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MANUAL DE CLORO MANUAL DE CLORO Janeiro 2004 Adaptação do “The Chlorine Manual - Sixth Edition, January 1997”, realizada pela CLOROSUR com autorização do The Chlorine Institute, Inc

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MANUAL DE CLORO

Janeiro 2004

Adaptação do “The Chlorine Manual - Sixth Edition,January 1997”, realizada pela CLOROSUR com autorização doThe Chlorine Institute, Inc

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i. IntroduçãoClorosurO Manual de CloroAtuação ResponsávelDeclaração de Isenção de ResponsabilidadeReprodução

1. Informações Gerais1.1 Fabricação de Cloro1.2 Transporte de Cloro1.3 Outros Aspectos Regulamentares1.4 Propriedades Físicas e Químicas1.5 Terminologia1.6 Riscos para a Saúde1.7 Outros Riscos1.8 Recipientes/Embalagens para Cloro

2. Cilindros Pequenos eGrandes

2.1 Descrição dos Cilindros2.2 Válvulas dos Cilindros2.3 Dispositivos de Alívio de Pressão2.4 Expedição dos Cilindros2.5 Rotulagem e Emplacamento de

Cilindros2.6 Manuseio de Cilindros2.7 Armazenamento de Cilindros2.8 Uso dos Cilindros

3. Transporte a Granel3.1 Geral3.2 Caminhões Tanque3.3 Vagões Tanque3.4 Tanques Portáteis3.5 Barcaças

4. Medidas de Emergência4.1 Geral

4.2 Atendimento a Vazamentos de Cloro4.3 Incêndios4.4 Vazamentos4.5 Emergências no Transporte4.6 Direcionamento do Cloro em

Emergências4.7 Sistemas de Absorção4.8 Kits de Emergência e Recipientes de

Recuperação4.9 Reporte de acidentes

5. Segurança e Treinamen-to de Funcionários

5.1 Treinamento de Funcionários5.2 Equipamento de Proteção Individual

(EPI)5.3 Entrada em Espaços Confinados5.4 Monitoramento de Exposição ao Cloro

6. Aspectos Médicos ePrimeiros Socorros

6.1 Riscos à Saúde6.2 Medidas Preventivas de Saúde6.3 Primeiros Socorros6.4 Cuidados Médicos para a Exposição

ao Cloro

7. Projetos de Engenharia eManutenção

7.1 Estruturas7.2 Ventilação7.3 Materiais de Construção para

Equipamentos de Processo7.4 Células Eletrolíticas7.5 Cloradores7.6 Evaporadores7.7 Equipamentos7.8 Tubulações para Cloro Seco7.9 Tubulações para Cloro Úmido

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ÍNDICE

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7.10 Tanques Estacionários7.11 Manutenção de Equipamentos7.12 Neutralização de Cloro

8. Dados Técnicos8.1 Geral8.2 Propriedades Atômicas e Moleculares8.3 Propriedades Químicas8.4 Propriedades Físicas

9. Referências Selecionadas9.1 Referências do Chlorine Institute9.2 Outras Referências

IlustraçõesFig. 2.1 Cilindro PequenoFig. 2.2 Cilindro GrandeFig. 2.3 Válvula Padrão de Cilindro PequenoFig. 2.4 Válvula Padrão de Cilindro GrandeFig. 2.5 Bujão Fusível de Cilindro GrandeFig. 2.6 Exemplo de Barra Elevatória para

Movimentação de Cilindros GrandesFig. 2.7 Conexão Tipo “Sargento ou Yoke” e

Adaptador

Fig. 3.1 Caminhão Tanque de CloroFig. 3.2 Boca de Visita e Arranjo das VálvulasFig. 3.3 Válvula Angular PadrãoFig. 3.4 Válvula de Excesso de VazãoFig. 3.5 Válvula de Segurança PadrãoFig. 4.1 Kit de Emergência Tipo A para

Cilindros Pequenos de Cloro

GráficosFig. 8.1 Pressão de Vapor de Cloro LíquidoFig. 8.2 Relação Temperatura/Densidade de

Cloro LíquidoFig. 8.3 Solubilidade de Cloro em ÁguaFig. 8.4 Relação Volume/Temperatura de

Cloro Líquido em um RecipienteCarregado até o Limite Permitido

Fig. 8.5 Solubilidade de Água em CloroLíquido

Fig. 8.6 Solubilidade de Água em CloroLíquido

Tabelas2.1 Dimensões e Pesos de Cilindros4.1 Soluções Alcalinas Recomendadas

para Absorção

999

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i INTRODUÇÃO

CLOROSURASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DA INDÚSTRIA DE

CLORO, ÁLCALIS E DERIVADOS

HistóriaA Clorosur (Associação Latino - Americana da Indústria de Cloro, Álcalis eDerivados) foi fundada em março de 1997, durante a reunião anual doChlorine Institute , realizada em New Orleans – Estados Unidos. Foi fundadapor 11 empresas, representando 7 países, e por um membro honorário , Dr.Robert G. Smerko , à época Presidente do Chlorine Institute.

Missão da ClorosurA Clorosur tem como missão desenvolver e implementar iniciativas quepromovam a indústria latino-americana produtora e consumidora de cloro-soda e derivados, além de colaborar com as autoridades e a população noscampos da segurança, saúde e meio ambiente.

Princípios de Atuação da Clorosur• Valorização do uso de cloro-soda e derivados.• Divulgação das melhores tecnologias existentes no mundo para estocagem,

uso, manuseio e distribuição desses produtos.• União de toda cadeia produtiva, fornecedores, clientes e usuários da

indústria de cloro.• Estabelecimento de intercâmbio com entidades nacionais e internacionais

ligadas ao setor de cloro-soda e seus derivados.• Realização de estudos técnicos, através de parcerias com as comunidades

científica e acadêmica.• Criação de comitês de trabalho para uniformização de procedimentos nas

áreas de comunicação, meio ambiente, manuseio, transporte e estocagemdo cloro, de acordo com os princípios do Programa Internacional deAtuação Responsável.

• Fluxo contínuo de informações sobre o cloro e sua indústria para ascomunidades e integrantes das empresas associadas, visando a defesa daimagem do setor.

O MANUAL DE CLORO

O emprego universal de cloro e a necessidade de se divulgar informaçõesconfiáveis , e reconhecidas internacionalmente , sobre os procedimentos desegurança para o manuseio seguro do produto resultaram na publicação doprimeiro Manual do Cloro (“Chlorine Manual”) pelo Chlorine Institute, em1947. Edições subseqüentes foram publicadas em 1954, 1959, 1969 e 1986 e 1997.

O Chlorine Institute , fundado em 1924 , é uma associação formada porempresas e outras entidades que estão envolvidas ou interessadas na produção,

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distribuição e utilização segura dos produtos cloro , soda cáustica , hipocloritode sódio , ácido clorídrico , cloreto de hidrogênio potassa cáustica. O Institutotem 240 associados localizados nos Estados Unidos , Canadá , México , Américado Sul e outros continentes.Os associados dos Estados Unidos representam98% da produção de cloro no país. Em função das características do cloro e desua larga utilização, principalmente em tratamento de água, a promoção edivulgação de boas práticas de segurança e controle ambiental têm sido osfocos principais dos membros do Instituto.

O Chlorine Institute tem algumas dezenas de publicações escritas, vídeos,cartazes e outros materiais de orientação destinados a fabricantes,distribuidores, transportadores e usuários de cloro.

O presente Manual de Cloro da Clorosur é uma adaptação da 6ª Edição (1997)do “Chlorine Manual”. Anteriormente a ABICLOR (Associação Brasileira daIndústria de Álcalis e Cloro Derivados) já havia elaborado duas edições doManual de Cloro também baseadas nas versões do Chlorine Institute.

O Manual é um compêndio das informações disponíveis, baseado naexperiência prática de produtores e usuários, com relação a materiais deconstrução, equipamentos, regulamentações e práticas operacionais, quecontribui para a segurança no manuseio, estocagem, transporte e utilizaçãode cloro. As principais propriedades do cloro também estão incluídas. Hátambém informações sobre a fabricação do produto, e de como se lidar comemergências .

O capítulo sobre referências bibliográficas proverá os leitores com fontes deinformações mais detalhadas sobre assuntos específicos, principalmente ospanfletos originais do Chlorine Institute. Onde permanecerem dúvidas, ousuário de cloro deve consultar o produtor ou fornecedor do produto, oumesmo a ABICLOR/Clorosur .

ATUAÇÃO RESPONSÁVEL

O Programa Atuação Responsável® é a versão brasileira do Responsible CareProgram®, implantado em diversos países a partir de 1985.

O Programa criado no Canadá, pela Canadian Chemical Producers Association- CCPA, está atualmente implantado em mais de 40 países. O ResponsibleCare® se propõe a ser um instrumento eficaz para o direcionamento dogerenciamento ambiental, considerado no seu aspecto mais amplo, que incluia segurança das instalações, processos e produtos, a proteção da integridadefísica e a preservação da saúde ocupacional dos trabalhadores, além daproteção do meio ambiente

Concebido a partir da visão de diálogo e melhoria contínua, o Programa seestrutura de forma lógica, procurando fornecer mecanismos que permitam odesenvolvimento de sistemas e metodologias adequadas para cada etapa dogerenciamento ambiental que o setor persegue. O modelo criado é flexível, o

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que possibilita atender às necessidades de cada empresa, sem que, no entanto,se perca a característica de um Programa de toda uma indústria, quer estejaela situada no Brasil ou em outra parte qualquer do mundo.

O programa foi adotado oficialmente pela Associação Brasileira da IndústriaQuímica- ABIQUIM - em abril de 1992. As empresas associadas foramconvidadas a aderir ao Programa, de forma voluntária. A partir de 1998 aadesão ao Atuação Responsável® tornou-se obrigatória para todos os associadosda ABIQUIM, a exemplo do que ocorre na maior parte dos países com indústriaquímica desenvolvida.

A Abiclor e a Clorosur são parceiros da Abiquim em relação a este programae todos os associados produtores da Abiclor adotaram e implantaram o mesmo.

Ainda neste contexto, a Abiclor e a Clorosur estão comprometidas a encorajara adoção do Atuação Responsável® (ou programas similares como por exemploo “Distribuição Responsável’’ da Associquim), por todos os seus associadosfavorecendo a sua implementação.

O presente documento é uma contribuição ao esforço de melhoria contínuadas operações do setor.

DECLARAÇÃO DE ISENÇÃO DERESPONSABILIDADE

As informações contidas neste Manual são provenientes de fontes tidas comoconfiáveis. As recomendações de segurança são baseadas na experiência dosmembros do The Chlorine Institute, Inc e da Clorosur. O Chlorine Institute, aClorosur e seus respectivos associados não se responsabilizam, individual oucoletivamente, pelas informações ou sugestões de segurança aqui contidas.

Além disso, não se deve presumir que todo procedimento de segurança aceitávelestaria incluído ou que circunstâncias anormais ou pouco usuais não venhamrequerer procedimentos modificados ou adicionais.

O usuário deve estar ciente de que tecnologias e regulamentações se modificame podem requerer mudanças nas recomendações aqui contidas. Cuidadosapropriados devem ser tomados para assegurar-se de que a informação estáatualizada.

Estas recomendações não devem ser confundidas com regulamentações federais,estaduais, ou municipais, e nem com os códigos de segurança nacional ourequisitos relacionados a seguros.

REPRODUÇÃO

O conteúdo deste Panfleto não poderá ser copiado para publicação, parcial outotalmente, sem prévia autorização da Clorosur.

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1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 Fabricação de Cloro

O cloro é fabricado através de eletrólise pelosprocessos de diafragma, mercúrio ou membrana. Emqualquer um dos processos uma solução de sal (cloretode sódio – NaCl) é eletrolizada pela ação direta dacorrente elétrica, a qual converte os íons cloreto em cloroelementar.

No processo diafragma, a salmoura de cloreto desódio é eletrolizada para produzir cloro no eletrodopositivo (ânodo), enquanto hidróxido de sódio (sodacáustica) e hidrogênio são produzidos no eletrodonegativo (cátodo). Para evitar a reação de hidróxido desódio e hidrogênio com o cloro, as câmaras do ânodo edo cátodo são separadas por um diafragma poroso.

No processo a mercúrio, o próprio mercúrio querecircula serve como cátodo. O cloro é removido doespaço gasoso acima dos ânodos e o sódio elementar éformado no cátodo. O sódio forma um amálgama como mercúrio. Esse amálgama de sódio e mercúrio entãocircula para um decompositor, onde reage com águapurificada para produzir hidróxido de sódio ehidrogênio enquanto o mercúrio é recirculado.

No processo a membrana a salmoura de cloreto desódio é eletrolizada para produzir cloro no eletrodopositivo (ânodo), enquanto hidróxido de sódio ehidrogênio são produzidos no eletrodo negativo(cátodo). Uma membrana seletiva de íons evita a reaçãodo hidróxido de sódio e hidrogênio com o cloro.

O cloro é também produzido de inúmeras outrasmaneiras, por exemplo pela eletrólise da salmoura decloreto de potássio em células a membrana ou mercúrio,com a co-produção de hidróxido de potássio; poreletrólise de cloreto de sódio ou de magnésio fundidopara produzir sódio ou magnésio metálico; por eletrólisede ácido clorídrico; e por outros processos nãoeletrolíticos.

1.2 Transporte de Cloro

1.2.1 Geral

O cloro, normalmente, é comercializado como umgás liqüefeito comprimido. O transporte de cloro, emtodas as suas modalidades, é controlado porregulamentação própria variando de país para país. Éde responsabilidade de toda empresa que comercializaou transporta cloro conhecer e cumprir todos osregulamentos pertinentes.

1.2.2 Brasil e Outros Países

No Brasil , o cloro é classificado como um gás tóxico,da Classe 2, Subclasse 2.3.

Carregamentos internacionais de cloro devemobedecer aos requisitos do país de origem e do país de

destino. Geralmente, regulamentos sobre produtosperigosos são similares em todo o mundo, comoresultado de regras padronizadas pela ONU(Organização das Nações Unidas) e implementadaspelas agências intermodais. Existem recomendaçõessimilares para os sistemas de transporte viários,ferroviários, marítimos e aéreos. A designação dasNações Unidas para o cloro é 1017.

1.3 Outros Aspectos Regulamentares

Vários sistemas de numeração de produtos químicos sãoapresentados em certos programas de regulamentação.

Para cloro, tem-se o seguinte:• O número do Chemical Abstracts Service (CAS) é

CAS 7782-50-5.• O número do Registry of Toxic Effects of Chemical

Substances(RTECS) designado nos Estados Unidospelo Instituto Nacional de Segurança do Trabalhoe Saúde é F02100000.

1.4 Propriedades Físicas e Químicas

O cloro é um elemento da família dos halogênios.O cloro, gasoso ou líquido, não é explosivo ouinflamável, mas ele pode suportar a combustão. O cloro,na forma gasosa ou líquida, reage com muitassubstâncias. O cloro é pouco solúvel em água.

O cloro gás tem um odor característico e penetrante,uma coloração amarela-esverdeada e é cerca de duasvezes e meia mais pesado que o ar. Assim, se o clorovaza de um recipiente ou de uma instalação, a tendênciaé que ele se concentre nos níveis mais baixos do prédioou da área de ocorrência do vazamento.

O cloro líquido é de cor âmbar (amarelo escuro), eé cerca de uma vez e meia mais pesado que a água. Sobpressão atmosférica, a temperatura de ebulição é de 34°Celsius negativos (-34 ° C) e congela aproximadamentea 101 graus negativos (-101° C).

Um volume de cloro líquido, quando evapora,produz cerca de 460 volumes de gás.

Embora o cloro seco (gás ou líquido) normalmentenão reaja ou corroa alguns metais, como cobre ou açocarbono, ele é fortemente reativo (extremamentecorrosivo) quando há umidade presente. Ver Seção8.3.3.2

1.5 Terminologia

1.5.1 Cloro

O termo cloro se aplica ao elemento químico, emqualquer estado ou condição que possa existir, sob ascondições sendo consideradas. O símbolo do cloro é Cl,seu número atômico é 17 e seu peso atômico é 35,453. Ocloro quase sempre se apresenta como uma molécula com

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dois átomos de cloro: Cl2. Seu peso molecular é 70,906.

1.5.2 Cloro líquido

É o cloro, no estado líquido. (O termo “clorolíquido” algumas vezes é usado incorretamente paradescrever uma solução de hipoclorito de sódio).

1.5.3 Cloro Gás

É o cloro, no estado gasoso.

1.5.4 Cloro seco

Cloro líquido ou gasoso com seu conteúdo de águadissolvido na solução. A solubilidade da água no clorovaria com a temperatura, e é mostrada nos gráficos 8.5 e8.6 – Informações detalhadas constam no Panfleto 100do Chlorine Institute. O termo “cloro seco” algumas vezesé usado incorretamente para descrever um compostoclorado seco (geralmente hipoclorito de cálcio ouisocianuratos clorados).

