operações farmacêuticas - cursos e preparatórios para ... · palatabilidade (ex.: edulcorante e...
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Uso geral
• Pesagem• Medição de volumes de líquidos
Operações Farmacêuticas
Balança semi-analítica(0,01g) 200 -1000g Balança analítica
(0,00010g - 5 casas)60-210g
Propriamente ditas: transforma um fármaco em uma forma farmacêutica.
Operações mecânicas: só alteram o aspecto exterior dos fármacos, podendo ser de separação ou divisão.
Operações Farmacêuticas
Op. mecânicas
separação
de sólidos
de líquidosimiscíveis
de sólidos
TriagemTamisação levigação
DecantaçãoFiltraçãocentrifugação
Divisão grosseiraOperações Farmacêuticas
Op. físicas
divisão
c/ alteração de temperatura
c/ intervenção de líquido
de sólidos
de líquidos
Divisão grosseiraPulverização
EmulsificaçãoAtomização
Secagem/LiofilizaçãoDestilação/Fusão/cristalização
DissoluçãoOp. quimicas
Operações Mecânicas
1. Separação
• Triagem ou Monda: separa partes inertes ou alteradas que acompanham os fármacos.
Constitui uma operação preliminar, podendo ser realizada à mão (fragmentos grandes, galhos), por crivo (terra), por ventilação (poeira) ou por lavagem (resina do sene pela galhos), por crivo (terra), por ventilação (poeira) ou por lavagem (resina do sene pela lavagem com álcool) .
Operações Mecânicas
1. Separação
• Tamisação: separa, através das malhas, partículas sólidas de diferentes dimensões.
Levigação: separa por diferença de densidade, onde um sólido é suspenso em um líquido inerte.
Operações Mecânicas
1. Separação
Extração de ouro nos garimpos:A parte menos densa (a areia ou a terra) A parte menos densa (a areia ou a terra) é carregada pela água, enquanto que a mais densa (o ouro) fica depositada no fundo
Pulverização por intermédio também chamada de levigação
Operações Mecânicas
1. Separação
Decantação: separa um líquido sobrenadante de um sólido ou de um outro líquido.
Como pré-requisitos temos a deposição completa do sólido no fundo do recipiente ou, no caso de dois líquidos, que estes sejam imiscíveis e se apresentem em camadas ou, no caso de dois líquidos, que estes sejam imiscíveis e se apresentem em camadas perfeitamente separadas.
Pode ser realizada por:
Operações Mecânicas
1. Separação
Decantação:
• Escoamento – separa um líquido de um sólido
• Pipeta – usado para decantar volumes reduzidosde líquidos.
• Sifões – usado para decantar grandes volumes de líquidos.
• Vasos florentinos – separa óleos essenciais da água.
• Funis ou ampolas de decantação – separa líquidos imiscíveis.
Operações Mecânicas
1. Separação
Expressão: separa um líquido presente em corpos sólidos ou de consistência mole.
• Manual – pode ser realizada diretamentecom as mãos ou com o auxílio de um tecido.com as mãos ou com o auxílio de um tecido.
• Mecânica – realizada com prensas de parafuso ou hidráulicas.
Operações Mecânicas
1. Separação
Centrifugação: Separação às custas da força centrífuga de duas ou mais substâncias de densidades diferentes.
• Filtração: separação das partículas sólidassuspensas em um líquido por efeito de uma pressãosobre uma superfície porosa.
Operações Mecânicas
1. Separação
• Os meios filtrantes podem ser papel, polpa depapel, tecido, material fibroso,meio filtrante rígido.
• Pode ser realizada por gravidade, a quente, a frio, deforma contínua, sob pressão, por sucção, com filtrosde lã ou algodão e de forma especial para líquidosvoláteis.
Clarificação: separa dos líquidos as partículas sólidas finamente divididas ou coloidais, por aglomeração destes.
Pode ser realizada utilizando calor, calorcom substâncias protéicas, gelatina, coagulantes sintéticos, leite, polpa depapel, fermentação e sedimentação.
Operações Mecânicas
1. Separação
papel, fermentação e sedimentação.
Extratos vegetais:
Eliminação das gorduras (hexano, pentano) albminas (coagulação pelo calor ou álcool
95°), mucilagens (coagulação pela adição do álcool) clorofila e outros pigmentos
(precipitação por caulim), resinas (adsorção com talco e carbonato de magnésio)
Operações Mecânicas
2. Divisão
a) Divisão grosseira: fragmentação que prepara para operações posteriores.
• Por secção - Divisão grosseira utilizando faca/tesoura
• Por contusão - Reduzir os corpos sólidos a fragmentos relativamentepequenos mas de dimensões desiguais, por meio de choques repetitivos.Usando gral e pistilo, em pequena escala ou moinhos. Muito usado em raízes,por exemplo.
Operações Mecânicas
2. Divisão
a) Divisão grosseira: fragmentação que prepara para operações posteriores.
• Por rasuração - Utilizando ralador/ limas – atrito contra superfícies ásperas
• Por extinção ou amolecimento - Aplica-se na divisão grosseira de materiais • Por extinção ou amolecimento - Aplica-se na divisão grosseira de materiais argilosos e siliciosos, como operação prévia para a sua pulverização.
Aquecer ao rubro os materiais, seguido de um arrefecimento brusco (imersão emH2O). Esta variação brusca de T provoca a desagregação da substância em pequenosfragmentos (bastante frágil), permitindo reduzi-los facilmente a pó por trituraçãonum almofariz.
b) Pulverização: origina produtos finamente divididos, exigindo para tal a realização de operações preliminares.
• Triagem ou monda;
• Divisão grosseira;
Operações Mecânicas
2. Divisão
• Divisão grosseira;
• Secagem;
• Amolecimento;
• Estabilização - usada para drogas vegetais (mantém sua composição química inalterada). Baseia-se na coagulação das enzimas vegetais pela ação do calor..
