o aborto e a ameaça à soberania nacional
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O aborto e a ameaça à soberania nacional (Parte I)
Análise do professor Ivanaldo Santos, autor do livro "Aborto: discursos
filosficos"
Brasília, 28 de Março de 2013 (Zenit.org)
Atualmente o Ocidente assa or um momento de ro!unda contradiç"o. #e
um lado, !ala$se a%ertamente em di&ersidade cultural, em aro!undamento da
democracia e at' mesmo co%ra$se ue aíses com regimes autoritrios ou
!ec*ados !açam uma transiç"o ruma + democracia. #o outro lado, &$se ue,
cada &e- mais, as decises olíticas s"o tomadas sem le&ar em consideraç"o
a oini"o da maioria da oulaç"o. /"o decises ue, em sua essncia, le&am
em consideraç"o a &is"o t'cnica de esecialistas em olíticas %licas e a
ideologia de alguma minoria social ou gruo olítico. a rtica o ue est se
!ormando em muitos aíses do Ocidente ' uma &erdadeira ditadura das
minorias ou ent"o um go&erno, um tanto uanto autoritrio, dos esecialistas.
m eemlo %em ilustrati&o dessa uest"o s"o os 4A. 5istoricamente os
4A semre se aresentaram as naçes do mundo como sendo o grande
de!ensor da democracia e da li%erdade indi&idual. 4ntretanto, nos ltimos anos
essa ostura tem mudado. Os 4A tm aoiado açes e olíticas, em &rias
artes do mundo, ue !erem a democracia e a so%erania dos o&os. /"o açes
ue, em alguns momentos, s"o secretas e, em outros, s"o %licas.
ma marca ilustrati&a dessa ostura dos 4A !oi o discurso reali-ado ela
secretria de 4stado americano, 5illar6 7linton, em de-em%ro de 2011, or
ocasi"o das comemoraçes do #ia nternacional dos #ireitos 5umanos. esse
discurso 5illar6 7linton disse ue as o%9eçes religiosas + *omosseualidade
n"o de&em ser&ir de o%stculo ara as açes en'rgicas da O ara
romo&er a agenda *omosseual. /egundo ela, nen*uma rtica ou tradiç"oreligiosa ' mais imortante do ue os direitos *umanos. A secretria de 4stado
americano acrescentou ue todos os aíses recisam aro&ar leis de direitos
ci&is ara os indi&íduos *omosseuais, mesmo uando essas leis o!endem a
maioria dos cidad"os de um aís.
4sse discurso de 5illar6 7linton ' !undamentado ela olítica do residente
americano Bara: O%ama, o ual !e- da aceitaç"o mundial do *omosseualismo
o asecto central de sua olítica eterna na O e no mundo inteiro. 4m umdocumento intitulado niciati&as nternacionais ara A&ançar os #ireitos
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5umanos de ;'s%icas, intoler?ncia@ em aíses estrangeiros a9udando
a normali-ar a orientaç"o e ati&idade seual *omosseual. 4sse documento
indica ue essa de!esa oderia incluir de tudo, desde !inanciar ati&istas
olíticos *omosseuais em outros aíses ue !a-em caman*as contra leis
ue de!inem o casamento como a uni"o entre um *omem e uma mul*er at' a
organi-aç"o de aradas do orgul*o ga6 e s*os da cantora ;ad6
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E1F MAG=/, .
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/ra. #ilma Gousse!!E3F, antes de tomar osse no cargo, comarou o !eto a um
dente e, com isso, tentou 9usti!icar a rtica do a%orto. K a líder !eminista e
rL$a%orto, 4leonora MenicucciEPF, ue atualmente ' a titular da /ecretaria de
Dolíticas ara as Mul*eres, mais con*ecida como Minist'rio das Mul*eres,
c*egou a comarar a gra&ide- a uma doença in!ectocontagiosa e, com isso,
tam%'m tentou 9usti!icar o a%orto.
S ossí&el sinteti-ar os gruos de ress"o ue lutam, em escala lanetria,
ara imlantar o a%orto em trs categorias. o entanto, o%ser&a$se ue essa
euena síntese n"o esgota a lista comleta desses gruos. m eemlo
disso ' ue a resente lista n"o a%ordar o ael da Organi-aç"o das açes
nidas (O) na romoç"o, di!us"o e instalaç"o do a%orto na Am'rica ;atina e
em outros continentes. Iale salientar ue a O n"o ' o organismo
democrtico e romotor da igualdade entre os o&os ue di- ser. Delo
contrrio, a O tem tido um ael decisi&o na di!us"o da cultura da morte, do
a%orto e nas di&ersas ameaças a so%erania nacional. Ameaças ue recaem
rincialmente so%re os aíses o%res. Dara se ter uma ideia do ael do O
nesse ro%lema, a rLria OEF u%licou recentemente um manual ue d
orientaçes, aos sistemas de sade dos aíses mem%ros, so%re como !a-er
um a%orto >seguro@.
E1F P M;5T4/ #4 ABOG=O/ O/ 4A. n ;ançar as Gedes. #isoní&el em
*ttUUlancarasredes.%logsot.comU2012U02UP$mil*oes$de$a%ortos$nos$
eua.*tml. Acessado em 03U03U2012. #OM "o ' uma uest"o se eu sou contra ou a
!a&or, ' o ue eu ac*o ue tem ue ser !eito. "o acredito ue mul*er algumaueira a%ortar. "o ac*o ue ningu'm uer arrancar um dente, e ningu'm
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tamouco uer tirar a &ida de dentro de si@. G4A;#O, A. #ilma >a catLlica@,
comara o a%orto a arrancar um dente. n Blog do Geinaldo A-e&edo,
1PU0U2010. #isoní&el em *ttUU&e9a.a%ril.com.%rU%logUreinaldoUgeralUdilma$a$
catolica$comara$o$a%orto$a$arrancar$um$denteU. Acessado em 02U03U2012.
