporrio em linhas

    desenergizadas.

    b) Manobras de chave faca e chave fusvel.

    c) Retirada e colocao de cartucho porta fusvel ou elo fusvel.

    d) Operao de deteco de tenso.

    e) Troca de lmpadas e elementos do sistema eltrico.

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    VARAS DE MANOBRA

    So fabricadas com materiais isolantes, normalmente em fibra de vidro e epxi, e, em geral, na cor

    laranja. So segmentos (aprox. pecas de um metro cada) que se somam de acordo com a necessidade de

    alcance, para escalada em torres de transmisso. Na extremidade do basto existe um gancho onde

    fixada a corda guia com o trava-quedas. medida que o operador escala a torre, transfere-o de posio,

    encaixando num ponto superior da torre.

    So providas de suporte universal e cabeote, onde na ponta pode-se colocar o detector de tenso,

    gancho para desligar chave fusvel ou para conectar o cabo de aterramento nos fios, etc. Nesta ponta h

    uma borboleta onde se aperta com a mo o que se deseja acoplar. As varas mais usuais suportam uma

    tenso de at 100 KV para cada metro. Sujidades (poeiras, graxas) reduzem drasticamente o isolamento.

    Por isso, antes de serem usadas devem ser limpas de acordo com procedimento. Outro aspecto importante

    o acondicionamento para o transporte, que deve ser adequado. Para tenses acima de 60 KV devem ser

    testadas quanto sua condutividade antes de cada uso, com aparelho prprio.

    BASTES

    So similares e do mesmo material das varas de manobra. So utilizados para outras operaes de

    apoio. Nos bastes de salvamento h ganchos para remover o acidentado.

    INSTRUMENTOS DE DETECO E DE AUSNCIA DE TENSO

    So pequenos aparelhos de medio ou deteco acoplados na ponta da vara que

    servem para se verificar se existe tenso no condutor. Antes do incio dos trabalhos em

    circuitos desenergizados obrigatria constatao de ausncia de tenso atravs

    desses equipamentos Esses aparelhos emitem sinais sonoros e luminosos na presena

    da tenso. Este equipamento sempre deve estar no veculo das equipes de campo.

    freqente improvisaes na verificao da tenso, ou o no uso deste aparelho, fato quetem gerado acidentes graves. Esses instrumentos devem ser regularmente aferidos e

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    possurem um certificado de aferio.

    So encontrados os seguintes tipos:

    a) Detectores de tenso por contato.b) Detectores de tenso por aproximao.

    c) Micro ampermetro para medio de correntes de fuga em cestas areas, escadas e andaimes isolantes

    nas atividades de manuteno em instalaes energizadas.

    TRABALHO COM LINHA ENERGIZADALINHA VIVA

    Essa atividade deve ser realizada mediante a adoo de procedimentos que garantam a segurana

    dos trabalhadores. imprescindvel a realizao da ARPT Anlise de Segurana de Risco e Permisso de

    Tarefa (procedimento adotado por qualquer empresa que desenvolve atividades com estas caractersticas).

    Nessa condio de trabalho as atividades podem se desenvolver mediante trs mtodos: distncia, ao

    contato e ao potencial.

    MTODO DISTNCIA

    Na execuo dos servios utilizando este mtodo os eletricistas trabalham em potencial de terra, ou

    seja, posicionados no piso ou em escadas comuns de madeira, executando todos os servios usando

    ferramentas e equipamentos adequados.

    Neste mtodo o eletricista trabalha perfeitamente acomodado no piso, em escada de fibra de vidro

    ou em andaimes isolados, calando luva de borracha com luva de cobertura na classe de tenso da rede e

    utilizando varas ou bastes isolantes. Em hiptese nenhuma ser permitido que o eletricista toque nasredes diretamente, mesmo equipado com luvas de borracha.

    A

    ntes de

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    iniciar o servio a equipe deve realizar a anlise de risco. Neste tipo de servio utiliza-se deslocamento

    com veculos, utilizao de escadas,ou equipamentos de acesso a altura, bastes e EPIs. A anlise

    cuidadosa de todos os riscos envolvidos ir permitir o seu controle e evitar acidentes. Os EPIs devem ser

    verificados e testados sempre que necessrio.

    Diversos servios podem ser executados com o mtodo distncia: Substituio de isoladores de

    pino e ou acessrios como pinos ou amarrao, cadeia com isolador de suspenso em estruturas simplesou duplas; Substituio de cruzetas, simples ou duplas em ngulos suaves com isolador de pino ou

    suspenso; Instalao e ou substituio de postes com estrutura simples e Substituio de para raio e ou

    equipamentos.

    Nos locais de difcil acesso, como bandejamentos, ou local aonde no se chega com a cesta area,

    aplica-se este mtodo de trabalho com muita eficincia para atendimento deste tipo servios. Tambm se

    mostra muito til nas estruturas das subestaes para se executar manuteno, limpeza de isoladores, etc.

    O trabalho no mtodo distncia pode ser utilizado, obedecendo sempre a distncia de segurana

    necessria para o trabalho, permitindo sempre que o eletricista possa se movimentar, inclusive manipulandoequipamentos ou ferramentas, de modo a no ocorrer risco caso ocorra abertura de arco eltrico em

    relao ao seu corpo.

    8.4.1 MTODO AO CONTATO

    Neste tipo de mtodo de trabalho, os eletricistas so posicionados dentro de uma cesta area,

    plataforma isolada ou escada isolada (fiberglass) usando ferramentas e equipamentos adequados.

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    Neste mtodo tambm muito importante realizao da Anlise de Preveno de Risco,

    principalmente porque o risco muito maior. O eletricista tem contato com o circuito energizado, mas

    no fica ao mesmo potencial da rede eltrica, pois est devidamente isolado desta, utilizando equipamentos

    de proteo individuais adequados ao nvel de tenso tais como botas, luvas e mangas isolantes e

    equipamento de proteo coletiva como cobertura e mantas isolantes. Desta forma, se transfere para um

    potencial intermedirio ficando isolado do potencial de terra.Todo o servio ser executado diretamente na fase energizada sendo que os eletricistas devero

    estar devidamente aparamentados com mangas de borracha, luva de borracha com luva de cobertura na

    classe de tenso da rede. Os equipamentos devero possuir as seguintes classes de isolamento:

    a) Sistemas de baixa tenso at 1 Kv - classe 0 de isolamento

    b) Sistemas de media tenso at 17 Kv - classe 2 de isolamento

    c) Sistemas de media tenso at 26,5 Kv - classe 3 de isolamento

    Praticamente todos os servios que se fazem necessrios nas Redes de Distribuio Area podem

    ser executados com as redes energizadas, especialmente agora com desenvolvimento das ferramentas e

    equipamentos atualmente existentes. No entanto atividades executadas no setor industrial com circuito

    energizado so em menor nmero ficando restrito apenas as atividades especficas.