Operações Mecânicas
2. Divisão
Após estas operações, podemos ter a pulverização em diferentes formas:
Pulverização:
1 - Pulverização em almofariz
• Por contusão
• Por trituração
Operações Mecânicas
2. Divisão
2 - Pulverização por intermédio
Pulverização:
Intermédio: são substâncias que se adicionam às substâncias a serempulverizadas, quando estas, por peculiaridades físicas, são difíceis de sofrerem pulverização.
Operações Mecânicas
2. Divisão
Pulverização:
2 - Pulverização por intermédio
Intermédios sólidos solúveis ou insolúveisIntermédios sólidos solúveis ou insolúveis
Intermédios líquidos
Intermédios gasosos
• Pulverização por fricção – utiliza-se o atrito;
Operações Mecânicas
2. Divisão
Pulverização:
2 - Pulverização por intermédio
• Pulverização por fricção – utiliza-se o atrito;
• Pulverização química - mudança de solvente, obtém-se Cristais menores;
• Porfirização - fricciona-se a substância sobre uma placa de mármore, com ajuda de pilão especial (placa de pórfiro e muleta), fazendo movimentos em forma de 8;
• Pulverização por moinhos
A pulverização deve apresentar operações acessórias como:
Operações Mecânicas
2. Divisão
Pulverização:
A pulverização deve apresentar operações acessórias como:
• Tamisação
• Trosciscação – adição de diluentes
Soluções� São preparações líquidas que contêm uma ou maissubstâncias químicas dissolvidas, ou seja, molecularmentedispersas, em um solvente adequado ou em uma misturamiscível de solventes.
� Solvente: fase na qual ocorre a dispersão/ maior proporção do sistema(Exceção: xarope 85% soluto)
� Soluto: componente que se encontra disperso no sistema comomoléculas ou íons/ dissolvidos no solvente.
� Sólido + líquido� Líquido + líquido� Gás + líquido
Solução Suspensão
Soluções� Soluções orais: � para administração oral;� Podem conter um ou mais PA dissolvidos em água ou em um sistema água-
co-solvente;� Podem conter adjuvantes farmacotécnicos para prover maior estabilidade
(ex.: antioxidante, tampões, agentes sequestrantes e conservantes), palatabilidade (ex.: edulcorante e aromatizante) e viscosidade.palatabilidade (ex.: edulcorante e aromatizante) e viscosidade.
� Xaropes� Espíritos� Água aromática� Elixires� Gotas orais
Soluções� Soluções tópicas: � para aplicação tópica;� Geralmente aquosas mas podem conter co-solventes como álcoois e
outros solventes orgânicos (acetona, éter);� Algumas soluções não são aquosas, usando solventes orgânicos ou óleos
como veículos;� Loção: termo empregado para designar soluções ou suspensões aplicadas � Loção: termo empregado para designar soluções ou suspensões aplicadas
topicamente.
� Acetóleo� Alcoóleos� Eteróleos� Gliceróleos
Solubilidade� A solubilidade de determinada substância em um determinado solvente
corresponde à concentração máxima na qual uma solução com aquelasubstância e aquele solvente pode ser preparada.
� Solução farmacêutica: o fármaco deve ter comportamentosemelhante ao solvente;
� Pesquisar:Pesquisar:� Características físico-químicas dos fármacos e dos solventes;
� Necessidade de adjuvantes;
� Necessidade de aquecimento;
� Faixa de pH de maior solubilidade;
� pKa do fármaco;
� Características ácido-base (ácido fraco ou base fraca);
� Possibilidade de alterações com o decorrer do tempo;
Solubilidade� Solução saturada: é uma solução na qual uma quantidade máxima de
soluto é dissolvida em um determinada quantidade de solvente, após o qualnão podemos mais dissolver o soluto. Após a saturação, a quantidadeexcedente de soluto adicionada irá se precipitar.
� Solução saturada de acido bórico (uso externo)� Solução saturada de iodeto de potássio (uso interno)� Solução saturada de iodeto de potássio (uso interno)� Procedimento correto requer dados referenciais de solubilidade
encontrados em bibliografias oficiais(Farmacopéias, Merck Index).� Cálculos de quantidades corretas de soluto e solvente(não há um método único para todas as situações);
Solubilidade� Solução supersaturada� é aquela que apresenta corpo de fundo, um excesso de soluto não
dissolvido.
� Se formar precipitado a solução está supersaturada.
� Atenção: em várias situações o soluto se dissolve lentamente,particularmente quando a concentração esta próxima a saturação.
� Ex.: água de cal
Formas de expressar a concentração� Quantidade/ unidades de volume: peso ou volume de soluto que esta
contido em um dado peso ou volume de solvente.
Ex.: g/mL; g/100mL;mg/L; μg/mL...
� Percentual/ volume:
Ex.: %p/v; %v/v...
� Partes: partes do soluto dissolvido em determinado numero de partes do solvente
Ex.: 1:10; 1:20
� Molaridade: representa o numero de moles do soluto contido em 1L de solução
TERMO DESCRITIVO SOLVENTE
Muito solúvel Menos de 1 parte
Facilmente solúvel De 1 a 10 partes
Solúvel De 10 a 30 partes
Solubilidade
Solúvel De 10 a 30 partes
Ligeiramente solúvel De 30 a 100 partes
Pouco solúvel De 100 a 1000 partes
Muito pouco solúvel De 1000 a 10.000 partes
Praticamente insolúvel ou insolúvel
Mais de 10.000 partes
Vantagens� Líquidos são mais facilmente deglutidos do que sólidos e portanto mais
indicados para uso pediátrico e geriátrico;
� Sistema homogêneo: o sólido está destribuído uniformemente garantindomaior estabilidade durante estocagem;
Administração de fármacos irritantes para mucosa gástrica na forma de� Administração de fármacos irritantes para mucosa gástrica na forma desolução diminui o efeito irritante, pois o fármaco é rapidamente diluído noconteúdo gástrico.
