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2011-2015 PLANO ESTRATÉGICO

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2011-2015

PLANO

ESTRATÉGICO

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ÍNDICE

Nota de Abertura

Razão de Ser

Enquadramento

A nossa Missão

Os nossos Valores

A nossa Visão

Análise de Contexto

Formulação Estratégica

As nossas Linhas de Orientação Estratégica

Pilares de Missão

Investigação

Ensino

Transferência de Conhecimento

Pilares de Recursos

Pessoas

Económico-Financeiros

Infraestruturas

Organizacionais

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NOTA DE AbERTuRA

É com o maior gosto que venho partilhar al-gumas reflexões sobre o Plano Estratégico (2011-2015) recentemente aprovado pelo Conselho Geral, num momento em que o nosso País enfrenta o quadro económico e social mais adverso e complexo que se seguiu à normalização democrática proporcionada pela Revolução de Abril.

Ora, um dos principais méritos do Plano Es-tratégico – embora reconheça esse contexto particularmente exigente – é o de afirmar a ambição de projetar a Universidade de Coim- bra num rumo de excelência com o qual naturalmente me congratulo. Fá-lo mantendo a nossa matriz identitária, apresentando novas ideias e soluções, assumindo compromissos sé-rios de avaliação dos progressos conseguidos.

Devo, também, assinalar a forma como o Plano foi elaborado, com o envolvimento da Comunidade Universitária em múltiplas sessões e debates.

Alguns poderão criticar este documento pela sua extensão, pelos detalhes num exercício estratégico ou pela multiplicidade de instru-mentos de acompanhamento e controlo propostos. Prefiro saudar a profundidade do exercício e a seriedade com que a Equipa Reitoral parte para a sua execução.

A ambição que o Plano afirma só poderá ser alcançada aumentando o empenho de todos (docentes, investigadores, outros colabora-dores e alunos), exigindo mais qualidade na formação e investigação, comunicando me-lhor interna e externamente, promovendo a visibilidade da Universidade de Coimbra no país e no estrangeiro, atraindo professores e estudantes de múltiplas nacionalidades que queiram participar num ensino de qualidade, assumindo-se a nossa Instituição como um

sério interlocutor junto do Governo e um parceiro credível para outras entidades de ensino superior e de investigação.

Para além de objetivos concretos, vislumbro nas propostas, na atitude e no caminho con-tidos no Plano Estratégico um desígnio para a Universidade de Coimbra em que me revejo pessoalmente.

Para a concretização desta estratégia será decisivo o contributo de todos. É, pois, fun-damental apostar na coesão da Comunidade Universitária.

Há que identificar e aproximar sinergias, ex-plorar a possibilidade de se trabalhar mais e melhor como um todo, promovendo um es-pírito de verdadeira e real cooperação. Isto é tão válido para o trabalho académico de for-mação e investigação, como para o funciona-mento e a gestão da Universidade.

Acredito que este relevante documento cons- titui o arranque para um novo ciclo na vida da Universidade de Coimbra. Porém, a tarefa mais árdua só agora começa. Executar e cum-prir o conjunto de iniciativas que dá corpo a esta estratégia será, sem dúvida, o teste mais exigente.

O Conselho Geral acompanhará com o maior interesse a concretização do Plano Estra-tégico e procurará contribuir para que sejam proporcionados todos os meios necessários para que a Universidade de Coimbra cumpra a sua tão nobre missão.

O Presidente do Conselho Geral

(Artur Santos Silva)

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RAzãO DE SER

Este plano foi elaborado porque é essencial para o desenvolvimento da Universidade de Coimbra. A enorme capacidade de realização que temos levará a que sejamos reconhecidos como a melhor universidade portuguesa (e portanto como uma Universidade internacio- nalmente relevante) apenas se os nossos es-forços forem concertados, o que exige planea-mento. A escassez de recursos de que Por-tugal vai padecer nos próximos anos também exige uma utilização muito eficiente dos pou-cos meios que teremos disponíveis e uma procura organizada de mais financiamento fora do Orçamento do Estado, esforços esses que só serão eficazes se coordenados.As Universidades que conseguirem, com enorme esforço, não parar o seu desenvolvi-mento durante o período de dificuldade que o país está a atravessar serão as Universi-dades de referência no futuro. A Universi-dade de Coimbra tem de estar nesse grupo restrito.O longo processo de auscultação de todos os setores da Universidade que resultou neste documento teve uma dupla função. Por um lado, recolher as melhores ideias, que nos coloquem na direção mais promissora. Por outro lado, garantir que todos sintam este plano como seu, e se empenhem pessoalmen-te na sua concretização. As tarefas coletivas

só são viáveis com empenhamento coletivo.Ao definir a sua estratégia, a Universidade de Coimbra tem de estar à altura da sua história e do papel central que desempenhou ao lon-go dos séculos. Apesar de neste século XXI haver tantas universidades de língua portu-guesa, nós temos obrigação de ser uma Uni-versidade de referência em todo o mundo lusófono, e de sermos reconhecidos como a Universidade berço e líder da Língua Por-tuguesa. O melhor ensino, a melhor investi-gação, a mais profícua interação com a so-ciedade em todas as áreas do conhecimento, têm de ser apanágio da Universidade de Co-imbra. A nossa história exige-o e permite-o.Por último, em Portugal, a UC tem de, mais uma vez, ajudar decisivamente o país a en-contrar um caminho de viabilidade e criação de riqueza. À Universidade de Coimbra cabe contribuir decisivamente para desenhar esse caminho. Jamais ficaríamos meramente à es-pera que a situação se resolvesse e que o país nos entregasse de mão beijada os recursos que merecemos.

A Universidade de Coimbra é semente do futuro de Portugal!

O Reitor João Gabriel Silva

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ENquADRAMENTO

O processo de planeamento estratégico agenda e estabelece as principais linhas de orientação em que assentaremos a nossa es-tratégia, bem como as ações e critérios de avaliação que facilitem o alinhamento dos nossos recursos, de modo a satisfazer as ne-cessidades e corresponder às expectativas de todos aqueles a quem pretendemos servir e que serão afetados pelas nossas escolhas. Acreditamos que os benefícios do planea-mento estratégico serão efetivos, pois o processo exige que se preste uma especial atenção às tendências externas, levando a Universidade a ficar mais defendida de poder vir a ser surpreendida, permitindo-lhe ser proativa perante o seu futuro.O processo de planeamento estratégico, di-namizado pelo Reitor e pela Equipa Reito-ral, e acompanhado pelo Conselho Geral e pelo Senado, resulta de um forte compro-

misso com os Diretores das Faculdades e outras Unidades e com os Administradores (da Universidade e dos Serviços de Ação So-cial), beneficiando do envolvimento de todos: - são envolvidas todas as Faculdades e Uni-dades, os estudantes e antigos estudantes, os docentes e investigadores e o pessoal não docente, garantindo que cada grupo possa contribuir com uma perspetiva única para o processo; - o envolvimento de partes interessadas ex-ternas promoverá o apoio contínuo e a par-ticipação na construção do futuro da Uni-versidade.

A Universidade recebe assim, durante o processo de planeamento, preciosas indi-cações quanto às áreas onde se tem obtido resultados positivos e sobre aquelas em que são necessárias melhorias.

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Este envolvimento permite que todos aqueles que têm maiores responsabilidades na sua implementação conheçam o plano e as razões que lhe estão subjacentes, fa-cilitando a partilha nos objetivos da Uni-versidade e o aumento do sentimento de pertença. Envolver todos os níveis de gestão da Universidade permite ainda que se mantenha o seu propósito estratégico, mesmo em períodos de mudança de lide-rança, contribuindo para uma maior estabi-lidade governativa.