Os exemplos seguintes foram extraídos das Figuras8.5 e 8.6:• Cloro com um conteúdo de água de 30 ppm à

temperatura de 10°C é seco. Se este mesmo cloro (30ppm) estivesse a uma temperatura de -20° C , o cloroseria úmido.

• Cloro a 5°C é seco se o conteúdo da água não exceder100 ppm.

1.5.5 Cloro Úmido

O cloro gasoso ou líquido, com seu conteúdo deágua excedendo a quantidade que está dissolvida nasolução. Informações detalhadas constam no Panfleto100 do Chlorine Institute. O cloro não é consideradoúmido apenas por estar em estado líquido.

1.5.6 Cloro Gás Saturado

É o cloro gás em tal condição que a remoção dequalquer calor ou um aumento de pressão causaria acondensação de uma parte do cloro para o estadolíquido. (Este termo não deve ser confundido com cloroúmido.)

1.5.7 Cloro Líquido Saturado

É o cloro líquido em tal condição que a adição dequalquer calor ou uma diminuição de pressão causariama vaporização de uma parte do cloro para o estadogasoso. (Este termo não deve ser confundido com cloroúmido.)

1.5.8 Solução de Cloro (Água Clorada)

Solução de cloro em água (para a solubilidade docloro na água ver Figura 8.3).

1.5.9 Água Sanitária

Trata-se de uma solução de hipoclorito, geralmentehipoclorito de sódio.

1.5.10 Contêiner

Nesta publicação, um contêiner é um vaso depressão, apropriado para o transporte de cloro. Estetermo não se aplica a tubulações e a tanques estacionários.

1.5.11 Capacidade de Enchimento

O peso de cloro, que é carregado dentro de umrecipiente para transporte ou estocagem, não podeexceder 125% do peso de água (a 15.6°C), que orecipiente comportaria.

1.5.12 Hidróxido de Sódio

Produzido em conjunto com o cloro no processo deeletrólise de solução de cloreto de sódio. Normalmente,o hidróxido de sódio é chamado de soda cáustica.

1.6 Riscos para a Saúde

O cloro gás é principalmente um irritante das viasrespiratórias. Em concentrações elevadas irrita asmembranas mucosas, o sistema respiratório e os olhos.Em casos extremos, a dificuldade em respirar podeaumentar até o ponto de ocorrer morte por colapsorespiratório ou falência pulmonar. O odor característicoe penetrante do cloro gás é facilmente percebido peloolfato humano, gerando um alerta de sua presença noar.

Em altas concentrações, ele também é visível comoum gás amarelo-esverdeado. O cloro líquido em contatocom a pele ou olhos poderá causar queimadurasquímicas e/ou ulcerações por congelamento. Ver Seção6.

No Brasil a norma NR – 15 estabelece o LT - MP(Limite de Tolerância - até 48 horas por semana) em 0,8ppm e o VM (Valor Máximo) seria 2,4 ppm.

1.7 Outros Riscos

1.7.1 Fogo

O cloro não é explosivo nem inflamável; entretanto,ele pode suportar a combustão.

1.7.2 Ação Química

O cloro tem uma forte afinidade química commuitas substâncias. Ele reage com muitos compostosinorgânicos e orgânicos, geralmente com geração decalor. O cloro reage com alguns metais sob umavariedade de condições. Ver Seção 8.3.3.2

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1.7.3 Ação Corrosiva no Aço

A temperaturas comuns, o cloro seco, tanto líquidocomo gasoso, não corrói o aço. Cloro úmido é altamentecorrosivo pois forma os ácidos clorídrico e hipocloroso.Devem-se tomar precauções para que as instalações decloro, e o próprio produto, mantenham-se secos.Tubulações, válvulas e recipientes devem ser fechadosou tampados quando não estiverem em uso, para quefiquem isolados da umidade atmosférica. Se água forusada em um vazamento de cloro, as condições corrosivasresultantes agravarão o vazamento.

1.7.4. Expansão Volumétrica

O volume de cloro líquido aumenta com atemperatura. Devem-se tomar precauções para evitar aruptura hidrostática de tubulações, tanques, cilindros ououtros equipamentos que contenham cloro liquido. VerFigura 8.4

1.7.5 Riscos Específicos na Fabricação e no Uso de Cloro

1.7.5.1 Hidrogênio

O hidrogênio é produzido em conjunto com o clorono processo de eletrólise de solução de cloreto de sódio.Dentro de uma dada faixa de variação de concentração,misturas de cloro e hidrogênio são inflamáveis epotencialmente explosivas. A reação de cloro e hidrogêniopode ser iniciada pela luz direta do sol, outras fontes deluz ultravioleta, eletricidade estática ou por um impactoabrupto.

1.7.5.2 Tricloreto de Nitrogênio

Pequenas quantidades de tricloreto de nitrogênio,um composto instável e altamente explosivo, podem serproduzidas na fabricação do cloro. Quando o clorolíquido contendo tricloreto de nitrogênio evapora, otricloreto de nitrogênio pode alcançar concentraçõesresiduais perigosas. Ver Panfletos 21 e 152 do ChlorineInstitute.

1.7.5.3 Óleos e Graxas

O cloro pode reagir, algumas vezes explosivamente,com uma série de produtos orgânicos tais como óleos egraxas, provenientes de compressores de ar, válvulas,bombas, instrumentação com diafragma a óleo, madeirae trapos usados em trabalhos de manutenção.

1.8 Recipientes / Embalagens para Cloro

1.8.1 Especificações dos Recipientes/Embalagens

Os recipientes destinados à expedição de clorodevem estar de acordo com a especificaçãoregulamentada, pela qual eles foram fabricados. Novos

recipientes devem ser fabricados de acordo com as atuaisespecificações e com os regulamentos pertinentes. Osrecipientes mais antigos podem continuar a ser utilizadosde acordo com as regras aplicáveis.

1.8.2 Tipos de Recipientes

• Cilindros Pequenos (40 a 68 kg)

Fabricados pela especificação DOT ou TC (USDepartment of Transportation) 3A480 ou 3AA480. VerSeção 2. Os cilindros em conformidade com especificaçõesmais antigas ainda podem ser usados. Cilindros especiaisde acordo com a especificação DOT (ou TC) 3BN480 ou3E1800 são adequados para o uso especializado emlaboratórios.

• Cilindros Grandes

Fabricados pela especificação DOT (ou TC)106A500X. Ver Seção 2. Cilindros grandes emconformidade com antigas especificações ainda podemser usados.

• Vagões Tanque (Transporte Ferroviário)

Os vagões tanque ferroviários devem ser fabricadospela especificação 105J500W ou 105S500W do DOT (ouTC). Ver Seção 3.3

• Caminhões Tanque

Devem cumprir a especificação MC 331. do DOT.Ver Seção 3.2

• Barcaças

Não têm sido usadas no Brasil. Informaçõesdetalhadas podem ser obtidas no Panfleto 79 doChlorine Institute.

1.8.3 Similaridades dos Recipientes / Embalagens

Os recipientes / embalagens são similares nosseguintes aspectos:

• São construídos em aço.

• São inspecionados e testados hidrostaticamente aintervalos regulares de acordo com regulamentaçãopertinente.

• São equipados com um ou mais dispositivos dealívio da pressão.

• São identificados e rotulados de acordo com aregulamentação pertinente.

• São construídos de acordo com especificaçõesinternacionalmente reconhecidas.

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2. CILINDROS PEQUENOS E GRANDES

2.1 Descrição dos Cilindros

2.1.1 Geral

Os cilindros grandes e pequenostêm muitas similaridades na maneiracomo são manuseados; muitosusuários de cilindros pequenostambém usam cilindros grandes.Portanto, eles estão sendo abordadosem conjunto neste item. Oequipamento de emergência paramanusear cilindros grandes é diferentedo usado para cilindros pequenos.

2.1.2 Cilindros Pequenos

Os cilindros pequenos de cloro sãode construção sem costura,normalmente com capacidades entre40 e 68 kg, predominando os de 40, 50e 68 kg. As dimensões e pesosaproximados de cilindros pequenosconstam na Tabela 2.1 deste manual. Estes cilindros sãodo tipo com anel de reforço no pé, do tipo de fundoprotegido ou do tipo fundo duplo (Figura 2.1) e não épermitido que sejam fabricados com mais do que umaabertura. A conexão da válvula se localiza no topo docilindro. O capacete de aço, que cobre a válvula , deveser utilizado para proteger a válvula durante otransporte, a movimentação e o armazenamento.

O número de especificação DOT ou TC, o númerode série, o símbolo de identificação, o peso vaziooriginal, a marca oficial do inspetor e a data doteste hidrostático devem estar estampados nocorpo do cilindro junto ao “pescoço” do mesmo.Geralmente, o nome do proprietário, ou seusímbolo, está gravado no cilindro, nesta mesmaárea. É ilegal desfigurar estas marcas. O pesovazio significa o peso do cilindro vazio com aválvula, mas não inclui o capacete protetor daválvula.

2.1.3 Cilindros Grandes

Os cilindros grandes são tanques soldadosque têm a capacidade aproximada de 900 kg de cloro, eum peso carregado que pode chegar a aproximadamente1655 kg (Figura 2.2). Dimensões e pesos aproximadossão mostrados na Tabela 2.1.

Os tampos (extremidades) são côncavos e soldadosao corpo do cilindro. Estes tampos são providos debordas que permitem um bom encaixe para os ganchosusados para levantamento dos cilindros. As válvulas

do cilindro grande são protegidas porum capacete de aço removível.

O número de especificação doDOT ou do TC, o material deconstrução, o símbolo de identificaçãodo proprietário ou do construtor, onúmero de série, a marca do inspetor,a data do teste, e a capacidade docilindro devem todos estar gravados emuma placa fixada na extremidadeoposta às válvulas. É ilegal desfigurarestas marcas. Em complemento àsmarcações requeridas acima, o pesovazio original também deve estargravado na placa. O peso vaziosignifica o peso do recipiente vazio,com válvulas e bujões fusíveis, masnão inclui o capacete de proteção dasválvulas. Geralmente, o nome ousímbolo do proprietário está gravadona placa de identificação.

2.2 Válvulas dos Cilindros

2.2.1 Cilindros Pequenos

Uma válvula padrão de cilindro pequeno émostrada na Figura 2.3. Para informações maisdetalhadas, consultar Panfleto 17 do Chlorine Institute.As roscas na saída da válvula não são roscas padrão detubulações, mas são roscas retas especiais (designadascomo 1,030 polegadas – 14NGO-RH-EXT). Ver Seção2.8.5 para detalhes sobre as conexões recomendadas.

As válvulas dos cilindros pequenos são equipadascom um dispositivo de alívio de pressão de metal fusívelou, como é mais geralmente conhecido, um bujãofusível. Ver Seção 2.3.1

2.2.2 Cilindros Grandes

Cada cilindro grande é equipado com duas válvulas

Figura 2.1 Cilindro Pequeno

Figura 2.2 Cilindro Grande

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idênticas instaladas próximas ao centro de uma dasextremidades. Estas válvulas são padrão para cilindrosgrandes (Figura 2.4). Elas são diferentes das válvulasde cilindro pequeno porque não têm bujões fusíveis egeralmente têm uma passagem internamais larga. Para informações maisdetalhadas, consultar Panfleto 17 doChlorine Institute. Cada válvula conecta-se a um tubo pescante interno (Figura2.2).

2.3 Dispositivos de Alívio de Pressão

2.3.1 Cilindros Pequenos

As válvulas dos cilindros pequenossão equipadas com um dispositivo demetal fusível conhecido por bujãofusível. A maioria das válvulas tem obujão rosqueado no próprio corpo daválvula. O metal fusível fica dentro dobujão, em um orifício vazado, quepenetra no corpo da válvula, sob oassento da mesma. (Algumas têm ometal fusível fundido diretamentedentro de um orifício rosqueado nocorpo da válvula). O metal fusível éprojetado para fundir na faixa detemperatura entre 70° e 74° C visandoaliviar a pressão interna do cilindro, eassim, evitar a ruptura do mesmo seexposto ao fogo ou altas temperaturas.O dispositivo de alivio de pressão éativado apenas nos casos de altastemperaturas.

2.3.2 Cilindros Grandes

Todos os cilindros grandes sãoequipados com dispositivos de alívio depressão em metal fusível, conhecidos porbujões fusíveis (Figura 2.5). São seisbujões de metal fusível, três em cadaextremidade, posicionados a 120 grausum do outro. Do mesmo modo que oscilindros pequenos, o metal fusível éprojetado para fundir na faixa detemperatura entre 70° e 74° C visandoaliviar a pressão interna do cilindro, eassim, evitar a ruptura do mesmo seexposto ao fogo ou altas temperaturas.O dispositivo de alívio de pressão éativado apenas nos casos de altastemperaturas.

2.4 Expedição dos Cilindros

2.4.1 Cilindros Pequenos

Os cilindros pequenos podem ser transportados porrodovias, ferrovias ou por vias marítimas ou fluviais.No Brasil predomina o transporte rodoviário. Aexpedição rodoviária pode se dar em lotes de carga total

ou parcial do caminhão. É necessárioque haja sistemas de fixação adequados,para evitar que os cilindros sedesloquem durante o transporte. Parainformações detalhadas recomenda-seconsultar o fornecedor de cloro.

2.4.2 Cilindros Grandes

A maioria dos cilindros grandes éexpedida por rodovia. Tais caminhõesdevem ter dispositivos adequados defixação para evitar que os cilindros sedesloquem durante o transporte. Oscaminhões são algumas vezes equipadoscom sistema de guincho para facilitar ocarregamento e o descarregamento.

2.5 Rotulagem e Emplacamento deCilindros

Durante o transporte, os cilindrosdevem estar adequadamente rotuladose o veículo provido de placas desinalização, conforme requerido pelalegislação vigente.

2.6 Manuseio de Cilindros

2.6.1 Geral

Os cilindros de cloro devem sermanuseados com cuidado. Durante amovimentação e a armazenagem, oscapacetes protetores das válvulas devemser utilizados. Os cilindros não devemsofrer quedas ou choques mecânicos. Éconveniente carregar e descarregar oscilindros em/de um caminhão para umlocal com piso no mesmo nível dacarroceria. Se tal local não existir, podeser usado um guincho hidráulico natraseira do veículo. Os cilindros devemestar bem fixados para se evitar querolem.

2.6.2 Cilindros Pequenos

Os cilindros podem ser deslocados,usando-se um carrinho de mão que deve ter um umacorrente, a dois terços da altura do cilindro, para segurá-lo no lugar. Se os cilindros precisarem ser içados, umberço ou suporte, especialmente desenhados, podem serutilizados. Não se deve içá-los por alças no estilo “tipóia”

Figura 2.3 Válvula Padrão deCilindro Pequeno

Figura 2.4 Válvula Padrão deCilindro Grande

Figura 2.5 Bujão Fusível deCilindro Grande

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ou usar dispositivos magnéticos. Os cilindros não devemser elevados pelos capacetes de proteção das válvulaspois a rosca, onde eles estão fixados, não foram projetadaspara suportar o peso do cilindro.

2.6.3. Cilindros Grandes

Os cilindros grandes são geralmente movimentadosusando-se uma talha provida de cabos de açoindependentes ou barras elevatórias (Figura 2.6). Elespodem ser rolados em trilhos ou em esteiras rolantesprojetadas para este propósito.

Se uma empilhadeira for utilizada, o cilindro deveser preso adequadamente para evitar-se que ele caia,especialmente quando a empilhadeira mudar dedireção. A empilhadeira deve ter capacidade de cargaadequada.

2.7 Armazenamento de Cilindros

Os cilindros podem ser armazenados em áreasfechadas ou abertas. Se forem armazenados em áreasfechadas, deve-se seguir as recomendações que constamnos itens 7.1 e 7.2. deste manual. Se forem estocados emambiente externo, a área de armazenamento deve serlimpa, de modo que lixo acumulado ou outros materiaisinflamáveis não apresentem risco de incêndio. Oscilindros não devem ser estocados perto de elevadoresou sistemas de ventilação pois, em caso de vazamento,o cloro pode se alastrar rapidamente.

Todos os cilindros devem ser estocados de forma aminimizar a corrosão externa. Recomenda-se aestocagem em áreas cobertas. Se houver possibilidadede formação de poças de água por baixo dos cilindros,plataformas ou suportes adequados devem serprovidenciados.

Deve-se estabelecer rotinas de inspeção para todosos cilindros. Eles não devem ser estocados onde objetospesados possam cair sobre eles ou onde veículos possamatingi-los.

