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ESTADO DA BAHIA
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAÇARI
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - SEDUR
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
PRODUTO 08 – ESTUDOS DE CENÁRIOS
TOMO II – ABASTECIMENTO DE ÁGUA
CAMAÇARI / BA
JULHO, 2016
Plano Municpal de Saneamento Básico
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PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 1.174/2013
TOMADA DE PREÇOS Nº 003/2014
CONTRATO Nº 140/2014
VERSÃO FINAL do Produto 08 - Estudos de
Cenários, Tomo II - Abastecimento de Água,
apresentado pela Saneando Projetos de
Engenharia e Consultoria Ltda. para a Secretaria
de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), como
parte integrante do Plano Municipal de
Saneamento Básico de Camaçari - BA.
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ADEMAR DELGADO
Prefeito Municipal
MARIA DO CARMO SIQUEIRA
Vice Prefeita
DJALMA MACHADO DE SOUZA
Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano
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FICHA TÉCNICA
Comitê de Coordenação
Membro Titular Secretarias
Marina Rodriguez Alonso (Coordenadora) SEDUR/ASTEC
Anselmo Sebastião Salgueiro dos Santos SEDUR/CPL
Eduardo da Silva Barreto SEDUR/CMA
Fabio Antônio Moura Costa de Souza SEDUR/ASTEC
Lélia Maria dos Reis Dias SEDUR/ASTEC
Maiana Fernandes Vaz Freitas SEDUR/ASTEC
Maressa Lacerda Viera SEDUR/ASTEC
Milai Rodrigues Alves Cordeiro SEDUR/CMA
Sandra Lima dos Santos SEDUR/CMA
Silvio Roberto Gantois SEDUR/CMA
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Instituições e Secretarias Membro Titular Membro Suplente
Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR)
Secretaria de Infraestrutura (SEINFRA)
Marina Rodriguez Alonso
Sérgio Murilo Falcão Silva
Maressa Lacerda Viera
Cesar Aparecido dos Santos
Secretaria de Saúde (SESAU) Valmir Santos Araújo Ruteane da Silva dos Santos
Secretaria de Habitação (SEHAB) Monique Matos Rodrigues Azevedo Santiane Araújo Godinho Cruz
Secretaria de Serviços Públicos (SESP) Flávio Ribeiro Lobo Filho José Marcelo Rocha de Almeida
Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES) Elaine Maciel de Souza da Silva Mateus dos Santos de Oliveira
Limpeza Pública de Camaçari (LIMPEC) Rute do Nascimento Luiz Balbino Bittencourt Teixeira
Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM)
Francisco de Assis Silva
Crispim Carvalho da Hora
Conselho Municipal de Saúde (CMS) Paulo César Souza Costa Verbenia Lúcia da Silva Santos
Conselho Municipal de Educação (CME) Elielza de Santana Bispo Souza Mário José Santos Filho
Conselho Municipal da Cidade (CONCIDADE) Everaldo de Jesus Vieira Jorge Carlos Ramos Gonçalves
Comitê de Fomento Industrial (COFIC)
Mariene Salatiel Oliveira
José de Anchieta da Silva Filho
Comitê da Bacia Hidrográfica do Recôncavo Norte e Inhambupe (CBHRNI)
Sérgio de Almeida Bastos
Maria José Rosas
Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa)
Mário Sergio Soares May
Taís Meireles Oliveira
Poder Legislativo Municipal (CMC) Sávio Nonato Barreto de Oliveira Gilseppi Mário Reis D’errico
Comitê Executivo
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Equipe Técnica da Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria Ltda.
Nome Cargo
Geraldo Leite Botelho Coordenador Gerencial do Contrato
Gabriela Vieira de Toledo L. Ataíde Coordenadora Técnica de Planejamento
Lívia Duca de Lima Supervisora Técnica do PMSB
Lenon Sol de Souza Marques Supervisor Técnico do PMGIRS
Kalila Calil Barreto Couto Engenheira Sanitarista e Ambiental
Mariana Mascarenhas de Souza Engenheira Sanitarista e Ambiental
Victor Moreira da Silva Vidal Engenheiro Ambiental e Sanitarista
Victor Pompeu Teixeira Rodriguez Engenheiro Sanitarista e Ambiental
Leila Santos Borges Nunes Assistente Social
Luiz Claudio Ferraz Freire de Carvalho
Tiago Santana Dutra
Geógrafo/Técnico em Geoprocessamento
Estagiário em Eng. Sanitária e Ambiental
Carolina Rodeiro Nunes Estagiária em Eng. Sanitária e Ambiental
Verônica Paternostro Andrade Estagiária em Eng. Sanitária e Ambiental
Ilo César Menezes Estagiário em Geografia
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Apresentação
A Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria Ltda. – ME apresenta à Prefeitura
Municipal de Camaçari a versão preliminar do Produto 08 - Estudo de Cenários,
Tomo II - Abastecimento de Água, conforme contrato nº 140/2014.
O presente documento foi desenvolvido com base na Lei Federal nº 11.445/2007,
que estabelece diretrizes para a Política Nacional de Saneamento Básico (PNSB),
regulamentada através do Decreto Nº 7.217/2010, alterado pelo Decreto nº 8.629/
2015 e na Lei Estadual nº 11.172/2008, que institui a Política Estadual de
Saneamento Básico (PESB).
O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) é o principal instrumento de
planejamento da gestão dos serviços de abastecimento de água, esgotamento
sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, bem como de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos. É desenvolvido para atuar em um horizonte de
20 anos e deve passar por revisões periódicas a cada 4 anos, a fim de manter-se
atualizado.
Em relação à elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, o artigo 1º do
Decreto nº 8.629/15 afirma:
Após 31 de dezembro de 2017, a existência de plano de saneamento
básico, elaborado pelo titular dos serviços, será condição para o
acesso a recursos orçamentários da União ou a recursos de
financiamentos geridos ou administrados por órgão ou entidade da
administração pública federal, quando destinados a serviços de
saneamento básico.
Dessa forma, atendendo aos princípios e objetivos abordados na Política Nacional
de Saneamento Básico, além de outras premissas, a Prefeitura Municipal de
Camaçari desenvolve este instrumento como forma de estabelecer diretrizes
aplicáveis, de forma sistemática, para o planejamento dos serviços de saneamento
básico adequado a realidade do município.
Em seu desenvolvimento, o PMSB foi estruturado de forma a apresentar o
diagnóstico, que retrata a atual situação dos serviços de saneamento básico em
Camaçari; o estudo de cenários e a hierarquização das intervenções, bem como os
mecanismos e procedimentos a serem utilizados na implementação das metas;
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programas, projetos e ações nos devidos horizontes temporais de curto, médio e
longo prazo, conforme determina o termo de referência.
As etapas de elaboração do PMGIRS e do PMSB estão descritas a seguir, de
acordo com os requisitos do Termo de Referência e diretrizes preconizadas pela
Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental:
Etapa 1:
- Plano de Trabalho e Plano de Mobilização Social;
Etapa 2:
- Caracterização física e socioeconômica do Município;
- Oficina de Capacitação do Comitê Executivo.
Etapa 3:
- Diagnóstico dos Serviços de Água;
- Diagnóstico dos Serviços de Esgoto;
- Diagnóstico dos Serviços de Drenagem de Águas Pluviais;
- Diagnóstico dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos
Sólidos.
Etapa 4:
- Estudos de Cenários;
- Hierarquização das Intervenções;
- Versão Preliminar do PMGIRS;
- Audiências Públicas Locais para Apresentação do PMGIRS;
- Versão revisada e complementada do PMGIRS com base nas audiências
públicas locais (proposta de Lei enviada à Câmara).
Etapa 5:
- Versão Preliminar do PMSB – Programas, Projetos e Ações;
- Audiências públicas locais para apresentação do PMSB.
Etapa 6:
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- Versão revisada e complementada do PMSB com base nas audiências
públicas locais (minuta de proposta de Lei);
- Relatório Síntese do PMSB (proposta de Lei enviada à Câmara).
Para que o PMSB contemple todos os seus objetivos e garanta uma melhor gestão
dos serviços de saneamento básico, é necessário a participação popular,
enriquecendo o diagnóstico dos técnicos e garantindo, também, o controle social.
Dessa forma, a população tem papel central na elaboração do plano, participando do
planejamento. A eficiência desse processo é maior se grupos organizados e
entidades representativas dos setores econômicos e sociais de comunidade ou
região participarem ativamente, desde a sua elaboração até a sua implementação.
O esforço do município de Camaçari em elaborar seu Plano de Saneamento Básico
objetiva não só cumprir um marco legal no saneamento, como obter um momento
ímpar no exercício de titular efetivo dos serviços que lhe concede a Lei Federal nº
11.445/2007, deixando clara quem deverá exercer as distintas funções inerentes a
gestão dos serviços de saneamento: o ato de planejar, de prestar, de regular e
fiscalizar, e permeando transversalmente a todos estes, o controle social.
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LISTA DE SIGLAS
ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária
AGERSA – Agência Reguladora de Saneamento Básico
ANA – Agência Nacional de Águas
APP – Área de Preservação Ambiental
CAESA – Companhia de Água e Esgoto do Amapá
CERB – Companhia de Engenharia e Recursos Hídricos da Bahia
CETREL – Central de Efluentes Líquidos do Polo de Camaçari
CMB – Conjunto Motor-Bomba
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente
COVIAM – Coordenação de Vigilância Ambiental em Saúde
CPRM – Companhia de Pesquisas em Recursos Minerais
CRAS – Centro de Referência e Assistência Social
CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
DAC – Distribuidora de Água de Camaçari
DIVISA – Diretoria da Vigilância Sanitária e Ambiental
EEAB – Estação Elevatória de Água Bruta
EEAT – Estação Elevatória de Água Tratada
EMBASA – Empresa Baiana de Água e Saneamento S.A
EMRMS – Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador
ETA – Estação de Tratamento de Água
ETL – Estação de Tratamento de Lodo
FUNASA – Fundação Nacional da Saúde
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IMEA – Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária
INEMA – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
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IPECE – Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará
IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial Urbana
IWA – International Water Association
MC – Ministério das Cidades
MMA – Ministério do Meio Ambiente
NBR – Norma Brasileira
ODM – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
OGU – Orçamento Geral da União
ONU – Organização das Nações Unidas
PARMS – Plano de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de Salvador,
Santo Amaro e Saubara
PDDU – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
PIC – Polo Industrial de Camaçari
PLANSAB – Plano Nacional de Saneamento Básico
PMCMV – Programa Minha Casa Minha Vida
PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico
PNSB – Plano Nacional de Saneamento Básico
PSA – Plano de Segurança de Água
RAD – Reservatório Apoiado de Distribuição
RED – Reservatório Elevado de Distribuição
SAA – Serviço de Abastecimento de Água
SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
SAC – Solução Alternativa Coletiva
SAI – Solução Alternativa Individual
SEDUR – Secretaria de Desenvolvimento Urbano
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SEINFRA – Secretaria de Infraestrutura
SESAB – Secretaria de Saúde do Estado da Bahia
SESAU – Secretaria de Saúde
SIAA – Sistema Integrado de Abastecimento de Água
SIAGAS – Sistema de Informações de Águas Subterrâneas
SIDRA - Sistema IBGE de Recuperação Automática
SIG – Sistema de Informações Geográficas
SISAGUA – Sistema de Informação de Vigilância de Qualidade da Água para
Consumo Humano
SLAA – Sistema Local de Abastecimento de Água
SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
SSAA – Sistema Simplificado de Abastecimento de Água
SUS – Sistema Único de Saúde
SUVISA – Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde
SWOT - Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats
UTA – Unidades de Tratamento de Água
VISA – Vigilância Sanitária e Ambiental
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Exemplos de variáveis de estudo para os serviços de saneamento,
destacando abastecimento de água. ........................................................................ 27
Figura 2 - Formulação das hipóteses e construção dos cenários. ............................ 28
Figura 3 - Porcentagem (%) de atendimento por rede geral em 2010 segundo IBGE.
................................................................................................................................. 31
Figura 4 - Variação da produção necessária de água em função das metas
estabelecidas no Cenário 1. ..................................................................................... 39
Figura 5 - Variação da produção de água necessária, em função das metas
estabelecidas no Cenário 2. ..................................................................................... 43
Figura 6 - Variação da produção necessária de água em função das metas
estabelecidas no Cenário 3. ..................................................................................... 47
Figura 7 - Projeção do consumo per capita nos diferentes cenários. ....................... 49
Figura 8 - Projeção do Índice de Perdas nos diferentes cenários. ............................ 50
Figura 9 - Produção necessária (K1) para cada um dos cenários, em comparação ao
atual. ........................................................................................................................ 51
Figura 10 - Área de abrangência dos SAA em Camaçari/BA. .................................. 65
Figura 11 - Croqui do SLAA Camaçari/BA. .............................................................. 67
Figura 12 - Croqui Sistema SLAA Parafuso. ............................................................ 73
Figura 13 - Croqui Sistema SIAA Machadinho. ........................................................ 77
Figura 14 - Croqui SIAA Jordão. .............................................................................. 82
Figura 15 - Croqui SIAA Barra do Pojuca. ................................................................ 87
Figura 16 - Croqui do SIAA Barra do Pojuca, alternativa selecionada. ..................... 92
Figura 17 - Croqui SSA Canto dos Pássaros. .......................................................... 93
Figura 18 - Faixa de APP segundo o Novo Código Florestal. ................................. 111
Figura 19 - Mapa representando a distribuição espacial do nível estático interpolado.
............................................................................................................................... 114
Figura 20 - Zonas de proteção dos poços tubulares. ............................................. 114
Figura 21 - Programas para o Abastecimento de Água de Camaçari – BA. ........... 121
Figura 22 - Sistematização dos problemas e desafios do SAA de Camaçari/BA. ... 122
Figura 23 - Objetivos do Vigiagua. ......................................................................... 138
Figura 24 - Estruturação do Sisagua. ..................................................................... 139
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Figura 25 - Ações básicas para operacionalização da vigilância da qualidade da
água para consumo humano. ................................................................................. 141
Figura 26 - Sistema de gerenciamento de reparo de vazamentos. ........................ 146
Figura 27 - Ações para controle de perdas. ........................................................... 147
Figura 28 - Arcabouço legal. .................................................................................. 150
Figura 29 - Mapa Estratégico da Embasa. ............................................................. 154
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Exemplo de Matriz SWOT (forças e fraquezas)...................................... 26
Quadro 2 - Exemplo de Matriz SWOT (oportunidades e ameaças). ......................... 26
Quadro 3 - Variáveis definidas. ................................................................................ 35
Quadro 4 - Hipóteses das variáveis definidas para a zona urbana. .......................... 35
Quadro 5 - Cenário 1 do abastecimento de água (população urbana). .................... 36
Quadro 6 - Cenário 2 do abastecimento de água (população urbana). .................... 41
Quadro 7 - Cenário 3 do abastecimento de água (população urbana). .................... 44
Quadro 8 - Comparação das variáveis de estudo de cada cenário de abastecimento
de água (população urbana). ................................................................................... 48
Quadro 9 - Hipóteses das variáveis definidas para a zona rural. .............................. 52
Quadro 10 - Comparação das variáveis em estudo em cada cenário. ..................... 55
Quadro 11 - Metas do cenário de referência: manter o consumo per capita. ........... 60
Quadro 12 - Metas de referência do cenário: universalizar do índice de
abastecimento de água. ........................................................................................... 61
Quadro 13 - Metas de referência do cenário: redução do índice de perdas de água.
................................................................................................................................. 62
Quadro 14 - Vazão demandada e explorada em Camaçari/BA. ............................. 103
Quadro 15 - Causas e efeitos possíveis da interrupção do SAA. ........................... 116
Quadro 16 - Consequências da presença de substâncias, compostos e organismos
na água. ................................................................................................................. 117
Quadro 17 - Alternativas para evitar a paralisação do sistema de abastecimento de
água. ...................................................................................................................... 120
Quadro 18 - Agrupamento de problemas e desafios do Serviço de Abastecimento de
Água de Camaçari/BA (tema: meio ambiente). ...................................................... 123
Quadro 19 - Agrupamento de problemas e desafios do Serviço de Abastecimento de
Água de Camaçari/BA (tema: população). ............................................................. 125
Quadro 20 - Agrupamento de problemas e desafios do SAA de Camaçari/BA (tema:
operação). .............................................................................................................. 128
Quadro 21 - Agrupamento de problemas e desafios do SAA de Camaçari/BA (tema:
saúde). ................................................................................................................... 132
Quadro 22 - Agrupamento de problemas e desafios do SAA de Camaçari/BA (tema:
instituição). ............................................................................................................. 133
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Quadro 23 - Quadro de funcionários da coordenação de vigilância sanitária e
ambiental em março 2016. ..................................................................................... 142
Quadro 24 - Déficit do quadro de funcionários da coordenação de vigilância sanitária
e ambiental. ........................................................................................................... 142
Quadro 25 - Materiais e insumos existentes vs necessários. ................................. 142
Quadro 26- Balanço Hídrico (IWA). ........................................................................ 144
Quadro 27 - Características principais das perdas reais e aparentes. .................... 145
Quadro 28 - Síntese dos Programas, Projetos e Ações para o Abastecimento de
Água ...................................................................................................................... 158
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura,
considerando metas estabelecidas no Cenário 1. .................................................... 38
Tabela 2 - Produção de água necessária para o atendimento da população futura,
considerando as metas estabelecidas pelo Cenário 2.............................................. 42
Tabela 3 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura,
considerando metas estabelecidas ao Cenário 3. .................................................... 45
Tabela 4 - Comparação das variáveis quantificadas em cada cenário de
abastecimento de água (população urbana). ........................................................... 48
Tabela 5 - Características dos sistemas da Embasa em Camaçari/BA, ano 2014. .. 66
Tabela 6 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do
SLAA Camaçari, considerando metas estabelecidas no Cenário 2. ......................... 68
Tabela 7 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do
SLAA Camaçari, considerando metas estabelecidas no Cenário 3. ......................... 69
Tabela 8 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do
SLAA Parafuso, considerando metas estabelecidas no Cenário 2. .......................... 74
Tabela 9 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do
SLAA Parafuso, considerando metas estabelecidas no Cenário 3. .......................... 75
Tabela 10 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do
SIAA Machadinho, considerando metas estabelecidas no Cenário 2. ...................... 78
Tabela 11 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do
SIAA Machadinho, considerando metas estabelecidas no Cenário 3. ...................... 79
Tabela 12 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do
SIAA Jordão, considerando metas estabelecidas no Cenário 2. .............................. 83
Tabela 13 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do
SIAA Jordão, considerando metas estabelecidas no Cenário 3. .............................. 84
Tabela 14 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do
SIAA Barra do Pojuca, considerando metas estabelecidas no Cenário 2. ................ 88
Tabela 15 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do
SIAA Barra do Pojuca, considerando metas estabelecidas no Cenário 3. ................ 89
Tabela 16 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do
SIAA Canto dos Pássaros considerando metas estabelecidas no Cenário 2. .......... 94
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Tabela 17 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do
SIAA Canto dos Pássaros, considerando metas estabelecidas no Cenário 3 .......... 95
Tabela 18 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura da
zona rural, considerando metas estabelecidas no Cenário 2. .................................. 98
Tabela 19 - Disponibilidade hídrica por manancial. ................................................ 104
Tabela 20 - Área enquadrada por lei como APP em Camaçari/BA......................... 111
Tabela 21 - Zona de Proteção por tipologia do aquífero. ........................................ 115
Tabela 22 - Síntese das Características dos Mananciais de Camaçari/BA. ........... 149
Tabela 23 - Custo total do Projeto “Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado”. . 163
Tabela 24 - Custo total do Projeto “Melhoria do Monitoramento da Qualidade da
Água”. .................................................................................................................... 165
Tabela 25 - Custo total do Projeto “Controle de Perdas.” ....................................... 167
Tabela 26 - Custo total do Projeto “Recuperação, Preservação e Proteção de
Mananciais. ............................................................................................................ 168
Tabela 27 - Custo total para o SLAA de Camaçari (sede). ..................................... 170
Tabela 28 - Custo total para o SLAA de Parafuso. ................................................. 170
Tabela 29 - Custo total para o SIAA de Machadinho. ............................................. 171
Tabela 30 - Custo total para o SIAA de Jordão. ..................................................... 171
Tabela 31 - Custo total para o SIAA de Barra do Pojuca. ....................................... 172
Tabela 32 - Custo total para o SSAA de Canto dos Pássaros. ............................... 172
Tabela 33 - Custo total do Projeto “Soluções Alternativas para a Zona Rural”. ...... 174
Tabela 34 – Demostrativo dos investimentos por projeto para o serviço de
abasteciemnto de àgua. ......................................................................................... 175
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 22
2. OBJETIVOS......................................................................................................... 24
2.1 Objetivos Específicos .................................................................................. 24
3. METODOLOGIA .................................................................................................. 25
4. CENÁRIOS ALTERNATIVOS DE GERENCIAMENTO E DEMANDAS ................ 31
4.1 Cenários Alternativos dos Serviços de Abastecimento de Água na Zona
Urbana ................................................................................................................. 32
4.1.1 Cenário 01 – Zona Urbana .................................................................... 36
4.1.2 Cenário 02 – Zona Urbana .................................................................... 40
4.1.3 Cenário 03 – Zona Urbana .................................................................... 44
4.1.4 Análise Comparativa e Cenário de Referência para o Serviço de
Abastecimento de Água na Zona Urbana ........................................................ 48
4.2 Cenários Alternativos dos Serviços de Abastecimento de Água para Zona
Rural .................................................................................................................... 51
4.2.1 Cenário 1 – Zona Rural ......................................................................... 52
4.2.2 Cenário 2 – Zona Rural ......................................................................... 53
4.2.3 Cenário 3 – Zona Rural ......................................................................... 54
4.2.4 Análise Comparativa e Cenário de Referência para o Abastecimento de
Água na Zona Rural ......................................................................................... 55
5. CENÁRIO DE REFERÊNCIA, OBJETIVOS E METAS ........................................ 57
5.1 Cenário de Referência ................................................................................. 57
5.2 Objetivos ..................................................................................................... 59
5.3 Metas .......................................................................................................... 60
5.3.1 Consumo per capita de água ................................................................ 60
5.3.2 Índice de atendimento ........................................................................... 61
5.3.3 Índice de perdas .................................................................................... 62
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6. ALTERNATIVAS TÉCNICAS PARA COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE DEMANDAS E
DISPONIBILIDADES DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .............. 64
6.1 Alternativas Técnicas para Atendimento da Demanda da Área Urbana ...... 64
6.1.1 Sistema Local de Abastecimento de Água Camaçari ............................ 66
6.1.2 Sistema Local de Abastecimento de Água Parafuso ............................. 72
6.1.3 Sistema Integrado de Abastecimento de Água Machadinho.................. 76
6.1.4 Sistema Integrado de Abastecimento de Água Jordão .......................... 82
6.1.5 Sistema Integrado de Abastecimento de Água Barra do Pojuca ........... 86
6.1.6 Sistema Simplificado de Abastecimento de Água Canto dos Pássaros . 93
6.2 Alternativas Técnicas para Atendimento da Demanda da Zona Rural ......... 97
7. ALTERNATIVAS DE MANANCIAIS PARA ATENDER ÀS DEMANDAS ............ 103
8. ÁREAS DE INTERESSE PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA ......................... 106
8.1 Análise do mapeamento das Áreas de Interesse ao Abastecimento de Água110
9. AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA ................................................ 116
10. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES ........................................................... 121
10.1 Programa: Gestão Sustentável .................................................................. 135
10.1.1 Projeto: Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado .......................... 136
10.1.2 Projeto: Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água................ 137
10.1.3 Projeto: Controle de Perdas ................................................................ 144
10.2 Programa: Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais ............ 148
10.2.1 Projeto: Recuperação, Preservação e Conservação dos Mananciais .. 151
10.3 Programa: Universalização do Acesso à Água Potável ............................. 153
10.3.1 Projeto: Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa ..................... 153
10.3.2 Projeto: Soluções Alternativas para a Zona Rural ............................... 156
11 ESTIMATIVAS DOS RECURSOS NECESSÁRIOS AOS INVESTIMENTOS ..... 162
11.1 Programa: Gestão Sustentável .................................................................. 162
11.1.1 Projeto: Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado .......................... 163
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11.1.2 Projeto: Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água................ 165
11.1.3 Projeto: Controle de Perdas ................................................................ 166
11.2 Programa: Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais ............ 167
11.2.1 Projeto: Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais .......... 167
11.3 Programa: Universalização do Acesso à Água Potável ............................. 169
11.3.1 Projeto: Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa ..................... 169
11.3.2 Projeto: Soluções Alternativas para a Zona Rural ............................... 173
11.4 Demonstrativo dos Investimentos .............................................................. 174
12 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 176
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 179
APÊNDICE A - ANÁLISE SWOT............................................................................ 185
APÊNDICE B - MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE INTERESSE AO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................... 191
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1. INTRODUÇÃO
No Tomo I deste Produto 08 foram apresentados e analisados 3 cenários de gestão
para o futuro de Camaçari como ferramenta de análise e enquadramento do
município, visando nortear tomadas de decisões e definições de ações futuras,
além de definir o melhor cenário de referência para estudos posteriores.
De acordo com o conteúdo apresentado no Tomo I, no presente Tomo II, foi
elaborada a etapa do Estudos de Cenários do Serviço de Abastecimento de Água
de Camaçari, cujo processo de elaboração baseou-se nas informações quali-
quantitativas expostas na etapa de Diagnóstico e nas técnicas e tecnologias
disponíveis atualmente e que se encaixam no perfil do município de Camaçari.
O Estudo de Cenários foi desenvolvido com base na adaptação das categorias
propostas pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), e em reunião
com o Comitê de Coordenação, visando avaliar e validar as categorias previstas.
Isso trouxe diferentes perspectivas de cenários, considerando condicionantes
críticas no ambiente macro e variadas hipóteses para cada uma delas.
Assim, foram propostos cenários alternativos para o gerenciamento e demandas. O
processo continuou com a comparação dos cenários alternativos propostos e
consequente definição de um cenário de referência, a partir de discussões com o
Comitê de Coordenação acerca do cenário que melhor representasse os anseios
da população camaçariense.
O cenário de referência e seus objetivos indicam as estratégias possíveis para
cumprir as diretrizes de planejamento previstas. As metas representam a trajetória
escolhida para o cumprimento dos objetivos propostos, fixados de acordo com os
indicadores definidos no horizonte de planejamento.
O estudo das demandas apresenta as perspectivas para os serviços públicos de
abastecimento de água, considerando a situação atual e as metas propostas para
os próximos 20 anos. Neste momento, foram observadas demandas para os
sistemas de abastecimento de água existentes e propostas soluções para as áreas
ainda não atendidas por solução adequada.
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Em seguida, os objetivos, diretrizes e metas foram desdobrados em Programas,
Projetos e Ações, tanto estruturais quanto estruturantes. Os programas, que
abrangem os projetos propostos, articulam ações que convergem para uma pauta
prioritária à sociedade, com vistas a solucionar problemas e atender necessidades
da população.
Com isso, por meio da implementação dos projetos e gestão adequada dos
programas propostos, pode-se viabilizar os objetivos e metas delineados,
alcançando melhorias no abastecimento de água do município.
O Tomo II finaliza com a estimativa dos recursos necessários para a implantação
dos programas em Camaçari. Nesse caso, as ações previstas para cada projeto
foram orçadas, de modo que somadas chegariam ao valor propriamente do projeto
em questão. Para se chegar a um valor global, somou-se os orçamentos dos
projetos referentes a cada programa proposto para o município
Destaca-se, ainda, nesse Tomo as alternativas de manancias de abastecimento, a
identificação de áreas de interesse para o abastecimento de água e a previsão de
ações de emergência e contigência.
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2. OBJETIVOS
Estabelecer metas e demandas futuras, de maneira a orientar a tomada de decisão
rumo ao futuro desejado. Além de possíveis soluções técnicas a serem assumidas
pela PMC que viabilizem a melhoria da gestão dos serviços públicos de
abastecimento de água, a qualidade de vida, o bem-estar da população e a proteção
dos recursos naturais.
2.1 Objetivos Específicos
i. elaborar cenários alternativos para a zona urbana e zona rural;
ii. definir o cenário de referência, mediante a avaliação das prospecções traçadas
para ambas as zonas;
iii. definir objetivos e metas para horizonte de planejamento;
iv. estabelecer alternativas técnicas de compatibilização entre a demanda
camaçariense e a oferta pelos serviços de abastecimento de água local;
v. apresentar as alternativas de mananciais, considerando a relação
demanda/disponibilidade hídrica;
vi. identificar as áreas de interesse para o abastecimento de água;
vii. prever as ações de emergência e contingência;
viii. desenvolver programas, projetos e ações para o alcance do cenário de
referência;
ix. realizar a estimativa de recursos necessários para a implementação de
programas, projetos e ações para o horizonte previsto.
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3. METODOLOGIA
Para a elaboração dos cenários de gerenciamento e demanda, foi percorrido um
caminho metodológico similar para os quatro componentes do saneamento
(abastecimento de água, manejo de resíduos sólidos, drenagem, esgotamento
sanitário). Porém, apesar de tal recurso ser similar para todos eles, os dados e
indicadores utilizados são específicos de cada um, guardando relação com os
estudos realizados na fase do diagnóstico e com as questões operacionais dos
serviços. Assim, conduziu-se a elaboração dos cenários de gerenciamento e
demanda, em ordem dos seguintes passos:
i. análise SWOT das componentes de saneamento;
ii. definição das variáveis (dados e indicadores) a serem utilizados para o estudo;
iii. validação da análise SWOT e das variáveis junto ao comitê de coordenação;
iv. proposição e combinação de hipóteses dos cenários alternativos;
v. análise dos cenários alternativos mais prováveis;
vi. definição do cenário de referência para o gerenciamento e demandas.
A matriz SWOT1 consiste em um método de análise utilizado para inventariar forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças de um dado objeto de análise – o que permite
analisar o cenário atual e as condições do ambiente a sua volta.
Forças e fraquezas podem ser compreendidas como elementos do sistema interno,
integrantes do controle do objeto de análise. No caso do PMSB, seriam fatores,
dentro do Município de Camaçari, relacionados aos serviços de saneamento básico.
Concomitantemente, oportunidades e ameaças são considerados elementos
externos, que influenciam no planejamento, ainda que não possam ser controlados
pelo objeto. Como exemplo, citam-se as políticas públicas dos Governos Estadual e
Federal.
Ocorre, pois, que o intuito da análise SWOT é valorizar os pontos fortes, saber
reconhecer os pontos fracos para aperfeiçoá-los, visualizar as oportunidades para
1 Sigla oriunda dos termos em inglês Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças), sendo, por isso, também conhecida como análise FOFA.
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saber aproveitá-las e identificar as ameaças, de tal forma que o sistema de objeto
tenha condição de criar estratégias para enfrentá-las.
A efeito de organização e para prover uma melhor visualização, os elementos forças
e fraquezas estarão, aqui, correlacionadas, assim como oportunidades e ameaças.
Dessa forma, sempre que uma força ou oportunidade for identificada, analisar-se-á
quais as fraquezas e ameaças que se contrapõem a elas, como exemplificado nos
próximos quadros. Oportuno ressair que, caso não se consiga encontrar um
contraponto a algum elemento (vide exemplo anterior, na situação dos resíduos
orgânicos), a célula ficará vazia; isso contribui para a triagem das fraquezas
prioritárias.
Quadro 1 - Exemplo de Matriz SWOT (forças e fraquezas).
Forças Fraquezas
Abastecimento por rede geral abrange 96% da população urbana
Zona rural dos distritos de Abrantes e Monte Gordo concentram os maiores déficits de atendimento por rede
- A Visa não realiza o acompanhamento da qualidade da
água das soluções alternativas individuais
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Quadro 2 - Exemplo de Matriz SWOT (oportunidades e ameaças).
Oportunidades Ameaças
Aumento de verbas para o setor de abastecimento de água, com base no prognóstico do Plano
Nacional de Saneamento Básico Crise econômica no país
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
A avaliação descrita servirá, desta maneira, de subsídio para a definição das
variáveis e caracterização dos cenários futuros.
i. Definição das variáveis (dados e indicadores) a serem utilizadas para o
estudo
A partir da análise SWOT, serão escolhidos os indicadores que deverão auxiliar na
visão de futuro das demandas dos serviços. Logo, as variáveis de estudo adotadas
provêm da fase de diagnóstico e estarão relacionadas, essencialmente, a questões
gerenciais e operacionais. A Figura 1 apresenta algumas dessas variáveis que
poderão ser adotadas para cada serviço do saneamento básico.
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Figura 1 - Exemplos de variáveis de estudo para os serviços de saneamento, destacando abastecimento de água.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2015, adaptado do PMSB Juiz de Fora/MG, 2013.
Definidas as variáveis (dados e indicadores) para os serviços de saneamento, serão
propostas hipóteses de comportamento com o objetivo de criar os cenários
alternativos das demandas dos serviços.
ii. Validação da análise SWOT e das variáveis junto ao comitê de
coordenação
Realizou-se uma reunião de grupo focal, onde a análise da matriz SWOT e as
variáveis foram avaliadas pelos atores chaves, de modo a validá-las.
iii. Proposição e combinação de hipóteses dos cenários alternativos
Definidas as variáveis para os serviços de saneamento, foram propostas hipóteses
de comportamento, que, combinadas entre si, simularam uma situação futura
relacionada aos objetivos a serem alcançados.
A partir da associação das hipóteses estabelecidas com as variáveis pertinentes a
cada item do serviço de saneamento, definiu-se os diversos cenários passíveis de
ocorrência para cada item em estudo.
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Figura 2 - Formulação das hipóteses e construção dos cenários.
Fonte: PMSB Juiz de Fora/ MG, 2013.
As combinações das demandas oriundas do diagnóstico, dos anseios da população
relatados durante as oficinas setoriais e das projeções populacionais permitiram
formular cenários alternativos de atendimento da demanda. Estes, por sua vez,
subsidiaram as medidas para universalização dos serviços de saneamento e para a
garantia de sua funcionalidade, dentro dos padrões adequados de qualidade,
segurança à população.
iv. Análise dos cenários alternativos mais prováveis
Para a análise dos cenários alternativos mais prováveis, fez-se uma reunião de
grupo focal, onde os cenários alternativos foram avaliados pelos atores chaves, com
fito de validar a consistência dos cenários mais prováveis. Depois, foram escolhidas
as hipóteses de maior plausibilidade, frente à realidade apresentada no município.
v. Definição do cenário de referência para o gerenciamento e demandas
A partir da análise realizada, elegeu-se o cenário a ser adotado no município, isto é,
o cenário de referência para o gerenciamento e demandas dos serviços.
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vi. Proposição de alternativas técnicas para compatibilização entre
demandas e disponibilidades dos serviços de abastecimento de água
Nesse item, são elencadas as alternativas (ações estruturantes e estruturais) para
redução dos déficits e melhoria na prestação dos serviços de abastecimento de
água no município de Camaçari, com a finalidade de sanar ou minimizar tais
carências e de atingir a universalização no decorrer do horizonte de planejamento,
auxiliando, desse modo, nos processos decisórios da gestão deste componente do
saneamento. Para tanto levou-se em consideração estudos já existentes elaborados
pela prestadora de serviço de abastecimento de água, além de estudo realizado pela
secretaria de infraestrura hídrica e Saneamento (SIHS).
vii. Proposição de ações de emergência e contingência
Segundo a Lei Federal nº 11.445/2007, o PMSB deve abranger ações para
emergências e contingências dos serviços públicos de saneamento básico. Nesse
contexto, procurou-se avaliar as principais causas e ocorrências da interrupção da
prestação dos serviços de abastecimento de água, assim como os procedimentos
adotados em resposta, como ações preventivas e corretivas, utilizando com
referencia outros planos.
viii. Proposição de áreas de interesse para o abastecimento de água
Inicialmente, foram reunidas as informações espaciais de diferentes elementos do
território camaçariense, com relevância ao planejamento sistemático do saneamento
básico municipal. Assim, os dados primários, obtidos em visita técnica ao município,
foram sobrepostos aos secundários, advindos de fontes oficiais, possibilitando uma
análise de múltiplos critérios, conforme o objetivo de melhoria dos serviços de
prestados. Para tanto, fez-se uso do software ArcGIS V. 10.3 e das ferramentas de
análise da extensão ArcGIS para Saneamento, sendo gerados mapeamentos, cuja
leitura interpretativa e avaliação foram discorridas em capítulo próprio.
ix. Elaboração de Programas, Projetos e Ações – PPA para atendimento das
demandas elencadas
No referido item, serão apresentadas as estratégias de ação para o abastecimento
de água, visando sanar as deficiências identificadas no diagnóstico e alcançar as
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metas e os objetivos propostos no cenário de referência. Para tanto, utilizou-se,
como referências, outros PMSBs, legislações vigentes, consultas em livros e
experiências que foram implementadas em outros municípios.
x. Estimativas de investimentos necessários para a componente de
abastecimento de água
A estimativa deve fazer uso de referências confiáveis e adequadas à realidade local,
como fontes oficiais, artigos científicos e experiências de outros municípios. Por este
motivo, a definição dos recursos previstos para as ações propostas no Capítulo 10 -
Programas, Projetos e Ações deste Tomo II foi realizada por meio de consultas junto
a fornecedores, indicadores de custos do Ministério das Cidades (Plansab),
publicações especializadas, tabelas de serviços e insumos (como o Sistema
Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi), além de
orçamentos de projetos semelhantes divulgados por prefeituras, prestadoras e
empresas da área. Ressalta-se ainda que tais valores são estimativas, ainda que se
considere a realidade econômica do mercado atual, o horizonte de projeto, bem
como os reajustes do Índice de Preço do Consumidor Amplo (IPC-A), com vistas a
proporcionar melhor representatividade dos custos de cada programa elaborado. A
este último, salienta-se ter sido aplicada a média da variação acumulada dos últimos
vinte anos (6,4%), fornecida pelo IBGE (2016).
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4. CENÁRIOS ALTERNATIVOS DE GERENCIAMENTO E DEMANDAS
Para avaliação dos cenários de gerenciamento e demanda foram utilizados os
estudos técnicos realizados na fase do diagnóstico, questões operacionais do
serviço de abastecimento de água e as informações apresentadas no Tomo I deste
Produto 08.
Neste capítulo, foram analisadas as forças e fraquezas para o ambiente interno,
além das oportunidades e ameaças para o ambiente externo, por meio da análise
SWOT da componente “abastecimento de água”, que consta no Apêndice A.
Para a definição dos cenários alternativos de demandas para os serviços de
abastecimento de água, foi realizada a diferenciação entre população urbana e rural,
visto que possuem peculiaridades quanto à porcentagem de atendimento por rede
geral, conforme pode ser observado na Figura 3, onde se apresentam as
porcentagens de atendimento via rede geral por distrito e total no município,
segundo informações do IBGE (2010). É importante ressaltar que segundo o
Plansab (2014) não apenas rede de distribuição é considerada como solução
adequada de abastecimento, sendo considerado também o fornecimento de água
potável por poço, nascente ou cisterna, com canalização interna, em qualquer caso
sem intermitências. Entretanto não se tem informação precisas da parcela da
população que são abastecidas por esses outros tipos de soluções individualizadas
onde a água é realmente potável não oferecendo risco a saúde.