O processo de planeamento desenvolve--se a três níveis: o da estratégia da Univer-sidade, o das Faculdades e outras Unidades e, finalmente, o da estratégia funcional da organização das Subunidades Orgânicas. Trata-se de um processo aberto, transpa-rente e participativo, orientado pela ideia

de conseguir a máxima qualidade do nosso ensino, investigação, valorização e trans-ferência de conhecimento.Neste contexto, foi desenvolvido um con-junto de iniciativas que visaram sensibilizar toda a comunidade universitária para o con-texto da mudança, promover uma profunda reflexão e um amplo debate sobre os desa-fios com que nos defrontamos no presente e no futuro, e implicar todas a partes inte-ressadas na procura de ideias e caminhos a trilhar nos próximos anos.

As iniciativas desencadeadas nos últimos meses e, em particular, as diversas sessões Um dia pelo futuro da UC, permitiram uma participação ativa dos docentes, dos traba-lhadores (através dos seus dirigentes e re-presentantes), dos estudantes (estudantes membros de órgãos da UC e das Unidades

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Orgânicas, de núcleos de estudantes e de di-rigentes da Associação Académica de Coim-bra), dos investigadores (Centros e Unidades de Investigação, Laboratórios Associados e Associações Privadas Sem Fins Lucrativos).Tendo em conta o importante papel que a Universidade de Coimbra lhes reconhece e o contributo que podem dar num processo deste tipo, considerou-se fundamental en-volver também os antigos estudantes da UC no programa de auscultação, com a colabo-ração da Rede UC.Foram ainda auscultados os empregadores ou potenciais empregadores dos gradua-dos e outros parceiros externos, como a tutela (Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) ou a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES).Pretende-se, desta forma, iniciar um ciclo

que deverá estar permanentemente aber-to à incorporação de fatores emergentes.Após a discussão das suas bases o Plano Estratégico é resultado do processo de planeamento e, designadamente, das diver-sas iniciativas desencadeadas nos últimos meses. São apresentados a missão e os va-lores da Universidade de Coimbra – ex-plicitados nos Estatutos – e, claro, a visão: onde queremos estar em 2015! De se-guida, são identificadas as linhas de orien- tação a seguir no quadriénio 2011-2015. O quadro de definição estratégica a que chegámos contempla pilares de missão e pilares de recursos. Os primeiros estão diretamente relacionados com os fins da UC, estatutariamente definidos: a investi-gação, o ensino e a transferência de conhe- cimento. Os segundos, considerados os

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meios necessários para atingir aqueles fins, estão também associados a linhas es-tratégicas: pessoas, recursos económico--financeiros, infraestruturas e recursos organizacionais.Para cada um dos pilares estratégicos é defi-nido um objetivo geral e assumido o compro-misso de desenvolver um conjunto de inicia-tivas estratégicas que o permitirão alcançar. A definição de objetivos requer naturalmente a determinação de metas de referência e de indicadores de desempenho que permitam o seu acompanhamento e monitorização e, tam-bém, a avaliação do cumprimento do plano.

Atingir as metas a que nos propomos não dependerá apenas das ações a desencadear pela Equipa Reitoral para o cumprimento do plano, mas também do sucesso do alinha-

mento das ações a propor pelas Faculdades e outras Unidades e Subunidades da UC.O Plano Estratégico da Universidade de Coimbra 2011-2015 deverá ser conside-rado o enquadramento orientador para a definição dos Planos Estratégicos e de Ação que estas unidades deverão elaborar de seguida, concretizando os três níveis de definição estratégica.

O envolvimento de todos os membros da co-munidade académica neste processo foi, e con-tinuará a ser, fundamental. Este será o Plano Es-tratégico de e para toda a Universidade!

A todos aqueles cuja contribuição neste processo foi e será fator decisivo do en-riquecimento da Universidade de Coimbra, o nosso muito obrigado!

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A NOSSA MISSãO

A Universidade de Coimbra é uma instituição de criação, análise crítica, transmissão e difusão de cultura, de ciência e de tecnologia que, através da investigação, do ensino e da prestação de serviços à comunidade, contribui para o desenvolvimento económico e social, para a defesa do ambiente, para a promoção da justiça social e da cidadania esclarecida e responsável e para a consolidação da soberania assente no conhecimento.

A Universidade tem o dever de contribuir para:- a compreensão pública das humanidades, das artes, da ciência e da tecnologia, promovendo e organizando ações de apoio à difusão da cultura humanística, artística, científica e tecnológica, disponibilizando os recursos necessários a esses fins;- o desenvolvimento de atividades de ligação à sociedade, designadamente de difusão e trans-ferência de conhecimento, assim como de valorização económica do conhecimento científico;- a promoção da mobilidade efetiva de docentes e investigadores, estudantes e diplomados, tanto a nível nacional como internacional, designadamente no espaço europeu de ensino su-perior e no espaço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.Estatutos da Universidade de Coimbra, Artigo 2.º

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Depositária de um legado histórico multissecular e ma-triz cultural do espaço da lusofonia, a Universidade de Coimbra é, na linha da tradição do humanismo europeu, uma instituição desde sempre aber- ta ao mundo, à cooperação entre os povos e à interação das culturas, no respeito pelos valores da independência, da tolerância e do diálogo, pro-clamados na Magna Carta das Universidades Europeias.

A Universidade de Coimbra afirma-se pela conjugação da tradição, da contempo-raneidade e da inovação. A Universidade valoriza o tra-balho dos seus professores, investigadores, estudantes e trabalhadores não docentes e não investigadores, empe- nhando-se em oferecer a to-dos um ambiente que combine o rigor intelectual e a ética universitária com a liberdade de opinião, o espírito de tole-

rância e de humildade cientí-fica, o estímulo à criatividade e à inovação, bem como o reconhecimento e a promoção do mérito a todos os níveis.A Universidade de Coimbra considera que os seus antigos estudantes não são apenas parte da sua história mas constituem um suporte fun-damental da sua afirmação no presente e no futuro e da sua ligação à sociedade e empenha-se em reforçar os

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OS NOSSOS VALORES

Abertura ao Mundo Contemporaneidade CooperaçãoDiálogoEstímulo à Criatividade Ética Humildade Científica Independência Inovação Interação das Culturas Liberdade de Opinião Reconhecimento e Promoção do Mérito Rigor Intelectual TolerânciaTradição Valorização das Pessoas

laços entre a Universidade e os Antigos Estudantes de Coimbra, nomeadamente através da Rede de Antigos Estudantes da Universidade de Coimbra (Rede UC), em estreita cooperação com as várias Associações de Anti-gos Estudantes de Coimbra espalhadas pelo País e pelo estrangeiro.A Universidade de Coimbra reconhece e valoriza a ação da Associação Académica de

Coimbra (AAC) como ele- mento da sua identidade, empenhada em proporcionar a todos os membros da co-munidade universitária, em especial aos seus estudantes, formação cultural, artística, desportiva e cívica comple-mentar da formação esco-lar, no respeito pelos valores da liberdade e da democra-cia, estimulando e apoiando as atividades da AAC, das Secções e dos Organismos

Autónomos da Academia.As “repúblicas” e os “solares” de estudantes de Coimbra, bem como as cooperativas de habitação de estudantes, são reconhecidos como pólos autónomos dinamizadores de cultura e de vivência co-munitária e académica e são apoiados pela Universidade.