    8.4.2 MTODO AO POTENCIAL

    Neste mtodo o trabalhador fica em contato direto com a tenso da linha, no mesmo potencial da rede

    eltrica. Mais uma vez, muito importante a realizao da Anlise de Preveno de Risco. Nesse

    mtodo importantssimo o emprego de medidas de segurana que garantam o mesmo potencial eltrico

    no corpo inteiro do trabalhador, devendo ser utilizado conjunto de vestimentas condutoras (roupas, botinas,

    luvas, capuzes), ligadas atravs de cabo condutor eltrico e cinto rede objeto da atividade. So

    necessrios treinamentos e condicionamentos especficos dos trabalhadores para tais atividades.

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    8.6 AMBIENTES CONFINADOS

    Ambiente confinado qualquer area no projetada para ocupao contnua com movimentao

    restrita. Este tipo de ambiente tem meios limitados de entrada e sada e a ventilao existente insuficiente

    para remover contaminantes perigosos e/ou deficincia/enriquecimento de oxignio que possam existir ou

    se desenvolver.

    Alguns exemplos de ambientes confinados: poos de inspeo, caixas subterrneas, etc.Pores de

    cabos, mesmo com a tampa aberta, podem ser considerados ambientes confinados, pois a ventilao

    natural inexiste, o potencial de acmulo de fontes geradoras ou de escape de gs, torna a atmosfera

    perigosa.

    Estes ambientes podem possuir uma ou mais das seguintes caractersticas:

    a) Potencial de risco na atmosfera.

    b) Deficincia de Oxignio (menos de 19,5%) ou excesso (mais de 23%).c) Configurao interna tal que possa provocar asfixia, claustrofobia, ou que dificulte a sada rpida de

    pessoas.

    Para reconhecer um ambiente confinado, preciso conhecer o potencial de risco do ambiente,

    porm o mais srio risco se concentra na atmosfera do ambiente confinado. Todos os ambientes confinados

    devem ser adequadamente sinalizados, identificados e isolados, para evitar que pessoas no autorizadas

    adentrem a estes locais.

    Antes de o empregado entrar num ambiente confinado, a atmosfera interna dever ser testada porempregado treinado e autorizado, com um instrumento de leitura direta, calibrado e testado antes do uso. e

    protegido contra emisses eletromagnticas ou interferncias de radiofreqncias, calibrado e testado antes

    da utilizao para as seguintes condies:

    a) Concentrao de oxignio.

    b) Gases e vapores inflamveis.

    c) Contaminantes do ar potencialmente txicos.

    Os seguintes pontos tambm devero ser obedecidos:

    Manter o espao confinado devidamente sinalizado e isolado, providenciando barreiras para

    proteger os terceiros para que no entrem na instalao.

    Proceder s manobras de travas e bloqueios, quando houver necessidade.

    Realizar a avaliao da atmosfera.

    Purgar, inertizar, lavar ou ventilar o espao confinado, para eliminar ou controlar os riscos

    atmosfricos.Avaliar os riscos fsicos, qumicos, biolgicos e/ou mecnicos.

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    Devero estar disponveis os seguintes equipamentos, funcionando adequadamente e assegurando

    a utilizao correta:

    Equipamentos de sondagem inicial e monitorizao contnua da atmosfera: estes equipamentos

    devero ser aferidos e testados antes do uso, adequado para trabalho em reas potencialmente

    explosivas.

    Equipamento de ventilao mecnica. Estes equipamentos fornecero as condies de entradaaceitveis, atravs de insuflamento e/ou exausto de ar.

    8.7 TRABALHO NOTURNO

    8.7.1 TRABALHO NOTURNO EM LINHA DESENERGIZADA

    No h restrio para servios noturnos desde que seja garantido um nvel de iluminao adequado

    para a execuo de tarefas sem expor o profissional a riscos.

    TRABALHO NOTURNO EM LINHA ENERGIZADA

    Excepcionalmente, durante a noite, o servio com linha energizada dever atender s seguintes

    exigncias:

    a) Treinamento para servio noturno.

    b) Condies fsicas favorveis dos eletricistas no caso de prorrogao da jornada.

    c) Iluminao local de forma a permitir condio para o trnsito de veculos e pedestres; principalmente,

    para execuo da tarefa.

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    CAPTULO 9EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO

    9.1 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO

    O objetivo principal de se submeter os equipamentos a determinados ensaios verificar se eles

    esto aptos a atender os requisitos especificados. Desta forma, tem-se certa garantia de que os

    equipamentos devero operar satisfatoriamente sob condies reais do sistema, simuladas durante os

    ensaios.

    Os ensaios, a que todos os equipamentos devero ser submetidos, so estabelecidos pelas Normas

    Tcnicas referentes ao equipamento. As Normas tcnicas so preparadas por entidades especializadas,

    normalmente com a colaborao de fabricantes e usurios, visando padronizao de caractersticas

    eltricas, mtodos de ensaios e de clculos de ciclos de trabalho que o equipamento dever executar em

    servios. Evidentemente, esta padronizao tem efeito direto na reduo dos custos dos equipamentos.

    No Brasil, a entidade responsvel pela elaborao das Normas Tcnicas a ABNT. Outras Normasmuito referenciadas so a IEC e a ANSI.

    No desenvolvimento de servios no SEP e em suas proximidades devem ser previstos e adotados

    prioritariamente equipamentos de proteo coletiva. Os EPC so dispositivos, sistemas, fixos ou mveis de

    abrangncia coletiva, destinados a preservar a integridade fsica e a sade dos trabalhadores, usurios e

    terceiros.

    As ferramentas utilizadas nos servios em instalaes eltricas e em suas proximidades devem ser

    eletricamente isoladas, em especial quelas destinadas a servios em instalaes eltricas energizadas.

    A seguir so relacionados alguns dos principais equipamentos de proteo que constituem

    protees coletivas para atividades realizadas nos setores em questo, sobretudo no setor eltrico.