Figura 3 - Porcentagem (%) de atendimento por rede geral em 2010 segundo IBGE.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado do IBGE, 2010.
93% 96%
43%
97% 97%
62%
89% 92%
30%
82%92%
32%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Total Urbano Rural Total Urbano Rural Total Urbano Rural Total Urbano Rural
Camaçari Sede Abrantes Monte Gordo
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Observa-se que, considerando o município como um todo, segundo o IBGE (2010),
a porcentagem de atendimento por rede geral chegava a 93%, ou seja, o déficit era
de apenas 7%, o que equivalia a aproximadamente 16.000 habitantes, considerando
a população de 2010. Diferenciando entre urbano e rural, obtém-se que 96% e 43%,
respectivamente são atendidos por rede geral, ou seja, o déficit urbano é 4% e o
rural de 57%. Entretanto quando é analisado os distritos, observa-se
especificidades, sendo em Abrantes e Monte Gordo, onde se encontram os maiores
déficits de atendimento, sobretudo na área rural, onde o déficit gira em torno de 70%
em ambos os distritos, fato este que provavelmente está associado à dificuldade de
ampliar a rede pública da Embasa para atender a população rural dispersa que
reside nessas áreas pouco adensadas, sendo necessário prever, nesse PMSB, o
atendimento dessa população por soluções alternativas com o devido tratamento.
É importante mencionar que não foram utilizados dados mais atualizados para
calcular a porcentagem de atendimento da população rural e urbana, pois os
disponíveis no SNIS, referentes ao ano de 2013, estavam incoerentes, assim como
os dados de 2010, uma vez que a porcentagem de atendimento à população rural
pela Embasa correspondia a 100%, fato este que não corresponde à realidade do
município de Camaçari, mesmo porque ainda não existiam sistemas simplificados
implantados pela Cerb, sendo o mais antigo, SSAA Estrada de Maracaiúba,
implantado em 2010, sendo assim considera-se que esses dados refletem
basicamente informações referentes a população atendida por rede geral da
Embasa. Dessa forma optou-se por utilizar os dados oficiais do censo do IBGE de
2010 no estudo de cenários da área urbana para calcular o indicador índice de
atendimento, enquanto a área rural optou-se por construir cenários qualitativos em
virtude da carência de informações.
4.1 Cenários Alternativos dos Serviços de Abastecimento de Água na Zona
Urbana
Conforme já foi relatado, o abastecimento de água da área urbana do município de
Camaçari é realizado basicamente pelos seis sistemas operados pela Embasa,
dessa forma foi possível construir os cenários alternativos de demandas
quantitativos, já que o banco de dados da prestadora de serviço, assim como as
informações disponíveis no IBGE, permite-nos chegar aos seguintes indicadores:
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i. Índice de atendimento por rede geral de água
A primeira das variáveis é o índice de atendimento urbano de água que traduz a
porcentagem da população urbana ligada à rede geral de água e, portanto, atendida
pelo serviço em questão. Este índice de atendimento por rede geral utilizado (96%)
foi calculado com base nos dados do IBGE (2010), conforme justificado
anteriormente.
Como esse índice de atendimento já é relativamente elevado, será considerado em
todos os cenários que se alcançará 100% em médio prazo (4 a 8 anos), afim de
atender ao princípio da universalização conforme preconiza a PNSB, instituída pela
Lei nº 11.445/07.
ii. Consumo per capita de água
Essa variável estima o consumo de água por habitante no município de Camaçari,
isso reflete em maior ou menor produção de água pelos sistemas, que conforme foi
informado pela concessionária já operam por manobras e segundo a população a
situação é crítica sobretudo no período do verão.
O valor estimado para essa variável foi calculado através dos dados disponíveis no
SNIS no intervalo de 2007 a 2012, visto que 2013 a informação está incoerente.
Sendo assim, foi dividido o volume total consumido, pela população total atendida
em cada ano, uma vez que não se tem informações referentes apenas o volume
consumido pela população urbana, posteriormente foi feita a média dos anos,
chegando a consumo per capita médio em torno de 125 L/(hab*dia).
Nas hipóteses em que há redução dessa variável, foi definido para a população fixa
como per capita mínimo 100 L/(hab*dia), apesar de que Gleick (1996) apud Cohim
(2009) propõe que a quantidade mínima per capita seja de 50 litros/pessoa*dia,
julgando ser suficientes para suprir as necessidades básicas de ingestão, higiene,
serviços sanitários e preparo dos alimentos, entretanto considera-se que esse valor
não condiz com a realidade do município de Camaçari; já o per capita máximo
adotado foi de 150 L/(hab*dia), o que representa um acréscimo de 25 L/(hab*dia) em
final de horizonte de planejamento no cenário em que utiliza-se da hipótese do
aumento do consumo per capita. Para a população flutuante foi utilizado o valor de
300 L/(hab*dia), conforme referência da Norma Técnica da Sabesp nº 181 (2012),
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valor este que também já havia sido empregado na estimativa de demanda
apresentada no Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água.
iii. Índice de perdas na distribuição
Outra variável de grande importância, que foi enfatizada na matriz SWOT é o índice
de perdas na distribuição, que mostra o volume de água a mais que precisou ser
produzido além do que normalmente é consumido, volume este que poderia estar
sendo utilizado para abastecer outras pessoas e poupar os mananciais de um
estresse hídrico. Essas perdas ocorrem ao longo do sistema de distribuição, tendo
diversas causas possíveis, dentre elas, vazamentos, conhecidas como perdas
físicas e ligações clandestinas, conhecidas como perdas aparentes, muito comum
em Camaçari em virtude das ocupações irregulares.
O índice utilizado como variável de entrada nos cenários, refere-se a média do
índice de perdas no ano de 2014 dos 6 sistemas operados pela Embasa, que
corresponde a 49%, sendo o SIAA Jordão o mais crítico, praticamente 64%.
Considera-se esses valores extremamente elevados quando comparados com
outros países desenvolvidos como por exemplo cidades da Alemanha e do Japão
onde esse índice é de 11% e Austrália 16%, segundo Abes (2013). Entretanto esses
valores de índice de perdas registrados nos sistemas da Embasa em Camaçari
ainda não são os máximos registrados pelas companhias de saneamento do Brasil,
sendo as do Norte e do Nordeste, mais críticas, com registro de 75% na CAESA
(Amapá).
Na hipótese onde há redução do índice de perdas, utilizou-se como referência o
valor correspondente à meta de redução do Plansab que é de 33%, redução
considerada significativa em virtude dos elevados índices de perdas atualmente
registrados nos sistemas da Embasa de Camaçari, e para a hipótese de aumento do
índice de perdas, considerou 63,8%, registrado no SIAA de Jordão, como valor
máximo admissível para os sistemas de Camaçari. O Quadro 3 apresenta as
variáveis definidas e suas respectivas equações e o Quadro 4 as hipóteses das
variáveisdefinidas.
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Quadro 3 - Variáveis definidas.
Indicador Objetivo Equação Valor Unidade Fonte
Índice de atendimento
por rede
Estimar a porcentagem da população atendida
por rede pública de abastecimento de água
População urbana atendida
Estimativa de população urbana
do município
96,0 Percentual
(%) IBGE
Consumo per capita de água
Medir o consumo de água por habitante do
município
Volume total de água consumido
População total atendida
125,0 L/(hab*dia) Prestador de Serviço (Embasa)
Índice de perdas
Estimar a porcentagem de água a mais que
precisou ser produzida
Vol. água produzido disponibilizado –
Vol. água consumido
Vol. água produzido disponibilizado
49,0 Percentual
(%)
Prestador de Serviço (Embasa)
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Após a definição das variáveis foram definidas três hipóteses para cada uma,
baseando-se nos dados e estudos realizados para o diagnóstico e no Plano
Nacional de Saneamento Básico. Dessa forma, por meio da combinação das
hipóteses, foram definidos três cenários distintos que podem ocorrer.
Quadro 4 - Hipóteses das variáveis definidas para a zona urbana.
Variável Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3
Índice de atendimento
(%)
Manutenção do índice de atendimento em
96%
Elevação do índice de atendimento até a universalização (100%) conforme prevê o Plansab
Redução do índice de atendimento
Consumo per capita
(L/hab*dia)
Manutenção do consumo per capita em 125 l/hab * dia
Elevação do consumo per capita para 150 L/(hab*dia)
Redução do consumo per capita para 100
L/(hab*dia)
Índice de perdas
(%)
Manutenção do índice de perdas em 49,0%
Elevação do índice de perdas para 63,8%
Redução do índice de perdas para 33,0%
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Foram definidos três cenários alternativos a partir das hipóteses elaboradas,
conforme descrição apresentada a seguir, no qual o Cenário 1 consiste no ideal,
pouco provável que aconteça, o Cenário 2 contempla os anseios da população
buscando atender aos princípios da PNSB e tendo como plano de fundo o Plansab e
o Cenário 3 consiste naquele que não queremos para o futuro do município.
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4.1.1 Cenário 01 – Zona Urbana
Para o desenvolvimento deste cenário foi considerada a elevação do índice de
atendimento de 96% a 100%, com a universalização ocorrendo em 8 anos (médio
prazo), visto que a cobertura atual já é elevada. O índice de perdas reduziria à taxa
anual proposta pelo Plansab (2014) para a região Nordeste, indicando melhorias no
sistema de distribuição, assim como maior controle do poder público sobre as
ocupações irregulares e investimentos em programas de educação ambiental
sensibilizando a população que a tarifa é utilizada para suprir os custos para a água
chegar até as torneiras e, portanto, necessário, ações essas com foco na inibição
das ligações clandestinas na rede de distribuição. Foi estabelecido ainda um cenário
de redução do consumo per capita de água, considerando ações de educação
ambiental, sensibilizando a população no tocante ao uso racional dos recursos
hídricos, apenas na quantidade para atender suas necessidades básicas, assim
como incorporando outras atitudes como captação de água de chuva, reutilização de
águas cinzas para lavar quintal, dar descarga no vaso sanitário, entre outras. O
Quadro 5 a seguir ilustra as características desse cenário.
Quadro 5 - Cenário 1 do abastecimento de água (população urbana).
Indicador Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3
Índice de atendimento (%)
Manutenção do índice de
atendimento
Elevação do índice de atendimento até a universalização
Redução do índice de atendimento
Consumo per capita (L/hab*dia)
Manutenção do consumo per capita
Elevação do consumo per capita
Redução do
consumo per capita
Índice de perdas (%) Manutenção do índice de perdas
Elevação do índice de perdas
Redução do índice de perdas
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Esta hipótese é considerada a mais otimista de todas as estudadas, visto que a
produção de água necessária para atender à demanda da população urbana seria a
mínima possível, havendo menos gastos com as etapas de produção e com a
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distribuição da água por parte do prestador. A partir das hipóteses estabelecidas,
define-se a produção necessária de água para atendimento da população futura
considerando as metas estabelecidas, como pode ser observado na Tabela 1.
38
Plano Municipal de Saneamento Básico
ESTADO DA BAHIA
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAÇARI
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - SEDUR
Tabela 1 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura, considerando metas estabelecidas no Cenário 1.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana
(hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo
Per Capita
Pop.
Urbana
(L/hab.dia)
População
Flutuante
(hab)
Consumo
Per Capita
Pop.
Flutuante
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Somátorio da
Produção
Atual das
ETAs (L/s)
Somátorio da
Capacidade
nominal das
ETAs (L/s)
2015 273.585 96,0 262.641 125,0 94072 300,0 706,6 847,9 49,0 1052,9 1263,4 1259,0 1269,5
2016 279.385 96,0 268.209 123,7 96066 300,0 717,5 861,0 49,0 1069,1 1282,9 1259,0 1269,5
2017 285.308 96,5 275.296 122,4 98103 300,0 730,5 876,7 48,1 1081,8 1298,2 1259,0 1269,5
2018 291.356 97,0 282.571 121,1 100182 300,0 743,8 892,6 47,2 1094,9 1313,8 1259,0 1269,5
2019 297.533 97,5 290.038 119,8 102306 300,0 757,4 908,9 46,3 1108,1 1329,7 1259,0 1269,5
2020 303.840 98,0 297.702 118,5 104475 300,0 771,2 925,4 45,4 1121,6 1346,0 1259,0 1269,5
2021 310.282 98,5 305.568 117,3 106690 300,0 785,2 942,3 44,6 1135,4 1362,5 1259,0 1269,5
2022 316.860 99,0 313.643 116,0 108952 300,0 799,5 959,5 43,8 1149,5 1379,4 1259,0 1269,5
2023 323.577 99,5 321.930 114,8 111262 300,0 814,1 976,9 43,0 1163,8 1396,6 1259,0 1269,5
2024 330.437 100,0 330.437 113,6 113620 300,0 829,0 994,8 42,1 1178,4 1414,1 1259,0 1269,5
2025 337.442 100,0 337.442 112,4 116029 300,0 841,9 1010,2 41,4 1190,1 1428,1 1259,0 1269,5
2026 344.596 100,0 344.596 111,2 118489 300,0 855,0 1026,0 40,6 1202,0 1442,4 1259,0 1269,5
2027 351.902 100,0 351.902 110,0 121001 300,0 868,3 1042,0 39,8 1214,2 1457,0 1259,0 1269,5
2028 359.362 100,0 359.362 108,9 123566 300,0 881,9 1058,3 39,1 1226,6 1472,0 1259,0 1269,5
2029 366.980 100,0 366.980 107,7 126186 300,0 895,7 1074,8 38,4 1239,3 1487,2 1259,0 1269,5
2030 374.760 100,0 374.760 106,6 128861 300,0 909,7 1091,7 37,6 1252,2 1502,7 1259,0 1269,5
2031 382.705 100,0 382.705 105,5 131593 300,0 924,0 1108,8 36,9 1265,4 1518,5 1259,0 1269,5
2032 390.819 100,0 390.819 104,3 134383 300,0 938,6 1126,3 36,3 1278,9 1534,7 1259,0 1269,5
2033 399.104 100,0 399.104 103,2 137232 300,0 953,4 1144,1 35,6 1292,6 1551,1 1259,0 1269,5
2034 407.565 100,0 407.565 102,1 140141 300,0 968,5 1162,1 34,9 1306,6 1567,9 1259,0 1269,5
2035 416.205 100,0 416.205 101,1 143112 300,0 983,8 1180,5 34,3 1320,9 1585,1 1259,0 1269,5
2036 446.458 100,0 446.458 100,0 146146 300,0 1024,2 1229,0 33,0 1362,2 1634,6 1259,0 1269,5
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
Atual
39
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Por meio da análise da tabela anterior (Tabela 1), é perceptível que neste
cenário mesmo com a redução do índice de perdas e do consumo per capita,
será necessário elevar a produção de água para atender a demanda já para o
início do horizonte de planejamento. O sistema de produção deve ser ampliado,
pois a vazão necessária calculada para o ano de 2016 é superior à produção
atual e à capacidade total das ETAs do município. O próximo gráfico (Figura 4)
ilustra a produção atual do Município, a variação da produção necessária para
cada ano e no final de plano.
Figura 4 - Variação da produção necessária de água em função das metas estabelecidas no Cenário 1.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
De acordo com o Manual do Saneamento (FUNASA, 2007), no sistema de
abastecimento de água ocorrem variações de consumo significativas, que
podem ser anuais, mensais, diárias, horárias e instantâneas. No projeto do
sistema de abastecimento de água, algumas dessas variações de consumo
devem ser levadas em consideração no cálculo do volume a ser consumido.
Desta forma, sempre haverá um dia no qual o volume consumido será maior
que os demais, para o cálculo deste volume é utilizado o coeficiente do dia de
maior consumo (K1), que é obtido da relação entre o máximo consumo diário
verificado no período de um ano e o consumo médio diário. O valor usualmente
adotado no Brasil para K1 é 1,20, sendo este utilizado na Tabela 1.
40
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A produção de água foi calculada, primeiro sem levar em consideração o valor
do K1, objetivando verificar o comportamento do sistema sem esse incremento,
observa-se que os valores calculados são maiores do que os 1259,01 L/s que
são produzidos atualmente, evidenciando a necessidade de ampliação do
sistema já para o ano de 2016. Caso a constante do dia de maior consumo no
ano for levada em consideração a discrepância entre o valor do volume
necessário e o do volume produzido é ainda maior necessitando maiores
investimentos no sistema de produção.
4.1.2 Cenário 02 – Zona Urbana
Neste cenário, assim como no anterior, o índice de atendimento é elevado até
a universalização em um horizonte de planejamento de médio prazo,
considerando que a cobertura já é elevada. O consumo per capita não sofre
nenhuma variação, permanecendo 125 L/(hab*dia), devido à ausência ou baixa
efetividade de ações de sensibilização da população para o uso racional dos
recursos hídricos e para adoção de soluções alternativas como por exemplo
captação de água de chuva e reuso de aguas cinzas para usos menos nobres.
No que tange ao índice de perdas, este será reduzido até 33% a uma taxa
anual proposta pelo Plansab (2014) para a região Nordeste, indicando
melhorias através de investimentos no sistema de distribuição, como
substituição de tubulações antigas e principalmente a efetividade das políticas
públicas voltadas para o controle do uso e ocupação do solo, afim de coibir as
ocupações irregulares onde são verificados segundo a Concessionária os
maiores números de ligações clandestinas.
41
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Quadro 6 - Cenário 2 do abastecimento de água (população urbana).
Indicadores Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3
Índice de atendimento
(%)
Manutenção do índice de
atendimento
Elevação do índice de atendimento até a universalização
Redução do índice de atendimento
Consumo per capita (L/hab*dia)
Manutenção do
consumo per capita Elevação do
consumo per capita Redução do
consumo per capita
Índice de perdas (%)
Manutenção do índice de perdas
Elevação do índice de perdas
Redução do índice
de perdas
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
A Tabela 2, elaborada a partir das hipóteses e metas estabelecidas, apresenta
a produção necessária de água para atendimento da população ao decorrer do
horizonte de planejamento de 20 anos (2017-2036).
42
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Tabela 2 - Produção de água necessária para o atendimento da população futura, considerando as metas estabelecidas pelo Cenário 2.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana
(hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo
Per Capita
Pop.
Urbana
(L/hab.dia)
População
Flutuante
(hab)
Consumo
Per Capita
Pop.
Flutuante
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Somátorio da
Produção
Atual das
ETAs (L/s)
Somátorio da
Capacidade
nominal das
ETAs (L/s)
2015 273.585 96,0 262.641 125,0 94072 300,0 706,6 847,9 49,0 1052,9 1263,4 1259,0 1269,5
2016 279.385 96,0 268.209 125,0 96066 300,0 721,6 865,9 49,0 1075,2 1290,2 1259,0 1269,5
2017 285.308 96,5 275.296 125,0 98103 300,0 738,9 886,7 48,1 1094,2 1313,1 1259,0 1269,5
2018 291.356 97,0 282.571 125,0 100182 300,0 756,7 908,0 47,2 1113,7 1336,5 1259,0 1269,5
2019 297.533 97,5 290.038 125,0 102306 300,0 774,8 929,8 46,3 1133,7 1360,4 1259,0 1269,5
2020 303.840 98,0 297.702 125,0 104475 300,0 793,5 952,2 45,4 1154,1 1384,9 1259,0 1269,5
2021 310.282 98,5 305.568 125,0 106690 300,0 812,5 975,0 44,6 1174,9 1409,9 1259,0 1269,5
2022 316.860 99,0 313.643 125,0 108952 300,0 832,1 998,5 43,8 1196,2 1435,5 1259,0 1269,5
2023 323.577 99,5 321.930 125,0 111262 300,0 852,1 1022,5 43,0 1218,1 1461,7 1259,0 1269,5
2024 330.437 100,0 330.437 125,0 113620 300,0 872,6 1047,1 42,1 1240,4 1488,4 1259,0 1269,5
2025 337.442 100,0 337.442 125,0 116029 300,0 891,1 1069,3 41,4 1259,7 1511,6 1259,0 1269,5
2026 344.596 100,0 344.596 125,0 118489 300,0 910,0 1092,0 40,6 1279,3 1535,2 1259,0 1269,5
2027 351.902 100,0 351.902 125,0 121001 300,0 929,3 1115,1 39,8 1299,4 1559,3 1259,0 1269,5
2028 359.362 100,0 359.362 125,0 123566 300,0 949,0 1138,8 39,1 1319,9 1583,9 1259,0 1269,5
2029 366.980 100,0 366.980 125,0 126186 300,0 969,1 1162,9 38,4 1340,8 1609,0 1259,0 1269,5
2030 374.760 100,0 374.760 125,0 128861 300,0 989,6 1187,5 37,6 1362,2 1634,6 1259,0 1269,5
2031 382.705 100,0 382.705 125,0 131593 300,0 1010,6 1212,7 36,9 1384,0 1660,8 1259,0 1269,5
2032 390.819 100,0 390.819 125,0 134383 300,0 1032,0 1238,4 36,3 1406,2 1687,4 1259,0 1269,5
2033 399.104 100,0 399.104 125,0 137232 300,0 1053,9 1264,7 35,6 1428,9 1714,7 1259,0 1269,5
2034 407.565 100,0 407.565 125,0 140141 300,0 1076,2 1291,5 34,9 1452,0 1742,5 1259,0 1269,5
2035 416.205 100,0 416.205 125,0 143112 300,0 1099,1 1318,9 34,3 1475,7 1770,8 1259,0 1269,5
2036 446.458 100,0 446.458 125,0 146146 300,0 1153,4 1384,0 33,0 1534,0 1840,8 1259,0 1269,5
Médio Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
Atual
43
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Pela análise da Tabela 2, percebe-se que mesmo que se mantenha fixo o
consumo per capita e reduza o índice de perdas no sistema ao longo dos 20
anos, haverá necessidade em se proceder ao aumento da produção atual de
abastecimento de água do Município. Isso ocorre por que a população vai
continuar a crescer durante todo esse período, sendo que cada um dos
habitantes manterá seu consumo individual de água estabelecido para esse
cenário como sendo igual a 125 L/(hab*dia), independentemente de o
Município investir ou não nessa área. Além disso, deve-se lembrar que este
cenário leva em conta o aumento do índice de atendimento, o que faz com que
mais domicílios passem a ser atendidos e ligados à rede de abastecimento,
levando a mais um fator de incremento na produção necessária de água para
atendimento ao consumidor. Logo, tal cenário aponta para a necessidade de
aumentar a produção de água tratada para atender à demanda populacional,
mesmo com manutenção do per capita e diminuição das perdas, sendo
requerida a ampliação do sistema de produção, ou seja, da capacidade
nominal das ETAs existentes em Camaçari e possivelmente do sistema de
captação também.
Figura 5 - Variação da produção de água necessária, em função das metas estabelecidas no Cenário 2.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
44
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A Figura 5 ilustra que, assim como aconteceu no cenário anterior, a produção
calculada sem levar em consideração o valor do K1, permaneceu abaixo dos
1.259,01 L/s produzidos atualmente. No caso do uso da constante do dia de
maior consumo, percebe-se que haverá necessidade em se ampliar o sistema
de produção de água já no início de plano, de forma a se conseguir atender à
demanda da população.
4.1.3 Cenário 03 – Zona Urbana
Este cenário é considerado como o mais pessimista, para o seu
desenvolvimento foram consideradas hipóteses como a elevação do índice de
atendimento até a universalização, elevação do índice de perdas estimando
que ao decorrer dos anos haveria ausência ou redução nos investimentos na
infraestrutura do sistema de distribuição, assim como nenhuma ou ações
insignificativas no tocante ao controle das ocupações irregulares que
respondem pela maioria das ligações clandestinas e elevação do consumo per
capita devido à ineficiência ou ausência de atividades de educação ambiental
que buscam promover a sensibilização da população com relação ao uso
racional dos recursos hídricos e necessidade de se adotar um nova postura
através de aproveitamento de água de chuva e água cinzas.
Quadro 7 - Cenário 3 do abastecimento de água (população urbana).
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
A Tabela 3 apresenta a produção necessária de água para atender à demanda
da população urbana do município ao decorrer do horizonte de planejamento
para o Cenário 3.
Indicadores Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3
Índice de atendimento
(%)
Manutenção do índice de
atendimento
Elevação do índice de atendimento até a universalização
Redução do índice de atendimento
Consumo per capita (L/hab*dia)
Manutenção do consumo per capita
Elevação do consumo per capita
Redução do consumo per capita
Índice de perdas (%)
Manutenção do índice de perdas
Elevação do índice de perdas
Redução do índice de perdas
45
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Tabela 3 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura, considerando metas estabelecidas ao Cenário 3.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana
(hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida (hab)
Consumo
Per Capita
Pop. Urbana
(L/hab.dia)
População
Flutuante
(hab)
Consumo Per
Capita Pop.
Flutuante
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice
de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Somátorio
da Produção
Atual das
ETAs (L/s)
Somátorio da
Capacidade
nominal das
ETAs (L/s)
2015 273.585 96,0 262.641 125,0 94072 300,0 706,6 847,9 49,0 1052,9 1263,4 1259,0 1269,5
2016 279.385 96,0 268.209 126,1 96066 300,0 725,0 870,0 49,0 1080,2 1296,3 1259,0 1269,5
2017 285.308 96,5 275.296 127,2 98103 300,0 745,9 895,1 49,6 1116,0 1339,2 1259,0 1269,5
2018 291.356 97,0 282.571 128,3 100182 300,0 767,5 920,9 50,2 1153,1 1383,7 1259,0 1269,5
2019 297.533 97,5 290.038 129,4 102306 300,0 789,7 947,6 50,9 1191,5 1429,8 1259,0 1269,5
2020 303.840 98,0 297.702 130,5 104475 300,0 812,6 975,1 51,5 1231,3 1477,5 1259,0 1269,5
2021 310.282 98,5 305.568 131,7 106690 300,0 836,2 1003,4 52,2 1272,5 1527,0 1259,0 1269,5
2022 316.860 99,0 313.643 132,8 108952 300,0 860,5 1032,6 52,8 1315,2 1578,2 1259,0 1269,5
2023 323.577 100,0 323.577 134,0 111262 300,0 888,1 1065,8 53,5 1363,3 1636,0 1259,0 1269,5
2024 330.437 100,0 330.437 135,2 113620 300,0 911,4 1093,7 54,2 1405,3 1686,3 1259,0 1269,5
2025 337.442 100,0 337.442 136,3 116029 300,0 935,4 1122,4 54,9 1448,6 1738,3 1259,0 1269,5
2026 344.596 100,0 344.596 137,5 118489 300,0 959,9 1151,9 55,6 1493,3 1791,9 1259,0 1269,5
2027 351.902 100,0 351.902 138,7 121001 300,0 985,2 1182,2 56,3 1539,5 1847,4 1259,0 1269,5
2028 359.362 100,0 359.362 139,9 123566 300,0 1011,1 1213,3 57,0 1587,2 1904,6 1259,0 1269,5
2029 366.980 100,0 366.980 141,2 126186 300,0 1037,7 1245,2 57,7 1636,4 1963,7 1259,0 1269,5
2030 374.760 100,0 374.760 142,4 128861 300,0 1065,0 1278,0 58,4 1687,3 2024,8 1259,0 1269,5
2031 382.705 100,0 382.705 143,6 131593 300,0 1093,1 1311,7 59,2 1739,9 2087,8 1259,0 1269,5
2032 390.819 100,0 390.819 144,9 134383 300,0 1122,0 1346,3 59,9 1794,2 2153,0 1259,0 1269,5
2033 399.104 100,0 399.104 146,1 137232 300,0 1151,6 1381,9 60,7 1850,3 2220,3 1259,0 1269,5
2034 407.565 100,0 407.565 147,4 140141 300,0 1182,0 1418,4 61,4 1908,2 2289,9 1259,0 1269,5
2035 416.205 100,0 416.205 148,7 143112 300,0 1213,2 1455,9 62,2 1968,1 2361,7 1259,0 1269,5
2036 446.458 100,0 446.458 150,0 146146 300 1282,6 1539,1 63,8 2100,8 2521,0 1259,0 1269,5
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
Atual
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Observa-se pela análise da tabela anterior que, mais uma vez se investir apenas na
melhoria de parte da infraestrutura do sistema e não em sua totalidade, ou
unicamente na sensibilização da população quanto ao desperdício, não isenta o
Município de proceder à ampliação da captação, do tratamento e da geração de
água, de forma a suprir as necessidades da população como um todo.
Isso pode ocorrer porque além do crescimento normal da população, que por si só já
colabora para o incremento no volume de água consumida, os investimentos
parciais realizados no setor para ampliação do índice de atendimento e do número
de ligações também irão fazer com que haja um aumento nesse item, ou seja,
aquelas residências que antes não eram atendidas por falta de ligação com a rede,
ou por não haver um sistema de abastecimento naquela localidade, irão passar a tê-
la a partir do momento que o Município buscar a melhoria da situação do
abastecimento.
Outro ponto importante é o da elevação no índice de perdas no sistema de
abastecimento. Observando criticamente os cenários anteriores, onde se procedeu
ao seu decréscimo, o volume de água para suprir a demanda da população já
demonstrava necessidade em aumentar seu potencial produtivo. Se essas perdas
aumentarem ao longo dos anos por falta de investimentos do prestador nas
infraestruturas ou por falta de capacidade do município em inibir as ocupações
irregulares e do prestador de identifica-las e regulariza-las, a demanda também
deverá crescer de forma a suprir essa deficiência, criando, portanto, uma sobrecarga
aos mananciais e no caso das ligações clandestinas diminuindo a capacidade de
investimento do prestador em melhorias para os próprios sistemas.
O aumento do consumo per capita é outra hipótese considerada neste cenário, um
possível fator que influencia no comportamento deste indicador é o poder aquisitivo
da população. Caso haja a elevação deste poder, o consumo de água também
poderá crescer, o que promoverá a necessidade do aumento na produção
necessária para o abastecimento, como pode ser visualizado na Tabela 3. O gráfico
a seguir ilustra a produção atual do Município, a variação da produção necessária e
a variação do índice de perdas para cada ano.
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Figura 6 - Variação da produção necessária de água em função das metas estabelecidas no Cenário 3.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Este é o cenário cujas hipóteses são as mais pessimistas, influindo assim em altos
valores da produção necessária, aumentando gradativamente ao passar dos anos
excedendo bastante a produção atual (1.259,01 L/s). Ao analisarmos a produção
necessária levando em consideração a constante K1, temos que ao final de plano a
demanda é igual ao dobro da quantidade de água produzida atualmente,
necessitando assim de fortes investimentos na ampliação e melhoria dos sistemas
de captação e produção de água.
Vale ressaltar que este cenário é uma situação hipotética, visto que o Município
deve sempre buscar a melhoria do serviço de abastecimento de água como um
todo. Permitir que os valores do índice de perdas e do consumo per capita se
elevem é considerado uma regressão, levando a perdas na receita final e nos
investimentos administrados ao sistema. Além disso vai de desencontro a tendência
mundial, onde vem sendo difundido a necessidade de se utilizar apenas o
necessário para atender as necessidades básicas, de reutilização de águas cinzas
para usos menos nobres (lavar calçadas, descarga em vaso sanitário) e a captação
de água de chuva, como fonte alternativa, além de ser uma medida que contribui
para diminuir a sobrecarga sobre as infraestruturas de drenagem, uma vez que
diminui a quantidade de água que é liberada para as ruas.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
0,0
200,0
400,0
600,0
800,0
1000,0
1200,0
1400,0
1600,0
1800,0
2000,0
2200,0
2400,0
20
15
20
16
20
17
20
18
20
19
20
20
20
21
20
22
20
23
20
24
20
25
20
26
20
27
20
28
20
29
20
30
20
31
20
32
20
33
20
34
20
35
20
36
(%)
Vazão
(L
/s)
Produção Necessária (L/s) Produção Necessária (K1) (L/s)
Produção Atual (L/s) Índice de Perdas (%)
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4.1.4 Análise Comparativa e Cenário de Referência para o Serviço de
Abastecimento de Água na Zona Urbana
A análise comparativa das alternativas de cenários tem como propósito verificar a
variação da demanda futura ao longo dos horizontes de planejamento, sendo esta,
reflexo das hipóteses definidas para a evolução dos índices de atendimento, de
perdas e do consumo por habitante, conforme se pode verificar no Quadro 8.
Quadro 8 - Comparação das variáveis de estudo de cada cenário de abastecimento de água (população urbana).
Cenários Índice de atendimento Consumo per capita Índice de perdas
Cenário 1 Elevação Redução Redução
Cenário 2 Elevação Manutenção Redução
Cenário 3 Elevação Elevação Elevação
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Tabela 4 - Comparação das variáveis quantificadas em cada cenário de abastecimento de água (população urbana).
Variável Ano Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3
Índice de atendimento (%)
Atual 96,0 96,0 96,0
2017 96,5 96,5 96,5
2021 98,5 98,5 98,5
2025 100,0 100,0 100,0
2036 100,0 100,0 100,0
Consumo per capita (L/hab*dia)
Atual 125,0 125,0 125,0
2017 121,1 125,0 128,3
2021 114,8 125,0 134,0
2025 110,0 125,0 138,7
2036 100,0 125,0 150,0
Índice de perdas de água no sistema (%)
Atual 49,0 49,0 49,0
2017 48,1 48,1 49,6
2021 44,6 44,6 52,0
2025 41,4 41,4 54,9
2036 33,0 33,0 63,8
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Em relação ao índice de atendimento, pode-se observar, na tabela anterior, que este
já é relativamente elevado, sendo assim foi considerado em todos os cenários que
se alcançada a universalização do atendimento (100%) em médio prazo (4 a 8
anos), visando cumprir as diretrizes e metas estabelecidas pela Política Nacional de
Saneamento Básico e pelo Plansab (2014). Assim sendo, para essa variável, não há
comparação entre cenários, uma vez que em todos eles o índice de atendimento é
sempre crescente.
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No que concerne o indicador consumo per capita, no Cenário 1 onde houve redução,
o valor mínimo em final de plano foi de 100 L/(hab*dia), enquanto o per capita
máximo estimado foi de 150 L/(hab*dia), utilizado no Cenário 3, esses valores
representam um acréscimo e decréscimo de 25 L/(hab*dia) em final de horizonte de
planejamento, quando comparado com a hipótese manutenção do consumo atual
que é de 125 L/(hab*dia).
O gráfico a seguir (Figura 7) tem como objetivo ilustrar o comportamento do
consumo per capita em cada alternativa de cenário, vale ressaltar que o aumento do
consumo influencia diretamente na produção necessária ao abastecimento.
Figura 7 - Projeção do consumo per capita nos diferentes cenários.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Para o indicador índice de perdas nas hipóteses dos cenários 1 e 2, onde há
redução, este reduziu a 25%, em virtude da meta estabelecida pela Embasa, já o
cenário 3, o índice será elevado até 63,8%, visto que é o valor recente (2014) mais
crítico apresentado atualmente no município, no SIAA Jordão.
A Figura 8 demonstra o comportamento do índice de perdas em cada cenário, vale
ressaltar que o aumento das perdas também irá influenciar na produção necessária
ao abastecimento e consequentemente na sua capacidade de investimento.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
(L/h
ab
*dia
)
Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3
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Figura 8 - Projeção do Índice de Perdas nos diferentes cenários.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Salienta-se que os investimentos objetivando a redução e controle das perdas de
água devem ser empregados em todos os horizontes de planejamento por ser uma
variável de difícil controle que não depende apenas de investimentos no sistema,
exige, em muitos casos, a mudança de cultura da população para entender que o
pagamento da tarifa é necessário para que a água possa chegar nas suas casas
com a qualidade necessária para não oferecer nenhum risco a saúde. Outra vertente
de extrema importância no controle das perdas aparentes é a capacidade do
município em coibir ocupações irregulares onde a concessionária não pode ampliar
sua rede para atender a população que ali reside, deixando essa população muitas
vezes sem alternativa, optando assim por fazer uma ligação irregular, conhecida
popularmente como “gato”.
O gráfico seguinte (Figura 9) tem como objetivo ilustrar as variações de
comportamento dos indicadores supracitados, por meio de curvas relativas à
produção necessária de água, sendo utilizado o valor da constante do dia de maior
consumo.
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
(%)
Índice de Perdas (%)
Índice de Perdas Cenário 1 e 2 Índice de Perdas Cenário 3
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Figura 9 - Produção necessária (K1) para cada um dos cenários, em comparação ao atual.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
4.2 Cenários Alternativos dos Serviços de Abastecimento de Água para Zona
Rural
A elaboração de cenários do abastecimento de água na zona rural do município, da
maneira como foi apresentada para a zona urbana, fica comprometida devido a
inexistência de dados capazes de subsidiar tais estudos. Dessa forma, o estudo de
cenários ficou restrito a metodologia qualitativa, cujas variáveis serão:
universalização do acesso, tecnologia apropriada e qualidade da solução adotada ou
do serviço prestado. Ressaltando que as variáveis e hipóteses levantadas levou em
consideração os principais problemas identificados durante as visitas técnicas e
anseios dos moradores expressados nas oficinas participativas, assim como os
princípios da Lei nº 11.445/07. O Quadro 9 apresenta os indicadores e as
respectivas hipóteses, assim como os três cenários.
0,0
500,0
1000,0
1500,0
2000,0
2500,0
3000,0
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
2036
(L/s
)Produção Necessária (K1) (L/s)
Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Produção Atual
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Quadro 9 - Hipóteses das variáveis definidas para a zona rural.
Variável Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3
UNIVERSALIZAÇÃO
DO ACESSO
Ampliação do índice de cobertura até o alcance
da universalização
Ampliação do índice de cobertura sem o alcance
da universalização conforme meta do
Plansab para a região Nordeste que é de 74%.
Manutenção do índice de cobertura.
TECNOLOGIA
APROPRIADA
Implantação de tecnologias adequadas,
considerando as peculiaridades locais e a
capacidade de pagamento dos
usuários.
Implantação de tecnologias adequadas
de forma dispersa, considerando as
peculiaridades locais e a capacidade de pagamento dos
usuários.
Implantação de soluções não
compatíveis com as peculiaridades locais e
a capacidade de pagamento dos
usuários.
QUALIDADE DA
SOLUÇÃO
ADOTADA OU DO
SERVIÇO
PRESTADO
Atendimento das condições mínimas de qualidade na prestação dos serviços públicos de abastecimento de água:
a regularidade, a continuidade, o
atendimento dos usuários e condições
operacionais e de manutenção dos
sistemas.
Atendimento parcial das condições mínimas de qualidade na prestação dos serviços públicos de abastecimento de água:
a regularidade, a continuidade, o
atendimento dos usuários e as condições
operacionais e de manutenção dos
sistemas.
Não atendimento das condições mínimas de qualidade na prestação dos serviços públicos de abastecimento de
água: a regularidade, a continuidade, o
atendimento dos usuários e as
condições operacionais e de manutenção dos
sistemas.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
4.2.1 Cenário 1 – Zona Rural
De maneira geral, este cenário é o cenário mais otimista e caracteriza-se por fortes
investimentos em medidas estruturais e estruturantes, onde prevê-se a ampliação do
índice de cobertura até a universalização do acesso a água potável, através de
tecnologias apropriadas considerando as peculiaridades locais e a capacidade de
pagamento dos usuários, assim como o atendimento das condições mínimas de
qualidade da prestação dos serviços.