Estatutos da Universidade de Coimbra [artigos 3.º e 4.º]

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A NOSSA VISãO

A afirmação da Universidade de Coimbra como instituição europeia de referência, sendo reconhecida como a universidade portuguesa de maior qualidade.

Consciente do serviço públi-co que presta e do papel de extrema relevância que desempenha no progresso económico, social e cultural de Portugal a Qualidade é o mote com o qual a Uni-versidade de Coimbra pre-tende reforçar a sua presen- ça no Espaço Europeu do Ensi-no Superior e de Investigação.Da universidade de maior qualidade exige-se os melho-

res estudantes, os melhores docentes e investigadores, os melhores trabalhadores, as melhores infraestruturas e su-portes organizacionais, e ainda elevados níveis de eficácia e eficiência na vertente admi-nistrativa para que toda a co-munidade se sinta identificada como pertença da universi-dade de maior qualidade no panorama nacional.A excelência deve, cada vez

mais, surgir como princípio condutor, pretendendo a Uni-versidade aumentar os níveis de competências e atrair os talentos de topo.E para alcançar a sua visão, a Universidade de Coimbra conta com o valioso contribu-to de toda a comunidade para que consiga, no final do qua-driénio 2011-2015, ser a uni-versidade portuguesa de maior qualidade!

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ANáLISE DE CONTExTO

ANáLISE DAS PARTES INTERESSADASUm processo de planea-mento estratégico dinami-zado de forma fechada na or-ganização perderia a riqueza proveniente das diversas pers- petivas e contributos que um processo mais aberto asse-gura. Assim, considerou-se de extrema relevância utili-zar o modelo de stakeholders, identificando e avaliando o posicionamento das partes interessadas, por forma a garantir o seu envolvimento através de um programa de iniciativas de auscultação. Num contexto de reorgani-zação institucional, baseado no novo modelo de gestão, esta análise revelou-se funda-mental de modo a sustentar a tomada de decisões aos di-versos níveis.Após identificação e classifi-cação das partes interessa-das, foi desenvolvida a análise poder/interesse, estimando--se o nível de interesse que cada uma tem na instituição [interesse] e a capacidade

que tem para a influenciar, di-retamente ou indiretamente [poder]. Determinou-se as- -sim, através deste binómio, as que têm mais influência nos seus objetivos e na sua estra-tégia, e foram sistematizados os seguintes grupos:•Poder e interesse elevados.•Poder elevado e interesse reduzido.•Poder reduzido e interesse elevado.•Poder e interesse reduzidos.

PROCESSO DE AuSCuLTAçãONO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO 2011-2015Das partes interessadas, 24 foram classificadas com poder e interesse elevados, devendo ser geridas ativamente. Destas, 16 foram identificadas como tendo um papel relevante no processo de planeamento es-tratégico 2011-2015, tendo sido envolvidas nas iniciativas de auscultação, sob forma de inquérito, sessão de trabalho e/ou reunião. As iniciativas desencadeadas

nos últimos meses e, em par-ticular, as diversas sessões

um dia pelo futuro da uC, permitiram uma participação ativa dos docentes, dos tra-balhadores, dos estudantes e dos investigadores. Tendo em conta o importante papel que a Universidade de Coimbra lhes reconhece e o contributo que podem dar num processo deste tipo, considerou-se fun-damental envolver também os antigos estudantes da UC no programa de auscultação, com a colaboração da Rede UC.Foram ainda auscultados os empregadores ou po-tenciais empregadores dos graduados e outros parcei-ros externos, como a tutela (Ministério da Ciência, Tec-nologia e Ensino Superior) ou a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Su-perior (A3ES).Realça-se, ainda, que o proces-so de planeamento, dinami-zado pelo Reitor e pela Equi-pa Reitoral, e acompanhado

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pelo Conselho Geral e pelo Senado, resulta de um forte compromisso com os Dire-tores das Faculdades e outras Unidades Orgânicas e ainda com os Administradores (da Universidade e dos Serviços de Ação Social). O processo foi permanentemente acom-panhado por todos, quer através de reuniões regulares, quer através de contributos formais, incorporando tam-bém o contributo ativo dos Diretores das Unidades de Extensão Cultural e de Apoio à Formação.Todas as partes interessadas foram chamadas a intervir através da ampla divulgação de iniciativas a partir do sítio da UC e da televisão web da UC (UCV) e da consulta do sítio desenvolvido no âmbito do processo de planeamento (www.uc.pt/planeamento), através do qual foram reco-lhidos contributos e sugestões, de uma forma permanente du-rante todo o processo e mais intensivamente no período de discussão do documento

“Bases para a Discussão do Plano Estratégico 2011-2015”.

ANáLISE SWOTCom base nos muitos con-tributos recebidos ao longo do processo de auscultação, foi efetuada a análise SWOT, instrumento de gestão es-tratégica utilizado no pla-neamento e que conjuga a análise do ambiente interno da organização, destacan-do os seus pontos fortes e fracos, e da sua envolvente externa, identificando as principais tendências atuais, classificadas como oportuni-dades ou ameaças.No que diz respeito à ver-tente interna, foram tidos em conta aspetos relacio-nados com tecnologia, pes- -soas, processos, estratégia e meios (financeiros, humanos e materiais). Para o elenco de pontos fortes, foram con-sideradas as vantagens inter-nas da organização e, para os pontos fracos, as respeti-vas desvantagens. Presumiu- -se que, pelo seu caráter in-

terno, seriam influenciáveis pela organização.Ao nível do ambiente ex-terno, foram evidenciadas as vantagens a retirar das oportunidades presentes e preocupações de miti-gação das consequências das ameaças. Nesta verten- te, foram considerados: con-juntura socio-económica, enquadramento socio-geográfico, estrutura de- mográfica, condicionalismos legais e concorrência. Na análise de oportunidades foram evidenciados os aspe-tos positivos da envolvente, com impacto significativo na organização. Pelo con-trário, para a sistematização das ameaças procurou-se inventariar as condições ex-ternas negativas que se en-contram fora do controlo da organização.A análise SWOT permite as- -sim percecionar as dinâmicas interna e externa, sendo uma valiosa ferramenta de apoio à análise do ambiente e do meio envolvente.

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FORMuLAçãO ESTRATÉGICA

Tendo por base a avaliação e ponderação do contexto ex-terno e interno em que a Uni-versidade de Coimbra pensa desenvolver a sua missão, é fei-ta uma opção clara e partilhada por uma estratégia de dife- renciação pela qualidade como a melhor forma de procurar proativamente atingir o futuro que todos desejam, e que a visão espelha em toda a sua plenitude:- a universidade de Coim-bra deseja afirmar-se como uma instituição europeia de referência, sendo reconhecida como a universidade portu-guesa de maior qualidade.Através de uma sólida cultura de qualidade, responsabilidade e serviço é possível afirmar a UC como instituição de refe-rência, não só a nível nacional, mas europeu, capaz de dar um forte contributo para o pro-gresso do país.