    9.1.1CALHA ISOLANTE

    a) Mantas ou lenol de isolamento

    b) Tapetes isolantes

    c) Coberturas isolantes para dispositivos especficos

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    9.1.2 DISPOSITIVOS DE BLOQUEIO

    Bloqueio ou travamento a ao destinada a manter, por meios mecnicos um dispositivo de

    manobra fixa numa determinada posio, de forma a impedir uma ao no autorizada. Assim, dispositivos

    de travamento so aqueles que impedem o acionamento ou religamento de dispositivos de manobra

    (chaves, interruptores). Estes dispositivos geralmente utilizam cadeados.

    importante que tais dispositivos possibilitem a utilizao de mais de um bloqueio, ou seja, a

    insero de mais de um cadeado. Este tipo de bloqueio imprescindvel sempre que houver mais de uma

    equipe de manuteno trabalhando no mesmo circuito. importante salientar que o controle do dispositivo

    de travamento individual por trabalhador.

    Toda ao de bloqueio ou travamento deve estar acompanhada de etiqueta de sinalizao, com o

    nome do profissional responsvel, data, setor de trabalho e forma de comunicao.

    As empresas devem possuir procedimentos padronizados do sistema de bloqueio ou travamento,

    documentado e de conhecimento de todos os trabalhadores, alm de etiquetas, formulrios e ordens

    documentais prprias.

    Cuidado especial deve ser dado ao termo Bloqueio, que no SEP (sistema eltrico de potncia)

    tambm consiste na ao de impedimento de religamento automtico de circuito, sistema ou equipamento

    eltrico. Isto , quando h algum problema na rede, devido a acidentes ou disfunes, existem

    equipamentos destinados ao religamento automtico do disjuntor na subestao, que reconectam (religam)

    os circuitos automaticamente tantas vezes quanto for pr-programado e, conseqentemente, podem colocar

    em perigo os trabalhadores. Quando se trabalha em linha viva, obrigatria a desativao desse

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    equipamento, pois se eventualmente houver algum acidente ou um contato ou uma descarga indesejada o

    circuito se desliga atravs da abertura do disjuntor da subestao, desenergizando todo o circuito. Essa

    ao tambm denominada bloqueiodo sistema de religamento automtico e possui um procedimento

    especial para sua adoo.

    9.1.3 DISPOSITIVOS CONTRA QUEDA DE ALTURA

    ESCADAS

    a) Escada extensvel porttil de madeira. Em desuso.

    b) Escada extensvel de fibra de vidro. Esta muito mais adequada que a de madeira, pois mais leve

    e mais isolante que a de madeira.

    c) Escada extensvel de madeira ou de fibra de vidro para suporte giratrio.

    d) Escada singela de madeira ou fibra de vidro

    e) Escada para trabalhos em linha viva

    CESTOS AREOS

    Confeccionados em PVC, revestidas com fibra de vidro, normalmente acoplados ao caminho munck

    ou grua. Podem ser individuais ou duplos. Utilizados principalmente nas atividades em linha viva, pelas suas

    caractersticas isolantes e devido melhor condio de conforto em relao escada. Os movimentos do

    cesto podem ser comandados tanto do caminho como do prprio cesto, na maioria das vezes so

    comandados deste ltimo.

    Tanto as hastes de levantamento como os cestos devem sofrer ensaios de isolamento eltrico peridico

    e possuir relatrio das avaliaes realizadas.

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    PLATAFORMAS PARA DEGRAUS DE ESCADA

    Isolantesem fibra de vidro ou madeira.

    GRUA, MUNCK, GUINDASTE.

    EXTENSO ISOLANTE PARA GRUA

    Em fibra de vidro ou madeira.

    PLATAFORMAS E GAIOLAS

    ANDAIME ISOLANTE SIMPLESMENTE APOIADO

    Confeccionados em fibra de vidro e alumnio e tambm utilizado em linha viva. Devem ser dotados de

    sistema guarda-corpo e rodap de modo a atender a todos os requisitos determinados pela NR- 18.

    CADEIRA DE ACESSO AO POTENCIAL. PARA GRUA OU PARA A EXTENSO DA GRUA.GANCHO DE ESCALADA

    MAN LIFT

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    9.1.4 DISPOSITIVOS DE MANOBRA

    So instrumentos isolantes utilizados para executar trabalhos em linha viva e operaes em

    equipamentos e instalaes energizadas ou desenergizadas onde existe possibilidade de energizao

    acidental, tais como:

    Operaes de instalao e retirada dos conjuntos de aterramento e curto circuito temporrio em linhas

    desenergizadas.

    Manobras de chave faca e chave fusvel.

    Retirada e colocao de cartucho porta fusvel ou elo fusvel.

    Operao de deteco de tenso.

    Troca de lmpadas e elementos do sistema eltrico.

    9.1.4.1 VARAS DE MANOBRA

    So fabricadas com materiais isolantes, normalmente em fibra de vidro e epxi, e, em geral, na cor

    laranja. So segmentos (aprox. pecas de um metro cada) que se somam de acordo com a necessidade de

    alcance, para escalada em torres de transmisso. Na extremidade do basto existe um gancho onde

    fixada a corda guia com o trava-quedas. medida que o operador escala a torre, transfere-o de posio,

    encaixando num ponto superior da torre.

    So providas de suporte universal e cabeote , onde na ponta pode-se colocar o detector de tenso,

    gancho para desligar chave fusvel ou para conectar o cabo de aterramento nos fios, etc. Nesta ponta h

    uma borboleta onde se aperta com a mo o que se deseja acoplar. As varas mais usuais suportam uma

    tenso de at 100 KV para cada metro. Sujidades (poeiras, graxas) reduzem drasticamente o isolamento.

    Por isso, antes de serem usadas devem ser limpas de acordo com procedimento. Outro aspecto importante

    o acondicionamento para o transporte, que deve ser adequado. Para tenses acima de 60 KV devem ser

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    testadas quanto sua condutividade antes de cada uso, com aparelho prprio.

    9.1.4.2 BASTES

    So similares e do mesmo material das varas de manobra. So utilizados para outras operaes de

    apoio. Nos bastes de salvamento h ganchos para remover o acidentado.

    9.2 INSTRUMENTOS DE DETECO E DE AUSNCIA DE TENSO

    So pequenos aparelhos de medio ou deteco acoplados na ponta da vara que servem para se

    verificar se existe tenso no condutor. Antes do incio dos trabalhos em circuitos desenergizados

    obrigatria constatao de ausncia de tenso atravs desses equipamentos Esses aparelhos emitem

    sinais sonoros e luminosos na presena da tenso. Este equipamento sempre deve estar acessvel s

    equipes de manuteno e manobra. freqente improvisaes na verificao da tenso, ou o no uso

    deste aparelho, fato que tem gerado acidentes graves. Esses instrumentos devem ser regularmente aferidos

    e possurem um certificado de aferio.

