o dia que jesus veio em minha casa - william macdonald

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William MacDonald

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o dia em que jesus veio a minha casa.

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WilliamMacDonald

O DIA

EM QUE JESUS

VEIO

A MINHA CASA

William

MacDo nald

Título do original:The day Jesus came to my houseWilliam MacDonaldEveryday Publications Inc.421 Nugget Awe., Unit 2Scarborough - ON - CANADA

Tradução deWilliam Crawford

Desenhos deJ. Boyd Nicholson Jr.

1a. edição brasileira:Janeiro de 1984

Publicado no Brasil, com a devida autorização ecom todos os direitos reservados, por

EDIÇÕES CRISTÃSCaixa Postal 40019900 - OURINHOS - SP - BRASIL

O DIA EM QUE JESUS VEIO

A MINHA CASA

Tudo começou no dia em que convidei umjovem, dedicado servo do Senhor Jesus, para fi-car em casa, enquanto ele estava em minha cida-de. Este rapaz era totalmente entregue a Cristo.O seu ser inteiro foi posto à disposição do Salva-dor. Nem sempre era agradável ficar com ele.

Bem, de qualquer modo, estacionei o carroem frente a minha casa e, ao andarmos em dire-ção à porta, ele disse:

"Hei, como será interessante ficar na casa doautor do livro Discípulos Verdadeiros". Repenti-namente, senti como se tivesse sido mergulhadonum barril de óleo fervente. Imediatamente, co-mecei a pensar nos vários cômodos da casa e noque ele poderia ver neles. Eu gostaria de saber seele consideraria minhas possessões como tendoum relacionamento direto com o Reino de Cris-to ou se ele pensaria que eram luxos desnecessá-rios e que revelavam uma indiferença total ante aagonia atual do mundo. Minha paz estava seria-mente perturbada.

Mas, ao destravar a porta, pensei: "Porque vo-cê está preocupado com o que este rapaz podever? É ao Senhor Jesus que você tem de agradare Ele contempla a sua casa o tempo todo. O que

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Ele vê na sua casa diariamente? "Então pensei no que F. W. Grant disse certa

vez: "Não há outro teste para qualquer coisa, anão ser como ela pareça na Sua presença", istome deixou ainda mais desajeitado. Uma coisa melevou a outra. Comecei a imaginar que eu estavatrazendo o Senhor Jesus para minha casa. Meuhóspede não era mais o jovem e sincero discípu-lo; era o próprio Mestre. Hoje, Ele não era só omeu Pastor e Salvador, mas meu Investigadortambém. Em Sua presença, eu veria coisas quenunca tinha visto antes.

Antes de começarmos o passeio pela casa, de-vo explicar que nem todas as coisas descritas têmsido realmente verdadeiras em relação a mim e aminha casa, mas as tenho aplicado proposital-mente a mim para dar uma visão mais compreen-siva do que o Senhor Jesus poderia ver num larcristão.

HALLNesta altura, a porta da frente já estava aberta

e nós entramos no espaçoso hall. Logo à nossafrente estava minha escrivaninha de madeira delei. Em cima da escrivaninha, estavam meus ta-lões de cheques, ações, títulos e apólices de segu-ro. Horas antes eu os havia tirado do cofre deparede para examiná-los, pois (você entende, nãoé? ) neste mundo de incertezas e mudanças, da-va-me uma certa sensação de segurança manu-seá-los.

E agora ainda estavam lá, para minha grandehumilhação, quando Jesus foi à escrivaninha. Ha-

via outra coisa sobre a escrivaninha: um globoterrestre. E havia também meu calendário favori-to com meus versículos diários. Era uma estra-

nha coincidência, mas os versículos para este diaeram: "Não ajunteis tesouros sobre a terra, ondea traça e a ferrugem tudo consomem e onde osladrões minam e roubam; mas ajuntai tesourosno céu, onde nem a traça nem a ferrugem conso-mem e onde os ladrões não minam nem roubam.Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estarátambém o vosso coração" (Mateus 6.19-21).

