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Proposta N°7359
Situação do APC: Rascunho
Autor: ELISABETE APARECIDA MORENO
Estabelecimento: GIAMPERO MONACCI, E E PROF - E FUND
Ensino: E F 5/8 SERIE
Disciplina: GEOGRAFIA
Conteúdo: DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
Cor do conteúdo:
Paraná
Título: XISTO - A ROCHA QUE DÁ ÓLEO.
Texto:
A capital do xisto é São Mateus do Sul – Pr.
O xisto ou folhelho pirobetuminoso, é uma rocha sedimentar originada sob
temperaturas e pressões elevadas, contendo matéria orgânica disseminada em
sua matriz mineral, denominado querogênio, que se decompõe sob o efeito de
calor produzindo óleo e gás. Este tipo de rocha tem idade geológica aproximada
de 250 milhões de anos e é comum encontrar-se em mina de xisto, fósseis de
mesossauros.
O xisto betuminoso possui atributos de carvão e de petróleo, que por
destilação fracionada, a seco, produz gasolina, gás combustível, enxofre, etc.
Entretanto, trata-se de um processo poluente e economicamente desvantajoso.
O Brasil possui uma das maiores reservas mundiais de xisto betuminoso.
Na região de São Mateus do Sul, no estado do Paraná há duas camadas de
xisto: uma superior com 6,4 metros de espessura e 6,4% de teor de óleo e outra
inferior com 3,2 metros de espessura e teor de óleo de 9,1%. O aproveitamento
deste xisto iniciou-se na década de 60 com a instalação da PETROBRAS na região
e hoje é considerada uma das mais importantes do mundo na exploração do
mineral, onde são comercializados óleo, gás e enxofre extraídos a partir do
xisto.
A extração de xisto é por meio de mina, minerado a céu aberto onde ele é
transportado para um britador, que o reduz a pedras de até oito centímetros, em
seguida é levado continuamente por uma correia a um reator cilíndrico vertical,
2
conhecido também como retorta, para ser aquecido a uma temperatura de
aproximadamente 500ºC e a partir daí, o mineral libera matéria orgânica em
forma de óleo e gás. Em seguida, o xisto passa por outra etapa, desta vez de
resfriamento, que resulta na condensação dos vapores de óleo na forma de
gotículas, que são transportadas para fora da retorta pelos gases. Essas
gotículas, coletadas, constituem o óleo pesado. Após a retirada do óleo pesado,
os gases de xisto passam por outro processo de limpeza para a obtenção do óleo
leve. O restante é encaminhado para a unidade de tratamento de gases, onde
são produzidos gás combustível e gás liquefeito (GLP) e onde também é feita a
recuperação do enxofre. Com a retirada do óleo e gás da rocha, o que sobrou é
levado para as cavas da mina para ser recoberto por uma camada de argila e
solo vegetal, o que permite a utilização da área para a criação de animais,
plantio e urbanização.
Acesse os sites abaixo para obter maiores informações:
http://www.abbra.eng.br/smsul.htm
http://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=5469
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr25/cap03.pdf
http://www.portaldogrito.org.br/arquivos_multimidia/32.ppt#341,16
http://www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo1A/xisto.html
Título: Projeto Geologia na Escola (MINEROPAR e SEED)
Texto:
Projeto Geologia na Escola
Neste projeto foram distribuídos Kits geológicos a 2000 escolas do Paraná
pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná em parceria com a Minerais do
Paraná S.A.(Mineropar) e apoio da Caixa Econômica Federal.
O citado projeto tem como objetivo oferecer um ensino voltado para as
ciências da terra, em especial a história geológica do Paraná e também oferecem
subsídios para aprofundar conteúdos das disciplinas de geografia e ciências.
O kit geológico é composto por cadernos paradidáticos que contem
ensinamentos sobre Geologia, Mineração e o Estado do Paraná; trabalhos do
geólogo e a importância das cartas geológicas para o desenvolvimento
econômico, ainda ensina como iniciar uma coleção e as características usadas na
identificação de rochas e minerais. Além disso, os cadernos ensinam que a nossa
casa vem da mineração, a história geológica da vida do Paraná, seus animais e
3
plantas fósseis e atividades práticas de Geologia de laboratório. As
transparências informam sobre o sistema solar, o tempo geológico (evolução da
vida na Terra ao longo do tempo geológico), o interior da Terra, a história
geológica da vida no Paraná, as rochas sedimentares, metamórficas e ígneas do
Estado do Pr., mapa de ocorrências minerais, entre outros assuntos. Traz além
destes materiais um atlas digital e uma coleção de amostras expostas em um
tabuleiro de madeira com dez amostras de rochas, cinco de minerais, um
testemunho de sondagem, 2 rochas ornamentais polidas, um frasco com óleo de
xisto, amostra de carvão mineral, uma réplica de fóssil, areia, brita e objetos
para determinação de propriedades dos minerais como lupa de mão, placa de
porcelana, imã, ácido clorídrico diluído e uma placa de petri.
Este projeto é de grande valia para os professores, pois auxilia o trabalho
pedagógico de uma maneira concreta, sem contar que traz embutido a
concepção que a natureza é anterior à presença do homem sobre o planeta e o
conhecimento e uso dos recursos minerais deve ter um uso racional para
garantir uma relação saudável entre homem e natureza.
Para se obter mais informações sobre este projeto e a mapas geomorfólogicos e
geológico do Paraná e de sua região é só acessar
http://www.mineropar.pr.gov.br
Problematização do Conteúdo
VISÃO INTEGRADA DA GEOGRAFIA FÍSICA A PARTIR DO ESTUDO DE ROCHAS E
MINERAIS – UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO.
Texto:
O foco deste Objeto de Aprendizagem Colaborativa (OAC) parte do
conteúdo de Geologia, considerando-se o conceito de rochas e de seus minerais
constituintes, para viabilizar ao aluno a compreensão dos demais conceitos e
processos da Geografia Física. Com esta abordagem pretende-se transmitir ao
aluno uma visão geral, não fracionada e integradora das variáveis e processos
de funcionamento do sistema terrestre, e com isto, apreender e compreender a
complexa dinâmica do planeta. A viabilização desta abordagem de ensino da
Geografia Física far-se-á a partir de uma síntese dos temas correlacionáveis,
estabelecida e estruturada na forma de fluxogramas auto-explicativos e
ilustrados, contidos em um painel ou pôster. Cada painel ou pôster, denominado
4
aqui de prancha explicativa, conterá conteúdos específicos da Geografia Física
(Rochas, Relevo, Solos, Água, etc..), cada qual correlacionável às variáveis mais
proximamente associáveis. Por exemplo: Rochas X Minerais X Solos; Rochas X
Solos X Uso dos Solos; Rochas X Solos X Relevo; Clima X Solo X Vegetação, etc.
O propósito deste trabalho é conscientizar o aluno de que o conhecimento
em si não deve ser fracionado, ou seja, desconectado da compreensão de outros
conhecimentos correlatos. Esta proposta certamente despertará no aluno, o
maior interesse pelo estudo, propiciando ao professor também uma nova forma
de aprender conteúdos para transmitir de forma igualmente diversa, e assim,
despertar maior interesse nos seus interlocutores.
Para viabilizar a apresentação da prancha explicativa, o professor deve ter
acesso às técnicas e métodos disponíveis nas áreas de cartografia e
geoprocessamento, além dos tradicionais recursos áudio-visuais. Para a melhor
compreensão dos conteúdos a serem apreendidos pelos alunos, é importante
explorar os recursos visuais, de tal modo que o professor deve utilizar-se de
gráficos, tabelas, quadros explicativos, mapas, e fotografias, associados aos já
mencionados fluxogramas.