EPF as ala&ras de 4leonora Menicucci >EO a%ortoF n"o ' uma uest"o
ideolLgica, ' uma uest"o de sade %lica, como o crac: e outras drogas, a
dengue, o 5I e todas as doenças in!ectocontagiosas@. 4;4OOGA
M4777 #Z Y4 ABOG=O S Y4/=O #4 /A[#4 D[B;7A. n #7
digital. #isoní&el em *ttUU.dci.com.%rU4leonora$Menicucci$di-$ue$
a%orto$e$uestao$de$saude$u%lica$$P0XP2.*tml. Acessado em 02U03U2012.
EF \OG;# 54A;=5 OG
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troicais Brasil, Deru, Iene-uela, 4uador e Bolí&ia. S !cil &er ue, com uma
oulaç"o atual Eano de 1NPF de mais de 100 mil*es, o Brasil domina
demogra!icamente o continenteH l elo !im deste s'culo Eo s'culo JJF, re&$
se ue a oulaç"o do Brasil c*egar aos 212 mil*es de essoas, o mesmo
ní&el oulacional dos 4A em 1NP. A ersecti&a de um rido crescimento
econQmico $ se n"o !or en!rauecida elo ecesso de crescimento demogr!ico
$ indica ue o Brasil ter cada &e- maior in!luncia na Am'rica ;atina nos
rLimos 2 anos_EF.
E1F E1F /7A;A, Korge. DDR (Rederaç"o nternacional de Dlane9amento
Ramiliar). A multinacional da morte. 2 ed. Anolis, Brasil Mltila, 200P.
E2F A=OA; /47G= /=# M4MOGA#M 200 mlications o!
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escol*er com li%erdade e resonsa%ilidade o nmero e o esaçamento de seus
!il*os e o direito de eles terem in!ormaçes, educaçes e meios ara reali-ar
issoH e %) o desen&ol&imento social e econQmico !undamental dos aíses
o%res nos uais o rido crescimento oulacional ' uma das causas e
conseuncia da o%re-a generali-ada_E1F. 4 ainda or cima aonta a
utili-aç"o das mul*eres, como massa de mano%ra, ara colocar em rtica as
olíticas de controle da natalidade. /o%re esse assunto o documento a!irma _a
condiç"o e a utili-aç"o das mul*eres nas sociedades dos aíses
su%desen&ol&idos s"o de etrema imort?ncia na reduç"o do taman*o da
!amília. Dara as mul*eres, o emrego !ora do lar o!erece uma alternati&a ara o
casamento e maternidade recoces, e incenti&a a mul*er a ter menos !il*os
aLs o casamento. E...F As esuisas mostram ue a reduç"o da !ertilidade est
relacionada com o tra%al*o da mul*er !ora do lar_E2F.
7omo se ode &er elo contedo do Memorando 200, uma es'cie de Bí%lia
do controle da natalidade, os aíses centrais do caitalismo, esecialmente os
4A, tem uma agressi&a olítica de controle oulacional. 4ssa olítica, de
cun*a neoimerialista, ressue a inter!erncia na so%erania dos aíses.
S reciso esclarecer ue desde o !inal da d'cada de 1N0, uando o
Memorando 200 9 tin*a sido u%licado e suas olíticas esta&am sendo
imlementadas ao redor do mundo, ue eiste um acto de cooeraç"o e
tra%al*o mtuo entre o go&erno dos 4A e as organi-açes ue reresentam a
ideologia li%eral, eseci!icamente as !undaçes ue atrocinam o a%orto e
outras !ormas de controle oulacional. =rata$se de um acto ue, de um lado,
ossi%ilita maior agilidade nas olíticas e açes de controle oulacional ao
redor do mundo e, do outro lado, a%re as ortas ara ue essas !undaçes
ossam tra%al*ar em reas estrat'gicas dos aíses (tri%unais de 9ustiça,congressos nacionais, con!erncias eiscoais e outras) ara imor o controle
oulacional e esecialmente o a%orto. 7om isso, a so%erania nacional '
en!rauecida, ois uem decide o ue a oulaç"o nacional &ai !a-er ou
eerimentar n"o ' a rLria oulaç"o, mas um con9unto de esecialistas
estrangeiros em controle oulacional.
A terceira e ltima categoria ' a esuerda internacional e esecialmente o
ro9eto de recriar o socialismo ou mais recisamente o neosocialismo ousocialismo do s'culo JJE3F. os ltimos 20 anos os di&ersos mo&imentos e
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artidos olíticos ue comem a esuerda internacional tem se es!orçado
ara recriar o socialismo. 4 essa recriaç"o de&er acontecer na Am'rica
;atina. 4sse continente ' &isto, elas lideranças esuerdistas, como sendo o
esaço de reconstruç"o do socialismo aLs o !racasso das eerincias
esuerdistas nos aíses do ;este 4uroeu, esecialmente na Gssia. sso !ica
%em claro na #eclaraç"o Rinal or ocasi"o da !undaç"o do Roro de /"o Daulo
(R/D)EPF, em 10, uma entidade ue age dentro da Am'rica ;atina e ue tem
or miss"o a imlantaç"o de go&ernos esuerdistas$maristas e
neossocialistas nesse continente. a #eclaraç"o RinalEF, or ocasi"o da
conclus"o do Drimeiro 4ncontro do Roro de /"o Daulo, a!irma$se ue
>a&aliamos a crise da 4uroa Oriental Eo ;este 4uroeuF e do modelo de
transiç"o ao socialismo ali imosto. Ge&isamos as estrat'gias re&olucionrias
da esuerda desta arte do laneta e dos o%9eti&os ue o uadro internacional
coloca@EXF. 7om isso, a meta do Roro de /"o Daulo assa a ser a criaç"o do
neossocialismo. /endo ue dessa &e- na Am'rica ;atina. sso reresenta, na
rtica, outra agress"o + so%erania nacional, ois o o%9eti&o do Roro de /"o
Daulo n"o le&a em conta as necessidades e a oini"o dos go&ernos e das
oulaçes latino$americanas.