Eu me senti tão envergonhado pela minha exi-bição não intencional de riquezas que rapida-mente juntei meus tesouros e coloquei "meu co-ração" novamente no cofre. Quando voltei à es-crivaninha, o Senhor Jesus ainda estava lá, enca-rando o globo terrestre, olhando pensativamente

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para os vários países e continentes. Sem Ele fa-lar, senti-me ferido pelo que aquelas minhas ri-quezas poderiam fazer se usadas para a propaga-ção do Evangelho no mundo inteiro e não esta-vam fazendo! Eu tinha certeza que Ele estavaolhando o globo. Ele não estava tão interessadocom as fronteiras geográficas; Ele estava interes-sado com as almas dos homens pelas quais Elehavia morrido na cruz do Calvário.

Erguendo Sua cabeça, Ele me disse: "Você es-tá vivendo pela fé? " Sempre pensei que sim. Eunão era ativo no serviço do Senhor? Não estavavivendo com um salário modesto? Incoerente-mente, tentei dar uma desculpa, mas parece quenão deu sentido para Ele. Ele me perguntou:"Qual a diferença entre sua vida hoje e a de umhomem de negócios? Ambos ajuntam para umdia chuvoso. Ambos dependem de coisas mate-riais para sua segurança. Em que a sua vida édiferente? Não estão ambos vivendo pela visão,em vez de viver pela fé? " Enquanto Ele apresen-tava as coisas deste modo, tive de admitir queera verdade. Abalou-me um tanto o compreen-der que, pelo menos neste aspecto, minha vidanão era diferente da vida de meus amigos des-crentes.

Meus diplomas estavam pendurados em cimada escrivaninha. Eu tinha estudado tanto paraadquiri-los, assim como para conseguir as meda-lhas que estavam ao lado deles. Sentia-me orgu-lhoso em ter conquistado méritos em tantoscampos profissionais. Mas foi só até Ele me dizermansamente: "Por que você foi atrás destas hon-rarias? " Foi só isto o que Ele me disse.

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Antes nunca tinha vindo ao meu pensamentoo quanto eu estava procurando grandes coisaspara mim. Naquele momento, as palavras do Se-nhor através do profeta Jeremias, vieram a mim:"Procuras tu grandezas? Não as procures"(Jere-mias 45.5). Naquele momento também rrie lem-brei do que Rudyard Kipling certa vez disse auma classe de formandos na Universidade deMcGill: "No decorrer da vida, não procurem fa-ma, ou dinheiro, ou poder, pois um dia encon-trarão um Homem que não se importa com essascoisas e então vocês compreenderão quão pobressão".

Naquele momento, senti que havia encontra-do aquele Homem e compreendi quão pobre euera.

BANHEIROAo prosseguirmos pelo corredor, dei uma

olhada ao banheiro e vi todos os vidros e potesde loção e meus artigos de toucador com todosos aparelhos e acessórios. Minha escova dental

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elétrica estava pendurada ao lado do armário.Escova elétrica! Sempre fora bem aceita social-mente por mim, mas, agora, estava maravilhadocomigo mesmo. Com uma escova dental comum,eu poderia escovar os dentes tão bem quantocom a escova elétrica e com a diferença no preçoalguém poderia estar ouvindo o Evangelho naMalásia. Nunca pensara nisto antes, isto é, antesque o Senhor Jesus viesse a minha casa. Fiqueibem surpreso com minha própria indignação.Desejava poder imitar João, caindo aos Seus péscomo morto. A experiência inteira era esmaga-dora.

SALA DE JANTARNós entramos na sala de jantar e, felizmente,

não havia nada decepcionante ali. Nada, excetoo jogo de prata no guarda-roupa. Preocupou-meum pouco, pois recentemente havia lido numdos livros de A. T. Pierson: "Há, enterrado empratos de ouro e de prata e em ornamentos nascasas dos crentes, o suficiente para construiruma frota de 50 mil navios, lastrá-los com Bí-blias, enchê-los com missionários, construir uma

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igreja em cada aldeia que não tem e fornecer acada ser vivente o Evangelho durante 20 anos".