� Homogeneidade na dosificação, independente da agitação quandocomparada à forma de suspensão;
Desvantagens� Formas farmacêuticas líquidas são mais difíceis de transportar em relação
as formas sólidas;
� Maior instabilidade físico-química e microbiológica do que as formas sólidas(mais vulneráveis à hidrolise);
� Solubilização realça o sabor dos fármacos, portanto para PA com sabor� Solubilização realça o sabor dos fármacos, portanto para PA com sabordesagradável esta FF pode ser inadequada;
� Sistema de medida de volume impreciso e não uniforme (o volumeadministrado de uma dose pode variar em ralação a outra e aorecomendado).
Escolha do solvente� Desprovidos de toxicidade, não causar irritação nas mucosas, inertes
do ponto de vista fisiológico, compatíveis com os fármacos queserão dissolvidos.
� Solução aquosa� Água: solvente mais usado como veículo pois é fisiologicamente compatível e não
tóxica� K dielétrica elevada: dissolve grande quantidade de substâncias ionizáveis e outros � K dielétrica elevada: dissolve grande quantidade de substâncias ionizáveis e outros
compostos polares.
� Solução não aquosa:� Fármacos que não solubilizam em água;� Mistura de água com um ou mais solventes nela miscíveis: melhorar a solubilidade,
reduzir tempo de hidrólise de certos compostos;� Toxicidade e atividade fisiológica de alguns solventes não aquosos;� Glicerina, álcoois, óleos.
Água para uso farmacêutico� Vantagens:� Dissolve a maioria dos fármacos;
� Facilidade de obtenção;
� Compatível com inúmeras substâncias;
� Deve satisfazer as exigências legais quanto às características físicas, químicas e microbiológicas.químicas e microbiológicas.
� Desvantagens:� Suscetível à contaminação microbiana;
� Favorece reações de hidrólise ou oxidação.
Maneiras de melhorar a solubilidade em agua
1- Agitação mecânica
� Técnica mais empregada quando o soluto é solúvel no solvente masconsome longo período de tempo (não melhora a solubilidade e sim,acelera a solubilização);
� Segura do ponto de vista da estabilidade;� Segura do ponto de vista da estabilidade;
� Pode causar aeração e viabilizar a oxidação.
Maneiras de melhorar a solubilidade em agua
2- Aquecimento
? ? ?� Produtos farmacêuticos não podem ser mantidos em temperaturas
elevadas levando a deterioração do fármaco e anulando a vantagem de dissolução rápida (manter temperatura mínima necessária);
� Calor brando apenas acelera a velocidade de dissolução;� Calor brando apenas acelera a velocidade de dissolução;
� Solutos voláteis ou solventes voláteis (álcool) são dissipados na atmosfera com o calor;
� Sais de cálcio sofrem reações exotérmicas quando se dissolvem e emitem calor (uso do calor prejudica a formação da solução)
� Hidróxido de Ca: solúvel em água 140mg/100mL 25°C
170mg/100mL 15°C(Observar temperatura de preparo e de armazenamento)
Maneiras de melhorar a solubilidade em agua
3- Ajuste da constante dielétrica� Polaridade da substância: afinidade soluto/solvente,
� Reduzir a constante dielétrica da água com adição de solvente orgânico miscível quando o fármaco não apresenta boa hidrossolubilidade,
� Veículo hidroalcoólico apresentara constante dielétrica mais apropriada ao grau de polaridade do fármaco.grau de polaridade do fármaco.
Fenobarbital Solventes
1g 1000mL de água
1g 10mL etanol
0,22g 100mL água: etanol(5:1)
0,22g 100mL água:propilenoglicol (4:1)
1,77g 100mL propileno:etanol:água (5:1:4)
Maneiras de melhorar a solubilidade em agua
4- Co-solvente
� São solventes usados em combinação com o solventeprincipal da solução para aumentar a solubilidade de umfármaco (eletrólito fraco ou substância apolar);
� Pequena quantidade do solvente inócuo e miscível com o veículo deescolha para dissolução prévia do soluto;
� Quantidade empregada não altera a constante dielétrica;
� Soluto deve apresentar afinidade com o sistema solvente e não precipitarapós incorporação da solução previamente obtida no veiculo.
Maneiras de melhorar a solubilidade em agua5- Controle de pH
� Fármacos são ácidos ou bases fracas� Sua solubilidade pode ser influenciada pelo pH do sistema
Base fraca Base fraca pH favorece forma ionizada
(mais solúvel)
Acido fraco
Solução uso parenteral e oftálmico: controle de pH para não causar irritação
Maneiras de melhorar a solubilidade em agua
6- Solubilização� Adição de agentes tensoativos: formam estruturas esféricas simples
(miscelas) quando adicionados a um sistema aquoso contendo substânciapobremente solúvel em água.
� Atenção a excessos de tensoativos (toxicidade, custo e redução dabiodisponibilidade do fármaco, se este estiver fortemente adsorvido nointerior da miscela).interior da miscela).
� Atenção a quantidade insuficiente de tensoativo: não solubilização dofármaco ou sua precipitação.
� Tensoativos: faixa de valores de EHL onde são agentes solubilizantes.
Requisitos do tensoativo� não tóxico ou irritante (surfactantes aniônicos e catiônicos)
� miscível com o sistema solvente
� Compatível com componentes da formulação
� Sem sabor ou odor desagradável
Solubilização de vitaminas lipofílicas e hidrofílicas� Solubilização de vitaminas lipofílicas e hidrofílicas(complexo vitamínico) com polissorbatos
� Uso interno: polissacarídeos naturais e surfactantes nãoiônicos.
� Gomas, gelatina, lecitina
� Glicóis, polissorbatos, álcoois polivinílicos, ésteres de glicerol
Maneiras de melhorar a solubilidade em agua
7- Complexação� É essencial que o complexo seja facilmente reversível para que o fármaco livre seja
liberado durante e após o contato com os fluidos biológicos.