Dara a imlantaç"o do neossocialismo nos aíses latino$americanos o Roro de
/"o Daulo conta com amla rede de entidades e organi-açes, como, or
eemlo, artidos olíticos de esuerda, sindicatos e Organi-açes "o
resonsa%ilidade
reroduti&a@ e aos >direitos seuais e reroduti&os@. S reciso esclarecer ue
essas duas eresses s"o cLdigos e neologismo ara identi!icar o a%orto e
outras t'cnicas de controle da natalidade. Al'm disso, a declaraç"o !inalENF do
encontro !a- re!erncia direta ao !ato da Gede de Mul*eres ;atino$Americanas
e 7ari%en*as, um das redes ue d"o sustentaç"o ao Roro de /"o Daulo, ue,entre outros itens, dese9a lutar ela imlantaç"o, a ní&el latino$americano, da
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sade seual e reroduti&a das mul*eres, ou se9a, dese9a imlantar o a%orto
em todo o continente.
A olítica de criaç"o e imlantaç"o do neossocialismo na Am'rica ;atina '
mais um caítulo tanto da erca de autonomia das naçes como da
imlantaç"o do a%orto. /em contar ue, no continente latino$americano, o Roro
de /"o Daulo (R/D) mantem um acto estrat'gico com a ideologia li%eral,
esecialmente com as !undaçes multimilionrias ue !inanciam o a%orto em
escala lanetria. Aesar das duas &ertentes terem ideologias di!erentes, o
R/D ' socialista$marista e as !undaçes s"o li%erais$caitalista, am%os tem
em comum o ro9eto de inter!erir na so%erania das naçes e, com isso,
imorem suas &ises so%re a sociedade e o ser *umano.
E1F A=OA; /47G= /=# M4MOGA#M 200 mlications o!
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Mo&imiento Boli&ia ;i%re, Dartido 7omunista de Bolí&ia. o Brasil Dartido
#emocrtico =ra%al*ista (D#=), Dartido 7omunista do Brasil (D7do B), Dartido
7omunista Brasileiro (D7B), Dartido /ocialista Brasileiro (D/B), Dartido dos
=ra%al*adores (D=). o 7*ile -uierda 7ritiana, Dartido 7omunista, Dartido
5umanista, Dartido /ocialista. a 7olQm%ia Dolo #emocrtico Alternati&o,
Dresentes or el /ocialismo, Dartido 7omunista 7olom%iano, Rorças Armadas
Ge&olucionrias da 7olQm%ias (RAG7). 4m 7u%a 7u%a, Dartido 7omunista de
7u%a (D77). o 4uador 4uador, Mo&imento de nidad Dlurinacional
Dac*a:uti: b ue&o Dais, Mo&imento DA/, Mo&imento Doular #emocrtico,
Dartido 7omunista de 4cuador, Dartido 7omunista Marista$;eninista del
4cuador, Dartido /ocialista b Rrente Amlio. 4m 4l /al&ador Rrente Rara%undo
Martin ara la ;i%eraciLn acional. a
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os o%9eti&os roostos ara o de%ate entre as di&ersas comiti&as de
dilomatas, &indos de todos os continentes ara articiarem do e&ento, n"o
consta&am a legali-aç"o do a%orto e outras !ormas de controle da natalidade e
oulacional. O surreendente, de acordo com =imot*6 5errmannE2F, ' ue nos
seis meses anteriores a reali-aç"o da Gio20, o Rundo Doulacional da O
(RAD) 9unto com a oruega e sl?ndia, 7at*olics !or 7*oice (7atLlicas ela
4scol*a) e a Dlanned Darent*ood (Rederaç"o nternacional de Dlane9amento
Ramiliar), tra%al*aram !e%rilmente 9untos ara tirar &antagem da con!erncia
Gio20 so%re desen&ol&imento sustent&el a !im de romo&erem tanto um
direito internacional ao a%orto uanto o controle oulacional. A organi-aç"o
7at*olics !or 7*oice distri%uiu &rias u%licaçes e declaraçes !a-endo de
al&o a in!luncia nica do Iaticano dentro da O como O%ser&ador
Dermanente. 4m um in!orme, esse gruo c*egou a a!irmar ue a >tendncia da
/anta /' de insistir em osiçes eri!'ricas ue a colocam longe dos ue
est"o no consenso redominante@ mina >o consenso internacional so%re
direitos *umanos e ro&oca um retrocesso nas normas e rincíios ue s"o
igualmente &alori-ados elos aíses mem%ros da O@. Aesar da Gio20 ser
uma con!erncia so%re desen&ol&imento sustent&el dese9a&a$se aro&ar
algum documento di-endo ser !a&or&el ao a%orto e outras t'cnicas de controle
oulacional em nome dos direitos seuais e reroduti&os das mul*eres. Iale
salientar ue a eress"o direitos seuais e reroduti&os ' mais uma
eress"o %onita ara su%stituir a ala&ra a%orto.
Ainda de acordo com =imot*6 5errmann no começo das discusses na Gio20,
deiou$se clara a ligaç"o olmica entre direitos reroduti&os e
desen&ol&imento sustent&el uando a o&a Zel?ndia 9unto com a oruega, a
sl?ndia, os 4stados nidos, o 7anad, a /uíça, a ni"o 4uroeia (4) e a Austrlia ediram a inclus"o do termo >din?mica oulacional@ do RAD no
mesmo argra!o de sade seual e reroduti&a. A Gssia e a /anta /', 9unto
com os aíses do
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reroduti&os@ e >controle oulacional@, mas or ra-es di!erentes. As
delegaçes a!ricanas, or eemlo, !icaram com medo de ue se !i-essem
algum uestionamento a tentati&a de imor o a%orto or meio da Gio20 os
!inanciamentos de ue deendem deseseradamente ser"o cortados or
organi-açes como o RAD. A 4, or outro lado, n"o disse nada ara n"o
ue%rar o consenso dentro de seu rLrio gruo, considerando ue trs aíses,
inclusi&e a rlanda, ermanecem solidamente rL$&idas.