    So encontrados os seguintes tipos:

    a) Detectores de tenso por contato.

    b) Detectores de tenso por aproximao.

    c) Micro ampermetro para medio de correntes de fuga em cestas areas, escadas e andaimes isolantes

    nas atividades de manuteno em instalaes energizadas.

    9.3 DISPOSITIVOS DE SINALIZAO

    A sinalizao um procedimento de segurana simples e eficiente para prevenir acidentes de

    origem eltrica.

    Os materiais de sinalizao constituem-se de adesivos, placas, luminosos, fitas de identificao,

    cartes, faixas, cavaletes, cones, etc., destinados ao aviso e advertncia de pessoas sobre os riscos oucondies de perigo existentes, proibies de ingresso ou acesso e cuidados ou ainda aplicados para

    identificao dos circuitos ou partes.

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    fundamental a existncia de procedimentos de sinalizao padronizados, documentados e que

    sejam conhecidos por todos trabalhadores (prprios e prestadores de servios), especialmente para

    aplicao em:

    a) Identificao de circuitos eltricos, de quadros e partes.

    b) Travamentos e bloqueios de dispositivos de manobra.c) Restries e impedimentos de acesso.

    d) Delimitaes de reas.

    e) Interdio de circulao, de vias pblicas.

    9.4 OUTROS DISPOSITIVOS

    9.4.1 INVLUCROS: Envoltrios de partes energizadas destinados a impedir todo e qualquer contato com

    partes internas de acordo com normas tcnicas ou caractersticas da instalao.

    9.4.2 BARREIRAS: Dispositivos que impedem mesmo que voluntariamente todo e qualquer contato com

    partes energizadas das instalaes eltricas devendo obedecer s instrues tcnicas e a autorizao

    quanto a acessibilidade.

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    CAPTULO 10SISTEMAS DE PROTEO COLETIVA

    10.1 ATERRAMENTO ELTRICO FIXO EM EQUIPAMENTOS

    Esse sistema de proteo coletiva obrigatrio nos invlucros, carcaas de equipamentos, barreiras eobstculos aplicados s instalaes eltricas, fazendo parte integrante e definitiva deles. Visa assegurar

    rpida e efetiva proteo eltrica, assegurando o escoamento da energia para potenciais inferiores (terra),

    evitando a passagem da corrente eltrica pelo corpo do trabalhador ou usurio, caso ocorra mal

    funcionamento (ruptura no isolamento, contato acidental de partes). visvel e muito comum o seu uso nas

    subestaes cercas e telas de proteo, carcaas de transformadores e componentes, quadros e painis

    eltricos, torres de transmisso, etc.. Nos transformadores, existe o terminal de terra conectado ao neutro

    da rede e ao cabo de pra-raios.

    10.2 ATERRAMENTO ELTRICO TEMPORRIO

    Toda instalao eltrica somente poder ser considerada desenergizada, depois de adotado o

    procedimento de aterramento eltrico conforme determinado pelo item 10.5 da NR 10. O aterramento

    eltrico da linha desenergizada tem por funo evitar acidentes gerados pela energizao acidental da

    instalao, propiciando rpida atuao do sistema automtico de seccionamento ou proteo. Tambm tm

    o objetivo de promover proteo aos trabalhadores contraqualquer tipo de energizao acidental ou mesmo

    descargas atmosfricas que possam interagir ao longo do circuito em interveno.

    O aterramento temporrio deve ser realizado em todos os circuitos (cabos) em interveno atravs

    de seu curto-circuitamento, ou seja, da equipotencializao desses (colocar todos os cabos no mesmo

    potencial eltrico) e conexo com o ponto de terra. Esse procedimento dever ser adotado a montante

    (antes) e a jusante (depois) do ponto de interveno do circuito, salvo quando a interveno ocorrer no final

    do trecho. Deve ser retirado ao final dos servios.

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    A energizao acidental pode ser causada por:

    a) Erros na manobra.

    b) Fechamento de chave seccionadora.

    c) Contato acidental com outros circuitos energizados, situados ao longo do circuito.

    d) Tenses induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a instalao.

    e) Fontes de alimentao de terceiros (geradores).

    f) Operaes de manuteno e instalao e colocao de trafos.

    Para cada situao existe um tipo de aterramento temporrio. O mais usado em trabalhos de

    manuteno ou instalao nas linhas de distribuio um conjunto ou Kit padro composto pelos seguintes

    elementos:

    Vara ou basto de manobra em material isolante e acessrio, isto , cabeotes de manobra.

    Grampos condutorespara conexo do conjunto de aterramento com os pontos a serem aterrados.

    Trapzio de suspenso - para elevao do conjunto de grampos linha e conexo dos cabos de

    interligao das fases, de material leve e bom condutor, permitindo perfeita conexo eltrica e mecnica dos

    cabos de interligao das fases e descida para terra. Trapzio tipo sela, para instalao do ponto intermedirio de terra na estrutura (poste, torre),

    propiciando o jumpeamento da rea de trabalho e eliminando, praticamente, a diferena de potencial em

    que o homem estaria exposto;

    Grampos de terra para conexo dos demais itens do conjunto com o ponto de terra, estrutura ou

    trado.

    Cabos de aterramento de cobre, flexvel e isolado.

    Trado ou haste de aterramento para ligao do conjunto de aterramento com o solo, deve ser

    dimensionado para propiciar baixa resistncia de terra e boa rea de contato com o solo.

    Todo o conjunto deve ser dimensionado considerando:

    a) Tenso da instalao eltrica.

    b) Material da estrutura (poste ou torre).

    c) Procedimentos de operao.

    Nas subestaes, por ocasio da manuteno dos componentes, se conecta os componentes do

    aterramento temporrio malha de aterramento fixa j existente.

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    10.3 ATERRAMENTO ELTRICO PERMANENTE / EQIPOTENCIALIZAAO

    Em cada edificao deve ser realizada uma eqipotencializao principal, reunindo os seguintespontos:

    a) as armaduras de concreto armado e outras estruturas metlicas da edificao.

    b) as tubulaes metlicas de gua, de gs combustvel, de esgoto, de sistemas de ar-condicionado, degases industriais, de ar comprimido, de vapor etc., bem como os elementos estruturais metlicos a elas

    associados.

    c) os condutos metlicos das linhas de energia e de sinal que entram e/ou saem da edificao.

    d) as blindagens, armaes, coberturas e capas metlicas de cabos das linhas de energia e de sinal que

    entram e/ou saem da edificao.

    e) os condutores de proteo das linhas de energia e de sinal que entram e/ou saem da edificao.

    f) os condutores de interligao provenientes de outros eletrodos de aterramento porventura existentes ouprevistos no entorno da edificao.

    g) os condutores de interligao provenientes de eletrodos de aterramento de edificaes vizinhas, nos

    casos em que essa interligao for necessria ou recomendvel.

    h) o condutor neutro da alimentao eltrica, salvo se no existente ou se a edificao tiver que ser

    alimentada, por qualquer motivo, em esquema TT ou IT.

    i) o (s) condutor (es) de proteo principal (is) da instalao eltrica (interna) da edificao.