Essa universalização ocorrerá seja através de ampliação dos sistemas de
abastecimento de água da Embasa para as localidades mais próximas onde há
viabilidade de atendimento, por implantação de novos sistemas simplificados ou
integrados para atendimento de pequenos aglomerados ou por soluções
individualizadas compatíveis com as características locais, a exemplo de poços
particulares perfurados de maneira adequada respeitando todos os padrões
2 1 3
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técnicos, captação em nascestes e/ou cisternas, conforme prevê o Plansab como
solução adequada. Ressaltando que todas as soluções deverão contemplar o
tratamento compatível com a qualidade da água bruta sendo que este poderá ser
domiciliar (aplicação de hipoclorito de sódio, filtração, etc.) caso as análises de
qualidade da água indiquem a viabilidade. É importante destacar que o município de
Camaçari é privilegiado pela disponibilidade de recursos hídricos tanto superficiais
quanto subterrâneo, sendo este último o mais utilizado devido a boa qualidade da
água, com isso a universalização do serviço se torna mais tangível.
As condições mínimas de qualidade na prestação do serviço diz respeito a
regularidade, continuidade, realização de procedimentos de operação e manutenção
dos sistemas, a fim de evitar maiores transtornos, como interrupção do fornecimento
de água, deixando a população a mercê de fontes alternativas não seguras e
quando se tratar de soluções individuais o acompanhamento frequente da qualidade
da água pela Vigilância Sanitária do município, afim de detectar qualquer
irregularidade para tomar as providências cabíveis.
Nesse cenário admite-se que o município de Camaçari assumirá uma nova postura
em relação ao abastecimento de água na área rural, onde será definido o prestador
de serviço quando da implantação de sistemas alternativos, seja a Embasa ou a
Prefeitura, e este irá prestar um serviço de qualidade, fornecendo água com
qualidade e em quantidade suficiente para a realização das necessidades básicas
do ser humano, prezando pela qualidade de vida. Além disso, a vigilância sanitária
do município será fortalecida, possibilitando o cadastramento e posteriormente o
acompanhamento da qualidade da água de todas as soluções coletivas e
individualizadas.
4.2.2 Cenário 2 – Zona Rural
Neste cenário, vislumbra-se que a economia do País apresentará importante
crescimento, porém, em patamar inferior ao projetado para o Cenário 1, onde prevê-
se a ampliação do índice de cobertura na área rural, entretanto sem alcançar a
universalização, indo de encontro as metas do Plansab, onde estima-se em final de
Plano (2033) 80% e 74% de domicílios rurais respectivamente, para o Brasil e para a
região Nordeste, abastecidos por rede de distribuição e por poço ou nascente com
canalização interna. Noutro ponto, apercebe-se que haverá, neste cenário, a adoção
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de tecnologias adequadas considerando as peculiaridades locais e regionais e a
capacidade de pagamento dos usuários, porém de forma dispersa sem contemplar
toda a área rural, além disso, assume-se que ocorrerá atendimento parcial das
condições mínimas de qualidade na prestação do serviço de abastecimento de
água, a saber: a regularidade, a continuidade, o atendimento dos usuários e as
condições operacionais e de manutenção dos sistemas e acompanhamento da
qualidade da água pela Vigilância Sanitária não será realizada com a frequência
necessária e não contemplará todas as soluções alternativas.
4.2.3 Cenário 3 – Zona Rural
Neste cenário, os investimentos em saneamento básico comportam-se como
descritos no Cenário 2, logo, haverá ampliação do índice de cobertura dos serviços
de saneamento básico, entretanto sem atingir a universalização.
A ineficiência da gestão pública e a moderada capacidade de gasto influenciam
negativamente na área de conhecimento e inovação e, consequentemente,
permitem a adoção de soluções não compatíveis com as peculiaridades locais e
regionais e as necessidades e capacidade de pagamento dos usuários, resultando
na redução da qualidade de vida e de proteção da saúde da população.
Assume-se que não haverá atendimento das condições mínimas de qualidade na
prestação dos serviços públicos de saneamento básico, a saber: a regularidade, a
continuidade, o atendimento dos usuários e as condições operacionais e de
manutenção dos sistemas, e não haverá o acompanhamento da qualidade da água
das soluções individualizadas, ou seja, será mantido o quadro crítico que se
presencia atualmente no município, onde os sistemas coletivos são implantados pela
Cerb e entregues para a Prefeitura através da Secretaria de Infraestrutura para fazer
a operação e esta se exime da sua responsabilidade deixando nas mãos de uma
associação de moradores. Além disso, o controle da qualidade da água não era
realizado nesses sistemas, pois a Vigilância Sanitária e Ambiental - Visa não tinha
conhecimento de que existiam.
De forma geral, neste cenário, assume-se que haverá ampliação moderada do
acesso ao abastecimento de água potável, porém, com precarização da qualidade
dos serviços prestados, impactando negativamente na saúde e qualidade de vida da
população.
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4.2.4 Análise Comparativa e Cenário de Referência para o Abastecimento de
Água na Zona Rural
As alternativas de cenários qualitativos dos serviços de abastecimento de água, para
a área rural do município de Camaçari, permitem refletir quanto a universalização do
acesso a esse serviço, ao uso das tecnologias apropriadas, além da qualidade da
solução adotada ou do serviço prestado.
Quadro 10 - Comparação das variáveis em estudo em cada cenário.
Cenários Universalização
do Acesso Tecnologia Apropriada
Qualidade da solução
Adotada ou do
Serviço Prestado
Cenário 1
Ampliação da
cobertura com
universalização.
Adoção de tecnologias apropriadas,
adequadas e ambientalmente
sustentáveis.
Atendimento das
condições mínimas de
qualidade dos serviços.
Cenário 2
Ampliação da
cobertura sem
universalização.
Adoção de tecnologias
sustentáveis, porém dispersas.
Atendimento parcial das
condições mínimas de
qualidade dos serviços.
Cenário 3
Ampliação da
cobertura sem
universalização.
Adoção de tecnologias não
compatíveis com as peculiaridades
locais e necessidades dos usuários.
Não atendimento das
condições mínimas de
qualidade dos serviços.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
A partir do Quadro 10, nota-se que para a variável universalização do acesso
adotou-se a hipótese de ampliação da cobertura com universalização para o Cenário
1 em atendimento ao que preconiza a Política Nacional de Saneamento Básico
como um dos seus princípios fundamentais. Enquanto que para os Cenários 2 e 3 se
adotou a hipótese de ampliação da cobertura sem atingir a universalização,
conforme prevê o Plansab para o Brasil e para a região nordeste, considerando as
perspectivas de crescimento econômico do País menos otimistas para os próximos
20 anos. Contudo, em todos cenários se considerou que haverá ampliação da
cobertura tendo em vista que essa ampliação garantirá a redução da situação
deficitária existente na zona rural do município, sobretudo nos distritos de Abrantes e
Monte Gordo, caminhando em direção ao atendimento ao princípio da
universalização do acesso. Associado à garantia de quantidade suficiente para
suprir as necessidades básicas tem-se o controle e vigilância da qualidade da água
proveniente de soluções alternativas. De acordo com a Portaria nº 2914/2011, do
Ministério da Saúde, toda água destinada ao consumo humano, distribuída
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coletivamente, por meio de sistema ou solução alternativa coletiva, e proveniente de
solução alternativa individual, independente-mente da forma de acesso da
população, está sujeita à vigilância da qualidade da água. Nesse sentido, o controle
e vigilância da qualidade das águas oriundas de fontes alternativas de
abastecimento necessita de um monitoramento contínuo, envolvendo agentes
comunitários e as próprias famílias por meio de Planos de Segurança de Água - PSA
e atuação ativa e presente da vigilância sanitária do município.
Para a variável tecnologias apropriadas foi considerado para o Cenário 1 a hipótese
de adoção de tecnologias apropriadas em toda a área rural do município, para o
Cenário 2 de adoção de tecnologias apropriadas, porém de forma dispersa e para o
Cenário 3 o de adoção de tecnologias não compatíveis com as peculiaridades locais
e necessidades dos usuários.
Sem esgotar o assunto, e de forma sucinta, a variável qualidade da solução adotada
ou do serviço prestado foram assumidas as hipóteses de atendimento das condições
mínimas de qualidade dos serviços, atendimento parcial bem como não
atendimento.
Portanto, dentre os cenários propostos, considera-se que o Cenário 1 é o mais
admissível para a zona rural do município de Camaçari, pois prevê melhorias
significativas e compatíveis com as perspectivas da Política Nacional do
Saneamento Básico, logo será o cenário de referência a ser perseguido na
proposição dos programas, projetos e ações para abastecimento de água na área
rural.
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5. CENÁRIO DE REFERÊNCIA, OBJETIVOS E METAS
5.1 Cenário de Referência
A adoção do Cenário 1 seria com certeza uma condição a ser perseguida para a
universalização do abastecimento de água em quantidade e qualidade adequadas à
população do município de Camaçari, entretanto, no que pese o desejo e a
necessidade de ações que busquem esse objetivo, o intervalo de tempo para
implementação das ações necessárias em curto prazo é pouco sustentável, tendo
em vista as etapas de estudos e planejamentos e, por fim a busca por
financiamentos que acabaria por ser atropelada por um desejo maior em realizar
todas as ações previstas.
Ainda que factíveis, do ponto de vista da engenharia, a implementação de metas a
curto e médio prazo, postergando a universalização do abastecimento de água,
segue na contramão das políticas atuais do país. Além disso, em se tratando do
crescimento no índice de atendimento é inaceitável que um município com uma
cobertura como a de Camaçari sofra uma diminuição nesse quesito e um aumento
nas perdas já existentes ao longo dos sistemas, pois são extremamente elevadas.
O Cenário 3, assim como o Cenário 1 também segue de encontro ao desejo de
tornar o serviço de abastecimento de água universalizado. Porém, no que tange ao
consumo per capita e ao índice de perdas, percebe-se uma total ausência de
investimentos em infraestrutura e em sensibilização da população quanto à
necessidade em se manter ou diminuir o consumo de água. No primeiro tópico a
importância está na redução das perdas para que o volume de água que segue para
o reservatório seja menor, minimizando gastos no consumo de energia para esse
fim, no volume de água a ser bombeado e no volume de água a ser tratado para a
reservação. No segundo, a importância também está na redução ou pelo menos
manutenção do volume de água que é consumida pela população, fato que também
irá impactar na necessidade de se produzir mais ou menos.
Quanto ao consumo per capita é importante destacar que, mudar-se um hábito é
mais difícil do que se proceder a melhorias no sistema. No caso de se tomar o
caminho de sensibilização de toda uma comunidade, as ações voltadas à educação
ambiental deverão ser constantes e maciças. Os investimentos nessas atividades
terão que se tornar parte integrante das despesas normais da concessionária e da
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própria prefeitura municipal. Mesmo assim, estas ações são de longo prazo, que
visam, conforme foi dito anteriormente, mudar hábitos, com o agravante de que nem
todos os habitantes de um determinado município tem contato direto com o
saneamento, fazendo com que essa ação seja mais sinuosa.
Portanto, na adoção de um cenário é importante se considerar a capacidade da
concessionária que opera os sistemas, em cumprir as metas estabelecidas em nível
técnico, operacional, financeiro e administrativo, assim como das secretarias
municipais correlatas, a exemplo da secretaria de saúde e educação, trabalharem
em parceria com a prestadora de serviço.
Tendo em vista o exposto, percebe-se que o Cenário 2, onde se tem a elevação do
índice de atendimento até a universalização, a manutenção do consumo per capita e
a redução do índice de perdas, é o que tende a ser o mais plausível de ser
alcançado em prazo escalonados, objetivando a sustentabilidade econômico-
financeira e ambiental do serviço. Ou seja, nessa situação a concessionária deve
fazer investimentos em ações estruturais e estruturantes para ampliar a cobertura
dos sistemas e diminuir o índice de perdas, enquanto teoricamente a população
permanece consumindo o mesmo volume de água ao longo do horizonte de
planejamento, pois acredita-se que a tendência mundial aponta nessa direção.
Suas metas, condizentes com a possibilidade de o município alcançá-las, e a própria
realidade de Camaçari, a colocam numa posição favorável para avançar frente às
demandas existentes. A pujança econômica aliada à capacidade de mobilização dos
diversos setores econômicos (empresas, poder público, entidades do terceiro setor)
e da sociedade civil organizada possibilita que haja um salto de qualidade nos
serviços de abastecimento de água. Para isso, a melhor organização da gestão se
faz necessária, definindo atores e suas competências para cumprir efetivamente as
funções da gestão.
A partir da definição do cenário de referência, baseado na comparação com outros
dois cenários estudados, são estabelecidos objetivos e metas alinhados com a
projeção desenhada no cenário. A referência temporal consiste no horizonte de
planejamento, de 20 anos, e que se distingue em ciclos quadrienais, com base no
período de revisão do PMSB.
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A seguir, o cenário escolhido como referência para este estudo encontra-se
estruturado, de modo que serão indicadas estratégias possíveis para cumprir as
metas previstas e alcançar os objetivos definidos.
5.2 Objetivos
Os objetivos traçados para os serviços de abastecimento de água no município de
Camaçari devem estar alinhados com as diretrizes nacionais e estaduais, conforme
pode-se observar a seguir:
i. universalizar o acesso aos serviços de abastecimento de água, de modo a
atender todos os domicílios (urbano e rural);
ii. garantir condições de acesso de toda a população de Camaçari à água em
quantidade e qualidade que assegure a proteção à saúde, observadas as
normas relativas para o consumo humano e em conformidade com a legislação
ambiental e a de recursos hídricos;
iii. garantir meios adequados para o atendimento da população rural dispersa,
mediante a utilização de soluções compatíveis com suas características
econômicas e sociais peculiares;
iv. ampliar e monitorar os sistemas existentes, promovendo a implantação de
novas adutoras, redes, ETAs, reservatórios, poços;
v. garantir a qualidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos,
principalmente os destinados ao abastecimento humano, buscando a sua
recuperação e preservação, com destaque para a importância da proteção das
matas ciliares e da preservação dos terrenos circunvizinhos aos mananciais;
vi. promover a conservação dos recursos hídricos, por meio da redução das
perdas nos sistemas de distribuição, da captação de água de chuva e da
reutilização das águas servidas para usos menos nobres;
vii. priorizar ações nas áreas onde se encontram os maiores déficits no
abastecimento de água;
viii. promover a qualidade dos serviços de abastecimento de água, visando a
máxima eficiência, eficácia e efetividade (conhecido como “3 Es”);
ix. reforçar os mecanismos de fiscalização da qualidade da água consumida,
sobretudo para a população rural que é abastecida por sistemas simplificados e
por soluções individualizadas;
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x. estabelecer medidas de apoio à reabilitação dos sistemas existentes e à
implantação de novos sistemas para atendimento à população rural;
xi. melhorar a regulação e fiscalização dos serviços, ampliando para os sistemas
simplificados;
xii. reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação ambiental.
5.3 Metas
As metas representam o caminho a ser percorrido para o cumprimento dos objetivos
e são fixadas de acordo com os indicadores definidos para o horizonte de
planejamento. Serão indicadas estratégias para alcançar as metas traçadas, com
base no Plano Nacional de Saneamento Básico e em diretrizes para o município.
5.3.1 Consumo per capita de água
O consumo per capita no cenário de referência não sofre nenhuma variação,
permanecendo 125 L/(hab*dia) ao decorrer do horizonte de planejamento, ressalta-
se que este é considerado como um consumo razoavelmente baixo, quando
analisado o contexto do município. O cenário de referência considera que, quando
alcançada, por meio de ampliação e melhoria dos sistemas já existentes, a
universalização do atendimento proporcionará o fornecimento de água em
quantidade e qualidade para a população, o que pode levar ao aumento do
consumo, porém, mediante a promoção de ações de educação ambiental
contemplando campanhas continuas de sensibilização, este indicador pode ser
mantido ao longo dos anos.
Quadro 11 - Metas do cenário de referência: manter o consumo per capita.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Assim, as estratégias indicadas são:
i. conceber e pôr em prática ações que tenham impacto no sistema cultural e
educacional (as quais englobam indivíduos e instituições, tais como escolas e
universidades, mídia, marketing e indústria cultural), visando à mudança de
comportamentos frente ao consumo consciente;
Meta Cenário de Referência (%)
2016 2017 2021 2025 2029 2036
Manter o atual consumo per capita ao longo dos horizontes de planejamento
125,0 125,0 125,0 125,0 125,0 125,0
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ii. fornecer incentivos à utilização de aparelhos economizadores, aproveitamento
de água pluvial e reuso de águas cinzas (pia de banheiro, chuveiro, máquina
de lavar), a exemplo de desconto no IPTU.
5.3.2 Índice de atendimento
O índice de atendimento por rede geral de distribuição de água do município na área
urbana elevará de 96% para 100% em 8 anos (médio prazo), considerando que a
cobertura já é elevada. Já na área rural, conforme será visto posteriormente, o índice
de atendimento, único indicador quantitativo, considerou-se como mais plausível
este alcançar 100% apenas em final de plano, uma vez que o déficit ainda é
considerado elevado. Alcançar esta meta significa atender um dos princípios mais
importantes da PNSB, a universalização, que remete à possibilidade de todos os
cidadãos de Camaçari poderem terem acesso ao serviço de abastecimento de água
através de solução adequada, sem qualquer barreira de acessibilidade, seja legal,
econômica, física ou cultural, ou seja, significa acesso igual para todos, sem
qualquer discriminação ou preconceito
Quadro 12 - Metas de referência do cenário: universalizar do índice de abastecimento de água.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Assim, as estratégias indicadas são:
i. realizar periódicas análises dos sistemas existentes, verificando possível
necessidade de melhorias dos mesmos.
ii. realizar pesquisas semestrais com os munícipes para verificação da efetiva
prestação do abastecimento, a fim de identificar os locais não atendidos;
iii. implementar soluções de abastecimento para a população que se encontra em
área mais distante da sede do município (áreas com maior déficit de
abastecimento);
iv. realizar, quando necessário, ampliações nos sistemas, implantando
infraestruturas como ETAs, adutoras, reservatórios e redes de distribuição.
Meta Cenário de Referência (%)
2016 2017 2021 2025 2029 2036
Elevação do índice de abastecimento de água até a universalização
Urbano 96,0 96,5 98,5 100,0 100,0 100,0
Rural 43,0 44,9 53,1 62,9 74,4 100,0
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5.3.3 Índice de perdas
O município de Camaçari apresenta um elevado índice de perdas, este, de acordo
com a Abes (2013), é um dos principais indicadores de eficiência da operação dos
sistemas de abastecimento de água, sendo que quanto menor, mais eficiente é o
serviço. Portanto a redução deste índice é imprescindível para que haja a redução
da produção de água necessária, a influência deste indicador pode ser visualizada
nas tabelas de estimativa de produção necessária apresentadas anteriormente.
Quadro 13 - Metas de referência do cenário: redução do índice de perdas de água.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
As estratégias indicadas pela Sabesp (2014), apud Abes (2015), são listadas abaixo.
i. Gerenciamento da Hidrometria: busca o acompanhamento dos hidrômetros
instalados, com a priorização e substituição daqueles sujeitos a maiores
submedições devido ao envelhecimento ou à inadequação da sua capacidade
nominal ao perfil de consumo do cliente (trocas preventivas) e a substituição
dos hidrômetros quebrados (trocas corretivas);
ii. Combate às Fraudes e Irregularidades: representa o monitoramento das
variações de consumos dos clientes, com a identificação de potenciais
irregularidades (ligações clandestinas ou reativações de ligações consideradas
inativas), inspeção em campo, acatamento de denúncias e posterior
regularização dos problemas constatados;
iii. Modernização do Sistema Comercial: representa a implantação e
modernização permanente dos sistemas informatizados que processam e
consolidam os dados das atividades ligadas à apuração de consumos,
compatibilização dos ciclos de leitura com os setores de abastecimento,
faturamento, consistências etc.;
iv. Atualização do Cadastro Comercial: é o esforço para a manutenção do
cadastro atualizado, eliminação de ligações sem hidrômetros e agilidade no
cadastramento das novas ligações.
Além dessas, considera-se como pertinente incluir as seguintes estratégias:
Meta Cenário de Referência (%)
2016 2017 2021 2025 2029 2036
Elevação do índice de abastecimento de água até a universalização
49,0 48,1 44,6 41,4 38,4 33,0
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i. capacitação e treinamento profissional para os funcionários próprios e para os
funcionários terceirizados da prestadora afim de atuarem de maneira
preventiva e corretiva de forma mais eficiente;
ii. ações de educação ambiental, como, por exemplo, palestras em escolas,
Centros de Referência e Assistência Social - Cras, Unidades de Saúde,
Associação de moradores;
iii. fiscalização do uso e ocupação do solo afim de evitar futuras ocupações
irregulares e tomar providencias previstas em legislação em relação as áreas
de ocupação irregular já consolidadas onde existem ligações clandestinas.
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6. ALTERNATIVAS TÉCNICAS PARA COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE
DEMANDAS E DISPONIBILIDADES DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE
ÁGUA
No Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, foi possível
conhecer as carências, demandas e disponibilidades de serviços de abastecimento
de água e seus impactos nas condições de vida e no ambiente natural bem como a
caracterização institucional da prestação dos serviços do município de Camaçari.
A partir do estudo de cenários de demandas dos serviços de abastecimento de
água, foram estabelecidos cenários, a partir dos quais foi possível verificar as
demandas e disponibilidades dos serviços, com base nas projeções das demandas
dos serviços de abastecimento de água ao longo do horizonte planejado de 20 anos.
Com o cenário de referência adotado, foi possível propor alternativas de intervenção
e de mitigação dos déficits e das deficiências na prestação deste serviço, com o
objetivo de sanar ou melhorar tais carências e de atingir a universalização no
decorrer do horizonte de planejamento.
Com base na projeção da evolução da demanda ao longo de 20 anos do cenário de
referência adotado para o serviço de abastecimento de água, serão selecionadas as
alternativas que promoverão a compatibilização quali-quantitativa entre demandas e
disponibilidade.
6.1 Alternativas Técnicas para Atendimento da Demanda da Área Urbana
Conforme elucidado igualmente no Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de
Abastecimento de Água, a área urbana do município de Camaçari é,
majoritariamente, abastecida pelos seis sistemas operados pela Embasa (Figura
10), sendo que cada um destes possui características singulares, o que interfere
diretamente nos indicadores escolhidos anteriormente. Isto posto, o cenário de
referência foi aplicado para cada sistema, buscando analisa-los de forma mais
criteriosa e particular.
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Figura 10 - Área de abrangência dos SAA em Camaçari/BA.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2015, adaptado da Embasa, 2015.
Adicionalmente, foram solicitadas, à concessionária, informações referentes ao ano
de 2014 para permitir um estudo mais fidedigno com a realidade atual. O resumo
desses dados encontra-se disposto na Tabela 5.
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Tabela 5 - Características dos sistemas da Embasa em Camaçari/BA, ano 2014.
Sistema Consumo per capita (L/hab*dia)
População atendida (hab.)
Índice de perdas
(%)
Produção de água atual
(L/s)
Capacidade de tratamento (L/s)
SLAA Camaçari 116,6 151.619 46,1 488,4 488,44
SLAA Parafuso 103,4 2.532 39,2 7,0 7,00
SIAA Machadinho
116,9 60.946 54,3 355,0 355,02
SIAA Jordão 141,3 32.980 63,8 214,0 214,00
SLAA Barra do Pojuca
113,0 22.049 57,1 180,0 180,00
SIAA Canto dos Pássaros
72,3 4.495 32,8 14,6 25,00
Total/Média 110,6 274.621 49,0 1259,0 1269,46
Fonte: Embasa, 2016.
É importante mencionar que o único indicador que não foi analisado de forma
particular foi o índice de atendimento, uma vez que não se tem essa informação
especifica para cada sistema. Sendo assim, considerou-se que a população
atendida em 2014 (dado fornecido pela Embasa) representa 96% da população
residente na área de abrangência daquele sistema, ou seja, existe 4% da população
que não possui abastecimento de água por solução adequada, sendo necessário,
portanto ampliação do abastecimento para atender o princípio da universalização do
acesso.
6.1.1 Sistema Local de Abastecimento de Água Camaçari
O SLAA Camaçari é responsável pelo abastecimento de água da sede municipal.
Conforme se observa na Figura 11, esse sistema foi definido com a delimitação de
duas zonas de atendimento, denominadas de ALPHA e ESTÁDIO. Segundo o Plano
de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de Salvador, Santo Amaro e
Saubara - PARMS (no prelo, 2015), a Zona ALPHA, responsável pelo abastecimento
de cerca de 60% da sede, corresponde à área mais adensada de Camaçari, estando
situada no setor norte da cidade, abrangendo bairros como Mangueiral, Parque
Florestal, Novo Horizonte, Piaçaveira, Tancredo Neves, Camaçari de Dentro, entre
outros. A zona ESTÁDIO, responsável pelo abastecimento de cerca de 40% da
sede, está situada no setor sul de Camaçari e abrange bairros como Verdes
Horizontes, Ulysses Guimarães e Parque Verde, correspondendo a uma área com
potencial para expansão urbana.
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Figura 11 - Croqui do SLAA Camaçari/BA.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado da Embasa, 2014.
As tabelas ulteriores apresentam os resultados da produção de água necessária
para atender 100% da área de abrangência desse sistema, levando em
consideração as hipóteses do cenário de referência e do Cenário 3, sendo este
último o mais crítico.
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Tabela 6 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do SLAA Camaçari, considerando metas estabelecidas no Cenário 2.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana (hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo Per
Capita
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Produção
Atual da
ETA (L/s)
Capacidade
nominal da
ETA (L/s)
2014 157.936 96,0 151.619 116,6 204,7 245,6 46,1 299,0 358,9 488,4 488,4
2015 161.285 96,0 154.833 116,6 209,0 250,8 46,1 305,4 366,5 488,4 488,4
2016 164.704 96,0 158.116 116,6 213,5 256,1 46,1 311,9 374,2 488,4 488,4
2017 168.196 96,5 162.294 116,6 219,1 262,9 45,3 318,4 382,1 488,4 488,4
2018 171.761 97,0 166.582 116,6 224,9 269,9 44,6 325,2 390,2 488,4 488,4
2019 175.403 97,5 170.984 116,6 230,8 277,0 43,8 332,0 398,4 488,4 488,4
2020 179.121 98,0 175.502 116,6 236,9 284,3 43,1 339,1 406,9 488,4 488,4
2021 182.919 98,5 180.140 116,6 243,2 291,8 42,4 346,3 415,6 488,4 488,4
2022 186.797 99,0 184.900 116,6 249,6 299,5 41,7 353,7 424,4 488,4 488,4
2023 190.757 99,5 189.786 116,6 256,2 307,5 41,0 361,3 433,5 488,4 488,4
2024 194.801 100,0 194.801 116,6 263,0 315,6 40,3 369,0 442,8 488,4 488,4
2025 198.930 100,0 198.930 116,6 268,6 322,3 39,7 375,1 450,1 488,4 488,4
2026 203.148 100,0 203.148 116,6 274,2 329,1 39,0 381,2 457,5 488,4 488,4
2027 207.455 100,0 207.455 116,6 280,1 336,1 38,4 387,5 465,0 488,4 488,4
2028 211.853 100,0 211.853 116,6 286,0 343,2 37,7 393,9 472,7 488,4 488,4
2029 216.344 100,0 216.344 116,6 292,1 350,5 37,1 400,4 480,5 488,4 488,4
2030 220.930 100,0 220.930 116,6 298,3 357,9 36,5 407,1 488,5 488,4 488,4
2031 225.614 100,0 225.614 116,6 304,6 365,5 35,9 413,9 496,6 488,4 488,4
2032 230.397 100,0 230.397 116,6 311,0 373,2 35,3 420,8 504,9 488,4 488,4
2033 235.281 100,0 235.281 116,6 317,6 381,2 34,7 427,8 513,4 488,4 488,4
2034 240.269 100,0 240.269 116,6 324,4 389,2 34,1 435,0 522,1 488,4 488,4
2035 245.363 100,0 245.363 116,6 331,2 397,5 33,6 442,4 530,9 488,4 488,4
2036 250.565 100,0 250.565 116,6 338,3 405,9 33,0 449,9 539,9 488,4 488,4
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
Atual
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Tabela 7 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do SLAA Camaçari, considerando metas estabelecidas no Cenário 3.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana (hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo Per
Capita
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Produção
Atual (L/s)
Capacidade
nominal da
ETA (L/s)
2014 157.936 96,0 151.619 116,6 204,7 245,6 46,1 299,0 358,9 488,4 488,4
2015 161.285 96,0 154.833 118,0 211,4 253,7 46,1 308,9 370,7 488,4 488,4
2016 164.704 96,0 158.116 119,3 218,4 262,1 46,1 319,1 382,9 488,4 488,4
2017 168.196 96,5 162.294 120,7 226,7 272,1 46,8 332,8 399,4 488,4 488,4
2018 171.761 97,0 166.582 122,1 235,4 282,5 47,5 347,2 416,6 488,4 488,4
2019 175.403 97,5 170.984 123,5 244,4 293,3 48,2 362,2 434,6 488,4 488,4
2020 179.121 98,0 175.502 124,9 253,8 304,5 48,9 377,9 453,4 488,4 488,4
2021 182.919 98,5 180.140 126,4 263,5 316,1 49,6 394,2 473,1 488,4 488,4
2022 186.797 99,0 184.900 127,8 273,5 328,2 50,4 411,3 493,6 488,4 488,4
2023 190.757 99,5 189.786 129,3 284,0 340,8 51,1 429,2 515,0 488,4 488,4
2024 194.801 100,0 194.801 130,8 294,8 353,8 51,9 447,8 537,4 488,4 488,4
2025 198.930 100,0 198.930 132,3 304,5 365,5 52,7 464,9 557,9 488,4 488,4
2026 203.148 100,0 203.148 133,8 314,6 377,5 53,4 482,7 579,2 488,4 488,4
2027 207.455 100,0 207.455 135,3 324,9 389,9 54,2 501,2 601,4 488,4 488,4
2028 211.853 100,0 211.853 136,9 335,6 402,8 55,0 520,4 624,5 488,4 488,4
2029 216.344 100,0 216.344 138,5 346,7 416,0 55,9 540,4 648,4 488,4 488,4
2030 220.930 100,0 220.930 140,1 358,1 429,8 56,7 561,2 673,4 488,4 488,4
2031 225.614 100,0 225.614 141,7 369,9 443,9 57,5 582,8 699,3 488,4 488,4
2032 230.397 100,0 230.397 143,3 382,1 458,5 58,4 605,2 726,3 488,4 488,4
2033 235.281 100,0 235.281 144,9 394,7 473,6 59,3 628,6 754,3 488,4 488,4
2034 240.269 100,0 240.269 146,6 407,7 489,2 60,1 652,9 783,5 488,4 488,4
2035 245.363 100,0 245.363 148,3 421,1 505,4 61,0 678,2 813,8 488,4 488,4
2036 250.565 100,0 250.565 150,0 435,0 522,0 63,8 712,5 855,1 488,4 488,4
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
Atual
Plano Municipal de Saneamento Básico
70
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Por meio da análise da Tabela 6, que foi concebida com base no cenário de
referência (Cenário 2) e nas informações fornecidas pela Prestadora de Serviço
(produção atual e capacidade nominal), é perceptível que o sistema necessitará de
ampliações apenas no ano de 2034 no que tange ao tratamento, captação e
distribuição, afim de atender ao princípio da universalização trazido pela PNSB, Lei
nº 11.445/07, ou seja, abastecer toda a população da sede com qualidade e
quantidade, conforme prevê a Portaria nº 2.914/11 do Ministério da Saúde.
Entretanto para que isto ocorra o município através das suas secretarias deverá
trabalhar de forma integrada juntamente com a prestadora de serviço não deverão
medir esforços para colocar em pratica ações de educação ambiental, para que a
população continue a consumir a mesma quantidade de água que consome
atualmente mesmo que seu padrão de vida se eleve, além de sensibilizar a
população para que a pratica de ligações clandestinas seja drasticamente reduzida,
além de significativos investimentos que a concessionário deve realizar em troca de
tubulações antigas para que as perdas reduza de 46% para 33%.
Caso contrário, se estas ações estruturantes e estruturais não forem colocadas em
prática, corre-se o risco de o pior cenário (Cenário 3, apresentado na Tabela 7),
ocorrer. Assim, comparando a produção necessária com a produção atual, verifica-
se que serão necessárias ampliações em médio prazo (2022), uma vez que se tem a
demanda de 493 L/s, enquanto a capacidade do sistema de produção é de 488 L/s.
A Embasa, já prevendo crescimento da demanda nesse sistema, elaborou, em 2011,
o “Projeto Básico de Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água da Sede
Municipal de Camaçari”, que se propõe aproveitar as unidades do sistema existente
que estão em bom estado, recuperando as estruturas possíveis e propondo
ampliações necessárias para atender satisfatoriamente a demanda projetada de
698,14 L/s em final de plano (2030) (PARMS, no prelo, 2015).
De acordo com o Projeto de Ampliação, as unidades do SLAA Camaçari passarão,
basicamente, pelas seguintes intervenções:
i. divisão da área de Projeto da Sede Municipal de Camaçari em 3 zonas de
Abastecimento, denominadas Alpha, Centro e Estádio, que passarão a ser
atendida por redes independentes;
Plano Municipal de Saneamento Básico
71
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ii. implantação de 4 novas captações em Poços Tubulares e suas respectivas
linhas adutoras;
iii. implantação de 1 novo centro de reservação e ampliação do centro de
reservação existente, assim distribuídos:
a) Centro de Reservação Existente - implantação de um reservatório apoiado de
8.000 m³ (obras em execução) e reforma do reservatório existente de 6.000
m³, responsáveis, respectivamente, pelo atendimento das Zonas Centro e
Alpha;
b) Novo Centro de Reservação - implantação de um reservatório apoiado de
4.000 m³ e um elevado de 50 m³, responsáveis pelo abastecimento das
Zonas Estádio Baixa e Estádio Alta.
iv. implantação de uma nova Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB-1) em
ALPHA, a qual recalcará a água captada dos poços da Zona Alpha até a Área
de Reservação e Tratamento - Centro e Alpha;
v. implantação de uma nova Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB-2) na área
CENTRO, a qual recalcará a água dos poços da Zona Centro até a Área de
Reservação e Tratamento - Centro e Alpha;
vi. implantação de duas Estações de Tratamento de Água, denominadas Área de
Reservação e Tratamento - Centro e Alpha, e Área de Tratamento - Estádio;
vii. implantação de 2 Estações Elevatórias de Água Tratada (EEAT-1 e EEAT-2),
que serão implantadas na zona Estádio, uma dentro da área de Tratamento -
Estádio, e outra na área de Reservação Estádio;
viii. ampliação e melhoria da atual rede de distribuição.
Segundo a Embasa (2016), a contratação das obras de ampliação do SAA Camaçari
ocorreu em novembro de 2013 e a conclusão das mesmas, de acordo cronograma,
estava prevista para maio de 2016, porém, a realização dos serviços está com
atrasos significativos e não vem acompanhando o cronograma, inclusive as obras
que estavam em andamento estão paralisadas.
Das obras previstas, estavam em fase de andamento a construção do reservatório
de 8000 m³, localizado no Morro da Manteiga, além dos 04 poços previstos, 03 já
foram perfurados, porém apenas 01 foi montado e está em operação. Na totalidade
foram executadas 30% das intervenções previstas, sendo que as obras da Zona
Plano Municipal de Saneamento Básico
72
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Estádio (rede, adutora, poço, reservatório e elevatória) ainda não foram iniciadas
(Embasa, 2016).
Diante do exposto pode concluir que estas obras de intervenções previstas para o
SLAA Camaçari, quando concluídas serão capazes de atender a demanda calculada
na Tabela 6 (Cenário 2) até final de plano proporcionando segurança e regularidade
ao abastecimento de água aos moradores da sede municipal, não se fazendo
necessário, portanto, prevê outras intervenções estruturais para este sistema.
Ressalta-se que essas intervenções estruturais devem acontecer
concomitantemente com as intervenções estruturantes, a exemplo de ações de
proteção dos mananciais e de educação ambiental, conforme já relatado, sendo que
este último terá por objetivo criar nas pessoas o sentimento de corresponsabilidade
perante a questão da preservação/conservação ambiental, em especial dos recursos
hídricos, e prioritariamente dos mananciais de abastecimento de água.
Em contrapartida, se ocorrer conforme o previsto na Tabela 7 (Cenário 3), onde as
perdas se elevam a índice superior a 60% e o consumo per capita se eleva de 116
para 150 L/(hab*dia) em final de plano, as intervenções previstas no Projeto da
Embasa, só serão capazes de atender a demanda da sede municipal até o ano de
2030, sendo imprescindível novos investimentos no sistema em questão. Considera-
se este cenário como aquele que vai de desencontro a sustentabilidade econômico-
financeira e ambiental.
6.1.2 Sistema Local de Abastecimento de Água Parafuso
O SLAA de Parafuso, cujo croqui é apresentado na Figura 12 é composto por
captação, através de um poço tubular, tratamento, através de simples desinfecção,
reservação, com capacidade de 150 m³ e distribuição par a localidade de Parafuso.
Plano Municipal de Saneamento Básico
73
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Figura 12 - Croqui Sistema SLAA Parafuso.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado da Embasa, 2014.
A Tabela 8 apresenta o resultado da produção de água necessária para atender
100% da área de abrangência desse sistema, levando em consideração as
hipóteses do cenário de referência e a Tabela 9 traz a produção necessária para o
cenário mais pessimista.