O tema abordado neste trabalho está inserido na Dimensão Sócio-
Ambiental que integra as Diretrizes Curriculares de Geografia da Rede Pública de
Educação do Estado do Paraná. A proposta didática para o Ensino Fundamental e
Médio, aqui apresentada, se utiliza, portanto, de uma abordagem multi e
interdisciplinar, tendo como tema-referência os conteúdos da geologia.
Para a efetivação desse estudo partiu-se de levantamento bibliográfico e
cartográfico, pautado pela orientação de docente do Departamento de Geografia
da Universidade Estadual de Maringá.
O suporte teórico apoiado nos conhecimentos de geologia foi estruturado
com base em duas abordagens: Base Conceitual Introdutória – Principais Rochas
e Minerais, e Base Conceitual Específica – Geologia do Paraná. Para o primeiro
caso foram sistematizados temas como Rochas (conceito, os grupos de rochas,
os tipos mais comuns) e Minerais (conceito, minerais principais, secundários e
acessórios, os minerais presentes nos solos, e os minerais de interesse
econômico). No que diz respeito à Base Conceitual Específica, foi importante
fazer o levantamento da lito-estratigrafia da bacia sedimentar do Paraná, suas
principais rochas e minerais associados, incluindo-se a geologia do município da
sede da escola, ou seja, de Itambé. O aluno precisa conhecer seu espaço de
vivência, incluindo as diferentes variáveis deste meio físico, para que ele possa
relacionar e correlacionar seu espaço físico e antrópico com outras instâncias
5
espacialmente distantes. De sua observação o aluno deve extrair elementos
sobre os quais deve refletir e a partir disso construir conceitos.
Como material complementar foi montado uma coleção e material
fotográfico das principais rochas e minerais, salientando sua diversidade e
utilidade, visando aguçar no aluno, o interesse por estes materiais, de modo que
o mesmo possa estender a sua visão sobre os materiais litológicos e
mineralógicos, e com isto, reforçar o aprendizado dos principais temas
abordados.
Referências:
ALMEIDA, R. D. e PASSINI, E. J. O Espaço geográfico - ensino e representação.
São Paulo, Contexto, 1989.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de geografia
para a educação básica. Curitiba, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares do ensino
médio: Versão preliminar. Curitiba, 2005.
Sugestão de Leitura
Categoria: Livro
Sobrenome: ERNST
Nome: W.G.
Título do Livro: Minerais e Rochas, Série de Textos Básicos de
Geociências.
Edição: 1
Local da Publicação: São Paulo
Editora: Editora Edgard Blücher Ltda
Disponível em (endereço
WEB):
Ano da Publicação: 1971
Comentários:
O livro conceitua minerais e rochas, destacando suas características,
composição, fórmulas e imagens. Aborda os processos de formações das rochas
e sua constante transformação na crosta terrestre, através do clico das rochas.
6
Traduz de maneira simples as informações necessárias para começar a trabalhar
o conteúdo estruturante de minerais e rochas da dimensão socioambiental
integrante das Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação do Estado do
Paraná.
Categoria: Livro
Sobrenome: Brandão e Cols.
Nome: Viviane dos Santos,
Título do Livro: Infiltração da água no solo
Edição: 3
Local da Publicação: Minas Gerais
Editora: UFC – Universidade Federal de Viçosa
Disponível em (endereço
WEB):
Ano da Publicação: 2006
Comentários:
A infiltração da água no solo é uma das etapas mais importantes no ciclo
hidrológico, uma vez que é responsável pela recarga de aqüíferos e influem
diretamente o escoamento superficial e, conseqüentemente, a erosão hídrica.
Categoria: Livro
Sobrenome: Santos
Nome: Milton
Título do Livro: Metamorfoses do espaço habitado
Edição: 1
Local da Publicação: São Paulo
Editora: Hucitec
Disponível em (endereço
7
WEB):
Ano da Publicação: 1988
Comentários:
O livro foi uma das bases desta proposta didática, pois nele o autor nomeia
território como configuração territorial e define-o como o todo. Quanto ao
espaço, é conceituado como a totalidade verdadeira, semelhante a um
matrimônio entre a configuração territorial, a paisagem e a sociedade. Para o
autor, podem as formas, durante muito tempo, permanecer as mesmas, mas
como a sociedade está sempre em movimento, a mesma paisagem, a mesma
configuração territorial, nos oferecem, no transcurso histórico, espaços
diferentes. Assim, o território poderá adotar espacialidades particulares,
conforme há o movimento da sociedade (nos seus múltiplos aspectos: sociais,
econômicos, políticos, culturais e outros).
Categoria: Livro
Sobrenome: Walter e Gonçalves
Nome: Carlos W e Porto G
Título do Livro: Os (des) caminhos do meio ambiente
Edição: 6
Local da Publicação: São Paulo
Editora: Contexto
Disponível em (endereço
WEB):
Ano da Publicação: 1998
Comentários:
O livro traz um breve contexto das condições histórico-culturais das quais
emerge o movimento ecológico no mundo e no Brasil, demonstrando que cada
povo/cultura constrói o seu conceito de natureza ao mesmo tempo em que
institui as suas relações sociais. Neste conteúdo traz á tona a conscientização de
preservação do meio ambiente e manutenção do ecossistema, através da
transformação de caráter global. Essa direção aponta no sentido de que a
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humanidade seja capaz de se manter num sistema de equilíbrio dinâmico com a
terra e seus recursos. O homem deve aprender a pensar criticamente e com
responsabilidade, sendo o sujeito da história, já que é por meio de sua ação que
serão definidos os caminhos do nosso planeta.
Categoria: Internet
Sobrenome:
Nome:
Título: Projeto solo na Escola
Disponível em (endereço
WEB): http://www.escola.agrarias.ufpr.br/
Acesso em (mês.ano): Julho/2007
Comentários:
Este projeto contempla o tema solo com uma gama de informações,
imagens e experimentos.
É um Projeto de Extensão Universitária, sob o título “Solo na Escola” coordenado
pelo Departamento de Solos e Engenharia Agrícola (www.dsea.ufpr.br) da
Universidade Federal do Paraná (www.ufpr.br), com objetivo geral de
conscientizar que o solo é um componente do ambiente natural que deve ser
adequadamente conhecido e preservado, tendo em vista sua importância para a
manutenção do ecossistema terrestre e sobrevivência dos organismos que dele
dependem. E apresenta como objetivo específico desenvolver e divulgar
material didático sobre solos para o ensino médio e fundamental.
Categoria: Outros
Sobrenome: Volkmer,
Nome: Susana
Título: Mineralogia e Morfologia de Coberturas de Alteração
desenvolvidas em Rochas Vulcânicas Ácidas.
Disponível em (endereço
WEB):
9
Data de Publicação
(mês.ano): Dezembro/1999
Comentários:
Tese de doutorado em Geociências (Geoquímica e Geotectônica), pela
Universidade de São Paulo (USP), onde a autora aborda o tema de Mineralogia e
Morfologia de solos em Rochas Vulcânicas Ácidas, citando os exemplos dos
municípios de Palmas e Pinhão no Paraná. Estas informações e dados
fundamentam a proposta didática.
Categoria: Livro
Sobrenome: Teixeira, Et. Al.