A opção por uma estratégia de diferenciação pela quali-dade exige desde logo que a visão da Universidade seja partilhada por toda a comu-nidade universitária e que todos – Reitor, Vice-Reitores, Diretores das Faculdades e outras Unidades, docentes, investigadores, trabalhadores e estudantes – se sintam res- ponsáveis pelo desenvolvi-mento dos valores, convicções e expectativas necessários ao aprofundamento desta atitu- de estratégica, da mudança de comportamentos e da assun-ção de compromissos.Exige ainda que a visão seja co-municada aos parceiros exter-nos, que verão na Universidade de Coimbra um parceiro obri-gatório, no desenvolvimento de projetos de referência.Implementadas as ações identificadas que permitirão à Universidade de Coimbra

caminhar em direção à visão definida, comunicada e parti-lhada, a avaliação deve ser um eixo fundamental, que permita aferir os resultados obtidos, e que, antes de mais, se consti-tua como elemento central do processo dinâmico de aumento da qualidade. Os resultados das opções estratégicas tomadas serão função das capacidades individuais, da forma como estas sejam integradas no tra-balho coletivo e da qualidade da coordenação dos esforços de todos. O caminho da quali-dade é um caminho longo, no qual é essencial manter o rumo, mesmo perante reveses pon-tuais. As linhas de orientação estratégica que se apresentam em seguida refletem a adoção desta estratégia e o trabalho partilhado e participado por todos os principais grupos de interesse na Universidade de Coimbra.

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AS NOSSAS LINHAS DE ORIENTAçãO ESTRATÉGICA

O quadro de definição es-tratégica contempla um con-junto de pilares estratégicos, subdivididos em dois grupos: pilares de missão e pilares de recursos.No que se refere ao primeiro, este relaciona-se de forma direta com as missões essen-ciais da Universidade, estando subdividido em três pilares: a investigação, o ensino e a transferência de conhecimen-to, esta considerada na pers-petiva da cultura e das artes, da prestação de serviços à comunidade e da inovação e criação de empresas.No que concerne ao segundo

grupo, este encontra-se dividi-do em quatro tipo de recursos, a saber: pessoas, económico--financeiros, infraestruturas e organizacionais, funcionando como o meio a partir do qual a Universidade irá desenvolver a sua estratégia para atingir os objetivos que almeja.E num mundo cada vez mais globalizado, a interação com o meio envolvente em que a Universidade de Coimbra se insere e com que interage per-manentemente assume uma im-portância crucial. É, desde logo, o meio envolvente que gera opor-tunidades e ameaças, influen- ciando e determinando as de-

cisões estratégicas da instituição.E é também esta ligação da UC a todos os interlocu-tores exteriores, a todos os níveis – do local ao inter-nacional – que tem um papel determinante no sucesso da estratégia que for definida.Assim, a intensificação desta ligação ao meio envolvente, explorando e aproveitando novas oportunidades, incre-mentando o papel interven-tivo da UC e aumentando o seu prestígio e projeção, a nível nacional e internacional, é assumida como uma preo-cupação transversal a todo o Plano Estratégico.

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PILARES DE MISSãO

INVESTIGAçãO

ENSINO

TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO

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INVESTIGAçãO

ObjETIVOReforçar a presença da Univer-sidade de Coimbra no Espaço Europeu de Investigação, de-senvolvendo uma política de investigação centrada na pro-moção da excelência.Para alcançar o objetivo, será necessário criar condições para que a Universidade de Coim-bra seja reconhecida como uma universidade de investigação, in-centivando a sua centralidade e promovendo, desde logo, a criação de linhas de orientação estratégicas capazes de otimizar os recursos em torno de ob-jetivos comuns, centrados na produção de conhecimento, que permitem incentivar, melhorar e aumentar a investigação da UC.

INICIATIVAS ESTRATÉGICAS1. reforçar estruturas de suporte e mecanismos de coordenação da investiga-ção, eficazes e eficientes, permitindo a focalização dos investigadores na com-ponente científica dos pro-gramas e projetos em que se encontrem envolvidos.O reforço das estruturas de

suporte complementadas com mecanismos de coordenação da investigação, eficazes e eficientes, que promovam a identificação, a divulgação e o aconselhamento na seleção de projetos, contribuirá para uma maior focalização dos in-vestigadores na componente científica desses projetos. Revela-se também fundamen-tal a existência de um sistema integrado de informação que auxilie a comunidade investi-gadora com o conhecimento que é gerado na UC, criando igualmente condições para a sua disseminação de forma estruturada, incrementando a visibilidade da produção cientí-fica da Universidade.

2. fortalecer a captação de financiamento competi-tivo em investigação, no-meadamente a nível eu-ropeu / internacional.O reforço da estrutura de iden-tificação, divulgação, seleção e aconselhamento de projetos de dimensão internacional per-mitirá o fortalecimento da cap-tação de financiamento com-petitivo em investigação.

O financiamento de projetos a custos totais deve ser in-crementado, permitindo uma referência adequada para a fixa- ção do preço e aumentando significativamente o financia-mento de um projeto e per-mitindo recuperar, pelo menos em parte, os custos salariais do envolvimento dos docentes/investigadores na atividade de investigação. Para além deste benefício numa perspetiva exclusivamente financeira, e uma vez que estes fundos têm maioritariamente origem in-ternacional, a UC consegue também ganhar maior visibili-dade no panorama da investi-gação internacional.

3. reforçar a capacidade dos Centros e unidades de Investigação da uni-versidade de Coimbra, no- meadamente através do fomento e reforço da in-terdisciplinaridade e da transversalidade, incenti-vando as redes de investi-gação dentro da comuni-dade científica da UC.O reforço da capacidade dos Centros e Unidades de Inves-

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tigação da Universidade, seja através da criação de centros virtuais, seja pela criação de mecanismos eficazes de ar-ticulação entre a UC, as suas Unidades de I&D e as as- -sociações privadas (APSFL) que com ela se relacionam, contribuirá indubitavelmente para o incentivo das redes de investigação, dentro da sua co-munidade científica, permitindo ganhos de escala. A promoção da produção científica da Uni-versidade de Coimbra, bem como o incremento da sua visi-bilidade, encurtando a distância em relação a algumas das mais reputadas universidades euro-peias, é outro dos vetores de atuação desta iniciativa.

4. aumentar a participação em redes de investigação, a nível nacional e a nível internacional, que permi-tam o reforço da sua ca-pacidade científica, forta-lecendo simultaneamente a participação em centros de decisão.O aumento da participação da UC em redes de investigação nacionais e transnacionais per-mite o reforço da sua capaci-dade científica e de produção de conhecimento, facilitando simultaneamente a sua partici-pação em centros de decisão. Para tal, será essencial criar mecanismos de fomento da participação em redes interna-cionais consideradas relevantes.

5. estar presente em to-das as grandes áreas do conhecimento. Promo-ver a organização da ca-pacidade existente, no-meadamente nas áreas das ciências jurídicas, das ciências da saúde na ver- tente de medicina clínica e das ciências alimentares e agronómicas.Pretendendo reforçar a sua presença internacional na área da investigação, a Universidade de Coimbra terá de estar pre-sente em todas as grandes áreas do conhecimento. As ciências jurídicas, as ciências da

saúde na vertente de medicina clínica e as ciências alimentares e agronómicas são áreas com um relevo internacional cada vez maior e consideradas nas avaliações externas a que as universidades – e a UC em par-ticular – estão sujeitas. Como tal, a Universidade estará atenta e envidará todos os esforços no sentido de juntar as compo-nentes e os recursos existentes para lhes dar um sistema or-ganizativo que potencie os re-sultados de investigação nestes domínios, acompanhando as- -sim o movimento internacio-nal neste setor.