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    CAPTULO 11EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL (EPI)

    A segurana e a sade nos ambientes de trabalho devem ser garantidas por medidas de ordem

    geral ou especfica que assegurem a proteo coletiva dos trabalhadores. Contudo na inviabilidade tcnica

    da adoo de medidas de segurana de carter coletivo ou quando estas no garantirem a proteo total dotrabalhador, ou ainda como uma forma adicional de proteo, deve ser utilizado equipamento de proteo

    individual ou simplesmente EPI, definido como todo dispositivo ou produto individual utilizado pelo

    trabalhador, destinado proteo de riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho.

    Os EPIs devem ser fornecidos aos trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em

    perfeito estado de conservao e funcionamento. Sua utilizao deve ser realizada mediante orientao e

    treinamento do trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservao. A higienizao, manuteno e

    testes devero ser realizados periodicamente em conformidade com procedimentos especficos.

    Os EPIs devem possuir Certificado de AprovaoCA, atualmente sob responsabilidade do INMETRO.

    Devem ser selecionados e implantados, aps uma anlise criteriosa realizada por profissionais legalmente

    habilitados, considerando principalmente os aspectos:

    a) A melhor adaptao ao usurio, visando minimizar o desconforto natural pelo seu uso.

    b) Atender as peculiaridades de cada atividade profissional.

    c) Adequao ao nvel de segurana requerido face gradao dos riscos. Para o desempenho de suas

    funes, os trabalhadores dos setores eltricos e de telefonia devem utilizar equipamentos de proteoindividual de acordo com as situaes e atividades executadas, dentre os quais destacamos:

    11. 1 EPI PARA PROTEO DO CORPO INTEIRO

    11.1.1 VESTIMENTAS DE TRABALHO:

    Vestimenta de segurana para proteo de todo o corpo contra arcos voltaicos e agentes

    mecnicos, podendo ser um conjunto de segurana, formado por cala e bluso ou jaqueta, ou macaco desegurana.

    importante frisar que:

    Para trabalhos externos as vestimentas vero possuir elementos refletivos e cores adequadas.

    Na ocorrncia de abelhas, marimbondos, etc., em postes ou em estruturas, devero ser utilizados

    vestimenta adequada para a remoo de insetos e liberao da rea para servio eltrico.

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    11.1.2 VESTIMENTA CONDUTIVA PARA SERVIOS AO POTENCIAL (LINHA VIVA)

    Destina-se a proteger o trabalhador contra efeitos do campo eltrico criado quando em servios ao

    potencial. Compe-se de macaco feito com tecido aluminizado, luvas, gorro e galochas feitas com o

    mesmo material, alm de possuir uma malha flexvel acoplada a um basto de grampo de presso, o qual

    ser conectado instalao e manter o eletricista equipotencializado em relao tenso da instalaoem todos os pontos. Dever ser usado em servios com tenses iguais ou superiores a 66 Kv.

    11.2 EPI PARA PROTEO DA CABEA

    11.2.1 CAPACETE PARA PROTEO CONTRA IMPACTOS E CHOQUES ELTRICOS

    Destina-se a proteger o trabalhador contra leses decorrentes de queda de objetos sobre a cabea,

    bem como, isol-lo contra choques eltricos de at 600 Volts. Deve ser usado sempre com a carneira bem

    ajustada ao topo da cabea e com a jugular passada sob o queixo, para evitar a queda do capacete. Devem

    ser substitudos quando apresentarem trincas, furos, deformaes ou esfolamento excessivo. A carneira

    dever ser substituda quando apresentar deformaes ou estiver em mau estado. Para atividades com

    eletricidade o empregado o tipo com aba total. (NBR 8221).

    11.3 EPI PARAPROTEO DOS OLHOS E FACE

    11.3.1 CULOS DE PROTEO

    Destinam-se a proteger o trabalhador contra leses nos olhos decorrentes da projeo de corposestranhos ou exposio a radiaes nocivas. Cada eletricista deve ter culos de proteo com lentes

    adequadas ao risco especfico da atividade, podendo ser de lentes incolores para proteo contra impactos

    de partculas volantes, ou lentes coloridas para proteo do excesso de luminosidade ou outra radiao

    quer solar quer por possveis arcos voltaicos decorrentes de manobras de dispositivos ou em linha viva.

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    11.3.2 CREME PROTETOR SOLAR

    Para trabalhos externos com exposio solar poder ser usado creme protetor da face e outras

    partes expostas, com filtro solar contra a radiao.

    11.4 EPI PARA PROTEO DOS MEMBROS SUPERIORES

    11.4.1 LUVAS DE SEGURANA ISOLANTES PARA PROTEO CONTRA CHOQUES ELTRICOS

    Destinam-se a proteger o trabalhador contra a ocorrncia de choque eltrico, por contato pelas

    mos, com instalaes ou partes energizadas em alta e baixa tenso. Existem luvas para vrios nveis de

    isolamento e em vrios tamanhos, que devem ser especificados visando permitir o uso correto da luva.

    Devem ser usadas em conjunto com luvas de pelica, para proteo externa contra perfuraes e

    outros danos. Deve-se usar talco neutro no interior das luvas, facilitando a colocao e retirado da mo.

    Elas sempre devem estar em perfeitssimas condies e serem acondicionadas em sacola prpria. Antes douso, as luvas isolantes devem sofrer vistoria e periodicamente ensaiadas quanto ao seu isolamento. Caso

    estejam furadas, mesmo que sejam microfuros, ou rasgadas, com deformidades ou desgastes intensos, ou

    ainda, no passem no ensaio eltrico, devem ser rejeitadas e substitudas. Existem aparelhos que insuflam

    essas luvas e medem seu isolamento (infladores de luvas).

    So fabricadas em seis classes: 00, 0, 1, 2, 3, 4 e nove tamanhos (8; 8,5 a 12)

    Geralmente os eletricistas de distribuio se utilizam de dois tipos a de classe 0, para trabalhos em

    baixa tenso e a de classe 2 para trabalhos em circuito primrio de em 13.800 Volts. (Normas: NBR

    10.622/1989).