Nome: Wilson,
Título do Livro: Decifrando a Terra – Oficina de Textos
Edição: 1
Local da Publicação: São Paulo
Editora: USP - Universidade de São Paulo
Disponível em (endereço
WEB):
Ano da Publicação: 2000
Comentários:
Apresenta como abordagem introdutória a dinâmica natural do planeta Terra, e
de maneira multidisciplinar explica conceitos básicos das Ciências Geológicas,
sendo que sua concepção está em decifrar como funciona o Planeta. Ao enfatizar
o papel do ser humano como agente transformador da superfície terrestre, induz
o leitor a uma reflexão responsável sobre assuntos que afetam o
desenvolvimento da sociedade.
Imagens
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Comentários:
A imagem destaca 09 exemplos de rochas metamórficas, entre elas o mármore, o
quartzito, a ardósia e o gnaisse.
Estas rochas antes classificadas como ígneas ou sedimentares sofreram uma
transformação pela ação da pressão e temperatura do interior do planeta,
passando a ser metamórficas no eterno ciclo das rochas.
São rochas de grande valor econômico, tanto quanto no intemperismo formando
um solo claro usado na agropecuária e ou como rochas ornamentais, neste
aspecto adquirindo uma valorização econômica de maior significado.
Sítio
Título do Sítio: Minerais do Paraná
Disponível em (endereço web): http://www.mineropar.pr.gov.br/
Acessado em (mês.ano): Agosto/2007
Comentários:
Site da Mineropar – Minerais do Paraná, empresa de economia mista, vinculada a
Secretaria de Estado da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul (SEIM).
No site encontram-se assuntos relacionados à Instituição, Serviço Geológico,
Economia Mineral, Geologia na Educação e Atendimento ao Público. A Mineropar
disponibiliza uma grande gama de materiais e informações sobre minerais,
minérios e rochas.
Título do Sítio: Portal Ambiental
Disponível em (endereço web): http://www.ambientebrasil.com.br
Acessado em (mês.ano): Julho/2007
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Comentários:
Entre os vários temas disponibilizados neste site, estão alguns que tem relação
com este projeto, como a Geomorfologia do Brasil, relevo, solo, vegetação,
cavernas, energia, pesca e o Aqüífero Guarani. Os artigos são ilustrados, muitos
contendo mapas para orientação e representação do espaço. A linguagem usada
é clara e coesa permitindo tanto a professores quanto a alunos, aprimorarem
sua pesquisa sobre estes temas.
Título do Sítio: Museu de Minerais e Rochas Heinz Ebert
Disponível em (endereço web): http://www.rc.unesp.br/museudpm
Acessado em (mês.ano): Julho/2007
Comentários:
É uma página do museu criada pelo Departamento de Petrologia e Metalogenia,
da Universidade Estadual Paulista (UNESP), com a finalidade de proporcionar
conhecimentos sobre os minerais e rochas, funcionando como um grande Banco
de Dados, onde o acervo é disponibilizado em forma de dados e imagens para
visitação ou para realizar pesquisas sobre a aparência, a ocorrência e as
propriedades físicas de minerais e gemas, propriedades físicas e ou tecnológicas
de rochas ornamentais ou, ainda, sobre a existência dos tipos de rochas e ou
minerais em determinados municípios.
Título do Sítio: Projeto Biosfera
Disponível em (endereço web): http://www.projetobiosfera.com.br
Acessado em (mês.ano): Agosto/2007
Comentários:
O Projeto Biosfera é um banco de dados em constante ampliação, de livre acesso
e uso gratuito, com informações sobre o meio ambiente do Brasil, o natural e o
criado pelo homem, a geografia física, econômica e ambiental, a flora e fauna,
sua proteção, as instituições de pesquisa e notícias sobre o meio ambiente. O
conteúdo do site é fornecido, basicamente, por instituições de pesquisa e
preservação do meio ambiente e de pesquisadores independentes, garantindo
assim a consistência dos dados. A utilização destas informações é livre para fins
escolares e particulares, estando restrito apenas para o uso comercial.
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Título do Sítio: Museu de Ciências e Técnica da Escola de Minas / UFOP – Ouro
Preto
Disponível em (endereço web):
http://www.museu.em.ufop.br/mineralogia.php
Acessado em (mês.ano): Outubro/2007
Comentário:
O Museu de Mineralogia tem uma coletânea diversificada com o objetivo de
coletar, preservar e expor minerais ou peças que estejam diretamente
relacionadas com a Mineralogia. Seu papel principal é divulgar e tornar
conhecida a coleção de minerais da Escola de Minas e as riquezas naturais do
Brasil.
Sons e Vídeos
Categoria: Vídeo
Título: TERRA UM PLANETA FASCINANTE – Edição Especial
Direção: Discovery Channel
Produtora: Discovery Channel
Duração (hh:mm): 01:20
Local da Publicação: EUA
Ano: 2002
Disponível em (endereço
web):
Comentário:
Este documentário mostra a nossos alunos uma variedade de informações e
transformações que ocorrem no planeta Terra, de uma forma integrada entre as
rochas, relevo, vulcões, terremotos e as devastação em regiões acometidas por
estes vulcões e terremotos. Também explica a teoria de como foi à separação da
África com a América do Sul.
Sinopse
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Prepare-se para presenciar um verdadeiro e assombroso espetáculo. Mergulhe
em oceanos e escale montanhas para conhecer o catastrófico passado e o
violento presente de nosso planeta. Os eventos aqui registrados são
assustadores e fascinantes! Você sabia que todos os anos uma média de 18.000
meteoritos cai na Terra; a apenas 7,4 km abaixo de você e temperatura que
chega a 3.000 graus; ou que o topo do Monte Everest um dia já foi o fundo do
oceano? Fique por dentro da história da Terra, explore a Lua com os astronautas
da Apollo, esteja presente na maior exploração subterrânea do mundo. Veja o
mais antigo artefato geológico da Terra - uma rocha de 3,7 bilhões de anos.
Descubra como a África e a América do Sul se separaram milhões de anos atrás.
Testemunhe os efeitos devastadores de um terremoto e de um vulcão em
erupção. Você não vai acreditar no poder deste extraordinário planeta!
Categoria: Vídeo
Título: Sed – Ivasión Gota a Gota - ("Sede, Invasão Gota a
Gota)
Direção: Mausi Martinez
Produtora:
Duração (hh:mm): 00:24
Local da Publicação: Argentina
Ano: 2004
Disponível em (endereço
web):
Documentário que pauta sua narrativa no Aqüífero Guarani - maior reservatório
subterrâneo de água doce do planeta. O Aqüífero Guarani tem cerca de 1,2
milhão de km², sendo 840.000 Km² no centro-sudoeste do Brasil (abrangendo os
estados do Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul), 255.000 Km² no nordeste da Argentina, 58.500
Km² no noroeste do Uruguai e 58.500 Km² no sudeste do Paraguai.
Sinopse
Retrata o interesse dos EUA na região da Tríplice Fronteira, devido a riqueza
escondida no subterrâneo: "O Aqüífero Guarani".
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“Sed, Invasión Gota a Gota” denuncia o acordo entre os governos do Paraguai e
dos EUA. Nele os soldados estadunidenses têm imunidade em operações locais.