META2/3 dos Centros e Unidades de Investigação e Labo-ratórios Associados com avaliação externa de ex-celente e muito bom (para avaliação efetuada após 2012)

INDICADORES DE DESEMPENHO

• indicadores de produção científica- n.º de publicações por docente doutorado ETI na Web of Science - n.º de citações por docente doutorado ETI na Web of Science

• n.º de projetos europeus ou internacionais em que a UC participa

• posicionamento da UC na área de investigação em rankings internacionais (QS, SCImago, HEEACT)

• taxa de crescimento do financiamento competi-tivo da investigação

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ENSINO

ObjETIVOReforçar a presença da Uni-versidade de Coimbra no Es-paço Europeu de Ensino, crian-do uma Universidade centrada na qualidade do ensino, que possibilite uma formação inte-gral dos estudantes e adeque a oferta formativa às necessi-dades da envolvente, atraindo os melhores estudantes.

A Universidade de Coimbra afirma-se como uma Univer-sidade centrada na qualidade e na inovação do seu ensino, comprometida com as as-pirações dos estudantes, dos docentes e da sociedade, ca-paz de atrair os melhores. A diversidade da oferta forma-tiva da UC constitui um claro sinal da sua capacidade cientí-fico-pedagógica, sendo funda-mental que esta se mantenha atenta às necessidades pre-sentes e futuras do mundo do trabalho e da sociedade, aliada a uma desejável sintonia com a dinâmica dos saberes en-quanto campos de ensino e investigação.A UC reconhece a importân-cia de formar solidamente os cidadãos para as necessidades do país, não só a nível académi-co, mas promovendo também o seu desenvolvimento pes- -soal. Naturalmente, a Asso-ciação Académica de Coimbra desempenha, nesta matéria, um papel essencial e a UC contará com o seu precioso

contributo para o desenvolvi-mento global do estudante.

INICIATIVAS ESTRATÉGICAS1. promover uma prepara-ção sólida dos estudantes e desenvolver uma cultura de avaliação contínua da quali-dade pedagógica.Um processo de formação dos estudantes que preten-da constituir-se, simultanea-mente, como uma base cientí-fica sólida para a prossecução de estudos e como uma opor-tunidade de desenvolvimento de competências de aplicação, que respondam às necessi-dades da sociedade, exige um dinamismo no processo de ensino-aprendizagem que en-volve docentes e estudantes.Nesse sentido, pretende pro-mover-se uma flexibilização curricular e interdisciplinar que permita alargar a formação dos estudantes sem prejudicar, naturalmente, a formação es-pecífica subjacente ao curso/ciclo de estudos frequentado. O estímulo à introdução de metodologias pedagógicas ino-vadoras e o incentivo à mo-bilidade constituem-se como iniciativas que importa pro-mover, no plano dos docentes.Neste processo formativo, é também importante a pro-moção de uma maior autono-mia e responsabilização dos estudantes para que, desde cedo, possam ensaiar percur-

sos e estratégias formativas dinâmicas. O contacto com o mundo real, próximo dos possíveis contextos laborais futuros é um objetivo que de-safia o aprofundamento e a di-versificação das ligações entre a UC e a sociedade, desejan-do-se interações consistentes e úteis para ambas as partes.Curiosidade científica, capaci-dade de questionamento, or-ganização, espírito de equipa, dedicação e cultura de tra-balho são exemplos de com-petências relevantes à empre-gabilidade dos estudantes da UC, pelo que a instituição se compromete, de forma clara, com a sua promoção.O desenvolvimento de me-canismos de aferição da em-pregabilidade dos graduados e o estabelecimento de uma cultura de avaliação e melho-ria contínua dos cursos irá permitir aprofundar o debate sobre a eficiência da oferta formativa da UC, num mo-mento em que é necessária uma reflexão aprofundada so-bre a implementação do pro-cesso de Bolonha.

2. fomentar a articulação entre a investigação e o en-sino, transformando a uni-versidade num centro de produção de conhecimento.A atração dos melhores es-tudantes deve ser alinhada com a articulação entre a investigação e o ensino, permitindo-lhes que

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possam vivenciar o entusiasmo da experimentação, da desco-berta e da inovação em con-texto de investigação. O contato com Unidades e Centros de In-vestigação e a integração pro-gressiva de estudantes em equi-pas e projetos de investigação são iniciativas a desenvolver desde o momento da chegada à UC. Uma maior divulgação do conhecimento que se produz na Universidade é fundamen-tal para o desenvolvimento da curiosidade e questionamento científicos já anteriormente apresentados como estratégi-cos na sólida preparação dos estudantes.

3. atrair os melhores es-tudantes, numa base de recrutamento nacional e internacional.A Universidade de Coimbra pretende melhorar a sua capa-cidade de atração dos melho- res estudantes, no sentido de fomentar o desenvolvimento científico, tecnológico e social da Universidade, tendo na base conceitos como a inovação, o empreendedorismo e a exce-lência da produção universi-tária. O reforço da política de divulgação da oferta formativa junto da comunidade extra universitária revela-se funda-mental, nomeadamente junto do público mais jovem, para que, chegado o momento de escolher a instituição de en-sino superior, a UC seja es-

colhida, desde logo, pela sua reconhecida qualidade.O estímulo à mobilidade es-tudantil e a possibilidade de atração de estudantes es-trangeiros de elevada quali-dade exige o aumento do número de unidades curricu-lares lecionadas em língua in-glesa, facilitando, desde logo, as candidaturas incoming, mas também as candidaturas out-going na medida em que os estudantes sentir-se-ão mais aptos a interagir com outros públicos extranacionais. A le-cionação de unidades curricu-lares em inglês facilitará, ainda, o desenvolvimento de planos de estudos conjuntos com ins-tituições estrangeiras de en-sino superior de reconhecida qualidade.O desenvolvimento de progra-mas doutorais com padrões de qualidade internacional permitirá o desejado acrésci-mo de estudantes de 3.º ciclo. Apesar da aposta na língua in-glesa, a Universidade não pode esquecer que a língua portu-guesa, é, ela própria, fator de internacionalização, devendo promover ativamente a língua e a cultura lusófonas.

4. promover o desen-volvimento global dos es-tudantes, estimulando a sua participação crítica e inovadora e promovendo o seu desenvolvimento pes- -soal e a participação cívica.

A formação dos estudantes não deve resumir-se à sala de aula, pois a promoção do seu crescimento académico deve ser também acompa-nhada pelo desenvolvimento da vertente pessoal e cívica, levando à formação de pes- -soas que possam ser parte in-tegrante e ativa de uma socie-dade dinâmica e em expansão.A UC tem todo o interesse em fortalecer as relações com os estudantes, através do apoio às suas iniciativas inovadoras e projetos empreendedores, bem como do debate das suas ideias, numa interação que re-force a sua identificação com a Universidade. Pretende, assim, fomentar-se a participação dos estudantes em espaços variados de formação e reflexão bem como em iniciativas de apoio cívico junto da comunidade.Também a participação em atividades extracurriculares, de- signadamente através da prática cultural e desportiva, assume um papel importante no de-senvolvimento global dos es-tudantes, sendo a Associação Académica de Coimbra um parceiro fundamental, pela sua ação notável nesta área.A Universidade de Coimbra de-verá ainda desempenhar um papel ativo na promoção da igualdade de oportunidades, nomeada-mente através de uma ação social eficaz e de uma particular atenção a estudantes com necessidades educativas especiais.