Como o cloro é mais pesado que o ar, áreassubterrâneas de armazenagem devem ser evitadas. Oacesso de pessoal não-autorizado, à área dearmazenamento, deve ser controlado.

Os cilindros não devem ser expostos à chama,irradiações de calor ou linhas de vapor. Se o calor nasproximidades dos bujões fusíveis alcançaraproximadamente 70°C, o metal fusível derreterá ecloro será liberado.

Os cilindros cheios e os vazios devem serarmazenados separadamente. Mesmo que um cilindroesteja vazio, a tampa da válvula e o capacete de proteçãodevem estar instalados.

Os cilindros pequenos devem ser armazenados emposição vertical. Eles devem estar adequadamentepresos para evitar-se que tombem.

Os cilindros grandes devem ser armazenadosdeitados, acima do chão, em trilhos ou suportes quepermitam a rolagem manual do mesmo (ex.: berços comroletes)

Os cilindros de cloro devem estar separados demateriais inflamáveis e oxidantes, e de produtos como

Tabela 2.1 Dimensões e Pesos de Cilindros

Capacidade lb lbkg kg Polegadas mm Polegadas mm

Altura ou Comprimento

100150

2000

4568

907

63-11585-140

1300-1650

29-5239-64

590-748

8.25-10.7510.25-10.75

30

210-273260-273

762

39.5-5953.0-56

79.75-82.5

1003-14991346-14222026-2096

Fig. 2.6 Exemplo de Barra Elevatória paraMovimentação de Cilindros Grandes

Tara Diâmetro Exterior

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amônia, hidrocarbonetos e outros materiais que reagemcom o cloro. É importante que haja um acesso fácil, aoscilindros, na eventualidade de um vazamento.

2.8 Uso dos Cilindros

2.8.1 Geral

Antes de conectar ou desconectar um cilindro, ooperador deve assegurar-se de que todo o equipamentode segurança e emergência esteja disponível eoperacional. Cilindros e válvulas não devem sermodificados, alterados ou reparados por pessoal nãoqualificado.

2.8.2 Descarga de Gás

Os cilindros pequenos são usados na posição verticale fornecem cloro na forma gasosa. Os cilindros grandesutilizados em posição horizontal, com as válvulasalinhadas na vertical (Figura 2.2) fornecem gás pelaválvula superior e líquido pela válvula inferior.

A vazão de cloro gás de um cilindro depende dapressão interna que, por sua vez, depende da temperaturado cloro líquido. Para retirar-se gás, o cloro líquido devevaporizar-se. A não ser que haja calor externo suficiente,a temperatura do cloro será reduzida à medida em que olíquido evapora, conseqüentemente, a pressão no cilindrodiminuirá. Para um baixo consumo de cloro, o ar doambiente pode prover calor suficiente para que a pressãono cilindro permaneça adequada para manter uma vazãoconstante. Para um alto consumo, a temperatura e apressão dentro do cilindro poderão cair por causa doefeito de resfriamento resultante da vaporização. Àmedida em que isto acontece, o taxa de vazão irá diminuirgradativamente, e poderá até parar, dando uma falsaimpressão de o cilindro estar vazio.

Em locais onde a umidade do ar é elevada, acondensação desta umidade se formará na parte externado cilindro. Em ritmos excessivos de retirada, o clorolíquido será resfriado a tal ponto que poderá haverformação de gelo na parte externa do cilindro. O efeitoisolante do gelo causará ainda uma queda adicional davazão de descarga. A vazão de descarga irá diminuir àmedida em que o cilindro se esvazie, porque haverá,progressivamente, menos área da parede interna docilindro em contato com o restante do cloro líquido. Asvazões de descarga podem ser aumentadas fazendo-secircular o ar ambiente, em torno do cilindro, com umventilador.

Nota: Nunca aqueça um cilindro em um banho de água,nem aplique vapor diretamente ou use cintas deaquecimento.

As vazões de descarga de cloro gás variam de maneirasignificativa conforme a temperatura ambiente, a

umidade e a circulação do ar, assim como as variaçõesque ocorrem no sistema de tubulações e em outrosequipamentos conectados ao cilindro. A vazão contínuamáxima de cloro gás que se pode retirar de um cilindropequeno é de cerca de 1 a 1,5 lb/dia/° F. Este valor éválido para temperatura ambiente de pelo menos 15°Ccom circulação de ar natural. Na prática, a 20º C, a vazãoestaria entre 1,3 kg/h e 1,9 kg/h. A vazão contínuamáxima de cloro gás, para um cilindro grande nasmesmas condições, seria de 6-8 lb/dia/ ° F. Ou seja, a 20ºC, a vazão estaria entre 7,7 kg/h e 10,2 kg/h.

Se a vazão de descarga de gás de um único cilindronão atender às necessidades, dois ou mais cilindrospodem ser utilizados conjuntamente em um “manifold”.Outra alternativa seria usar o cloro na forma líquida,passando-o por um evaporador. Ver Item 2.8.3

Quando se descarrega cloro gás por meio de um“manifold”, todos os cilindros devem estar à mesmatemperatura para evitar a transferência de gás de umcilindro mais quente, para um cilindro mais frio.

2.8.3 Descarga de Líquido

Para usos especiais, os cilindros pequenos podemser invertidos para fornecer cloro líquido. Em tais casos,devem-se usar dispositivos de fixação apropriados.

O cloro líquido é obtido pela válvula inferior doreservatório, quando alinhadas na posição vertical aosolo. Neste caso pode-se obter altas vazões de descarga.A vazão depende da temperatura do cloro no cilindro eda contrapressão nas tubulações. A vazão contínua dedescarga de cloro líquido de um cilindro grande, sobcondições normais de temperatura e contrapressão de2,5 kgf/cm2 (241 kPag), é de pelo menos 181 kg/h.

Quando se usar mais de um cilindro grande em um“manifold”, a pressão deve ser equalizada, para impedirque cloro líquido seja transferido de um cilindro com maispressão para outro com menos pressão. O Desenho 183do Chlorine Institute mostra um sistema para equalizara pressão, através das válvulas de gás . Estas válvulassão conectadas em um mesmo “manifold”. O fato de oscilindros estarem em uma mesma área não garante queeles estejam com a mesma pressão. Deve-se estabelecerprocedimentos para evacuar o cloro líquido contido nastubulações para que o produto não fique preso no sistema.

2.8.4 Pesagem

Como o cloro é comercializado como um gás liqüefeitocomprimido, a pressão em um cilindro depende datemperatura do cloro (Figura 8.1). A pressão não estárelacionada com a quantidade de cloro presente norecipiente. O conteúdo do cilindro só pode serdeterminado com precisão, através de pesagem.

2.8.5 Conexões

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Uma conexão flexível deve ser usada para fazer aligação entre o cilindro e a tubulação. Recomenda-se ouso de flexíveis de cobre recozido com diâmetros de 1/4de polegada ou 3/8 de polegada. Mangueiras metálicasflexíveis ou mangueiras de plásticos fluorados,conforme descritos no Panfleto 6 do Chlorine Institutetambém são aceitáveis.

Se um sistema precisar permanecer em operaçãoenquanto os cilindros estiverem sendo conectados oudesconectados, válvulas auxiliares semelhantes às docilindro podem ser usadas na linha para isolar o sistema.Estas válvulas devem ser instaladas na extremidade doflexível que é conectada ao cilindro para minimizar oescape de gás e a penetração da umidade atmosférica.As conexões flexíveis devem ser inspecionadasregularmente. Elas devem ser substituídas sempre quehouver qualquer sinal de desgaste.

Para conectar o flexível na tubulação, este mesmotipo de válvula também pode ser usado.

A Conexão CGA 820, composta de “sargento” ou“yoke” e adaptador, é a conexão recomendada peloChlorine Institute para a saída da válvula do cilindro(Figura 2.7). Faz parte da conexão uma junta (gaxeta)plana, normalmente feita de chumbo, com 2 a 3 % deantimônio que é usada entre o adaptador e a face daválvula. A junta deve ser trocada a cada nova conexão.

2.8.6 Abertura de Válvulas

A válvula de cilindro é aberta girando-se a hasteda válvula no sentido anti-horário. Com uma voltacompleta da haste, a válvula está totalmente aberta. Nãohá necessidade de se dar outras voltas na haste. Sãorecomendadas chaves quadradas específicas de 3/8 ”e

Fig. 2.7 Conexão tipo “Sargento ou Yoke” e Adaptador

comprimento não superior a 20 cm (8 “).Nunca use barras extensoras na chave. A válvula

pode ser aberta batendo-se na extremidade da chavecom a palma da mão. Se isto não funcionar, o fornecedorde cloro deve ser contatado para prestar assistência.Após abertura da válvula, a chave deve ficarposicionada na válvula, para que ela possa ser fechadarapidamente, se necessário.

Uma vez realizadas as conexões, abra um pouco aválvula do cilindro e pressurize o sistema com umapequena quantidade de cloro, fechando a válvula emseguida. Teste o sistema quanto a vazamentos usandovapor de uma solução de hidróxido de amônio a 26°Baumé. Ver Item 4.4.2. Se houver vazamento, ele deveser sanado antes de continuar a descarga. Se depois doteste não houver vazamentos, abra a válvula e inicie oconsumo.

2.8.7 Desconexão de Cilindros

A válvula deve ser fechada assim que o cilindroestiver vazio. Antes de desconectar, é importanteremover o cloro que permanece na conexão flexível. Istopode ser feito de duas formas: purgando a linha com arseco ou com nitrogênio (ponto de orvalho de 40 °Cnegativos ou mais baixo); ou aplicando-se vácuo. Sehouver cloro residual nas linhas, o cilindro deve serdesconectado com cautela.

Após a desconexão, a tampa da válvula deve sercolocada, assim como o capacete de proteção dasválvulas. A extremidade aberta do flexível desconectadodeve ser fechada imediatamente para evitar a entradada umidade do ar, no sistema.

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3. TRANSPORTE A GRANEL

3.1 Geral

Cloro a granel pode ser transportado em caminhõestanque, vagões ferroviários, ou em barcaças providas detanques. No Brasil, utilizam-se principalmentecaminhões tanque com capacidade entre 16 e 21toneladas. O cloro também pode ser comercializado agranel através de tubulações (“pipelines”).

3.2 Caminhões Tanque

3.2.1 Geral

As informações seguintes são informações geraissobre caminhões tanque de cloro. Para informações maisdetalhadas, consultar Panfleto 49 do Chlorine Institute.No Brasil, eles geralmente têm capacidade entre 16 e 21toneladas (Figura 3.1). As especificações do DOT aplicam-se unicamente ao tanque; obedecendo a especificaçãoMC331 incluindo-se as exigências especiais para o cloro.

3.2.2 Especificações

3.2.3.1 Geral

Existem cinco válvulas montadas sobre a boca devisita, dentro do domo de proteção (Figura 3.2). Quatrodestas válvulas são angulares e a quinta, localizada nocentro, é um dispositivo de alívio de pressão – válvula desegurança - projetado para auxiliar em casos de pressãoexcessiva no interior do tanque.

Na parte interna do tanque, conectadas a cada umadas válvulas angulares, existem quatro válvulas deexcesso de vazão.

3.2.3.2 Válvulas Angulares

A válvula angular, operada manualmente, seguepadrões definidos pelo Chlorine Institute, Panfleto 166(Figura 3.3). Construída em corpo de aço forjado, comhaste e sede de Monel . O dispositivo de saída é umarosca fêmea cônica de uma polegada, padrão ANSI,provida de um plugue.

As duas válvulas angulares posicionadas nosentido longitudinal do caminhão tanque sãodestinadas à descarga de cloro líquido e são conectadasa tubos pescantes. As outras duas válvulas angulares,localizadas no sentido transversal, estão em contato como espaço de cloro gás do tanque.

3.2.3.3 Válvulas de Excesso de Vazão

Sob cada válvula angular de cloro líquido há umaválvula de excesso de vazão com uma capacidadeoperacional máxima, de 3.200 Kg/hora (Figura 3.4). Hátubos pescantes conectados às duas válvulas de excessode vazão de cloro líquido.

Figura 3.3 Válvula Angular Padrão

Figura 3.2 Boca deVisita e Arranjo das

Válvulas

Figura 3.1 Caminhão Tanque de Cloro

Os caminhões tanque devem ser equipados com umdispositivo para alívio da pressão. Eles são equipadoscom quatro(4) válvulas angulares manuais. Duas destasválvulas são conectadas a tubos pescantes e sãodestinadas à descarga de cloro líquido. Todas as quatroválvulas angulares sãoequipadas com válvulas deexcesso de vazão.

Os caminhões tanquepossuem isolamento térmico.Esse isolamento impede oaumento da pressão interna,em climas quentes, e ajuda amanter a pressão necessáriapara descarregar o produto,em climas frios.

O padrão atual é de duaspolegadas de fibra de vidrocolocadas sobre duaspolegadas de fibra cerâmica.Caminhões mais antigos sãoequipados com quatropolegadas de espuma depoliuretano.

3.2.3 Arranjo da Boca deVisita

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A válvula de excessode vazão consiste de umaesfera ascendente quefecha quando o taxa devazão excede um valorpré-determinado. Ela nãoatua em resposta àpressão interna dotanque. Ela é projetadapara interromperautomaticamente o fluxodo cloro líquido se aválvula angular forquebrada em trânsito. Elatambém pode atuar, seum grande vazamentoocorrer em função dorompimento da conexãode descarga. Entretantoela não foi projetada para

atuar como um dispositivo emergencial de fechamento,durante as operações de transferência.

Sob cada válvula angular de cloro gás, também háuma válvula de excesso de vazão, cujo projeto é diferente.Estas válvulas têm uma cesta removível de forma que aesfera possa ser retirada e o interior do tanque,inspecionado.

3.2.3.4 Tubos Pescantes

O cloro líquido é retirado através de tubos pescantesde 1 ¼ de polegada (Figura 3.2). Os tubos pescantes sãoconectados às válvulas de excesso de vazão. Pode-seutilizar um ou os dois tubos para descarregar o clorolíquido.

3.2.3.5 Válvula de Segurança (Dispositivo de Alívio dePressão)

No centro da boca de visita há um dispositivo de

alívio de pressão, conhecido também por válvula desegurança (Figura 3.5). O dispositivo é do tipo molacarregada e está armado para disparar e iniciar umadescarga à pressão de 15,8 kgf/cm2 (225 psig ou 1551kPag).

3.2.4 Operações de Transferência

3.2.4.1 Precauções

• Durante operações de carga e descarga, o motor docaminhão deve ser desligado, freios de mão devemestar acionados e as rodas devem estar calçadas.

• Os caminhões tanque devem ser monitoradosdurante a transferência.

• O caminhão tanque não deve ser movimentadoenquanto as conexões de carga e descarga estiveremconectadas ao veículo.

• Em todo local onde haja manuseio de cloro devehaver um Plano de Emergência, por escrito, comatenção especial aos procedimentos de emergência eaos equipamentos a serem usados em uma eventualemergência.

• Todo o pessoal responsável pelas operações detransferência deve estar ciente do plano deemergência para poder lidar com eventuaisvazamentos de cloro.

• As operações de transferência de cloro devem serrealizadas somente por pessoal treinado.

• Nas operações de transferência de cloro recomenda-se a instalação de sistemas de fechamento deemergência visando reduzir a possibilidade degrandes vazamentos. Ver Panfleto 57 do ChlorineInstitute .

• Recomenda-se que caminhões tanque de cloro sejamcarregados sobre balanças.

• As áreas de carga e descarga devem seradequadamente iluminadas durante as operaçõesde transferência.

• A área de operações de carga e descarga devem sersinalizadas.

• Antes que as válvulas sejam abertas, as conexõesde carga e descarga devem ser testadas quanto avazamentos. Ver Seção 4.4.2

• As áreas de transferência devem ser verificadas paraassegurar-se de que todos os equipamentos desegurança (por exemplo, dispositivo de respiraçãoautônoma, kits de emergência, chuveiro deemergência e lava-olhos) estejam em condições deuso.

• Uma plataforma de acesso adequada deve serprovidenciada, de forma a permitir acesso,em nível,à boca de visita. A plataforma permite facilidadena conexão das linhas, na operação das válvulas epara uma evacuação rápida, se houver necessidade.

3.2.4.2 Conexões

As operações de carga e descarga devem serrealizadas através de uma conexão flexível adequada,para permitir a movimentação do caminhão tanque sobreFigura 3.5 Válvula de Segurança Padrão

Figura 3.4 Válvula de Excessode Vazão

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sua suspensão. As especificações recomendadas para asconexões flexíveis de transferência de cloro, e outrasinformações detalhadas, constam no Panfleto 6 doChlorine Institute.