� Ex.: KI + I2 I3 Solúvel (1g de I2 dissolve em 3000mL de água)
Complexo com ciclodextrina:
� Cavidade INTERNA hidrofóbica, onde estão direcionados os átomos de oxigênio, a parteEXTERNA é hidrofílica;EXTERNA é hidrofílica;
� Moléculas hidrofóbicas podem ser acomodadas nas cavidades das CD, interagindo porligações fracas (pontes de H);
� Assim, é possível aumentar a solubilidade do fármaco pela formação de um complexo deinclusão hidrossolúvel;
� No meio biológico esses complexos são desfeitos e o fármaco
é liberado para ser absorvido.
� Miconazol, hidrocortisona (solução oral)
Maneiras de melhorar a solubilidade em agua
8- Controle do tamanho de partículas
TAMANHO SOLUBILIDADE
Método tem pouca significância no preparo de soluções, mas é Método tem pouca significância no preparo de soluções, mas é particularmente relevante para suspensões
Outros adjuvantes� Tampões
� Aumento de viscosidade
� Conservantes
� Agentes redutores e antioxidantes
� Agentes edulcorantes� Agentes edulcorantes
� Aromatizantes e essências
� Corantes
Sistemas Tampões� São componentes que quando dissolvidos em umsolvente são capazes de resistir à variações de pH com aadição de ácido ou base.
� Quando houver necessidade de manter o pH de uma formulação emvalores inalteráveis durante o período de armazenamento, não apenasvalores inalteráveis durante o período de armazenamento, não apenassatisfazendo um simples ajuste do mesmo a um valor desejado.
Sistemas Tampões
pH Acido cítrico monohidratadog/L
Citrato de sódio dihidratado
A solução tampão tem pH definido e consiste de uma mistura de um acido fraco como seu sal e os valores de pH são alterados, à medida que variam as quantidades deácido e base na solução.Exemplos:Carbonatos, citratos, gluconatos, lactatos, fosfatos, acetatos, tartaratos, boratos
g/L dihidratado
2,5 64,4 7,8
3,0 57,4 17,6
4,0 40,6 41,2
4,5 30,8 54,9
5,0 19,6 70,6
6,0 4,2 92,1
6,5 1,8 95,6
Sistemas Tampões - pH e estabilidade� pH do meio pode catalisar reações de hidrólise inativando o fármaco total ou
parcialmente.
� pH ideal de estabilidade x pH de solubilidade x pH adequado para local deaplicação
Substância em solução
pH de máxima estabilidade
pH de instabilidade (hidrólise)solução estabilidade (hidrólise)
Morfina >5,5 Neutro e alcalino
Cocaína 2,0 – 5,0 6,0 (30% hidrólise)
Acido ascórbico 5,0-6,0 7,0
Vitamina B12 4,5- 5,0 7,0 (12% hidrólise)
Procaína ácido 6,5 (35% hidrólise)
pH� Nas preparações de uso tópico, o ajuste do pH é importante para
solubilização e estabilidade do fármaco, bem como para prevenir processosirritativos causados por alguns fármacos e garantia de obtenção de umefeito terapêutico adequado.
Regiões do corpo pH
Axilas 6,5Axilas 6,5
Seios 6,2
Cabelos 4,1
Saco conjuntival 7,3-8,0
Rosto 7,0
Mãos 4,5
Vagina 3,5 a 4,5
COOH
O
O
CH3
Propilenoglicol, glicerina, sorbitol.
+hidrólise
∆
Agentes anti-hidrolíticos
O
AAS Ácido salicílico Acido acético
10 a 20% de sorbitol
Aumento da viscosidade
� Fornece maior resistência ao escoamento.� Substâncias que aumentem o tempo de permanência da solução aquosa de
uso tópico (pele ou olhos);
� Aumento da viscosidade de soluções: povidona, HEC, carbômeros(Carbopol®)
� Spray nasal de Budesonida (natrosol ou metilcelulose)
Conservantes
� Ação bactericida ou bacteriostática – evitar proliferação microbiana
� Álcoois e derivados, fenóis, compostos de amônio quaternário, parabenos.
� Não adsorver na embalagem;� Não adsorver na embalagem;
� Não ser incompatível com o pH da preparação e demais componentes;
� Devem ser adequados para via de administração em questão.
Principais conservantes usados em soluçõesSolução Conservante p/v
Injetáveis FenolCresolClorocresolNitarofenilmercurioParabenosÁlcool benzílico
0,50,30,10,0010,1
Colírios Acetato/nitrato fenilmercúrioCloreto de benzalcôneo
0,0020,01Cloreto de benzalcôneo
Acetato de clorexidinaParabenos
0,010,010,1
Soluções externas ParabenosÁcido benzóicoEtanolClorofórmio
0,10,112-200,25
Via oral ParabenosÁcido benzóicoBenzoato de sódioEtanol
0,1-0,20,1-0,20,1-0,210-20
Agentes antioxidantes� Veículos aquosos� Sais de sódio e potássio, metabissulfito e sulfitos;
� pH acido: metabissulfito
� pH neutro: bissulfito
� pH básico: sulfito
� Outros: acido ascórbico, tioglicerol, cloridrato de cisteína
� Veículos oleosos� Adicionados para proteger o próprio veiculo oleoso no caso de óleos vegetais
como também para estabilizar fármacos e adjuvantes
� BHT
� BHA
� Tocoferol
� Auxiliares: (agentes quelantes): EDTA, acido cítrico, tartárico, dicarboxílico
Agentes edulcorantes� Importância� Carboidratos de baixo PM: sacarose
� Sacarose:� Incolor;� Muito solúvel em água;� Estável na faixa de pH 4,0-8,0� Estável na faixa de pH 4,0-8,0� Produz soluções viscosas que são agradáveis de serem ingeridas;� Mascara sabor salgado e amargo;� Efeito suavizante nas membranas da garganta.
� Desvantagens:� Cariogênica e calórica
Agentes edulcorantes� Polialcoois:� Sorbitol, glicerol e manitol. Possuem alto poder adoçante e podem ser
empregados nas preparações para diabéticos.