Roi or causa da tentati&a de !orçadamente se legali-ar o a%orto or meio da
Gio20, assando or cima dos congressos nacionais, da so%erania das
naçes e da &ontade dos di&ersos o&os en&ol&idos, ue o 7ardeal #om Odilo
/c*ererEPF, arce%iso de /"o Daulo, no Brasil, a!irmou, em sua con!erncia
durante a Gio20, ue a >centralidade da essoa *umana no Drincíio 1f da
7on!erncia de 12EF ' um lem%rete de ue o desen&ol&imento sustent&el
n"o ' alcançado atra&'s do desen&ol&imento medido ela sua caacidade de
romo&er e sal&aguardar a dignidade da essoa *umana@. 4 ue or causa
disso >n"o se ode tirar a dignidade *umana e nem deiar de lado o direito a
&ida@.
O !ato concreto ' ue o Iaticano cora9osamente liderou uma coalis"o de
aíses ue, com muito es!orço dilomtico, conseguiram imedir ue a Gio20
se trans!ormasse em uma con!erncia ara legali-ar o a%orto em escala glo%al.
S reciso notar ue essa tentati&a !oi reali-ada sem consultar os congressos
nacionais e a oulaç"o dos di&ersos aíses en&ol&idos. =rata$se, or
conseguinte, de uma tentati&a !eita distante do o&o, nas som%ras do oder,
dentro dos ga%inetes dos olíticos e dilomatas. ;ogo ' uma roosta anti'tica
e antidemocrtica, ue coloca em erigo a so%erania das naçes.
S or causa disso ue #om 4us'%io /c*eidEXF, num artigo u%licado no 9ornalO 4stado de /"o Daulo, no ano de 200, ue nauele momento era o
arce%iso do Gio de Kaneiro, no Brasil, a!irma ue diante das roostas de
legali-aç"o do a%orto e outros uestes ligadas ao controle oulacional
>ningu'm sa%e o ue est acontecendo@. /o%re essa mesma uest"o #om
Antonio Gossi ^ellerENF, %iso da #iocese de Rrederico \est*alen, tam%'m no
Brasil, a!irma ue >aesar de todas as negati&as e desculas, o ue se &,
concretamente, ' um encamin*amento or %aio dos anos de medidas ue&isam ura e simlesmente, a rtica li&re do a%orto@. #iante disso, a!irma$se
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ue, or arte da oulaç"o, 9ustamente a grande &ítima das olíticas de
controle da natalidade e oulacional, eiste um grande descon*ecimento das
açes e olíticas de %astidores, dos lo%%6s dos gruos de ress"o rL$a%orto
com o intuito de legali-ar essa rtica. 4sse descon*ecimento termina
condu-indo a uma crise da democracia e a um es&a-iamento da so%erania
nacional.
E1F BG=O, Mrcia Ja&ier. A &anguarda do retrocesso e a retaguarda do
a&anço. n Iila o&a, 7amina
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terceiro mundo e da Am'rica ;atino. o entanto, ele aresenta uma &is"o geral
do erigo ue se encontra, na atualidade, as democracias, a so%erania
nacional e rincialmente o !eto, ou se9a, o %e% ainda no &entre da m"e.
O oderoso lo%%6 internacional ara imlantar o a%orto no mundo originou$se
no ano de 12 uando o megamilionrio Ko*n #a&ison Goc:e!eller, mais
con*ecido como Goc:e!eller , !undou em o&a or: o 7onsel*o Doulacional
ara romo&er o controle do crescimento demogr!ico em todo o mundo. Aos
es!orços do 7onsel*o Doulacional, nos anos seguintes, somou$se a Rundaç"o
Rord, uma das !undaçes mais atuantes na romoç"o e di!us"o do a%orto em
todo o mundo. As organi-açes Goc:e!eller e a Rundaç"o Rord !oram, durante
&rios anos, os ioneiros em romo&er o lane9amento !amiliar e o a%orto ara
!ins de controle demogr!ico.
o !inal das d'cadas de 1X0 e 1N0 Ko*n #a&ison Goc:e!eller, diretamente e
atra&'s de suas organi-açes, assou a eercer um esado lo%%6 9unto ao
go&erno !ederal americano ara ue este recon*ecesse a uest"o do controle
demogr!ico mundial como um ro%lema de segurança interna dos 4stados
nidos, do ue resultou a ela%oraç"o do GelatLrio ^issinger ue recon*ece a
elos"o demogr!ica mundial como um ro%lema de segurança interna dos
4stados nidos e ue 9amais nen*um aís conseguiu diminuir a taa de
crescimento oulacional sem ter recorrido ao a%orto. Dor causa disso !oi
criada a di&is"o oulacional da Agncia dos 4stados nidos ara o
#esen&ol&imento nternacional (nited /tates Agenc6 !or nternational
#e&eloment b /A#)E1F ue, durante cerca de uma d'cada, gastou a
!a%ulosa uantia de uase 2 %il*es de dLlares da 'oca ara !inanciar o
controle oulacional mundial atra&'s da esterili-aç"o !orçada, do uso de
contraceti&os e tam%'m atra&'s do a%orto, tanto o legal como o clandestino.Roi a /A# ue !inanciou a esuisa %sica ue culminou com a
disseminaç"o das modernas drogas a%orti&as, ue eram &istas elos diretores
do organismo como uma _no&a enicilina ue aca%aria com a en!ermidade da
elos"o oulacional_. A /A# tam%'m romo&eu cursos e congressos
internacionais so%re a rtica de a%orto ara mil*ares de m'dicos ro&enientes
de raticamente todos os aíses do mundo, atrocinou a distri%uiç"o de
centenas de mil*ares de aarel*os ara rocedimento a%orti&o em mais de
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setenta aíses, na maioria dos uais o a%orto n"o era legal, e imlantou as
redes de clínicas clandestinas de a%ortos em &rios desses aíses.
#urante o go&erno do residente americano Kimm6 7arter (1NN$181) *ou&e
uma !orte reaç"o oular e, com isso, resultou na &otaç"o da 4menda 5elms, a
ual roi%iu a /A# de continuar romo&endo o a%orto e ualuer uso de
&er%as !ederais ara o !inanciamento da rtica do a%orto tanto dentro como
!ora dos 4stados nidos. O diretor da di&is"o de oulaç"o da /A#, #r.