Sem dizer palavra, o Senhor acenou com acabeça como se concordasse com o meu pensa-mento.

Não havia alimento na mesa, logicamente, na-da a não ser o ornamento do centro. E, mesmoassim, não podia evitar de pensar em tantas refei-ções nos feriados, quando sentávamos nesta mes-ma mesa e nos fartávamos e, sinceramente, comi-amos até ficar saturados. Então nos arrastávamosaté a poltrona mais próxima para nos recuperarda enorme provação e esperar o lanche da noite.Repentinamente pensei nas 7.000 pessoas mor-rendo diariamente de fome e nas terras onde su-plementos vitamfnicos são desconhecidos e onderegimes e dietas são um absurdo. Eu me senti ummiserável. Naquele momento preferiria ser mer-gulhado num mar de lava derretida. Enquanto oSenhor permanecia ali comigo, lembrei-me quefrequentemente Ele falara em jejuar, mas eusempre colocara estes versos num arquivo dis-pensacional, dizendo que não se aplicam a nóshoje em dia. Mas, agora, não estava tão certodisto, talvez Ele realmente tencionava dizer oque realmente disse.

QUARTOFoi um descuido da minha parte deixar a por-

ta do guarda-roupa aberta, pois parecia uma mi-ni-loja de roupas.'De parede a parede, havia ter-nos, paletós e camisas. Realmente, não precisavade todas aquelas roupas, mas, de qualquer modo,

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parecia que lisonjeava o meu ego. Era agradávelsempre ouvir as pessoas comentando favoravel-mente sobre isto. 0 Senhor Jesus não me dissenada. Mas nem precisava dizer. A Sua presençaali já era o suficiente.

Em cima da cômoda, havia inúmeros artigosde joalheria e várias bijuterias. Eu fui criado paraapreciar a qualidade. Agora fiquei imaginandoquem iria receber tudo aquilo, se por acaso eumorresse aquela noite. O pensamento de pôr tu-do aquilo ao serviço do Senhor nunca viera aminha mente antes. De repente, lembrei-me dequando, certo dia, recebi um grosso envelope pe-lo correio. Era de uma viúva crente. Ao desenro-lar o papel de seda, um anel de diamantes caiudo envelope. A carta dizia o seguinte: "Deus fa-lou muito comigo acerca deste anel. É o tesouromais precioso que possuo, mas quero doá-lo aEle. Por favor, use-o para o serviço de Jesus". Aolembrar-me daquele incidente, reparei na paredeum quadro com um texto bíblico que eu ganha-ra num concurso de memorização de versículosbíblicos na Escola Dominical e que dizia: "Ama-rás o teu próximo como a ti mesmo". Pensei emtoda aquela roupa, todas as jóias, todo o gastoegoísta de dinheiro e no verso: "Amarás o teupróximo como a ti mesmo".

SALA DE ESTAREm seguida, entramos na sala de estar. Meu

equipamento de golf estava guardado lá no can-to. 0 Senhor me perguntou: "Você gosta degolf? " Foi só disto de que eu precisava parainiciar um discurso entusiástico sobre os pontos

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mais importantes deste jo-go. Até me surpreendi emver quão nítido e fluente euestava falando sobre o golf.Mas, quando acabei de falare Jesus não fez nenhum co-mentário, comecei e medi-tar. Impressionou-me saberque eu não era tão entusias-mado e fluente em repartiro Evangelho com os outros.Fiquei imaginando se erajustificado eu gastar tanto tempo e dinheiro, jo-gando uma pequena bola branca através do gra-mado.

Havia uma agenda na mesa — um relatório daminha recente visita a Atenas. Foi uma bela via-gem turística e logicamente podia justificar a via-gem, por causa das referências bíblicas a Atenas.Foi maravilhoso visitar a Acrópole, o Areópago eo Partenão. Alguma coisa engraçada aconteceucomigo quando voltei para casa. Um amigo meperguntou: "Você teve frutos na Grécia? " Fa-lei-lhe sobre as laranjas e toranjas e as deliciosasuvas. Mas não era a isto que ele se referia. Elequeria dizer frutos do Evangelho. Vira eu almassalvas para Cristo?