� Outros:� Glicose hidrogenada;� Glicose hidrogenada;
� Frutose;
� Xilitol;
� Mel
Agentes edulcorantes� Edulcorantes artificiais podem ser usados em associação com açucares
ou polialcoois: melhora o grau adoçante e torna-se apropriado parapacientes diabéticos.
� Possuem alto poder adoçante: 100-1000 vezes mais que a sacarose(concentração raramente excede 0,2%)
Sais sodico e calcico da sacarina (muito hidrossoluveis e estaveis em larga� Sais sodico e calcico da sacarina (muito hidrossoluveis e estaveis em largafaixa de pH)
� Ciclamatos
� Aspartame
� Desvantagem: sabor residual amargo ou metalico
Aromatizantes e essências� Usados em conjunto com edulcorantes;
� Muito usados em formulações pediátricas;
� Obtenção: fontes naturais (suco de frutas, óleos aromatizados)
sintéticos (mais baratos, estáveis e disponíveis)
AmargoEscolha deve ser compatível com
a cor do produto e possuir acapacidade de mascarar sabores amargo, salgado, doce e azedo.
Amargo
Azedo (ácido)
Salgado
Doce
Aromatizantes
Sabor do produto Aromatizante adequado
Salgado Pêssego, manteiga, licores, damasco, baunilha
Amargo Anis, chocolate, menta, maracujá e cereja
Doce Baunilha, frutos
Azedo Frutas cítricas, licores e framboesa
�Ácido tartárico ou cítrico: realçam sabor de frutas e mascaram sabor amargo�Líquidos viscosos: reduz contato com as papilas gustativas�Forma farmacêutica efervescente: dióxido de carbono anestesia as papilas gustativas (ou injerir com bebida efervescente- refrigerante)�Dessensibilizante do paladar: mentol (0,003-0,02%)
Corantes� Usos:� Principalmente para soluções de uso oral
� Normalmente associado com aroma de preparação
� Devem ter composição química definida, ser hidrossolúveis, capacidade decorar em concentrações mínimas, estáveis ao calor, luz, variações de pH,compatíveis com as substâncias presentes nas formulações e não possuirgosto ou odor desagradável.gosto ou odor desagradável.
� Aprovado para uso farmacêutico, cosmético, alimentar.
� Tipos:� Sintéticos (cores mais vivas e estáveis);
� Naturais (mais aceitos): carotenóides, clorofila, riboflavinas.
Preparo de uma solução� Equipamentos:� EPI’s: máscara, touca, luva de procedimento;
� Balança eletrônica de precisão semi-analítica com sensibilidade de 1mg
� Bastão de vidro
� Agitador magnético com aquecimento Hélice� Agitador magnético com aquecimento
� Becker, cálice graduado, proveta graduada
� Filtro de papel
� Álcool 70% p/p
Hélice
Pá
Preparo de uma solução� Procedimento:
1- Pesar e/ou medir todos os componentes da formulação;
2- Misturar ¾ do volume do solvente com o ingrediente ativo,agitando até dissolução.
� A velocidade de dissolução pode ser aumentada com aquecimento,� A velocidade de dissolução pode ser aumentada com aquecimento,sempre que o aumento da temperatura não afetar a estabilidade doproduto.
� Caso o ingrediente ativo seja termolábil, dissolvê-lo a frio.
� Caso o ingrediente ativo seja insolúvel no solvente, incorporá-lopreviamente dissolvido em um co-solvente compatível de polaridadeadequada.
Preparo de uma solução� Procedimento (continuação):
3- Adicionar aos poucos os demais componentes minoritários comoantioxidantes, flavorizantes, corante.
4- Adicionar lentamente, sob agitação, os doadores de viscosidade. Oaspecto da solução devera ser homogêneo.aspecto da solução devera ser homogêneo.
5- Caso necessário, filtrar a solução em filtro adequado.
6-Ajustar para o volume final com o restante do solvente.
7- Verificar o pH e corrigir para o valor apropriado, conforme sejanecessário.
8- Envasar e rotular.
A instabilidade de preparações líquidas orais é o ponto crítico na formulação.
Instabilidade química:
1. Fármacos susceptíveis a reações químicas de degradação (hidrólise, oxidação, redução);1. pH;
2. Presença de metais;2. Presença de metais;
3. Exposição a luz
4. Velocidade de degradação química geralmente aumenta com a temperatura.
Geralmente, as suspensões são mais estáveis que as soluções, POREM, em algumas situações o contrário ocorre...
Instabilidade física
1. Suspensões orais podem ser suceptíveis à sedimentação (formação de caking)...Erro na medida da dosagem;
2. Refrigeração é desejada em alguns casos para diminuir a instabilidade química e microbiológica. Porém, em alguns casos, pode aumentar a viscosidade de uma suspensão e...;casos, pode aumentar a viscosidade de uma suspensão e...;
3. pH algumas preparações como os xaropes são estáveis em pH ácidos porem quando incorporados ativos básicos, o mesmo pode precipitar.
Instabilidade microbiológica:
1. O crescimento microbiano em uma preparação oral líquida pode levar a um odor desagradável, turbidez e efeito indesejável na palatabilidade e na aparência;
2. Uma contagem alta de microorganismos em uma formulação pode ser perigosa para a saúde, principalmente em crianças e pode ser perigosa para a saúde, principalmente em crianças e pacientes imunocomprometidos;
3. O metabolismo microbiano pode causar alterações no pH da preparação e reduzir a estabilidade química ou solubilidade do fármaco, podendo ocorrer precipitação;
Tipos de preparação� Auriculares
� Para aplicação no canal auditivo interno
� São soluções de fármaco + água + glicerina + PEG ou misturas de água e álcool
� Uso local� Uso local
� Antibióticos e anti-sépticos
� Emolientes de cera
� Gotas, spray ou solução de limpeza
Tipos de preparação� Oftálmicas
� Líquidos estéreis de pequeno volume
� Indicados para instilação no globo ocular ou dentro do saco conjuntival: efeito local.