Plano Municipal de Saneamento Básico
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Tabela 8 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do SLAA Parafuso, considerando metas estabelecidas no Cenário 2.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana
(hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo Per
Capita
(L/hab.dia)
Demand
a (L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Produção
Atual da
ETA (L/s)
Capacidade
nominal da
ETA (L/s)
2014 2.638 96,0 2.532 83,5 2,4 2,9 39,2 3,4 4,1 7,0 7,0
2015 2.693 96,0 2.586 83,5 2,5 3,0 39,2 3,5 4,2 7,0 7,0
2016 2.751 96,0 2.640 83,5 2,6 3,1 39,2 3,6 4,3 7,0 7,0
2017 2.809 96,4 2.709 83,5 2,6 3,1 38,9 3,6 4,4 7,0 7,0
2018 2.868 96,9 2.779 83,5 2,7 3,2 38,5 3,7 4,5 7,0 7,0
2019 2.929 97,3 2.851 83,5 2,8 3,3 38,2 3,8 4,6 7,0 7,0
2020 2.991 97,8 2.924 83,5 2,8 3,4 37,9 3,9 4,7 7,0 7,0
2021 3.055 98,2 3.000 83,5 2,9 3,5 37,5 4,0 4,8 7,0 7,0
2022 3.119 98,6 3.077 83,5 3,0 3,6 37,2 4,1 4,9 7,0 7,0
2023 3.186 99,1 3.157 83,5 3,1 3,7 36,9 4,2 5,0 7,0 7,0
2024 3.253 99,5 3.238 83,5 3,1 3,8 36,6 4,3 5,1 7,0 7,0
2025 3.322 100,0 3.322 83,5 3,2 3,9 36,3 4,4 5,2 7,0 7,0
2026 3.393 100,0 3.393 83,5 3,3 3,9 36,0 4,5 5,3 7,0 7,0
2027 3.464 100,0 3.464 83,5 3,3 4,0 35,7 4,5 5,4 7,0 7,0
2028 3.538 100,0 3.538 83,5 3,4 4,1 35,4 4,6 5,6 7,0 7,0
2029 3.613 100,0 3.613 83,5 3,5 4,2 35,0 4,7 5,7 7,0 7,0
2030 3.689 100,0 3.689 83,5 3,6 4,3 34,7 4,8 5,8 7,0 7,0
2031 3.768 100,0 3.768 83,5 3,6 4,4 34,5 4,9 5,9 7,0 7,0
2032 3.848 100,0 3.848 83,5 3,7 4,5 34,2 5,0 6,0 7,0 7,0
2033 3.929 100,0 3.929 83,5 3,8 4,6 33,9 5,1 6,1 7,0 7,0
2034 4.012 100,0 4.012 83,5 3,9 4,7 33,6 5,2 6,2 7,0 7,0
2035 4.098 100,0 4.098 83,5 4,0 4,8 33,3 5,3 6,3 7,0 7,0
2036 4.184 100,0 4.184 83,5 4,0 4,9 33,0 5,4 6,5 7,0 7,0
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
Atual
Plano Municipal de Saneamento Básico
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Tabela 9 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do SLAA Parafuso, considerando metas estabelecidas no Cenário 3.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana
(hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo Per
Capita
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Produção
Atual da
ETA (L/s)
Capacidade
nominal da
ETA (L/s)
2014 2.638 96,0 2.532 83,5 2,4 2,9 39,2 3,4 4,1 7,0 7,0
2015 2.693 96,0 2.586 85,7 2,6 3,1 39,2 3,6 4,3 7,0 7,0
2016 2.751 96,0 2.640 88,1 2,7 3,2 39,2 3,7 4,5 7,0 7,0
2017 2.809 96,4 2.709 90,4 2,8 3,4 40,1 4,0 4,8 7,0 7,0
2018 2.868 96,9 2.779 92,9 3,0 3,6 41,0 4,2 5,1 7,0 7,0
2019 2.929 97,3 2.851 95,4 3,1 3,8 41,9 4,5 5,4 7,0 7,0
2020 2.991 97,8 2.924 98,0 3,3 4,0 42,8 4,7 5,7 7,0 7,0
2021 3.055 98,2 3.000 100,6 3,5 4,2 43,8 5,0 6,0 7,0 7,0
2022 3.119 98,6 3.077 103,3 3,7 4,4 44,8 5,3 6,4 7,0 7,0
2023 3.186 99,1 3.157 106,1 3,9 4,7 45,8 5,7 6,8 7,0 7,0
2024 3.253 99,5 3.238 109,0 4,1 4,9 46,8 6,0 7,2 7,0 7,0
2025 3.322 100,0 3.322 111,9 4,3 5,2 47,8 6,4 7,6 7,0 7,0
2026 3.393 100,0 3.393 114,9 4,5 5,4 48,9 6,7 8,1 7,0 7,0
2027 3.464 100,0 3.464 118,0 4,7 5,7 50,0 7,1 8,5 7,0 7,0
2028 3.538 100,0 3.538 121,2 5,0 6,0 51,1 7,5 9,0 7,0 7,0
2029 3.613 100,0 3.613 124,5 5,2 6,2 52,3 7,9 9,5 7,0 7,0
2030 3.689 100,0 3.689 127,8 5,5 6,6 53,4 8,4 10,1 7,0 7,0
2031 3.768 100,0 3.768 131,3 5,7 6,9 54,6 8,9 10,6 7,0 7,0
2032 3.848 100,0 3.848 134,8 6,0 7,2 55,9 9,4 11,2 7,0 7,0
2033 3.929 100,0 3.929 138,5 6,3 7,6 57,1 9,9 11,9 7,0 7,0
2034 4.012 100,0 4.012 142,2 6,6 7,9 58,4 10,5 12,6 7,0 7,0
2035 4.098 100,0 4.098 146,1 6,9 8,3 59,7 11,1 13,3 7,0 7,0
2036 4.184 100,0 4.184 150,0 7,3 8,7 63,8 11,9 14,3 7,0 7,0
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
Atual
Plano Municipal de Saneamento Básico
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A partir da projeção da demanda necessária para o Cenário de Referência
representada na Tabela 8, conclui-se que a produção atual de água do SLAA
Parafuso (7,0 L/s), dado fornecido pela Embasa (2016), é capaz de atender à
demanda de final de planejamento (5,81 L/s), portanto não serão necessárias
ampliações nas infraestruturas de captação e tratamento.
Apesar de não necessitar ampliações, deverão ser realizadas melhorias no poço de
captação, introduzindo placas de identificação e de advertência de perigo, além de
melhorar as condições de conservação do mesmo, com relação à ETA, devem ser
realizadas adequações na casa de química.
Após tratada a água é recalcada até um Reservatório Elevado de Distribuição - RED
de 150 m³, volume este que atende à demanda em final de plano que seria de
aproximadamente 140 m³, calculada com base na produção necessária. Entretanto é
importante destacar que este RED de 150 m³ não apresenta bom estado de
conservação, necessitando de reparos.
Assim como no SLAA Camaçari, para que haja a universalização do abastecimento
será necessário a instalação de novas redes de distribuição visando atender aos
domicílios que ainda não são atendidos e os que serão implantados.
Em contrapartida se não forem adotadas as medidas estruturais e estruturantes
amplamente discutidos durante a concepção do Cenário 2, corre se o risco da
produção necessária para o SLAA Parafuso ser o dobro da produção atual,
conforme previsto no Cenário 3, apresentado na Tabela 9. Nesse cenário onde as
perdas e o consumo per capita aumentam significativamente, as infraestruturas de
captação, tratamento e reservação deverão ser ampliadas.
6.1.3 Sistema Integrado de Abastecimento de Água Machadinho
O Sistema Integrado de Abastecimento de Água Machadinho abastece as
comunidades da faixa litorânea do município de Camaçari, limitadas ao sul, pela
localidade de Busca Vida e ao norte, pela localidade de Arembepe, além de
comunidades localizadas na parte oeste da Rodovia BA-099, no entorno da BA-522
(Cascalheiras). Dentre as diversas localidades atendidas por esse sistema,
destacam-se Areias, Arembepe, Buris de Abrantes, Catu de Abrantes, Jauá,
Machadinho, Parque das Mangabas, Sucupió e Vila de Abrantes. Devido à
Plano Municipal de Saneamento Básico
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sobrecarga nesse sistema a localidade de Busca Vida vem sendo abastecida a
algum tempo pelo sistema de Lauro de Freitas, conforme pode ser visualizado no
croqui da Figura 13.
Figura 13 - Croqui Sistema SIAA Machadinho.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado da Embasa, 2015.
A Tabela 8 apresenta o resultado da produção de água necessária para atender
100% da área de abrangência desse sistema, levando em consideração as
hipóteses do cenário de referência e a Tabela 9 traz a produção necessária para o
cenário mais pessimista. Ressalta-se que para este sistema em especifico
considerou-se que o índice de atendimento não chega a 96%, girando em torno de
90% uma vez que a população da localidade de Busca Vida não é atendida por esse
sistema, dessa forma verifica-se que existe um déficit de atendimento declarado que
deve ser considerado.
Plano Municipal de Saneamento Básico
78
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Tabela 10 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do SIAA Machadinho, considerando metas estabelecidas no Cenário 2.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana
(hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo
Per Capita
(L/hab.dia)
População
Flutuante
(hab)
Consumo Per
Capita Pop.
Flutuante
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Produção
Atual da
ETA (L/s)
Capacidade
nominal da
ETA (L/s)
2014 67.718 90,0 60.946 117,0 50.585 300,0 258,1 309,8 54,3 398,3 478,0 355,0 355,0
2015 69.153 90,0 62.238 117,0 51.658 300,0 263,6 316,3 54,3 406,8 488,1 355,0 355,0
2016 70.619 90,0 63.558 117,0 52.753 300,0 269,2 323,0 54,3 415,4 498,5 355,0 355,0
2017 72.117 91,2 65.765 117,0 53.871 300,0 276,1 331,3 53,0 422,3 506,8 355,0 355,0
2018 73.645 92,4 68.050 117,0 55.013 300,0 283,1 339,8 51,7 429,4 515,3 355,0 355,0
2019 75.207 93,6 70.414 117,0 56.180 300,0 290,4 348,5 50,4 436,7 524,0 355,0 355,0
2020 76.801 94,9 72.860 117,0 57.371 300,0 297,8 357,4 49,2 444,2 533,1 355,0 355,0
2021 78.429 96,1 75.391 117,0 58.587 300,0 305,5 366,6 47,9 451,9 542,3 355,0 355,0
2022 80.092 97,4 78.010 117,0 59.829 300,0 313,3 376,0 46,8 459,9 551,8 355,0 355,0
2023 81.790 98,7 80.720 117,0 61.097 300,0 321,4 385,7 45,6 468,0 561,6 355,0 355,0
2024 83.524 100,0 83.524 117,0 62.393 300,0 329,7 395,6 44,5 476,4 571,7 355,0 355,0
2025 85.295 100,0 85.295 117,0 63.715 300,0 336,7 404,0 43,4 482,8 579,4 355,0 355,0
2026 87.103 100,0 87.103 117,0 65.066 300,0 343,8 412,6 42,3 489,4 587,2 355,0 355,0
2027 88.949 100,0 88.949 117,0 66.446 300,0 351,1 421,3 41,3 496,1 595,3 355,0 355,0
2028 90.835 100,0 90.835 117,0 67.854 300,0 358,6 430,3 40,3 503,0 603,6 355,0 355,0
2029 92.761 100,0 92.761 117,0 69.293 300,0 366,2 439,4 39,3 510,0 612,0 355,0 355,0
2030 94.727 100,0 94.727 117,0 70.762 300,0 373,9 448,7 38,3 517,2 620,6 355,0 355,0
2031 96.736 100,0 96.736 117,0 72.262 300,0 381,8 458,2 37,4 524,6 629,5 355,0 355,0
2032 98.786 100,0 98.786 117,0 73.794 300,0 389,9 467,9 36,5 532,1 638,5 355,0 355,0
2033 100.881 100,0 100.881 117,0 75.358 300,0 398,2 477,9 35,6 539,8 647,8 355,0 355,0
2034 103.019 100,0 103.019 117,0 76.956 300,0 406,7 488,0 34,7 547,7 657,2 355,0 355,0
2035 105.203 100,0 105.203 117,0 78.587 300,0 415,3 498,3 33,8 555,8 666,9 355,0 355,0
2036 107.434 100,0 107.434 117,0 80.253 300,0 424,1 508,9 33,0 564,0 676,8 355,0 355,0
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
Atual
Plano Municipal de Saneamento Básico
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Tabela 11 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do SIAA Machadinho, considerando metas estabelecidas no Cenário 3.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana
(hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo
Per Capita
(L/hab.dia)
População
Flutuante
(hab)
Consumo Per
Capita Pop.
Flutuante
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Produção
Atual (L/s)
Capacidade
nominal da
ETA (L/s)
2014 67.718 90,0 60.946 117,0 50.585 300,0 258,1 309,8 54,3 398,3 478,0 355,0 355,0
2015 69.153 90,0 62.238 118,3 51.658 300,0 264,6 317,5 54,3 408,2 489,9 355,0 355,0
2016 70.619 90,0 63.558 119,6 52.753 300,0 271,2 325,4 54,3 418,4 502,1 355,0 355,0
2017 72.117 91,2 65.765 121,0 53.871 300,0 279,1 335,0 54,7 431,9 518,3 355,0 355,0
2018 73.645 92,4 68.050 122,4 55.013 300,0 287,4 344,9 55,2 446,0 535,2 355,0 355,0
2019 75.207 93,6 70.414 123,8 56.180 300,0 295,9 355,1 55,6 460,5 552,7 355,0 355,0
2020 76.801 94,9 72.860 125,2 57.371 300,0 304,8 365,7 56,1 475,7 570,8 355,0 355,0
2021 78.429 96,1 75.391 126,6 58.587 300,0 313,9 376,7 56,5 491,3 589,6 355,0 355,0
2022 80.092 97,4 78.010 128,0 59.829 300,0 323,3 388,0 57,0 507,6 609,1 355,0 355,0
2023 81.790 98,7 80.720 129,5 61.097 300,0 333,1 399,7 57,5 524,5 629,4 355,0 355,0
2024 83.524 100,0 83.524 131,0 62.393 300,0 343,2 411,9 57,9 542,0 650,4 355,0 355,0
2025 85.295 100,0 85.295 132,4 63.715 300,0 352,0 422,4 58,4 557,5 669,0 355,0 355,0
2026 87.103 100,0 87.103 134,0 65.066 300,0 361,0 433,2 58,9 573,4 688,1 355,0 355,0
2027 88.949 100,0 88.949 135,5 66.446 300,0 370,2 444,2 59,3 589,8 707,8 355,0 355,0
2028 90.835 100,0 90.835 137,0 67.854 300,0 379,7 455,6 59,8 606,8 728,1 355,0 355,0
2029 92.761 100,0 92.761 138,6 69.293 300,0 389,4 467,3 60,3 624,2 749,0 355,0 355,0
2030 94.727 100,0 94.727 140,2 70.762 300,0 399,4 479,2 60,8 642,1 770,6 355,0 355,0
2031 96.736 100,0 96.736 141,8 72.262 300,0 409,6 491,5 61,3 660,6 792,8 355,0 355,0
2032 98.786 100,0 98.786 143,4 73.794 300,0 420,1 504,2 61,8 679,7 815,6 355,0 355,0
2033 100.881 100,0 100.881 145,0 75.358 300,0 431,0 517,1 62,3 699,3 839,2 355,0 355,0
2034 103.019 100,0 103.019 146,6 76.956 300,0 442,1 530,5 62,8 719,6 863,5 355,0 355,0
2035 105.203 100,0 105.203 148,3 78.587 300,0 453,5 544,2 63,3 740,4 888,5 355,0 355,0
2036 107.434 100,0 107.434 150,0 80.253 300,0 465,2 558,2 63,8 762,0 914,3 355,0 355,0
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
Atual
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Analisando a Tabela 10, elaborada com base no cenário de referência, ou seja, na
universalização da área de abrangência, manutenção do consumo per capita e
redução do índice de perdas, verifica-se que produção atual de água tratada do
SIAA Machadinho não é suficiente para atender nem a demanda atual da população
atendida pelo sistema, ratificando o que foi relatado pela população durante as
oficinas de diagnóstico participativo que o abastecimento é intermitente e que
durante o período do verão a situação é ainda mais crítica, evidenciando portanto a
necessidade de investimentos em caráter de urgência na ampliação desse sistema.
De acordo com a Embasa (2013) apud PARMS (no prelo, 2015), visando conferir
uma maior flexibilidade operacional ao sistema, este será desmembrado em
Machadinho Sul (atual), que abrangerá a região entre as localidades de Jauá e
Busca Vida, que passará por ampliações e Machadinho Norte, região localizada
entre Interlagos e o Rio Jacuípe, o que será futuramente implantado.
O Projeto Básico de Ampliação do SIAA de Machadinho Sul foi desenvolvido
contemplando basicamente as seguintes intervenções:
i. implantação de 8 poços artesianos e suas respectivas linhas de recalque;
ii. ampliação das unidades atuais da ETA;
iii. reforço na adução de água tratada existente;
iv. ampliação do centro de reservação existente;
v. reforço das linhas-tronco e ampliação da atual rede de distribuição.
Em relação ao Sistema Machadinho Norte, o Projeto prevê a implantação das
seguintes infraestruturas:
i. 8 poços artesianos e suas respectivas linhas de recalque;
ii. caixa de reunião, destinada a receber as contribuições dos poços;
iii. linha adutora de água bruta por gravidade, responsável pela adução da caixa
de reunião ao centro de tratamento e reservação;
iv. centro de tratamento e reservação onde estarão as unidades responsáveis pelo
tratamento da água e do armazenamento da água tratada;
v. reforço na adução de água tratada existente;
vi. ampliação do centro de reservação existente;
vii. reforço das linhas-tronco e ampliação da atual rede de distribuição.
Plano Municipal de Saneamento Básico
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Segundo a Embasa (2015), com a perfuração destes novos poços prevê-se o
incremento de 560 L/s no sistema sendo, 160 L/s no SIAA Machadinho Sul e 400 L/s
no sistema Machadinho Norte, com isso, além do incremento na produção, a
ampliação do sistema existente e a implantação do sistema Machadinho Norte irão
fornecer água para as áreas não atendidas atualmente, a exemplo das localidades
(Couro Dantas, Pau Brasil, Piabas, Açu da Capivara e Rancho Alegre) que eram
atendidas pelo SIAA Rancho Alegre implantado pela Cerb em 2012 e que está
desativado desde 2014, cujas infraestruturas estão em condições precárias confome
foi visto no diagnostico, auxiliando assim no processo de universalização do
atendimento.
Conforme informações fornecidas pela Embasa (2016), após o término das obras de
ampliação do sistema Machadinho Sul, este, contará com:
i. 02 novas caixas de reunião de 181m³ cada (Com localização fora da ETA);
ii. 01 Centro de Reservação (04 reservatórios), sendo 01 com capacidade de
60m³ e 03 com capacidade de 4.000m³, totalizando 12.060 m³;
iii. capacidade total da ETA de 495,46 L/s.
Esta ampliação do sistema de Machadinho Sul não será capaz de atender nem a
demanda do início do horizonte de planejamento, que é de 504,3 L/s, evidenciando a
necessidade de implantação urgente do Sistema de Machadinho Norte também.
Entretanto a situação real é preocupante uma vez que as obras no sistema
Machadinho Sul foram iniciadas e interrompidas em 2015, não existindo previsão de
conclusão. Com relação ao sistema Machadinho Norte, já houve licitação para a
execução da obra, porém ainda não foi emitida ordem de serviço.
Dessa maneira, é notável a urgência no continuar das obras já iniciadas e no início
das obras já previstas, visto que os dois sistemas juntos conseguirão atender a
demanda em final de plano, para o cenário de referência. Entretanto se não forem
adotadas as ações previstas para se alcançar o cenário de referência no que
concerne ao índice de perdas e ao consumo per capita, corre-se o risco de caminhar
em direção ao pior cenário apresentado na Tabela 11, onde a demanda em final de
Plano é de 915 L/ s, que mesmo com os dois sistemas estes estariam operando no
limite da sua capacidade.
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6.1.4 Sistema Integrado de Abastecimento de Água Jordão
O SIAA Jordão capta água exclusivamente do aquífero São Sebastião, por meio de
04 poços tubulares profundos, a água bruta dos poços P1 e P2 é recebida por uma
caixa de reunião (55 m³), enquanto os poços P3 e P4 encaminham diretamente para
o tanque de contato (400 m³), onde é realizado o tratamento simplificado, como é
possível visualizar no croqui abaixo.
Este sistema atende as localidades de Barra do Jacuípe, Emboacica, Guarajuba,
Itacimirim, Coqueiro de Monte Gordo e Monte Gordo, ambas com manobras a cada
48h, divididas em duas zonas de abastecimento.
Figura 14 - Croqui SIAA Jordão.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado da Embasa, 2015.
A Tabela 12 apresenta o resultado da produção de água necessária para atender
100% da área de abrangência desse sistema, levando em consideração as
hipóteses do cenário de referência e a Tabela 13 traz a produção necessária para o
cenário mais pessimista.
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Tabela 12 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do SIAA Jordão, considerando metas estabelecidas no Cenário 2.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana
(hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo
Per Capita
(L/hab.dia)
População
Flutuante
(hab)
Consumo
Per Capita
Pop.
Flutuante
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Produção
Atual da
ETA (L/s)
Capacidade
nominal da
ETA (L/s)
2014 34.354 96,0 32.980 141,3 41533 300,0 198,1 237,8 63,8 324,5 389,5 214,0 214,0
2015 35.082 96,0 33.679 141,3 42414 300,0 202,3 242,8 63,8 331,4 397,7 214,0 214,0
2016 35.826 96,0 34.393 141,3 43313 300,0 206,6 247,9 63,8 338,4 406,1 214,0 214,0
2017 36.586 96,5 35.302 141,3 44231 300,0 211,3 253,6 61,7 341,7 410,1 214,0 214,0
2018 37.361 97,0 36.235 141,3 45169 300,0 216,1 259,3 59,7 345,1 414,2 214,0 214,0
2019 38.153 97,5 37.192 141,3 46127 300,0 221,0 265,2 57,8 348,7 418,4 214,0 214,0
2020 38.962 98,0 38.175 141,3 47104 300,0 226,0 271,2 55,9 352,3 422,8 214,0 214,0
2021 39.788 98,5 39.184 141,3 48103 300,0 231,1 277,3 54,1 356,1 427,3 214,0 214,0
2022 40.632 99,0 40.219 141,3 49123 300,0 236,3 283,6 52,4 360,0 432,0 214,0 214,0
2023 41.493 99,5 41.282 141,3 50164 300,0 241,7 290,0 50,7 364,1 436,9 214,0 214,0
2024 42.373 100,0 42.373 141,3 51228 300,0 247,2 296,6 49,0 368,3 441,9 214,0 214,0
2025 43.271 100,0 43.271 141,3 52314 300,0 252,4 302,9 47,4 372,1 446,5 214,0 214,0
2026 44.188 100,0 44.188 141,3 53423 300,0 257,7 309,3 45,9 376,0 451,2 214,0 214,0
2027 45.125 100,0 45.125 141,3 54555 300,0 263,2 315,8 44,4 380,1 456,1 214,0 214,0
2028 46.082 100,0 46.082 141,3 55712 300,0 268,8 322,5 43,0 384,2 461,1 214,0 214,0
2029 47.059 100,0 47.059 141,3 56893 300,0 274,5 329,4 41,6 388,6 466,3 214,0 214,0
2030 48.057 100,0 48.057 141,3 58099 300,0 280,3 336,4 40,2 393,0 471,6 214,0 214,0
2031 49.075 100,0 49.075 141,3 59331 300,0 286,2 343,5 38,9 397,6 477,2 214,0 214,0
2032 50.116 100,0 50.116 141,3 60589 300,0 292,3 350,8 37,7 402,4 482,8 214,0 214,0
2033 51.178 100,0 51.178 141,3 61873 300,0 298,5 358,2 36,4 407,3 488,7 214,0 214,0
2034 52.263 100,0 52.263 141,3 63185 300,0 304,8 365,8 35,2 412,3 494,8 214,0 214,0
2035 53.371 100,0 53.371 141,3 64524 300,0 311,3 373,6 34,1 417,5 501,0 214,0 214,0
2036 54.503 100,0 54.503 141,3 65892 300,0 317,9 381,5 33,0 422,8 507,4 214,0 214,0
Atual
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
Plano Municipal de Saneamento Básico
84
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Tabela 13 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do SIAA Jordão, considerando metas estabelecidas no Cenário 3.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana
(hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo
Per Capita
(L/hab.dia)
População
Flutuante
(hab)
Consumo
Per Capita
Pop.
Flutuante
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Produção
Atual
(L/s)
Capacidade
nominal da
ETA (L/s)
2014 34.354 96,0 32.980 141,26 41533,36 300,00 198,13 237,76 63,8 324,54 389,45 214 214
2015 35.082 96,0 33.679 141,65 42413,86 300,00 202,48 242,98 63,8 331,67 398,00 214 214
2016 35.826 96,0 34.393 142,03 43313,04 300,00 206,93 248,32 63,8 338,95 406,74 214 214
2017 36.586 96,5 35.302 142,42 44231,27 300,00 211,77 254,13 63,8 346,88 416,26 214 214
2018 37.361 97,0 36.235 142,81 45168,98 300,00 216,73 260,07 63,8 355,00 426,00 214 214
2019 38.153 97,5 37.192 143,20 46126,56 300,00 221,80 266,17 63,8 363,32 435,98 214 214
2020 38.962 98,0 38.175 143,59 47104,44 300,00 227,00 272,40 63,8 371,83 446,19 214 214
2021 39.788 98,5 39.184 143,98 48103,06 300,00 232,32 278,79 63,8 380,55 456,66 214 214
2022 40.632 99,0 40.219 144,38 49122,84 300,00 237,77 285,33 63,8 389,47 467,37 214 214
2023 41.493 99,5 41.282 144,77 50164,25 300,00 243,35 292,02 63,8 398,61 478,34 214 214
2024 42.373 100,0 42.373 145,17 51227,73 300,00 249,07 298,88 63,8 407,97 489,57 214 214
2025 43.271 100,0 43.271 145,56 52313,75 300,00 254,55 305,46 63,8 416,95 500,34 214 214
2026 44.188 100,0 44.188 145,96 53422,81 300,00 260,15 312,18 63,8 426,12 511,34 214 214
2027 45.125 100,0 45.125 146,36 54555,37 300,00 265,87 319,04 63,8 435,50 522,59 214 214
2028 46.082 100,0 46.082 146,76 55711,94 300,00 271,72 326,06 63,8 445,08 534,09 214 214
2029 47.059 100,0 47.059 147,16 56893,04 300,00 277,70 333,24 63,8 454,87 545,85 214 214
2030 48.057 100,0 48.057 147,56 58099,17 300,00 283,81 340,57 63,8 464,88 557,86 214 214
2031 49.075 100,0 49.075 147,97 59330,87 300,00 290,06 348,07 63,8 475,11 570,13 214 214
2032 50.116 100,0 50.116 148,37 60588,69 300,00 296,44 355,73 63,8 485,57 582,68 214 214
2033 51.178 100,0 51.178 148,78 61873,17 300,00 302,96 363,56 63,8 496,25 595,51 214 214
2034 52.263 100,0 52.263 149,18 63184,88 300,00 309,63 371,56 63,8 507,18 608,61 214 214
2035 53.371 100,0 53.371 149,59 64524,40 300,00 316,45 379,74 63,8 518,34 622,01 214 214
2036 54.503 100,0 54.503 150,00 65892,31 300,00 323,42 388,10 63,8 529,75 635,71 214 214
Atual
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
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Como exposto na Tabela 16, a produção atual de água tratada (214 L/s) é muito
pequena quando comparada à demanda atual da população abastecida pelo
sistema (406 L/s), evidenciando a necessidade de ampliações nas estruturas dos
processos de captação, tratamento e distribuição, visando alcançar as hipóteses do
cenário de referência.
O SIAA Jordão, quando da visita técnica (agosto/2014), captava água bruta por meio
de quatro poços (P2, P3, P4, P5) tubulares profundos, porém apenas dois destes
apresentavam estado de conservação regular e dois apresentavam estado de
conservação classificado como ruim, necessitando, assim, de melhorias nos
equipamentos e estruturas que os constitui, além de implantação de placas de
identificação e advertência para sinalização. Além desses poços em operação,
também existiam outros dois poços que ainda não estavam em operação (P6 e P7)
– cada um com vazão de 60 L/s, consistindo, portanto, em um incremento de vazão
de 120 L/s. Segundo informações recentes da Embasa (2016), o P6 já está
operando e o P7 deverá ser montado em 2016.
Os poços mais velhos que abastecem este sistema possuem uma vazão efetiva
média de 39 L/s, o que totaliza 155 L/s, somando os poços mais novos (120 L/s),
chega-se ao valor de 275 L/s, o que permite inferir que ainda seria necessária a
perfuração de cerca de dois poços, cada um com vazão de 60 L/s para atender à
demanda atual e quatro poços para suprir a demanda de final de planejamento.
A água bruta captada é tratada por simples desinfecção, fluoretação e correção de
pH, utilizando, respectivamente, o cloro gás, ácido fluossilícico e o carbonato de
sódio. A água bruta dos poços P2 e P5 é encaminhada diretamente para a caixa de
reunião com volume de 55 m³, enquanto a água dos poços P3 e P4 é encaminhada
diretamente ao tanque de contato de 400 m³. Estas estruturas apresentam pontos de
vazamento e suas tubulações possuem sinais de oxidação, necessitando, portanto,
de reparos.
A ETA deste sistema atualmente possui capacidade de tratamento (214 L/s) inferior
ao necessário para atender a população abastecida pelo SIAA Jordão, ou seja, a
ampliação e melhoria das estruturas são em caráter de urgência. Segundo a
Embasa (2016) a ampliação da ETA/EEAT, previsto no estudo de concepção do
litoral Norte, é para contemplar tratamento e recalque da vazão de 360 L/s,
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entretanto observa-se que já está subdimensionada de acordo as projeções
previstas para o Cenário 2.
O SIAA Jordão conta com um centro de reservação na localidade de Monte Gordo,
composto por três reservatórios, dois são apoiados (RAD) com capacidade de
1.500 m³ cada, e um elevado com 150 m³, totalizando 3.150 m³.
Levando em consideração a vazão demandada para abastecer a população urbana
atendida, atualmente é necessário um volume de cerca de 7.000 m³ para fornecer
segurança e regularidade ao abastecimento, ou seja, o volume de reservação atual
possui um déficit de praticamente 4.000 m³. Com relação à demanda de final de
planejamento o volume disponível para reservação deverá ser de aproximadamente
11.000 m³.
O sistema de distribuição deverá ser ampliado visando atender à todas as ligações,
para isto deverão ser assentadas novas tubulações para o abastecimento das
residências que não são abastecidas e das que virão a se instalar, além de realizar
melhorias na rede já existente.
Outra análise realizada para o sistema diz respeito a possibilidade de ocorrer
conforme o previsto na Tabela 13, a qual segue as hipóteses do Cenário 3, onde as
perdas se mantem a índice superior a 60%, visto que este sistema foi o parâmetro
para essas hipótese, logo não tem como elevar a mais disso pois esse índice já é
extremamente alto e o consumo per capita se eleva de 141,26 L/(hab*dia) para 150
L/(hab*dia) em final de plano, havendo portanto a necessidade de mais
investimentos em ações estruturais em virtude da negligência do que vem sendo
apontado como indispensável para alcançar o cenário de referência, que consiste de
ações estruturantes (educação ambiental, controle do uso e ocupação do solo,
proteção de mananciais, entre outras) concomitantemente a ampliação das
infraestruturas.
6.1.5 Sistema Integrado de Abastecimento de Água Barra do Pojuca
O SIAA Barra do Pojuca utiliza um manancial superficial para captação de água
bruta, o rio Pojuca, esta água é tratada por meio de tratamento convencional e
armazenada em reservatórios de distribuição, conforme ilustra o croqui apresentado
na Figura 15.
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O SIAA Pojuca atende não apenas a localidade de Barra do Pojuca no município de
Camaçari, mas principalmente, regiões do município de Mata de São João como
Açuzinho, Campinas, Morrinho, Cachoeirinha, Tiririca, Sapiranga, Praia do Forte,
Malhadas, Açú da Torre, lmbassaí, lmbassaí Pequeno, Malvinas, Tererê, Retiro de
Açú e Areal.
Figura 15 - Croqui SIAA Barra do Pojuca.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado da Embasa, 2015.
Como este sistema abrange não só uma porção do município de Camaçari mas
também regiões do município de Mata de São João, as projeções de demanda deste
sistema, tanto para o Cenário 2 quanto para o Cenário 3, foram desenvolvidas
considerando a população urbana atendida por este sistema no ano de 2014,
informação fornecida pela Embasa (2016) e a população flutuante das regiões de
Praia do Forte e Imbassaí, ambas calculadas através da mesma metodologia
utilizada para o cálculo da população flutuante de município de Camaçari, como
apresentado no Produto 2 - Caracterização Física e Socioeconômica do Município,
visto que esta metodologia foi desenvolvida para o litoral norte da Bahia e não
apenas para o município de Camaçari.
A seguir, por meio de tabelas, são apresentadas as projeções de demanda
considerando as hipóteses selecionadas para o Cenário 2 (cenário de referência) e o
Cenário 3.
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88
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Tabela 14 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do SIAA Barra do Pojuca, considerando metas estabelecidas no Cenário 2.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana
(hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo
Per Capita
(L/hab.dia)
População
Flutuante
(hab)
Consumo
Per Capita
Pop.
Flutuante
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Produção
Atual da
ETA (L/s)
Capacidade
nominal da
ETA (L/s)
2014 22.968 96,0 22.049 113,0 24707 300,0 114,6 137,5 57,1 180,1 216,1 180,0 180,0
2015 23.455 96,0 22.516 113,0 25231 300,0 117,1 140,5 57,1 183,9 220,7 180,0 180,0
2016 23.952 96,0 22.994 113,0 25766 300,0 119,5 143,4 57,1 187,8 225,3 180,0 180,0
2017 24.460 96,5 23.601 113,0 26312 300,0 122,2 146,7 55,6 190,1 228,2 180,0 180,0
2018 24.978 97,0 24.225 113,0 26870 300,0 125,0 150,0 54,1 192,5 231,0 180,0 180,0
2019 25.508 97,5 24.865 113,0 27439 300,0 127,8 153,3 52,6 195,0 234,0 180,0 180,0
2020 26.048 98,0 25.522 113,0 28021 300,0 130,7 156,8 51,2 197,5 237,0 180,0 180,0
2021 26.601 98,5 26.197 113,0 28615 300,0 133,6 160,3 49,8 200,1 240,2 180,0 180,0
2022 27.165 99,0 26.889 113,0 29222 300,0 136,6 164,0 48,4 202,8 243,4 180,0 180,0
2023 27.741 99,5 27.599 113,0 29841 300,0 139,7 167,6 47,1 205,5 246,7 180,0 180,0
2024 28.329 100,0 28.329 113,0 30474 300,0 142,9 171,4 45,9 208,4 250,0 180,0 180,0
2025 28.929 100,0 28.929 113,0 31120 300,0 145,9 175,1 44,6 211,0 253,2 180,0 180,0
2026 29.543 100,0 29.543 113,0 31780 300,0 149,0 178,8 43,4 213,6 256,4 180,0 180,0
2027 30.169 100,0 30.169 113,0 32453 300,0 152,1 182,6 42,2 216,4 259,7 180,0 180,0
2028 30.808 100,0 30.808 113,0 33141 300,0 155,4 186,4 41,1 219,2 263,0 180,0 180,0
2029 31.462 100,0 31.462 113,0 33844 300,0 158,7 190,4 40,0 222,1 266,5 180,0 180,0
2030 32.129 100,0 32.129 113,0 34562 300,0 162,0 194,4 38,9 225,0 270,1 180,0 180,0
2031 32.810 100,0 32.810 113,0 35294 300,0 165,5 198,5 37,8 228,1 273,7 180,0 180,0
2032 33.505 100,0 33.505 113,0 36043 300,0 169,0 202,8 36,8 231,2 277,4 180,0 180,0
2033 34.216 100,0 34.216 113,0 36807 300,0 172,5 207,1 35,8 234,4 281,2 180,0 180,0
2034 34.941 100,0 34.941 113,0 37587 300,0 176,2 211,4 34,9 237,6 285,1 180,0 180,0
2035 35.682 100,0 35.682 113,0 38384 300,0 179,9 215,9 33,9 241,0 289,2 180,0 180,0
2036 36.438 100,0 36.438 113,0 39197 300,0 183,8 220,5 33,0 244,4 293,3 180,0 180,0
Atual
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
Plano Municipal de Saneamento Básico
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Tabela 15 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do SIAA Barra do Pojuca, considerando metas estabelecidas no Cenário 3.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana
(hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo
Per Capita
(L/hab.dia)
População
Flutuante
(hab)
Consumo
Per Capita
Pop.
Flutuante
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Produção
Atual
(L/s)
Capacidade
nominal da
ETA (L/s)
2014 22.968 96,0 22.049 113,0 24.707 300,0 114,6 137,5 57,1 180,1 216,1 180,0 180,0
2015 23.455 96,0 22.516 114,4 25.231 300,0 117,4 140,9 57,1 184,5 221,4 180,0 180,0
2016 23.952 96,0 22.994 115,9 25.766 300,0 120,3 144,4 57,1 189,0 226,8 180,0 180,0
2017 24.460 96,5 23.601 117,4 26.312 300,0 123,4 148,1 57,4 194,3 233,1 180,0 180,0
2018 24.978 97,0 24.225 119,0 26.870 300,0 126,7 152,0 57,7 199,7 239,6 180,0 180,0
2019 25.508 97,5 24.865 120,5 27.439 300,0 130,0 155,9 58,0 205,3 246,3 180,0 180,0
2020 26.048 98,0 25.522 122,1 28.021 300,0 133,4 160,0 58,3 211,0 253,3 180,0 180,0
2021 26.601 98,5 26.197 123,6 28.615 300,0 136,8 164,2 58,6 217,0 260,4 180,0 180,0
2022 27.165 99,0 26.889 125,2 29.222 300,0 140,4 168,5 58,9 223,1 267,7 180,0 180,0
2023 27.741 99,5 27.599 126,9 29.841 300,0 144,1 173,0 59,2 229,4 275,3 180,0 180,0
2024 28.329 100,0 28.329 128,5 30.474 300,0 147,9 177,5 59,5 235,9 283,1 180,0 180,0
2025 28.929 100,0 28.929 130,2 31.120 300,0 151,6 182,0 59,8 242,3 290,7 180,0 180,0
2026 29.543 100,0 29.543 131,9 31.780 300,0 155,4 186,5 60,1 248,8 298,5 180,0 180,0
2027 30.169 100,0 30.169 133,6 32.453 300,0 159,3 191,2 60,4 255,5 306,6 180,0 180,0
2028 30.808 100,0 30.808 135,3 33.141 300,0 163,3 196,0 60,7 262,4 314,9 180,0 180,0
2029 31.462 100,0 31.462 137,1 33.844 300,0 167,4 200,9 61,0 269,5 323,4 180,0 180,0
2030 32.129 100,0 32.129 138,8 34.562 300,0 171,6 206,0 61,3 276,8 332,2 180,0 180,0
2031 32.810 100,0 32.810 140,6 35.294 300,0 176,0 211,1 61,6 284,3 341,2 180,0 180,0
2032 33.505 100,0 33.505 142,5 36.043 300,0 180,4 216,5 61,9 292,1 350,5 180,0 180,0
2033 34.216 100,0 34.216 144,3 36.807 300,0 185,0 221,9 62,2 300,0 360,0 180,0 180,0
2034 34.941 100,0 34.941 146,2 37.587 300,0 189,6 227,6 62,5 308,2 369,8 180,0 180,0
2035 35.682 100,0 35.682 148,1 38.384 300,0 194,4 233,3 62,8 316,6 379,9 180,0 180,0
2036 36.438 100,0 36.438 150,0 39.197 300,0 199,4 239,2 63,8 326,6 391,9 180,0 180,0
Atual
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
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A captação de água bruta ocorre por meio de um flutuante instalado no Rio Pojuca,
a vazão atualmente captada não é suficiente para atender a demanda de
abastecimento da população do SIAA Barra do Pojuca. De acordo com o item 8.2.3
do Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, apresentado
também resumidamente no item 9 deste produto, o Rio Pojuca possui
disponibilidade hídrica para que a vazão de captação seja ampliada.