Agora, repentinamente senti-me envergonha-do em pensar que tinha ido como turista e nãocomo um ganhador de almas. Senti-me comple-tamente repugnado comigo mesmo. Lembrei-mede quando o apóstolo Paulo também visitara A-tenas. Ao ver as pessoas submersas na idolatria,

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seu espírito ficou oprimido. Ele não fez umaviagem luxuosa de turismo. Ele estava à procurade almas. Como tinha sido diferente comigo!

Havia um relógio de pé nesta sala. Com o Se-nhor ali, ao meu lado, parecia que o seu tique-taque era mais forte do que nunca. Tornei-meextremamente sensível com o passar do tempo.Estava pensando também em alguns encontrosque foram realizados nesta sala — as fofocas, osinúteis bate-papos, as noites perdidas — tantaconversa, mas nada de valor eterno.

Meu coração disparou quando Jesus foi olhara televisão. Eu estava amedrontado com o queEle poderia dizer. Todas aquelas horas perdidasnaquelas bobagens a cores. As piadas duvidosasque eram embaraçosas, se por acaso alguém daigreja estivesse ali. Sem dúvida alguma, a televi-são trouxe o mundo para dentro de minha casa.Jesus não falou nada. Não disse que estava erra-

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do. Não disse que era pecado. Simplesmente nãodisse nada e isto me fez sentir pior do que nun-ca!

Ao permanecer ali com o Senhor, vi coisasque nunca tinha considerado antes. As cortinasIE será que eu esqueceria a pequena fortuna gastaem colocá-las? Procurei em todas as lojas espe-cializadas num raio de 80 quilômetros para con-seguir as que combinavam perfeitamente com osmóveis e tapetes. O piano I E todos aqueles belosmomentos cantando hinos ao seu redor. Certanoite, quando os jovens estavam cantando, per-guntaram se alguém tinha um hino favorito.Quando pedi aquele belo hino "Apenas um pere-grino aqui, morando numa tenda", ouvi um ra-paz sabido dizer baixinho: "E que tenda,heim? "

Não sei porque, mas comecei a pensar no anodo jubileu, de que se fala no Velho Testamento.Cada 50o. ano, todas as propriedades eram rever-tidas ao primeiro proprietário. Isto significavaque, quanto mais perto se estava do ano do jubi-leu, menos valor a propriedade tinha no merca-do. Eu fiz um balanço mental de toda a mínhariqueza e percebi que seu valor estava caindo aonos aproximarmos da vinda do Senhor. Hoje eupoderia usar tudo aquilo na propagação do Evan-gelho; amanhã talvez fosse inútil para mim.

Meu sonho foi interrompido quando meu de-sajeitado cachoro bigle pomeriano veio, pulandopara dentro da sala. Desejei que ele nem tivesseaparecido. Eu ainda estava desnorteado com aconta que tive de pagar ao veterinário pelas inje-ções. Sempre pensara que ficava bem em conta

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tratar de um cachorro, mas esse era enjoado —ele só comia carne de primeira e os alimentoscaninos mais caros. Eu tinha certeza que algunsseres humanos em alguma parte do mundo pode-riam viver facilmente com o que eu gastava parasustentar esta peste. Meu Hóspede, o Investiga-dor, observou tudo e não falou nada.

Lá no canto da sala, eu podia ver minha cole-ção de selos — todos os selos que Israel já havialançado. Pensei: "Jesus ficará contente em verque estou interessado em Israel e no seu signifi-cado profético". Mas, de repente, pensei no quepoderia ser realizado a favor d Ele se os selosfossem vendidos e o dinheiro revertido em litera-tura evangélica. Até aquele momento, aquela co-leção de selos era um tesouro, mas, agora, repen-tinamente, cessei de estimá-la.