Os bocais usados para conexão do flexível à válvulaangular do caminhão tanque devem ter roscas limpas eem bom estado. Um lubrificante não-reagente com clorodeve ser usado para evitar o desgaste das roscas. Ele deveser aplicado de modo a evitar sua introdução no interiorda tubulação. Após as conexões estarem devidamenteapertadas, o sistema deve ser pressurizado com umapequena quantidade de cloro através de uma leveabertura da válvula angular de líquido, por um ou doissegundos. A seguir, as conexões devem ser testadasquanto a vazamentos. Ver Seção 4.4.2

Durante o descarregamento, se a válvula angular decloro líquido for aberta muito rapidamente, ou caso seopere a uma vazão muito alta, a válvula de excesso devazão será acionada e o descarregamento seráinterrompido. Se esta situação ocorrer, a válvula angulardeverá ser fechada até que a esfera de metal, da válvulade excesso de vazão, caia de volta ao seu lugar de origem.Um clique será ouvido quando a esfera cair.

Se esta ação não tiver sucesso, pode-se usar ummartelo para dar algumas pancadas na base da boca devisita.

Observação: A válvula nunca deve ser golpeadadiretamente.

Se mesmo assim, a esfera da válvula de excesso devazão não retornar, pode-se aplicar nitrogênio, à partirde um cilindro, ou ar seco para empurrar a esfera. Apressão de projeto da tubulação não deve ser excedida.As válvulas angulares não devem ser usadas paracontrolar a vazão do cloro e, quando em uso, devem sermantidas completamente abertas.

3.2.4.3 Pressurização

O cloro líquido, geralmente, é descarregado atravésda própria pressão interna do caminhão tanque. Apressão de vapor do cloro pode ser aumentada atravésde uma pressurização com ar seco ou gás não-reagentecom cloro, como por exemplo, o nitrogênio. É essencialque o ar utilizado para a pressurização esteja isento deóleo e outros materiais estranhos, e que seja secado aoponto de orvalho de 40º C negativos (-40º C), ou abaixo.

O ar para para pressurização deve ser fornecido porum compressor exclusivo para esta finalidade. Paraminimizar o risco potencial de uma reação de cloro comóleo, deve-se utilizar um compressor não-lubrificado ouum compressor lubrificado com um óleo sintético, não-reagente com cloro. Caso seja usado um compressorlubrificado, é necessária a instalação de filtros, após ossecadores, para assegurar ar seco livre de óleo.

O sistema de pressurização de ar deve ser projetadode modo a evitar retorno de cloro proveniente docaminhão tanque. A falta deste tipo de dispositivo deproteção , em um compressor lubrificado com óleo, pode

resultar em uma reação violenta do cloro com o óleo.Apenas uma válvula de retenção não é suficiente paraimpedir o retorno de cloro. Ver Panfleto 6 do ChlorineInstitute.

3.2.4.4 Monitoramento

Durante o período em que o caminhão tanquepermanecer conectado, recomenda-se que a operação decarga ou descarga, seja monitorada quanto a vazamentos.

3.2.4.5 Desconexão

Geralmente, uma queda de pressão acentuada indicaque o caminhão tanque está vazio. É recomendável quese descarregue o máximo possível, de cloro residual, parao processo. As linhas de cloro devem ser purgadas comar seco, ou gás não-reagente, para um sistema deneutralização ou absorvidas por um sistema de vácuo,antes da desconexão.

Após as linhas de transferência terem sidodesconectadas, os plugues de saída das válvulas devemser recolocados e apertados imediatamente. Esta medidaé essencial para evitar a corrosão das roscas pela ação daumidade atmosférica. A tampa do domo de proteção podeser fechada após verificação de vazamentos nas válvulasdo caminhão tanque. As extremidades livres das linhasde transferência de cloro também devem ser protegidasda umidade atmosférica utilizando-se flanges cegos, ououtro tipo de proteção.

3.2.4.6 Equipamentos de Emergência

No veículo de transporte deve haver um equipamentode proteção respiratória aprovado e também o kit deemergência tipo “C”. Este kit é um conjunto de peças eferramentas destinados a sanar vazamentos nas válvulasdo caminhão tanque.

Recomenda-se também que o veículo de transportetenha equipamento de comunicação: rádio transmissorou telefone celular.

3.3 Vagões Tanque

Praticamente não são usados no Brasil. Informaçõesmais detalhadas podem ser obtidas no Panfleto 66 doChlorine Institute.

3.4 Tanques Portáteis

Tanques adequados para transporte múltiplo decloro (rodovia, ferrovia e água) devem ser construídossob as determinações do DOT 51 e determinaçõesespeciais para cloro. Informações mais detalhadaspodem ser obtidas no Panfleto 49 do Chlorine Institute.

3.5 Barcaças

Não são usadas no Brasil. Informações maisdetalhadas podem ser obtidas no Panfleto 79 do ChlorineInstitute.

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4. MEDIDAS DE EMERGÊNCIA

4.1 Geral

Uma emergência com cloro pode ocorrer durante afabricação, o uso ou o transporte do produto. Asempresas que manuseiam cloro devem ter um plano deemergência por escrito, e funcionários treinados para oatendimento emergencial . Sobre plano de emergência,recomenda-se consultar o Panfleto 64 do ChlorineInstitute. Legislações e regulamentos federais, estaduaise municipais devem ser seguidos.Todas as pessoas quemanuseiam cloro (ou que sejam responsáveis por quemmanuseia) devem estar familiarizadas com o conteúdodessas diversas regulamentações.

Este item visa fornecer informações úteis paraatendimento de emergências com cloro.

4.2 Atendimento a Vazamentos de Cloro

Se houver qualquer indicação de vazamento decloro, devem-se tomar ações imediatas para resolver oproblema.

Os vazamentos de cloro tendem a piorar se nãoforem combatidos imediatamente. Quando umvazamento de cloro ocorrer, o pessoal autorizado,treinado e equipado com os devidos sistemas deproteção respiratória e demais Equipamentos deProteção Individual (EPIs) deve investigar a ocorrênciae tomar as medidas apropriadas. O pessoal deatendimento não deve entrar em ambientes quecontenham concentrações de cloro acima de 10 ppm,sem os devidos equipamentos de proteção pessoal e comgrupo de apoio na retaguarda.

O Panfleto 65 do Chlorine Institute conteminformações sobre Equipamentos de ProteçãoIndividual (EPIs) para atendimento de vazamentos decloro. O pessoal não envolvido no atendimento deveser mantido afastado e a área de risco deve ser isolada.As pessoas afetadas pelo vazamento de cloro, sepossível, devem ser retiradas do local,

Recomenda-se a instalação de detectores de cloro eindicadores de direção de vento. Estes dispositivos sãoimportantes no sentido de fornecer informaçõesimediatas que ajudariam a determinar se os funcionáriosdevem ser evacuados ou abrigados no local, e tambémsobre rotas de fuga adequadas.

Em caso de evacuação, as pessoas potencialmenteexpostas devem se mover no sentido contrário ao dovento para um ponto anterior à posição do vazamento.Locais mais elevados são preferíveis uma vez que o cloroé mais pesado que o ar. Para evacuar a área em umperíodo mais curto de tempo, as pessoas devem mover-se no sentido transversal ao do vento.

Quando as pessoas estiverem abrigadas dentro deum prédio, deve-se fechar todas as janelas, portas e

outras aberturas, e desligar o ar condicionado e sistemasde entrada de ar. Os funcionários devem ser removidospara o lado do prédio que esteja mais distante dovazamento.

Devem-se tomar cuidados para que os funcionáriosnão sejam posicionados em locais que não permitamacesso a uma rota de fuga. Uma posição segura pode setornar perigosa em função de uma mudança na direçãodo vento. Novos vazamentos podem ocorrer ou ovazamento existente pode ficar maior.

Caso seja necessário notificar-se as autoridades, asseguintes informações devem ser fornecidas:• Nome, endereço, número de telefone da empresa e

o(s) nome(s) da(s) pessoa(s) a ser(em) contatada(s)para a obtenção de outras informações.

• Descrição da emergência, informando o produtoenvolvido.

• Indicações de como chegar ao local• Tipo e tamanho do recipiente envolvido• Medidas de controle sendo aplicadas• Outras informações pertinentes, como condições do

tempo, vítimas etc.

4.3 Incêndios

Em caso de incêndio ou na iminência do mesmo,os equipamentos e recipientes de cloro devem ser, sepossível, removidos para longe do fogo. Seequipamentos ou recipientes de cloro não puderem serremovidos, eles devem ser mantidos resfriados,aplicando-se água sobre os mesmos, desde que nãoapresentem vazamentos.

Não se deve aplicar água diretamente sobre umvazamento de cloro. Cloro e água reagem formandoácidos, e o vazamento rapidamente se agravará.

Entretanto, em um local onde houver váriosrecipientes e alguns apresentarem vazamento, érecomendável usar um spray de água para evitar apressurização excessiva dos recipientes sem vazamento.Sempre que recipientes de cloro tenham sido expostosà chamas, deve-se aplicar água de resfriamento, mesmodepois do fogo ter sido apagado, até que os recipientessejam resfriados. Os recipientes expostos ao fogo devemser isolados e o fornecedor de cloro deve ser contatadoo mais rápido possível.

4.4 Vazamentos

4.4.1 Geral

Instalações de cloro devem ser projetadas eoperadas de forma a minimizar o risco de umvazamento de cloro. Entretanto, vazamentos acidentaisde cloro podem ocorrer. Os efeitos gerais de tais

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vazamentos devem ser avaliados.

4.4.2 Detecção de Vazamentos

Um frasco plástico do tipo bisnaga, contendosolução de hidróxido de amônio a 26 graus Baumé, deveser usado para detectar vazamentos. Quando o vaporde amônia é direcionado para o vazamento, uma nuvembranca se formará, indicando a fonte do vazamento. Seo frasco tiver um tubo pescante, este deve ser cortado afim de que a solução seja borrifada apenas na forma devapor, e não na forma líquida. Evite contato da soluçãode amônia com latão ou cobre. Detectores eletrônicosportáteis de cloro também podem ser usados paradetectar vazamentos. Se um vazamento ocorrer em umequipamento de processo ou na tubulação, deve-seinterromper a transferência de cloro, despressurizar osistema e realizar os reparos necessários.

Vazamentos em torno das hastes das válvulas decilindros ou caminhões tanque, geralmente , podem sersanados apertando-se a gaxeta. Se este aperto não sanaro vazamento, a válvula do recipiente deve ser fechada.Se medidas corretivas simples não forem suficientes,deve-se aplicar o Kit de Emergência apropriado paracada tipo de embalagem, e o fornecedor de cloro deveser comunicado. Ver Seção 4.8

4.4.3 Tipos de Vazamentos

Os vazamentos de cloro podem ser classificadoscomo instantâneos ou como contínuos.

4.4.3.1 Vazamento Instantâneo

Um vazamento instantâneo é caracterizado por umaemissão de cloro, para a atmosfera, num período detempo relativamente curto (alguns minutos), resultandoem uma nuvem que se desloca a favor do ventoenquanto aumenta de tamanho e diminui emconcentração. Assim, a concentração de cloromonitorada em um determinado ponto, no sentido dovento , irá variar com o tempo, dependendo da posiçãoda nuvem de cloro.

4.4.3.2 Vazamento Contínuo

Um vazamento contínuo é caracterizado poremissão de cloro, para a atmosfera, durante um períodode tempo maior (geralmente, mais de 15 minutos),resultando em uma pluma contínua que atinge um graude concentração e tamanho equilibrados. Assim, aconcentração de cloro, monitorada em um determinadoponto , no sentido do vento, será constante pelo tempoem que durar a emissão. O vazamento resultante de umafalha em uma válvula ou guarnição de um caminhãotanque, é um exemplo de emissão contínua.

4.4.4 Área Afetada

A área afetada por um vazamento de cloro e aduração da exposição dependem da quantidade totalemitida, da vazão da emissão, da altura do ponto devazamento, das condições climáticas e também da formafísica do cloro que está sendo liberado, ou seja, se oproduto vazou na forma líquida ou gasosa. Estes fatoressão difíceis de ser avaliados em uma situação deemergência. A concentração do cloro vazado, a favordo vento, pode variar de dificilmente detectável até altasconcentrações. O panfleto 74 do Chlorine Institutecontem informações sobre estimativas de área afetadapor vazamentos de cloro.

4.4.5 Forma Física do Cloro Vazado

O cloro se apresenta como gás ou como líquido,dependendo da pressão e da temperatura. Geralmente,o cloro é armazenado e transportado como um líquidosob pressão. O fato de a fonte de emissão ser líquida ougasosa afeta significativamente a dispersão do produtono sentido do vento uma vez que o cloro líquido seexpande em volume, quase 460 vezes, quando evapora.

Durante um vazamento, o cloro pode ser liberadona forma de gás, de líquido, ou ambas. Quando clorolíquido ou gasoso, sob pressão, é liberado, a temperaturae a pressão no interior do recipiente irão abaixar,reduzindo portanto, a vazão da emissão.

Um vazamento na forma líquida pode formar umapoça e pode até escorrer. O cloro imediatamente vairesfriar até seu ponto de ebulição (-34°C) ao entrar emcontato com a atmosfera. O contato com qualquer fontede calor – ar, solo ou água – fará com que o cloro evapore.Normalmente, a taxa de evaporação será relativamentealta no início e depois diminuirá, à medida em que afonte de calor em torno do cloro se resfriar.

Considerando-se que água em quantidade ofereceuma vasta fonte de calor para a evaporação do clorolíquido, qualquer cloro, ao cair na água , supostamentese evaporará. Por este motivo, deve-se evitar que a águaentre em contato com uma poça de cloro líquido. O clorotambém não deve ser direcionado para drenos de água.

4.4.6 Efeitos do Cloro no Meio Ambiente

4.4.6.1 Vegetação

O cloro gera manchas desbotadas nas folhas deplantas , devido ao ataque à clorofila das mesmas. Folhasmaduras são mais susceptíveis ao cloro. Geralmente, aplanta em si não é destruída, embora seu crescimento efrutificação possam ser retardados.

4.4.6.2 Animais

O “Registro de Efeitos Tóxicos de SubstânciasQuímicas” (1980), do “Instituto Nacional da Segurançae Saúde Ocupacional dos Estados Unidos “, apresentao seguinte dado relacionado à inalação : LC50s

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(concentração de cloro no ar , letal a 50% da populaçãodo animal em teste, com tempo de exposição acima doespecificado):

Humano 840ppm/30 minutosRato 293ppm/60 minutosCamundongo 137ppm/60 minutos

A menor concentração de cloro no ar, que já foiregistrada como tendo sido causadora de morte emhumanos ou animais, foi de 500ppm/5 minutos.

4.4.6.3 Vida Aquática

O cloro é apenas levemente solúvel na água e, emum eventual vazamento, haveria pouca absorção docloro gasoso. Muitas formas de vida aquática sãoafetadas por concentrações de cloro bem abaixo de0.1ppm.

4.5 Emergências no Transporte

Qualquer empresa que transporte cloro deveprovidenciar um número de telefone para emergências,disponível 24 horas.

Se um vazamento de cloro acontece, durante otransporte, em uma área densamente povoada, asmedidas emergenciais devem ser aplicadas o maisrapidamente possível. Se um caminhão de cilindros decloro sofrer um acidente e houver risco de incêndio, oscilindros devem ser removidos do veículo.

Se um caminhão tanque sofrer um acidente e houvervazamento de cloro, devem-se adotar procedimentosde emergência em conjunto com as autoridades locais.A liberação da via de tráfego não deve ocorrer até quesejam estabelecidas condições seguras de trabalho. VerItem 4.3 para saber o que fazer em caso de incêndio.

As seguintes ações adicionais podem ser adotadaspara conter ou reduzir vazamentos:• Se um cilindro estiver com vazamento de cloro

líquido, vire-o se possível, de maneira que ovazamento ocorra na forma de gás. A quantidadede cloro gerada por um vazamento de gás é muitomenor que a quantidade gerada por um vazamentode cloro líquido.

• Se for possível, reduza a pressão dentro dorecipiente, através da remoção de cloro gás para oprocesso ou para um sistema de neutralização.

• O ideal seria remover o cilindro ou caminhão tanquepara um local isolado, onde as conseqüências seriamreduzidas.

• Aplique o Kit de Emergência apropriado ao tipo deembalagem. Ver Item 4.8.Um recipiente de cloro vazando não deve ser imerso

ou jogado na água; o vazamento se agravará e o mesmopoderá flutuar quando ainda estiver parcialmente cheiode cloro líquido, permitindo a evolução de gás nasuperfície.

Não é recomendada a expedição normal de umrecipiente de cloro , com vazamento , ou que tenha sidoexposto a fogo, esteja ele parcial ou totalmentecarregado. Nos casos em que for necessário despacharum recipiente com problemas, o fornecedor de clorodeve ser consultado previamente.