A água bruta é tratada por meio de tratamento convencional, ciclo completo, a ETA
apresenta boas condições de funcionamento, inclusive possui certificação interna,
porém se encontra em uma área na zona urbana de Barra do Pojuca que não
possibilita a sua ampliação.
Como pode ser visto na Tabela 14, a produção atual de água tratada não atende à
demanda necessária nem para o Cenário 2, que é o cenário de referência, onde se
mantem o consumo per capita e diminui o índice de perdas, através da integralidade
das ações estruturais e estruturantes, e como não se pode ampliar a ETA existente,
faz-se necessário a construção de uma nova ETA para suprir este déficit.
De acordo com os estudos de alternativas de abastecimento de água e esgotamento
sanitário para o litoral norte (Embasa, 2013), a seleção da alternativa para a
melhoria e ampliação do SIAA Barra do Pojuca levou em consideração o menor
impacto ambiental possível gerado à região e os menores custos para o
desenvolvimento do projeto.
Com relação a captação, esta alternativa prevê um novo ponto de retirada de água
bruta à montante do ponto atual de captação, três conjuntos elevatórios serão
implantados para realizar o processo, no entanto um deles será de reserva, para
prover segurança necessária, cada conjunto elevatório terá capacidade de captar
474,66 L/s, ou seja, a capacidade total do sistema de captação será de 949,32 L/s,
atendendo a demanda de fim de plano tanto para o cenário de referência quanto
para o cenário pessimista apresentado na Tabela 15.
Segundo esse estudo o tratamento da água bruta será realizado por uma nova ETA
convencional, a ser locada próximo à lagoa Aruá, no município de Mata de São
João, será composta por floculadores, decantadores, filtros e casa de química, com
capacidade de tratamento de 1.000 L/s.
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O estudo também prevê a instalação de novas quatro estações elevatórias que
auxiliaram no processo de adução até os reservatórios de distribuição realizado
atualmente por cinco estações elevatórias, totalizando-se nove estações para fim de
plano.
No que tange ao centro de reservação, todos os reservatórios existentes serão
aproveitados, visto que apresentam um bom estado de conservação, dezenove
novos reservatórios serão implantados para atender a demanda do volume de
reservação necessário para fornecer segurança ao abastecimento.
Segundo a Embasa (2016), o volume atual dos doze reservatórios de distribuição do
SIAA Barra do Pojuca é de 3.635 m³, os quais não são suficientes para atender a
demanda da produção necessária para início de planejamento que é de 4.224 m³. A
partir da implantação dos novos dezenove reservatórios, o volume de reservação
será ampliado para 27.485 m³, o que atende à necessidade tanto para o cenário de
referência quanto para o Cenário 3.
Para atender ao cenário de referência, objetivo de universalizar o abastecimento de
água do município, o sistema de distribuição deverá ser melhorado e ampliado, para
tanto, novas tubulações devem ser instaladas para atendimento das residências que
não são atendidas atualmente e das que virão a ser instaladas na área de
abrangência do sistema.
A Figura 16 apresenta o croqui da alternativa selecionada de ampliação do SIAA
Barra do Pojuca, sendo que o que está em azul é o que será implantado, o que está
em laranja são as estruturas já existentes e o que está em vermelho é o que será
desativado
Como citado anteriormente, faz-se necessário alcançar as metas estabelecidas no
cenário de referência mesmo com todas as ampliações e implantações previstas
pela Embasa, uma vez que caso não sejam alcançadas haverá um maior impacto
ambiental e maiores investimentos por conta do maior volume a ser captado e
tratado para atender a demanda, principalmente quando se trata de ETA
convencional, onde os custos com o tratamento é relativamente mais elevado
quando comparado ao tratamento simplificado como ocorre nos demais sistemas.
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Figura 16 - Croqui do SIAA Barra do Pojuca, alternativa selecionada.
Fonte: Embasa, 2013.
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6.1.6 Sistema Simplificado de Abastecimento de Água Canto dos Pássaros
Este sistema simplificado de abastecimento de água atende a localidade de Canto
dos pássaros e os empreendimentos residenciais Caminho do Mar I, II e III do
Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV, foi implantado pela Cerb em 2013,
sendo a operação realizada pela Embasa desde 2014. A Figura 17 apresenta o
croqui desse sistema, o qual ilustra como ocorre a captação, reservação e
distribuição da água.
Figura 17 - Croqui SSA Canto dos Pássaros.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado da CERB, 2014.
Visando analisar a produção de água necessária para atender a 100% da área de
abrangência deste sistema, foi desenvolvida a Tabela 16, a qual leva em
consideração as hipóteses do cenário de referência, ressaltando que como o índice
de perdas desse sistema já é inferior à meta do Plansab considerou-se como
pertinente estabelecer uma redução de pelo menos 8%, ou seja, 25% em final de
plano. Em caráter comparativo e de alerta também é apresentada a Tabela 17, que
analisa a produção para o cenário mais pessimista, onde se elevam as perdas e
aumenta o consumo per capita.
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Tabela 16 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do SIAA Canto dos Pássaros considerando metas estabelecidas no Cenário 2.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana
(hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo Per
Capita
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Produção
Atual (L/s)
Capacidade
nominal da
ETA (L/s)
2014 4682 96,0 4495 72,3 3,8 4,6 32,8 5,1 6,1 14,6 25,0
2015 4782 96,0 4.590 72,3 3,8 4,6 32,8 5,1 6,1 14,6 25,0
2016 4883 96,0 4.688 72,3 3,9 4,7 32,8 5,2 6,2 14,6 25,0
2017 4.986 96,4 4.809 72,3 4,0 4,8 32,4 5,3 6,4 14,6 25,0
2018 5.092 96,9 4.933 72,3 4,1 5,0 31,9 5,4 6,5 14,6 25,0
2019 5.200 97,3 5.060 72,3 4,2 5,1 31,5 5,6 6,7 14,6 25,0
2020 5.310 97,8 5.191 72,3 4,3 5,2 31,1 5,7 6,8 14,6 25,0
2021 5.423 98,2 5.325 72,3 4,5 5,3 30,6 5,8 7,0 14,6 25,0
2022 5.538 98,6 5.463 72,3 4,6 5,5 30,2 6,0 7,1 14,6 25,0
2023 5.655 99,1 5.604 72,3 4,7 5,6 29,8 6,1 7,3 14,6 25,0
2024 5.775 100,0 5.775 72,3 4,8 5,8 29,4 6,3 7,5 14,6 25,0
2025 5.898 100,0 5.898 72,3 4,9 5,9 29,0 6,4 7,6 14,6 25,0
2026 6.023 100,0 6.023 72,3 5,0 6,0 28,6 6,5 7,8 14,6 25,0
2027 6.150 100,0 6.150 72,3 5,1 6,2 28,2 6,6 7,9 14,6 25,0
2028 6.281 100,0 6.281 72,3 5,3 6,3 27,9 6,7 8,1 14,6 25,0
2029 6.414 100,0 6.414 72,3 5,4 6,4 27,5 6,8 8,2 14,6 25,0
2030 6.550 100,0 6.550 72,3 5,5 6,6 27,1 7,0 8,4 14,6 25,0
2031 6.689 100,0 6.689 72,3 5,6 6,7 26,8 7,1 8,5 14,6 25,0
2032 6.831 100,0 6.831 72,3 5,7 6,9 26,4 7,2 8,7 14,6 25,0
2033 6.975 100,0 6.975 72,3 5,8 7,0 26,0 7,4 8,8 14,6 25,0
2034 7.123 100,0 7.123 72,3 6,0 7,1 25,7 7,5 9,0 14,6 25,0
2035 7.274 100,0 7.274 72,3 6,1 7,3 25,3 7,6 9,2 14,6 25,0
2036 7.428 100,0 7.428 72,3 6,2 7,5 25,0 7,8 9,3 14,6 25,0
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
Atual
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Tabela 17 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura do SIAA Canto dos Pássaros, considerando metas estabelecidas no Cenário 3
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Urbana
(hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Urbana
Atendida
(hab)
Consumo Per
Capita
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
Produção
Atual (L/s)
Capacidade
nominal da
ETA (L/s)
2014 4682 96,0 4495 72,3 4,0 4,8 32,8 5,3 6,3 14,6 25,0
2015 4782 96,0 4.590 74,7 4,0 4,8 32,8 5,3 6,3 14,6 25,0
2016 4883 96,0 4.688 77,2 4,2 5,0 32,8 5,6 6,7 14,6 25,0
2017 4.986 96,4 4.809 79,8 4,4 5,3 33,8 5,9 7,1 14,6 25,0
2018 5.092 96,9 4.933 82,5 4,7 5,7 34,8 6,4 7,6 14,6 25,0
2019 5.200 97,3 5.060 85,3 5,0 6,0 35,9 6,8 8,2 14,6 25,0
2020 5.310 97,8 5.191 88,2 5,3 6,4 37,0 7,3 8,7 14,6 25,0
2021 5.423 98,2 5.325 91,2 5,6 6,7 38,2 7,8 9,3 14,6 25,0
2022 5.538 98,6 5.463 94,2 6,0 7,2 39,3 8,3 10,0 14,6 25,0
2023 5.655 99,1 5.604 97,4 6,3 7,6 40,5 8,9 10,7 14,6 25,0
2024 5.775 100,0 5.775 100,7 6,7 8,1 41,8 9,5 11,5 14,6 25,0
2025 5.898 100,0 5.898 104,1 7,1 8,5 43,1 10,2 12,2 14,6 25,0
2026 6.023 100,0 6.023 107,6 7,5 9,0 44,4 10,8 13,0 14,6 25,0
2027 6.150 100,0 6.150 111,3 7,9 9,5 45,7 11,5 13,9 14,6 25,0
2028 6.281 100,0 6.281 115,0 8,4 10,0 47,1 12,3 14,8 14,6 25,0
2029 6.414 100,0 6.414 118,9 8,8 10,6 48,6 13,1 15,7 14,6 25,0
2030 6.550 100,0 6.550 122,9 9,3 11,2 50,1 14,0 16,8 14,6 25,0
2031 6.689 100,0 6.689 127,1 9,8 11,8 51,6 14,9 17,9 14,6 25,0
2032 6.831 100,0 6.831 131,4 10,4 12,5 53,2 15,9 19,1 14,6 25,0
2033 6.975 100,0 6.975 135,8 11,0 13,2 54,8 17,0 20,4 14,6 25,0
2034 7.123 100,0 7.123 140,4 11,6 13,9 56,5 18,1 21,7 14,6 25,0
2035 7.274 100,0 7.274 145,1 12,2 14,7 58,3 19,3 23,2 14,6 25,0
2036 7.428 100,0 7.428 150,0 12,9 15,5 63,8 21,1 25,3 14,6 25,0
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
Atual
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De acordo com a Embasa (2016), a produção atual de água do SSA Canto dos
pássaros é de 14,55 L/s, por meio da análise da projeção da demanda necessária
para o Cenário de Referência (Tabela 16), é possível inferir que essa produção atual
é capaz de atender o sistema até o ano de 2036, cuja demanda é 9,32 L/s, desta
maneira, não serão necessárias ampliações nas infraestruturas de captação e
tratamento.
Este sistema utiliza um poço cuja vazão de captação é de 27,5 L/s, este poço
apresenta bom estado de conservação, entretanto, não possui placas de advertência
de perigo, tubulação auxiliar, destinada a medir os níveis de água e laje de proteção
direta, os quais devem ser implantados. É pertinente mencionar que segundo a
Embasa (2016) recentemente foi perfurado um novo poço que ampliará a produção
de água deste sistema, porém, ainda não é possível disponibilizar dados referentes
ao incremento de vazão que será obtido com a operação do mesmo, pois a
prestadora ainda está aguardando relatório do teste de bombeamento e outras
informações necessárias ao dimensionamento do conjunto motor-bomba (CMB) a
ser instalado para captação da água.
A água captada é tratada por meio de desinfecção com pastilhas de cloro e
armazenada em dois reservatórios de 20 m³ cada, contudo, foi determinado por
meio de cálculo que para fornecer segurança e regularidade ao abastecimento,
levando em consideração a demanda de início e fim de plano, o centro de
reservação deveria ter uma capacidade mínima de 133 e 215 m³, respectivamente,
portanto, os reservatórios atuais necessitam serem ampliados com urgência, afim de
fornecer regularidade ao abastecimento.
Almejando a universalização do abastecimento, novas ampliações serão
necessárias na rede de distribuição visando atender aos domicílios não atendidos
atualmente e aos que serão implantados futuramente.
Todavia, se medidas estruturais e estruturantes não forem adotadas como discutido
anteriormente, a produção atual pode não ser suficiente para atender à demanda
necessária já para o ano de 2028, como pode ser visualizado na Tabela 17 sendo
necessárias ampliações nas infraestruturas de tratamento e reservação, ou seja,
maiores custos para a realização destas obras.
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6.2 Alternativas Técnicas para Atendimento da Demanda da Zona Rural
Conforme visto no Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de
Água, na área rural do município de Camaçari encontram-se os maiores déficits de
abastecimento de água via rede geral, uma pequena parcela da população rural que
reside na área de abrangência dos sistemas da Embasa é abastecida por esses,
outra pequena parcela é atendida por sistemas alternativas implantados pela Cerb,
que apresentam problemas frequentes nas infraestruturas. Dessa forma, a maioria
da população rural, que reside em áreas dispersas são abastecidas por soluções
alternativas, sejam coletivas ou individualizadas, sem nenhuma garantia de que a
água não oferece risco a saúde. O Quadro 14 apresenta a projeção de demandas
para a área rural do município de Camaçari, utilizando como base o cenário de
referência com os mesmos indicadores que foram utilizados para a zona urbana,
cujos critérios foram: índice de atendimento calculado com os dados do IBGE
(2010), universalização do atendimento com garantia de água potável estimada em
final de plano; consumo per capita e índice de perdas utilizou-se o dado do Sistema
de Canto dos Pássaros, uma vez que este sistema é o mais próximo da realidade
dos sistemas que podem ser adotados para abastecer essas áreas com déficits.
Observa-se que a demanda em início e fim de Plano para a população rural é de
cerca de 9 L/s e 30 L/s respectivamente, ou seja, relativamente baixa quando
comparado ao demais sistemas, exceto o de Canto dos Pássaros que atende uma
área menor.
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Tabela 18 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura da zona rural, considerando metas estabelecidas no Cenário 2.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Horizontes de
PlanejamentoAno
População
Rural (hab)
Índice de
Atendimento
(%)
População
Rural
Atendida
(hab)
Consumo Per
Capita
(L/hab.dia)
Demanda
(L/s)
Demanda
Máxima
(K1) (L/s)
Índice de
Perdas
(%)
Produção
Necessária
(L/s)
Produção
Necessária
(K1) (L/s)
2014 13507 43,0 5808 80,0 5,5 6,6 32,8 7,3 8,8
2015 13793 43,0 5.931 80,0 5,5 6,6 32,8 7,3 8,8
2016 14086 43,0 6.057 80,0 5,6 6,7 32,8 7,4 8,9
2017 14.384 44,9 6.452 80,0 6,0 7,2 32,4 7,9 9,5
2018 14.689 46,8 6.873 80,0 6,4 7,6 31,9 8,4 10,1
2019 15.001 48,8 7.321 80,0 6,8 8,1 31,5 8,9 10,7
2020 15.319 50,9 7.798 80,0 7,2 8,7 31,1 9,5 11,4
2021 15.644 53,1 8.307 80,0 7,7 9,2 30,6 10,0 12,1
2022 15.975 55,4 8.849 80,0 8,2 9,8 30,2 10,7 12,8
2023 16.314 57,8 9.426 80,0 8,7 10,5 29,8 11,3 13,6
2024 16.660 60,3 10.040 80,0 9,3 11,2 29,4 12,0 14,4
2025 17.013 62,9 10.695 80,0 9,9 11,9 29,0 12,8 15,3
2026 17.374 65,6 11.393 80,0 10,5 12,7 28,6 13,6 16,3
2027 17.742 68,4 12.136 80,0 11,2 13,5 28,2 14,4 17,3
2028 18.118 71,3 12.927 80,0 12,0 14,4 27,9 15,3 18,4
2029 18.502 74,4 13.770 80,0 12,8 15,3 27,5 16,3 19,5
2030 18.894 77,6 14.668 80,0 13,6 16,3 27,1 17,3 20,7
2031 19.295 81,0 15.625 80,0 14,5 17,4 26,8 18,3 22,0
2032 19.704 84,5 16.644 80,0 15,4 18,5 26,4 19,5 23,4
2033 20.122 88,1 17.729 80,0 16,4 19,7 26,0 20,7 24,8
2034 20.548 91,9 18.885 80,0 17,5 21,0 25,7 22,0 26,4
2035 20.984 95,9 20.117 80,0 18,6 22,4 25,3 23,3 28,0
2036 21.429 100 21.429 80,0 19,8 23,8 25,0 24,8 29,8
Curto Prazo
Médio Prazo
Longo Prazo
Atual
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Para as áreas já atendidas pelo prestador do serviço mediante a adoção de
cobrança de tarifas que visam garantir a sustentabilidade da prestação do serviço, é
de fundamental importância a realização com frequência de reuniões, palestras e
campanhas esclarecedoras, estreitando a relação entre prestador e usuário cidadão,
visando assim combater os potenciais conflitos e principalmente ligações
clandestinas.
Para a parcela restante da população rural, podem ser adotadas alternativas
descentralizadas que podem ser do tipo coletiva, quando da existência de alguns
aglomerados, ou do tipo individual quando destinada exclusivamente a um domicílio.
Nas localidades rurais aglomeradas onde já existe rede de distribuição de água
através de sistemas simplificados construídos por órgãos governamentais ou pelos
próprios moradores, a exemplo da localidade Estrada de Maracaiúba atendida pelo
SSAA Estrada de Maracaiúba, e das localidades de Lagoa Seca, Cancelas, Baratas,
Cajazeiras do Visconde e Santo Antônio, atendidas pelo SIAA Lagoa Seca; ambos
implantados pela Cerb, a solução é fazer as adequações necessárias nos sistemas
simplificados existentes, como ampliação de redes, construção de reservatórios,
além de garantir o tratamento adequado visando atender essa população com água
de qualidade e em quantidade suficiente para suprir suas necessidades básicas,
além das manutenções, como limpeza da área das infraestruturas, pintura dos
equipamentos, como bombas e poço, entre outras.
Nas localidades aglomeradas que ainda não possuem abastecimento de água,
recomenda-se a elaboração e implantação de projetos de sistemas simplificados
com captação subterrânea, visto que o município é privilegiado em termos de oferta
hídrica, tanto subterrânea como superficial, entretanto a subterrânea é preferível em
virtude da melhor qualidade da água, exigindo na maioria das vezes apenas a etapa
de desinfecção, com isso evita-se custos significativos com o tratamento, podendo
cobrar do usuário uma tarifa mais módica a sua condição financeira. Um exemplo
claro disso é a localidade de Pião Manso, localizada relativamente perto a sede
municipal, onde já foi perfurado um poço pela Cerb, necessitando, portanto, da
implementação das demais infraestruturas, a saber: adução, tratamento, reservação
e distribuição.
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Nesse contexto, a empresa que possui a concessão do serviço de abastecimento de
água, no caso de Camaçari, a Embasa, pode passar a operar esses sistema após
sua construção, desde que este esteja de acordo aos seus padrões técnicos, afim
de evitar transtornos futuros, inclusive deve ser esclarecido com a população desde
a fase de concepção do projeto a necessidade da cobrança de tarifa pelo serviço
prestado, sempre observando o princípio da modicidade tarifária, com o objetivo de
assegurar a sustentabilidade do sistema, de modo que a água produzida apresente
qualidade satisfatória e quantidade compatível com as necessidades da população
durante o período de projeto para o qual será construído.
Em comunidades, onde as residências são isoladas, não sendo viável a implantação
soluções alternativas coletivas, recomenda-se a adoção de soluções individuais,
como captação de água de chuva, captação em nascentes ou poços, com
canalização interna conforme prevê o Plansab, como soluções adequadas ao
abastecimento.
Como o município de Camaçari é privilegiado em termos de oferta hídrica
principalmente subterrânea devido a sua boa qualidade, além dos índices
pluviométricos serem significativos, pode-se utilizar para atender as demandas
desses domicílios tanto a água de chuva quanto a água advinda de poços, desde
que seja comprovada por meio de análises dos parâmetros recomendados pela
Portaria 2.914/11 a qualidade compatível com o uso previsto.
A adoção da captação de água com armazenamento em cisternas/reservatórios
para o abastecimento contribui para um maior aproveitamento das águas e maior
redução na utilização de energia. Entretanto, deve ser realizada conforme alguns
procedimentos básicos construtivos – existência de área de captação, calhas e
tubulações, tanque de armazenamento, tratamento da água e forma de distribuição
– e procedimentos operacionais – descarte nos primeiros minutos de chuva. Todos
esses cuidados visam obter água em boas condições de consumo de acordo com o
uso destinado.
Oportunamente, vale destacar que a captação de água de chuva além de ser uma
fonte alternativa para área rural, pode ser encarada também como um tipo de
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tecnologia que oportuniza o aproveitamento das águas de chuva para usos menos
nobres nas áreas urbanas atendidas pelo prestador do serviço, a exemplo da
irrigação de plantas, lavagem de roupas, limpeza de veículos. Além dessa
contribuição voltada para o abastecimento de água, a utilização da técnica de
retenção das águas de chuva no próprio terreno, colabora na redução da
contribuição das águas oriundas dos lotes impermeabilizados nos sistemas públicos
de drenagem que, a longo prazo, pode significar um grande benefício para o
município, conforme será detalhado nas alternativas técnicas referente a
componente drenagem urbana e manejo de águas pluviais.
Por se tratarem de localidades isoladas onde provavelmente não há problemas com
a qualidade do ar, será necessária apenas a desinfecção simplificada, que pode ser
realizada pela própria população local, a qual deverá receber o treinamento e o
produto desinfetante, que normalmente é hipoclorito de sódio.
Em relação os poços estes devem ser construídos com base nas Normas técnicas
correlatas, através de consultoria de profissional/empresa qualificada, afim de evitar
riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Segundo o geólogo Renato Bidóia,
inspetor do CREA-PR de Umuarama, os riscos mais comuns à saúde humana e ao
meio ambiente decorrentes da má utilização dos poços são o super bombeamento
(poço sem projeto e previsão de consumo incompatível com a obra executada), a
contaminação do aquífero por infiltração de água contaminada ou agentes
contaminantes que podem se infiltrar do poço para camadas mais profundas e o
consumo de água contaminada por coliformes, outras bactérias ou mesmo graxa
adicionada aos revestimentos e tubulação da bomba pelo perfurador, ocasionando
enfermidades diversas de difícil diagnóstico médico (CREA Paraná, 2012).
O geólogo lembra que, tanto em áreas urbanas quanto rurais, é importante que os
poços sejam bem construídos, sobretudo com a colocação da laje de proteção
sanitária (preenchimento do espaço anelar existente entre barranco da perfuração e
o tubo de revestimento do poço). Conforme recomendação, essa cimentação deve
ser feita nos últimos 20 metros superiores (após a colocação do pré-filtro) até a boca
do poço, evitando, assim, que fluidos contaminantes atinjam o buraco da perfuração
e desçam livremente até a água, contaminando a água do poço e do aquífero”.
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É válido destacar que a população que reside nas áreas rurais dispersas e ainda
não dispõem de fontes seguras de suprimento de água normalmente possuem
vulnerabilidade social, portanto é importante deixar explícito que é de
responsabilidade do poder público municipal, seja através de programas/projetos
federais, estaduais ou municipais fornecer todos os subsídios necessários para a
implementação dessas tecnologias.
Dentre essas alternativas técnicas propostas, permeia a vigilância da qualidade da
água, cujas atribuições no município de Camaçari são da Secretaria de Saúde -
Sesau por meio da Vigilância Sanitária e Ambiental. As atribuições deste órgão no
tocante a vigilância da qualidade da água de consumo humano devem constar de:
cadastramento e georreferenciamento de todas as soluções alternativas, sejam eles
coletivas ou individuais, realização de análise da água consumida conforme prevê
plano de amostragem, distribuição de produto para desinfecção da água das
soluções individuais, caso a análise da água bruta aponte que somente a
desinfecção é suficiente para a água ser considerada potável, palestras nas
localidades abordando temas como higienização e cuidados com os reservatórios de
armazenamento no domicilio, forma de aplicação do desinfetante, relação entre
saúde a consumo de água, entre outros.
Nesse sentido, a consolidação da vigilância da qualidade da água para consumo
humano no âmbito da área de saneamento assume, entre outros, o duplo papel de
reforçar a exigência do controle por parte de quem produz e distribui a água, como
também de garantir o controle mínimo da qualidade da água consumida pela
população não atendida pelos sistemas coletivos.
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7. ALTERNATIVAS DE MANANCIAIS PARA ATENDER ÀS DEMANDAS
Para a oferta dos serviços de abastecimento de água potável, o principal desafio
está na disponibilidade de água no ambiente. Portanto, para conhecer os
mananciais do território municipal de Camaçari, realizou-se uma análise da
hidrografia e hidrogeologia identificando possíveis corpos d’águas superficiais e/ou
subterrâneos com potencial de abastecimento, conforme já foi apresentado
detalhadamente no Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de
Água.
Dos mananciais superficiais analisados, o Rio Pojuca, atualmente utilizado para
captação do sistema de Barra do Pojuca, é o que possui melhor potencial para
captação, apesar da qualidade da água bruta apresentar fortes indícios de
contaminação por esgotos domésticos. Os demais mananciais superficiais – Rio
Jacuípe e Rio Joanes, ambos utilizados no município de Camaçari para atender
demandas do Polo Industrial – já estão saturados quantitativamente, além de serem
alvo de fortes pressões antrópicas que comprometem o uso de suas águas,
principalmente o Rio Joanes.
No que concerne aos mananciais subterrâneos, o aquífero Recôncavo, utilizado
para captação em cinco sistemas da Embasa para suprir parte da demanda do Polo
Industrial, além de sistemas particulares, é o manancial que representa maior
potencial de atender as demandas do município, conforme foi demonstrado no
Produto 04.
De forma sucinta, as informações sobre a vazão demandada são apresentadas no
Quadro 14, enquanto a Tabela 19 traz o resumo da demanda sobre cada manancial
e a sua respectiva disponibilidade.
Quadro 14 - Vazão demandada e explorada em Camaçari/BA.
Tipo de abastecimento
Vazão demandada
(m³/s)
Vazão explorada (m³/s)
Aquífero São Sebastião
Rio Pojuca Barragem de Santa Helena/
Joanes II
Barragem de Santa Helena
2016 2036 2016 2036 2016 2036 2016 2036 Humano 1,52 2,06 1,30 1,77 0,23 0,29 - - Industrial 2,43 3,82 1,79 1,91 0,00 0,00 0,64 1,92
Total 3,95 5,89 3,09 3,68 0,23 0,29 0,64 1,92
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
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Cabe reforçar que a demanda para abastecimento humano é somatório da
solicitação de todos os sistemas da Embasa, além da demanda para atender à
população rural, ambas calculadas com base no cenário de referência. Em relação à
demanda industrial, em fim do horizonte de planejamento, considerou-se o
somatório:
i. da capacidade máxima (0,06 m³/s) do sistema da empresa Ford, visto que não
estão previstas ampliações;
ii. da capacidade máxima (2,47 m³/s) da Unidade de tratamento de Água - UTA
da Distribuidora de Água de Camaçari - DAC, de propriedade da Cetrel, visto
que segundo informações dessa empresa não estão previstas ampliações nas
infraestruturas da UTA nos próximos 20 anos, apenas ampliação da captação
em poços para 2.000m³/h e com isso diminuir a demanda de água superficial,
atualmente comprada da Embasa;
iii. das vazões (1,30 m³/s) outorgadas pelo Inema em Camaçari para
abastecimento industrial.
Tabela 19 - Disponibilidade hídrica por manancial.
Manancial Vazão a ser explorada
em 2036 (m³/s) Disponibilidade hídrica
(m³/s) Resultado
Aquífero São Sebastião 3,68 6,00 2,32
Rio Pojuca 0,29 4,55 4,26
Barragem de Santa Helena 1,92 7,0(1) 5,08
TOTAL 5,89 17,55 11,66 (1) Como a capacidade de vazão na BSH é variável ao longo dos meses do ano, considerou-se o período mais crítico que se refere ao mês de fevereiro.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2015.
Observa-se, pois, que os atuais mananciais utilizados para suprimentos das
demandas do município de Camaçari - BA, também representam os potenciais para
atender às demandas no horizonte de planejamento de 20 anos, logo conclui-se que
cada sistema de abastecimento de água poderá continuar a ser suprido pelos
mesmos mananciais utilizados atualmente.
Diante do que foi apresentado, é importante destacar que, apesar do município de
Camaçari possuir disponibilidade hidrica suficiente para atender às demandas
futuras, se forem mantidos os mesmos padrões atuais de perdas, necessitará de
grandes investimentos em obras estruturais (como perfuração de novos poços,
ampliação da capacidade das estações de tratamento, reservatórios, entre outras)
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que não foram previstos, uma vez que o cenário de referência adotado estima a
redução das perdas. Logo, espera-se que o municipio, unindo esforços da
população, do poder publico municipal e estadual, assim como a prestadora de
serviços caminhe em uma nova direção que vem sendo apontada por especialistas,
como redução das perdas através de medidas estruturais e estruturantes, redução
do consumo per capita, reúso de águas cinzas, captação de água de chuva,
proteção dos mananciais através de ações de preservação e recuperação das matas
ciliares, entre outros, onde esse conjunto de ações resultará em uma menor
demanda e sobrecarga sobre os recursos hidricos.
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8. ÁREAS DE INTERESSE PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Em Camaçari, conforme foi apresentado no Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços
de Abastecimento de Água e no item anterior, os principais mananciais destinados
ao abastecimento estão nas bacias hidrográficas dos rios Joanes, Jacuípe e Pojuca
e principalmente no aquífero São Sebastião ao qual foi identificado com capacidade
de atendimento das demandas. Porém, é importante que sejam analisados alguns
fatores contributivos para o uso e a exploração desses recursos naturais.
Um rio origina-se a partir do momento que as águas subterrâneas são expelidas ou
afloram para a superfície, desse modo vão se acumulando formando um olho-
d’água. A formação de uma rede hidrográfica constitui todos os cursos, superficiais e
subterrâneos e nascentes integrados a esse olho-d’água, sendo que, por se tratar de
um sistema, toda a intervenção que ocorra dentro deste ciclo hidrológico pode
comprometer a qualidade e a quantidade da água disponível para os diferentes
usos, inclusive a destinada ao abastecimento humano.
Na zona urbana de Camaçari, um importante fator de acesso a água em quantidade
e qualidade diz respeito à manutenção e à ampliação dos sistemas de
abastecimento de água bem como da disponibilidade hídrica do manancial.
Diferentemente da população urbana, que tem sido atendida por sistemas de
abastecimento público, a população rural, pelo seu caráter disperso, encontra
dificuldades práticas de acesso à água através de rede pública.
A principal alternativa encontrada para o abastecimento das vilas e dos povoados
situadas na zona rural tem sido a perfuração de poços e por essa razão é importante
que sejam identificadas as posições e assim preservar o entorno dos poços por meio
das exigências de leis que proíbem a concentração de poços em locais próximos por
conta da preocupação com a degradação promovida pela exploração descontrolada.
Em relação às bacias hidrográficas, o ideal é que sejam protegidas, para que
continuem produzindo água com qualidade e em quantidade suficiente para atender
aos usos múltiplos. Para conservar as nascentes é preciso cuidar do local onde elas
surgem, protegendo o seu entorno do acesso direto das pessoas e animais de
criação, num raio mínimo de 50 metros (MMA, 2014).
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Ou seja, para o abastecimento de água os cidadãos devem recorrer não diretamente
a nascente, que como é prescrito por lei deve estar protegida, mas sim as áreas
confinadas ou de ressurgência que possuem uma água doce, e que pode ser
utilizada para finalidades domésticas diversas. Sendo assim, as áreas de
ressurgência e as nascentes (APÊNDICE B - MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE
INTERESSE AO ABASTECIMENTO DE ÁGUA são qualificadas como elementos
cruciais para o abastecimento de água. É, pois, de suma importância a sua
conservação para que não haja impacto em todo sistema que compreende o ciclo
das águas do município. Dois cuidados a essas áreas podem ser aqui apresentados
(BRAGA, 2009):
i. cuidar do bom uso do solo nas áreas mais distantes do ponto
da nascente, nas terras mais altas, facilitando a infiltração da
água e evita a erosão do solo, sobretudo na chamada área de
contribuição para a sua formação – o que promove uma melhor
produção de água nas nascentes situadas a jusante;
ii. considerar a vazão ecológica, pois, na estratégia de
conservação das nascentes é importante compreender que,
como elas alimentam os riachos, suas águas não podem ser
totalmente consumidas pelo proprietário, uma vez que tal ação
prejudicará o uso pelos demais agricultores a jusante e poderá
inviabilizar a própria saúde da microbacia por ela formada,
além de afetar a bacia hidrográfica como um todo
Uma outra importante área a ser protegida para o abastecimento de água em
quantidade e qualidade diz respeito às matas ciliares e florestas fechadas integradas
a cursos d’água ou represas (APÊNDICE B - MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE
INTERESSE AO ABASTECIMENTO DE ÁGUA, pois estas funcionam como um filtro
natural impedindo que os agroquímicos cheguem em concentrações elevadas ao
corpo hídrico, seguram o solo e os adubos que, na sua ausência, acabam
contribuindo para o assoreamento dos mananciais e consequente perda da sua
capacidade de armazenamento. Essas matas também funcionam como grandes
“esponjas” que absorvem a água quando chove e vão soltando-a lentamente nos
mananciais durante vários dias. Parte dessa água retida vai para o lençol freático
que abastece as nascentes, bicas e poços.
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A água precisa de tempo para penetrar no solo e chegar no lençol freático. Sem a
mata ciliar, a água corre por cima da terra em grande velocidade e chega
rapidamente ao rio, causando as enxurradas e enchentes (MMA, 2014) que podem
originar em processos erosivos e consequentemente o assoreamento de corpos
hídricos superficiais.
Em relação as matas ciliares, os seus valores do ponto de vista do interesse de
diferentes setores de uso da terra são bastante conflitantes: para o pecuarista,
representam obstáculo ao livre acesso do gado à água; para a produção florestal,
representam sítios bastante produtivos, onde crescem árvores de alto valor
comercial; em regiões de topografia acidentada, proporcionam as únicas alternativas
para o traçado de estradas; para o abastecimento de água ou para a geração de
energia, representam excelentes locais de armazenamento de água visando
garantia de suprimento contínuo (BREN, 1993).
Sob a ótica da hidrologia, levando em conta a integridade do sistema que compõe
toda a microbacia hidrográfica, as matas ciliares ocupam as áreas mais dinâmicas
da paisagem, tanto em termos hidrológicos, como ecológicos e geomorfológicos.
Estas áreas têm sido chamadas de zonas ripárias (MORING et al., 1985).
A zona ripária está intimamente ligada ao curso d'água, mas os seus limites não são
facilmente demarcados. Em tese, os limites laterais se estenderiam até o alcance da
planície de inundação. Todavia, os processos físicos que moldam continuamente os
leitos dos cursos d'água, que vão desde intervalos de recorrência curtos das cheias
anuais, até fenômenos mais intensos das enchentes decenais e seculares, impõem,
também, a necessidade de se considerar um padrão temporal de variação da zona
ripária (GREGORY et al., 1992).
O limite a montante, por exemplo, seria a nascente, mas durante parte do ano a
zona saturada da microbacia se expande consideravelmente, o que implica na
necessidade de se considerar também as áreas côncavas das cabeceiras (stream-
head hollows) como parte integrante da zona ripária.
Do ponto de vista ecológico, as zonas ripárias têm sido consideradas como
corredores extremamente importantes para o movimento da fauna ao longo da
paisagem, assim como para a dispersão vegetal. Além das espécies tipicamente
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ripárias, nelas ocorrem também espécies típicas de terra firme, e as zonas ripárias,
desta forma, são também consideradas como fontes importantes de sementes para
o processo de regeneração natural (TRIQUET et al., 1990), (GREGORY et al.,
1992).
Esta função ecológica já é, sem dúvida, razão suficiente para justificar a
necessidade da conservação das zonas ripárias para a preservação dos mananciais
responsáveis pelo abastecimento de água. A isto, deve-se somar a função
hidrológica das zonas ripárias na manutenção da integridade da microbacia
hidrográfica, representada por sua ação direta numa série de processos importantes
para a estabilidade da microbacia, para a manutenção da qualidade e da quantidade
de água, o que rebate diretamente na manutenção do próprio sistema de
abastecimento de água.
É importante salientar que tem sido demonstrado que a recuperação da vegetação
ciliar contribui para com o aumento da capacidade de armazenamento da água na
microbacia ao longo da zona ripária, o que contribui para o aumento da vazão na
estação seca do ano.
Esta constatação permite concluir que a destruição da mata ciliar pode, a médio e
longo prazos, pela degradação da zona ripária diminuir a capacidade de
armazenamento da microbacia e, consequentemente, a vazão na estação seca
(ELMORE & BESCHTA, 1987).
O efeito direto da mata ciliar na manutenção da qualidade da água da microbacia
tem sido demonstrado com mais facilidade em diversos experimentos. Esta função
da zona ripária é, sem dúvida, de aplicação prática imediata para o manejo de
microbacias (KUNKLE, 1974).
Nessa direção, com o objetivo de identificar as áreas que compõem as zonas
Ripárias, foram analisadas as imagens de satélite e definido o raio de localização
das áreas onde estão situadas.
A partir dos resultados obtidos, foi possível realizar o mapeamento da Área de
Preservação Permanente - APP situados na zona urbana do município, onde pode-
se observar o estado de conservação das áreas de matas ciliares e nascentes, nas
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quais estão situados diversos empreendimentos imobiliários sendo que se apresenta
de forma muita rarefeita a vegetação de matas ciliares.
O gerenciamento dos usos dos recursos subterrâneos proporciona benefícios
econômicos. Segundo Rebouças (1996), estima-se que os investimentos realizados
são amortecidos num prazo de apenas um terço da vida útil média dos poços que
foram construídos com tecnologia adequada. Isto implica na solução dos problemas
resultantes da baixa eficiência das concessionárias do abastecimento público de
água, tal como as frequentes faltas de água ou racionamentos. As águas
subterrâneas encontram-se naturalmente melhor protegidas do que as superficiais.
No entanto, ocorrendo problemas de poluição, a recuperação ao estado anterior é
bastante difícil. Assim, surge a necessidade de assegurar a proteção, restringindo os
usos inadequados que possam comprometer os aquíferos, salvaguardando a
qualidade de suas águas.
Deste modo, foram elaborados mapeamentos apresentados no Apêndice B, o qual
constitui um esboço das principais áreas de interesse ao abastecimento de água no
município de Camaçari, que dá subsídio na análise das áreas ocupadas pelo avanço
urbano ao qual deveriam estar constituídas apenas matas ciliares, propiciando assim
uma reflexão sobre quais as ações devem ser implantadas afim de aumentar a
capacidade do território em produzir água de qualidade.