Na mesa de centro havia uma conta da flori-cultura. Enviei um buquê que me custou muitodinheiro para o enterro do Sr. Manoel. Pareciatão estranho gastar tanto dinheiro em flores queteriam tão curta existência. Se o dinheiro fossegasto em Bíblias, teria sido bem melhor. Mas,como você bem sabe, as pressões sociais são tãofortes e senti que tinha de me conformar.

BIBLIOTECAComo você poderia esperar, o Senhor foi o-

Ihar os livros na minha biblioteca. Eu tinha tantoorgulho da tíbleção de Darby, composta de 34volumes luxuosamente encadernados. Para serfranco, nunca li aqueles livros, mas davam-mecerta aparência de conhecimento e espiritualida-de. Havia outros livros que também nunca li e

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provavelmente nunca iria ler. Havia outros que jáhavia lido, mas nunca leria novamente. Enquan-to o Senhor observava os livros, pensei que deve-ria vender alguns e usar o dinheiro para cooperarno serviço do Senhor.

GARAGEMPreferiria, se possível fosse, não passar pela

garagem, mas o Senhor já estava à porta e Elesuspeitaria o meu receio se tentasse impedi-Lode entrar. Nao acho que haja necessidade de con-tar o que Ele viu: meu carro esportivo, últimotipo, minha lancha, todo meu equipamento es-portivo. Nem gosto de pensar em todo aqueleequipamento caríssimo que estava guardado ali.

FIM DO PASSEIOAo sairmos ao pátio, o Senhor perguntou-me,

e creio que o fez com ternura,: "Você está con-tente, William? "

Eu tive que responder: "Não, Senhor. Eu nãoestou contente. Sei que os bens materiais nãotrazem felicidade. Eles nunca podem satisfazermeu coração. Mas não é esta a única razão pornão estar contente. Em minha vida falta poder.Parece-me que algo está impedindo a liberdadedo Seu poder em mim. E também sinto-me cul-pado em pensar que tenho gasto tanto dinheirocomigo mesmo, quando metade do mundo nemouviu dizer que Tu morreste por eles".

Então falei bem heroicamente: "Senhor, po-des levar o que quiseres. Estou disposto que Tutenhas o que desejas". Mas Ele me corrigiu: "Wil-liam, eu não levo nada. É você que tem de tomar

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a iniciativa. Coloque o que quiser me dar noaltar do sacrifício".

Ele acenou para que eu me sentasse ao Seulado, no muro. Então me disse mui afetuosamen-te: "Há algumas coisas que gostaria de dizer-lheantes de partir. Assim, pois, qualquer de vós quenão renuncia a tudo quanto tem, não pode serMeu discípulo. Não ajunteis tesouros na terra,mas ajuntai tesouros no céu. Pois onde estiver ovosso tesouro, aí estará também o vosso cora-ção".

"William, porque você não começa a viver sa-crificial mente para a propagação do Evangelho?Dê até doer. Lembre-se do que Davi disse: 'Eunão oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustosque não me custem nada'. Porque você não co-meça a viver pela fé e não pela visão? Então,mi-Ihares de argumentos surgiram na minha mente,argumentando que não poderia fazer assim por-que não era prudente ou prático. Mas Ele anteci-pou-se a meus pensamentos, dizendo: "Sua res-ponsabilidade é ser obediente à Minha Palavra.Deixe as consequências comigo". Ele continuou:"Sua vida de oração tem sido monótona porquevocê possui tanto. Você não passa por nenhumanecessidade. Ponha-se numa posição onde vocêterá de confiar em Mim. Isto revolucionará suavida de oração".

"Outra coisa, William, frequentemente você o-ra por coisas quando você tem as respostas aoseu alcance. Mas isto, realmente é hipocrisia.Não peça ao Pai fazer algo que você mesmo podefazer".

