pesquisa radiomêtrica no maciço poços de caldas ... · município de poços de caldas, unesp et...
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Pesquisa radiomêtrica no Maciço Poços de Caldas: relações entre taxa de dose e geologia ;
resultados preliminários
Radiometric investigations on the Poços de Caldas Plateau: relations between dose rate and geology;
preliminary results
P. Bossew 1, R.J. de Oliveira 2, G.F. Ribeiro 3, N.C. Da Silva 3
1 German Federal Office for Radiation Protection, Berlin2 Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), campus Poços de Caldas3 CNEN, Laboratório Poços de Caldas (LAPOC)
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Conteúdo
• Complexo alcalino Poços de Caldas: uma anomalia geológica e radiomêtrica;
• Situação geológica / Geological setting;• A pesquisa de taxa de dose / The dose rate
survey;• Relações geologia ~ taxa de dose / geology ~
dose rate;• Modelagem espacial da taxa de dose• Anexo: Correlação taxa de dose ~ Rn indoor?
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Taxa de dose ambiental: metodologia
• Quantidade: Taxa equivalente ambiental, nSv/h
• Método: (car-borne), explicação em detalhe; Projeto Planalto Poços de Caldas, Vol. 1 (2009), p. 37 f.
• Contribuição cósmica e fundo interno (BG intrinsico; ca. 10 nSv/h) não subtraídos
• 522,000 valores
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Geologia regionalMaciço alcalino dePoços de Caldas(Cretáceo - Paleogene)
Embasamento cristalino(Neoproterozoico)
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Taxa de dose: padrão regional
Planalto de Poços de Caldas Grupo PinhalCorpos sieníticos
ComplexoVarginha
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Estrutura regional: autocorrelação
Complexo Poços de Caldas
Embasamento cristalino pré-cambriano, Complexo Varginha: paragnaisse, migmatito
Embasamento cristalino pré-cambriano, Grupo Pinhal: granito
Corpo Pedra Branca: sienito
Corpo Capituva: sienito
Unidades do embasamento cristalino: ± estacionárioComplexo Poços: Não
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Relevo & Morfologia
Zaine 2011, p.56
Google Earth
Lagos
Area urbana
campo
arborizado
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Geologia do PlanaltoGarda 1990, p.52
Ellert 1959
Mapas diferentes!Parcialmente não consistentes!
Garda 1990, p.49
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Geologia do Planalto - 2Unidades litológicas importantes
Rochas plutônicas:• Foiaito: Alkali feldspar, pobre em Q• Lujaurito / Chibinito: foiaito grosso, rico em eudalito
(Na,Ca,Ce,RE,Fe,Mn,Na,Zr-Silicate)Cret. sup. – paleogen.
Rochas vulcânicas e subvulcânicas:• Tinguaito: variedade de Fonolito; Alkali feldspar, nefelino,
foide, pobre em Q; análogo vulcânico ao sienito nefelinico• Fonolito: rocha extrusiva; pobre em Q• Tufo: rocha piroclasticaCret. med . – sup.
Sedimentos:• Arenitos, Si; erosão de rochas mais antigasCret. inf.
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Geologia do Planalto - 3Alteração hidrotermal: Rochas Potássicas
• Formadas pela alteração hidrotermal via substituição isovolumétrica, principalmente dos fonolitos e tinguaítos e em menor grau dos nefelinas sienitos (foiaítos).
• Distribuem-se irregularmente por todo o planalto, porém podem apresentar como ocorrências continuas: Estruturas circulares no centro do maciço.
• Concentram a maior parte das manifestações radioativas da região.
• Preserva as características textural e estrutural da rocha matriz.
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Geologia do Planalto - 4
Mineração radioativa:• Conjunto de processos: fraturamentos, hidrotermalismo e
intemperismo, 3 tipos principais: • Zr-U (Caldasíto): Mais comum, ocorrência em depósitos
aluviais, eluviais e ainda como veios e lentes associados à tinguaítos alterados.
• Th-RE (Morro do Ferro): Oriunda da total alteração por processos hidrotermais e intempéricos, associada a veios de magnetitas
• U-Mo (Mina O -U): Zonas limitantes das estruturas anelares, tendo como rocha encaixante o tinguaítos exposto a zonas de esmagamento.
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Planalto: Estimação espacial (1)
Mapeamentosimplificado
block-OK, log10(DR)
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Planalto: geologias relevantes
Geologias com taxa de dose alta: Lujauritos e Rochas alteradas hidrotermalmente
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Diferenças entre unidades geológicas -1
Box-and-Whisker Plot
lnDR
Luja
foia
fono
hydr
sedi
ting
tufo
0 2 4 6 8 10
0
50
100
150
200
250
Sedi Tufo Fono Ting all Foia Hydro Luja
Med(Dose rate)
0
50
100
150
200
250
Sedi Tufo Fono Ting all Foia Hydro Luja
Med(Dose rate)
- Em média: taxas mais altas noLujaurito e rochas alteradas hidrotermalmente;
- Máximos absolutos: sobre Foiaítos(Morro do Ferro → classificação correta ??)