Enquanto Argentina e Uruguai discutem fábricas, o Paraguai têm uma base
militar dos EUA a apenas 200 km da Argentina e 300 km do Brasil
Categoria: Vídeo
Título: Série "Planeta Terra" – 11 Documentários
Direção: BBC
Produtora: Discovery Channel e a BBC
Duração (hh:mm): 00:50
Local da Publicação: EUA
Ano:
Disponível em (endereço
web):
Comentário:
Documentário composto por 11 habitat do Planeta Terra, rico em informações
e detalhes da diversidade do planeta que podem e devem ser explorados nas
aulas de geografia. Cada um tem por volta de 50 minutos e são dublados.
Para a proposta de trabalho apresentada aqui todos os 11 habitat se encaixam
no tema, mas destacamos o habitat "montanhas", pois, nele é retratado o
processo de formação do relevo terrestre pela dinâmica interna do planeta,
podendo ser complemento da aula de movimentos tectônicos, vulcanismo e a
formação das rochas magmáticas.
Texto (ex: letra da música):
Resumo dos Documentários:
1- Planeta vivo: mostra os ritmos da Terra: estações, migrações, cadeia
alimentícia, sistemas meteorológicos, dia e noite.
2- Montanhas: recria a criação dessas "cicatrizes" através das transformações e
movimentos do núcleo derretido da Terra.
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3- Água doce: trata sobre este recurso vital para a vida na Terra, que sustenta
mais espécies de peixes que as existentes nos mares e tem o poder de esculpir
paisagens como gargantas, cânions e cachoeiras. A existência de água doce
define a distribuição da vida na terra. O programa acompanha o percurso dos
rios desde a nascente até seu desembocar no mar e apresenta momentos únicos
do drama da vida animal, onde aparecem grupos de macacos mergulhadores,
bandos de gansos-da-neve e um frenesi de piranhas nas águas perigosas do
Pantanal.
4- Cavernas: mostra a gigantesca caverna Lechuguilla e outros exemplares desta
formação.
5- Desertos: fotografia com superposição de lapsos de tempo e câmeras starlight
captam dunas em movimento e a vida noturna do deserto do Saara.
6- Mundo congelado: os cenários, o clima e as espécies de uma região remota e
gelada do planeta.
7- Grandes planícies: o Sahel, no oeste africano; as pastagens da Mongólia e as
planícies inundáveis dos pântanos de Okavango, em Botsuana.
8- Florestas: uma visita às gigantescas sequóias americanas, aos Baobás de
Madagascar e às florestas virgens de árvores caducas do leste europeu.
9- Florestas tropicais: mostra os "pulmões do planeta" e o desenvolvimento
dessas florestas durante milhares de anos.
10- Águas rasas: acompanhe terríveis tempestades nas áreas mais ricas do
oceano.
11- Oceanos: dá seguimento ao "Planeta Azul" com uma viagem pelas
profundezas dos mares do planeta.
Disponível no acervo de: Vídeo Locadora
Categoria: Vídeo
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Título: ROCHAS
Direção: Mec
Produtora: TV ESCOLA
Duração (hh:mm): 00:19
Local da Publicação: BRASIL
Ano: 2000
Disponível em (endereço
web):
Comentário:
Documentário que compõe a Série "Materiais e suas propriedades”, abordando
transformações que ocorrem no planeta Terra, sob diferentes aspectos.
O programa "Rochas" deve ser utilizado em aula para demonstrar os fenômenos
de transformação, não necessariamente químicos, mas também físicos, sem que
haja alteração da estrutura da matéria: erosão, resfriamento etc.
O vídeo trata apenas de algumas características das rochas, tais como formação
e classificação.
Texto (ex: letra da música):
Disponível no acervo de: TV Escola
Categoria: Vídeo
Título: O Inferno de Dante
Direção: Roger Donaldson
Produtora: Universal Pictures / Pacific Western
Duração (hh:mm): 01:28
Local da Publicação: EUA
Ano: 1997
Disponível em (endereço
web):
17
Comentário:
Este filme pode ser trabalhado dentro deste conteúdo de geografia sobre
vulcanismo e as rochas ígneas. Como exemplo do poder do vulcanismo em
alterar e destruir o ambiente ao seu redor causando destruição, mortes
humanas, animais e vegetais e perda econômica.
SINOPSE:
Harry Dalton (Pierce Brosnan), um vulcanologista (perito em fenômenos
vulcânicos), e Rachel Wando (Linda Hamilton), a prefeita de Dante, uma
pequena cidade, tentam convencer o conselho dos cidadãos e outros geólogos a
declarar estado de alerta, pois um vulcão muito próximo, que está inativo há
vários séculos, entrará em erupção. Mas interesses econômicos são contrariados
com a notícia e pode afastar um grande empresário que pretende fazer
investimentos que ira gerar 800 empregos diretos na cidade.
Um geólogo chega à uma pequena cidade para checar indícios de que um vulcão
inativo irá entrar em erupção, mas termina sendo contestado pelos comerciantes
locais. Com Pierce Brosnan e Linda Hamilton.
Disponível no acervo de: Vídeo Locadora
Categoria: Vídeo
Título: O Núcleo - Missão ao Centro da Terra (The Core)
Direção: Discovery Channel
Produtora: Discovery Channel
Duração (hh:mm): 02:20
Local da Publicação: EUA
Ano: 2003
Disponível em (endereço
web):
Comentário:
Filme de ficção científica que relaciona as partes do interior do planeta Terra até
chegar ao magma. Ao passar por cada uma destas divisões internas os minerais
que a compõe são destacados, quanto mais profundo a nave vai adentrando
maiores se tornam os minerais, e nesta passagem os cristais vão se tornando
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gigantescos, um exagero do filme que favorece a aula de geografia pois se
percebe claramente as propriedades destes minerais, percebe-se também que a
pressão e a temperatura elevada favorece o hiperdesenvolvimento dos cristais.
Outro momento que se deve aproveitar para debater em aula é quando a nave
entra em um geódo.
Sinopse
Por razões desconhecidas, o núcleo da Terra parou de girar e o campo
eletromagnético do planeta começa a se deteriorar rapidamente. A vida em todo
o globo muda dramaticamente. Em Boston, 32 pessoas com marca-passos, todas
numa área de dez quarteirões, morrem inesperadamente. Em São Francisco, a
ponte Golden Gate cai, matando centenas de pessoas. Na praça Trafalgar, em
Londres, bandos de pombos perdem a noção de navegação e se jogam contra os
transeuntes e contra os pára-brisas dos carros fazendo com que os motoristas
percam o controle dos veículos. Em Roma, milhares de turistas observam uma
super tempestade elétrica transformar em pó o Coliseu. Tentando solucionar a
crise, membros do governo e das forças armadas dos Estados Unidos convocam
o geofísico Josh Keyes e uma equipe dos mais talentosos cientistas do mundo
para fazerem uma viagem ao núcleo da Terra numa nave especial pilotada pelos
“terranautas” major Rebecca “Beck” Childs e o comandante Robert Iverson. A
missão deles é detonar uma bomba nuclear para reativar o núcleo e salvar o
mundo da destruição
Disponível no acervo de: Vídeo Locadora
Notícias
Categoria: Revista on-line
Sobrenome: Emissora de TV
Nome: Rede Globo
*Título da Notícia/Artigo: Tensão em reserva indígena
*Nome da revista: Revista Eletronica "Fantástico"
Disponível em (endereço
WEB):
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1
658603-4005,00.html
*Acessado em (mês.ano): Outubro/2007
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Comentário:
Notícia veiculada pela revista eletrônica “Fantástico do dia 22 de outubro
de 2007”, a tensão acontece entre garimpeiros e índios cintas largas, o motivo é
a invasão do território da reserva indígena pelos garimpeiros em busca de uma
das maiores reservas minerais de diamante do mundo.
