o pensamento de simmel uma introducao a

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  • 8/17/2019 O Pensamento de Simmel Uma Introducao A

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    O pensamento de Simmel: uma introdução à sociologia da filosofia

    ou à filosofia da sociologia

    Julio Cesar de Mendonça Santos Filho(Programa de Pós-Graduação em Sociologia – IESP!E"J#

    Simmel, um dos clássicos da sociologia era, no entanto, um filósofo. Sim, um filósofo,

    clássico da sociologia. Apesar de defender a existência da sociologia como ciência autônoma,

    independente das outras ciências sociais, ele trabalha sempre na zona de indiferenciação entre

    ambas as áreas das ciências humanas. Sempre analisando filosoficamente obetos sociológicos, o

    autor tenta e!idenciar o sentido global da !ida. "ara ele, todos os detalhes remetem#se ao sentido

    global da !ida, encontrando#se, portanto, a !ida no fundo das aparências, $ue são como s%mbolos

    $ue remontam & unidade do mundo. ' por isso $ue na análise dos mais di!ersos obetos de

     pes$uisa, como o dinheiro, os sentidos, a a!entura e a m(sica, por exemplo, ele estabelece conex)es

    analógicas e meton%micas entre estes temas, entendidos por ele como fragmentos da totalidade,

    representantes da totalidade da !ida. *racauer entendeu bem a lógica por detrás do princ%pio

    epistemológico do relacionismo em toda a obra de Simmel+

    -odas as express)es da !ida espiritual encontram#se em uma multiplicidade inumerá!el derelaç)es, e nenhuma delas pode ser abstra%da das relaç)es em $ue se encontra com asdemais /0 1ada ponto da totalidade remete a um outro ponto, um fenômeno carrega esustenta um outro, não há nada de absoluto $ue não estea ligad.o ao restante dos

    fenômenos e $ue possua uma !alidade em e para si2 *3A1A453, 67780

    ' fundamental começar, no entanto, com a defesa de Simmel da existência da sociologia

    como ciência autônoma. Segundo ele tudo $ue o $ue acontece 9 social, por isto todas as ciências

    tendem & sociologia. Segundo Adorno, Simmel foi o filósofo responsá!el por le!ar a filosofia de

    !olta & análise de obetos concretos+ os obetos sociais. ', portanto, a sociologia simmeliana uma

    análise filosófica dos fragmentos do real. "ara ele a ciência da sociologia estudaria somente o $ue 9

    especificamente social, ou sea, tudo o $ue toma lugar entre os homens, na relação entre eles. Asociologia, assim sendo, segundo Simmel+

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    :e même $ue tout ce $ui arri!e arri!e dans l;a distinctionentre ce $ui est sp9cifi$uement ps=chi$ue et ce $ui est mat9riel et obectif constitue unesience de la ps=chologie+ de même une sociologie proprement dite 9tudiera seulement ce

    $ui est sp9cifi$uement social, la forme et les formes de l;association en tant $ue telle,abstraction faite des int9rêts et des obets particuliers $ui se r9alisent dans et parl;association. 1es int9rêts et ces obets sont le contenu des sciences sp9cifi$ue mat9riellesou histori$ues? c;est entre les cercles de ces sciences $ue la sociologie trace un cerclenou!eau $ui enferme les forces et les 9l9ments sociaux en tant $ue tels, les formes del;association. @l = a soci9t9, au sens large du mot, partout o il = a action r9cipro$ue desindi!idus2 S@BB5>, 6C7D0

    ', ainda segundo Simmel, poss%!el afirmar $ue há uma ciência da sociologia

    parce $ue certaines formes sp9cifi$ues, & l;interieur de la complexit9 de l;histoire, se

    laissent ramener & des 9tats et & des actions ps=chi$ues $ui sortent directement de l;actionr9cipro$ue des indi!idus et des groupes du contact social2 S@BB5>, 6C7D0

    A associação 9 o obeto fundamental da sociologia. 5la não ocorre, toda!ia, sem causas e

    fins particulares, $ue são como o corpo do processo social, a mat9ria na $ual ela se corporifica.