4.6 Direcionamento do Cloro em Emergências

Se ocorrer um vazamento no local de consumo, amelhor ação é direcionar o cloro para o processo normalde uso do produto. Se necessário pode se instalar umatubulação temporária para este fim. Se o processo deconsumo não puder usar cloro sob condições deemergência, deve ser estudado um sistema de absorçãoalcalina. Deve-se ressaltar que sistemas que consumamcloro líquido em baixas vazões não são suficientes parareduzir significativamente a pressão do recipiente.

Para reduzir a pressão no recipiente que estásuprindo cloro, este deve ser retirado na forma de gásem uma vazão suficientemente alta para causar oresfriamento do líquido remanescente. Ver Seção 2.8.2.

4.7 Sistemas de Absorção

Um sistema de absorção simples consiste de umtanque adequado capaz de estocar a solução alcalinanecessária. O álcali a ser usado deve ser armazenadode forma que uma solução possa ser prontamentepreparada quando necessária. Após a solução ter sidopreparada, o cloro pode ser transferido do recipiente,para dentro da solução, através de uma conexão compeso suficiente para manter a saída do mangote ouflexível de transferência, abaixo do nível da solução. Nãoimergir o recipiente. Ver Tabelas 4.1 para dados sobre asolução recomendada (as quantidades recomendadasde álcali contém 20 % em excesso).

Observação: Quando cloro é absorvido em soluçõesalcalinas, o calor gerado pela reação é substancial.Soluções alcalinas podem causar queimaduras naspessoas.

O processo de absorção deve ser monitorado paraassegurar o controle da neutralização e do calor gerado.Não deixe a solução ferver e nem exceda a capacidadede reação.

4.8 Kits de Emergência e Recipientes de Recuperação

Os Kits de Emergência são projetados para conter amaioria dos vazamentos que possam ocorrer nosrecipientes usados para expedir cloro. Os seguintes kits(Figura 4.1) estão disponíveis.

� Kit A – para cilindros pequenos� Kit B – para cilindros grandes� Kit C – para caminhões tanque

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Estes kits operam sob o princípio de contervazamentos em válvulas através da aplicação decápsulas - também conhecidas por “capacetes” ou“copos” - sobre estas válvulas. A vedação é feita comjuntas de borracha. Para cilindros grandes e pequenos,existe ainda um dispositivo para selar pequenos furosnas paredes externas. Para os cilindros grandes hátambém dispositivos de encapsulamento para os bujõesfusíveis.

Para a aplicação dos kits existem instruçõesdetalhadas sobre o uso dos dispositivos. Nos kits estãoinclusas as ferramentas necessárias para a aplicação masos equipamentos de proteção pessoal não estão inclusos.

Normalmente, os consumidores de cloroincorporam os procedimentos para o uso destes kits emseus planos de atendimento de emergências.

Nos Estados Unidos há disponibilidade doschamados “Vasos de Recuperação para Cilindros”. Estesrecipientes estão projetados para conter um cilindro

kg (líquido)Na2CO3 100 %

kgÁgualitros

Tabela 4.1Soluções Alcalinas Recomendadas para Absorção

UNIDADES MÉTRICAS

Capacidadedo Recipientede Cloro

Solução deHidróxido de Sódio20 % em peso

Solução deCarbonato de Sódio10 % em peso

Água litros

NaOH 100% kg

68907

921230

246370

4920

163244

3260

14702200

29350

inteiro. O cilindro que apresenta vazamento pode sercolocado dentro do vaso de recuperação que é entãofechado, contendo assim o vazamento. O cloro pode serutilizado à partir do recipiente de recuperação.

É da responsabilidade dos usuários fornecer asinstruções para o uso dos kits e dos recipientes derecuperação, e mantê-los em condições de uso. Ofornecedor de cloro pode oferecer orientação sobre estesassuntos.

Nos locais de uso e de armazenagem de cloro, oskits de emergência devem estar disponíveis e guardadosjunto aos cilindros. Pessoas treinadas na sua aplicaçãotambém são imprescindíveis.

4.9 Reporte de Acidentes

Produtores, transportadores e usuários de clorodevem reportar os vazamentos ocorridos ao seufornecedor de cloro visando uma avaliação do caso paraevitar futuras ocorrências.

Figura 4.1 Kit de Emergência Tipo A para Cilindros Pequenos de Cloro

45,4 61,5

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5. SEGURANÇA E TREINAMENTO DE FUNCIONÁRIOS

5.1 Treinamento de Funcionários

A segurança no manuseio de cloro depende, emgrande parte, da eficiência do treinamento dosfuncionários, de instruções de segurança adequadase do emprego de equipamento apropriado. É daresponsabilidade do empregador treinar seusempregados e documentar esse treinamento,conforme exigido pela regulamentação pertinente. Éda responsabilidade do funcionário, a execução dosprocedimentos operacionais de maneira segura, e autilização correta do equipamento de segurançafornecido.

O treinamento de funcionários deve incluir:• Instrução e cursos de atualização periódicos para

as operações das instalações de cloro e para omanuseio de recipientes de cloro.

• Instruções sobre propriedades e efeitosfisiológicos do cloro. Estas informações constamna Ficha de Informações de Segurança deProdutos Químicos (FISPQ) que deve serdisponibilizada pelo fornecedor de cloro

• Instruções de como relatar às entidadescompetentes, os vazamentos de cloro.

• Instruções e treinamentos periódicos referentes a:

- Localização, serventia, e utilização deequipamento de emergência para o cloro,equipamento contra incêndio, alarmes edispositivos de interrupção defornecimento como válvulas, porexemplo.

- Uso de kits de emergência O treinamentodeve incluir a aplicação prática dos kitsnos recipientes.

- Localização, serventia e utilização dosEquipamentos de Proteção Individuais(EPIs).

- Localização, serventia e utilização dechuveiros de emergência, lava-olhos .

- Localização, serventia e utilização deequipamento para primeiros-socorros.

5.2 Equipamento de Proteção Individual (EPI)

5.2.1 Disponibilidade e Uso

A exposição ao cloro pode ocorrer sempre quehouver vazamento, no seu manuseio ou na suautilização. O Equipamento de Proteção Individual(EPI) para uso em emergências deve estar disponívelem áreas afastadas de prováveis contaminações. Se ocloro for usado em locais distintos e distantes entre si,o EPI deve estar disponível perto de cada local de uso.O Panfleto 65 do Chlorine Institute contem maisinformações sobre o assunto.

5.2.2 Equipamento de Proteção Respiratória

É recomendável que todo pessoal, que entre emáreas onde o cloro esteja estocado ou seja manuseado,tenha máscaras de fuga disponíveis. O equipamentode proteção respiratória deve ser escolhido com basena avaliação dos riscos e no potencial de exposição.Por exemplo, quando caminhões tanques ou cilindrossão conectados ou desconectados ao processo, podemocorrer pequenos vazamentos de cloro, o que exige ouso de proteção respiratória.

Máscaras de fuga e máscaras faciais (panorâmicas)com filtro oferecem proteção temporária adequada,desde que a quantidade de oxigênio presente naatmosfera seja superior a 19,5% e que a concentraçãode cloro não exceda a capacidade certificada do filtro.A necessidade de proteção dos olhos contra o clorodeve fazer parte da avaliação da adequação doequipamento de respiração. O equipamentoautônomo de proteção respiratória, com coberturatotal para o rosto, é necessário principalmente para oatendimento de vazamentos.

Os equipamentos autônomos de proteçãorespiratória devem estar localizados nas proximidadesdo armazenamento de cloro e das áreas de uso,prontamente acessíveis ao pessoal treinado paraatendimento de emergências. Treinamentos regularese documentados são fundamentais para se assegurara correta utilização do equipamento autônomo derespiração.

São necessários testes de utilização e programasregulares de manutenção para os equipamentos deproteção respiratória.

5.2.3 Outros Equipamentos de Proteção Individuais

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Dependendo dos riscos e da rotina de cadaempresa consumidora pode ser necessária a utilizaçãode proteção para olhos e cabeça, assim como calçaslongas, camisas e sapatos de segurança.

5.3 Entrada em Espaços Confinados

Os procedimentos para a entrada em espaçosconfinados devem cumprir os códigos e regulamentoslocais aplicáveis.

Alguns pontos-chave a serem observados:

• Ao entrar em espaços confinados o funcionáriodeve estar equipado com dispositivo de proteçãorespiratória adequado, assim como outrosequipamentos de proteção.• Os funcionários devem estar equipados com umcolete de segurança e um cabo de resgate.• Durante todo o tempo que o funcionáriopermanecer no espaço confinado, deve haver umapessoa, do lado de fora, supervisionando a tarefa.• Nenhuma pessoa deve entrar no espaço confinadopara resgatar uma vítima sem estar usandoequipamento respiratório apropriado, colete desegurança, cabo de resgate, e contando com pessoalde apoio.

5.4 Monitoramento de Exposição ao Cloro

O odor característico do cloro revela sua presençano ar , em concentrações bem baixas. Uma vez queapenas o odor do cloro é inadequado como indicadorde concentração, é essencial que alguma medidaquantitativa de exposição seja determinada. Isso sefaz necessário para assegurar que a saúde dostrabalhadores não seja prejudicada e para cumprir aregulamentação aplicável.

O limite estabelecido pela Occupational Safety &Health Administration (OSHA – EstadosUnidos),chamado de PEL (Permissible ExposureLevel) é de 1ppm, expresso como o limite máximo deexposição. A Conferência Americana de HigienistasIndustriais Governamentais (ACGIH – EstadosUnidos) estabeleceu os seguintes valores limite(Threshold Limit Values – TLVs): TLV-TWA (8 horas)em 0.5 ppm, e TLV-STEL (15 minutos) em 1.0 ppm.

No Brasil, a legislação determina , através da NR-15, os seguintes valores: Limite Máximo de Tolerânciapara até 48 horas de trabalho por semana 0,8 ppm ou2,3 mg/m3 .

Onde: ppm - partes de vapor ou gás por milhão departes de ar contaminado.mg/m

3 - miligramas por metro cúbico de ar.

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6. ASPECTOS MÉDICOS E PRIMEIROS SOCORROS

6.1 Riscos à Saúde

6.1.1 GeralO cloro gás é primariamente um irritante respiratório.

Baixas concentrações do produto no ar (bem abaixo de 1ppm) são prontamente detectadas pela maioria daspessoas. Em baixas concentrações, o cloro gás tem umodor similar à água sanitária). À medida que aconcentração aumenta, os sintomas do indivíduo expostoao cloro também aumenta. Em concentrações acima de 5ppm, o gás é muito irritante e é pouco provável quequalquer pessoa conseguisse permanecer no local, sobtal exposição, a não ser que a pessoa estivesse presa oudesmaiada. Os efeitos da exposição ao cloro podemtornar-se mais severos até 36 horas após o incidente.Observação cuidadosa dos indivíduos expostos devefazer parte do programa de atendimento médico. VerPanfletos 63 e 90 do Chlorine Institute.

6.1.2 Toxicidade Aguda

Em concentrações próximas do limite do olfato, ocloro gás causará uma leve irritação nos olhos e nasmucosas das vias respiratórias , após diversas horas deexposição. À medida que a concentração aumenta,aumenta também a irritação, nos olhos, nas viasrespiratórias, causando tosse e conseqüente dificuldadede respirar. Se a duração da exposição e/ou daconcentração continuar aumentando, o indivíduoafetado poderá tornar-se apreensivo e inquieto, com tosseacompanhada de irritação na garganta, espirros e atésalivação. Em níveis mais altos, há vômitos associados àrespiração forçada. Em casos extremos, a dificuldade emrespirar pode progredir a ponto de causar morte porasfixia. Uma pessoa exposta ao cloro, com problemasmédicos ou cardiovasculares pré-existentes, pode ter ossintomas agravados.

O cloro líquido em contato com os olhos ou com apele causará irritação ou queimaduras. Todos os sintomasresultam direta ou indiretamente da sua ação irritante.Não se conhece nenhum efeito sistêmico proveniente daexposição ao cloro.

6.1.3 Toxicidade Crônica

A maioria dos estudos não indica uma relaçãosignificativa entre efeitos adversos à saúde e exposiçãocrônica a baixas concentrações de cloro. Um estudo de1983 (Referência 9.2.14), mostrou um aumento de tossescrônicas e uma tendência à hiper-secreção da mucosa,entre trabalhadores. Entretanto, estes trabalhadores nãomostraram nenhuma anormalidade na função pulmonardurante a realização de testes e na avaliação deradiografias de tórax.

Em dezembro de 1993, o Chemical Industry Institute ofToxicology (Instituto de Toxicologia da Indústria Químicados EUA) emitiu um relatório sobre um estudo de inalaçãocrônica de cloro, por ratos e camundongos . Os ratos e oscamundongos foram expostos ao cloro gás emconcentrações de 0.4, 1.0 ou 2.5 ppm por até 6 horas/dia,de 3 a 5 dias por semana, por até 2 anos. Não houve

nenhuma evidência de ocorrência de câncer. A exposiçãoao cloro, em todos os níveis, produziu lesões nasais.Como os roedores obrigatoriamente são respiradoresnasais, não ficou claro como estes resultados devem serinterpretados em relação aos humanos.

6.2 Medidas Preventivas de Saúde

6.2.1 Exames Físicos

Recomenda-se que os produtores de cloro façamexames médicos, de admissão e periódicos, para osfuncionários potencialmente expostos ao cloro. Taisexames devem consistir em um completo históricomédico e de um exame físico, incluindo Raio-X do tóraxe estudos da função respiratória (FVC, FEV 1).Referências específicas às alergias respiratórias e àsdoenças pulmonares e cardíacas, congênitas ouadquiridas, são necessárias. Condições crônicas da vista(por exemplo, conjuntivite crônica) devem ser verificadas.Deve-se certificar que todos os funcionários estejamfisicamente aptos para usar o equipamento de proteçãorespiratória. Ver Panfleto 126 do Chlorine Institute.

Os usuários de cloro devem adotar um programa deavaliação médica condizente com suas necessidades.

6.3 Primeiros Socorros

O primeiro socorro é o tratamento imediato prestadoa um indivíduo exposto ao produto, antes doatendimento de um médico. Este atendimento imediato éfundamental. A assistência médica deve ser obtida o maisrapidamente possível. Nunca administre nada por viaoral a uma pessoa inconsciente ou que esteja tendoconvulsões.

6.3.1 Inalação

6.3.1.1 Assistência Respiratória

Em todos os casos, inicialmente, a vítima deve serremovida para uma área livre de cloro. Se a respiraçãoaparentemente tiver cessado, a vítima deve receberressuscitação cardiopulmonar imediatamente. Se arespiração não tiver sido interrompida, o indivíduoexposto deverá ser colocado em uma posição confortável.Em casos graves, o paciente deve deitar-se com a cabeçae o tórax elevados a um ângulo de 45 a 60 graus. Deve-seencorajá-lo a respirar lenta e profundamente. Pessoaltreinado deve administrar oxigênio úmido, por inalação,o mais rapidamente possível.

6.3.1.2 Administração de Oxigênio

O oxigênio deve ser administrado por atendentes deprimeiros socorros treinados no uso específico doequipamento de oxigênio. Equipamento adequado paraa administração de oxigênio deve estar disponível. Esteequipamento deve ser testado periodicamente.Equipamentos de inalação mais sofisticados estãodisponíveis em hospitais e pronto-socorros. Oxigênioúmido deve ser utilizado sempre que possível.

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6.3.2 Contato com a Pele

Se o cloro líquido tiver entrado em contato com apele ou com a roupa, a vítima deve se encaminhar paraum chuveiro de emergência imediatamente. A roupacontaminada deve ser removida sob o chuveiro, já ligado.Lave a pele contaminada, com água corrente abundante,por 15 minutos ou mais. Queimaduras, devido à baixatemperatura do cloro líquido, podem ser mais prejudiciaisque qualquer reação química entre o cloro e a pele. Aexposição ao cloro gás pode irritar a pele. Não serecomenda tentar neutralizações químicas ou aplicaçãode ungüentos e pomadas sobre a pele ferida. Um médicodeve ser consultado se a irritação persistir depois dalavagem, ou se a pele estiver cortada ou com bolhas.

6.3.3 Contato com os Olhos

Se os olhos tiverem sido expostos ao cloro, deve-selavá-los imediatamente com água corrente emabundância ou com um jato direto de água , por pelomenos 15 minutos.

Nota: Nunca tentar usar produtos químicos paraneutralizar o cloro.

As pálpebras deverão ser mantidas abertas durantea lavagem , para assegurar o contato da água com todo otecido dos olhos. Deve-se providenciar assistência médicao mais rapidamente possível. Se o atendimento médiconão for imediato a irrigação dos olhos deve ser realizadapor um segundo período de 15 minutos. Nada a não serágua deve ser aplicado, exceto se prescrito por um médicoque conheça o tratamento para cloro.