A notícia traz a tona uma reflexão antiga sobre o uso indiscriminado dos
recursos minerais, que por um lado geram lucro e divisas, propiciando o avanço
e a modernidade, mas que por outro lado traz embutido o mal uso destes
recursos e que ao retirá-los da natureza causa a degradação ambiental, gerando
entre os homens a cobiça, a inveja, que muitas vezes levam a morte.
NOTÍCIA NA INTEGRA:
Uma situação explosiva no norte do Brasil: atraídos por diamantes, garimpeiros
exploram uma jazida em terras indígenas. O mesmo lugar onde, há três anos,
aconteceu um massacre em que 29 garimpeiros morreram. O governo mandou
fechar a jazida, mas você vai ver que ela voltou a funcionar. E um novo conflito
pode estar prestes a acontecer.
“Fiquei sabendo dia 21. Quando sai de manhã e fui à padaria, eles me
contaram”, lamenta a viúva Neiva Lagares.
Até hoje, mais de três anos depois, um massacre que chocou o Brasil ainda faz
muita gente chorar. No estado de Rondônia, no dia 7 de abril de 2004, 29
garimpeiros que invadiram uma reserva indígena foram mortos a tiros por índios
cintas largas. Os garimpeiros iam em busca de diamantes. Vinte e quatro índios
foram indiciados, mas, até hoje, ninguém foi preso.
Esta semana voltamos à região para apurar uma denúncia: haveria risco de um
novo massacre porque o garimpo continuaria funcionando, apesar de um decreto
do governo federal que proíbe a exploração dos diamantes na reserva.
Em junho, uma policial rodoviária foi presa ao tentar sair de Rondônia com mais
de 100 diamantes do garimpo, que deveria estar fechado. Parte das pedras
estava na calcinha e pelo menos 30 ela havia engolido.
Em Rondônia existem quatro aldeias da tribo cinta larga. Cerca de 1,3 mil índios
vivem numa área que tem aproximadamente o tamanho do estado de Sergipe.
Espigão d´Oeste é a cidade mais próxima de uma das quatro aldeias, a
Roosevelt, onde aconteceu o massacre de 2004.
Estudos mostram que a área esconde uma das maiores reservas de diamantes do
mundo, com capacidade para produzir R$ 40 milhões por mês.
O primeiro contato com os cintas largas foi feito em 1969. A descoberta dos
diamantes na reserva Roosevelt, há oito anos, trouxe problemas para os cintas
20
largas.
“Os índios normalmente são pouco habituados com o valor do dinheiro. Então,
quando fazem a venda de diamantes, eles vêm para a cidade e gastam esse
dinheiro de forma rápida, às vezes até inconseqüente”, explica Rodrigo de Souza
Carvalho, delegado da Policia Federal.
Para descobrir se o garimpo continua mesmo em atividade, nossa equipe precisa
embarcar num avião monomotor. A Polícia Federal tenta impedir o
funcionamento do garimpo, mas os garimpeiros sabem como furar o bloqueio.
“O que eles fazem é contornar as estradas, varando por dentro da selva e
ingressando para dentro do garimpo”, conta o delegado Mauro Sposito.
São três horas de vôo de Espigão d´Oeste até o garimpo.
Primeiro, sobrevoamos a aldeia. Depois, encontramos uma clareira, prova da
devastação do garimpo. Na área enorme, não sobraram nem as raízes das
árvores gigantescas. Aparentemente, tudo deserto, já que os garimpeiros e os
índios se escondem quando vêem o avião. No entanto, basta chegar mais perto
que é possível ver uma escavadeira e outras máquinas usadas no garimpo. Mais
adiante, um caminhão e algumas pessoas. Cobertas com plástico azul, várias
barracas de garimpeiros. Mais dois homens aparecem, um forte indício que o
garimpo continua ativo.
Para entrar na aldeia Roosevelt tivemos que esperar quatro dias por uma
autorização dos cintas largas. A pobreza dos índios contrasta com a riqueza dos
diamantes.
Perguntamos ao cacique da tribo se ele tem conhecimento do garimpo. Ele disse
que tem, e aponta o que acredita ser uma solução.
“A solução é a não legalização para o homem branco trabalhar, mas para que o
povo indígena brasileiro possa trabalhar e extrair a sua riqueza natural, não só
do garimpo, mas de outros”, diz Marcelo cinta-larga.
De acordo com o delegado Mauro Sposito, é preciso definir logo o que deve ser
feito.
“Se será explorado por alguma outra empresa, se será explorado pelos próprios
indígenas. Tem que ter uma definição, pois a falta dela é que causa essa situação
de tensão na área. O que todos na região mais temem é a repetição de um
massacre como o de 2004”, alerta. “Tanto há risco dos garimpeiros matarem os
índios, quanto há risco dos índios matarem os garimpeiros”, afirma.
Celso Fantini, delegado do Sindicato dos Garimpeiros, reforça essa preocupação.
“Se for descoberto nas áreas adjacentes uma área que seja rica como era a
grotinha, provavelmente haverá um novo massacre, até em proporções
21
maiores”, prevê.
Se a legalização vier, fica sempre a pergunta: e quando esse garimpo se esgotar,
qual será o próximo?
“O garimpo nunca parou e quem disser o contrário está mentindo. O mesmo que
aconteceu com meus irmãos e com os outros pode acontecer com isso a
qualquer instante”, diz Edith.
Encontre essa reportagem em:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,4005,00.html
Categoria: Jornal on-line
Sobrenome: Lopes
Nome: Bernardo Liro
*Título da Notícia/Artigo: O mercúrio dos garimpos jogados no rio Madeira
comprometem o ecossistema
*Nome do jornal: Artigo da Fundação Perseu Abramo
Disponível em (endereço
WEB):
http://www2.fpa.org.br/portal/modules/news/article.php?
storyid=349
*Acessado em (mês.ano): Julho/2007
Comentário
As denúncias de contaminação dos rios para extração de ouro e outros
minerais são inúmeras no território brasileiro, cito aqui a do Rio Madeira que
está contaminado com mercúrio usado para separar o ouro da areia e cascalho
do rio. Um problema antigo, mas que até hoje não se tomaram nenhuma
providências contra esta poluição e envenenamento da água do rio e
conseqüentemente dos peixes que nela habitam.
O texto serve como subsídio para o professor trabalhar a importância do
uso racional dos recursos minerais, e mostrar que casos de mineração
irresponsáveis como a que ocorreu não podem ser mais admitidos em nosso
País.
Notícia na íntegra:
Em 1978 ocorreu a primeira afluência de garimpeiros no rio Madeira. Esses
garimpeiros trabalhavam de forma rudimentar, com suas bateias, em praias e
cachoeiras. Encontraram ouro e a notícia se espalhou.
22
Começou então a corrida do ouro no Madeira: em 1979 já havia perto de 5 mil
homens trabalhando com bateias e com bombas de sucção (que retiram o
cascalho do fundo do rio, lavam a areia e retiram o ouro). Em 1979, o
Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) fez um levantamento da
viabilidade do garimpo no Madeira, e deu concussões para que o Ministério das
Minas e Energia (MME) criasse a reserva garimpeira (Portarias 1.345/79 e
1.034/80).
A reserva garimpeira do rio Madeira tem 192 km2 de área e se estende por
180 km, acima de Porto Velho. Atualmente, há cerca de 20 mil pessoas -
garimpeiros, aventureiros, marginais, traficantes e prostitutas - vivendo nos
núcleos do garimpo: Teotônio, Morrinho, Caldeirão, Jirau, Embaúba, Vai Quem
Quer e Prainha são os mais importantes.