    1ada interação gera, por fim, uma forma de associação entre indi!%duos $ue re!este o conte(do

    social. ', al9m da relação, outro elemento central no pensamento simmeliano, a dualidade entre

    forma e conte(do. "ara ele, ambos são indissociá!eis, há o $ue ele chama de interpenetração

    absoluta entre eles, o $ue não impede a ciência, no entanto, de separá#los atra!9s da abstração. Eão

    há e!olução $ue sea puramente social, ela 9, ao mesmo tempo, acompanhada de uma e!olução no

    conte(do das práticas. 5ste conte(do pode ser tanto obeti!o como e!oluç)es t9cnicas,

    desen!ol!imento da linguagem, ascensão e $ueda de grupos pol%ticos e etc0 $uanto subeti!o como

    a moralidade e a imoralidade0.

     Eo entanto, antes de adentrarmos no modus operandi do pensamento de Simmel, nos cabe

    entender primeiramente $ual 9 especificamente o obeto de pes$uisa do autor e $ual o lugar do

    Fomem em suas pes$uisas. Segundo *racauer 67780+

    @n fact, in countless cases the obects that engage the philosopher;s reflections stem fromthe realm of experiences and encounters of the highl= differentiated indi!idual. @t is alGa=sman H considered as bearer of culture and as a mature spiritualIintellectual being, acting ande!aluating in full control of the poGers of his soul and linJed to his felloG man in collecti!eaction and feeling H Gho stands at the center of Simmel;s field of !ision. -his Gorld has anupper and loGer limit. @t is bounded abo!e b= the realm of cosmic, from Ghich it has beencut aGa= and Ghich therefore surrounds it /0 @t is bounded beloG b= the realm ofelementar=, nonspiritualInonintellectual acti!it=, that of human dri!es+ an=thing that ismerel= nature and not the emanation of a de!eloped soul is exiled.2 *3A1A453, 67780

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    Simmel, com esta !isão nada ortodoxa do mundo social, tamb9m não seguia outros padr)es

    $ue eram impostos a todos $ue $ueriam produzir ciência2. 5ra um pensador extremamente anti#

    sistemático, não se propondo a encontrar um conceito#cha!e $ue abra todas as manifestaç)es do

    real e muito menos uma !erdade uni!ersalmente !álida. Apesar de ter um m9todo mais ou menos

    uniforme, $ue parte, em geral, de análises extenuantes H e por !ezes tidas como prolixas e pedantes H de fragmentos da realidade instituiç)es, comportamentos, tendências sociais...0 buscando traçar o

    caminho de retorno & totalidade, algo $ue depois, ao $ue me parece, pode ter sido reapropriado na

    arqueologia do saber  de Bichel Koucault, á $ue, para ele, uma análise $ue buscasse compreender o

     poder tema central de suas pes$uisas, seam elas sobre linguagem, sexualidade ou sistema penal0

    no seu aspecto mais intr%nseco, não poderia ter a soberania a aplicação do poder de forma material

    e (ltima0 como ponto de partida, mas, apenas como ponto de chegada de um longo e complexo

     processo de sueição, cua reflexão, de!e começar por baixo e pelas bordas, e não de cima e docentro.

    :estarte um pensador anti#sistemático, Simmel não se prop)e a fazer análises de fenômenos

     bem circunscritos,como era esperado & 9poca de um cientista social# at9 por$ue, segundo *racauer

    6778, LLM0, há no filósofo uma forte rejeição à fenomenologia. "or esta reeição dos m9todos

    sociológicos mainstream contempor

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    sobre os obetos de escolha para a análise. 5sta mudança constante não empreendida a toa, 9 feita

     por raz)es filosóficas, tendo relação com o modo de apreensão do real escolhido pelo filósofo em