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    11.4.2 LUVAS DE PELICA

    As luvas de pelica so utilizadas como cobertura das luvas isolantes (sobrepostas a estas) e

    destinam-se a proteg-las contra perfuraes e cortes originados de pontos perfurantes, abrasivos e

    escoriantes. So confeccionadas em pelica com costuras finas para manter a mxima mobilidade dos dedos

    e possui um dispositivo de aperto com presilhas para ajuste acima do punho.

    11.4.3 LUVAS DE SEGURANA PARA PROTEO DAS MOS CONTRA AGENTES ABRASIVOS E

    ESCORIANTES

    Confeccionadas em raspa de couro ou vaqueta e com costuras reforadas, destinam-se a proteger

    as mos do trabalhador contra cortes, perfuraes e abrases. O trabalhador deve us-las sempre que

    estiver manuseando materiais genricos abrasivos ou cortantes que no exijam grande mobilidade e

    preciso de movimentos dos dedos.

    11.4.4 MANGAS DE SEGURANA ISOLANTES PARA PROTEO DOS BRAOS E ANTEBRAOSCONTRA CHOQUES ELTRICOS

    Destinam-se a proteger o trabalhador contra a ocorrncia de contato, pelos braos e antebraos,

    com instalaes ou partes energizadas. As mangas so normalmente empregadas com nvel de isolamento

    de at 20 kV e em vrios tamanhos. Possuem alas e botes que as unem nas costas. Devem ser usadas

    em conjunto com luvas isolantes. Antes do uso, as mangas isolantes devem sofrer vistoria e periodicamente

    ensaiadas quanto ao seu isolamento.

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    11.5 EPI PARA PROTEO DOS MEMBROS INFERIORES

    11.5.1 CALADOS DE SEGURANA PARA PROTEO CONTRA AGENTES MECNICOS E

    CHOQUES ELTRICOS

    Destinam-se a proteger os ps do trabalhador contra acidentes originados por agentes cortantes,irregularidades e instabilidades de terrenos; evitar queda causada por escorrego e fornecer isolamento

    eltrico at 1000 Volts (tenso de toque e tenso de passo). Os calados de segurana para trabalhos

    eltricos so, normalmente de couro, com palmilha de couro e solado de borracha ou poliuretano e no

    devem possuir componentes metlicos.

    11.5.2 CALADOSCONDUTIVOS

    Destinam-se aos trabalhos em linha viva ao potencial. Possui condutor metlico para conexo com a

    vestimenta de trabalho.

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    11.5.3 PERNEIRAS DE SEGURANA ISOLANTES PARA PROTEO CONTRA CHOQUES ELTRICOS

    Destinam-se a proteger o trabalhador contra a ocorrncia de contato pelas coxas e pernas com

    instalaes ou partes energizadas. As perneiras so normalmente empregadas com nvel de isolamento de

    at 20 kV e em vrios tamanhos. Devem ser usadas em conjunto com calado apropriado para trabalhos

    eltricos. Antes do uso, as perneiras isolantes devem sofrer vistoria e periodicamente submetidas a ensaios

    quanto ao seu isolamento.

    11.6 EPI PARA PROTEO CONTRA QUEDAS

    11.6.1 CINTURO DE SEGURANA

    O conjunto cinturo/talabarte destina-se a proteger o trabalhador contra a queda de

    alturas (sobre escadas e estruturas). Seu uso obrigatrio em servios em altura superior a

    2 m em relao ao piso.

    O cinturo deve ser posicionado na regio da cintura plvica (pouco acima das ndegas)

    para que, no caso de uma queda, no haja ferimentos na coluna vertebral. Deve ser usado

    em conjunto com talabarte.

    11.6.2 TALABARTE

    acoplado ao cinturo de segurana, e permite oposicionamento em estruturas (torres, postes). Normalmente

    confeccionado em poliamida tranada e revestida com

    neoprene e possui dois mosquetes forjados e galvanizados,

    dotados de dupla trava. Existem modelos em Y muito

    usados em torres de transmisso.

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    11.6.3 CINTURO DE SEGURANA TIPO PRA-QUEDISTA

    um cinturo confeccionado em tiras de nylon de alta resistncia tanto no material quanto nas costuras

    e ferragens. Os pontos de apoio so distribudos em alas presas ao redor das coxas, no trax e nas

    costas. O ponto de apoio situado nas tiras existentes nas costas.

    11.6.4 DISPOSITIVO TRAVA-QUEDA

    Dispositivo de segurana para proteo do usurio contra quedas em operaes com

    movimentao vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturo de segurana para proteo contra

    quedas. acoplado corda-guia (ou linha de ancoragem ou linha de vida).

    11.7 EPI PARA PROTEO CONTRA OUTROS RISCOS

    Para servios eltricos em ambientes onde houver a presena de outros agentes de risco, devero

    ser utilizados equipamentos de proteo individuais especficos e apropriados aos agentes envolvidos, tais

    como:

    a) Respirador purificador de ar para proteo das vias respiratrias contra poeiras, nvoas, gases, fumos,

    etc.

    b) Protetor auricular para proteo do sistema auditivo, quando o trabalhador estiver exposto a nveis de

    presso sonora superiores ao estabelecido.

    c) Vestimenta adequada a riscos qumicos, umidade, calor, frio, etc. eventualmente presentes no

    ambiente.

    d) Calado de segurana para proteo contra umidade.

    e) Luvas de proteo aos riscos mecnicos, qumicos e biolgicos.

    f) Outros em funo da especificidade dos riscos adicionais.

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    CAPTULO 12POSTURAS E VESTURIOS DE TRABALHO

    12.1 ERGONOMIA

    A ergonomia no Brasil vem ganhando cada vez mais espao quer no setor industrial ou de servios.

    No setor de servios de alto risco/perigo, no entanto, so poucos os estudos disponveis na literatura. A rea

    de fornecimento de energia eltrica um exemplo. Pela reviso efetuada, os estudos tendem a se

    concentrar em tpicos correlatos ergonomia, tais como normas (NR 10 Instalaes e servios em

    eletricidade; NR 6 Equipamentos de Proteo Individual), relatos de acidentes emitidos em CATs

    (Comunicao de Acidente do Trabalho) e de acordos com a Delegacia Regional do Trabalho, e mtodos e

    procedimentos de segurana, elaborados pelas prprias empresas, a partir de seu conhecimento terico-

    prtico, alm da documentao internacional.

