o relógio da avó-geraldine...
TRANSCRIPT
o te
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Para
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s, p
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bem
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os o
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do
sol e
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ida
dos
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iros
de
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reló
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epoi
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elas
…
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pron
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ou e
stas
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avra
s, a
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fec
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os o
lhos
por
um
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ento
. Não
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sim
ples
fec
har
de o
lhos
.
— O
que
as
estr
elas
diz
em é
que
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empo
é t
ão v
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, que
nen
hum
re
lógi
o po
de c
ontê
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esm
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gio
gran
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a.
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… se
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que
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s o
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3
O r
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ó
Em c
asa
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, à
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ada,
há
um g
rand
e re
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ão
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alha
. Os
pont
eiro
s nu
nca
se m
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. Um
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por
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lógi
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. — D
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s po
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a.
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orqu
ê? –
per
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ou a
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. —
Já
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ógio
s pa
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.
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— O
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es e
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perg
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— Q
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eu c
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os
segu
ndos
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coi
sas
que
nos
acon
tece
m n
os a
paix
onam
e n
os e
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m
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Um
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ras.
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s m
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eu li
vro.
Um
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ra é
o t
empo
que
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rref
ecer
, o t
empo
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prec
isa
para
ler
o jo
rnal
…
…o t
empo
que
leva
mos
as
duas
par
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ssea
rmos
o c
ão.
De
man
hã, p
osso
adi
vinh
ar a
s ho
ras
pela
som
bra
que
vai d
imin
uind
o ju
nto
da m
agnó
lia. Q
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lta
a al
onga
r-se
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que
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ia e
stá
quas
e a
term
inar
.
Toda
s as
man
hãs,
as
aves
aco
rdam
-me
com
o s
eu c
anto
mat
inal
.
Toda
s as
tar
des,
olh
o pe
la j
anel
a e
vejo
as
luze
s na
s ou
tras
cas
as,
que
pisc
am e
faz
em s
inal
aos
bar
cos
atra
sado
s: a
ndai
dep
ress
a, s
ão
hora
s de
jant
ar, s
ão h
oras
de
ir p
ara
a ca
ma.
Qua
ndo
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a m
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e va
i dar
um
bei
jo à
cam
a, t
u ta
mbé
m s
abes
que
o
dia
acab
ou.
— E
com
o é
que
sabe
s o
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que
é? –
per
gunt
ei e
u à
Avó
.
— T
ambé
m is
so é
fác
il –
resp
onde
u el
a.
À s
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, o c
heir
o do
pão
fre
sco
sai p
elas
jane
las
aber
tas.
À
terç
a-fe
ira,
os
ba
rcos
pe
sque
iros
re
gres
sam
ao
port
o.
À
quar
ta-f
eira
, as
cr
ianç
as
não
têm
au
las
de t
arde
.
À q
uint
a-fe
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pas
sam
os
hom
ens
do li
xo.
À s
exta
-fei
ra, o
s ro
stos
no
com
boio
vão
tri
stes
.
Eu s
ei s
empr
e qu
ando
aca
ba a
sem
ana:
tud
o an
da m
ais
deva
gar.
Ao
sába
do, t
emos
tem
po p
ara
brin
car.
E ao
dom
ingo
, as
fam
ílias
com
o a
noss
a ju
ntam
-se.
É p
or is
so q
ue o
do
min
go é
o m
eu d
ia p
refe
rido
.
Num
a se
man
a, d
epos
ita-
se m
uito
pó
no g
rand
e re
lógi
o e
é pr
ecis
o lim
pá-lo
.
No
espa
ço d
e um
mês
, a lu
a cr
esce
e m
ingu
a.
Com
as
esta
ções
, ta
mbé
m é
fác
il. A
Pri
mav
era
vê a
flo
raçã
o, o
Ve
rão,
as
vaga
s de
cal
or, o
Out
ono,
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árvo
res
que
mud
am d
e to
nalid
ade,
e
o In
vern
o, a
quel
es d
ias
chei
os d
e ge
lo e
m q
ue a
tua
res
pira
ção
fum
ega
com
o um
dra
gão.
Qua
nto
aos
anos
– d
iz a
Avó
com
um
a vo
z tr
iste
– p
osso
fac
ilmen
te
sabe
r o
núm
ero
dele
s: b
asta
con
tar
os m
eus
cabe
los
bran
cos
e as
rug
as
da m
inha
car
a. E
ver
o t
eu o
mbr
o a
apro
xim
ar-s
e do
meu
.
Um
a vi
da p
ode
ser
med
ida
de v
ária
s m
anei
ras:
por
ani
vers
ário
s, p
or
amig
os, p
or c
oisa
s qu
e po
ssuí
mos
ou
de q
ue n
os le
mbr
amos
. Mas
qua
ndo
se t
em a
sor
te, c
omo
nós,
de
ter
um
net
o o
u um
a n
eta,
sab
emos
que
o