    $uestão. Segundo Randenberghe L80+

    T real 9 inesgotá!el, não se pode descre!ê#lo como ele 9 na realidade2 3anJe0 por$uenão se pode descre!ê#lo em sua totalidade. T real só pode ser apreendido atra!9s de uma pluralidade de perspecti!as $ue captam, cada uma, um aspecto da !ida sem amais esgotarsua significação. Eenhuma perspecti!a 9 o reflexo exato da realidade de $ue trata.3eorganizando a realidade de maneira sint9tica a partir de um ponto de !ista particular $uedá unidade ao di!erso da intuição, cada perspecti!a oferece uma reconstrução parcial darealidade, mas ela amais dá acesso & realidade como tal. 1ontra os realistas de todo tipo,Simmel insiste, com *ant, sobre o caráter construti!ista do conhecimento+ a !erdade não 9ade$uação, mas construção, e mesmo reconstrução, do real a partir de um ponto de !ista

     particular $ue reorganiza e sintetiza os fragmentos do real em uma forma unitária e bemdeterminada /0 T erro consiste simplesmente nisso+ em $ue uma !erdade parcial seageneralizada em uma !erdade absolutamente !álida.2 RAE:5EQ53UF5, L80

    Simmel dá !ida a suas proposiç)es com exemplos emp%ricos, mas reconhece $ue estes

    exemplos teriam o mesmo !alor e peso0 do $ue elementos fict%cios, á $ue em ambos os casos, as

    análises resultantes seriam construç)es ou reconstruç)es de uma pretensa realidade, não a

    reprodução, ou o reflexo dela. 5las oferecem ambas reorganizaç)es do real e não um reflexo da

    'realidade como é(. T cientista 9, portanto, tão li!re $uanto o artista, $ue, atra!9s de $uadros,

     poesias, peças e etc tamb9m re0constroemIreorganizam o real.  )m princípio obrigado a ser tão

     fiel aos dados quanto o retratista a seu modelo! o cientista é! logo! tão livre quanto o artista para

    modelar e dar forma à matéria2 RAE:5EQ53UF5, L80.

    ' por isto $ue a escolha do obeto de pes$uisa 9 o menos importante para Simmel, desde $ue

    os obetos pertençam a reinos materiais acess%!eis a ele+

    An= indi!idual phenomenom can ser!e as the target for his philosophical examination,since all phenomena afford e$uall= good entr= points from Ghich to del!e into theinterconnections of the life totalit= that sorrounds them all. Vhate!er his obect ofcontemplation is at the time, it becomes a focus of in$uir= onl= to the extent that it consistsof a more or less finite group of relationships that points be=ond itself on all sides to the

     plenitude of relations in the uni!erse that surrounds us2 *3A1A453, 67780.

    Simmel !isa atra!9s desta infinidade de obetos e pontos de !ista subtrair cada elemento de

    seu isolamento particular e inseri#los numa rede dispersi!a de relaç)es funcionais, á $ue o (nico

    moti!o para a análise de $uais$uer fenômenos 9 expor as interconex)es, tornando#as !is%!eis. 5stas

    conex)es se estabelecem por caminhos bastante irregulares e arbitrários, sendo sistematicamente

    assistemáticos. 5sta rede não 9 constru%da segundo um plano, como um sistema de pensamento

    firmemente estabelecido, pelo contrário, não há outro propósito, $ue não estar lá, ser, testemunhar

    atra!9s de sua própria existência a interconecti!idade de todas as coisas. "ara essas mediaç)es entre

    fenômenos e ideias, Simmel usa uma rede de relaç)es de analogia para partir da superf%cie das

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    coisas para seus subtratos espirituaisIintelectuais. Eo processo ele demonstra $ue a superf%cie está

     plena de relaç)es simbólicas e $ue ela H a superf%cie # 9 a manifestação e o resultado dos poderes e

    essencialidades espirituais e intelectuais. T e!ento mais tri!ial le!a aos !eios da alma, há sempre

    um significado !alioso a ser obtido de toda ação.

