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INPE DETECÇÃO DE TRAJETÓRIAS DE DEGRADAÇÃO FLORESTAL : OS EXEMPLOS DE SINOP (MT) E NOVO PROGRESSO (PA) Maria Isabel Sobral Escada [email protected]

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INPE

DETECÇÃO DE TRAJETÓRIAS DE DEGRADAÇÃO FLORESTAL : OS EXEMPLOS DE SINOP (MT) E NOVO PROGRESSO (PA)

Maria Isabel Sobral Escada

[email protected]

INPE

Referências

• Pinheiro, T. F.; Escada, M. I. S.; Hostert, P.; Valeriano, D. de M. The forest degradation process in a new frontier of logging in the Amazon: the BR-163 region in southwestern Pará, Brazil. 2016. Earth Interactions.

• Pinheiro, T. F.; Padrões e Trajetórias de Degradação Florestal na Amazônia. Tese de doutorado CST/INPE. 2015.

• Azeredo, M.; Monteiro, A. M. V.; Escada, M. I. S.; Reis, K., Vinhas, L. Mineração de Trajetórias de Mudanças de Cobertura da Terra em Estudos de Degradação Florestal. Revista Brasileira de Cartografia. 2016

• Azeredo, M.; Monteiro, A. M. V.; Escada, M. I. S.; Reis, K., Vinhas, L. Mineração de Trajetórias de Mudanças de Cobertura da Terra em Estudos de Degradação Florestal. Tese de doutorado CST. 2017

• Capanema, V. Métodos Semiautomáticos para a Detecção de Padrões de intrnsidade de Degradação Florestal na Amazônia Mato-Grossense:Estudode caso em Sinop. Submetido a RBC

INPE

Definição de Degradação Florestal Utilizada

Processo de perda progressiva da cobertura florestal pelo efeito da exploração madeireira e de eventos de fogo florestal que não se qualifica como desmatamento (por corte raso) pelo PRODES. (baseada na definição do Degrad/Deter INPE, 2008)

• Conceito operacional: baseado no uso de imagens de SR

• Máscara temporal – corte raso: Prodes

• Estado da Floresta: Exploração Madeireira e Cicatriz de fogo florestal

• Causas naturais são excluídas

INPE4

Diferentes Padrões Espaciais

Manejada Convencional

Fonte: (Asner et al., 2004); Pinheiro, 2013

Proporção de clareiras e diferentes

arranjos espaciais

Padrões Espaciais relativos às Diferentes Intensidades de Degradação (TM/Landsat)

mo

de

rate

d

Aspectos Espaciais

INPE

Sinopema (MT)–Plano de Manejo –10/2017

INPE

Detecção por Sensoriamento Remoto: Efeito da escala

High Spatial - Quickbird

Resolution (1-4m)

Moderate Spatial TM/Landsat

Resolution (20-30m)Low Spatial - Modis

Resolution (>250m)

Pátios

trilhasClareiras

Fonte: Pinheiro, 2013

INPE

Composição

Cobertura mista composta por:

(1) Floresta

(2) Solo Exposto

(3) Regeneração

(4) Cicatriz de fogo florestal

Em diferentes proporções, podendo indicar intensidades distintas

Degradação Florestal- regrowth

INPE

Aspectos Temporais : Trajetórias de Degradação

• Dimensões (Azeredo, 2017)

• Temporal: instante inicial, instante final, e passo de tempo de análise;

• Descritiva: Comportamento ao longo do tempo: sequência de estados e rapidez

Trajetória refere-se às sucessivas transições de padrões de cobertura da terraobservadas ao longo do tempo (Mertens & Lambin 2000).

INPE

Aspectos Temporais : Trajetórias de Degradação

célula

Células agregam objetos na paisagem que, em conjunto, representam um padrão de

interesse

Padrão Descrição espacial Descrição dopadrão

Degradação florestal de intensidade leve

Pequenas manchas de floresta degradada,associadas as feições lineares

Padrão associado aextração de madeira de impacto reduzido

s

Padrões em células

INPE

Estudos de Trajetórias de Degradação Florestal

Estudos sobre trajetórias de degradação florestal são escassos.

Séries temporais curtas: Ex: 11 a 13 anos (Matricardi,

2005;2010), 5 anos (Asner, 2006).