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5. promover a formação ao longo da vida, como estímu-lo ao desenvolvimento e atualização profissional e ao enriquecimento intelectual.A Universidade de Coimbra, sendo um espaço de ensino, par-tilha e de produção de conhe- cimento, atenta às constantes e exigentes mutações ocorridas nos últimos anos, tem sabido acompanhar a evolução do sistema de ensino superior no panorama internacional, assu-

mindo cada vez mais o com-promisso de ser uma universi-dade contemporânea.O alargamento da oferta forma-tiva a novos públicos, a atua- lização de licenciados e o recur-so a novas formas de ensino são fortes estímulos ao desenvolvi-mento e atualização profissio- nais e ao enriquecimento in-telectual dos portugueses.A UC pretende, assim, ser um espaço (re)visitado em vários momentos do percur-

so profissional das pessoas, potenciando aprendizagens e permitindo a aquisição e o de-senvolvimento de competên-cias distintas.A formação ao longo da vida é assumida como uma oportuni-dade de enriquecimento mú-tuo. A UC disponibiliza conhe-cimento, ao mesmo tempo que se cruza com novos problemas e questionamentos colocados por aqueles que os sentem, no seu contexto de trabalho.

INDICADORES DE DESEMPENHO

• taxa de crescimento do n.º de estudantes a frequentar os 2.º e 3.º ciclos • taxa de crescimento dos estudantes de 1.º ciclo que escolheram a UC como 1.ª opção

• grau de satisfação dos estudantes

• taxa de crescimento dos graduados de 1.º, 2.º e 3.º ciclos

• taxa de crescimento da formação avançada

• eficiência formativa: n.º médio de anos para concluir o grau

• eficácia formativa: taxa de sucesso escolar

• % de estudantes estrangeiros que estudam na UC (excluindo programas de mobilidade)

• % de estudantes estrangeiros na UC ao abrigo de programas de mobilidade internacional

• % de estudantes da UC no estrangeiro ao abrigo de programas de mobilidade internacional

• mobilidade de docentes

• n.º de ciclos de estudo lecionados em parcerias com instituições estrangeiras de ensino superior

• participação de estudantes em atividades de investigação

• grau de empregabilidade dos estudantes, por curso e por ciclo de estudo

METAAtrair os melhores estudantes para a UC: aumentando em 20% a capacidade de atração dos melhores 25% candidatos no concurso nacional de acesso; aumentando em 50% os estudantes de mestrado de especialização e de doutoramento

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TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO

ObjETIVOFortalecer o papel motor da Universidade de Coimbra no desenvolvimento económico, social e cultural e incrementar a sua capacidade de interven-ção, nacional e internacional, através da intensificação da ligação à sociedade e meio envolvente e do reforço da transferência de conhecimen-to, valorizando o seu valor acrescentado.

A Universidade de Coimbra deverá ser reconhecida como uma referência internacional na gestão da transferência de conhecimento e da inovação. As estratégias de abertura ao meio, nas suas diferentes dimensões, cultural, artística, científica e tecnológicas, de-vem ser reforçadas e consoli-dadas. É essencial fortalecer ações de identificação no seio da comunidade univer-sitária, do conhecimento que é gerado e que possui eleva-do potencial de valorização. É fundamental incrementar e consolidar as iniciativas de aproximação à sociedade, assegurando a motivação e mobilização de todos para a afirmação do conhecimento como fator de progresso, de sucesso e como elemento essencial para o desenvolvi-mento económico-social.As capacidades de intervenção na sociedade, de criação de sinergias entre a academia e o tecido empresarial, de fomen-to da inovação, do dinamismo

e do empreendedorismo con-duzirão ao aumento do prestí-gio e projeção da UC, não só a nível nacional, mas também internacional.Nesta intensificação da ligação ao meio envolvente, deverão também ser aproveitadas e desenvolvidas sinergias com a Câmara Municipal de Coim-bra, parceiro em diversas áreas estratégicas.Como parte do seu papel so-cial, a UC deverá ainda pro-mover a inovação e o em-preendedorismo sociais, como forma para encontrar novas respostas e soluções (ou re-inventar as existentes), susten-táveis, para as necessidades e para os problemas sociais.Pela sua natureza e pela sua importante ação, as Unidades de Extensão Cultural e de Apoio à Formação desempe-nharão um papel essencial na concretização das iniciativas estratégicas, impulsionando a atividade cultural e desportiva.

INICIATIVASESTRATÉGICAS1. desenvolver uma políti-ca cultural ativa e respon-sável, colocando a uC no mapa nacional e interna-cional, através do fomento da atividade cultural, artís-tica e desportiva.É essencial a promoção de uma política ativa e respon-sável que fomente a atividade cultural, artística e desportiva, tendo sempre em conta a sua sustentabilidade financeira e a

articulação e o equilíbrio entre a oferta cultural e as necessi-dades do(s) público(s). Será também dada atenção, de for-ma articulada, à criação artística e aos diversos domínios artísti-cos cultivados na Universidade.A UC promoverá a criação de redes de parcerias e de canais de divulgação efica-zes, que estimulem e reúnam os agentes culturais, artís-ticos e desportivos da co-munidade académica, da cidade e da região, contribuin-do para o seu reconhe- cimento como entidade cata-lisadora. Através desta inicia-tiva estratégica, poder-se-ão criar e desenvolver práticas culturais inovadoras, expan-dindo o leque de atividades sócio culturais e aumentando, simultaneamente, a qualidade da oferta, com um claro con-tributo para o reforço da imagem da UC e para o reju-venescimento do turismo na região, levando a uma criação de valor para todos os agen-tes da comunidade.

2. promover a língua, a cultura e a cidadania lusófonas.A promoção de sinergias com países e comunidades lusofa-lantes e o desenvolvimento de iniciativas no âmbito do espaço comum da língua, valorizando a cultura que se exprime em português, poderão contribuir de forma significativa para o de-senvolvimento da capacidade de intervenção internacional

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da UC, designadamente no espaço lusófono. Capitalizar-se-á, assim, o reconhecimento que tem junto de alguns destes países, nomeadamente na Co-munidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

3. promover uma cultura de criatividade e inovação, de empreendedorismo e de espírito crítico.É necessária a promoção de uma cultura de criatividade e inovação, de empreendedoris-mo e de espírito crítico que, aliado a um espírito de missão, permita à Universidade de Co-imbra alcançar o papel de mo-tor do desenvolvimento a que se propõe.O fomento de iniciativas de estímulo e de sensibi-lização da população aca-démica contribuirá para es-tabelecer a liderança da UC na coordenação do ecos- -sistema de inovação, conceitos tão em voga nos dias de hoje e que se revelam fundamentais. Aliar dinamismo, proatividade, ambição, realização pessoal e trabalho é essencial para todo o agente empreendedor e inovador conseguir pôr em prática todas as suas ideias. É notória a importância de apoiar iniciativas “out of the box”.

4. reforçar o apoio à trans-ferência de conhecimento, à gestão da propriedade intelectual e à criação de empresas.A maximização da articulação com estruturas destinadas à incubação e aceleração de em-presas e uma adequada gestão

da propriedade intelectual contribuirão para o incremen-to do número de empresas criadas no seio da Universi-dade de Coimbra.Neste campo é fundamental re-alçar a importância da Incuba-dora Pedro Nunes, um exem-plo com quase duas décadas onde a UC soube perceber o que, entre outras, a sociedade espera das universidades – que assumam um papel de motor na iniciativa e desenvolvimento empresarial, tendo como base o conhecimento avançado e uma capacidade competitiva à escala global.Atualmente, com o desen-volvimento do mercado das patentes – setor relativamente recente – e, por isso, com grande capacidade de expan-são, a UC promoverá a sen-sibilização para a proteção e propriedade intelectual como estímulo e fator de motivação para a valorização comercial e/ou social dos resultados dos projetos desenvolvidos pelas equipas de investigação.Como consequência, o mer-cado absorve as inovações que surgem, assumindo a Uni-versidade o papel de ponte entre o mundo da produção académica, como resultado da investigação universitária, e o mundo empresarial - cliente/consumidor de conhecimento.