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"Finalizando, há mais alguma coisa que gosta-ria de dizer a você: Lembra-se quando falei aMeus discípulos sobre a cruz? Durante a suavida inteira você tentou escapar de sacrifícios esofrimentos. No momento em que a cruz apare-cia no seu caminho, você encontrava uma saídaescapatória. Você tentou proteger muito a suavida, para conservá-la. Se alguém quiser vir apósMim, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz esiga-Me".

Foi só isto que Ele disse e partiu. Eu fiqueicontente. Contente em ficar sozinho, para quepudesse me ajoelhar. Tinha algumas decisões afazer e queria fazê-las com urgência.

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UMAORAÇÃO

Nosso Pai, nós só podemos pedir que Tu son-des os nossos corações para que possamos saberrealmente onde está o nosso coração. Tu nosdisseste qque onde estivesse o nosso tesouro, aliestaria também o nosso coração. Nós pedimos, óDeus, que Tu nos leves à cruz onde Ele Se fezpobre, sem nenhuma reputação, despido das gló-rias dos céus para que nós pudéssemos ser enri-quecidos, filhos de Deus, coherdeiros com JesusCristo. Que nós possamos chegar com os nossoscorações quebrantados à cruz. Que possamosdeixar de resistir ao Espírito Santo e que possa-mos estar desejosos de entregar-nos totalmente aCristo: nossas vidas, nossos talentos, nossaslínguas, nossos corações, nossas casas. Que pos-samos orar com toda a convicção: "Tudo, ó Cris-to, a Ti entrego; tudo, sim, por Ti darei". Tusabes, Senhor, que nós não somos discípulos,pois estamos longe da realidade. Pedimos-Teque, ao arrependermo-nos, nos tomes e nos en-chas com o Espírito Santo. Sabemos, Senhor,que não podemos fazer estas coisas sozinhos.Nós nos tornamos frustrados e desencorajadoscom os nossos fracos esforços e oramos para queuma revolução possa ocorrer em nós. Uma revo-lução de amor, para arrancar-nos da era materia-lista em que vivemos, para livrar-nos da servidãodo secularismo, materialismo e culto da moleza

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que se alastra no nosso mundo mais rapidamentedo que o comunismo. 0 , Senhor, atende a nossaoração, para que possamos saber a realidade deandar como Ele andou. Pois pedimos em o nomede Jesus Cristo. Amém.

George Verwer

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ESTUDOS EM 2a. TIMÓTEO de Luiz SoaresEsta carta pastoral é apresentada em oito estudos.Pode ser usado para estudo pessoal ou em grupo.Assuntos especiais para jovens.

OS REFORMADORES de Joâ"o S. CanutoBiografias de treze Heróis da Fé usados por Deusna Idade Média para fazer desabrochar a verdadebíblica que naqueles dias esta quase que totalmen-te oculta.

O DIÁRIO DE GEORGE MULLER de A. R. ShortExtratos do diário deste grande servo de Deus. O

livro é um verdadeiro desafio a fim de que trilhe-mos a senda da fé.

PALESTRAS COM OS RAPAZES do Dr. L. SperryOrientação sexual para os jovens, por um médicocristão, explicando a reprodução desde os vegetaisaté ao homem e enfatizando a pureza sexual, con-forme a Bíblia ensina. Todo jovem o deveria ler eos pais também.

PEÇAM EM MEU NOME de G. I. HarlowMeditações diárias para um mês sobre o importan-te assunto da oração. Linguagem simples e profun-damente instrutivo.

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CÂNTICOS DE SIÃOHinário com corinhos e hinos apropriados para osjovens e adolescentes em suas reuniões de mocida-de e para a Escola Dominical. Existe a edição sócom a letra e a edição com a música (esta embrochura e encadernada).

O CRISTÃO EM CASA de S. E. McNairComo todos os livros que este servo de Deus escre-veu, também este é escrito em linguagem simples àaltura de qualquer pessoa. Sejamos cristãos não sóna Casa de Oração, mas também no lar.

QUEM CRÊ, SEJA BATIZADO de Victor JackLivro evangelfstico e que doutrina o recém conver-tido quanto à sua responsabilidade com o batismoe ligação com a igreja local.

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