8.1 Análise do mapeamento das Áreas de Interesse ao Abastecimento de
Água
Assim como será colocado na análise da condicionante drenagem urbana (Tomo IV
deste Produto 08), em relação ao abastecimento de água, as matas ciliares são de
fundamental importância a conservação e a proteção dos mananciais. Foram
espacializadas as faixas de APP do município, enquanto o seu uso e ocupação do
solo, assim como identificados as faixas de APP e os cursos dos afluentes dos rios
principais que foram identificados segundo a natureza dos seus regimes (perenes ou
intermitentes).
Visto que as margens dos afluentes são, sem dúvida, o principal aspecto a ser
reconsiderado no planejamento do saneamento de Camaçari, devido serem
defendidas por lei, enquanto Áreas de Proteção Permanente, como áreas que
devem ser direcionadas a recuperação através do plantio de vegetação nativa.
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As APPs referentes aos cursos hídricos localizados na sede municipal, no distrito de
Abrantes e em Monte Gordo foram delimitadas e posteriormente foram mensuradas
conforme diretrizes apresentadas no novo código florestal (Figura 18), os somatórios
totais, em hectare, referente a cada distrito encontram-se apresentadas na Tabela
20.
Figura 18 - Faixa de APP segundo o Novo Código Florestal.
Fonte: MMA, 2016.
Tabela 20 - Área enquadrada por lei como APP em Camaçari/BA.
Distrito APP dos Rios (hectare) APP das Nascentes (hectare)
Sede 9.058,11 41,51
Abrantes 5.270,60 37,59
Monte gordo 9.308,30 54,83
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Foi observado, devido à complexa e rica rede hidrográfica do município, que as
faixas de APP não têm sido preservadas nas áreas urbanas, mas que grande parte
das nascentes localizadas fora do perímetro urbano ainda possuem a mata ciliar
defendida por lei. A preservação das nascentes é de crucial importância para a
manutenção da qualidade das águas existentes nos mananciais superficiais.
Essas áreas estão seriamente degradadas pela implementação da infraestrutura
urbana que compõe a cidade, sendo de difícil gestão o processo de recuperação
dessas matas ciliares, sobretudo pela presença de edificações e habitações em
geral nas margens dos córregos e riachos.
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As Áreas de Preservação Permanente foram instituídas pelo Código Florestal (Lei nº
12.651, de 25 de maio de 2012) e consistem em espaços territoriais legalmente
protegidos, ambientalmente frágeis e vulneráveis, podendo ser públicas ou privadas,
urbanas ou rurais, cobertas ou não por vegetação nativa. Entre as diversas funções
ou serviços ambientais prestados pelas APP, vale mencionar (BRASIL, s.d.):
i. A proteção do solo, prevenindo a ocorrência de desastres
associados ao uso e ocupação inadequados de encostas e topos
de morro;
ii. A proteção dos corpos d'água, evitando enchentes, poluição das
águas e assoreamento dos rios;
iii. A manutenção da permeabilidade do solo e do regime hídrico,
prevenindo contra inundações e enxurradas, colaborando com a
recarga de aquíferos e evitando o comprometimento do
abastecimento público de água em qualidade e em quantidade;
iv. A função ecológica de refúgio para a fauna e de corredores
ecológicos que facilitam o fluxo gênico de fauna e flora,
especialmente entre áreas verdes situadas no perímetro urbano e
nas suas proximidades,
v. A atenuação de desequilíbrios climáticos intra-urbanos, tais como
o excesso de aridez, o desconforto térmico e ambiental e o efeito
"ilha de calor".
A manutenção das APPs em meio urbano possibilita a valorização da paisagem e do
patrimônio natural e construído (de valor ecológico, histórico, cultural, paisagístico e
turístico). Esses espaços exercem, do mesmo modo, funções sociais e educativas
relacionadas com a oferta de campos esportivos, áreas de lazer e recreação,
oportunidades de encontro, contato com os elementos da natureza e educação
ambiental (voltada para a sua conservação), proporcionando uma maior qualidade
de vida às populações que residem na área urbana.
Os efeitos indesejáveis do processo de urbanização sem planejamento, como a
ocupação irregular e o uso indevido dessas áreas, tende a reduzi-las e degradá-las
cada vez mais. Isso causa graves problemas nas cidades e exige um forte empenho
no incremento e aperfeiçoamento de políticas ambientais urbanas voltadas à
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recuperação, manutenção, monitoramento e fiscalização das APP nas cidades, tais
como:
i. Articulação de estados e municípios para a criação de um
sistema integrado de gestão de Áreas de Preservação
Permanente urbanas, incluindo seu mapeamento, fiscalização,
recuperação e monitoramento;
ii. Apoio a novos modelos de gestão de APP urbanas, com
participação das comunidades e parcerias com entidades da
sociedade civil, e por fim;
iii. Definição de normas para a instalação de atividades de esporte,
lazer, cultura e convívio da população, compatíveis com a função
ambiental dessas áreas.
No que concerne a água subterrânea, a região de influência do Polo Industrial de
Camaçari (PIC) está inserida entre duas bacias hidrográficas – a bacia do rio Joanes
e a do rio Jacuípe - os quais apresentam modelos de fluxo variáveis e complexas
relações de carga e descarga com os aquíferos. Não só próximo a esta região, a
utilização da água subterrânea para fins de abastecimento humano e industrial vem
crescendo em escala acentuada e de forma desordenada em Camaçari,
principalmente nas áreas urbanas, podendo provocar prejuízos futuros que podem
ser de caráter irreversível para os sistemas aquíferos locais (SANTOS, 2010).
Como disposto no Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de
Água, foram identificadas áreas do município em que os estudos hidrogeológicos
apontaram um nível estático do lençol freático com profundidade menor que 5
metros (Figura 19), sendo aqui apresentadas como prioritárias para a preservação
do manancial aquífero devido a sua maior vulnerabilidade frente aos impactos
ambientais. Olhando pela ótica do abastecimento da população rural, a menor
profundidade é vista como ponto positivo, devido à maior facilidade para a
perfuração desses poços. Ratifica-se ainda que o georreferenciamento de tais
pontos é de crucial importância para a delimitação do uso e ocupação do solo, de
acordo as diretrizes indicadas para cada zona de proteção dos poços e em
conformidade ao cadastro realizado pelo CPRM, como se observa no Apêndice B.
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Figura 19 - Mapa representando a distribuição espacial do nível estático interpolado.
Fonte: SIAGAS/CPRM, 2014 e SEI, 2007.
Segundo Ciabatti & Lobo Ferreira (1994), nas zonas de proteção ao redor dos
poços, as atividades susceptíveis de contaminação são proibidas ou restringidas.
Neste propósito, estes autores definem três zonas de proteção, conforme pode-se
observar na figura abaixo.
Figura 20 - Zonas de proteção dos poços tubulares.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado de KRIJGSMAN &
LOBO FERREIRA, 2001.
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i. Zona de Proteção Imediata - zona contígua à captação. No seu interior é
proibida toda atividade e/ou instalações, exceto as relacionadas à
conservação, manutenção ou exploração da captação.
ii. Zona de Proteção Intermediária - área ao redor da zona de proteção
imediata. Tem como objetivo proteger o aquífero contra a poluição
microbiológica reduzindo ou eliminando a poluição antes de alcançar a
captação.
iii. Zona de Proteção Alargada - área ao redor da zona de proteção
intermediária. Nesta são proibidas atividades e/ou instalações capazes de
poluir os recursos subterrâneos com contaminantes persistentes, como
combinações orgânicas, substâncias radioativas, metais pesados,
hidrocarbonetos e nitratos, levando em conta a natureza do terreno, a
quantidade de contaminantes, como também o modo de emissão destes
contaminantes.
Por conseguinte, foram estabelecidas as dimensões de cada uma das três zonas
constituintes dos perímetros de proteção para o aquífero do tipo poroso e fissural,
conforme previsto na Tabela 21. A partir dessa tabela, foram traçadas as zonas de
proteção dos poços de Camaçari, as quais podem ser observados no Apêndice B.
Tabela 21 - Zona de Proteção por tipologia do aquífero.
Formações constituintes do sistema aquífero
Zona de proteção (metros)
Imediata Intermediária Alargada
Poroso São Sebastião 30 50 400
Fissural 60 140 50
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado de BARBOSA, 2007.
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9. AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA
O abastecimento de água para consumo humano destaca-se como a principal
atividade do saneamento básico, em termos de essencialidade quanto à
impossibilidade de funcionamento, donde se ratifica sua qualificação como direito
humano. No entanto, interrupções no abastecimento podem ocorrer por razões
diversas – algumas inevitáveis – como discorrido no Art. 40 da Lei Federal nº
11.445/07 e no Quadro 15 seguinte.
Quadro 15 - Causas e efeitos possíveis da interrupção do SAA.
Causa possível Efeito possível Ação corretiva possível
Ação sistemática Realização de manutenção/melhoria/ modificação preventiva no sistema
Emissão de comunicado prévio à população
Chuvas intensas Deslizamentos e movimentação do solo, com entupimento de tubulações; cheia do manancial, com ocorrência de inundação e comprometimento do funcionamento dos equipamentos; risco de contaminação do manancial pelo deflúvio oriundo da região urbanizada
Diálogo com órgãos de controle ambiental
Contratação de obras emergenciais para reparos nas instalações avariadas
Adequação da ETA à água afluente
Contaminação acidental dos mananciais
Alteração da qualidade da água, tornando-a imprópria ao consumo humano
Emissão de comunicado à população
Diálogo com órgãos de controle ambiental
Fluxo intenso de turistas na alta estação
Colapso no sistema, derivado da demanda crescente de consumo de água, reduzindo o volume de reservação
Execução de rodízio/racionamento do abastecimento
Controle da água reservada
Seca prolongada Comprometimento da vazão dos mananciais e redução do volume de água captado
Execução de rodízio/racionamento do abastecimento
Disponibilização de caminhões pipa para abastecimento emergencial
Controle da água reservada
Suspensão do fornecimento de energia elétrica
Paralização da captação, da adução e do tratamento de água bruta
Requerimento de gerador de emergência à prestadora de serviços de fornecimento de energia elétrica
Vandalismo e/ou sinistro
Necessidade de reparos/manutenção no sistema e/ou reposição de material
Acionamento da polícia
Execução de obras de reparo das instalações atingidas
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Incorre ainda que todas as etapas do sistema de abastecimento de água (captação,
tratamento, adução, distribuição e consumo de água potável) são vulneráveis às
contaminações acidentais ou mesmo intencionais, podendo causar a interrupção e a
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paralisação do sistema, além de colocar em risco a saúde e o bem-estar das
populações abastecidas. Nesse contexto, sabe-se que substâncias e compostos
diversos, dissolvidos ou em suspensão, bem como organismos patogênicos, podem
ser encontrados na água, cujas consequências são indicadas no Quadro 16.
Quadro 16 - Consequências da presença de substâncias, compostos e organismos na água.
Substâncias, compostos e organismos Consequências
Substâncias calcárias e magnesianas Alteram a dureza da água
Substâncias ferruginosas Alteram a cor e as características da água
Partículas finais do terreno Influenciam na turbidez da água
Substâncias laminadas (algas) Modificam o cheiro e sabor da água
Organismos patogênicos transmitidos pelo homem, (vírus, bactérias, protozoários e helmintos)
Causam doenças de contaminação fecal (cólera, disenteria bacilar, amebíase, febres tifoides e paratifoide, poliomielite, hepatite A, leptospirose, gastrenterites, etc.)
Vetores, cujo ciclo biológico, na fase larvar, ocorre na água
Transmitem doenças como malária, dengue, febre amarela, etc.
Poluentes químicos e radioativos, (esgotos industriais e de mineração, agrotóxicos, pesticidas, etc.)
Torna a água imprópria para o consumo
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado do PMSB - Imbituba/SC, 2012.
As doenças diagnosticadas deverão ser documentadas pelo município e notificadas
via sistemas de informações disponíveis no âmbito municipal, estadual e federal.
Adicionalmente, dever-se-á elaborar notas técnicas, com base nos dados recebidos,
para subsidiar uma divulgação ampla a órgãos de imprensa, população e serviços
de saúde. Também, na ocorrência de um surto epidêmico de doenças relacionadas
à água, sendo oficialmente constatado, deve-se proceder à investigação
epidemiológica minuciosa com o intuito de definir as principais causas do problema,
assim como os reservatórios de agentes infecciosos, os hospedeiros, as fontes de
infecção e os mecanismos de transmissão. Em contrapartida, quando o surto for
circunscrito a um pequeno foco, poder-se-á considerar que a contaminação da água
tenha ocorrido em cisternas e caixas d’água, as quais devem ser sempre vedadas,
de modo que funcionem como reservatórios estanques, e inspecionadas em
intervalos regulares para limpeza e desinfecção.
Em situações de escassez ou mesmo de contaminação dos recursos hídricos, a
depender de quão crítica seja a situação, será necessária a adoção de
racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos. Segundo o
Art. 46 da Lei Federal nº 11.445/07, o ente regulador poderá adotar mecanismos
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tarifários de contingência, com objetivo de cobrir custos adicionais afins, garantindo
o equilíbrio financeiro da prestação do serviço e a gestão da demanda. Nesse caso,
para suprir à quantidade mínima de água requerida, deve-se prover um
abastecimento emergencial, por meio de coleta de água tratada em pontos distantes
e transporte em carros pipas até os depósitos locais, sendo, por conseguinte,
distribuída para a população. É válido assinalar ainda que os pontos de suprimento
hídrico devem fornecer água de boa qualidade, cabendo sua desinfecção durante o
transporte.
Quanto às redes de distribuição, os riscos de contaminação da água, na tubulação,
por aquela existente no lençol freático estão sempre presentes, uma vez que há
redes de distribuição totalmente estanques. Logo, para que a água do lençol freático
adentre a tubulação danificada, é necessário que a pressão hidrostática do lençol
freático supere a da rede de distribuição, provocando, então, uma inversão do
gradiente de pressões – situação verificada em interrupções do fluxo de água
potável.
Quando a interrupção do fornecimento de água é consequência de falta de energia
elétrica, sistemas de geração autônoma de energia em elevatórias estratégicas
podem ser soluções viáveis. Os procedimentos a serem adotados, em caso de
acidente ou desastre, estão descritos a seguir:
i. colocar a rede novamente em condições de uso, no prazo mais curto possível;
ii. mapear soluções alternativas coletivas e individuais quanto a sua
vulnerabilidade;
iii. avaliar a situação de mananciais e bacias hidrográficas afetadas e que possam
ser usadas alternativamente para atender à população afetada;
iv. realizar diagnóstico da qualidade da água para consumo humano, o qual,
devido ao caráter emergencial, deverá priorizar as análises de cloro residual e
E. coli ou coliformes termotolerantes;
v. avaliar a necessidade de aumentar a concentração de cloro residual e elevar a
pressão do sistema de abastecimento de água;
vi. indicar a utilização de soluções alternativas de abastecimento, no caso de os
mananciais normalmente utilizados terem sidos contaminados por substâncias
perigosas;
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vii. utilizar das Unidades de Engenharia do Exército, as quais são equipadas com
aparelhagem portátil de filtração sob pressão e de cloração da água, detendo,
ainda, de todas as condições para apoiar os órgãos locais de Defesa Civil,
quando solicitado;
viii. monitorar, em conjunto com os órgãos/instituições de meio ambiente, o
processo de limpeza e recuperação de áreas afetadas por produtos químicos,
sempre fazendo uso de equipamentos de proteção individual para evitar
acidentes toxicológicos;
ix. na existência de áreas caracterizadas por contaminação química, restringir o
acesso por parte da população na área afetada, pois algumas substâncias
químicas reagem com a água e formam gases e vapores tóxicos, sem cor nem
odor, mais densos que o ar que se acumulam nas zonas baixas, onde as
pessoas respiram.
Por fim, o Quadro 17 adiante apresenta alternativas para evitar a paralisação do
sistema de água de acordo com sua ocorrência, origem e suas respectivas ações de
emergência e contingência.
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Quadro 17 - Alternativas para evitar a paralisação do sistema de abastecimento de água.
Ocorrência Origem Ações para emergência e contingência
Fa
lta
de
ág
ua
ge
ne
raliz
ad
a
Inundação na captação de água bruta danificando equipamentos e/ou estrutura
Verificação e adequação de plano de ação às características da ocorrência;
Interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica na ETA Comunicação à concessionária de energia elétrica;
Comunicação à população, instituições e autoridades;
Vazamento de cloro nas instalações de tratamento
Execução do Programa de Ação e Emergência do Cloro ou Plano de Ação do Incidente;
Descolamento de frota de caminhões tanque;
Qualidade inadequada da água dos mananciais Controle da água disponível nos reservatórios;
Realização de rodízio de abastecimento;
Ações de vandalismo Comunicação à polícia;
Reparo das instalações danificadas;
Fa
lta
de
ág
ua
pa
rcia
l
Deficiências de água nos mananciais em período de estiagem Verificação e adequação de plano de ação às características da ocorrência;
Interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água e em setores de distribuição
Comunicação à concessionária de energia elétrica;
Comunicação à população, instituições e autoridades;
Danificação de estruturas de reservatório e elevatórias de água tratada Reparo das instalações danificadas;
Descolamento de frota de caminhões tanque;
Rompimento de redes e linhas adutoras de água tratada Reparo das instalações danificadas;
Descolamento de frota de caminhões tanque;
Ações de vandalismo Comunicação à polícia;
Reparo das instalações danificadas.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado de PMISB - Florianópolis/SC, 2010.
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10. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
Neste capítulo, serão descritos os Programas, Projetos e Ações para a componente
“abastecimento de água”, definidos com base no diagnóstico (Produto 04 -
Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água) e no cenário de referência
apresentado previamente (Capítulo 5 do presente tomo). Logo, foram adotados os
princípios de equidade, universalidade, integralidade, intersetorialidade,
sustentabilidade, participação e controle social, previstos na Política Nacional de
Saneamento, incorporando a finalidade de promover:
i. a mitigação da poluição dos recursos hídricos;
ii. a redução da incidência / erradicação de doenças comuns em meios não
saneados, transmitidas pela água;
iii. a melhoria da qualidade e dos serviços de abastecimento de água;
iv. a redução da desigualdade do acesso à água potável, com provimento de
soluções adequadas à realidade da zona rural;
v. a coibição do mau uso dos recursos hídricos;
vi. a satisfação dos beneficiários do serviço;
vii. a melhoria da gestão e do gerenciamento municipal, no que tange à proteção
ambiental, à saúde coletiva e à equidade social.
Dessa maneira, foram definidos três eixos (Figura 21), que contemplam, cada um,
propostas adequadas à realidade do município e aos aspectos social, ambiental e
econômico, visando concretizar as aspirações do Plano de Saneamento Básico do
Município de Camaçari.
Figura 21 - Programas para o Abastecimento de Água de Camaçari – BA.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Ab
aste
cim
en
to d
e Á
gu
aA
ba
ste
cim
en
to d
e Á
gu
a
Gestão SustentávelGestão Sustentável
Recuperação, Preservaçao e Proteção dos MananciaisRecuperação, Preservaçao e Proteção dos Mananciais
Universalização do Abastecimento de ÁguaUniversalização do Abastecimento de Água
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Para auxiliar no entendimento dos programas a serem descritos nos próximos
tópicos, e com base nas informações expostas no Produto 04 - Diagnóstico dos
Serviços de Abastecimento de Água, foram elaborados cinco quadros (Quadro 18 a
22), onde se agrupam os problemas e os desafios do Serviço de Abastecimento de
Água em Camaçari, conforme sua caracterização (Figura 22).
Figura 22 - Sistematização dos problemas e desafios do SAA de Camaçari/BA.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Em tempo, deve-se prever o desenvolvimento de estratégias para minimização de
disparidades nos sistemas implantados pela Cerb em relação aos padrões técnicos
das normativas vigentes, bem como aos adotados pela Embasa (DO11), cabendo a
análise prévia dos projetos (aceitando-os somente após compatibilização) e a
fiscalização na etapa construtiva (pela Prefeitura, pela Cerb e pela Embasa), sem
olvidar do cumprimento dos seguintes artigos do Decreto Estadual 3.060/94:
Art. 15 - O abastecimento de água a partir de fonte própria de
abastecimento, em área de influência de sistemas da Embasa,
somente será permitido com autorização da concessionária.
[...]
Art. 21 - Os responsáveis por empreendimentos a serem
implantados nas áreas de influência do sistema de abastecimento de
água e de esgotamento sanitário, administrados pela Embasa,
deverão apresentar, à concessionária, para análise e aprovação,
os correspondentes projetos de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário, de acordo com as normas e padrões
estabelecidos pela Embasa. (grifo nosso)
Identificação dos problemas e desafiosIdentificação dos problemas e desafios
Meio AmbienteMeio Ambiente
PopulaçãoPopulação
OperaçãoOperação
SaúdeSaúde
InstituiçãoInstituição
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Quadro 18 - Agrupamento de problemas e desafios do Serviço de Abastecimento de Água de Camaçari/BA (tema: meio ambiente).
Categoria Problemas e Desafios do Serviço de Abastecimento de Água de Camaçari - BA Referência
Me
io A
mb
ien
te
Problemas
PM01 Porcentagem significativa (29%) de área antropizada em relação à área total da bacia, com registros de ocupação irregular em APP e remoção de mata ciliar.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 397, 405, 416, 431.
PM02 Inexistência de ações concretas, contínuas e integradas de educação ambiental. Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 430, 432.
PM03 Inexistência de banco de dados que possibilite o controle do manejo dos resíduos de agrotóxicos gerados.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 432.
PM04 Elevado déficit de cobertura por sistemas de esgotamento sanitário, abrangendo coleta e tratamento, com conseguinte lançamento de esgoto nas redes pluviais e nos corpos d'água, onde se destacam Rio Joanes, Rio Camaçari e Rio Pojuca.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 402, 421, 422, 432.
PM05 Elevado abastecimento por poços artesianos, sem autorização de perfuração, outorga de uso, cadastro e monitoramento da qualidade da água.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 267, 303.
PM06 Existência de fossas rudimentares, principalmente nos distritos de Abrantes e Monte Gordo.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 274, 275.
PM07 Vulnerabilidade da Bacia Joanes, com alto potencial de eutrofização, agravado pelo adensamento urbano e pela baixa cobertura por coleta, seguida de tratamento dos esgotos domésticos.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 402.
PM08 Vulnerabilidade do Rio Jacuípe, inserido no Complexo do Polo Industrial de Camaçari, cujas margens possuem cobertura vegetal pouco densa.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 406.
Desafios
DM01
Controle e ordenamento do uso e da ocupação do solo em consonância com a função socioambiental e as leis vigentes, mediante mapeamento, fiscalização, restrição de loteamentos sobre áreas de valor ambiental, recuperação de áreas verdes, relocação, quando possível, de comunidades cuja ocupação tenha se dado em APP, reurbanização e regularização fundiária.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 55-59, 61-63, 310, 431.
DM02 Desenvolvimento de ações participativas, estratégicas, plurais e continuadas de Educação Ambiental, especialmente em escolas públicas.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 49, 55, 57, 342.
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Categoria Problemas e Desafios do Serviço de Abastecimento de Água de Camaçari - BA Referência
Me
io A
mb
ien
te
Desafios
DM03 Criação de um banco de dados que auxilie a quantificar a massa e o volume dos resíduos agrosilvopastoris do município.
Produto 07 - Diagnóstico dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos, p. 227.
DM04 Ampliação dos serviços de saneamento ambiental, com soluções individuais ou coletivas compatíveis à localidade, paralelas à educação ambiental e à capacitação social, sob os princípios de universalidade, integralidade, equidade e controle social.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 40, 52, 71, 93, 330, 335, 343, 347, 427, 428.
Produto 05 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 124.
DM05
Desenvolvimento de campanhas de cadastramento de usuários da água, especialmente na zona rural e em comunidades não atendidas pelo serviço de abastecimento de água. Deve-se enfatizar a importância desta ação, face à obrigatoriedade do pedido de autorização para perfuração de poços e de outorga de direito do uso da água, além da verificação da qualidade da água ao usuário.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 267.
DM06 Substituição das fossas rudimentares por soluções individuais ou coletivas adequadas e compatíveis com a realidade local, com adição de capacitação social e educação ambiental.
Produto 05 - Diagnóstico dos Serviços de Esgotamento Sanitário, p. 28, 55-59, 102.
DM07 Recuperação, preservação e proteção mananciais.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 57, 267, 389, 402, 423, 424, 431-433.
DM08 Recuperação, preservação e conservação da mata ciliar.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 59, 275-276, 313, 424, 431-433.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
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Quadro 19 - Agrupamento de problemas e desafios do Serviço de Abastecimento de Água de Camaçari/BA (tema: população).
Categoria Problemas e Desafios do Serviço Abastecimento de Água de Camaçari - BA Referência
Po
pu
laç
ão
Problemas
PP01 Tendência de crescimento populacional a taxa de 2,12% a.a. e expansão urbana irregular.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 202, 349, 397, 431.
PP02 Cerca de 10% da população não é contemplada pela prestadora de serviços. Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 351.
PP03 Inexistência de uma instância de controle social na área de saneamento instituída por legislação especifica, como prevê a Lei Federal nº 11.445/2011.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 92.
PP04 Dispersão da população em áreas rurais menos densamente povoadas. Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 427.
PP05 Impasse na regularização e consequente implantação de infraestruturas básicas no Loteamento Parque Balneário Senhor do Bonfim (Massaranduba).
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 276.
PP06 Situação de vulnerabilidade social e ambiental em comunidades onde não há serviço de saneamento.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 342, 428.
PP07 Inadimplência relacionada ao pagamento da conta de água e esgoto (em torno de 39% até o vencimento da fatura).
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 110.
PP08 Ligações clandestinas de água à tubulação da Embasa. Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 277.
PP09 Armazenamento da água em tanques, cisternas, garrafões, panelas, baldes e tonéis (Santo Antônio II, PHOC II, Triângulo, Sucupió, Areias, Nova Abrantes, Massaranduba).
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 152, 157, 160, 185, 186, 276, 277.
PP10
Intermitência no abastecimento, com relatos em Jardim Limoeiro, Loteamento Montenegro, Nova Vitória, Acajutiba, Lama Preta, Santa Maria, Mangueiral, Alto da Bela Vista, Triângulo, FICAM, Parafuso, Arembepe, Tucunaré, Sucupió, Parque das Mangabas, Monte Gordo, Várzea da Meira, Alto da Capelinha.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 152-155, 157-160, 168, 183, 185, 188, 203, 204.
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SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - SEDUR
Categoria Problemas e Desafios do Serviço Abastecimento de Água de Camaçari - BA Referência
Po
pu
laç
ão
Problemas PP11 Elevado abastecimento por poços artesianos, sem autorização de perfuração, outorga de uso, cadastro e monitoramento da qualidade da água.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 267, 303.
Desafios
DP01
Controle e ordenamento do uso e da ocupação do solo em consonância com a função socioambiental e as leis vigentes, mediante mapeamento, fiscalização, coibição de construções irregulares em áreas de risco, restrição de loteamentos sobre áreas de valor ambiental, recuperação de áreas verdes, relocação, quando possível, de comunidades cuja ocupação tenha se dado em APP, execução das ações habitacionais, incluindo reurbanização e regularização fundiária.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 56, 59, 64, 93.
DP02
Ampliação dos serviços de saneamento ambiental, com soluções individuais ou coletivas adequadas e compatíveis à localidade, capacitação social e educação ambiental, sob os princípios de universalidade, integralidade, equidade e controle social.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 40, 52, 71, 93, 335, 343, 347, 427, 428.
DP03 Criação de uma instância de controle social que dialogue, transversalmente, com a gestão do saneamento (planejamento, prestação, regulação e fiscalização).
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 40, 44, 56, 66, 67, 72, 92-94.
DP04 Execução de soluções apropriadas e adaptadas para as áreas rurais do município, em conjunto com ações de educação ambiental e capacitação social.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 40, 52, 71, 93, 335, 343, 347, 427, 428, 432.
DP05 Regularização e reurbanização de áreas em impasse social, político e/ou judicial, com inclusão concomitante de serviços de saneamento básico adaptados e adequados à realidade local, associados à capacitação social e à educação ambiental.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 40, 52, 55, 56-59, 64, 71, 93, 335, 343, 347, 427, 428, 432.
DP06
Viabilização de alternativas ecoeficientes para o abastecimento e o tratamento da água e do efluente doméstico em comunidades desprovidas de serviço de abastecimento coletivo, consoante educação ambiental, capacitação social e compatibilidade com a realidade local.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 40, 52, 64, 71, 93, 335, 343, 347, 427, 428.
DP07 Desenvolvimento de campanhas para amortização de dívidas, revisão de tarifas aplicadas, divulgação das diferenças de categorias tarifárias e importância do pagamento para a comunidade.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 53, 74, 75, 95-98, 100-104.
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Categoria Problemas e Desafios do Serviço Abastecimento de Água de Camaçari - BA Referência
Po
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Desafios
DP08
Regularização de loteamentos, implantação, fiscalização e reparo de hidrômetros ou demais tipos de medidores, treinamento (e sua reciclagem periódica) de funcionário incumbido das medições, realização de vistorias das redes de abastecimento, ampliação do serviço de macro e micromedição, substituição dos ramais sem hidrômetro por ramais novos com hidrômetro, ampliação do atendimento do serviço de saneamento, manutenção das tubulações, bem como provimento de soluções adequadas e adaptadas às comunidades onde não for possível fazê-lo.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 133, 152, 162, 167, 423, 424.
DP09 Desenvolvimento de campanhas de promoção à saúde e prevenção de doenças, como fervura da água, higienização de recipientes, uso de filtros e adesão à compra de água envasada, por exemplo.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 344-348.
DP10
Inspeção nos sistemas de abastecimento de água das localidades sujeitas a fornecimento intermitente, como pesquisa e conserto de vazamentos ocultos, além de investigação de ligações clandestinas, de modo a subsidiar possível redimensionamento do sistema, incluindo implantação de novo conjunto motor-bomba e elevatória, por exemplo.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 315, 342,
Desenvolvimento de campanhas de uso racional da água, redução de desperdícios, reaproveitamento/reuso da água e atenção aos vazamentos.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 52, 65, 133.
DP11
Desenvolvimento de campanhas de cadastramento de usuários da água, especialmente na zona rural e em comunidades não atendidas pelo serviço de abastecimento de água. Deve-se enfatizar a importância desta ação, face à obrigatoriedade do pedido de autorização para perfuração de poços e de outorga de direito do uso da água, além da verificação da qualidade da água ao usuário.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 267.
Desenvolvimento de campanhas de promoção à saúde e prevenção de doenças, como fervura da água, higienização de recipientes, uso de filtros e adesão à compra de água envasada, por exemplo.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 344-348.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
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Quadro 20 - Agrupamento de problemas e desafios do SAA de Camaçari/BA (tema: operação).
Categoria Problemas e Desafios do Serviço de Abastecimento de Água de Camaçari - BA Referência
Op
era
çã
o
Problemas
PO01 Alto índice de perdas (incluindo ligações clandestinas), súbito acréscimo da demanda dos sistemas na alta estação, dificuldades com intermitência no fornecimento de energia elétrica.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 88, 111, 120, 123, 124, 149, 150, 151, 155, 167, 182, 186, 202, 220, 216, 217, 357, 428, 429.
PO02 Demanda de prestação de serviço em ocupações irregulares do município.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 88, 202.
PO03 Equipamentos da Embasa rotineiramente furtados e/ou depredados, além da exposição de funcionários à ação de criminosos.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 88.
PO04 Déficit no atendimento na área rural dispersa, com destaque para o distrito de Monte Gordo.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 117, 427.
PO05 Ausência de macromedição em 21,4% das unidades e de micromedição em 3% das economias ativas da sede municipal.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 118-120, 132, 133.
PO06 Ausência de identificação/sinalização de advertência de perigo, fechamento/ acesso/trancamento inadequado, ausência de lajes de proteção sanitária e de tubulação auxiliar e laje de proteção sanitária.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 136, 137, 164, 172, 192, 222, 228, 229, 235, 241.
PO07 Presença de fissuras na caixa de reunião da ETA Espaço Alpha e volume insuficiente para armazenamento da água recebida.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 142.
PO08 Ausência do monitoramento da qualidade da água na saída do SLAA Sede e SIAA Machadinho para verificação do atendimento à Portaria 2914/11.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 429.
PO09 Comprometimento da estrutura do RAD do Morro da Manteiga, apresentando fissuras com vazamentos aparentes.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 146.
PO10 Existência de poços, no SLAA Sede e SIAA Machadinho, desprovidos de tratamento em etapa anterior à adução para respectivos reservatórios.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 429.
PO11 Ausência de análises da qualidade da água e de perda nos sistemas implantados pela Cerb.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 314, 429, 430.
PO12 Ausência de análises da qualidade da água do RAD de Machadinho e do Morro da Manteiga.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 142, 179.
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Categoria Problemas e Desafios do Serviço de Abastecimento de Água de Camaçari - BA Referência
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o
Problemas
PO13 Ausência de infraestrutura, como reservatório, bomba, etapa de tratamento e rede de distribuição em Pião Manso, após perfuração de poço, em 2014, pela Cerb, em contrato com a Seinfra.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 314, 429, 430.
PO14 Ausência de monitoramento de pressão na rede de abastecimento da Embasa. Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 167.
PO15
Relatos, da população, de abastecimento com água eventualmente barrenta (em Jardim Limoeiro, Pião Manso e Mata de São João), salobra (em Várzea Grande), com gosto de cloro (no Loteamento Montenegro, na localidade de FICAM e em Mangueiral) e com gosto e cheiro (Fazenda Malícia).
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 153, 159, 160, 185, 276, 278, 280, 281.
PO16 Detecção da presença de E. coli na saída do Poço Estádio e da ETA Espaço Alpha. Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 300.
PO17 Operação em déficit, do sistema de abastecimento da Barragem de Santa Helena, no período de alta estação
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 404.
PO18 Inconformidade, em relação aos padrões de potabilidade, da água fornecida pelos sistemas de abastecimento da Embasa, especialmente do SIAA Machadinho e SLAA de Camaçari.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 299.
Desafios
DO01
Regularização de loteamentos, implantação, fiscalização e reparo de hidrômetros ou demais tipos de medidores, treinamento (e sua reciclagem periódica) de funcionário incumbido das medições, realização de vistorias das redes de abastecimento, ampliação do serviço de macro e micromedição, substituição dos ramais sem hidrômetro por ramais novos com hidrômetro, ampliação do atendimento do serviço de saneamento, manutenção das tubulações, bem como provimento de soluções adequadas e adaptadas às comunidades onde não for possível fazê-lo.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 133, 152, 162, 167, 220, 423, 424.
Desenvolvimento de campanhas de uso racional da água, redução de desperdícios, reaproveitamento/reuso da água e atenção aos vazamentos.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 52, 65, 133.
DO02
Regularização e reurbanização de áreas em impasse social, político e/ou judicial, para implementação do serviço de saneamento, quando possível, ou inclusão de soluções de saneamento adaptadas e adequadas à realidade local, associadas à capacitação social e à educação ambiental.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 40, 52, 64, 71, 93, 335, 343, 347, 427, 428.
Plano Municipal de Saneamento Básico
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Categoria Problemas e Desafios do Serviço de Abastecimento de Água de Camaçari - BA Referência
Op
era
çõ
es
DO03 Provimento de segurança pública, de modo a também salvaguardar os funcionários da Embasa.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 88.
Des
afi
os
DO04
Cobrança da Seinfra pela operação e manutenção dos sistemas de abastecimento de água ou intermediação do diálogo entre Cerb e Embasa.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 427.
Ampliação dos serviços de saneamento ambiental às áreas rurais, com soluções adequadas e compatíveis à realidade local, capacitação social e educação ambiental, sob os princípios de universalidade, integralidade, equidade e controle social.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 40, 52, 71, 93, 335, 343, 347, 427, 428.
DO05
Instalação, conservação e reparo de hidrômetros e demais tipos de medidores, treinamento de funcionário incumbido das medições, ampliação do serviço de macro e micromedição, substituição dos ramais sem hidrômetro por ramais novos com hidrômetro.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 162, 167.
DO06
Instalação de sinalizações de advertência de perigo e fechamento da poligonal de modo adequado, com acesso e trancamento igualmente apropriados, bem como a implantação de tubulação auxiliar destinada à medição dos níveis de água em poços desprovidos de tal mecanismo.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 127, 136, 137, 164, 172, 192, 222, 228, 229, 235, 241.
DO07 Substituição do tanque de reunião da ETA Espaço Alpha por outro de 1500 m³. Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 142.
DO08 Execução de rotina de controle e monitoramento da qualidade da água em todas as saídas dos sistemas de abastecimento de água, incluindo, sobretudo, o SLAA Sede e SIAA Machadinho, ainda carentes dessa atividade.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 429.
DO09 Construção de segundo RAD do SLAA de Camaçari, com volume de 8000 m³, e recuperação do RAD existente (de 6000 m³).
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 146.
DO10 Desenvolvimento de projeto para execução de tratamento da água de todos os poços do SLAA Sede e SIAA Machadinho.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 429.
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Categoria Problemas e Desafios do Serviço de Abastecimento de Água de Camaçari - BA Referência
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Desafios
DO11
Cobrança da prefeitura para cumprimento da execução de controle e monitoramento da qualidade da água nos sistemas simplificados implantados pela Cerb, prevista por ato documental, ou readequação do sistema, de forma a atender aos padrões técnicos da Embasa.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 89, 90.
DO12 Execução de rotina de controle e monitoramento da qualidade da água no RAD de Machadinho e do Morro da Manteiga.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 142, 179.
DO13 Desenvolvimento de projeto para adequação da rede de distribuição em Pião Manso, com conseguinte execução, devendo-se considerar a adoção de tecnologias apropriadas e adequadas à realidade local e a capacitação social.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 314, 429, 430.
DO14 Implantação de sistema e ação de monitoramento das pressões na rede de abastecimento de água pela Embasa.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 167.
DO15
Desenvolvimento de canal de diálogo com o usuário para informação quanto à água abastecida, cabendo, à prestadora de serviço, a notificação das soluções previstas, quando cabíveis, e de alertas de quaisquer inconformidades que venham a comprometer o fornecimento da água em condições adequadas.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 153, 159, 160, 185, 276, 278, 280, 281.
DO16
Investigação das possíveis causas da presença de E. coli na saída do Poço Estádio e da ETA Espaço Alpha, incluindo a operação dos serviços de esgotamento sanitário e presença de fossas rudimentares.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 300.
Adequação do tratamento de água para eliminação das colônias e substituição das fossas rudimentares, quando presentes.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 300.
Desenvolvimento de campanhas educativas de promoção e prevenção da saúde, especialmente em escolas públicas locais.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 49, 55, 57, 342.
DO17
Desenvolvimento de estratégias para enfrentamento do déficit sazonal em regiões cujo consumo da população flutuante excede a capacidade operacional do sistema de abastecimento, como campanhas de uso racional da água, redução de desperdícios, reaproveitamento/reuso da água servida, atenção aos vazamentos e construção de reservatórios com volumes maiores.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 52, 65, 133.