    O trabalho com eletricidade de alto risco para os eletricistas, uma vez que vulnervel ocorrncia de acidentes fatais, e um desafio para os ergonomistas, j que o produto com que se lida

    inodoro e invisvel. Alm do risco devido elevada classe de tenso, a gravidade e a probabilidade das

    leses e/ou acidentes ampliada por fatores ambientais, condies dos equipamentos, fatores afetivo-

    emocionais, nvel de capacitao dos funcionrios e comportamento da populao usuria.

    12.2 ROUPA ANTICHAMA

    Apesar de todo desenvolvimento da tecnologia de deteco de arcos internos, medidas de proteoe evoluo dos equipamentos eltricos prova de arco, sempre haver a necessidade de proteger ostrabalhadores com uso apropriado do EPI enquanto existir a interao do homem com os equipamentoseltricos. A NR-6 do Ministrio do Trabalho e Emprego estabelece a necessidade de proteo dostrabalhadores contra agente trmico, como o arco eltrico.

    Este trabalho apresenta as caractersticas e requisitos das vestimentas apropriadas para proteo

    baseados no desenvolvimento das normas e tecnologias como NFPA, ASTM, IEC e CENELEC e os passos

    para determinao da energia liberada por um arco eltrico para determinar a caracterstica de proteo

    requerida no local de trabalho.

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    As queimaduras por arcos eltricos representam uma parcela muito grande entre os ferimentos

    provocados por eletricidade em locais de trabalho. Apesar da seriedade e da importncia vital que isso

    representa para os trabalhadores que executam servios em eletricidade, este assunto tem recebido pouca

    ateno pelos usurios em geral, quando comparado com outros perigos da eletricidade como os choques,

    incndios e outros aspectos que tange a segurana industrial.

    A maioria dos acidentes acontece quando o operador ou o eletricista precisa remover as barreiras

    de protees como portas de painis, instalar ou inserir e remover componentes operacionais como

    disjuntores com o equipamento energizado. Nestas situaes, o trabalhador fica totalmente exposto ao

    perigo e a sua segurana s depende da prtica segura e uso de EPI adequado. justamente nesta

    condio de trabalho que devemos ficar atentos providenciando proteo.

    A energia liberada por arco eltrico extremamente alta e pode causar ferimentos severos at a

    uma distncia de 3 metros do ponto de falha nos equipamentos industriais de alta tenso mais comuns eigualmente para distncia menor, nos equipamentos de baixa tenso. A energia liberada varia de acordo

    com a configurao do sistema eltrico e nvel de curto circuito disponvel no ponto da falha.

    O risco pode ser avaliado atravs da mesma sistemtica adotada para dimensionamento e proteo

    dos equipamentos. As zonas de risco e o potencial podem ser determinados e calculados. Conhecendo a

    zona e o nvel de risco, podemos estabelecer medidas de proteo atravs de solues de engenharia, tais

    como limitao de energia a um nvel suportvel, atravs do confinamento da energia e escolha adequada

    de Equipamentos de Proteo Individual.

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    CAPTULO 13SEGURANA COM VECULOS E TRANSPORTE DE PESSOAS,

    MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

    Este tpico tem o papel de conscientizar os participantes sobre os problemas de trnsito, a

    necessidade do respeito s leis, normas e procedimentos da empresa, proporcionando a todos melhores

    condies para conduzir veculos, garantindo a segurana individual e coletiva.

    O operador de equipamentos de transportes deve ser bem informado, de apresentao pessoal e

    em constante aperfeioamento, como qualquer outro profissional. Hoje em dia tambm necessrio que um

    operador tenha idia de custos operacionais, efeitos de aquaplanagem, legislao bsica de suas

    atividades, etc. O aparato tecnolgico de um veculo moderno faz com que o operador precise antever

    conceitos de economia, maximizao de uso, segurana e tcnicas de controle.

    Infelizmente 75% dos acidentes so causados pelo condutor, e 41% dos mortos em acidentes estona faixa etria de 15 a 34 anos. Os acidentes de trnsito so os segundos problemas de sade pblica do

    Brasil, s perdendo para os homicdios com 45.000 mortes por anos aproximadamente, atrelados ao total

    de acidentes apurados, somam-se ainda os cerca de 500.000 feridos, dos quais estima-se que 100.000

    ficam com leses permanentes; Sendo que muitos que sobrevivem, permanecem com dores, ficam com

    menos mobilidade e tem suas capacidades mentais diminudas

    13.1 PRINCIPAIS FATORES GERADORES DE ACIDENTES:

    a) Ingesto de bebidas alcolicas.b) Drogas.

    c) Sono.

    d) Problema de viso.

    e) Estresse, cansao, distrao.

    f) Ao de determinados tipos de remdios.

    g) Imprudncia, inexperincia.

    h) Descumprimento das leis de transito.

    i) Falta de manuteno nos veculos.

    j) Deficincia no pavimento e na sinalizao das vias.

    k) Excesso de velocidade.

    l) Situaes adversas.

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    13.2 NORMAS GERAIS DE CIRCULAO E CONDUTA

    Art. 26. Os usurios das vias terrestres devem:

    I - Abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstculo para o trnsito de veculos, de pessoas ou

    de animais, ou ainda causar danos a propriedades pblicas ou privadas.

    Art. 27. Antes de colocar o veculo em circulao nas vias pblicas, o condutor dever verificar a existncia

    e as boas condies de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatrio, bem como assegurar-se da

    existncia de combustvel suficiente para chegar ao local de destino.

    Art. 28. O condutor dever, a todo o momento, ter domnio de seu veculo, dirigindo-o com ateno e

    cuidados indispensveis segurana do trnsito.

    Art. 46. Sempre que for necessria a imobilizao temporria de um veculo no leito virio, em situao de

    emergncia, dever ser providenciada a imediata sinalizao de advertncia, na forma estabelecida pelo

    CONTRAN.

    Art. 48. Nas paradas, operaes de carga ou descarga e nos estacionamentos, o veculo dever ser

    posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto guia da calada (meio-

    fio), admitidas as excees devidamente sinalizadas.

    Art. 60.As vias abertas circulao, de acordo com sua utilizao, classificam-se em:I - vias urbanas:

    a) via de trnsito rpido.

    b) via arterial.

    c) via coletora.

    d) via local.

    II - vias rurais.

    a) rodovias.

    b) estradas.

    Art. 61.A velocidade mxima permitida para a via ser indicada por meio de sinalizao, obedecidas suas

    caractersticas tcnicas e as condies de trnsito.