� Soluções para irrigação
� Soluções aquosas estéreis de grande volume;
� Limpeza de ferimentos e cavidades corporais;
� Devem ser isotônicas em relação ao fluido.
Tipos de preparação� Bochechos ou colutórios
� Solução aquosa viscosa para aplicação na mucosa bucal
� Ação desodorizante (mau hálito), refrescante e anti-séptica;
� Composição:
Álcool (desodorizante, refrescante);� Álcool (desodorizante, refrescante);
� Glicerina (aumento da viscosidade da saliva);
� Edulcorantes, corantes, tensoativos.
� Cepacol: anti-séptico (cloreto de cetilpiridina)+ anestésico (Lidocaína HCl)
� Plax: enxaguatório bucal anti-carie (Fluoreto de sódio)
� Flogoral: prevenir ou tratar infecções bucais e de garganta
Tipos de preparação� Produtos nasais
� Soluções de pequeno volume em veiculo aquoso para administração nasal
� Deve ter pH próximo a 6,8 e ser isotônica em relação às secreções nasais;
� Antibióticos, antiinflamatórios, descongestionantes.
� Preparações retais
� São os ENEMAS, soluções aquosas ou oleosas para administração retal destinadas à limpeza, diagnóstico ou tratamentos.
Tipos de preparação� Produtos parenterais
� São soluções estéreis para injeção ou infusão no corpo.
� SOLUCÕES EXTEMPORÂNEAS
� Pós ou grânulos para reconstituição;� Pós ou grânulos para reconstituição;
� Para fármacos injetáveis em solução: fármaco + tampões + isotonizantes, etc. exceto o veículo
� Ex.: Penicilina
Tipos de preparação� Soluções aquosas de uso oral
� Soluções para reidratação oral� Usadas em casos de depleção volêmica;
� Em casos de perdas de líquidos (diarréias) com íons K e Na, bicarbonatos etc. os quais devem ser repostos.etc. os quais devem ser repostos.
� Pedialite solução®
� Xaropes
Solução de Budesonida spray nasal� Budesonida ---------------------------------64mg
� Polissorbato 80 (Tween 80)--------------0,3mL
� Solução de Methocel E4M a 2,5% ------0,5g (substituir por natrosol)
� Fosfato monossodico dihidratado------0,65g
� Cloreto de sódio--------------------------0,45g
� Sorbato de potássio-----------------------0,2g
� Água destilada------------------qsp--------100mL
� Pesar os pós e triturar em um gral;� Levigar com polissorbato;� Incorpore em 50mL de água destilada;� Cheque o pH, se necessário ajuste para 7,0 com solução de ácido
clorídrico;� Complete o volume com água destilada.
Solução de Minoxidil
� Minoxidil ---------------------------------1,2g
� Propilenoglicol---------------------------6mL
� Álcool etílico 96GL----------qsp------60mL
� Pesar o minoxidil, passar para cálice ou bécker, medir e adicionar o� Pesar o minoxidil, passar para cálice ou bécker, medir e adicionar opropilenoglicol, adicionar o álcool e misturar com bastão de vidro,completar o volume com o bastão fora do cálice.
� Processo de degradação química: fotodegradação e oxidação.
� pH de maior estabilidade: 11,0 (não ajustar)
� Fotoestabilizante: tiossulfato de sódio (0,05%)
Enxaguatório bucal anti-cárie
� Fluoreto de sódio---------------------------------0,05%� Ciclamato de sódio-------------------------------0,25%� Ess. Menta------------------------------------------0,2%� Corante verde-------------------------------------0,15%� Mentol----------------------------------------------0,05%� Água destilada---------------qsp-----------------100mL
� Solubilizar o fluoreto de sódio e o ciclamato em qs de água� Solubilizar o mentol em qs de álcool� Acrescentar o veículo� Por último corante e essência� Envasar em frasco plástico
Líquidos Orais - Xaropes� Xaropes: sacaróleos= sacarose + água
� Definição Sacaróleos:� São preparações farmacêuticas líquidas, cujo veículo é a água purificada
(destilada ou desmineralizada) contendo elevada concentração de açúcares, osquais lhe conferem propriedades edulcorantes e conservantes.
� Açúcar (sacarose) em concentração próxima à saturação (85%)� Sacarose pode ser substituída por:� Glicose, frutose;� Polióis (não açucares): sorbitol, glicerina, propilenoglicol e manitol menos doces
que sacarose, porém boa viscosidade e sabor açucarado).� Substâncias não glicogênicas (diabéticos): metilcelulose, HMC (1g/100mL),
água+aspartame, sacarina.
Xarope Simples� Usado como veículo (Formulário Nacional)
� Não necessita de conservantes pelo alto teor de açúcar;
A quantidade necessária de água para manipular 145mL de xarope simples
Sacarose-------------------85gÁgua-----------qsp-----100mLDensidade: 1,31-1,33 (1,32)
� A quantidade necessária de água para manipular 145mL de xarope simples é: (85% de açúcar)
� d=m/v 1,32=m/145 = 189,95g
� 85% de 145mL = 123,25g
� Açúcar + Água = massa final
� Massa final – massa de açúcar = 189,95 – 123,25 = 66,7mL
Xarope Simples
� Xaropes medicamentosos:� Xarope simples+ PA
� Adjuvantes: conservantes antimicrobianos (benzoato de Na e parabenos)
(minimo 65% de sacarose garante proteção microbiana)
flavorizantes (vanilina, óleo de laranja),
corantes,
solubilizantes
espessantes (para atingir viscosidade proxima a do xarope de sacarose),
estabilizantes
Vantagens� Veículo edulcorado (disfarça sabores)
� Facilidade de administração (crianças e idosos)
� Fácil aceitação pelos pacientes
� Boa conservação: hipertônico, evita o desenvolvimento demicroorganismos
� Viscoso: apropriado para a deglutição, impede turvações por baixasolubilidade de fármacos.solubilidade de fármacos.