6.4 Cuidados Médicos para a Exposição ao Cloro

6.4.1 Princípios Gerais

• Todos os indivíduos, que desenvolverem sintomasresultantes de uma super-exposição aguda porinalação de cloro gás, devem ser supervisionadospor médico treinado no tratamento da exposição aocloro.

• Não há nenhum antídoto específico conhecido, paraa exposição aguda ao cloro. Entretanto, atendimentoe avaliação médica imediatos são fundamentais paraa obtenção de bons resultados terapêuticos.

• Se um indivíduo estiver inconsciente, ou vomitando,deve-se tomar as medidas necessárias para evitar aobstrução das vias respiratórias.

• Deve-se aliviar a ansiedade do paciente,comunicando-o dos vários procedimentos já tomadose solicitando sua cooperação, especialmente nosexercícios respiratórios.

• Posicionar a vítima em uma cadeira. Nos casosgraves, o paciente deve deitar-se com a cabeça e otórax elevados a uma posição de 45-60 graus.

• Encorajar uma respiração lenta e profunda.• Umedecer o ar.

6.4.2 Terapia para Distúrbios Fisiológicos Específicos

Observação: as notas que se seguem, referentes àterapia, são recomendações gerais. A determinação finalde procedimentos médicos específicos só deve ser feitapor médico qualificado, após ampla consideração dacondição geral de cada paciente. A aplicação de qualquer

tratamento, sem uma avaliação médica rigorosa, não érecomendável.

6.4.2.1 Edema Pulmonar

• Administrar de 60% a 100% de oxigênio úmido a 6litros por minuto.

• O uso intermitente de aparelho de respiração depressão positiva pode ser útil na redução do edema.Requer-se cautela se houver problemas médicoscoexistentes (por exemplo, colapso circulatórioperiférico) que possam ser uma contra-indicação paraseu uso.

• Testar os gases do sangue arterial para verificar oestado pulmonar.

• Raios-x do tórax são indicados (edema pulmonarpode não ser evidente antes de 36 horas após aexposição).

• Deve-se empregar monitoramento cardíaco.• Uma furosemida diurética (lasix) pode ser usada.• Não há evidência conclusiva a respeito do uso de

corticosteróides para prevenir ou aliviar edemaspulmonares. A dosagem e freqüência deadministração de qualquer terapia esteróide só deveser determinada por um médico qualificado, deacordo com a avaliação clínica realizada.

• O uso de antibióticos pode ser usado para protegercontra infecções pulmonares secundárias.

6.4.2.2 Espasmo bronquial

Bronco-dilatadores sistêmicos administrados porinjeção subcutânea, intravenosa ou por nebulizador nasvias respiratórias, podem ser benéficos ao paciente seeste estiver consciente e apresentar espasmos.

6.4.2.3 Aumento de Secreção das Mucosas

Tratamento de pressão positiva e detergentesnebulizados podem ser benéficos. Cuidados devem sertomados para se manter a hidratação do paciente e paraumidificar o ar respirado.

6.4.2.4 Fenômeno de Excitação

• Ocorre como resultado de estimulação central edistúrbios emocionais.

• A recuperação é mais efetiva sem o uso de sedativos.• O uso de sedativos só deve ser considerado após

avaliação médica, e empregado sob rigorosasupervisão da função respiratória .

6.4.3 Efeitos Retardados

A inalação de qualquer gás irritante pode levar areações retardadas tais como o edema pulmonar. Já queesforços físicos parecem ter alguma relação com aincidência de reações retardadas, é recomendado quequalquer paciente, que tenha sofrido grave exposição porinalação, seja mantido em repouso durante o período deobservação. O prazo de observação dependerá daavaliação clínica do indivíduo exposto. A observaçãopoderá se estender por até vários dias após a exposição.Após uma grave exposição ao cloro, excitação, apreensãoe/ou desequilíbrio emocional podem persistir por umcerto período.

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7. PROJETOS DE ENGENHARIA E MANUTENÇÃO

7.1 Estruturas

Prédios e estruturas para abrigar equipamentos ourecipientes de cloro devem estar em conformidade comos regulamentos locais de construção e devem serprojetados e construídos de forma a proteger asinstalações contra incêndios. Se materiais inflamáveisforem armazenados ou utilizados no mesmo prédio,uma parede corta-fogo deverá ser construída paraseparar as duas áreas. Recomenda-se uma construçãonão-combustível.

Existem equipamentos de monitoramento de cloroque continuamente coletam amostras do ar e detectama presença do produto no ar. O ideal é que se use estedispositivo em qualquer área de armazenamento ou deoperação onde possa haver emissões de cloro.

Recomenda-se que pelo menos duas saídas estejamdisponíveis em cada ambiente ou prédio onde o cloro éarmazenado, manuseado ou usado. Portas de saída nãodevem ser trancadas e devem abrir para fora.

No caso de uso de plataformas, deve-se projetarduas ou mais escadarias de acesso para facilitar a saída.Estruturas de aço devem ser protegidas contra corrosão.

7.2 Ventilação

7.2.1 Geral

Todos os sistemas de ventilação para prédios queabriguem equipamentos ou recipientes de cloro devemprover ar fresco para as operações normais. Deve-se levarem consideração a possibilidade de um vazamento. Emalguns casos, ventilação natural pode ser adequada; casocontrário, sistemas de ventilação mecânica devem serprevistos.

Cuidados devem ser tomados para que pessoas, semequipamento apropriado de proteção pessoal, nãopermaneçam e nem entrem em prédios, onde hajavazamentos de cloro.

7.2.2 Aberturas de Ar

O cloro gás é mais pesado do que o ar e tem umatendência a se acumular no nível do solo. A saída deexaustão de ar deve se localizar no nível do solo. Devehaver uma entrada de ar fresco no alto, com o objetivode formar uma corrente de ventilação. Múltiplas entradasde ar fresco e ventiladores podem ser necessários parafacilitar uma ventilação adequada. Caso se usemventiladores, o acionamento deve ser a partir de um localremoto e seguro.

Alternativamente, pode pressurizar-se asinstalações com ar fresco e exaurir o ar contaminado

através de saídas no nível do solo.

7.2.2 Aquecimento

Em regiões frias, nos ambientes onde cilindros decloro estão descarregando gás, a temperatura internadeve ser mantida entre 15 e 20° C para aumentar a vazãode descarga.

7.3 Materiais de Construção para Equipamentos deProcesso

7.3.1 Geral

O cloro líquido comercial é seco o bastante para sermanuseado em equipamentos de aço carbono. Noprocesso de fabricação, por haver processos onde o clorocontem umidade, deve-se ter rigor na escolha dosmateriais de construção.

7.3.2 Água

O cloro úmido pode ser manuseado com segurançaem uma variedade de materiais que são escolhidosconforme as condições de processo. Certos materiais,como o titânio, são adequados para o cloro úmido masnão para o cloro seco. O titânio reage violentamente como cloro seco. A Referência 9.2.13. indica que o titânio éum material adequado para cloro gás úmido, desde quea pressão parcial do componente água seja maior que14 mbar (0.20 psi) e que a temperatura esteja entre 15°C e70°C .

7.3.3 Temperatura

O aço carbono empregado no manuseio do cloroseco deve ser mantido dentro de determinados limitesde temperatura. Caso as temperaturas do processoexcedam 149° C, o material empregado deverá ser maisresistente que o aço carbono em termos de corrosão aaltas temperaturas. Acima de 200° C o cloro ataca o açorapidamente. Acima de 251° C a reação é imediata, e oaço carbono inflama-se na presença do cloro. Impurezaspresentes no cloro podem diminuir significantementeesta temperatura de auto-ignição. O mesmo podeocorrer com superfícies de aço com áreas muito extensas

Há também a possibilidade de ocorrer fraturas porfragilidade em determinados equipamentos deprocessamento do cloro e nos tanques de estocagem,em função de baixas temperaturas. Neste caso, deve-seutilizar um tipo de aço que resista à temperatura maisbaixa prevista para o processo.

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7.3.4 Produtos Químicos

Normalmente, diversos produtos químicos sãoutilizados na fabricação do cloro, incluindo-se ácidosulfúrico, mercúrio, certos sais, oxigênio e outrosprodutos gerados pela reação com o cloro. Os materiaisde construção devem ser selecionados de modo aproteger as instalações contra as substâncias corrosivase perigosas presentes no processo de fabricação.

7.3.5 Materiais Alternativos

Além do aço, uma grande variedade de materiaispode ser utilizada no manuseio de cloro. Muitos deles,em especial os plásticos, são adequados mas têmlimitações de pressão e temperatura que precisam serlevadas em conta. Cuidados devem ser tomados parase evitar danos mecânicos externos.

7.4 Células Eletrolíticas

7.4.1 Geral

O cloro pode ser produzido eletroliticamente porcélulas a membrana, diafragma ou células a mercúrio.

7.4.2 Células a Membrana

O célula a membrana é a mais nova tecnologia parase produzir cloro eletroliticamente. Camadas demembranas de troca iônica, construídas em polímerosperfluorados, separam os ânodos dos cátodos dentrodo eletrolizador. Uma solução ultrapura de cloreto desódio (salmoura) é alimentada aos compartimentos doânodo onde os íons cloreto são oxidados para formar ocloro gás. As membranas são seletivas de cátions, o queresulta no predomínio de íons de sódio e na migraçãoda água, através das membranas, para oscompartimentos do cátodo. A água é reduzida paraformar hidrogênio gás e íons de hidróxido nos cátodos.No compartimento catódico, íons de hidróxido e íonsde sódio se combinam para formar o hidróxido de sódio.

Os eletrolizadores das células membrana geralmenteproduzem hidróxido de sódio (soda cáustica) com teoresentre 30% e 35 %, contendo menos que 50 ppm de cloretode sódio. O hidróxido de sódio pode ainda serconcentrado, geralmente até 50%, em um sistema deevaporação.

7.4.3 Células a Diafragma

Os produtos gerados por este tipo de célula são ocloro gás, o hidrogênio gás e um licor composto desolução de hidróxido de sódio e cloreto de sódio.

Uma solução de salmoura quase saturada entra nocompartimento anódico da célula a diafragma e fluiatravés do diafragma para a seção catódica.

Íons cloreto são oxidados no ânodo produzindocloro gás.

Hidrogênio gás e íons de hidróxido são produzidosno cátodo. Os íons de sódio migram através dodiafragma do compartimento anódico para o lado docátodo para produzir o licor de célula que contem de10% a 12% de hidróxido de sódio. Os íons cloretotambém migram através do diafragma, o que gera nolicor de célula uma concentração de 16% de cloreto desódio.Depois disto, o licor de célula é geralmenteconcentrado a 50% de hidróxido de sódio através deum processo de evaporação. O sal recuperado noprocesso de evaporação é retornado ao sistema desalmoura para ser usado novamente.

7.4.4 Células a Mercúrio

Em uma célula a mercúrio, o cátodo é uma correntede mercúrio fluindo pelo fundo do eletrolizador. Osânodos estão suspensos , paralelos à base das células,poucos milímetros acima do mercúrio que flui.Salmoura é alimentada em um dos extremos da célulae esta flui por gravidade entre os ânodos e o cátodo. Ocloro gás é gerado e liberado no ânodo.

Os íons de sódio são depositados ao longo dasuperfície do cátodo de mercúrio que está fluindo. Ometal alcalino dissolve-se no mercúrio, formando umamálgama líquido. O amálgama flui, por gravidade, doeletrolizador para o decompositor, preenchido comgrafite, onde água deionizada é adicionada. A águaretira quimicamente o metal alcalino do mercúrio,produzindo hidrogênio e hidróxido de sódio a 50 %.(No decompositor, o amálgama é o ânodo e o grafite éo cátodo.) O mercúrio retirado é então bombeado devolta para a célula, onde o processo eletrolítico érepetido.

7.5 Cloradores

O equipamento de alimentação de cloro gás deveser cuidadosamente escolhido. Equipamento operadoa vácuo oferece a operação mais segura, para baixascapacidades. Para capacidades mais elevadas, umsistema de “pressão-vácuo“ pode ser necessário.Tubulações e conexões devem ser minimizadas paradiminuir a possibilidade de vazamentos. Os fabricantesdestes tipos de equipamentos podem recomendarprojetos de sistemas otimizados.

7.6 Evaporadores

Sistemas de alimentação de cloro gás de altacapacidade podem necessitar de um evaporador decloro. Os evaporadores são geralmente aquecidos porágua quente ou vapor. Deve-se dar muita atenção aoprojeto e à operação de tais sistemas. Ver Panfleto 9 doChlorine Institute.

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7.7 Equipamentos

7.7.1 Geral

Os principais equipamentos usados nos serviçoscom cloro são tratados neste item. Os equipamentosusados com cloro devem ser projetados considerando-se se o cloro é seco ou úmido, de forma que os materiaisde construção adequados sejam escolhidos. A maioriados equipamentos usados nos serviços com cloro deveser construído obedecendo-se códigos ou regulamentosespecíficos, como por exemplo, ANSI, ASME e outros.

7.7.2 Vasos

Os materiais de construção utilizados nas aplicaçõescom cloro úmido incluem aço revestido com certosplásticos ou borrachas, poliéster reforçado e titânio. Osvasos usados nos serviços com cloro seco são geralmentede aço carbono.

O padrão mínimo de fabricação para recipientes demetal operando acima de 15 psig (1,05 kgf/cm2 ) é ocitado no Código ASME para vasos de pressão.Recipientes operando abaixo de 15 psig (1,05 kgf/cm2 )não têm exigências do código ASME, mas devem serprojetados de acordo com a especificação do fabricante.Vasos usados em serviço a vácuo requerem projetosespeciais para se evitar colapso.

7.7.3 Trocadores de Calor

Trocadores de calor metálicos devem ser projetadose fabricados de acordo com os códigos e classificaçõesde materiais ASME. Normalmente se usa titânio paracloro úmido, e aço carbono para “cloro seco”. Ver Seção7.3.2

7.7.4 Bombas

Bombas para soluções aquosas contendo cloro sãoconstruídas de uma vasta gama de materiais, tais comoaço revestido de materiais plásticos ou borracha,poliéster reforçado e titânio. Bombas para cloro líquidoseco são equipamentos especiais e devem ser adquiridasem fornecedores reconhecidamente habilitados.

7.7.5 Compressores

Os compressores utilizados em serviços com cloroseco incluem os centrífugos, não-lubrificados, e osselados com anel líquido de ácido sulfúrico. Oscompressores devem ser construídos de acordo com ocódigo ASME pertinente e com as especificaçõesadequadas às aplicações. Alumínio, cobre e ligas decobre devem ser evitados.

Às vezes, são utilizados ventiladores para aumentara pressão ou para transferir cloro gás para sistemas de

neutralização. Para cloro úmido, os materiais usadosdevem ser revestidos com borracha, poliéster reforçadocom fibra de vidro ou titânio. Para cloro seco,normalmente se utiliza aço carbono.

7.7.6 Lavadores de Gases (Scrubbers)

Embora o uso de scrubbers seja um meio efetivo deabsorver o cloro, a necessidade de um scrubber deve serbaseada em uma avaliação específica de riscos, na qualse considerasse fatores tais como a quantidade de clorono local, a probabilidade de vazamento, e asconseqüências de possíveis vazamentos. Ver Panfleto89 do Chlorine Institute.

7.8 Tubulações para Cloro Seco

As tubulações descritas neste item, dizem respeitosomente a tubulações fixas instaladas acima do solo.Para informações mais detalhadas sobre sistemas detubulações para cloro seco, recomenda-se consultar oPanfleto 6 do Chlorine Institute.

7.8.1 Materiais

Em geral, recomenda-se tubulação de aço carbonopara manuseio de cloro seco. Aço inoxidável da série300 tem propriedades úteis para o serviço à baixatemperatura, mas pode falhar devido à corrosão porcraqueamento, particularmente na presença de umidadeà altas temperaturas, ou mesmo à temperatura ambiente.

7.8.2 Projeto e Instalação

7.8.2.1 Projeto Geral

O arranjo das tubulações deve optar pelas distânciasmais curtas, e deve ser prático do ponto de vista deflexibilidade, expansão das linhas e bons princípios daengenharia. Os sistemas de tubulação devem seradequadamente fixados e inclinados para permitirdrenagem. Os pontos baixos devem ser minimizados.

Deve-se evitar a instalação de tubulações de cloroperto de linhas de vapor, linhas de ácidos pois poderiahaver risco de causar corrosão na linha do cloro. Protejaa tubulação de cloro contra todos os riscos de calorexcessivo ou fogo.

Chuveiros contra incêndios (“sprinklers”) não sãonecessários nas áreas de estocagem e uso de cloro quetenham sido construídas e mantidas dentro dasrecomendações deste manual. Nestes locais, nenhummaterial combustível ou inflamável deve estar presente.Se os “sprinklers” forem instalados, eles devem serusados apenas para apagar incêndios e/ou resfriarrecipientes ameaçados por fogo.