Geimert Ga&en*olt, ue recentemente u%licou etensa documentaç"o a este
reseito, a ual ode ser acessada elo endereço eletrQnico
*ttUU.ra&en*olt.com, estimou ue desde 1X8 at' 1N3, o tra%al*o da
organi-aç"o, graças ao seu etraordinrio orçamento, *a&ia imedido, em
cerca de uma d'cada, o nascimento de um %il*"o de essoas em todo o
mundo.
medidos de tra%al*ar ela 4menda 5elms, os diretores da di&is"o de
oulaç"o da /A# &iram$se o%rigados a criar uma organi-aç"o ri&ada, a
ual rece%eu o nome de Açes A!irmati&as em #ireitos e /ade (A!!irmati&e
Action in 5uman Gig*ts and 5ealt*), mais con*ecida ela sigla DA/, ara
continuar a miss"o reentinamente interromida elo go&erno Kimm6 7arter.
#esde o !inal da d'cada de 1N0, com a a9uda das !undaçes internacionais, o
DA/ tornou$se um dos rinciais romotores internacionais do a%orto legal e
ilegal. /ediado na 7arolina do orte e com !iliais em inmeros aíses, inclusi&e
no Brasil, o DA/ distri%ui euiamentos ara a rtica de a%ortos, assessora
clínicas de a%orto romo&e cursos ara m'dicos em rocedimentos de a%orto
em todo o mundo. o Brasil o DA/, or eemlo, em arceria com o go&erno
!ederal, romo&e regularmente cursos so%re a%orto na maioria das grandes
maternidades e escolas de medicina. O go&erno %rasileiroE2F n"o somenteaoia o tra%al*o do DA/, como tam%'m segue suas recomendaçes e, em
de março de 200, o Minist'rio da /ade %rasileiro condecorou a organi-aç"o
com a entrega de uma laca de recon*ecimento ela rele&?ncia dos ser&iços
restados + naç"o. Iale salientar ue o DA/ ' uma organi-aç"o ue inter!ere
constantemente na olítica interna das naçes. O DA/ age como se !osse o
go&erno ou algum Lrg"o go&ernamental, mas n"o assa de uma agncia
estrangeira de controle oulacional. ma agncia ue coloca em c*eue aso%erania das naçes.
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E1F m resumo das ati&idades da Agncia dos 4stados nidos ara o
#esen&ol&imento nternacional, (/A# em sua sigla em ingls), em relaç"o ao
a%orto, durante esse eríodo *istLrico encontra$se em A DGOMOO
=4GA7OA; #A 4/=4G;ZAO, #O ABOG=O 7;A#4/=O 4 #O
ABOG=O Y`M7O condensado do deoimento auto%iogr!ico de Geimert
=*orol! Ga&en*olt. Brasília Associaç"o acional DrL$Iida e DrL$Ramília, 2010.
O original em ingls est disoní&el no endereço eletrQnico
*ttUU.smit*.eduUli%rariesUli%sUsscUr*UtranscritsUra&en*olt$trans.*tml.
E2F /o%re o remio ue o go&erno %rasileiro concedeu ao DA/ recomenda$se
consultar A#4//4, ;eila. 4ditorial. n Ge&ista de /ade /eual e Geroduti&a.
n!ormati&o 4letrQnico de DA/ Brasil. 4diç"o . 3, março 200.
O aborto e a ameaça à soberania nacional (Parte II)
/"o Daulo, 10 de A%ril de 2013 (Zenit.org)
#ontinuando!!!
4m 18P, durante a 7on!erncia nternacional de Doulaç"o do M'ico o
go&erno Gonald Geagan (181$18), ue sucedeu a Kimm6 7arter, endureceu
as medidas introdu-idas ela 4menda 5elms e roi%iu, atra&'s do ue !icou
con*ecido como a Dolítica da 7idade do M'ico, ue ualuer organi-aç"o,
nacional ou internacional, ue tra%al*asse com a romoç"o do a%orto, udesse
rece%er &er%as !ederais, mesmo ue estas n"o se destinassem diretamente as
rticas de a%orto. a rtica a administraç"o Geagan n"o aenas te&e uma
olítica de de!esa da &ida e esecialmente da &ida mais !rgil, ou se9a, do %e%
ainda no &entre da m"e, mas uma olítica de roteç"o da democracia e da
so%erania das naçes.
#e acordo com Maureen G. 7or%ett e ^at*erine ;. =urnerE1F essa olítica
re9udicou os interesses cororati&os e ideolLgicos dos gruos de ress"o rL$
a%orto. m dos gruos ue mais !oram re9udicados !oi 9ustamente o DA/.
Iendo$se no&amente tol*ido, o DA/ reagiu e criou, em 11, o conceito de
cuidados Ls$a%orto e, em 13, 9untamente com outras organi-açes, criou o
7onsLrcio da Atenç"o DLs$A%orto ara educar os oeradores da sade em
todo o mundo so%re as conseuncias do a%orto inseguro e desen&ol&er os
cuidados Ls$a%orto como uma estrat'gia de sade %lica. A essncia da
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uest"o era ue os cursos ue o DA/ ministra&a e aarel*os ue distri%uía,
em todo o mundo, odiam ser utili-ados, !a-endo uso das mesmas t'cnicas,
n"o aenas ara !a-er um a%orto, mas tam%'m ara es&a-iar o tero de restos
lacentrios deois de um a%orto mal !eito. 4m 2001 um memorando do
go&erno americano esta%eleceu ue a Dolítica da 7idade do M'ico n"o
roi%ia o _tratamento dos danos causados or a%ortos legais ou ilegais,
inclusi&e a atenç"o Ls$a%orto_. 7om isto o DA/ e seus inumer&eis arceiros
oderiam continuar a ministrar cursos e distri%uir seus euiamentos sem
erder a a9uda !inanceira norte$americana. Bastaria a!irmar, ara tanto, ue os
cursos e os euiamentos n"o se destina&am + rtica do a%orto, mas aos
cuidados Ls$a%orto.