    1 Onde no existir sinalizao regulamentadora, a velocidade mxima ser de:

    I - nas vias urbanas:

    a) oitenta quilmetros por hora, nas vias de trnsito rpido.

    b) sessenta quilmetros por hora, nas vias arteriais.

    c) quarenta quilmetros por hora, nas vias coletoras.

    d) trinta quilmetros por hora, nas vias locais.

    II - nas vias rurais:

    a) nas rodovias:

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    1) 110 (cento e dez) quilmetros por hora para automveis, camionetas e motocicletas.

    2) noventa quilmetros por hora, para nibus e micronibus.

    3) oitenta quilmetros por hora, para os demais veculos.

    b) nas estradas, sessenta quilmetros por hora.

    2 O rgo ou entidade de trnsito ou rodovirio com circunscrio sobre a via poder regulamentar, por

    meio de sinalizao, velocidades superiores ou inferiores quelas estabelecidas no pargrafo anterior.Art. 62. A velocidade mnima no poder ser inferior metade da velocidade mxima estabelecida,

    respeitadas as condies operacionais de trnsito e da via.

    13.3 SINALIZAO DE TRNSITO

    Art. 80. Sempre que necessrio, ser colocada ao longo da via, sinalizao prevista neste Cdigo e em

    legislao complementar, destinada a condutores e pedestres, vedada a utilizao de qualquer outra.

    1 A sinalizao ser colocada em posio e condies que a tornem perfeitamente visvel e legvel

    durante o dia e a noite, em distncia compatvel com a segurana do trnsito, conforme normas e

    especificaes do CONTRAN.

    2 O CONTRAN poder autorizar, em carter experimental e por perodo prefixado, a utilizao de

    sinalizao no prevista neste Cdigo.

    Art. 81. Nas vias pblicas e nos imveis proibido colocar luzes, publicidade, inscries, vegetao e

    mobilirio que possam gerar confuso, interferir na visibilidade da sinalizao e comprometer a segurana

    do trnsito.

    Art. 82. proibido afixar sobre a sinalizao de trnsito e respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer

    tipo de publicidade, inscries, legendas e smbolos que no se relacionem com a mensagem da

    sinalizao.

    Art. 87. Os sinais de trnsito classificam-se em:

    I - verticais.

    IIhorizontais.

    III - dispositivos de sinalizao auxiliar.

    IV - luminosos.

    V - sonoros.

    VI - gestos do agente de trnsito e do condutor.

    Pargrafo nico. Nas vias ou trechos de vias em obras dever ser afixada sinalizao especfica e

    adequada.

    Art. 89. A sinalizao ter a seguinte ordem de prevalncia:

    I - as ordens do agente de trnsito sobre as normas de circulao e outros sinais.

    II - as indicaes do semforo sobre os demais sinais.

    III - as indicaes dos sinais sobre as demais normas de trnsito.

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    13.3.1 INFRAES

    Art. 162. Dirigir veculo:

    I - Sem possuir Carteira Nacional de Habilitao ou Permisso para Dirigir:

    Infraogravssima.

    Penalidade - multa (trs vezes) e apreenso do veculo.II - Com Carteira Nacional de Habilitao ou Permisso para Dirigir cassada ou com suspenso do direito de

    dirigir:

    Infrao - gravssima.

    Penalidade - multa (cinco vezes) e apreenso do veculo.

    III - Com Carteira Nacional de Habilitao ou Permisso para Dirigir de categoria diferente da do veculo que

    esteja conduzindo

    IV - Com validade da Carteira Nacional de Habilitao vencida h mais de trinta dias:

    Medida administrativa - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitao e reteno do veculo at a

    apresentao de condutor habilitado.

    V - sem usar lentes corretoras de viso, aparelho auxiliar de audio, de prtese fsica ou as adaptaes do

    veculo impostas por ocasio da concesso ou da renovao da licena para conduzir.

    Medida administrativa - reteno do veculo at o saneamento da irregularidade ou apresentao de

    condutor habilitado.

    Art. 163.Entregar a direo do veculo pessoa nas condies previstas no artigo anterior:

    Art. 164. Permitir que pessoa nas condies referidas nos incisos do art. 162 tome posse do veculoautomotor e passe a conduzi-lo na via.

    Art. 165. Dirigir sob a influncia de lcool ou de qualquer substncia entorpecente ou que determine

    dependncia fsica ou psquica.

    Pargrafo nico.A embriaguez tambm poder ser apurada na forma do art. 277.

    Art. 166.Confiar ou entregar a direo de veculo pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado fsico ou

    psquico, no estiver em condies de dirigi-lo com segurana.

    Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurana, conforme previsto no art. 65.

    Art. 170.Dirigir ameaando os pedestres que estejam atravessando a via pblica, ou os demais veculos.

    Art. 171. Usar o veculo para arremessar, sobre os pedestres ou veculos, gua ou detritos.

    Art. 172. Atirar do veculo ou abandonar na via objetos ou substncias.

    VI - junto ou sobre hidrantes de incndio, registro de gua ou tampas de poos de visita de galerias

    subterrneas, desde que devidamente identificados, conforme especificao do CONTRAN.

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    VII- nos acostamentos, salvo motivo de fora maior.

    Art. 181.Estacionar o veculo:

    I -nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinhamento da via transversal:

    II -afastado da guia da calada (meio-fio) de cinqenta centmetros a um metro.

    III - afastado da guia da calada (meio-fio) a mais de um metro.IV -em desacordo com as posies estabelecidas neste Cdigo.

    V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de trnsito rpido e das vias dotadas de

    acostamento.

    VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclo faixa, bem como nas ilhas,

    refgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalizao,

    gramados ou jardim pblico.

    VII -onde houver guia de calada (meio-fio) rebaixada destinada entrada ou sada de veculos.

    VIII - impedindo a movimentao de outro veculo.

    IX -ao lado de outro veculo em fila dupla.

    X -na rea de cruzamento de vias, prejudicando a circulao de veculos e pedestres.

    XI -onde houver sinalizao horizontal delimitadora de ponto de embarque ou desembarque de passageiros

    de transporte coletivo ou, na inexistncia desta sinalizao, no intervalo compreendido entre dez metros

    antes e depois do marco do ponto.

    XII -nos viadutos, pontes e tneis.

    XIII -na contramo de direo.

    Art. 194. Transitar em marcha r, salvo na distncia necessria a pequenas manobras e de forma ano causar riscos segurana.

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    CAPTULO 14SINALIZAO E ISOLAMENTO DE REAS DE TRABALHO

    14.1 DISPOSITIVOS DE SINALIZAO

    A sinalizao um procedimento de segurana simples e eficiente para prevenir acidentes. Os

    e