7.8.2.2. Expansão de Cloro Líquido

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O cloro líquido tem um alto coeficiente de expansãotérmica. Ver Figura 8.2. Se o cloro líquido ficar confinadoentre duas válvulas, um aumento na temperatura dolíquido preso resultará em altas pressões que,potencialmente, podem levar à ruptura da linha. Estalinha pode ser protegida por uma câmara de expansãoadequadamente projetada e operada; ou por uma válvulade alívio de pressão; ou ainda por um disco de ruptura.

7.8.2.3 Condensação

A condensação ou reliquefação do cloro podeocorrer nas linhas de cloro gás que passem por áreasonde a temperatura esteja abaixo do equilíbriotemperatura-pressão indicado na curva de pressão devapor (Figura 8.1)

Geralmente, a condensação pode ser evitada pelouso de uma válvula redutora de pressão, ou aquecendo-se a linha com resistências (“tracing”) e isolamentotérmico. Qualquer instalação para aquecimento daslinhas deve ser projetada de forma que a temperaturada superfície da tubulação não exceda 149° C,eliminando-se assim a possibilidade de uma reaçãoentre o cloro e o aço carbono.

7.8.2.4 Instalação

As conexões das tubulações de cloro podem serflangeadas, rosqueadas ou soldadas, dependendo dotamanho do tubo. No projeto das tubulações deve-seprever o menor número possível de conexões flangeadasou rosqueadas. Se forem usadas conexões rosqueadas,deve-se tomar muito cuidado para que as roscas estejamsempre limpas. Deve-se usar uma vedação de roscacompatível com o cloro.

Antes de cortar ou soldar uma linha de cloro, deve-se verificar se o sistema está isento de cloro. O cloroseco pode manter a combustão do aço carbono, níquel eoutros materiais.

7.8.3 Preparação das Tubulações para Uso

7.8.3.1 Limpeza

Todas as partes de uma tubulação nova devem serlimpas antes do uso porque o cloro pode reagirviolentamente com óleo de corte, graxa e outras matériasestranhas, principalmente material orgânico. A limpezanão deve ser feita com hidrocarbonetos ou álcoois, já queo cloro pode reagir violentamente com muitos solventes.Válvulas novas ou outros equipamentos que contenhamóleos ou graxas devem ser desmontados e limpos antesdo uso. Ver Panfleto 6 do Chlorine Institute.

7.8.3.2 Teste de Pressão

Tubulações novas de cloro devem ser testadas de

acordo com algum dos métodos recomendados noPanfleto 6 do Chlorine Institute. Devem-se remover oubloquear componentes que possam ser danificadosdurante o teste. É essencial que as instalações de cloroestejam secas, conforme descrito a seguir, antes de seremcolocadas em serviço.

7.8.3.3 Secagem

Tubulações de cloro devem sempre ser secadasantes do uso. Mesmo que água não tenha sidointroduzida propositadamente no sistema, pararealização de teste hidrostático ou limpeza, a secagemainda é necessária devido à entrada de umidade daatmosfera , ou de outras fontes, durante manutenções emontagem.

A secagem pode ser facilitada à medida que osistema é limpo passando-se vapor através das linhas;iniciando-se pela extremidade mais alta, até que aslinhas estejam aquecidas. Enquanto se passa o vapor,os materiais condensados e as impurezas são drenadospara fora do sistema. Depois disso, o suprimento devapor deverá então ser desconectado e todos os bolsõese pontos baixos da linha devem ser drenados. Enquantoa linha ainda estiver aquecida, ar seco ou nitrogênio(com Ponto de Orvalho de 40º C negativos ou menor)deve ser pressurizado pela linha até que o gás da saídatambém esteja com Ponto de Orvalho de 40º C negativosou menor.

7.8.3.4 Teste de Vazamento

Após a secagem, o sistema deve ser testado , quantoa vazamentos, utilizando-se ar seco ou nitrogênio. Umasolução de sabão deve ser utilizada para testar se hávazamentos nas conexões das tubulações. Cloro gáspoderá então ser introduzido gradualmente e o sistemadeve ser testado novamente quanto a vazamentos,utilizando-se solução de hidróxido de amônio a 20°Baume. Deve-se ter certeza que o cloro esteja distribuídopor todo o sistema de tubulação antes do teste devazamento. Nunca se deve tentar sanar vazamentosatravés de soldagem , até que todo o cloro tenha sidoretirado do sistema. Quando os vazamentos estiveremsanados, a linha deverá ser testada novamente.

7.9 Tubulações para Cloro Úmido

O cloro úmido é muito corrosivo para todos osmateriais metálicos mais comuns. À baixa pressão, ocloro úmido pode ser manuseado em equipamentos deporcelana, vidro ou cerâmica e também, em certas ligas.Borracha dura, PVC, poliéster reforçado com fibra devidro, cloreto ou fluoreto de polivinilideno e resinas defluorocarbono totalmente halogenadas têm sido usadoscom sucesso. Todos estes materiais devem serselecionados com cuidado. Para pressões mais altas,

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devem ser usadas tubulações metálicas revestidas oumetais compatíveis com cloro úmido.

Em termos de materiais metálicos, titânio, HastelloyC, e tântalo podem ser usados. O titânio pode ser usadocom cloro úmido mas não deve ser usado com o cloroseco em nenhuma hipótese, pois o metal queimaespontaneamente ao entrar em contato com o cloro. Otântalo é inerte tanto ao cloro úmido como ao cloro seco,a temperaturas inferiores a 149º C.

7.10 Tanques Estacionários

Os consumidores que recebem cloro em caminhõestanque podem necessitar de tanques estacionários. Ostanques devem ser adequadamente projetados e devemser operados, e periodicamente inspecionados, de acordocom as recomendações dos Panfletos 5 e 78 do ChlorineInstitute.

Um tanque não deve ser carregado além da suacapacidade de cloro porque o cloro líquido se expandiráà medida que se aquecer. À temperaturas normais deestocagem, a expansão térmica do cloro líquido é alta e,se não for deixado espaço para esta expansão, a pressãohidrostática poderia aumentar até causar uma rupturado tanque. O nível máximo de cloro deve serdeterminado pela densidade de enchimento.

7.11 Manutenção de Equipamentos

7.11.1 Geral

A manutenção de tanques e equipamentos de clorodeve ser realizada por pessoal habilitado. Todas asprecauções referentes a segurança, equipamentos deproteção, riscos à saúde e riscos de incêndio devem serrevistas. Não se deve tentar fazer manutenção emtubulações ou equipamentos de cloro, enquanto estesestiverem em uso. Antes de se realizar manutenção oulimpeza em instalações de cloro, tanques, tubulações eoutros equipamentos devem sempre ser purgados comar seco ou nitrogênio.

A descontaminação é especialmente importantequando operações de corte ou soldagem estiveremsendo realizadas, pois ferro e aço entram em ignição aoentrar em contato com cloro, em temperaturas próximasa 250° C. Tubulações e outros equipamentos que tenhamsido abertos para manutenções, ou que tiveram contatocom água – por exemplo, em testes hidrostáticos –devem ser secados imediatamente , para evitar corrosão.

7.11.2 Limpeza de Tubulações e Outros Equipamentos

A umidade pode penetrar em um sistema de cloro,de diversas maneiras: nas operações de conexão edesconexão de caminhões tanque ou cilindros, atravésde conexões quebradas ou ainda durante a realização de

manutenções.Se as instalações forem metálicas, haverá sempre

uma pequena quantidade de cloreto férrico. Este cloretoférrico irá absorver a umidade e transformar-se em umlíquido marrom,viscoso e corrosivo. Se não forremovido, esse líquido viscoso irá continuar a corroer ometal e poderá rapidamente entupir as linhas de cloroe equipamentos, tais como evaporadores. Este cloretoférrico hidratado é corrosivo para muitos metais,inclusive para o Hastelloy C.

Vapor ou água quente dissolvem rapidamenteo cloreto férrico. Entretanto, linhas ou equipamentos quetenham recebido este tipo de limpeza devem ser secadoscuidadosamente antes de serem colocados em operaçãonovamente. Vapor não pode ser utilizado emequipamento plástico a não ser que se tenha certeza queesse material plástico específico possa suportar àtemperatura. Qualquer instrumentação instalada nalinha deve ser protegida durante o processo de limpeza.A limpeza de tubulações e de vários outrosequipamentos é discutida no Panfleto 6 do ChlorineInstitute.

7.11.3 Entrada em Tanques

Inspeção, limpeza e manutenção em tanques decloro são discutidas no Panfleto 5 do Chlorine Institute.Toda tubulação ligada ao tanque deve ser desconectadae fechada antes de se entrar para realizar o serviço.VerItem 5.3.

7.12 Neutralização de Cloro

Caso um processo que consuma cloro, também forprojetado para receber descartes de resíduos clorados,alguns cuidados especiais são necessários. Todas asregulamentações governamentais referentes à saúde esegurança, ou à poluição de recursos naturais devemser seguidas.

Recomenda-se um sistema para neutralizar todo equalquer cloro degasado das instalações, nas operaçõesde preparação de manutenção e quando houverproblemas de processo, tais como uma súbita falha docompressor de cloro, problemas durante a inicializaçãode um circuito, etc .

A neutralização é obtida fazendo-se com que o clororeaja com uma solução de hidróxido de sódio ou, emcertas situações, com outro composto alcalino. Aneutralização pode acontecer em um tanque projetadopara este fim, ou em um lavador de gases. Aconcentração de hidróxido de sódio deve ser menor que20% para evitar calor de reação excessivo, e precipitaçãode cristais de cloreto de sódio .Ver Panfleto 89 doChlorine Institute.

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8. DADOS TÉCNICOS

8.1 Geral

O cloro tem um odor característico, penetrante eirritante. O gás é de cor verde amarelada, e o líquido éde uma cor âmbar (amarelo escuro). Os dados sobre aspropriedades físicas do cloro de acordo com diferentespesquisadores mostram algumas variações. Os valoresdas propriedades físicas apresentados a seguir sãoextraídos do Panfleto 72 do Chlorine Institute.

8.2 Propriedades Atômicas e Moleculares

Símbolo Atômico – ClPeso Atômico – 35,453Número Atômico – 17Peso Molecular – 70,906

O cloro elementar existe na forma de dois isótoposnaturais com números de massa de 35 e 37. O cloromolecular comum consiste de uma mistura de cerca de76% de cloro 35 e 24% de cloro 37. Há ainda pelo menos13 isótopos de cloro artificialmente produzidos.

8.3 Propriedades Químicas

8.3.1 Inflamabilidade

O cloro gás ou líquido não é explosivo e neminflamável; contudo,a exemplo do oxigênio, é umoxidante e portanto é capaz de contribuir para acombustão de certas substâncias. Muitos produtosquímicos orgânicos reagem rapidamente com o cloro,às vezes de forma violenta.

8.3.2 Valência

Geralmente o cloro forma compostos com umavalência de –1, mas pode combinar-se também comvalências de +1, +2, +3, +4, +5 ou +7.

8.3.3 Reações Químicas

8.3.3.1 Reações com Água

O cloro é apenas levemente solúvel em água.Quando reage com água pura, forma-se uma

solução fraca de ácido clorídrico e ácido hipocloroso.Hidrato de cloro (Cl2 . 8H2O) pode cristalizar abaixo de(9.6° C) à pressão atmosférica e também a temperaturasmais elevadas se submetido a pressões maiores.

8.3.3.2 Reações com Metais

O grau da reação do cloro seco com a maioria dosmetais aumenta rapidamente acima de determinadastemperaturas, conforme o tipo de metal. Abaixo de 121°C,ferro, cobre, aço, chumbo, níquel, platina, prata e tântalosão resistentes ao cloro seco, gasoso ou líquido. Àtemperaturas normais o cloro seco, gasoso ou líquido,reage com alumínio, arsênico, ouro, mercúrio, selênio,telúrio e estanho. O cloro seco reage violentamente comtitânio. A certas temperaturas, o sódio e o potássioqueimam se forem expostos ao cloro gás. O aço carbonosofre ignição perto de 250° C, dependendo de sua formafísica. Para recomendações sobre tubulações ver Panfleto6 do Chlorine Institute. O cloro úmido é muito corrosivoà maioria dos metais comuns, principalmente por causado ácidos clorídrico e hipocloroso formados pelahidrólise. Platina, prata, tântalo e titânio são resistentesao cloro úmido.

8.3.3.3 Reações com Outros Elementos

O cloro se une, sob condições específicas, com amaioria dos elementos. Estas reações podem serextremamente rápidas. Na sua temperatura de ebulição,o cloro reage com enxofre. O cloro não reage diretamentecom oxigênio ou nitrogênio. Os óxidos e compostos denitrogênio são bem conhecidos mas só podem serpreparados por métodos indiretos.

Misturas de hidrogênio e cloro podem reagirviolentamente. Os limites de ignição dependem detemperatura, pressão e concentração das duassubstâncias. Entre 21° e 27°C os limites de ignição variamentre 3% e 93%, em volume de hidrogênio. A ignição podeser iniciada por luz solar direta, outras fontes de luzultravioleta, eletricidade estática ou impactos violentos.

8.3.3.4 Reação com Compostos Inorgânicos

A preparação de alvejantes tais como hipocloritosde sódio e de cálcio são reações típicas do cloro comhidróxidos alcalinos e hidróxidos de metais alcalino-terrosos. Os hipocloritos formados são poderosos agentesoxidantes. Devido à sua grande afinidade pelohidrogênio, o cloro remove o mesmo de alguns compostos,como por exemplo, na reação com sulfeto de hidrogênioformando ácido clorídrico e enxofre. O cloro, na forma deíon hipocloroso, reage com os íons de amônia para formarvárias misturas de cloraminas. Em pH baixo, a cloraminapredominante formada é o explosivo tricloreto denitrogênio (NCl3).

8.3.3.5 Reações com Compostos Orgânicos

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O cloro reage com muitos compostos orgânicosformando derivados clorados. Cloreto de hidrogênio éfreqüentemente formado como subproduto destasreações. Algumas reações podem ser extremamenteviolentas, especialmente aquelas com hidrocarbonetos,álcoois e éteres. Métodos adequados devem seradotados quando se reagir materiais orgânicos comcloro, seja em escala de laboratório ou em escalaindustrial.

8.4 Propriedades Físicas

As propriedades físicas apresentadas a seguir sãoreferentes ao cloro puro. O termo “Condições Padrão”significam temperatura de 0oC e uma pressão absolutade 14,696 psi (101,325 kPa ou 1,03 kgf/cm2).

8.4.1 Ponto de Ebulição (Ponto de Liquefação)

33,97° C negativos. É a temperatura na qual o clorolíquido evapora, sob uma pressão de uma atmosfera (1atm) ou 101,325 kPa.

8.4.2 Propriedades Críticas

8.4.2.1 Densidade Crítica

573 kg/m3. É a massa de uma unidade de volume decloro à pressão e temperatura críticas.

8.4.2.2 Pressão Crítica

1157 psia ou 7977 kPa. É a pressão do vapor de clorolíquido na temperatura crítica.

8.4.2.3 Temperatura Crítica

143,75°C. É a temperatura acima da qual o cloroexiste apenas como um gás, não importando quão altaseja a pressão.

8.4.2.4 Volume Crítico

0,001745 m3/kg. É o volume de uma unidade demassa de cloro à pressão e temperatura críticas.

8.4.3 Densidade

A massa de uma unidade de volume de cloro sobcondições especificadas de temperatura e pressão. VerFigura 8.2

8.4.3.1 Gás nas Condições Padrão

3,213 kg/ m3

8.4.3.2 Gás Saturado

A 0oC: 12,23 kg/ m3 . A pressão absoluta a 0oC é de53,51 psi (368,9 kPa).

8.4.3.3 Líquido Saturado

1467 kg/m3 a 0oC; 1422 kg/m3 a 15.6° C– A pressãoabsoluta do cloro líquido a 15.6° C é de 86,58 psi (597,0kPa)

8.4.4 Ponto de Congelamento

Ver Ponto de Fusão. Item 8.4.7

8.4.5 Calor Latente de Vaporização

288,1 kJ/kg na temperatura normal de ebulição. Éo calor necessário para evaporar uma unidade de pesode cloro

8.4.6 Relação Volume Líquido/Gás

Nas condições padrão, o peso de um volume decloro líquido é igual ao peso de 456,5 volumes de clorogasoso.

8.4.7 Ponto de Fusão – Ponto de Congelamento

100,98°C negativos (-100,98°C).É a temperatura naqual o cloro sólido funde ou o cloro líquido se solidifica,à pressão de uma atmosfera (1 atm).