5. posicionar a uC como entidade catali-sadora da transferência de conhecimentos.A Universidade de Coim-bra propõe reforçar o seu reconhecimento como enti-dade catalisadora com base

numa maior e mais forte relação entre o universo aca-démico e a sociedade civil e o consequente reforço do investimento competitivo. A UC, ao relacionar-se com os atores sociais da cidade, da região, do país e do mundo, e contando ainda com a par-ticipação de todas as enti-dades públicas e privadas envolventes, estará apta a servir a sua comunidade com serviços especializados de e-levado valor acrescentado. A Universidade deverá, assim, mobilizar-se não só para uma maior oferta de consultoria e de serviços especializados à comunidade mas, princi-palmente, para antecipar ne-cessidades externas. Desta forma, contribuirá para a melhoria da competitividade da Região Centro e para a captação de investimento.

6. posicionar a uC como referência internacional de inovação, potenciando a participação em redes internacionais.Tendo em vista a realidade in-ternacional, a UC deve apon-tar o seu foco para o exterior, em parceria com outras ins- tituições, canalizando o seu esforço, dedicação e tra-balho para esta iniciativa. Por conseguinte, possibili-tará um aumento do seu reconhecimento, bem como o reforço do seu mérito, prestígio e marca, sedimen-tando a sua presença nos meios de grande influência internacional, projetando as--sim a sua qualidade para o panorama mundial.

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INDICADORES DE DESEMPENHO

• grau de satisfação dos stakeholders externos

• peso da receita da prestação de serviços especializados no financiamento total

• n.º de spin-offs e start-ups criadas – base tecnológica e base não tecnológica

• ‰ de patentes submetidas por investigador

• n.º de participantes em iniciativas culturais da UC

• n.º de eventos culturais em parceria

• n.º de iniciativas culturais e artísticas que se autofinanciam

• n.º de projetos em consórcio, na área do empreendedorismo e inovação

• n.º de iniciativas de estímulo e de sensibili-zação para o empreendedorismo

• taxas de cursos de 1.º e 2.º ciclos com ECTS nas áreas de empreendedorismo e inovação

METAPosicionar a Região Centro entre as regiões classificadas como “Average Innovator”, de acordo com o Regional Innovation Scoreboard Crescer anualmente 25% na receita resultante da prestação de serviços especializados

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PILARES DE RECuRSOS

PESSOAS

ECONÓMICO-FINANCEIROS

INFRAESTRuTuRAS

ORGANIzACIONAIS

Promover uma gestão proativa, racional, responsável e rigorosa dos recursos, com base em critérios de economia, eficácia e eficiência, incrementando o potencial de participação da comunidade universitária e da sociedade nos mais diversos domínios.

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PESSOAS

ObjETIVOValorizar as pessoas, suas inicia-tivas e contributos, reforçando a proximidade da UC às suas ne-cessidades e expetativas

Valorizar as pessoas, as suas competências, as suas iniciativas e contributos, reconhecendo--as como indivíduos e como equipa, potencia a permanência de talentos. O reconhecimento do seu desempenho é fulcral para a manutenção e reforço de valores como a identidade comum e o sentimento de pertença para com a instituição que representam. A participação de toda a comu-nidade académica nas grandes reflexões – quer sobre desem-penhos anteriores, quer sobre escolhas e estratégias futuras – deve ser fortalecida para que haja lugar ao surgimento de idei-as inovadoras.

O estabelecimento de uma

política comum de gestão de recursos humanos que esta-beleça princípios gerais a serem seguidos, por todas as Unidades e Estruturas da UC, abarcando o desenvolvimento de uma política de diferenciação ao ní- vel do recrutamento e gestão de oportunidades é essencial para que se consiga reter as pessoas de qualidade, com o objetivo de desenvolver carreiras estáveis, sustentáveis e de sucesso. Para tal, é também fundamental, mais do que uma política de formação, a promoção de uma política de qualificação do pes- -soal, integrada e articulada com o recrutamento e com a gestão do desempenho, que permita uma evolução efetiva das capacidades do pessoal, com reflexo nos métodos de trabalho e na qualidade do serviço prestado.INICIATIVAS ESTRATÉGICAS1. valorizar as pessoas, as

suas competências, as suas iniciativas e contributos, reconhecendo-as como indivíduos e como equipa, potenciando a permanên-cia de talentos.

2. promover a participação de toda a comunidade aca-démica nas grandes re-flexões realizadas na UC, estimulando e apoiando ideias inovadoras.

3. instituir uma política comum de gestão de re-cursos humanos, que esta-beleça princípios gerais a serem seguidos por todas as unidades e Estruturas da uC, incluindo o desen-volvimento de uma políti-ca de diferenciação ao nível do recrutamento e gestão de oportunidades.

4. agilizar e flexibilizar os instrumentos de gestão.

INDICADORES DE DESEMPENHO

• nível da dimensão “mudança e inovação”

• nível da dimensão “qualidade”

• nível da dimensão “contexto organizacional”

• nível da dimensão “posto de trabalho”

• nível da dimensão “cooperação e comunicação”

• nível da dimensão “política e estratégia”

• nível da dimensão “relações com chefias”

• % de docentes doutorados com doutoramento ou pós-doutoramento noutra instituição que não a UC

• proporção de trabalhadores não docentes que frequentaram ações de formação por ano

METAConseguir um grau de satisfação global dos trabalhadores não docentes e docentes, superior à referência nacional para o setor público.

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ECONÓMICO-FINANCEIROS

ObjETIVOPromover a sustentabilidade económico-financeira da Uni-versidade de Coimbra

A sustentabilidade económi-co-financeira da UC tem como base uma cultura de rigor e transparência na afe-tação de recursos às diversas atividades da Universidade. Só assim é possível promover a criatividade na captação de recursos, e de apoios, como garante de sustentabilidade. Dado o atual contexto de crise económica mundial, com graves repercussões a todos os níveis e, em particu-lar, no financiamento das ins-tituições de ensino superior, a captação de fundos com-petitivos e a diversificação de fontes de financiamen-to terão obrigatoriamente de integrar a estratégia da

Universidade de Coimbra para os próximos anos. Esta preocupação pela diversi-ficação será naturalmente transversal a todos os pi-lares estratégicos, cobrindo, a título exemplificativo, áreas como o financiamento de projetos de investigação, as prestações de serviços es-pecializados, a captação de parcerias no meio envolvente ou as receitas provenientes da marca UC ou do turismo.

A existência de instrumentos adequados – desde a metodo-logia de custos totais aos siste-mas de informação – mostra--se primordial na tentativa de melhorar os níveis de eficiência dos recursos e promover siner-gias na sua utilização, designada-mente com unidades que utili-zam outros sistemas (caso dos Serviços de Ação Social).

INICIATIVAS ESTRATÉGICAS1. fomentar uma cultura de rigor de transparência na afetação de recursos às diversas atividades da universidade.

2. promover a criativi-dade na captação de re-cursos e de apoios como garante de sustentabili-dade, reforçando as alter-nativas de financiamento e as receitas próprias e diversificando as suas origens.