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Diferenças entre unidades geológicas-2
Variogramas por unidades geológicas
1. Processo não parecem estacionário → heterogeneidade dentro das unidades
2. Estrutura correlativa diferente entre as unidades!
Valores normalizados por geologia
Valores originais
Contribuição da geologia a variância total
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Heterogeneidade das unidades
lnDR
foia-1foia-101foia-102foia-104foia-11foia-12foia-16foia-17foia-2
foia-23foia-24foia-26foia-27foia-28foia-29foia-3
foia-30foia-33foia-5foia-6foia-7foia-8foia-9
3.6 4.6 5.6 6.6 7.6 8.6 9.6
Means and 95.0 Percent LSD Intervals
lnD
R
foia
-1fo
ia-1
01fo
ia-1
02fo
ia-1
04fo
ia-1
1fo
ia-1
2fo
ia-1
6fo
ia-1
7fo
ia-2
foia
-23
foia
-24
foia
-26
foia
-27
foia
-28
foia
-29
foia
-3fo
ia-3
0fo
ia-3
3fo
ia-5
foia
-6fo
ia-7
foia
-8fo
ia-9
4.4
4.7
5
5.3
5.6
5.9
cl2_ln
freq
uenc
y
4 4.2 4.4 4.6 4.8 5 5.2 5.4 5.6 5.8 60
200
400
600
800
1000
foiaitos
cl2, foia-1
freq
uenc
y
0 50 100 150 200 250 3000
100
200
300
400
500
600
foia-1
cl2, foia-8
freq
uenc
y
0 100 200 300 400 500 6000
40
80
120
160
foia-8
heterogeneidadedas sub-unidades
Morro do Ferro
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Estimação espacial (2)
ordinary kriging with geology as external deterministic drift
1. transformln z → z’ = ln z – GM(z)|geo;
2. block OK on z’: z’* on grid 3. back-transform z’* → z*4. exp(z*) = GM over cell
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Cross validation
método:leave-1-out (Surfer), n=1000
• inclin. = 0.94 → little smoothing
• alguns outliers
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Anomalias radioativas - 1Garda 1990, p.81
mina Osamu Utsumi
morro de Ferro
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Anomalias radioativas - 2
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Valores extremos
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Mapeamento local
Geologia: Mapa geológico-geotécnico do município de Poços de Caldas, UNESP et al. 2008
Parte da área urbana do municipio de Poços de Caldas
• Não existe correlação evidente da dose com geologia – pela classificação geológica accessivel;
• a parte S da cidade parece com nivel de dose mais alto de que o resto.
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Mapeamento local - 2
Exemplo: Santa Rita
block OK:AM ± SD = 75 ± 12 nSv/hMed ± Mad = 71 ± 7 nSv/hMin = 48, Max = 124dados:AM = 74 ± 16Min = 33, Max = 142
cross validation
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Valores medios nas áreas urbanas - 1cidade AM ± SD
(modelo)dados Projeto
Planalto
Poços de CaldasParte S (aeroporto)
108 ± 14125 ± 14
106 ± 19129 ± 17
118
Caldas 77 ± 8 80 ± 16 80
Andradas 61 ± 7 61 ± 16 67
Aguas da Prata 45 ± 4 47 ± 11
Ibituara 72 ± 4 80 ± 23 63
Santa Rita 75 ± 12 74 ± 16 55
NS Aparecida 41 99 ± 11
Laranjeiras 89 92 ± 11
LAPOC 168 135 ± 29
UNIFAL 47
Pocinhos 106 82 ± 7
Povoado X (BR ) 122 126 ± 20
Santana 51 68 ± 10
S Pedro 42 45 ± 5
Piau 45 57 ± 9
S Bento 40 43 ± 11
Campestrino 47 57 ± 15
AM(cell) ≈ GM * exp(SDK²/2)Tabela: AM(area) [AM(cell)]
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Valores medios nas áreas urbanas - 2
Validação:Scatter plot, dados originais vs. modelo, medias (AM) por cidade
Nota: o AM dos dados originais não é necessariamente = AM espacial!
Apesar de alguns outliers: resultado aceitável
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Conclusões1. Taxa de dose é relacionada com geologia – nas escalas grande,
media; escala pequena (ex. cidade Poços de C.): ?2. Geologias com níveis mais altos:
Lujaurito, Rochas alteradas hidrotermalmente3. Unidades geológicas são heterogêneas, pela escala disponível4. Mineralização local → anomalias radiométricas
(“non-stationary pockets”)5. Variabilidade alta do nível de taxa de dose,
<50 ... >10,000 nSv/h6. Mapeamento detalhado exige amostragem por malha fina7. Modelo por krigangem: Cross validation �8. Mas modelagem tem limites!
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Anexo: relação taxa de dose com Rn indoor??
y = 0.642x + 37.713R2 = 0.0893
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
0 50 100 150 200 250 300
AM(DR)
AM
(Rn)
y = 0.5981x + 1.6938R2 = 0.0998
2.5
3
3.5
4
4.5
5
5.5
6
3 3.5 4 4.5 5 5.5 6
ln AM(DR)
ln A
M(R
n)
dados Rn: AM(sala, quarto; fase 1+2); apenas térreodados DR: AM(DR em redor de 100 m do valor Rn)
prima vista correlação muito baixa; mas merece mais pesquisa!