    4m dos obeti!os mais fundamentais de Simmel em toda sua obra 9 libertar cada fenômenoespiritual ou intelectual de sua falsa auto#!alidade independente auto#suficiente, restrita somente a

    si mesma, e mostrar como os fenômenos estão inseridos em contextos mais amplos da !ida. Eeste

    %nterim, a maneira de pensar de Simmel trabalha tanto para conectar $uanto para dissol!er relaç)es

    entre fenômenos, obetos eIou indi!%duos.

    5ste modus operandi de pensar de Simmel, se interconecta com dois outros princ%pios

    marcantes de toda a obra do filósofo#sociólogo+ o vitalismo e a dualidade. T !italismo, de

    inspiração Jantiana, 9 o princ%pio da interação? á a dualidade 9 entre forma e conte(do. 4m princ%pio relacionista da dial9tica sem s%ntese, 9 o dualismo trabalhando sob uma s%ntese heterodoxa

    do neoJantismo. A maioria dos ensaios de Simmel começa com a lógica da dial9tica sem s%ntese,

    expondo sempre um dualismo sea numa oposição ou num paradoxo. -udo só existe

    relacionalmente, cada princ%pio só pode exercer sua função em relação a outro princ%pio.

    T princ%pio de estruturação dualista da realidade se exprime duplamente na obra

    simmeliana+ na oposição neoJantiana entre forma e conte(do e o conceito !italista de interação. A

    combinação dial9tica do neoJantismo e do !italismo, $ue oferecem unidade ao pensamento de

    Simmel, estão na base de sua epistemologia relacionista, de sua sociologia formal e de sua

    metaf%sica !italista. Simmel prop)e, portanto, uma sociologia interacionista das formas de

    associação, por meio de uma interpretação dial9tica das formas e dos conte(dos. 5ncontra#se por

    toda a parte na obra de Simmel o !italismo interacionista interagindo com a !ida $ue passa pelas

    formas para ser !i!ida, encontrando#se a$ui a mais básica dualidade entre conte(doIforma

    !idaIformas0. 1omo diz Randenberghe L80, ele vitali*a o #antismo e #antiani*a o vitalismo2.

    "ara Simmel, o conceito nada mais 9 $ue uma representação parcial da realidade, os

    conceitos são essenciais! pois eles funcionam! por assim di*er! como 'faróis( +,opper- que! ao

    iluminarem aspectos da realidade! transformam.na em uma representação da realidade2

    RAE:5EQ53UF5, L80 e o $ue acontece 9 $ue os obetos se moldam ao conhecimento e não o

    conhecimento $ue se molda ao obeto. T conhecimento pressup)e sempre a inter!enção ati!a da

    razão na realidade, tentando tornar a natureza H a totalidade, o real # conceb%!el, então, 9 neste

    esforço intelectual ati!o $ue se produz os obetos. T conhecimento não 9 um reflexo passi!o, mas

    uma construção e mesmo uma tranformação ati!a da realidade. :a%, de no!o, um cientista ser tão

    li!re $uanto um artista. ' só atra!9s da razão $ue a nature*a aparece para nós como um conjnuto

     previamente estruturado pelos conceitos e pelas categorias fundamentais do entendimento2

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    RAE:5EQ53UF5, L80. ' atra!9s das formas $ue os conte(dos sens%!eis são classificados ou

    em um sistema ou em um es$uema conceitual, segundo Randenberghe L80 a forma desempenha

    uma função epistemológica/ ela define as condiç0es de possibilidade da e1peri2ncia e da

    representação do mundo! as condiç0es transcedentais sob as quais o mundo pode se tornar objeto

    da e1peri2ncia e do con%ecimento2. ', portanto, atra!9s das formas, $ue são historicamente!ariá!eis, $ue se produz conhecimento e, portanto, a realidade. :eixando claro $ue, para Simmel, a

    história 9 imagem do passado 3que4 não é um refle1o da realidade! mas uma formali*ação

     seletiva! que! acentua certos traços e ignora outros! dependendo do ponto de vista do

    %istoriador 2RAE:5EQ53UF5, L80. T mundo, conse$uentemente, se deixa conceber a partir

    de um grande n(mero de pontos de !ista unilaterais, cada um proetando a unidade no infinito de

    um lugar imaginário.