Iale salientar ue as olíticas de Ls$a%orto reresentam na rtica a
legali-aç"o e incenti&o, mesmo ue de !orma indireta, do a%orto. Daíses da
Am'rica ;atina como, or eemlo, o ruguai e o Brasil s"o al&os das
resses internacionais ara a legali-aç"o indireta do a%orto or meio da
olítica Ls$a%orto. S reciso esclarecer ue o DA/ começou a atuar no Brasil
em 13, introdu-ido atra&'s do tra%al*o da Rundaç"o MacArt*ur, con!orme
consta no relatLrio A Doulaç"o e o Drograma de /ade Geroduti&a no Brasil
(10$2002) liçes arendidasE2F, rodu-ido ela rLria Rundaç"o
MacArt*ur.4sse relatLrio ee como !oi usada, durante a d'cada de 10, no
Brasil, a !a%ulosa uantia de 3X mil*es de dLlares ara romo&er o a%orto e a
sua legali-aç"o.
o tocante ao Brasil, o go&erno desse aís anunciou recentemente ue
retende criar uma es'cie de ^it A%orto, ou se9a, um con9unto !ormado or
uma cartil*a ue ensina as mul*eres a como a%ortar e um gruo de rem'dios
ue !acilitam a reali-aç"o dessa rtica. /egundo mat'rias ue circularam nagrande mídia nacionalE3F o Minist'rio de /ade %rasileiro dese9a criar uma
olítica de >reduç"o de riscos@ ara o a%orto ilegal. 4ssa olítica en&ol&eria um
^it A%orto ue seria distri%uído nos *ositais %licos ara as mul*eres ue
uerem !a-er o a%orto ilegal. #e acordo com o Minist'rio da /ade esse ^it
A%orto !a- arte da olítica de lane9amento reroduti&o do go&erno e
consistir da seguinte estrat'gia a mul*er gr&ida &ai a uma unidade de sade
%lica (*osital, osto de sade ou outra) mais erto de sua casa, ega o ^it A%orto e &ai ara casa !a-er o a%orto ilegal de !orma segura. =udo isso
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!inanciado com o din*eiro %lico, ou se9a, com os imostos agos elos
cidad"os. a rtica o go&erno do Brasil est cedendo +s resses
internacionais ara legali-ar, de !orma indireta e at' mesmo secreta, o a%orto.
Iale salientar ue a atual residente da re%lica, a /ra. #ilma Gousse!!, !iliada
ao Dartido dos =ra%al*adores, uando era candidata + residncia, em 2010,
em uma 7arta a%erta ao o&o de #eus, endereçada as igre9as crist"s, a!irmou
ser contrria ao a%orto e ue essa uest"o de&eria ser resol&ida elo
7ongresso nacional. Kustamente a inst?ncia democrtica aroriada ara a
reali-aç"o dos grandes de%ates 'ticos nacionais. as ala&ras da ent"o
candidata #ilma Gousse!! >;em%ro tam%'m min*a eectati&a de ue ca%e ao
7ongresso nacional a !unç"o %sica de encontrar o onto de euilí%rio nas
osiçes ue en&ol&am &alores 'ticos e !undamentais, muitas &e-es
contraditLrios, como a%orto, !ormaç"o !amiliar, unies est&eis e outros temas
rele&antes tanto ara as minorias como ara toda sociedade %rasileira@EPF.
o entanto, desde o ano de 200 eistem estruturas ligadas ao 4stado
%rasileiro ue est"o comrometidas com a legali-aç"o, disseminaç"o e rtica
do a%orto. sso !icou %em claro com a ela%oraç"o do Dlano acional de
Dolíticas ara as Mul*eres ue, entre outras coisas, se dise a >romo&er a
atenç"o o%st'trica, uali!icada e *umani-ada, inclusi&e a assistncia ao
a%ortamento em condiçes inseguras ara mul*eres e adolescentes@EF. O
ro%lema ' ue esuisas demonstram ue aroimadamente 0h da
oulaç"o %rasileira ' contra o a%orto. m índice semel*ante se encontra no
7ongresso nacional. Dor isso, a roosta do atual go&erno %rasileiro de criar o
^it A%orto !ere uma romessa !eita em 'oca de caman*a eleitoral. Al'm
disso, !ere os interesses do o&o e do 7ongresso nacional. =rata$se da mais
radical roosta ue !ere a democracia e a so%erania nacional. S uma roostaue, em ltima inst?ncia, 9 &em r'$!a%ricada nos ga%inetes de esecialistas
internacionais em controle oulacional. 4secialistas ue n"o con*ecem a
realidade nacional, n"o reseitam a so%erania e a democracia nacional. =rata$
se, ois, de mais um caítulo na autoritria tentati&a de imor o a%orto ao Brasil
e a outros aíses da Am'rica ;atina.
E1F 7OGB4==,Maureen G.H =G4G, ^at*erine ;. 4ssential 4lements o!
Dosta%ortion 7are Origins, 4&olution and Ruture #irections. n nternational
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Ramil6 Dlanning Dersecti&es, Iolume 2, um%er 3, /etem%er 2003, . 10X$
111.
E2F =54 KO5 #. A# 7A=54G4 =. MA7AG=5G RO#A=O. =*e
Doulation and Geroducti&e 5ealt* Drogram in Bra-il (10$2002) lessons
learned. 2003, . 0.
E3F 7om relaç"o +s mat'rias ue circularam na grande mídia %rasileira so%re a
roosta do go&erno de criar um ^it A%orto ue ser distri%uído as mul*eres
ue dese9am raticar o ato a%orti&o, recomenda$se consultar B;A=,
Ko*anna.
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medicina, associaçes de ad&ogados e 9uí-es, clu%es de ro!issionais li%erais,
seminrios ara !ormaç"o de sacerdotes catLlicos e outros locais semel*antes.
2) Dromoç"o e !inanciamento de cursos, &iagens a locais aradisíacos, com
direito a acoman*ante, *osedagem em *ot'is luuosos, ecurses turísticas
e comras em lo9as caras e so!isticadas, resentes luuosos (carros, 9oias e
outros) e di&ersas outras !ormas de con!orto e mordomia. =udo isso '
destinado a 9uí-es, ad&ogados, 9ornalistas, m'dicos, adres catLlicos e
sacerdotes de outras religies, olíticos, altos !uncionrios %licos e outros
ro!issionais ue odem a9udar, de !orma direta ou indireta, a romo&er o
a%orto.