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Categoria Problemas e Desafios do Serviço de Abastecimento de Água de Camaçari - BA Referência
DO17
Inspeção nos sistemas de abastecimento de água das localidades sujeitas a fornecimento intermitente, como pesquisa e conserto de vazamentos ocultos, além de investigação de ligações clandestinas, de modo a subsidiar a regularização do abastecimento, com possível redimensionamento do sistema, incluindo implantação de novo conjunto motor-bomba e elevatória, por exemplo.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 315, 342.
DO18
Investigação das possíveis causas da inconformidade dos padrões de potabilidade, incluindo a rede de distribuição de água, a operação dos serviços de esgotamento sanitário e a presença de fossas rudimentares.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 299.
Adequação e melhoria do tratamento de água para atender aos padrões de potabilidade exigidos.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 283.
Recuperação, preservação e proteção mananciais.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 57, 267, 389, 402, 423, 424, 431-433.
Recuperação, preservação e conservação da mata ciliar.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 59, 275-276, 313, 424, 431-433.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Quadro 21 - Agrupamento de problemas e desafios do SAA de Camaçari/BA (tema: saúde).
Categoria Problemas e Desafios do Serviço de Abastecimento de Água de Camaçari - BA Referência
Sa
úd
e Problemas PS01
Ocorrências de malária, leishmaniose visceral, esquistossomose, leptospirose, rotavírus, esquistossomose e doenças transmitidas pelo A. aegypti (com identificação de criadouros do mosquito) no município.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 322-324, 327, 330, 332-335, 342, 343.
Desafios DS01 Desenvolvimento de campanhas de promoção à saúde e prevenção de doenças, paralelamente à ampliação e adequação dos serviços de saneamento ambiental, incluindo o fornecimento contínuo da água tratada.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 40, 52, 301, 325, 327, 328, 342, 430.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
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Quadro 22 - Agrupamento de problemas e desafios do SAA de Camaçari/BA (tema: instituição).
Categoria Problemas e Desafios do SAA de Camaçari - BA Referência
Ins
titu
içã
o
Problemas
PI01 Regulação e fiscalização da Agersa apenas dos serviços de abastecimento e esgotamento sanitário, ambos prestados pela Embasa.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 71-77.
PI02 Negligência da prefeitura frente ao planejamento da oferta de abastecimento. Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 73.
PI03 Falta de estruturação da gestão (donde se inclui a omissão da atividade de saneamento básico) e da segurança pública.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 73.
PI04 Falta de integração entre a Embasa, a Cerb e a prefeitura. Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 89.
PI05 Falta de comprometimento da Seinfra com os sistemas simplificados, implantados pela Cerb. Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 232.
PI06 Falta de comunicação entre as secretarias municipais, como a Seinfra e a Sesau. Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 430.
PI07 Ausência de cadastro dos sistemas implantados pela Cerb. Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 302.
Desafios
DI01
Cobrança da regulação e fiscalização dos sistemas não prestados pela Embasa, nas competências da Agersa (mediante seu fortalecimento, como contratação de mais funcionários), ou da determinação, pelo colegiado da EMRMS, de outra entidade capaz de fazê-lo.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 71-78.
DI02 Cobrança da participação da prefeitura no planejamento da oferta de abastecimento (como prevê a legislação vigente) pelos atores envolvidos, como prestadora de serviços e instância de controle social, via, por exemplo, conferências periódicas.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 71-76.
DI03
Melhoria da atuação da Sedur na articulação das ações de saneamento básico de Camaçari, com contração de funcionários em número suficiente para atender à demanda do município de modo satisfatório.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 80.
Melhoria da segurança pública, de maneira a coibir as subtrações no sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário e a exposição de funcionários à ação de criminosos.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 88.
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Categoria Problemas e Desafios do SAA de Camaçari - BA Referência
Ins
titu
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o
Desafios
DI04
Desenvolvimento de estratégias para o fomento à integração entre Embasa, Cerb, secretarias, instância de controle social e prefeitura, como criação de um weblink, inserido na página virtual oficial da Prefeitura, dedicado à abordagem, sempre atualizada, do saneamento no município.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 89.
DI05 Cobrança do comprometimento da Seinfra com os sistemas simplificados e integrados, implantados pela Cerb, por meio da instância de controle social, sobretudo, prevendo-se, ainda, a implantação de canal de diálogo com a comunidade.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 232.
DI06
Desenvolvimento de estratégias para resolução de conflitos quanto à ausência de comunicação entre secretarias e instância de controle social, como criação de canal de diálogo intersecretarial e consolidação de um sistema de informações, facilitando o intercâmbio de comunicações internas.
Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 430.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
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10.1 Programa: Gestão Sustentável
Para atingir uma gestão sustentável da água2, em que pese o saneamento básico
camaçariense, é indispensável contemplar, ao menos, três pontos, que são:
i. a melhoria operacional e a qualidade no serviço prestado;
ii. a melhoria do monitoramento da qualidade da água distribuída;
iii. o controle de perdas;
Além desses são propostos no Tomo I, programas que possuem interface com todos
os compoonentes do saneamento buscando atender os princípios fundamentais da
Lei nº 11.445/07 especificados nos incisos do Art. 2º, a saber:
I - universalização do acesso;
II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as
atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de
saneamento básico, propiciando, à população, o acesso na
conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das
ações e resultados;
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e
manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à
saúde pública e à proteção do meio ambiente;
IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de
drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde
pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;
V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as
peculiaridades locais e regionais;
VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e
regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação,
de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante
interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para
as quais o saneamento básico seja fator determinante;
VII - eficiência e sustentabilidade econômica;
2 Objetivo 6 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS, apresentados em 2015 pela Organização das Nações Unidas e baseados nos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODM (ONU, s.d.).
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VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a
capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções
graduais e progressivas;
IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações
e processos decisórios institucionalizados;
X - controle social;
XI - segurança, qualidade e regularidade;
XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão
eficiente dos recursos hídricos. (grifo nosso)
Outro aspecto relevante é o desafio de conciliar o equilíbrio econômico-financeiro da
prestadora de serviços com a modicidade tarifária, somado aos investimentos per
capita. Assim, embora o município seja, constitucionalmente, o titular nos serviços
de saneamento básico, a eficiência da gestão, em seu sentido amplo, está
diretamente relacionada ao bom desempenho de todos os atores envolvidos, não
somente da atuação da Prefeitura. Por esta razão, incluem-se a prestadoras de
serviços, as secretarias e os demais órgãos afins, a exemplo da Embasa, Cerb,
Agersa, Seinfra e Sedur, como elucidado no Produto 08 - Estudos de Cenários,
Tomo I - Introdução Ao Estudo de Cenários e Proposta de Arranjo Institucional para
a Gestão dos Serviços de Saneamento.
10.1.1 Projeto: Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado
Ciente do conteúdo do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Camaçari -
PDDU, particularmente do Cap. VI - Do Esforço das Estruturas Internas do
Município, e tendo em vista os problemas agrupados (especialmente os dispostos no
Quadro 22), o Projeto: Melhoria Operacional e Qualidade no Serviço Prestado tem a
finalidade de propor soluções para o progresso das atividades executadas no âmbito
do abastecimento de água. É pautado nisto que são previstas, à luz do Art. 44, § 1o,
inciso IV, as seguintes ações:
i. capacitação e desenvolvimento dos recursos humanos para a execução dos
serviços de abastecimento de modo satisfatório, incluindo a contratação de
funcionários em número suficiente para atender à demanda do município
(DI01.1, DI03.1), bem como o treinamento (e sua reciclagem periódica) da
equipe responsável pela gestão comercial, operacional e estratégica (DO01.1);
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137
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ii. desenvolvimento de canal de diálogo entre a prestadora de serviços e os
usuários para informação quanto à água abastecida (DO15);
iii. contratação de mão de obra qualificada para operação do canal de diálogo
entre a prestadora e os usuários;
iv. desenvolvimento de estratégias para enfrentamento do déficit sazonal no
fornecimento de água, especialmente em regiões cujo consumo da população
flutuante excede a capacidade operacional do sistema de abastecimento, como
campanhas de uso racional da água, redução de desperdícios,
reaproveitamento/reuso da água servida, atenção aos vazamentos e
construção de reservatórios domiciliares, bem como de sua higienização e de
seu manuseio, com divulgação em mídia local, visando reduzir os transtornos
causados na intermitência do abastecimento (DO17.1);
v. aplicação de dotação orçamentária para a melhoria da segurança pública e,
conseguintemente, da redução de roubos, furtos e ações de vandalismo nos
sistemas de abastecimento (DO03, DI03.2);
vi. cadastramento dos sistemas implantados pela Cerb (DI07), de modo a
alimentar, também, o banco de dados do Siagas e Sisagua;
vii. disponibilização de profissionais com competência para realizar as atividades
de manutenção e operação dos sistemas de responsabilidade da Prefeitura;
viii. captação de água de chuva em imóveis públicos municipais e fomento à prática
em imóveis particulares, com campanhas publicitárias que divulguem demais
ações também contempladas por incentivos fiscais, como o IPTU Verde;
ix. capacitação dos usuários à autogestão dos poços e das cisternas, e instrução
quanto ao consumo direto da água captada, com fornecimento de material
informativo;
x. elaboração do Plano de Segurança da Água.
10.1.2 Projeto: Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água
O monitoramento da qualidade da água consumida pela população, advinda de
soluções de abastecimento coletivas ou individualizadas, bem como as inspeções
nos sistemas de abastecimento e nas soluções alternativas é de responsabilidade
da Vigilância Sanitária da Qualidade da Água, intermediada pelo Programa Vigiagua.
Sabe-se ainda que as ações do referido programa, pactuado entre as esferas
federal, estadual e municipal, são coordenadas pela Sesab, via Coordenação de
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Vigilância Ambiental em Saúde - Coviam, da Diretoria de Vigilância Sanitária
Ambiental - Divisa. Como sumarizado na página virtual da Suvisa - BA (SUVISA,
s.d.),
a atuação do Vigiagua deve se dar sobre todas e quaisquer formas
de abastecimento de água, coletivas ou individuais, na área urbana e
rural, de gestão pública ou privada, incluindo instalações intra-
domiciliares. Os campos de atuação dar-se-ão sobre as seguintes
formas: SAA, SAC, SAI.
É também digno de nota que o Vigiagua, estruturado a partir dos princípios do
Sistema Único de Saúde - SUS, tem como foco minimizar as muitas enfermidades
provocadas pelo consumo da água contaminada e garantir, à população, o acesso à
água em qualidade compatível com o padrão de potabilidade estabelecido no
ordenamento atual – a Portaria Federal nº 2.914/11. Pelo que sintetiza o texto do
Ministério da Saúde, transcrito na Figura 23, seus objetivos são:
Figura 23 - Objetivos do Vigiagua.
Fonte: BRASIL, 2005, p. 38.
Notavelmente, sem as informações quanto à qualidade da água, as operações de
tratamento podem ser insatisfatórias, com conseguinte fornecimento de água em
condições inadequadas, apresentando risco à saúde do usuário. Demais, deve-se
• Reduzir a morbimortalidade por doenças e agravos de transmissão hídrica,por meio de ações de vigilância sistemática da qualidade da água consumidapela população.
• Buscar a melhoria das condições sanitárias das diversas formas deabastecimento de água para consumo humano.
• Avaliar e gerenciar o risco à saúde que as condições sanitárias das diversasformas de abastecimento de água. Programa Nacional de Vigilância emSaúde Ambiental Relacionada à Qualidade da Água para Consumo HumanoSecretaria de Vigilância em Saúde / MS 39.
• Monitorar sistematicamente a qualidade da água consumida pela população,nos termos da legislação vigente.
• Informar à população a qualidade da água e riscos à saúde.
• Apoiar o desenvolvimento de ações de educação em saúde e mobilizaçãosocial.
Objetivos do VigiaguaObjetivos do Vigiagua
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tornar saliente que os responsáveis pelos sistemas de abastecimento de água para
consumo humano são obrigados, pela Portaria Estadual nº 832/15, a inserir os
dados de cadastro e controle de todos os SAA, sob sua responsabilidade,
diretamente no Sistema de Informação da Qualidade da Água para Consumo
Humano - Sisagua. Este sistema é, por sua vez, estruturado em 3 módulos de
entrada (Figura 24).
Figura 24 - Estruturação do Sisagua.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado da Visa - SC s.d.
Entretanto, diante do levantamento feito na etapa de diagnóstico, infere-se que tal
atribuição, exercida pela Coordenação de Vigilância Sanitária e Ambiental -
Covisam, tem sido deficitária no município de Camaçari, especialmente no tocante
às soluções alternativas da região. Sobre este aspecto, como escreve o Ministério
da Saúde na publicação intitulada “Inspeção Sanitária em Abastecimento de Água”
(2007), p. 14:
O conjunto das atividades inerentes à vigilância – cadastro dos
sistemas e soluções de abastecimento de água, inspeções,
monitoramento da qualidade da água em planos implementados
pelos responsáveis pelo controle e vigilância – gera um volume de
informações a serem sistematizadas e permanentemente
analisadas sob a ótica da avaliação de riscos à saúde. Seguidas,
necessariamente, da atuação junto aos responsáveis pelo
abastecimento de água e da adequada informação à população, sob
• Registro e inserção das informações referentes a todosos sistemas de abastecimento de água (SAA, SAI, SAC)em Banco de Dados.
CadastroCadastro
• Inclusão dos dados fornecidos pelas prestadoras deserviços quanto aos sistemas de abastecimento (SAA,SAI, SAC) pelos quais são responsáveis.
ControleControle
• Incorporação dos diagnósticos resultadantes das análisesdos parâmetros de qualidade da água e das inspeçõessanitárias desenvolvidas pelo setor de saúde nas variadassoluções de abastecimento.
VigilânciaVigilância
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pena da inocuidade das atividades postas em prática. (grifo
nosso)
Acrescido a isto, tem-se o que dispõe o Art. 70 da Lei Complementar nº 913/08 do
Município de Camaçari, a saber:
Art. 70. A Política Municipal de Controle de Poluição e Manejo dos
Recursos Hídricos objetiva:
[...]
IV - compatibilizar e controlar o uso efetivo e potencial da água,
tanto qualitativa quanto quantitativamente;
[...]
Art. 77. O Município deverá ser informado sobre os usos da água
exercidos por empreendimentos de efetivo potencial poluidor,
situados em seu território e sobre resultados de monitoramento e
avaliação da qualidade da água, realizados por esses
empreendimentos, a partir de exigências constantes em licenças
ambientais, conforme condicionantes estabelecidos por órgão
ambiental federal, estadual ou municipal.
§ 1º. O monitoramento do aquífero subterrâneo e dos cursos d’água
do Município será realizado sob a coordenação do órgão
competente pela fiscalização do meio ambiente da Prefeitura
Municipal de Camaçari, com acompanhamento do Comam, que,
obrigatoriamente, darão publicidade aos resultados, através dos
meios de comunicação disponíveis, inclusive em portal eletrônico da
Prefeitura Municipal de Camaçari.
§ 2º. Os resultados apurados constarão da base de dados do
Subsistema de Informações Municipais. (grifo nosso)
Para consolidar as informações apresentadas, faz-se oportuno reproduzir o
fluxograma (Figura 25) contido no Programa Nacional de Vigilância em Saúde
Ambiental Relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano (2005, p. 61):
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Figura 25 - Ações básicas para operacionalização da vigilância da qualidade da água para consumo humano.
Fonte: BRASIL, 2005.
Pelo exposto, o Projeto: Melhoria do Monitoramento da Qualidade dá Água deve
concentrar esforços prioritários na estruturação da Coordenação de Vigilância
Sanitária e Ambiental do município. Atinam-se, assim, à equipe técnica e aos
insumos necessários, visto que estes foram os fatores limitantes destacados pela
Covisam para execução das atividades de forma deficitária. Desta forma, elencam-
se as seguintes ações estruturantes, conforme informações fornecidas por este
órgão:
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i. garantir o quadro mínimo de funcionários, com a qualificação técnica, via
contratação dos profissionais especificados no Quadro 24;
Quadro 23 - Quadro de funcionários da coordenação de vigilância sanitária e ambiental em março 2016.
Natureza Vínculo Quantidade Função
Coordenador Temporário/Cargo Comissionado 01 Coordenador
Engenheiro Sanitarista Efetivo 01 Inspetor Sanitário
Engenheiro Ambiental Efetivo 01 Inspetor Sanitário
Enfermeiro Efetivo 03 Inspetor Sanitário
Odontólogo Efetivo 02 Inspetor Sanitário Farmacêutico Efetivo 01 Inspetor Sanitário
Médico Veterinário Efetivo 01 Inspetor Sanitário
Nutricionista Efetivo 01 Inspetor Sanitário
Aux. de Enfermagem Efetivo 02 Inspetor Sanitário
Apoio Administrativo Efetivo 05 Administrador Total 18
Fonte: COVISAM, 2016.
Quadro 24 - Déficit do quadro de funcionários da coordenação de vigilância sanitária e ambiental.
Natureza Vínculo Quantidade Função
Farmacêutico Efetivo 01 Inspetor Sanitário
Nutricionista Efetivo 01 Inspetor Sanitário
Sanitarista Efetivo 02 Inspetor Sanitário
Biólogo Efetivo 01 Inspetor Sanitário
Téc. Meio Ambiente Efetivo 02 Inspetor Sanitário
Apoio Administrativo Efetivo 01 Administrador Total 08
Fonte: COVISAM, 2016.
ii. promover cursos de capacitação desses profissionais;
iii. garantir os materiais e insumos necessários para a realização das atividades,
conforme especificação do Quadro 25;
Quadro 25 - Materiais e insumos existentes vs necessários.
Descrição Quantidade Atual Quantidade Necessária Déficit
Veículos 02 03 01
Impressora 01 03 02
Kit cloro em processo de compra 1
GPS 01 02 01
Termômetro 02 02
Caixa térmica 02 04 04
Rede de internet 01 (instável) - rede estável
Computador 11 14 03 Máquina fotográfica 01 02 01
Fonte: COVISAM, 2016.
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Prevê-se que a estruturação da Vigilância Sanitária e Ambiental do Município torná-
la-á apta à execução das seguintes atividades inerentes a sua função:
i. execução de rotina de controle e monitoramento da qualidade da água (como
prevê a Portaria 2.914/11)3 em todas as saídas dos sistemas de abastecimento
de água, incluindo, sobretudo, o RAD do Morro da Manteiga, pertencente ao
SLAA Sede e RAD do SIAA Machadinho (DO08; DO12), bem como dos poços
perfurados, com ênfase no aquífero São Sebastião;
ii. garantia do fornecimento de solução consolidada como apropriada, caso as
análises comprovem que a fonte de abastecimento é capaz de fornecer água
de boa qualidade, necessitando apenas da etapa de desinfecção, como o
hipoclorito, concomitante às devidas orientações para desinfecção caseira da
água, a exemplo da sua dosagem em recipiente com volume conhecido, o qual,
para o hipoclorito, corresponde a 2 gotas de NaClO a 2,5 por litro de água a ser
desinfetada, com tempo de contato de 30 minutos;
iii. capacitação de agentes da saúde e da gestão responsável pela promoção e
prevenção da saúde, explanando sobre desinfecção da água no domicílio,
limpeza e desinfecção de reservatórios, limpeza dos domicílios e
estabelecimentos coletivos, cuidados com a higiene individual e coletiva,
preparo de alimentos, além da importância da preservação de nascentes e
mananciais para manutenção da qualidade da água (DP11.2);
iv. desenvolvimento de campanhas de cadastramento de usuários da água;
v. elaboração de campanha informativa/educativa sobre a importância dos
reservatórios domiciliares, com divulgação na mídia local.
Por fim, embora não contemple a lista de ações, deve-se pontuar que, caso as
análises indiquem que o consumo da água, apenas com o desinfetante, ainda
oferece risco à saúde humana, será preciso contatar o responsável pela gestão dos
serviços de saneamento, a fim de que sejam tomadas as providências cabíveis
quanto ao fornecimento de água potável com qualidade.
3 Em situações onde a análise indicar risco à saúde humana, esta informação deve ser repassada à
secretaria responsável (Núcleo) para que sejam tomadas as devidas providências.
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10.1.3 Projeto: Controle de Perdas
O controle de perdas proporciona aumento da receita, melhoria na gestão e no
atendimento do serviço, além de contribuir para o gerenciamento eficiente dos
recursos hídricos. O desperdício de água, por sua vez, compromete a
disponibilidade hídrica dos mananciais e eleva o consumo per capita, podendo
resultar na ampliação precipitada ou desnecessária de um sistema de
abastecimento de água. Todavia, é fundamental distinguir os conceitos de perdas,
facilitando e compatibilizando, assim, a elaboração de ações para solucioná-las.
Esta ponderação culmina no chamado Balanço Hídrico – padronização proposta
pela Associação Internacional da Água (em inglês, The International Water
Association - IWA) – já sendo adotado pelo Programa de Modernização do Setor
Saneamento - PMSS, do Ministério das Cidades (BRASIL, 2015). Da sua
estruturação, tem-se (Quadro 26):
Quadro 26- Balanço Hídrico (IWA).
BALANÇO HÍDRICO
Vo
lum
e d
e e
ntr
ad
a n
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ma
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pa
ra e
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s c
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cid
os)
Co
ns
um
o
au
tori
zad
o Consumo
autorizado faturado
Consumo faturado medido (incluindo água exportada) Água faturada
Consumo faturado não medido
Consumo autorizado não
faturado
Consumo não faturado medido
Água não faturada
Consumo não faturado não medido
Pe
rda
s d
e á
gu
a Perdas aparentes
Consumo não autorizado
Imprecisões na medição dos hidrômetros
Erros sistemáticos na manipulação de dados
Perdas reais
Vazamentos nas adutoras e redes de distribuição
Vazamentos e extravasamentos em reservatórios
Vazamentos nos ramais
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado de IWA / AWWA Water Balance, 2012 (tradução livre).
As características principais das perdas reais e aparentes foram, então, compiladas
no Quadro 27.
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Quadro 27 - Características principais das perdas reais e aparentes.
Itens Características Principais
Perdas Reais Perdas Aparentes
Tipo de ocorrência mais comum Vazamento Erro de Medição
Custos associados aos volumes de água perdidos
Custo de produção Tarifa
Efeitos no Meio Ambiente Desperdício do Recurso Hídrico
Necessidades de ampliações de mananciais
-
Efeitos na Saúde Risco de contaminação da
água -
Empresarial Perda do produto Perda de receita
Usuário Imagem negativa (ineficiência e
desperdício) -
Efeitos ao Usuário Repasse para tarifa
Desincentivo ao uso racional da água
Repasse para tarifa
Vulnerabilidade a roubos e fraudes
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado da ABES, 2013, p. 9.
A título de exemplo, em 2009, a Embasa obteve primeiro lugar em mobilização
social no Projeto COM+ÁGUA (EMBASA, 2009), concebido pela Secretaria Nacional
de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, por intermédio do PMSS, e
estruturado no Balanço Hídrico da IWA (BRASIL, 2015). Concorrendo com dez
operadoras do setor de saneamento de quatro estados (São Paulo, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul e Santa Catarina), o projeto participante foi de autoria do
Escritório Operacional de Ilhéus. Tal acontecimento permite inferir que a prestadora
de serviços tem capacidade de desenvolver um projeto, de mesmo objetivo, para o
cenário camaçariense. Diante disso, o Projeto: Controle de Perdas, ora dissertado,
tem a finalidade de promover um norteamento para a redução de perdas de água
nos SAA, controlando-as a níveis aceitáveis, conforme meta estabelecida. Deverá
valer-se, para tanto, do controle operacional, da manutenção preventiva e corretiva
da rede de distribuição, além da mobilização e sensibilização dos usuários. Nesse
verbete, as ações propostas para controle de perdas e uso racional da água também
perfazem um sistema de gerenciamento de reparo de vazamentos, conforme se
ilustra na figura adiante (Figura 26):
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Figura 26 - Sistema de gerenciamento de reparo de vazamentos.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, ABENDE, 2001/2002, citado por TSUTIYA, 2006, p. 427)
Expõe-se ainda que as ações que integram o controle de perdas foram, neste
projeto, segmentadas em gestão comercial, gestão operacional e gestão estratégica,
como se vê na sequência (Figura 27):
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Figura 27 - Ações para controle de perdas.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Considerando as observações presentes nos itens 5.4 e 7.2 do Produto 04 -
Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água e ratificando o que foi descrito
anteriormente, as perdas no sistema de abastecimento de água interferem em sua
performance, reduzindo o faturamento da prestadora de serviços e comprometendo
o abastecimento de água. Além disso, de acordo com os dados fornecidos pela
Embasa (2014), os índices de perda dos SAA de Camaçari encontram-se, todos,
• Qualificação de mão de obra
• Informação de ativos, com cadastro preciso e atualizado
• Mapeamento das ligações
• Alimentação e atualização do SIG e banco de dados
Gestão comercialGestão comercial
• Qualificação de mão de obra
• Modelagem hidráulica
• Elaboração do balanço hídrico
• Provimento de equipamentos adequados e em pleno funcionamento
• Melhoria dos materiais empregados e da infra-estrutura
• Inspeções e vistorias nos sistemas de distribuição
• Elaboração e execução de programa de automação para monitoramento
de imóveis públicos (sede da prefeitura, escolas, hospitais, etc.)
• Eficiência, eficácia e efetividade das manutenções corretivas e preventivas
(reparos, reabilitação, remanejamento, limpeza e trocas)
• Controle da macro e micromedição
• Controle ativo dos vazamentos
• Controle das pressões e do nível d'água nos reservatórios
• Alimentação e atualização do SIC e banco de dados
Gestão operacionalGestão operacional
• Regularização de loteamentos e ligações
• Veiculação de campanhas de cadastramento
• Veiculação de campanhas contra fraudes e ligações clandestinas
• Negociação de dívidas com usuários inadimplentes
Gestão estratégicaGestão estratégica
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acima da média registrada no país para o mesmo ano4, sobretudo no SIAA Jordão
(com 60% de água tratada não faturada), em razão dos vazamentos nas tubulações
e reservatórios, assim como das ligações clandestinas. Ante a essas pontuações e a
despeito das funções inerentes à prestadora – como inspeção da rede, fiscalização
e monitoramento de micro e macromedidores, georreferenciamento dos SAAs e
mapeamento das áreas atendidas, manutenção preventiva e corretiva, etc. –, listam-
se, como ações:
i. elaboração de campanha para negociação de dívidas com usuários
inadimplentes, com divulgação nas mídias locais;
ii. implantação de sistema de monitoramento do consumo de água – como o
Programa Água Pura, desenvolvido pela Rede de Tecnologias Limpas - Teclim,
da Universidade Federal da Bahia –, a ser utilizado por imóveis públicos
(escolas, câmara, hospitais, etc.), buscando atuar, efetivamente, na
racionalização e no combate ao desperdício da água, de modo a servir como
instrumento para manutenção preventiva, troca de equipamentos e
conscientização;
iii. inspeção, manutenção e monitoramento dos SAAs.
10.2 Programa: Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais
Para seu abastecimento, o município de Camaçari utiliza fontes de água superficiais
e subterrâneas, as quais apresentam potencial para atender às demandas no
horizonte de planejamento de 20 anos. Como aprofundado no item 8 do Produto 04 -
Diagnóstico dos serviços de Abastecimento de Água, a região faz uso de três
mananciais (um rio, uma represa e um aquífero), majoritariamente. Todavia, a falta
de proteção do manancial põe em risco a vitalidade do corpo d’água e, consequente-
mente, a saúde do meio ambiente e da população. Assim, com a finalidade de
compilar, resumidamente, as características apresentadas no referido Produto 04,
tem-se (Tabela 22):
4 Igual a 36,7%, segundo o Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos referente ao ano de 2014, produzido pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS.
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Tabela 22 - Síntese das Características dos Mananciais de Camaçari/BA.
Manancial Características
Aquífero São Sebastião
elevada exploração hídrica
parco controle dos poços perfurados
notória qualidade de água
significativa vazão disponível para captação
Rio Jacuípe
utilização restrita ao SAA do Polo Industrial de Camaçari
potencial para o abastecimento industrial do município nos próximos 20 anos
relevância para a manutenção do meio ecológico da bacia do rio Jacuípe e a adução para o rio Joanes
faixa legal de proteção parcialmente preservada
risco potencial de degradação
Rio Joanes
deterioração gradual da qualidade da água
vocação para adensamento urbano na área de entorno
faixa legal de proteção bem preservada
risco potencial de eutrofização
Rio Pojuca
utilização restrita ao SAA Barra do Pojuca
risco potencial de eutrofização
predominância de cobertura vegetal na bacia
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
Pelo testemunho desses problemas e respaldado no que apresenta o Cap. 8 - Áreas
de Interesse de Abastecimento de Água deste Tomo II, o objetivo principal do
Programa de Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais e Uso Racional
da Água fundamenta-se em aspectos promocionais, preventivos e corretivos, em
conformidade ao que dispõe o compêndio jurídico nacional, estadual e municipal
(Figura 28), afora o PDDU de Camaçari, com destaque para o Cap. IV - Do Esforço
das Estruturas Internas do Município.
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Figura 28 - Arcabouço legal.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
O programa abarca, desse modo, medidas integrais que visam salvaguardar a
qualidade e a quantidade dos recursos hídricos, cujo diálogo com a conservação da
fauna e da flora, a reversibilidade da degradação ambiental local, bem como o
engajamento dos setores público e privado, além da sociedade (usuária), faz-se
imprescindível. Isso posto, enumeram-se os seguintes fitos específicos:
i. proteção dos mananciais de uso público, atuais e futuros, das Bacias do Rio
Joanes, Jacuípe e Pojuca, com vistas a garantir a universalização do acesso à
água de qualidade para a população;
ii. redução dos custos com a potabilização da água bruta;
iii. conservação da fauna e flora endógenas, sobretudo em APP e entorno dos
mananciais que compõem as bacias da região;
iv. estímulo do poder público municipal e da sociedade civil organizada para o
desenvolvimento e a execução de ações de proteção aos mananciais, servindo
de base para a comunidade local;
v. cumprimento dos ditames legais e normativos concernentes;
• Constituição Federal de 1988
• Lei nº. 6.938/81: Política Nacional do Meio Ambiente
• Lei nº. 9.433/97: Política Nacional de Recursos Hídricos
• Lei nº. 9.605/98: Lei de Crimes Ambientais
• Lei nº. 9.795/99: Política Nacional de Educação Ambiental
• Lei nº. 10.257/01: Estatudo da Cidades
• Lei nº 11.445/07: Lei Federal do Saneamento Básico
• Decreto 7.217/10: Regulamenta a Lei nº 11.445/07
Esfera FederalEsfera Federal
• Lei nº. 10.431/06: Política de Meio Ambiente e Proteção à Biodiversidade
• Lei nº. 11.612/09: Política Estadual de Recursos Hídricos
• Lei nº. 12.056/11: Política Estadual de Educação Ambiental
Esfera EstadualEsfera Estadual
• Lei Orgânica de 2008
• Lei Complementar nº. 913/08: Código Urbanístico e Ambiental
• Lei nº 866/08: Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
Esferal MunicipalEsferal Municipal
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vi. conscientização de atores sociais e privados quanto à responsabilização na
conservação e preservação dos mananciais;
vii. avaliação quali-quantitativa das águas dos mananciais;
viii. fomento à sustentabilidade socioambiental, por meio da promoção da
participação e cooperação continuada dos atores sociais na proteção aos
mananciais;
ix. adequação ambiental do uso e da ocupação do solo no entorno dos
mananciais;
x. integração com demais programas de saneamento ambiental propostos.
Dos princípios que fundamentam tais fins, citam-se a adequação à realidade
camaçariense e regional, além do fomento à gestão sustentável dos recursos
hídricos. Ademais, à luz do cenário camaçariense, o Programa de Recuperação,
Preservação, Proteção das Nascentes e Mananciais de Abastecimento objetiva
contemplar projetos de curto, médio e longo prazo – este último com implantação
gradual e efetiva. Com efeito, pela maior degradação na qual se encontra a Bacia do
Rio Joanes, deve-se habilita-la como área de ação prioritária.
10.2.1 Projeto: Recuperação, Preservação e Conservação dos Mananciais
O Projeto: Recuperação, Preservação e Conservação dos Mananciais encontra
respaldo na legislação vigente, na análise situacional de Camaçari e na
compreensão de que os recursos hídricos são indispensáveis à manutenção da vida
tal qual se conhece hoje. Ademais, considerando o elevado risco de degradação dos
mananciais, como explicitado no Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de
Abastecimento de Água, faz-se premente a atenção e execução de estratégias para
recuperação da qualidade da água. Por tais razões, enseja-se, nesse projeto, evitar
a escassez da água para abastecimento público, o comprometimento das atividades
humanas (envolvendo aspectos sanitários, socioeconômicos e ambientais), a
inviabilidade da captação da água nestes mananciais, a maior complexidade no
tratamento (refletindo, muito possivelmente, em aumento de custo operacional),
afora a perda da biodiversidade e conseguinte desequilíbrio ecológico. Logo, como
ação recuperatória, pontua-se:
i. elaboração de estudo de viabilidade para recuperação/revitalização dos
mananciais e execução do projeto, destacando-se o Rio Joanes, Rio Pojuca e
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Rio Jacuípe, assim como seus afluentes, com previsão de técnicas
ecoeficientes, apropriadas e compatíveis à realidade local.
Ademais, a preservação e a conservação dos mananciais interagem intimamente
com sua recuperação, sendo também pertinentes as mesmas disposições legais. Tal
interface induz a uma série de intervenções, que intentam proteger os corpos
d’água, e, consecutivamente, à execução satisfatória dos serviços de abastecimento
de água. É neste prisma que são incorporadas as seguintes ações:
i. inclusão de todos os mananciais de Camaçari em Sistema de Monitoramento e
Controle da Qualidade da Água, mediante cadastro e atualização periódica dos
dados.
ii. intensificação da fiscalização de agentes poluidores e atividades desenvolvidas
no entorno dos mananciais e nas áreas de interesse para abastecimento de
água (Cap. 8), como do setor de agricultura/pecuária e industrial nas cercanias
da represa de Santa Helena e rio Joanes, respectivamente;
ii. incentivo técnico e financeiro de ações que visem à proteção hídrica e de
iniciativas sustentáveis, com ampliação da divulgação de medidas já
existentes, a exemplo do Programa Produtor da Água, desenvolvido pela
Agência Nacional de Águas - ANA, o IPTU Verde;
iii. estímulo à utilização de fertilizantes naturais e à proteção de mananciais, por
meio de cursos para agricultores da região.
Cumpre frisar que as componentes do saneamento estão inter-relacionadas – razão
pela qual as ações de esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo de
resíduos sólidos fazem-se fundamentais para que os projetos apresentados no
Programa: Recuperação, Preservação e Proteção dos Mananciais sejam exitosos.
Finalmente, das atividades indicadas para o município de Camaçari, são listadas:
i. integração e articulação entre o poder público, a sociedade e as comunidades
locais, visando à melhoria e manutenção da qualidade ambiental dos
mananciais;
ii. identificação dos conflitos de uso da água, quando houver, como na barragem
Santa Helena;
iii. alimentação periódica do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas
(Siagas) e do Sisagua quanto aos SAA, SAI, e SAC.
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10.3 Programa: Universalização do Acesso à Água Potável
Posicionada como o primeiro dos trezes princípios fundamentais que compõem a Lei
de Saneamento Básico do país, a universalização do acesso à água dialoga
frontalmente com a garantia da dignidade da pessoa humana. É, portanto, o alcance
do acesso ao saneamento a todo e a qualquer cidadão, mediante tecnologias
apropriadas à realidade socioeconômica, cultural e ambiental (BORJA; MORAES,
2008, p. 10). Outrossim, por sua elevada importância e imprescindibilidade, mantém-
se como uma das metas de desenvolvimento do milênio da ONU e, no foco
particular, no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Camaçari - PDDU.
Noutro ponto, tem-se o Plano Nacional de Saneamento Básico, que inclui a
universalização e a garantia de meios adequados para o atendimento da população
rural dispersa como algumas de suas pautas centrais, reforçando a utilização de
soluções compatíveis com suas características econômicas e sociais. Assim, criar
condições para que a sociedade possa ter seu direito garantido é, pois, desafio
contínuo da gestão pública, a exemplo do Programa Água para Todos, do Governo
Federal, instituído pelo Decreto nº 7.535/11. Por estes ideais e balizado no
diagnóstico realizado localmente (Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de
Abastecimento de Água) que o Programa: Universalização do Acesso à Água
Potável foi elaborado, resguardando, como tônica, as noções de equidade,
integralidade, sustentabilidade, intersetorialidade e participação social, sendo
estruturado em dois projetos adiante descritos.
10.3.1 Projeto: Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa
Para as proposições que assistem ao Projeto: Melhoria dos Sistemas Operados pela
Embasa, dispôs-se de uma avaliação dirigida a cada um dos sistemas existentes no
município, com atenção às considerações levantadas no Produto 04 - Diagnóstico
dos Serviços de Abastecimento de Água, no estudo de cenários realizado neste
Tomo II, do Produto 08 - Estudo de Cenários e nas ações propostas no PARMS.
Assim, de modo inicial, faz-se pertinente resgatar a estratégia lançada pela Embasa
para universalização dos serviços, resumida na Figura 29, que ilustra o último
relatório da administração e demonstrações financeiras (2014).
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Figura 29 - Mapa Estratégico da Embasa.
Fonte: Embasa, 2014.
No que se refere à intermitência no fornecimento de água – problema corrente no
abastecimento municipal e disposto no “P2” do item “UT1” da Figura 29 – o Art. 22
do Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece que:
Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias,
permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento,
são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e,
quanto aos essenciais, contínuos.
De modo conclusivo e não menos importante, conforme explicitado no Produto 04 -
Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 116, alerta-se que
aproximadamente 10% dos munícipes de Camaçari não eram atendidos pela rede
de abastecimento da Embasa, no ano de 2010, compondo outro complexo ponto de
debilidade do serviço, o qual deve ser superado progressivamente na região
camaçariense. Diante disso e a fim de galgar a melhoria dos sistemas operados pela
prestadora, o projeto aqui descrito deve caminhar em conjunto com os demais
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Programas que compõem este Tomo II. Dessa compreensão, foram dispostas as
ações para cada SAA, como aventam os próximos subtópicos.
10.3.1.1. Sistema Local de Abastecimento de Água de Camaçari
i. Instalação de sinalização de identificação nos poços P1, P3, P6, P7, P8
(DO06);
ii. Instalação de sinalização de advertência de perigo em todos os poços (DO06);
iii. Adequação dos poços P1, P7 e P8 para fechamento da poligonal com muro de
alvenaria e portões metálicos (DO06);
iv. Execução do projeto de intervenções no sistema, cujo estudo é apresentado no
PARMS, Fase 3 - Tomo IV - Diretrizes e Proposições - Vol. 05 – Relatório das
Diretrizes e Proposições do Município de Camaçari (SIHS, 2015).