O trabalho concentra-se no período de junho a novembro, época da baixa
do rio. O garimpo é de fundamental importância para a economia do município
de Porto Velho, principalmente para o comércio local, mas traz também grandes
prejuízos em virtude da poluição das águas do Madeira pelo mercúrio, utilizado
na extração do ouro.
O mercúrio é usado pelos garimpeiros para a amalgamação do ouro
extraído do leito do rio por meio de balsas, dragas, bombas de sucção e bateias.
Na hora da lavagem do cascalho e da queima do mercúrio para amalgamar e
separar o ouro da areia, há a contaminação do ambiente. 45% do mercúrio que
se perde nesse processo vai diretamente para as águas do rio e 55%, para a
atmosfera, na forma de gases. Ao cair na água, o mercúrio entra em reação
química, formando o metilmercúrio, altamente tóxico. Os gases com mercúrio
permanecem na atmosfera por aproximadamente seis dias, quando se
precipitam sobre o solo e sobre os afluentes do rio Madeira. Depositado no solo e
no cascalho das margens desses afluentes, com as primeiras chuvas esse
mercúrio é levado para o Madeira, contaminando a água e os peixes que se
alimentam das algas e plantas aquáticas.
Além de ser a principal via fluvial de Rondônia, o Madeira é responsável,
juntamente com o Igarapé Bate-Estaca, pelo abastecimento de água e de peixes
para a população de Porto Velho. Os mais de 300 mil habitantes de Porto Velho
estão, portanto sujeitos à contaminação pelo mercúrio, tanto por meio da água e
dos peixes consumidos, como pelo próprio ar. Isto porque no centro da capital
do estado existem cerca de 80 compradores de ouro que, ao queimarem
mercúrio no processamento do ouro, jogam gás venenoso na atmosfera por meio
dos exaustores. Essas firmas de compra de ouro deveriam ter concentradores de
23
gases em seus exaustores, para não expor seus vizinhos e os transeuntes ao
perigo de contaminação.
Autor:Bernardo Liro Lopes
Artigo da Fundação Perseu Abramo
Publicado na página Teoria e Debate
Destaques
Título: ASTROBLEMA NO PARANÁ
Fonte: http://www.unicamp.br
Texto:
No dicionário Aurélio a palavra astroblema tem origem do grego
(astron=astro; blema=cicatriz) e tem como significado cicatriz deixada na
superfície da Terra por uma cratera de impacto antiga, consiste nas marcas
deixadas na superfície dos planetas pelo impacto de corpos celestes, como
asteróides, meteoritos ou cometas após modificação por processos erosivos. Os
astroblemas têm geralmente dimensões de até dezenas de quilômetros,
contendo em seu interior rochas intensamente modificadas por metamorfismo
de impacto (ou de choque).
Não se tinha notícia que existia uma no estado do Paraná, sabia-se que no
Brasil eram reconhecidas quatro crateras de impacto, sendo que o professor
Álvaro Penteado Crosta da Unicamp foi o responsável pela identificação de duas,
a de Araguainha (Mato Grosso) e Vargeão (Santa Catarina). As outras duas,
Cangalha (Tocantins) e Riachão (Maranhão), foram reconhecidas por um
geólogo norte-americano, John McHone.
Graças a perspicácia de Osmar Eugenio Kretschek, engenheiro florestal que
ao ler em uma revista a matéria sobre a cratera do Vargeão (SC), reproduzida do
Jornal da Unicamp nº. 225, informou sobre uma feição que ele havia observado
no sudoeste do Paraná. Segundo o relato do engenheiro, a área apresentava
características muito semelhantes às descritas na reportagem: uma depressão
circular com mais de 9 km de diâmetro, na região de Vista Alegre, município de
Coronel Vivida no estado do Paraná.
Com esta descoberta da cratera de impacto o município passou a fazer
parte da rota de pesquisa mundial, sendo transformada em sítio geológico
voltado para o turismo e para a divulgação científica. Ao lado de pontos
históricos consagrados no Paraná, como o Parque Nacional de Iguaçu que abriga
24
as Cataratas do Iguaçu, o Parque de Vila Velha e a Unidade de Conservação da
Ilha do Mel, a cratera de Vista Alegre também recebeu o reconhecimento da
Mineropar – Minerais do Paraná, empresa estatal que regula as ações na área de
geologia e recursos minerais.
Um bom motivo de ordem econômica para que seja estimulado o estudo
das crateras de impacto enterradas em bacias sedimentares, são que as rochas
fragmentadas pelo impacto formam excelentes reservatórios para petróleo e
gás.
Os Mapas da cratera e maiores informações sobre ela, estão nos endereços
eletrônicos:
http://www.unb.br/ig/glossario/textos/CraterasImpactoAlvaroCrosta.pdf ou
em Crósta, A.P. 2006. Crateras meteoríticas no Brasil. Textos de Glossário
Geológico Ilustrado. http://www.unb.br/ig/glossario/
(artigo científico de 08 páginas, com a temática Crateras Meteoríticas no Brasil,
onde tem as ilustrações com imagens de satélites destes locais, do prof. Drº
Alvaro Penteado Crosta do Instituto de Geociências da Unicamp)
http://www.mochileiros.com/viewtopic.php?p=280323
(O site mochileiros, tem como indicação de aventura uma visita às crateras
meteoríticas do Brasil, nele é descrito a localização e as principais
características como idade, diâmetro, morfologia entre outras informações de
cada uma das crateras, fonte de informações é a Unicamp).
http://cienciahoje.uol.com.br/view/3158
(reportagem ilustrada de Eliana Pegorim, da revista Ciência Hoje das Crianças de
14/12/04, trabalha a temática dessas crateras que pesquisadores da
Universidade Estadual de Campinas descobriram a manchete é: “Um imenso
queijo suíço Cientistas encontram mais uma cratera – a quinta! – formada pela
queda de um meteorito no Brasil”).
Jornal de Beltrão - 22/12/06) - Regional - Coronel Vivida
(A Assessoria de Comunicação e Imprensa da UNICAMP, noticiam “Placas
indicam local de provável queda de asteróide em Vista Alegre).
http://www.unicamp.br/unicamp_hoje/ju/maio2004/ju250pag03.html
(reportagem de Luiz Sugimoto com a manchete “Pesquisadores do IG descobrem
no Sul uma nova cratera formada por impacto de corpo celeste. Elas podem ser
gêmeas”).
Título: DIAMANTE X CARVÃO - IGUAIS, MAS TOTALMENTE DIFERENTES.
25
Fonte: ERNST, W.G. Minerais e Rochas
Texto:
São iguais, pois são feitos do mesmo elemento químico (carbono) e têm a
mesma composição química. São diferentes, porque o diamante é translúcido e
brilhante enquanto o carvão é opaco e escuro. O diamante é um dos mais duros
materiais do planeta, enquanto o carvão esfarela-se muito facilmente. O
diamante é super valorizado pela sua beleza ocupando lugar de destaque no
mundo, enquanto o carvão é mais barato e serve apenas para queimar no fogo.
Esta diferença se explica porque as moléculas do carvão estão dispostas
desordenadamente, cada uma numa direção, o que impede a passagem da luz e
torna frágil a sua estrutura. E as moléculas do diamante estão perfeitamente
ordenadas, todas na mesma direção, o que confere elevada dureza ao material e
permite à luz atravessá-lo facilmente.