8.4.8 Solubilidade na Água

É o peso de cloro que pode ser dissolvido em umadeterminada quantidade de água, a uma determinadatemperatura e pressão. Ver Fig. 8.3. A 15,6°C e umaatmosfera (101,325 kPa), a solubilidade é de 8,30 kg/ m3

.8.4.9 Peso Específico

8.4.9.1 Gás

2,485 - É a relação entre a densidade do cloro gás,nas condições padrão, e a densidade do ar sob as mesmascondições. (A densidade do ar, livre de umidade, emcondições padrão é de 1,2929 kg/ m3).

8.4.9.2 Líquido

1,467 (0/4°C). É a relação entre a densidade do clorolíquido saturado, à 0°C, e a densidade da água na suadensidade máxima (aproximadamente 4°C).

8.4.10 Calor Específico

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É o calor necessário para elevar a temperatura deuma unidade de peso de cloro em um grau.

8.4.10.1 Gás Saturado a Pressão Constante (Cp)

0,521 kJ/kg.° K a 0°C; 0,564 kJ/kg .° K) a 25°C

8.4.10.2 Gás Saturado à Volume Constante (Cv)

0,3721 kJ/kg.° K a 0°C; 0,3895 kJ/kg.° K a 25°C

8.4.10.3 Líquido Saturado

0,948 kJ/kg.° K a 0°C; 0,975 kJ/kg.° K) a 25°C

8.4.10.4 Relação Cp/Cv

Relação entre o calor específico de um gás a pressãoconstante, e o calor específico de um gás a volumeconstante. Cp/Cv: 1,400 para gás saturado a 0°C e 1,448para gás saturado a 25°C.

8.4.11 Volume Específico

É o volume de uma unidade de massa de cloro emcondições específicas de temperatura e pressão.

8.4.11.1 Gás nas Condições Padrão

0,3113 m3 /kg

8.4.11.2 Gás Saturado a 0°C

0,08179 m3/kg

8.4.11.3 Líquido Saturado a 0°C

0,0006818 m3/kg

8.4.12 Pressão de Vapor

É a pressão absoluta do cloro gás acima do clorolíquido quando estes se encontram em equilíbrio: 53.51psi (368,9 kPa) a 0°C; 112,95 psi (778,8 kPa) a 25° C. VerFigura 8.1.

8.4.13 Viscosidade

É a medida da fricção molecular interna quando asmoléculas de cloro estão em movimento.

8.4.13.1 Gás Saturado

0,0125 centipoise (0,0125 mPa.s) a 0°C; 0,0132centipoise (0,0132 mPa.s) a 15,6°C

8.4.13.2 Líquido

0,3863 centipoise (0,3863 mPa.s) a 0°C; 0,3538centipoise (0,3538 mPa.s) a 15,6° C

8.4.14 Relação Volume/Temperatura de Cloro Líquido em umRecipiente Carregado até o seu Limite Autorizado

Ver Figura 8.4

8.4.15 Solubilidade da Água em Cloro Líquido

Ver Figuras 8.5 e 8.6

Page 34: Panfleto 01 - Manual de Cloro Português - 03[1].03

28

FIGURA 8.1

PRESSÃO DE VAPOR DE CLORO LÍQUIDO

Temperatura °F(Temperatura °C)

Pressão de Vapor de Cloro Líquido(Calculado à partir de dados do Panfleto 72 do Chlorine Institute)

Pres

são

de

Vap

or –

PSI

G

Pres

são

de

Vap

or –

kPa

Dados da Curva

ºF (ºC)

-29.15 (-33.97)-10 (-23)0 (-18)20 (-7)40 (4)60 (16)80 (27)100 (38)120 (49)140 (60)160 (71)180 (82)200 (93)220 (104)

PSIG (kPa)

0 (0)8.28 (57.09)13.84 (95.42)28.03 (193.26)47.07 (324.54)71.89 (495.66)103.47 (713.40)142.83 (984.78)191.01 (1316.97)249.10 (1717.48)318.26 (2194.33)399.62 (2755.28)494.49 (3409.39)604.33 (4166.71)

Page 35: Panfleto 01 - Manual de Cloro Português - 03[1].03

29

FIGURA 8.2

RELAÇÃO TEMPERATURA / DENSIDADE DE CLORO LÍQUIDO

Relação Temperatura/Densidade de Cloro Líquido(Calculado à partir de dados do Panfleto 72 do Chlorine Institute)

Den

sid

ade

de

Clo

ro L

íqui

do

– L

B/

CU

FT

Den

sid

ade

de

Clo

ro L

íqui

do

– K

g/m

3

Temperatura °F(Temperatura °C)

Dados da Curva

ºF (ºC)

-29.15 (-33.97)-10 (-23)0 (-18)20 (-7)40 (4)60 (16)80 (27)100 (38)120 (49)140 (60)160 (71)180 (82)200 (93)220 (104)

LB/FT3

97.2595.5394.6192.7290.7888.7686.6784.4982.2179.8077.2374.4771.4668.10

Page 36: Panfleto 01 - Manual de Cloro Português - 03[1].03

30

Equilíbrio da Solução de Cloro em Água(Referência 9.2.1)

Solu

bilid

ade

– L

BS/

100

Gal

s.

Solu

bilid

ade

– K

g/m

3

Temperatura °F(Temperatura °C)

FIGURA 8.3

SOLUBILIDADE DE CLORO EM ÁGUA

60 PSIA

40 PSIA

50 PSIA

30 PSIA

20 PSIA

14.7 PSIA

Page 37: Panfleto 01 - Manual de Cloro Português - 03[1].03

31

Relação Volume/Temperatura de Cloro Líquidoem um Recipiente Carregado até o Limite Permitido

(Calculado de dados do Panfleto 72 do Chlorine Institute)

Porc

enta

gem

de

Vol

ume

com

o Lí

quid

o

Temperatura °F(Temperatura °C)

FIGURA 8.4

RELAÇÃO VOLUME/TEMPERATURA DE CLORO LÍQUIDO EM UM

RECIPIENTE CARREGADO ATÉ O LIMITE PERMITIDO

Dados da Curva

ºF (ºC)-10 (-23)0 (-18)20 (-7)40 (4)60 (16)80 (27)100 (38)120 (49)140 (60)155.1 (68.4)160 (71)

%81.5282.3183.9985.7987.7389.8592.1794.7397.59100.00100.83

Page 38: Panfleto 01 - Manual de Cloro Português - 03[1].03

32

Solubilidade de Água em Cloro Líquido(Referência : Panfleto 100 do Chlorine Institute)

PPM

(mas

sa/

mas

sa) Á

gua

FIGURA 8.5

SOLUBILIDADE DE ÁGUA EM CLORO LÍQUIDO

Temperatura °F(Temperatura °C)

Page 39: Panfleto 01 - Manual de Cloro Português - 03[1].03

33

Solubilidade de Água em Cloro Líquido(Referência : Panfleto 100 do Chlorine Institute)

PPM

(mas

sa/

mas

sa) Á

gua

Temperatura °F(Temperatura °C)

FIGURA 8.6

SOLUBILIDADE DE ÁGUA EM CLORO LÍQUIDO

Page 40: Panfleto 01 - Manual de Cloro Português - 03[1].03

34

9. REFERÊNCIAS SELECIONADAS

9.1 Referências do Chlorine Institute

9.1.1 Panfletos e Livretos de Instrução

5 Non-Refrigerated LiquidChlorine Storage

6 Piping Systems for Dry Chlorine

9 Chlorine Vaporizing Systems

17 Cylinder and Ton Container Procedures forChlorine Packaging

21 Nitrogen Trichloride – A Collection of Reports andPapers

39 Maintenance Instructions for Chlorine InstituteStandard Safety Valves, Type 1-1/2JQ

40 Maintenance Instructions for Chlorine InstituteStandard Angle Valve

41 Maintenance Instructions for Chlorine InstituteStandard Safety Valves, Type 4 JQ

42 Maintenance Instructions for Chlorine InstituteStandard Excess Flow Valves

49 Handling Chlorine Tank Motor Vehicles

57 Emergency Shut-Off Facilities for Tank Car/TankTruck Transfer of Chlorine

60 Chlorine Pipelines

63 First Aid and Medical Management of ChlorineExposures

64 Emergency Response Plans for Chlorine Facilities

65 Personal Protective Equipment for Chlorine andSodium Hydroxide

66 Recommended Practices for Handling ChlorineTank Cars

72 Properties of Chlorine in SI Units

73 Atmospheric Monitoring Equipment for Chlorine

74 Estimating the Area Affected by a Chlorine Release

75 Respiratory Protection Guidelines for Chlor-Alkali

Manufacturing Facilities

76 Guidelines for the Safe Motor VehicularTransportation of Chlorine Containers

77 Sampling Liquid Chlorine

78 Refrigerated Liquid Chlorine Storage

79 Recommended Practices for Handling ChlorineBarges

82 Chlorine Safety at Non-Residential SwimmingPools

84 Environmental Fate of Chlorine in the Atmosphere

85 Recommendations for Prevention of PersonnelInjuries for Chlorine Producer and User Facilities

86 Recommendations to Chlor-Alkali ManufacturingFacilities for the Prevention of Chlorine Releases

89 Chlorine Scrubbing Systems

90 Toxicity Summary for Chlorine and Hypochloriteand Chlorine in Drinking Water

91 Checklist for Chlorine Packaging Plants, ChlorineDistributors and Tank Car Users of Chlorine

93 Pneumatically Operated Valves for Use onChlorine Tank Cars

95 Gaskets for Chlorine Service

97 Safety Guidelines for Swimming Pool Applicators

100 Dry Chlorine: Definitions and Analytical Issues

121 Explosive Properties of Gaseous MixturesContaining Hydrogen and Chlorine

126 Guidelines: Medical Surveillance and HygieneMonitoring Practices for Control of WorkerExposure to Chlorine in the Chlor-Alkali Industry

134 The Drying and Liquefaction of Chlorine and thePhase Diaphragm CL2 – H2O

139 Electrical Safety in Chlor-Alkali Cell Facilities

151 Training Guide for Distributors and End-Usersof Packaged Chlorine

Muitas das referências a seguir são citadas no texto. Tais referências são de edições atuais,na data de publicação deste manual. O leitor deve estar atento às atualizações das referências citadas.

Page 41: Panfleto 01 - Manual de Cloro Português - 03[1].03

35

152 Safe Handling of Chlorine Containing NitrogenTrichloride

IB/A Instruction Booklet: Chlorine Institute EmercencyKit “A” for 100- and 150-lb. Chlorine Cylinders

IB/B Instruction Booklet: Chlorine Institute EmergencyKit “B” for Chlorine Ton Containers

IB/C Instruction Booklet: Chlorine Institute EmergencyKit “C” for Chlorine Tank Cars and Tank Trucks

IB/RV Instruction Booklet: CI Recovery Vessel for 100-and 150-lb. Chlorine Cylinders

VCP The Vapor Pressure of Chlorine

9.1.2 Desenhos e Ilustrações

O leitor deve consultar o catálogo atual do ChlorineInstitute para obter uma lista completa dos desenhos eilustrações.

DWG 104 Standard Chlorine Angle Valve Assembly

DWG 110 Valve for Chlorine Cylinders and TonContainers – Assembly

DWG 111 Fusible Plugs for Chlorine Cylinders and TonContainers

DWG 112 Valves and Fusible Plugs for Chlorine TonContainers

DWG 113 Valves for Chlorine Cylinders and TonContainers

DWG 114 Excess Flow Valve with Removable Seat –15,000 lb/hr

DWG 118 Chlorine Tank Car Unloading Connections

DWG 121 Limiting Dimensions for Chlorine Cylinders

DWG 122 Ton Container Lifting Beam

DWG 130 Standard Chlorine Cylinder and Ton ContainerValve Adapter

DWG 131 Chlorine Cylinder Valve Yoke

DWG136 Chlorine Expansion Chambers

DWG 162 Excess Flow Valve with Removable Seat –30,000 lb/hr

DWG 163 Excess Flow Valve with Removable Seat –11,000 lb/hr

DWG 167 Chlorine Tank Car Marking

DWG 168 Chlorine Cargo Tank Marking

DWG 181 DOT 106A500X – Ton Container

DWG 183 Manifolding Ton Containers for LiquidChlorine Withdrawal

DWG 188 Chlorine Cylinder Recovery Vessel

9.2 Outras Referências

9.2.1 Adams, F. W.; Edmonds, R. G.; I&EC, 1937, 29,447.

9.2.2 Ambrose, D.; Hall, D. J.; Lee, D. A.; Lewis, G.B.; Mash, C. J. J.; Chemical Thermodynamics, 1979,11, 1089.

9.2.3 Chlorine Bicentennial Symposium; Jeffery, T.;Danna, P. A.; Holden, H. S., Eds.;Electrochemical Society: Princeton, NJ, 1974.

9.2.4 Chlorine, Its Manufacture, Properties and Uses;Sconce, J. S. ed.; ACS Monograph 154; RobertE. Krieger: Huntington, NY, 1972.

9.2.5 Heinemann, G.; Garrison, F. G.; Haber, P. A.;I&EC. 1946, 38, 497.

9.2.6 Interpretive Review of the Potential Adverse Effectsof Chlorinated Organic Chemicals on HumanHealth and the Environment, Report of an ExpertPanel; Coulston, F. and Kolbye, A. C., Eds.;Regulatory Toxicology and PharmacologyJournal; Academic Press: New York, NY, 1994.

9.2.7 Alkali and Chlorine Products and Chlorine andSodium Hydroxide; Kirk-Othmer Encyclopediaof Chemical Technology; ed. 4; Editor: JohnWiley & Sons, New York, NY, 1991.

9.2.8 Kowitz, T. A.; Reba, R. C.; Parker, R. T.; Spicer,W. S.; Arch of Environmental Health, 1967, 14,545.

9.2.9 Modern Chlor-Alkali Technology; Jackson, C., Ed;Society of Chemical Industry; John Wiley &Sons: New York, NY, 1983; Vol. 2.

9.2.10 Patty, F. A.; Industrial Hygiene and Toxicology;Interscience: New York, NY.

9.2.11 Rotman, Harold H., et al.; Journal of the AmericanPhysiological Society, 1983, 1120, 983.

9.2.12 Weill, H.; George, R.; Schwartz, M.; Ziskind, M.;Am. Review of Respiratory Diseases, 1969, 29, 373.

9.2.13 Weston, P. C. Modern Chlor-Alkali Technology;Coulter, M. O., et al, Eds.; Society of ChemicalIndustry; Royal Society of Chemistry:Cambridge, 1994; Vol. 6, pp 62-69.

9.2.14 Grenquist-Norden, B.; Institute of OccupationalHealth, 1983, pp 1-83.

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CLOROO ELEMENTO ESSENCIAL

Há mais de 200 anos, um jovem pesquisador sueco, CarlWilhelm Scheele, descobriu o cloro. Devido à sua reatividade efacilidade de se ligar com outras substâncias , o cloro se tornouum elemento fundamental na química e é essencial na vida detodos. Água potável, produção agrícola, esgotos desinfetados,produtos químicos industriais essenciais, alvejantes,combustíveis, todos dependem do cloro. Produtos farmacêuticos,plásticos, tintas, cosméticos, vernizes, equipamentos eletrônicos,adesivos, vestimentas e peças automobilísticas são exemplos degrupos de produtos que dependem da química do cloro.

AutomotivoEspuma de assentosPinturaVernizesPára-choques plásticosMoldesInstrumentosTapetesTecidosCintos de segurançaTramas de PneusPainéisMangueiras

ConstruçãoCarpetesEstofamentosIsolamento de fiaçãoTubulaçõesRodapésPisosTintasVernizes

DefesaColetes à prova de balaCapacetesPára-quedasFibras impermeáveis

Vidros que não estilhaçamPeças de aeronaves em titânioMotores a jatoMísseis

EletrônicaSemicondutoresDiscos de computadorIsolamento de fiação

Manuseio e Produçãode ComidaHerbicidasVitaminas B1 & B6Produtos de limpezaDesinfetantesIsolamento térmicoEmpacotamento estéril

SaúdeInstrumentos eletrônicosEmpacotamento estérilEquipamentos cirúrgicosProdutos de limpezaObjetos de uso ocularReagentes de laboratório

RemédiosAntibióticos

Tratamento de câncerModeradores de dorAnestésicos locaisAnti - histamínicosDescongestionantes

Produção de MetaisMagnésioNíquelBismutoTitânioZircônioZinco

Recreação ao Ar LivreRoupas impermeáveis de neopreneBalsas infláveisEmpunhadura de tacos de golfePranchas de surfeCordas de náilonBarracasSacos de dormirCasacosMochilasRoupas impermeáveis

Tratamento de ÁguaÁgua potávelTratamento de esgotos

APLICAÇÕES DO CLORO