Não permitem avaliar a dimensão temporal da degradação de

forma mais completa:

▪ Número de ciclos de extração e eventos de fogo;

▪ Recorrência de eventos de fogo florestal, exploração de madeira;

▪ A condição da floresta após a exploração ou fogo florestal;

▪ Tempo de abandono;

INPE

Detecção de Degradação: Número de ocorrências Degrad(INPE) 2008 a 2014.

Ocorrência

Células de 10 X 10 km

(Affonso, em preparação)

INPE

Áreas de degradação florestal mapeadas em 2015 pelo Degrad

N Progresso/Altamira

Sinop

INPE

Estudos de Trajetórias de Degradação Florestal

Séries temporais longas permitem responder a algumas questões:

• Quais são as trajetórias predominantes de degradação Florestal?

• Quanto tempo leva para que ocorra a completa remoção da floresta?

• Qual a frequência dos eventos de fogo e de exploração madeireira?

• Há variabilidade das trajetórias de degradação entre regiões?

INPE

Sinop, MTCena 226/68

Novo Progresso, PACena 227/65

Áreas de Estudo e Contextos de ocupação

Fronteira Madeireira Recente Final da década de 90 Perspectiva de asfaltamento da Br-163Fronteira em expansão

Fronteira Madeireira da década de 70 Ocupação consolidada em 2011Empresa Colonizadora Sinop S.AAgricultura de larga escala

(Pinheiro et al, em revisão)

INPE

Série Temporal

• 28 datas TM/Landasat de 1984 a 2011 – série temporal de 28 anos - Julho a setembro

• 227/65 Novo Progresso

• 226/68 Sinop

• Uso da Máscara de Desmatamento do Prodes 2000 a 2011;

• Geração de máscara 1984 a 2000 - Classificação Floresta/desmatamento - metodologia do Prodes.

(Pinheiro et al, em revisão)

INPE

Metodologia para o Mapeamento de Padrões Espaço Temporais de degradação Florestal

Pátios de estocagem, trilhas de arraste e estradas principais e secundárias.

(Pinheiro et al, em revisão)

INPE

Classificação Espectral de elementos relacionados com degradação Florestal

Máscara de corte raso (Prodes), não floresta

Aplicação do MLME (exploração seletiva)

Obtenção das imagens Índice DEGRADI

DEGRADI = G*(IS/IV)+Off

Fatiamento das imagens realçadas (limiar definido empiricamente)

Interpretação visual – Cicatriz de fogo

Trabalho de campo–mapeamento de afloramento rochoso

Imagem Landsat

Imagem Classificada

Capanema, 2017

INPE

Metodologia para o Mapeamento de Padrões Espaço Temporais de degradação Florestal

Pátios de estocagem, trilhas de arraste e estradas principais e secundárias.

1 km²

(Pinheiro et al, em revisão)

INPE

Definição de Padrões de Intensidade de Degradação Florestal

(Pinheiro et al, em revisão)

1. Definição do Tamanho das células

INPE(Pinheiro et al, em revisão)

Tipologia de Padrões de Degradação Florestal

Definição de Padrões de Intensidade de Degradação Florestal

INPE

Metodologia para o Mapeamento de Padrões Espaço Temporais de degradação Florestal

Pátios de estocagem, trilhas de arraste e estradas principais e secundárias.

1 km²

(Pinheiro et al, em revisão)

INPE

Mineração de dados para Classificação de Padrões com GeoDMA

28 mapas com células classificadas com intensidade de degradação Florestal

Classificação

Fonte: Pinheiro (2015)

CÉLULAS DE REFERÊNCIA

ÁRVORE DE DECISÃO

CA = área da classeNP = número de manchas ED = densidade de borda

CA

< 5,46 ≥ 5,46

CA

≥ 0,49< 0,49

Floresta LFD1

CA

< 44,72 ≥ 44,72

HFD2NP

< 26 ≥ 26

ED

< 132,40 ≥ 132,40

LFD2 MFD2

ED

< 132,40 ≥ 132,40

HFD1CA

< 11,03 ≥ 11,03

MFD1 MFD3

0,9

INPE

Metodologia para o Mapeamento de Padrões Espaço Temporais de degradação Florestal

Pátios de estocagem, trilhas de arraste e estradas principais e secundárias.