As referências citadas trazem maiores informações e maior riqueza de
detalhes sobre este tema:
Texto informativo sobre o carbono abordando seu descobrimento na era pré-
histórica, as propriedades físicas e químicas, compostos orgânicos e inorgânicos,
ciclo do carbono na natureza e aplicações . Acesso:
http://www.tabelaperiodica.hpg.com.br/c.htm.
Artigo da Revista Inovação Tecnológica sobre a Produção de hidrogênio gerou
diamantes como subproduto, na Universidade de Pensilvânia, Estados Unidos.
Acesso:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=01011506
0628.
Investigação Disciplinar
Título: PRANCHAS TEMÁTICAS DE GEOGRAFIA FÍSICA NUMA VISÃO DE
INTEGRAÇÃO DE CONCEITOS
Texto:
As pranchas temáticas propostas neste trabalho partem de uma visão multi
e interdisciplinar para a transmissão integrada dos conceitos da geografia física
e humana (uso do solo, dos recursos minerais e análise da paisagem
antropizada). Neste projeto, foram feitas 06 pranchas (pôster, banner)
temáticas, constituídas por organogramas contendo conceitos e ilustrações. As
medidas destas pranchas serão de 1,00 m. por 0,90 m, e para facilitar o dia-a-
26
dia escolar também foram impressas em transparências para uso em
retroprojetor. O conteúdo tratado em cada prancha segue abaixo:
Primeira prancha temática - “Rochas e minerais”: São apresentados os
conceitos de rochas, minerais, minerais acessórios e argilominerais, além das
três classificações de rochas, ilustradas com fotos dos principais minerais
formadores de rochas e os acessórios que formam a composição química destas
rochas.
Segunda prancha temática - “Rochas e solos”: Ela foi dividida em três partes,
sendo que na primeira parte são apresentadas as rochas mais exploradas pelo
homem, que tipo de atividades e finalidades para as quais elas são usadas e os
principais problemas ambientais apresentados decorrentes de sua exploração.
Na segunda parte é apresentada a relação rocha-solo, incluindo-se o conceito de
solo, as principais rochas encontradas no Paraná e o solo decorrente destas
rochas, por intemperismo químico (principalmente), e também os nutrientes dos
solos (elementos químicos favoráveis à sua fertilidade), com vistas ao plantio e
ao crescimento de outras plantas. Na terceira parte são apresentados os solos
encontrados no município de Itambé (região Norte-Central do Estado do
Paraná), provenientes da alteração do basalto. Este solo comumente é conhecido
como terra roxa (atualmente designado Nitossolo), que é de grande fertilidade
agrícola.
Terceira prancha temática - “As rochas e o relevo”: Traz o conceito de relevo,
exemplificando os principais tipos de relevos do mundo, e seus respectivos tipos
de rochas associadas. Em se tratando do relevo, as ilustrações do mesmo se
fazem necessárias.
Quarta prancha temática - “Rochas, relevo, água e solos”: Aproveitando-se o
contido na Terceira prancha, esta estabelece a relação existente entre as formas
de circulação da água (infiltração e escoamento superficial) nos diferentes tipos
de terreno, ressaltando-se também de que maneira esta circulação atua no
intemperismo químico que formará os solos. É importante apresentar
inicialmente o ciclo das águas, incluindo-se conceitos de bacias hidrográficas,
rios de planalto e de planície, rios temporários e rios permanentes e o conceito
de fontes naturais, poços artesianos e semi-artesianos.
Quinta prancha temática - “Quadro geral de correlações das principais
variáveis do meio físico” Partiu-se da divisão dos climas, a saber:
desértico/árido, semi-árido, tropical (NE oriental e zona equatorial), Tropical
(Brasil Central), Subtropical (incluindo região Sul do Brasil), Equatorial e Frio. A
partir desta divisão fez-se a correlação das rochas, com os sedimentos, a
27
drenagem, o solo (dominante) e as vegetações associados a cada um destes
climas. Para a melhor compreensão deste estudo, fez-se ilustrações da paisagem
específica de cada clima.
Sexta prancha temática, “Paisagem natural e antrópica (humanizada)”:
Conceituam-se as duas paisagens, inserindo as mesmas no contexto das regiões
do Brasil (regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). Para o mapa
contendo cada região, em específico, fez-se a caracterização das paisagens
naturais correlacionando-se os elementos físicos que a compõem e da paisagem
antropizada, que caracteriza as atividades econômicas desenvolvidas nas zonas
rurais e urbanas e os problemas ambientais decorrentes do mau uso ou do uso
indiscriminado destas atividades.
Proposta de Atividades
Texto:
Primeira prancha temática “Rochas e minerais”
Como sugestão de trabalho nesta prancha, deve-se usar a caixa de rochas e
minerais do Projeto Geologia na Escola para os alunos trabalharem com o
concreto e visualizar as diferenças e semelhanças.
Com relação às rochas sedimentares seria interessante identificar aquelas
que apresentam camadas mais claras e mais escuras possibilitando aos alunos
perceberem momentos de sedimentação mais antigas e mais recentes, chamar a
atenção dos alunos também para as rochas com folhas, gravetos, insetos e
animais fossilizados.
Reforçando a aprendizagem desta prancha os alunos divididos em grupos
devem montar a sua coleção de amostras de minerais e rochas encontrados por
eles em sua região, as não encontradas pode-se utilizar material fotográfico.
Todas as peças e fotos das amostras devem ser catalogadas e criada uma ficha
de identificação constando: composição, utilização e onde foram encontradas (as
amostras devem ter a cidade ou região e as fotos a fonte de onde foram tiradas).
Como fixação da aprendizagem desenvolver atividades conforme as séries,
com o tema Rochas e Minerais tais como palavra-cruzada, caça-palavra,
criptograma e dominó.
Trabalhar:
· Filme da TV Escola: “Rochas”, em 19 minutos conceitua a formação dos três
tipos de rochas;
28
· Mapa “Paraná – Recursos Minerais”;
· Ou filme sobre os impactos do vulcanismo (ver as fichas em som e vídeo);
· Recursos minerais do Paraná (site Mineropar);
· Montar com os alunos o Ciclo das Rochas.
Segunda prancha temática “Rochas e solos”
Usar as rochas e o solo do município de vivência dos alunos, para
fundamentar esta prancha temática. Faz-se necessário o uso do “Mapa do
Paraná – Solos e Usos do Solo”.
Sugerir que os alunos montem uma aula multimídia (power point) de seu
município, formada com fotos aéreas do programa Google Earth e com fotos
tiradas por eles dos diferentes tipos de solo e o uso do solo urbano e rural,
destacando os principais problemas ambientais conseqüentes desta exploração
dos diversos usos do solo.
Como complemento orienta-se o uso do Projeto de Extensão Universitária
com o título “Solo na Escola”, cujo objetivo é a conscientização de que o solo é
um componente do ambiente natural que deve ser conhecido e preservado.
Terceira prancha temática “As rochas e o relevo”
Incluir neste trabalho o conteúdo dos principais agentes internos
modificadores do relevo terrestre e as implicações sociais e ambientais, que eles
causam. Quando ocorrem abalos sísmicos, por exemplo, a intensidade dos
tremores também dependerão do tipo de rocha que sofrerá a ação das ondas
sísmicas, bem como a relação dos vulcões e a constituição das rochas
(Magmáticas) em intrusivas vulcânicas e plutônicas e ainda o tectonismo de
placas e formação de montanhas. Portanto, seria possível acrescentar os
dobramentos recentes e antigos para introduzir o estudo do relevo tanto a nível
regional, quanto mundial, através das Eras Geológicas.