3. desenvolver a gestão de recursos, potencian-do o seu valor e promo- vendo uma maior eficiên-cia na sua utilização.

4. agilizar e flexibilizar os instrumentos de gestão.

INDICADORES DE DESEMPENHO

• nível de diversificação da estrutura de financiamento da UC

• taxa de crescimento do peso da receita própria no financiamento total

• peso do financiamento competitivo no financiamento total

• prazos médios de pagamentos e derecebimentos

METACrescer 50% no financiamento competitivo

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INFRAESTRuTuRAS

ObjETIVOPromover a melhoria sistemáti-ca das infraestruturas e asse-gurar uma gestão integrada e assente em critérios de respon-sabilidade e de sustentabilidade.

A gestão de forma sustentada e integrada das infraestruturas dos polos universitários possibilita a maximização do aproveitamento do património existente, con-tribuindo, deste modo, para a via-bilidade financeira a longo prazo. É notória a importância do pla-neamento concertado do cresci-mento físico da UC, com uma priorização dos diversos proje-tos, seja de novas instalações ou da ampliação das já existentes, para que se possa desenvolver uma correta reorganização dos espaços do universo UC, tendo como base a sua efetiva utilização (princípio da flexibilidade na utili-zação dos espaços).Um outro aspeto a ter em con-

ta relaciona-se com a melhoria no desempenho dos edifícios e na qualidade da sua envolvente, procurando atingir padrões in-ternacionais. A preocupação com a eficiência energética e a utilização de energias alternati-vas renováveis sobressai como uma medida com impacto a di-versos níveis.Alinhada com todas estas questões encontra-se a ne-cessidade de preservação, ma-nutenção e conservação qua- lificada dos espaços, através da implementação de ações de planeamento, gestão e ma- nutenção, com vista à me- lhoria das condições dos mesmos. Em muitos casos, estes espaços são património histórico, com um passado preenchido de estórias e que, por isso, devem ser mantidos e preservados ao longo da sua existência para que se mante-nha forte a identidade da UC.

INICIATIVAS ESTRATÉGICAS1. gerir de forma susten-tável e integrada as in-fraestruturas dos polos universitários, maximizan-do o aproveitamento do património existente, ga- rantindo viabilidade finan-ceira a longo prazo.

2. planear de forma concer-tada o crescimento físico da uC, seja através de novas instalações ou de amplia- ção das já existentes.

3. assegurar a reorgani-zação dos espaços dentro do universo uC, com base na sua utilização efetiva.

4. melhorar a eficiên-cia energética, o desem-penho ambiental dos edi- fícios e a qualidade da sua envolvente.

INDICADORES DE DESEMPENHO

• m2 de edifícios utilizados e não utilizados

• custo por m2 com conservação, manuten-ção e requalificação dos edifícios

• área objeto de intervenção e reabilitação do património histórico edificado

• abrangência do princípio do utilizador--pagador nas unidades e serviços da UC

METADiminuir os consumos em energia, gás e água em 20%, por m2 utilizado.

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ORGANIzACIONAIS

ObjETIVOPotenciar a utilização dos re-cursos organizacionais como um dos elementos centrais da competitividade da UC

A Universidade de Coimbra propõe-se consolidar e au-mentar a sua presença em es-paços internacionais estratégi-cos, sendo exemplo a CPLP ou países com fortes comu-nidades portuguesas, tendo como princípios basilares a qualidade e a sustentabili-dade financeira. Dará também grande enfoque às parcerias já existentes com outras uni-versidades fora do país, em especial as que constituem o Grupo de Coimbra na Eu-ropa e o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras. Estas redes, que agregam uni-versidades de grande prestí-gio a nível mundial, constitu-em uma enorme mais-valia para a UC, podendo fornecer um modelo a replicar nas variadas atividades por elas desenvolvidas.Enquanto instituição trans-parente e aberta ao mundo, aperfeiçoará as suas políti-cas de comunicação, dando visibilidade às diversas di-mensões do universo UC. A nível institucional, deverá ser melhorada a política de comunicação interna, consti-

tuindo essa uma das formas de ultrapassar as dificuldades de dispersão geográfica das Unidades e Serviços da Uni-versidade. Os mecanismos de retorno da comunicação aos membros da comunidade aca-démica ou aos parceiros ex-ternos deverão ser também reforçados.Deverá ainda gerar mecanis-mos promotores de dinâmicas multimodais que projetem a marca UC, e a região, em esferas nacionais e internacionais. Sen-do detentora de um alargado património histórico e cultu-ral, e de um vasto espólio mu-seológico, bibliográfico, arqui- vístico e científico com eleva-do potencial de crescimento – candidato a património mun-dial da humanidade – a oferta turística deverá ser dotada de patamares de excelência com-patíveis com a procura e de-senvolver serviços e produtos no âmbito do circuito turís-tico, sempre em articulação com outros agentes e ofer-tas. Tendo em conta a formu-lação estratégica subjacente ao Plano, baseada na dife- renciação pela qualidade, as metodologias de planeamento, gestão e avaliação, deverão ser desenvolvidas e a sua utilização estimulada, tendo sempre por base uma cultura de melhoria contínua.

A vertente de responsabi-lidade social, tão importante nos dias de hoje, é assumida como uma iniciativa estra-tégica em aspetos como o voluntariado, a cidadania ou a promoção da igualdade de oportunidades ou de género em todas as esferas de atua-ção da UC. Nesta vertente, também a inovação e o em-preendedorismo sociais, fun-damentais para a construção de uma nova cidadania, de-verão ser estimulados.

Importa ainda assumir e destacar, como importante agente de divulgação, o con-tributo que a Rede de Antigos Estudantes da UC pode dar para o sucesso das iniciativas propostas.

INICIATIVAS ESTRATÉGICAS1. desenvolver a presença da uC em espaços inter-nacionais estratégicos (nomeadamente CPLP ou países com fortes co-munidades portuguesas) e criação de programas em cooperação, com base em princípios de quali-dade e sustentabilidade financeira.

2. gerar mecanismos de promoção da marca uC,

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INDICADORES DE DESEMPENHO

• taxa de crescimento de receitas de produtos com a marca UC

• posição da UC no QS Top World University ranking

• grau de implementação do projetodatawarehouse

• posição da UC no ranking 4ICU

• taxa de crescimento do n.º de membros da Rede UC

• posição da UC face ao referencial de avaliação institucional da A3ES

• n.º de bilhetes vendidos no circuitoturístico

• volume de receitas do circuito turístico

METAAlcançar o maior índice de notoriedade top of mind das universidades portuguesas nos países europeus

destacando os valores da matriz identitária e cul-tivando a interação e as relações da Universidade com a sociedade.

3. aperfeiçoar a política de comunicação interna e externa, promovendo a transparência e dando a visibilidade às dimensões de prestígio da uC.

4. estimular princípios de responsabilidade social na sua cultura interna.

5. desenvolver na uC uma cultura de integração e de melhoria contínua com base em metodologias de planeamento, gestão e avaliação, promovendo e expandindo a utilização de ferramentas de gestão e

de plataformas tecnológi-cas que facilitem a focali-zação nas suas missões.

6. desenvolver ações con-certadas no âmbito da can-didatura da universidade a património mundial da uNESCO, galvanizando parceiros municipais e na-cionais e promovendo a adesão da população.

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Aprovado em reunião do Conselho Geral de 14 de outubro de 2011

organizaçãoEquipa de Projeto Especial “Planeamento Estratégico da Universidade de Coimbra 2011 - 2015”

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