3) Dromoç"o de cursos de a%orto e outras t'cnicas de controle oulacional
ara m'dicos e demais ro!issionais de sade.
P) Dromoç"o de cursos ara 9ornalistas e outros ro!issionais da mídia com a
intens"o de disseminar a cultura do a%orto.
) Assessoria ara 9uí-es, romotores e demais autoridades do 9udicirio. O
9udicirio ' um das grandes !ontes de ataues dos gruos de ress"o rL$
a%orto. ma das metas desses gruos ' legali-ar o a%orto na Am'rica ;atina,
de !orma indireta, or meio do 9udicirio.
X) Assessoria a %isos, adres, religiosos e lideranças leigas catLlicas. 4ssa
assessoria &isa romo&er uma es'cie de la&agem cere%ral nos religiosos
catLlicos de !orma ue ossam !icar contra a doutrina rL$&ida da gre9a e, com
isso, assarem a de!ender o a%orto e outros &alores da cultura da morte.
N) Dromoç"o de congressos, alestras e outras !ormas de !ormaç"o da oini"o
dos ro!issionais li%erais (ad&ogados, sicLlogos e outros) com o o%9eti&o de
!ormar uma &is"o geral !a&or&el ao a%orto.
8) Amla resença na mídia, or meio de rogramas de rdio e =I, deassessoria a canais de comunicaç"o e outras !ormas de mani!estaç"o
miditica.
) #emoni-aç"o da gre9a 7atLlica e de ualuer outra instituiç"o religiosa ue
se oon*a ao a%orto. 4ssa demoni-aç"o ' !eita semre mostrando, em
esaços como a grande mídia e a uni&ersidade, a corruç"o, casos de edo!ilia
e outros ro%lemas morais en!rentados or mem%ros do clero catLlico. 7omo a
gre9a, na maioria dos aíses latino$americanos, ' a grande &o- ue de!ende a
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&ida e, or conseguinte, luta contra o a%orto, ela torna$se al&o constante das
caman*as de di!amaç"o, !eitas com muito din*eiro, elos gruos rL$a%orto.
10) Assessoria a arlamentares (senadores e deutados) com o o%9eti&o de
incenti&$los a roorem e aro&arem, no 7ongresso, ro9etos de lei ara a
li%eraç"o e o incenti&o ao a%orto.
O aborto e a ameaça à soberania nacional ($ltima parte)
Brasília, 1N de A%ril de 2013 (Zenit.org)
O %ue fa&er'
O uadro ue !oi aresentado anteriormente, de !orma resumida, demonstra
ue a so%erania dos aíses latino$americanos e de outras regies do laneta
est em erigo. 4la ' sumariamente ignorada elos gruos de ress"o rL$
a%orto ue, se utili-ando de amlo caital em din*eiro e de grande estrutura
internacional, dese9am a ualuer custo imlantar, incenti&ar e romo&er o
a%orto no continente latino. 4ssa romoç"o !ere tanto os &alores democrticos
como a so%erania das naçes.
o entanto, como salienta atualmente uase n"o * uma nica &o-
ue se le&anta ara de!ender os &alores religiosos e culturais dos o&os do
mundo. A O est calada, líderes democrticos e at' mesmo da esuerda
internacional nada di-em. A grande eceç"o ' a gre9a 7atLlica e o Daa. O
ontí!ice tem !eito reiterados ronunciamentos alertando ara o erigo da morte
da democracia e, or conseguinte, de ser imosta uma agenda, ara as
naçes, ue !ere gra&emente seus &alores religiosos e culturaisE2F@. O a%orto
emerge como centro dessa agenda e, or conseguinte, a gre9a como sendo a
grande oosiç"o.
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#iante de tudo ue !oi eosto aresenta$se estrat'gias ara com%ater a
olítica de imosiç"o do a%orto e, ao mesmo temo, !ortalecer a democracia e
a so%erania das naçes.
1) Mel*orar a !ormaç"o dos no&iços, seminaristas e outras categorias de
estudantes clericais catLlicos. Dor incrí&el ue areça muitos seminaristas se
!ormam e s"o ordenados adres e n"o con*ecem a doutrina da gre9a so%re a
&ida e a dignidade da essoa *umana. O com%ate + cultura da morte e ao
a%orto assa o%rigatoriamente or uma !ormaç"o mais aro!undada ara os
candidatos a &ida religiosa.
2) Mel*orar a astoral desen&ol&ida or %isos, adres, religiosos e líderes
leigos catLlicos. A gre9a tem uma grande inserç"o social, mas, +s &e-es, a
!ormaç"o &isando a romoç"o da dignidade *umana deia a dese9ar. S reciso
in&estir em uma astoral rL$&ida e rL$!amília ue aresente claramente, sem
rodeios, a doutrina da gre9a e o 4&angel*o.
3)n&estir na !ormaç"o dos leigos. 4ssa tem ue ser uma das metas da gre9a
na Am'rica ;atina. /e muitas &e-es o discurso rL$a%orto gan*a algum esaço
na sociedade, isso se d, em arte, ela m !ormaç"o ue os leigos catLlicos
ossuem. A !ormaç"o laical tem ue ser uma meta concreta da gre9a na
Am'rica ;atina.