Usar os mapas do “Brasil e do Paraná Geomorfólogicos”, e um mapa temático
adaptado da geomorfologia da região onde o município está inserido.
Complementar o estudo com pesquisa e ilustração por foto ou desenho do
relevo predominante no município, montar junto com os alunos uma maquete do
relevo, trabalhando o perfil do município de leste/oeste e norte/sul. Existem
muitos softwares que facilitam este estudo como os que viabilizem a construção
dessas diferentes representações gráficas, tais como Corel Draw, Autocad,
Power Point, Global Mapper (perfil do relevo, imagens por satélites, mapa em
3D) e Surfer (bloco diagrama).
29
Quarta prancha “Rochas, relevo, água e solos”
Nesta prancha aconselha-se ao professor o uso do documentário em DVD,
“Água Doce” da BBC – 47 minutos, cujo tema é a água, este recurso vital para a
vida na Terra.
Outro filme que o professor pode usar é o documentário argentino “Sed –
Ivasión Gota a Gota” ("Sede, Invasão Gota a Gota"). Ele pauta sua narrativa no
Aqüífero Guarani.
Nesta prancha para o aluno ter maior compreensão do tema aconselha-se o
uso dos mapas "Brasil e Paraná - Bacias hidrográficas".
Com os alunos pesquisar sobre o uso “indiscriminado” (ou não) das águas do
Aqüífero Guarani, como se pretende fazer em municípios no Norte do Estado do
Paraná.
Pesquisar também como o uso indevido ou indiscriminado pode afetar os
“aspectos geológicos” na superfície.
Quinta prancha temática “Quadro geral de correlações das principais variáveis
do meio físico”
Pode-se aqui trabalhar os Mapas Mundi, Brasil, Paraná e a Região onde se
encontra o município de vivência do aluno com os temas: clima, vegetação e
rede de drenagem.
Sexta prancha temática “Paisagem natural e antrópica (humanizada)”
Como atividade o professor pode montar uma prancha de seu município com
as atividades econômicas predominantes na zona rural e urbana e os principais
impactos ambientais que elas causam.
Sugerir aos alunos uma pesquisa do que pode ser feito em pedreiras
desativadas. Citando o exemplo da Pedreira Paulo Leminski em Curitiba/Pr
Contextualização
Título: A IMPORTÂNCIA DOS BENS MINERAIS PARA A SOCIEDADE.
Texto:
Entre os temas abordados na Geografia, o estudo rochas e seus minerais
30
constituintes é importante para que também se possa estender o conhecimento
aos bens minerais existentes na natureza, que têm importância vital para a
sociedade, como a água, o petróleo e o carvão. Importância que pode-se
comprovar pelas diferentes fases de evolução da humanidade que foram
intituladas com nome de minerais como idade da pedra, do bronze, do ferro, etc.
Assim, nenhuma civilização pode sobreviver sem o uso dos bens minerais, que
atende muitas das necessidades básicas do ser humano como alimentação,
moradia e vestuário.
Quanto à relação rocha-solo, vimos que o conhecimento empírico da
fertilidade do solo remonta há milhões de anos, como exemplo pode-se citar os
egípcios que desenvolveram uma civilização magnífica aproveitando o solo de
uma região desértica que era banhado durante algum tempo pelas cheias do rio
Nilo, ou os chineses que dividiam suas terras de acordo com a produtividade
agrícola, há mais de 3.000 a.C., ou os romanos que sem o conhecimento que
existe hoje conseguiram classificar os solos em nove tipos. E na atualidade
podemos citar uma poderosa agricultura no Deserto de Neguev em Israel.
Perspectiva Interdisciplinar
Título: O INTEMPERISMO DO BASALTO FORMANDO A TERRA ROXA.
Texto:
Este trabalho tem como proposta idealizadora, transmitir ao educando, o fato
de que o conhecimento não deve ser fracionado, ou seja, desconectado da
compreensão de outros conhecimentos correlatos. Assim a partir da presente
proposta, o trabalho visa interrelacionar-se com alguns conteúdos das
disciplinas de “ciências, química, física”, para explicar o processo de
intemperismo (físico, químico e biológico) responsável pela formação do solo.
Para a melhor compreensão deste tema, partiu-se do entendimento do
processo de intemperização ocorrido nos basaltos de Itambé-Pr. O basalto é uma
rocha ígnea vulcânica, de cor cinza escura a preta, que, à medida que se
intemperiza quimicamente, irá alterar sua cor para: vermelho, rosado, laranja,
amarelo ou cinza, dependendo da intensidade do intemperismo e/ou do tempo
de exposição da rocha à este processo, para formar a terra roxa (nitossolo ou
latossolo). Essa variedade de cores está associada à extração dos elementos
químicos dos minerais da rocha, tais como: Fe, Mn, e Mg, principalmente. Esta
extração ocorre por um processo chamado lixiviação, no qual ocorrem reação
31
químicas responsáveis pela alteração dos minerais primários, pela presença
abundante de água.
A relação com a disciplina Ciências ocorre pelo pré-requisito de que o meio
ambiente tem sido utilizado como agente passível de ser transformado pelo
homem. Neste sentido a conscientização do aluno, com relação à correta
utilização e preservação dos recursos naturais tem assumido grande importância
no que diz respeito à sua participação como agente transformador do meio
ambiente, bem como sua responsabilidade na preservação ambiental. Isso
deverá ocorrer através de atividades que visem esclarecer as funções e
processos importantes que ocorrem no solo, como são formados, bem como
definir a sua utilização adequada e evitar sua degradação pelas atividades
humanas.
O tema estudado em relação às disciplinas Física e Química é estabelecida
pelo Intemperismo. De acordo com o dicionário Aurélio, intemperismo é relatado
como “conjunto de processos devidos à ação de agentes atmosféricos e
biológicos que geram a destruição física e a decomposição química dos minerais
das rochas”, ou seja, um conjunto de fenômenos químicos, físicos e biológicos
que provocam a alteração in situ das rochas e seus minerais, transformando-os
em materiais friáveis (solo).
Ao relacionar com a disciplina de “Física” o estudo do solo, tem como
objetivos: conhecer os conceitos de textura do solo, consistência do solo,
estrutura do solo, espaço poroso do solo, densidade do solo e densidade de
partículas. Discutir as implicações destas características e propriedades no
manejo do solo. E os objetivos do estudo do solo relacionados com a disciplina
de “Química” são: saber o que é capacidade de troca catiônica e aniônica da
fração sólida do solo e suas implicações para o fornecimento de nutrientes às
plantas. Saber o que é pH do solo, acidez ativa e potencial, fontes de acidez, e
implicações da acidez ao desenvolvimento das árvores. Ter noções sobre
alcalinidade e salinidade em solos.
Partindo do que foi conceituado acima, a explicação para o fato de uma rocha
cinza formar um solo vermelho pauta-se no processo desencadeado pelo
intemperismo que causa modificações na textura, na estrutura e na composição
química e mineralógica da rocha original, através de mecanismos físicos e
químicos. Neste caso específico ocorre a oxidação do mineral ferro (óxidos de
ferro: magnetita, hematita,) presentes comumente no basalto. O solo resultante
deste processo é comumente, chamado de Terra roxa devido a sua coloração,
mas pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Embrapa) sua
32
classificação é Nitossolo Vermelho Eutroferrico, sendo um tipo de solo bastante
fértil.