    Roltando, contudo, & import

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    sueito 9 exatamente o produto de um processo de distanciamento entre o eu e o o obeto. Eeste

    sentido, 9 de!ido a esta cli!agem entre o eu e o obeto $ue surge a dist

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    esp%rito das criaç)es art%sticas com ingenuidade e então luta para estabelecer fórmulas capazes de

    dar conta dos conte(dos espec%ficos dos fenômenos em $uestão.

    -entando entender um pouco mais da análise do dinheiro, pode#se dizer $ue a

    autonomização dele $ue aconteceu na modernidade, 9 comum entre todos os produtos da !ida $ue,

    ao se separarem do homem, passam a influenciá#los, impondo suas próprias formas de !ida sobre oshomens $ue os produziram, tornando#se cada !ez mais distintos destes homens. 1omo *racauer

    67780 disse  "ife is after all al7ays more t%an life 8t 7renc%es itself free of itself and encounters

    itself as a s%arply defined form9 8t is simultaneously t%e stream and t%e firm s%ore2 *3A1A453,

    67780. A autonomização das formas e esferas sociais 9 um risco, como exp)e Fabermas 677M0, at9

    mesmo para a cultura+

    "or cultura entiende el proceso $ue cuelga entre el NNalmaPP = sus NNformasPP. 1ulturasignifica ambas cosas+ tanto las obeti!aciones en las $ue se extraOa una !ida $ue brota de lasubeti!idad, es decir, el esp%ritu obeti!o, como tambi9n, a la in!ersa, la formación de unalma $ue desde la naturaleza se ele!a a la cultura es decir, la formación del esp%ritusubeti!o /0 este proceso cultural lle!a inscrito en s% el riesgo de $ue la cultura obeti!a seautonomice frente a los indi!%duos $ue son, sin embargo, $uienes la han producido. "ues elesp%ritu obeti!o obedece a le=es distintas $ue el subeti!o. Simmel insiste con 3icJert en lalógica espec%fica de las distintas esferas culturales de !alor.2 FAQ53BAS, 677M0

    Apesar de toda esta lógica complexa do sociólogo filósofo poder ser entendida como

    conunto, como explicitei a$ui nesta resenha, há !ários cr%ticos da obra dele. 1r%ticos repro!aram

    Simmel pela afetação de seu estilo, seu pendantismo e sua sutileza sofista ocasional, seu estilochegou a ser at9 mesmo chamado de arbitrariedade barroca, de distraç)es e de!aneios perspicazes

    e pretensamente inteligentes sem obeti!os de in!estigação claramente ating%!eis, sendo relegado,

     por !ezes, & literatura, estigmatizado como se não fosse acadêmico, como se não fizesse ciência da

    sociologia. Tutros o acusam de falta de rigor metodológico ustamente pela escolha consciente pelo

    ensaio como forma preferencial de texto cient%fico. Tutro fator $ue atrapalhou e muito Simmel em

    sua !ida acadêmica foi o antissemitismo da academia alemã, $ue o impediu de ser nomeado

     professor titular em uni!ersidades alemães, sendo condenado a uma carreira med%ocre de ,rivatdo*ent  at9 $uase o fim da !ida, $uando finalmente conseguiu uma !aga numa uni!ersidade

    rural bem isolada do centro da comunidade intelectual alemã da 9poca. -al!ez por isto seu impacto

    tenha sido relati!amente pe$ueno na Alemanha após suas publicaç)es, só muito depois sendo

    reapropriada e !eiculada por outros autores em seus trabalhos, como *racauer, Fabermas e

    Randenberghe.

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    BIBLIOGRAFIA

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