P) tili-ar a estrutura da gre9a ara romo&er o &alor da &ida e a dignidade da
essoa *umana. S reciso &er ue a gre9a tem uma das mel*ores estruturas
do continente latino$americano. A gre9a ossui *ositais, uni&ersidades,
escolas, centros sociais, esaços culturais, museus, teatros e outros locais de
con&i&ncia social. S reciso utili-ar essa gigantesca estrutura em rol da
&alori-aç"o da &ida, do com%ate ao a%orto e outros males oriundos da cultura
da morte.) Maior resença na mídia. /e * um erro ue a gre9a na Am'rica ;atina tem
insistido em cometer ' ignorar a necessidade e a imort?ncia dos meios de
comunicaç"o. A gre9a recisa utili-ar os meios de comunicaç"o, de !orma
'tica, ara anunciar o 4&angel*o e, or conseguinte, desmascarar toda a
corruç"o ue eiste or trs do a%orto. /o%re o &alor do 4&angel*o, incluindo
seu anuncio or meio da mídia, /al&ino ;eone en!ati-a ue o >4&angel*o
a!irma com a%soluta e&idncia n"o aenas o direito + &ida, mas tam%'m a suarioridade em relaç"o aos outros direitos. =udo isso !oi !ormulado no conceito
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de sacralidade da &ida. =al conceito tornou$se uma &erdadeira matri- de
ensamento, dualisticamente oosta +uela de ualidade de &ida. Os dois
crit'rios !undamentais so%re os uais se %aseia a 'tica da sacralidade da &ida
s"o atri%uiç"o de igual &alor a todas as &idas *umanas (indeendentemente
das suas caracteri-açes ualitati&as) e a consideraç"o da &ida como o mais
alto dos &alores *umanos@E3F.
X) S reciso *a&er adres eseciali-ados na de!esa da &ida e da !amília. As
dioceses e demais circuncises eclesisticas catLlicas recisam !ormar e ter
em seus uadros adres ue se dediuem inteiramente ao tra%al*o em rol da
de!esa da &ida e da !amília. /e isso acontecer, aenas esse simles gesto 9
ser su!iciente ara mel*orar muito a conscincia rL$&ida do o&o latino$
americano. S reciso ter conscincia ue or mais ue a gre9a 7atLlica se9a
atualmente demoni-ada, ridiculari-ada ela grande mídia, ela continua sendo a
instituiç"o de maior credi%ilidade em todo o continente. Os mil*es e mil*es
de dLlares gastos elo lo%%6 rL$a%orto ara denegrir a imagem da gre9a
diante da oini"o %lica, n"o !oram su!icientes ara desmorali-$la. Dor isso,
a resença, em cada diocese, de um adre ue de!enda a &ida, trar grandes
!rutos de conscincia rL$&ida e re9eiç"o ao a%orto e a cultura da morte.
N) n&estir na u%licaç"o de li&ros, an!letos, cartil*as e outras !ormas de
literatura rL$&ida e rL$!amília. Dor incrí&el ue areça grande arte da
literatura ue circula na sociedade ' rL$a%orto. S reciso re&erter esse
uadro. S reciso ue as editoras e demais casas de u%licaç"o catLlicas
in&istam na !ormaç"o do grande %lico or meio de amla literatura rL$&ida e
em rol da dignidade da essoa *umana.
8) Maior resença na internet e nas redes sociais &irtuais. 4sses s"o esaços
de no&as socia%ilidades e da no&a e&angeli-aç"o. A gre9a recisa estar atentaa esses no&os esaços. 4la de&e sa%er utili-$los com sa%edoria ara
roagar a &erdade do 4&angel*o e a doutrina do &alor intrans!erí&el da &ida
*umana.
) Rormar e orientar os olíticos e congressistas.
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re&erter esse gra&e uadro. sso sL ser ossí&el se ela in&estir na !ormaç"o e
orientaç"o dos no&os e &el*os mem%ros da classe olítica. A olítica, or
conseguinte, de&e ser uma das reocuaçes da gre9a.
S reciso ue a gre9a a9ude ao cidad"o e a sociedade latino$americana a
recon*ecerem ue o >direito + &ida, a eistir, ' a rimeira e mais imediata
eress"o da dignidade *umana. 4 ao mesmo temo o rimeiro e mais
!undamental de todos os direitos *umanos, o direito %sico e !undante. /em
ele, desaarecem tam%'m os outros orue ', logicamente, o ressuosto
indisens&el@EPF. Dor causa disso a >centralidade da essoa *umana reuer
ue a sociedade meça o rogresso econQmico, so%retudo ela caacidade de
romo&er a essoa *umana. sso reuer ue a 'tica n"o se9a searada das
tomadas de decises econQmicas, mas sim ue se9a recon*ecida@EF. A
conseuncia desse recon*ecimento ' um rocesso mais aro!undado de
&alori-aç"o da &ida, da dignidade da essoa *umana e a negaç"o do a%orto e
da cultura da morte. 4ssa negaç"o ' a %ase da &alori-aç"o da democracia e da
so%erania nacional.
Dor !im, a!irma$se ue a luta em rol da legali-aç"o do a%orto no continente
latino$americano ainda &ai durar d'cadas e tal&e- atra&esse todo o s'culo JJ.
Dor isso a gre9a recisa redo%rar suas !orças e seu emen*o astoral na luta
ela &alori-aç"o de todas as !ormas de mani!estaç"o da &ida *umana,
rincialmente a &ida mais !rgil, mais carente, ou se9a, o %e% ainda no &entre
da m"e. Kustamente uma !orma de &ida ue ' al&o de grande discriminaç"o e
eclus"o or arte de go&ernos, líderes olíticos, emresrios e !undaçes
multimilionrias. Dor isso ' reciso ter conscincia ue a de!esa da &ida e da
dignidade da essoa *umana ' urgente e necessria. "o ode !icar ara
aman*". A gre9a e todos os cidad"os latino$americanos n"o odem deiar deromo&er e roteger a &ida *umana e a so%erania das naçes e, or causa
disso, com%aterem o a%orto.
E1F MGA#A,
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E3F ;4O4, /al&ino. Mi *ai !atto come un rodígio. Bologna 4#B, 200,. 13$
1P.
EPF /greccia, 4lio. ;a %io'tica como ris. Buenos Aires 4ditorial de la
ni&ersidad 7atLlica Argentina, 200P, . 3P
EF /754G4G, 7ardeal #om Odilo. Agricultura ] /ociedades /ustent&eis
/egurança Alimentar, =erra e /olidariedade, o. cit., . 2.
Ivanaldo Santos filsofo e professor do departamento de
filosofia e da Ps*raduaç+o em etras (PP*) da -./0!
ivros publicados: 0iet&sc1e: discurso introdutria (.ditora
Ideia, 2334), Aborto: discursos filosficos (.ditora, Ideia, 2335)!
ivanaldosantos67a1oo!com!br!