� Solubilizar vários fármacos: fenobarbital, quinina, melhor que água poisapresenta K dielétrica próxima a estes compostos
(k dielétrica mais baixa que da água)
Desvantagens� Meio nutritivo: diluição – propagação de microorganismos
� Indução de resposta insulínica – glicogênicos
� Aporte calórico
� Cariogênico
� Instabilidade peculiar de uma solução saturada
Métodos de preparo
1.Dissolução com aquecimento
Água purificada + açúcar (Dissolve-se 1g de açúcar em 0,2mL de água)
Aquecimento a 80°C
Adição de substâncias termoestáveis no xarope quente
Esfriar a temperatura ambiente
Ajustar o volume com água
Adição de substâncias termolábeis ou voláteis
(óleos, flavorizantes, álcool)Somente após esfriamento
do xarope
Processo a quente
� Vantagens� Dissolução rápida do açúcar;
� Esterilização;
� Eliminação do CO2 que provoca hidrólise da sacarose
� Eliminação de microorganismos
� Desvantagens� Não indicado de substâncias voláteis
� Xaropes amarelados pela caramelização do açúcar
� Cristalização do açúcar: formação de açúcar invertido
Açúcar invertido� Temperaturas muito altas causam hidrólise da sacarose, produzindo açúcar
invertido (dextrose e frutos), alterando o dulçor (mais doce), mais escuro e mais suscetível à contaminação microbiana (caramelização da sacarose);
� Glicose= dextrorotatória
� Hidrólise= diminui rotação ótica
� Açúcar invertido é menos solúvel que a sacarose precipitando na preparação.preparação.
�Controlar a temperatura durante o processo!
BM 80°C�Adicionar polióis
(glicerina ou sorbitol) Retardam a cristalização e
aumentam a solubilidade dos PA
Métodos de preparo
2. Dissolução por agitação sem aquecimento
Sacarose + adjuvantes
Dissolução na água purificada (Dissolve 1g sacarose me 0,5mL de água)
Agitação vigorosa da mistura
(misturadores ou agitadores mecânicos)
Vantagens:Evita inversão da sacaroseMaior estabilidade
Desvantagens:Não destrói MO presentes na água ou sacaroseXarope menos coradoProcesso de produção mais demorado
Métodos de preparo
3. Acréscimo da sacarose a uma determinada solução medicamentosa
Tintura, extrato fluido (miscível em preparação aquosa)
Adição de sacaroseAdição de sacarose
Preparo do xarope
Métodos de preparo
4. Percolação
A sacarose é percolada com água para preparação do xarope
•Dissolução a frio•Açúcar é dissolvido pela água lentamente•Xarope escoa por uma pasta de papel•Densímetro para avaliar a densidade e corrigir proporções de água e açúcar•Xarope retirado pela torneira
Outros componentes
� Conservantes� Acido benzóico (0,1 a 0,2%)
� Benzoato de sódio (0,1 a 0,2%)
� Metil, propil e butilparabenos (total 0,1%)
Flavorizantes� Flavorizantes� Sintéticos ou naturais (vanilina, óleo de laranja...)
� Corantes� Hidrossolúvel, não reagir com outros componentes
� Estável na faixa de pH e luz (condições de armazenagem)
Aditivação de PA
� Partir de um xarope simples estocado e aditivá-lo de acordo com a prescrição médica
� Aditivação de Tinturas ou Extratos Fluidos� Aditivação de Tinturas ou Extratos Fluidos
� Aditivação de ativos sólidos (pós) hidrossolúveis
� Associação de ativos
Após o preparo do Xarope
� Clarificação do xarope com adsorventes
� Carvão mineral (não usar no xarope medicamentoso pode adsorver PA)
� Talco tinturas resinosas ou balsâmicas
� Carbonato de magnésio adsorção de PA e alcalinização do � Carbonato de magnésio adsorção de PA e alcalinização do xarope
� Agitar junto com o xarope e filtro em papel filtro sob pressão
Alterações no Xarope� Efeitos atmosféricos: O2, CO2, perda ou absorção de agua;
� Aquecimento: Hidrólise e caramelização do açúcar
� Exposição à luz: Alteração de alguns fármacos
� Interação de componentes do xarope:� Entre fármacos, adjuvantes e sacarose
� Proliferação microbiana: conservantes� Ácido benzóico, ácido sórbico, metil e propilparabeno 0,2%
Ensaios� Características organolépticas:� Límpido, viscoso, sabor agradável.
� Características físicas:� Viscosidade (190 cPo a 20°C)� Propriedades polarimétricas(diluição 1:10 em água entre +8,26 e +8,50° - após inversão entre -2,26 e -2,34°)
� Densidade (1,32 a 20°C)- variações de 0,01 na densidade corresponde a uma variação de 1,63% no conteúdo do xarope)
� Características químicas� Teor da sacarose e açúcar invertido e de princípio ativo� Vestígios de anidrido sulfuroso da refinação do açúcar (redutor): ensaio limite 15ppm
de SO2
Embalagem para xarope
� Vidro âmbar
� Tampa de rosca e batoque
� Preencher quase todo o volume para evitar cristalização do açúcar na superfície
� Usar tampas, colheres ou pipetas dosadoras
Soluções não aquosas
� Solventes alternativos � São empregados quando não é possível assegurar a dissolução completa dos
componentes da solução em sistema aquoso ou quando o fármaco não é estável em meio aquosos.