1 km²

(Pinheiro et al, em revisão)

INPE

ti ti+n tf

Persistência da floresta

Degradação/persistente

Corte raso

Trajetórias

Degradação/corte raso

Desmatamento até 1984

INPE

Dinâmica do Desmatamento e da Degradação Florestal

Sinop

Novo Progresso

INPE

Trajetórias de degradação Florestal

Sinop – 226/68 Extensão: 17.672km²

• Corte raso – 13%

• Floresta - 9%

• Desmatamento antes de 1984 –13 %

• Trajetórias de Degradação Florestal (65%)

• com Conversão p/ Corte Raso - 26%

• Persistência de Degradação - 39%

“O fogo não foi a principal causa da degradação da floresta (área), mas levou a níveis avançados de degradação florestal, em comparação com as práticas de exploração madeireira.”

INPE

Trajetórias de degradação Florestal: Novo Progresso

Novo Progresso – 227/65Extensão: 6.800 km²

• Corte raso – 20%

• Floresta - 52%

• Desmatamento antes de 1984 – 3 %

• Trajetórias de Degradação Florestal (21%)

• com Conversão p/ Corte Raso - 8%

• Persistência de Degradação - 13%

INPE

0

6000

12000

18000

Sinop Novo Progresso

Áre

a (K

m²)

Não mudança – Floresta

Trajetória de degradaçãopersistenteTrajetória de degradação comcorte rasoTrajetória de corte raso

Corte raso até 1984

Extensão anual de degradação florestal

0

500

1000

1500

2000

Exte

nsã

o a

nu

al (

km²)

Anos

Sinop

Novo Progresso

Sinop x Novo Progresso

INPE

60% 62%

40% 38%

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

Sinop Novo Progresso

(%)

Are

a (K

m²)

Abandonment (Km²) Clear-cut (Km²) Abandonment (%) Clear-cut (%)

Trajetórias de Degradação: Conversão e Persistência

Persistência Conversão Persistência Conversão

INPE

Trajetórias de Degradação: Persistência

INPE

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

Cu

mu

lati

ve

pro

po

rtio

n o

f a

rea

(%

)

Year

Sinop Novo Progresso

Trajetórias de Degradação : Conversão para Corte Raso

INPE

Trajetórias de Degradação : Análise das trajetórias com Conversão para Corte Raso

Sinop - 60% das trajetórias de degradação com corte raso são caracterizadas por múltiplos eventos de extração de madeira de baixa-moderada intensidade

12% das trajetórias de degradação florestal são convertidas logo após a

degradação inicial de intensidade baixa

Novo Progresso - 80% da trajetória de degradação com corte raso são caracterizadas por único evento de extração de madeira de baixa-moderada intensidade

INPE

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1nova antiga

• 1 evento de corte de madeira, seguido de abandono e corte raso.

• Não foi detectada recorrência de fogo florestal (uso de fogo na conversão)

• Tempo: 3 anos

• Ao menos 2 eventos de corte de madeira

• Processo pode estar associado ao fogo florestal (20%) , que ocorre após extração de madeira (88%)

• Quando ocorre fogo, ~90% vira corte raso

• Fogo é recorrente em 11% dos casos, mas tipicamente 1 evento de fogo associado a extração de madeira causa modificações estruturais suficientes para conversão da floresta

• Tempo: 8 anos

Fronteira em expansão Fronteira consolidada

Sinop x Novo Progresso

INPE

Extração e caracterização de padrões de trajetórias de degradação florestal implícitas em bases de dados temporais

• 27.800 células/ ano – 780.000 registros

• Redefinição de Padrões Comportamentais de trajetórias de objetos móveis. Redefinição: Mudança de estado

• Tipos

• Convergência

• Encontro

• Flock

• Liderança

• Detecção de anomalias

• Detecção de Inconsistência

(Azeredo, 2016; Azeredo et al. 2017;)

Caracterizado pelas n trajetórias de uma determinada vizinhança V, que possuem um conjunto de estados no instante t.

Caracterizado por um grupo de trajetóriasde uma determinada vizinhança V, que

possuem transições (inconsistentes).

INPE

INCONSISTÊNCIA

(Azeredo, 2016; Azeredo et al. 2017;)

INPE

INCONSISTÊNCIA

(Azeredo, 2016; Azeredo et al. 2017;)(Azeredo, 2016; Azeredo et al. 2017;)

INPE

ENCONTRO

Flona Jamanxin

(Azeredo, 2016; Azeredo et al. 2017;)

INPE

ENCONTRO

Flona Jamanxin

(Azeredo, 2016; Azeredo et al. 2017;)

INPE

Obrigada!

[email protected]

Flona Jamanxin, 10/2017