Vantagens:� Vantagens:� Sistema de liberação prolongada IM – injeções oleosas - derivados mais
lipossolúveis são sintetizados para viabilizar estas soluções
� A solução oleosa permanece no tecido muscular, liberando lentamente o fármaco nos tecidos vizinhos (sistema depósito)
Classificação de alguns solventes não aquosos
� Óleos fixos de origem vegetal
� Álcoois
� Álcoois polihídricos (polióis)
� Dimetilsulfóxido
� Éter etílico
Outros solventes� Outros solventes
Óleos fixos de origem vegetal
� Óleos não voláteis constituídos especialmente de ácidos graxos do glicerol
� Ex.: óleo de amêndoas, soja, algodão, azeite, gergelim, milho, mamona, coco, oleato de etila e outros (uso parenteral, via IM)
� Uso de atioxidantes (evitar rancificação)
� Óleos minerais (vaselina líquida) somente uso externo
Álcoois
� Etanol (mais empregado)
� Solubilizante
� Anti-séptico (>15%)
� Aumenta evaporação do produto na pele
� Uso oral (interno) e parenteral: em pequenas quantidades (especialmente como co-solvente), máx 2% pois é tóxicocomo co-solvente), máx 2% pois é tóxico
� Álcool isopropílico (uso externo)
Polióis
� Álcoois que contém 2 ou 3 grupamentos hidroxila na molécula
� Propilenoglicol (uso interno e externo)
� Glicerina
� Sorbitol
(Podem ser usados sozinhos ou em associação com água)
� Polietilenoglicóis (PEG) ou macrogéis (uso externo tópico ou parenteral)
� Dietilenoglicol, etilenoglicol e seus monoetil ésteres (somente para uso veterinário)
Outros� Dimetilsulfóxido� Composto altamente polar� Usado como promotor de absorção cutânea� Uso externo
� Éter etílico� Mais usado para extração de MP in natura� Uso externo: colódios� Uso interno: não é usado
� Miristato e palmitato de isopropila� Uso externo, principalmente em cosméticos� Baixa viscosidade, menos gorduroso
Outros� Dimetilformamida e dimetilacetamida� Uso veterinário
� Xileno� Uso em gotas auriculares (pode causar dermatite)
Tipos de preparações� Não aquosas
� Alcoóleos
� Líquidos para aplicação cutânea
� Líquidos orais não aquosos - elixires� Líquidos orais não aquosos - elixires
Alcoóleos� Preparação farmacêutica liquida, cujo veículo principal é o álcool, de diversas
graduações.
� Obtidos por dissolução simples de produtos sintéticos ou naturais (estado seco ou fresca)
� Dissolução total da substância
� Exemplos:
� Solução alcoólica de iodo (antisséptico)
� Solução alcoólica de cânfora (revulsivo suave)
� Solução alcoólica de resorcina e ácido salicílico (queratoplástica)
Líquidos para aplicação cutânea� Loções: aplicadas sobre a pele sem fricção
� Linimentos: aplicados sobre a pele com fricção (contém substâncias oleosas em solução alcoólica)
� Vernizes: líquidos para aplicação na pele com pincel. Contém álcool ou éter � Vernizes: líquidos para aplicação na pele com pincel. Contém álcool ou éter que evaporam rápido, deixando os ativos sobre a pele
� Colódios: similar ao anterior após evaporar o solvente, formam um filme plástico sobre a pele, proporcionando maior contato do fármaco com cortes ou imperfeições. Ex.: formador de filme (piroxilina=nitrocelulose)+ solvente (álcool/éter ou álcool/acetona)
Elixires� Soluções de uso oral hidroalcoólicas, transparentes, edulcoradas e flavorizadas
� Alcoóleos açucarados (água+álcool+açúcar)
� Proporção de álcool: solubilidade do fármaco em água e álcool (15-50%)
� Não precisa conservante (alto teor de álcool)
� Substitutos da sacarose (sorbitol, glicerina, edulcorantes artificiais)
� Observar: solubilidade do fármaco e estabilidade em água e álcool
Elixires� Emprego do álcool em preparações orais liquidas:
� EUA: máx 5% em preparações pediátricas
� FDA produtos OTC: “alcohol free” menores de 6 anos
máx 10% maiores de 12 anos
� Brasil ANVISA: RE 543/2001proibiu o álcool em formulações estimulantes de apetite, tônicos e complementos de ferro e fósforo
� RE n°1/ 2002 estabelece que em complexos vitamínicos destinados a crianças com idade até 12 anos deverão apresentar concentração máxima de etanol igual a 0,5%. RÓTULO: “Contém 0,5% de etanol”
� Max 2% de etanol em formulações de uso adulto RÓTULO:“Produto de uso exclusivo em adultos. O uso em crianças representa risco à saúde”
Elixires� Vantagens
� Mais adequado para solubilizar substâncias solúveis em água e álcool
� Facilidade de preparo (dissolução simples)
� Estáveis (10 – 12% álcool auto conservantes)
� Desvantagens� Menos eficiente em mascarar sabor de fármacos que xaropes (menos doce e
menos viscoso)
Elixires medicinais� Elixires anti-histamínicos� Aminas básicas+ácidos=sais hidrossolúveis usados para preparação dos elixires� não precisam portanto ter alta concentração de álcool � pH acido para não precipitar
� Elixires sedativo-hipnóticos de barbiturato� Sedativo-hipnótico: sedação – hipnose – depressão respiratória� Elixir de fenobarbital 0,4%� Óleo de laranja+corante+xarope edulcorante� 14% de álcool para dissolver o fenobarbital (mínimo para mantê-lo em solução)� Glicerina para garantir a solubilidade do fenobarbital
Elixires medicinais� Elixir de Digoxina
� Glicosídeo cardiotônico extraído da Digitalis lanata
� Insuficiência cardíaca congestiva e arritmias
� Pó cristalino branco insolúvel em água
� Solúvel em soluções alcoólicas diluídas� Solúvel em soluções alcoólicas diluídas
� 10% álcool
Preparo dos Elixires� Fenobarbital--------------------------0,4g� Óleo de laranja-----------------0,025mL� Propilenoglicol-------------------10,0mL� Álcool etílico---------------------20,0mL� Sorbitol 70%----------------------60,0mL� Corante alimentício--------qs para obter cor amarela ou laranja� Água destilada qsp----------------100mL� Água destilada qsp----------------100mL
� Dissolver o fenobarbital em álcool etílico� Adicionar óleo de laranja� Adicionar o propilenoglicol e o sorbitol 70%. Misturar.� Ajustar o volume com água destilada e adicionar qs de corante� Envasar o produto em frasco de vidro âmbar