10.3.1.2 Sistema Local de Abastecimento de Água de Parafuso
i. Instalação de sinalização de identificação e advertência de perigo no poço P1
(DO06);
ii. Realização de isolamento adequado da fiação elétrica na casa de química, com
base nas normas vigentes;
iii. Execução do projeto de intervenções no sistema, cujo estudo é apresentado no
PARMS, Fase 3 - Tomo IV - Diretrizes e Proposições - Vol. 05 – Relatório das
Diretrizes e Proposições do Município de Camaçari (SIHS, 2015).
10.3.1.3 Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Machadinho
i. Instalação de dispositivo/estrutura apropriado(a) para trancamento dos poços
P3 e P9 (DO06);
ii. Instalação de sinalização de identificação e advertência de perigo em todos os
poços (DO06);
iii. Definição da poligonal do poço P9 e cercamento;
iv. Execução do projeto de intervenções em Machadinho Sul e Machadinho Norte,
cujo estudo é apresentado no PARMS, Fase 3 - Tomo IV - Diretrizes e
Proposições - Vol. 05 – Relatório das Diretrizes e Proposições do Município de
Camaçari (SIHS, 2015).
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10.3.1.4 Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Jordão
i. Instalação de sinalização de identificação e advertência de perigo em todos os
poços (DO06);
ii. Execução do projeto de intervenções no sistema, cujo estudo é apresentado no
PARMS, Fase 3 - Tomo IV - Diretrizes e Proposições - Vol. 05 – Relatório das
Diretrizes e Proposições do Município de Camaçari (SIHS, 2015).
10.3.1.5 Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Barra do Pojuca
i. Execução do projeto de intervenções no sistema, cujo estudo é apresentado no
PARMS, Vol. 07 – Relatório dos Estudos de Concepção e Viabilidade do
Município de Mata de São João (SIHS, 2015).
10.3.1.6 Sistema Simplificado de Abastecimento de Água de Canto dos
Pássaros
i. Instalação de sinalização de advertência de perigo na área do poço (DO06);
ii. Elaboração e execução de projeto de intervenções no sistema, com
implantação de reservatório com capacidade mínima de 215 m³ para fim de
plano e instalação de tubulação auxiliar no poço utilizado.
Em tempo, ressalta-se a importância de se inibir, neste SSAA, práticas como
colocação de torneiras em tubulação de saída, de maneira a evitar perdas de carga
e comprometimento do fornecimento de água.
10.3.2 Projeto: Soluções Alternativas para a Zona Rural
Pelo diagnóstico do abastecimento de água no município de Camaçari, verificou-se
que a dispersão física da população em áreas rurais menos densamente povoadas,
como visto nos distritos de Monte Gordo e Abrantes, é a causa substancial do déficit
na prestação desse serviço pela Embasa5. Ocorre que esta situação dificulta
consideravelmente a identificação das demandas específicas de cada comunidade,
encarece as soluções de engenharia e obstaculiza a ampliação das infraestruturas
dos sistemas para contemplar tais munícipes (FUNASA, 2011, p. 7). Para tanto,
deve-se lançar mão de soluções técnica, social, econômica e ambientalmente
viáveis, com aplicabilidade imediata ou em curto prazo, as quais possam ser
5 Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 424.
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incorporadas à realidade local. Agrega-se, pois, a participação dos moradores à
aplicação de engenharia, com vistas a resguardar os “3 Es” (eficiência, eficácia e
efetividade) e a promover “condições de salubridade ambiental às populações rurais
e de pequenos núcleos urbanos isolados” (Art. 49, inciso IV, Lei Federal nº
11.443/07). Como consequência, espera-se a redução da desigualdade de acesso à
água, vez que o meio rural, diferentemente da área urbana, mantém-se ainda
distante da meta de universalização ora mencionada.
Seguindo-se a isso, é sabido que as alternativas podem ser individuais ou coletivas
(conforme definição do Art. 5º, inciso II da Portaria 2.914/2011), com captação em
águas naturais de nascentes, represas ou depósitos subterrâneos. Entre as
alternativas mais usuais, contudo, consideram-se as superfícies de coleta em águas
pluviais (armazenamento em cisternas) e poços escavados (rasos ou freáticos). Sem
embargos, deve-se priorizar as soluções que apresentem melhor qualidade e maior
proximidade ao ponto de demanda (HELLER; PÁDUA, 2010). Assim, das ações
focadas para o cenário de Camaçari, considerando tais possibilidades, dispõem-se:
i. Realização de estudos e ampliação e/ou adequação dos sistemas existentes
(SSAA de Estrada de Maracaiúba, SIAA de Lagoa Seca e SIAA de Rancho
Alegre);
ii. Elaboração de projeto e implantação dos seguintes sistemas simplificados:
Pião Manso, Vila Camaçari, Sucupira e Itapecirica;
iii. Implantação de reservatórios de captação de água de chuva em localidades
com população inferior a 150 hab. e/ou em domicilios dispersos que ainda não
dispõem de soluções de abastecimento.
No Quadro 28 apresenta-se a síntese dos Programas, projetos e Ações previstos
para o Abastecimento de água em Camaçari.
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Quadro 28 - Síntese dos Programas, Projetos e Ações para o Abastecimento de Água.
Justificativa Condicionantes Abrangência Ações
PROGRAMA: GESTÃO SUSTENTÁVEL
Projeto: Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado
Melhorar a qualidade do serviço prestado
tanto para rural quanto para área urbana
Engajamento do poder público municipal no
cumprimento das ações
Municipal
i. Capacitação da mão de obra responsável pela operação dos sistemas de abastecimento
ii. Desenvolvimento de canal de diálogo entre a prestadora e o usuário para informação quanto à água abastecida
iii. Contratação de mão de obra qualificada para operação do canal de diálogo entre a prestadora e os usuários
Engajamento do prestador de serviço (embasa) no
cumprimento das ações
iv. Desenvolvimento de campanha educativa para enfrentamento do déficit sazonal no fornecimento de água
v. Melhoria da segurança dos sistemas
Articulação da população
vi. Cadastramento dos sistemas implantados pela Cerb
vii. Contratação e treinamento de mão de obra para o setor de manutenção e operação dos sistemas sob responsabilidade da Prefeitura
viii. Captação de água de chuva em imóveis públicos municipais e fomento à prática em imóveis particulares
ix. Capacitação dos usuários à autogestão dos poços e das cisternas, e instrução quanto ao consumo direto da água captada, com fornecimento de material informativo
x. Elaboração do Plano de Segurança da Água
Projeto "Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água"
Fornecer água em qualidade atendendo os padrões de potabilidade vigentes, contribuindo na promoção da saúde
Articulação da população Municipal i. Garantia de quadro mínimo de funcionários ao Covisam
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Justificativa Condicionantes Abrangência Ações
Fornecer água em qualidade atendendo os padrões de potabilidade vigentes, contribuindo na promoção da saúde
Suporte do poder público municipal na disponibilização de equipamentos e mão de
obra qualificada
Municipal
ii. Capacitação dos profissionais contratados para atuação no Covisam
iii. Garantia de materiais e insumos necessários para a realização das atividades da Covisam
Engajamento dos funcionários públicos da VISA na realização das ações
necessárias
iv. Execução de rotina de controle e monitoramento da qualidade da água para consumo humano
v. Garantia do fornecimento de desinfectante para casos em que a fonte de abastecimento possua água de boa qualidade (soluções individuais)
vi. Desenvolvimento de campanha de cadastramento de usuário da água
Projeto "Controle de Perdas"
Aumento da receita, melhoria na gestão e no atendimento do serviço, além de contribuir para o
gerenciamento eficiente dos recursos hídricos
Fiscalização do poder público
Municipal
i. Desenvolvimento de campanha para negociação de dívidas com usuários inadimplentes, com divulgação nas mídias locais
ii. Implantação de sistema de monitoramento do consumo de água em imóveis públicos
Engajamento do prestador de serviço (embasa) no
cumprimento das ações
iii. Manutenção do sistema de monitoramento do consumo de água em imóveis públicos
iv. Inspeção, manutenção e monitoramento dos SAAs
PROGRAMA: RECUPERAÇÃO, PRESERVAÇÃO E PROTEÇÃO DE MANANCIAIS
Projeto "Recuperação, Preservação e Conservação dos Mananciais"
Melhoria e manutenção da qualidade ambiental
dos mananciais
Articulação do poder público municipal e estadual
Municipal
i. Elaboração de estudo de viabilidade para recuperação/revitalização dos mananciais, e execução do projeto
ii. Inclusão de todos os mananciais de Camaçari em Sistema de Monitoramento de Controle da Qualidade da Água, com cadastro e atualização periódica dos dados
Engajamento e participação da população
iii. Incentivo técnico e financeiro de ações que visem à proteção hídrica e de iniciativas sustentáveis, com ampliação a divulgação de medidas já existentes
iv. Realização de cursos para agricultores da região, abordando o uso de fertilizantes naturais e a proteção dos mananciais
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Justificativa Condicionantes Abrangência Ações
PROGRAMA "UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO À ÁGUA POTÁVEL"
Projeto "Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa"
Fornecer água em qualidade e em
quantidade suficiente para atendimento das
necessidades básicas da população
Acompanhamento pelo ente fiscalizador
SLAA Camaçari (Sede de Camaçari)
i. Instalação de sinalização de identificação nos poços P1, P3, P6, P7, P8
ii. Instalação de sinalização de advertência de perigo em todos os poços
Engajamento do prestador de serviço (embasa) no
cumprimento das ações
iii. Adequação dos poços P1, P7 e P8 para fechamento da poligonal com muro de alvenaria e portões metálicos
iv. Intervenções no sistema (obras, planos e programas ambientais e desapropriações)
SLAA Parafuso (Localidade de
Parafuso)
v. Instalação de sinalização de identificação e advertência deperigo no poço P1
Articulação da população
vi. Realização de isolamento adequado da fiação elétrica na casa de química, com base nas normas vigentes
vii. Intervenções no sistema (obras, planos e programas ambientais e desapropriações)
SIAA Machadinho (Localidades atendidas)
viii. Instalação de dispositivo/estrutura apropriado(a) para trancamento dos poços P3 e P9
ix. Instalação de sinalização de identificação e advertência de perigo em todos os poços
x. Cercamento do poço P9
xi. Intervenções no sistema Machadinho Sul (obras, planos e programasambientais e desapropriações)
xii. Intervenções no sistema Machadinho Norte (obras, planos e programasambientais e desapropriações)
SIAA Jordão (Localidades atendidas)
xiii. Instalação de sinalização de identificação e advertência de perigo em todos os poços
xiv. Intervenções no sistema (obras, planos e programas ambientais e desapropriações)
SIAA Barra do Pojuca
(Localidade de Barra do Pojuca)
xv. Intervenções no sistema (obras, planos e programas ambientais e desapropriações)
SAA Canto dos Pássaros
xvi. Instalação de sinalização de advertência de perigo na área do poço
xvii. Intervenções no sistema
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Justificativa Condicionantes Abrangência Ações
Projeto "Soluções Alternativas para a Zona Rural"
Fornecer água em qualidade e em
quantidade suficiente para atendimento das necessidades básicas
da população
Engajamento do poder público municipal no
cumprimento das ações
Localidades Rurais
i. Ampliação e/ou adequação dos sistemas simplificados existentes (Maracaíuba, Lagoa Seca e Rancho Alegre)
ii. Elaboração de projeto e implantação de novos sistemas simplificados (Pião Manso, Vila Camaçari, Itapecerica e Sucupira)
Articulação da população
iii. Garantia do fornecimento de desinfectante para os sistemas existentes e aqueles a serem implantados
iv. Elaboração de Projeto e implantação de cisternas para captação de água de chuva em localidades com população inferior a 150 hab. e/ou em domicílios dispersos
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
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11 ESTIMATIVAS DOS RECURSOS NECESSÁRIOS AOS INVESTIMENTOS
A presente estimativa guarda a finalidade de auxiliar os processos decisórios quanto
à gestão dos serviços de abastecimento de água no município de Camaçari - Ba.
Para cumprir este objetivo, fez-se o levantamento detalhado dos custos de cada
ação, conforme os projetos propostos neste Tomo II, considerando, ainda, o
horizonte de planejamento de vinte anos.
Destarte, este Tomo apresenta os custos totais estimados para cada projeto, a partir
dos investimentos necessários às suas ações. Também foram determinados os anos
para cada investimento visando suas demandas e prioridades. Os valores
apresentados foram obtidos por meio de consultas junto a fornecedores, indicadores
de custos do Ministério das Cidades (Plansab), publicações especializadas, tabelas
de serviços e insumos (como o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices
da Construção Civil - Sinapi), além de orçamentos de projetos semelhantes
divulgados por prefeituras, prestadoras de serviço e empresas da área.
Vale ressaltar que tais valores tem como objetivo apenas nortear o Município na
implementação dos projetos propostos nesse tomo. O mesmo não têm a intenção de
realizar orçamentos oficiais quanto às estruturas, equipamentos e demais quesitos a
serem adquiridos. Os valores são variáveis e dependerão da viabilidade técnica e
econômica da Administração Pública.
A inflação utilizada nos cálculos de correção para cada ano do horizonte de estudo
foi de 6,4%, ao se considerar a média da inflação dos últimos vinte anos informada
pelo IBGE (2016).
11.1 Programa: Gestão Sustentável
O custo total estimado para o Programa “Gestão Sustentável” foi de R$
22.773.251,26 (vinte e dois milhões, setecentos e setenta e três mil, duzentos e
cinquenta e um reais e vinte e seis centavos). Este valor corresponde ao somatório
dos três projetos que o compõem, discorridos no Capítulo 10 - Programas, Projetos
e Ações deste Tomo. O detalhamento dos recursos previstos para cada um deles
será dado, portanto, nos subitens adiante.
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11.1.1 Projeto: Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado
As ações onerosas do Projeto Melhoria da Qualidade no Serviço Prestado abarcam,
em grande parte, investimentos no âmbito das medidas estruturantes, como
capacitação de funcionários e usuários, desenvolvimento de campanha educativa,
cadastramento dos sistemas simplificados e estabelecimento de canal permanente
de diálogo entre a prestadora e o usuário. Para a obtenção dos valores das ações
eleitas, foram consultadas, sobretudo, empresas e médias salariais dos profissionais
requeridos. A Tabela 23 seguinte apresenta os custos para este projeto, que, ao
todo, foi estimado em R$ 15.618.813,13 (quinze milhões, seiscentos e dezoito mil,
oitocentos e treze reais e treze centavos), a saber:
Tabela 23 - Custo total do Projeto “Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado”.
Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável
Capacitação da mão de obra responsável pela operação dos
sistemas de abastecimento R$ 278.699,70
R$ 15.618.813,13
Embasa
Desenvolvimento de canal de diálogo entre a prestadora e o usuário para
informação quanto à água abastecida R$ 3.845,13 Embasa
Contratação de mão de obra qualificada para operação do canal de diálogo entre
a prestadora e os usuários R$ 98.299,79 Embasa
Desenvolvimento de campanha educativa
para enfrentamento do déficit sazonal no fornecimento de água
R$ 4.976.012,90 Embasa e Prefeitura
Melhoria da segurança dos sistemas R$ 613.081,76 Embasa
Cadastramento dos sistemas implantados pela Cerb
R$ 2.660,04 Prefeitura
Contratação e treinamento de mão de obra para o setor de manutenção e
operação dos sistemas sob responsabilidade da Prefeitura
R$ 369.625,48 Prefeitura
Captação de água de chuva em imóveis públicos municipais e fomento à prática
em imóveis particulares R$ 3.948.252,99 Prefeitura
Capacitação dos usuários à autogestão dos poços e das cisternas, e instrução
quanto ao consumo direto da água captada, com fornecimento de material
informativo
R$ 468.955,11 Prefeitura
Elaboração do Plano de Segurança da Água
R$ 4.859.380,24
Embasa, Prefeitura
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
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Para a primeira ação (capacitação de mão de obra responsável pela gestão dos
sistemas de abastecimento), foi prevista a elaboração e a impressão de material
didático, como sistematização da gestão de qualidade, e a presença de
coordenação e palestrante. Quanto ao desenvolvimento de canal de diálogo, o valor
exposto deriva da criação de uma página virtual, inserida no website da prestadora
de serviços, com vistas a promover maior transparência, a exemplo da página virtual
da Sabesp, de São Paulo e do Departamento Autônomo de Água e Esgoto de
Penápolis, São Paulo. A campanha educativa anual, por sua vez, inclui sua
elaboração publicitária e divulgação na mídia local. Para a melhoria da segurança
pública, sugere-se a contratação de dois funcionários para os seis sistemas
existentes na zona urbana (SLAA Camaçari, SLAA Parafuso, SIAA Machadinho,
SIAA Jordão e SLAA Barra do Pojuca). Já o cadastramento dos sistemas
implantados pela Cerb deverá ser cumprido com a contratação de profissional para
digitalização dos dados e revisão de informações adicionadas, supondo haver
computador e internet disponíveis para tal. Da contratação e treinamento de mão de
obra para o setor de manutenção e operação dos sistemas sob responsabilidade da
Prefeitura, tem-se o custo com a elaboração e a disponibilização de material
didático, bem como a presença de profissional qualificado e com experiência
comprovada na operação de cada tipo de sistema, afora a contratação de operador
para o sistemas existentes e os que serão impalntados. Como forma de reduzir as
despesas públicas e de fomentar a prática da sustentabilidade no município, propõe-
se a captação e a reservação de água de chuva em imóveis públicos, que demanda,
como gastos, a eleboração do projeto, a implantação do sistema de coleta, a
manutenção das cisternas, com periodicidade semestral, e a campanha publicitária
para divulgação dos benefícios afim de fomentar a pratica em pédios particulares.
Também inclui-se, neste projeto, a capacitação dos usuários à autogestão dos
poços e das cisternas, com fornecimento de material informativo adaptado à
realidade local. Nesta ação, foram orçadas as despesas com serviços gráficos,
divulgação, contratação de palestrante qualificado e de assistente social, além do
transporte destes profissionais e da alimentação (lanche) para os participantes. Por
fim, foi estimado o custo com a elaboração do Plano de Segurança da Água - PSA,
recomendados pela Organização Muncial de Saúde, visando ao cumprimento da
Portaria GM/MS n° 2.914/2011 (BRASIL, 2012). A esta ação, buscou-se, como
referência, pesquisa de mercado e cotejo de projetos similares, como o “Programas
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para Resultados”, financiado pelo Banco Mundial e divulgado pelo Instituto de
Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará - Ipece, de 2013.
11.1.2 Projeto: Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água
Este projeto engloba seis ações que visam à melhoria do monitoramento da água
para consumo humano, tendo um custo total estimado em R$ 4.148.077,49 (quatro
milhões, cento e quarenta e oito mil, setenta e sete reais e vinte e quarenta e nove
centavos), como exposto na Tabela 24.
Tabela 24 - Custo total do Projeto “Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água”.
Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável
Garantia de quadro mínimo de funcionários ao Covisam
R$ 1.356.235,77
R$ 4.148.077,49 Prefeitura
Capacitação dos profissionais contratados para atuação no
Covisam R$ 31.973,63
Garantia de materiais e insumos necessários para a realização das
atividades da Covisam R$ 63.255,65
Execução de rotina de controle e monitoramento da qualidade da
água para consumo humano R$ 564.528,11
Garantia do fornecimento de desinfectante para casos em que a
fonte de abastecimento possua água de boa qualidade (soluções
individuais)
R$ 95.879,01
Desenvolvimento de campanha de cadastramento de usuário da água
R$ 2.036.205,33
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
O custo levantado para garantia do quadro mínimo de funcionários ao Covisam
baseia-se na contratação de 08 profissionais, com vínculo efetivo, conforme piso ou
média salarial de cada cargo demandado (Quadro 24). Por conseguinte, a equipe
ingressa deverá ser capacitada – ação que requer o investimento com a elaboração
e a reprodução de material didático, caso a empresa ainda não o disponha. Em
complemento, a fim de municiar a Covisam para realização de suas atividades,
previu-se a aquisição de materiais e insumos, como veículo, computador e acesso à
internet estável (Quadro 25). À execução de rotina de controle e monitoramento da
qualidade da água destinada ao consumo humano, considerou-se a divisão das
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zonas entre urbana e rural, sabendo-se que a primeira tem seu custeio realizado
pela própria prestadora de serviços – a Embasa. O valor unitário para referência do
custeio foi de R$ 1,50 (referenciado pelo estudo de Barreto et al, 2006), com
correção de IPC-A ao longo do horizonte de projeto, bem como do crescimento
populacional – estudo apresentado no Produto 2. As mesmas correções de
crescimento populacional e IPC-A foram empregadas na ação seguinte, da garantia
de fornecimento de desinfectante para as soluções individuais. Para tanto, foi
adotado o valor unitário do hipoclorito de sódio a 12%, como recomenda a Fundação
Nacional de Saúde (BRASIL, 2014), de acordo com pesquisa de mercado. Dando
prosseguimento à estimativa das ações, tem-se que, para o desenvolvimento de
campanha de cadastramento de usuários de água, com periodicidade bienal, foram
levantados os custos com a produção da peça publicitária, a divulgação em mídias
locais, a contratação de agente capacitado para esclarecimento de dúvidas em
comunidades rurais, além de transporte.
11.1.3 Projeto: Controle de Perdas
Neste projeto, prevê-se o investimento de R$ 2.966.360,64 (dois milhões,
novecentos e sessenta e seis mil, trezentos e sessenta reais e sessenta e quatro
centavos), como apresenta a Tabela 25. Este recurso será destinado ao
desenvolvimento de campanhas trienais para negociação de dívidas com o usuário
inadimplente, sendo necessária a divulgação em mídias locais. À implantação e
manutenção de sistema de monitoramento do consumo de água em imóveis
públicos não se vislumbrou ônus ao município, vez que há fornecimento gratuito do
Programa de Uso Racional da Água e Energia - Água Pura, da Rede de Tecnologias
Limpas e Minimização de Resíduos, da Universidade Federal da Bahia, e sua
atualização é de baixa complexidade. Desde modo, os dados coletados poderão ser
registrados, no sistema, por funcionário de quadro efetivo. As demais ações que
integram o Projeto “Controle de Perdas” também não conferem gasto ao poder
público municipal, visto que estão contempladas nas atribuições da Embasa,
carecendo, contudo, de maior atenção. Ressalta-se que além destas ações destaca-
se a educação ambiental, que estará contempladas no Tomo I através de um
programa, no sentido de sensibilizar desde as crianças nas escolas até os adultos,
no que concerne as implicações das ligações clandestinas, acrescenta-se também a
necessidade de intensificar a fiscalização por parte dos orgãos responsáveis para
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coibir ocupações em locais proibidos por legislação onde as companhias não devem
instalar infraestruturas (energia elétrica, abastecimento de água), locias ettes que
são os amis propícios a realização de ligações clandestinas.
Tabela 25 - Custo total do Projeto “Controle de Perdas.”
Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável
Desenvolvimento de campanha para negociação de dívidas com
usuários inadimplentes, com divulgação nas mídias locais
R$ 2.966.360,64
R$ 2.966.360,64
Embasa
Implantação de sistema de monitoramento do consumo de água em imóveis públicos
R$ 0,00 Prefeitura
Manutenção do sistema de monitoramento do consumo de água em imóveis públicos
R$ 0,00 Prefeitura
Inspeção, manutenção e monitoramento dos SAAs
R$ 0,00 Embasa e Prefeitura
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
11.2 Programa: Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais
Para o Programa “Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais”, estimou-
se serem necessários R$ 40.890.138,57 (quarenta milhões, oitocentos e noventa
mil, cento e trinta e oito reais e cinquenta e sete centavos), conforme gastos
previstos para cada ação do Projeto “Recuperação, Preservação e Proteção de
Mananciais”, apresentado no tópico posterior.
11.2.1 Projeto: Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais
Este projeto é composto por quatro ações, como ilustra a Tabela 26. Para análise do
custo com a elaboração e a execução de projeto de recuperação/revitalização dos
mananciais, utilizou-se o simulador do Instituto Mato Grossense de Economia
Agropecuária - Imea, comparando-o com valores atuais de mercado. Considerando
a necessidade desta ação para as três bacias hidrográficas (Rio Joanes, Rio
Jacuípe e Rio Pojuca), o levantamento da área total referente (2.206,9 ha), via
análise em ferramenta virtual, e a utilização apenas de espécies nativas, obteve-se o
montante de R$ 37.808.744,49 (trinta e sete milhões, oitocentos e oito mil,
setecentos e quarenta e quatro reais e quarenta e nove centavos).
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A inclusão de todos os mananciais de Camaçari em Sistema de Monitoramento de
Controle da Qualidade da Água requer a contratação de um funcionário para a
primeira etapa (inclusão dos dados). Supondo haver computador e acesso à internet
disponíveis, a atualização destes dados deverá caber a funcionário efetivo que já
atue neste setor, sabendo que tal atividade está prevista na Lei Federal nº
11.445/07. Desse modo, o valor de R$ 1.330,02 (hum mil, trezentos e trinta reais e
dois centavos) resulta da adição do IPC-A ao salário médio atual.
Na ação seguinte, de incentivo técnico e financeiro de ações que visem à proteção
hídrica e de iniciativas sustentáveis, o investimento de R$ 2.471.457,24 (dois milhões,
quatrocentos e setenta e hum mil, quatrocentos e cinquenta e sete reais e vinte e
quatro centavos) refere-se ao desenvolvimento do projeto, à publicação de 1 (hum)
edital por ano, com início em 2025, assim como a dotação destinada à premiação de
3 (três) participantes e à equipe técnica incumbida da avaliação das ações
concorrentes, com posterior divulgação dos premiados. Por último, orçou-se o
recurso necessário à realização de 2 (dois) cursos para agricultores da região ao
ano, abordando sobre o uso de fertilizantes naturais e a proteção dos mananciais, a
ser iniciado em 2019. Nesta ação, foram incluídos os gastos com elaboração de
cartilha, serviços gráficos, divulgação, transporte, contratação de profissionais
capacitados para ministrar o curso e mediar o contato com os moradores, além de
lanche para os participantes, totalizando R$ 608.606,83 (seiscentos e oito mil,
seiscentos e seis reais e oitenta e três centavos).
Tabela 26 - Custo total do Projeto “Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais.
Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável
Elaboração de estudo de viabilidade para recuperação/revitalização dos mananciais, e execução do projeto
R$ 37.808.744,49
R$ 40.890.138,57
INEMA, SHIS/Embasa
Inclusão de todos os mananciais de Camaçari em Sistema de Monitoramento de Controle da Qualidade da Água, com
cadastro e atualização periódica dos dados
R$ 1.330,02 Prefeitura
Incentivo técnico e financeiro de ações que visem à proteção hídrica e de
iniciativas sustentáveis, com ampliação a divulgação de medidas já existentes
R$ 2.471.457,24 INEMA, Prefeitura
Realização de cursos para agricultores da região, abordando o uso de
fertilizantes naturais e a proteção dos mananciais
R$ 608.606,83 INEMA, Prefeitura
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
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11.3 Programa: Universalização do Acesso à Água Potável
O Programa “Universalização do Acesso à Água Potável” detém grande importância
para a adequação do município aos princípios e às diretrizes da Lei Nacional nº
11.445/07. Para atingir esta meta, o investimento levantado para sua realização foi
de R$ 203.886.182,30 (duzentos e três milhões, oitocentos e oitenta e seis mil, cento
e oitenta e dois reais e trinta centavos), com custos referentes a ambos projetos que
o integram.
11.3.1 Projeto: Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa
O Projeto “Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa” envolve as ações
propostas para cada um dos 6 (seis) sistemas operados pela Embasa. Do somatório
dos custos requeridos, obteve-se o total de R$ 191.248.409,75 (cento e noventa e
hum milhões de reais, duzentos e quarenta e oito mil, quatrocentos e nove reais e
setenta e cinco centavos), cujas referências foram: tabela do Sinapi (2016),
fornecida pela Caixa Econômica Federal, PARMS (2015), valor atual de mercado
para serviços gerais, além do IBGE (2016) e do Manual de Cloração de Água em
Pequenas Comunidades, da Funasa (BRASIL, 2014). É destacado que, para das
ações pontuais (instalação de sinalização e adequação dos poços), sugere-se o
cumprimento imediato, não carecendo de continuidade.
Ressalta-se que nesse projeto, mesmo o estudo demandas realizado para o cenário
de referência ter apontado que determinados sistemas não necessitariam de
determinadas ampliações ou que estas não precisariam ser realizadas com urgência
optou-se a favor da segurança por compatibilizar este projeto com os estudos
realizados pelo PARMS (2015) visto que este possui mais ferramentas para o
detalhamento das intervenções necessárias em cada sistema o que não é objeto no
âmbito de um Plano de Saneamento Básico. Além disso, na maioria dos sistemas já
estão previstas intervenções a serem realizadas pela Embasa inclusive com projetos
elaborados e algumas obras já em andamento em fase de licitação, como já
mencioando anteriormente. Os custos das intervenções previstas no PARMS são
resumidas em 3 categorias: obras, planos e programas ambientais e
desapropriações.
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10.3.1.1. Sistema Local de Abastecimento de Água de Camaçari (Sede)
A Tabela 27 apresenta, resumidamente, os custos por ação previstos para o SLAA
de Camaçari. Deve-se salientar que os custos com as intervenções no sistema
foram obtidos no PARMS (2015).
Tabela 27 - Custo total para o SLAA de Camaçari (sede).
Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável
Instalação de sinalização de identificação nos poços
P1, P3, P6, P7, P8 R$ 4.779,82
R$ 4.104.323,84 Embasa
Instalação de sinalização de advertência de perigo em todos os poços
R$ 6.588,38
Adequação dos poços P1, P7 e P8 para fechamento da poligonal com
muro de alvenaria e portões metálicos
R$ 236.388,91
Intervenções no sistema (obras, planos e programas
ambientais e desapropriações) R$ 3.856.566,73
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria; PARMS, 2016.
10.3.1.2. Sistema Local de Abastecimento de Água de Parafuso
Analogamente ao SLAA de Camaçari, expõe-se a Tabela 28, que discretiza os
custos por ação, bem como o valor total para o referido sistema.
Tabela 28 - Custo total para o SLAA de Parafuso.
Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável
Instalação de sinalização de identificação e advertência de
perigo no poço P1 R$ 1.688,01
R$ 1.206.712,11 Embasa
Realização de isolamento adequado da fiação elétrica na casa de química, com base nas
normas vigentes
R$ 254,73
Intervenções no sistema (obras, planos e programas
ambientais e desapropriações) R$ 1.204.769,38
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria; PARMS, 2016.
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10.3.1.3. Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Machadinho
Para o SIAA de Machadinho, faz-se preciso maior investimento, em comparação aos
outros dois apresentados, haja vista a previsão de intervenções no sistema de
Machadinho Norte e Machadinho Sul, detalhadas no PARMS (2015).
Tabela 29 - Custo total para o SIAA de Machadinho.
Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável
Instalação de dispositivo/estrutura apropriado(a) para trancamento
dos poços P3 e P9 R$ 255,36
R$ 97.832.079,47
Embasa
Instalação de sinalização de identificação e advertência de
perigo em todos os poços R$ 11.816,04
Cercamento do poço P9 R$ 12.218,23
Intervenções no sistema Machadinho Sul (obras, planos e programas
ambientais e desapropriações)
R$ 55.280.010,33
Intervenções no sistema Machadinho Norte
(obras, planos e programas ambientais e desapropriações)
R$ 42.527.779,51
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria; PARMS, 2016.
10.3.1.4. Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Jordão
O SIAA de Jordão requer, assim como os demais, instalação de sinalização nos
poços. Além disso, constatou-se, pela observação do Produto 04 - Diagnóstico dos
Serviços de Abastecimento de Água, que o sistema necessita de intervenções
orçadas no PARMS (2015), a serem cumpridas no horizonte adotado.
Tabela 30 - Custo total para o SIAA de Jordão.
Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável
Instalação de sinalização de identificação e advertência de
perigo em todos os poços R$ 6.141,49
R$ 45.409.367,32 Embasa
Intervenções no sistema (obras, planos e programas
ambientais e desapropriações)
R$ 45.403.225,83
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria; PARMS, 2016.
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10.3.1.5. Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Barra do Pojuca
Pela análise do diagnóstico realizado e do cenário de referência, foi avaliado que o
SIAA de Barra do Pojuca também encontra-se em necessidade de intervenções,
como explicitado, igualmente, no PARMS (2015).
Tabela 31 - Custo total para o SIAA de Barra do Pojuca.
Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável
Intervenções no sistema (obras, planos e programas
ambientais e desapropriações)
R$ 41.952.630,56 R$ 41.952.630,56 Embasa
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria; PARMS, 2016.
É importante ressaltar que esse sistema atende apenas a localidade de Barra do
Pojuca no município de Camaçari, sendo portanto a maioria desses investimentos
previstos para atender as demandas de localidades e complexos hoteleiros do
municipio de Mata de São João, tanto é que esse sistema no PARMS foi
contemplado na Fase 3 - Tomo IV - Diretrizes e Proposições - Vol. 07 – Relatório
das Diretrizes e Proposições do Município de Mata de São João.
10.3.1.6. Sistema Simplificado de Abastecimento de Água de Canto dos
Pássaros
Ao fim, fez-se a estimativa dos investimentos requeridos para o SSAA de Canto dos
Pássaros, referentes às duas ações sugeridas. Entre as intervenções no sistema,
incluem-se a implantação de tubulação auxiliar no poço e de reservatórios (150 m³,
em 2018, e outro de 150 m³, em 2028), de modo a atender ao volume mínimo de
reservação requerido (item 6.1.6 do presente Tomo II).
Tabela 32 - Custo total para o SSAA de Canto dos Pássaros.
Ações Custo por ação Custo do projeto Respnsável
Instalação de sinalização de advertência de perigo na área do poço
R$ 732,04
R$ 743.296,45 Embasa
Intervenções no sistema R$ 742.564,41
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
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11.3.2 Projeto: Soluções Alternativas para a Zona Rural
Com o propósito de possibilitar a universalização do acesso à água de boa
qualidade para consumo humano, na zona rural, estimou-se o investimento de R$
12.637.772,55 (doze milhões, seiscentos e trinta e sete mil, setecentos e setenta e
dois reais e cinquenta e cinco centavos). Este valor consiste na soma de
investimentos com ações estruturantes, tendo, como referência principal, o Plano de
Abastecimento de Água da Região Metropolitana de Salvador, Santo Amaro e
Saubara - PARMS (2015), para o caso das ações de ampliação e/ou adequação dos
sistemas simplificados existentes (Maracaiúba, Lagoa Seca e Rancho Alegre) e para
a implantação de quatro novos sistemas (Pião Manso, Vila Camaçari, Itapecerica e
Sucupira). Para a garantia de fornecimento de desinfectante para os 7 sistemas
(existentes e futuros), por sua vez, o custo levantado baseou-se no uso de
hipoclorito de sódio a 12% como desinfectante, com distribuição de 1 frasco por mês
por família ao ano. Nesta ação, foram utilizados os dados do Sistema IBGE de
Recuperação Automática (BRASIL, 2016), do Manual de Cloração de Água em
Pequenas Comunidades, Utilizando o Clorador Simplificado Desenvolvido pela
Funasa (BRASIL, 2014) e de pesquisa de mercado para estudo do valor unitário do
produto. O total para 20 anos de planejamento foi de R$ 95.879,01 (noventa e cinco
mil, oitocentos e setenta e nove reais e hum centavo). Seguindo-se à última ação
apresentada para este projeto, tem-se a aquisição e implantação de cisterna em
localidades com população inferior a 150 hab. e/ou em domicílios dispersos.
Contudo, ciente de que o município não está inserido no semiárido e, portanto, nos
requisitos para apreciação do subsídio dado pelo Programa Água para Todos, do
Governo Federal, fez-se também a estimativa do investimento necessário para
contemplar esta ação ao longo dos 20 (vinte) anos de planejamento. Valendo-se das
devidas considerações quanto ao crescimento populacional da zona rural e ao IPC-
A, o montante final levantado foi de R$ 8.189.829,54 (oito milhões, cento e oitenta e
nove mil, oitocentos e vinte e nove reais e cinquenta e quatro centavos), conforme
exposto na Tabela 33.
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Tabela 33 - Custo total do Projeto “Soluções Alternativas para a Zona Rural”.
Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável
Ampliação e/ou adequação dos sistemas simplificados existentes
(Maracaíuba, Lagoa Seca e Rancho Alegre)
R$ 1.352.064,00
R$ 12.637.772,55 Prefeitura
Elaboração de projeto e implantação de novos
sistemas simplificados (Pião Manso, Vila Camaçari, Itapecerica e
Sucupira)
R$ 3.000.000,00
Garantia do fornecimento de desinfectante para os sistemas existentes e aqueles a serem
implantados
R$ 95.879,01
Elaboração de Projeto e implantação de cisternas para
captação de água de chuva em localidades com população inferior a
150 hab. e/ou em domicílios dispersos
R$ 8.189.829,54
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.
11.4 Demonstrativo dos Investimentos
Ante aos levantamentos expostos, buscou-se resumir, neste item, as estimativas dos
recursos necessários aos investimentos na componente de abastecimento de água
do município de Camaçari - Ba. Vê-se que, para lograr a meta proposta neste Tomo
II, em vista do cenário de referência adotado, será necessário o investimento total de
R$ 267.509.572,13 (duzentos e sessenta e sete milhões, quinhentos e nove mil,
quinhentos e setenta e dois reais e treze centavos), para cumprimento de medidas
estruturantes e estruturais, descritas no Capítulo 10 do presente Tomo II. Pelo
montante final, avalia-se que a maior demanda de recursos deriva do Programa
“Universalização do Acesso à Água Potável” (76,2% do investimento total para os
Serviços de Abastecimento de Água municipais), em particular, do Projeto “Melhoria
dos Sistemas Operados pela Embasa”, em virtude de ser um município onde a
maioria da população reside na área urbana e pelo seu potencial turistico. Este fato
decorre, principalmente, das intervenções necessárias aos seis sistemas já
mencionados, indicando situação que, no mínimo, requer maior atenção por parte do
poder público.
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Tabela 34 – Demostrativo dos investimentos por projeto para o serviço de abasteciemnto de àgua.
PROGRAMA
PROJETO TOTAL POR PROGRAMA
PERCENTUAL DO PROGRAMA
Título Custo Percentual
Gestão Sustentável
Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado
R$ 15.618.813,13
68,70%
R$ 22.733.251,26 8,5% Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água
R$ 4.148.077,49
18,25%
Controle de Perdas R$
2.966.360,64 13,05%
Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais
Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais
R$ 40.890.138,57
100,00% R$ 40.890.138,57 40,8%
Universalização do Acesso à Água
Potável
Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa
R$ 191.248.409,75
93,80%
R$ 203.886.182,30 76,2% Soluções Alternativas
para a Zona Rural R$
12.637.772,55 6,20%
TOTAL DE INVESTIMENTO EM 20 ANOS R$ 267.509.572,13
Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.
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12 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Produto 08 – Estudos de Cenários - Tomo II - Abastecimento de Água apresenta
três cenários alternativos de demandas. A partir do cenário escolhido como
referência, foram descritos os objetivos e as metas referentes a cada variável, assim
como as estratégias para alcançá-las. Estas, posteriormente, foram organizadas em
programas, projetos e ações para viabilizar a melhoria da qualidade do serviço
prestado e o alcance da universalização.
A primeira etapa desse Tomo II, de definição dos três cenários, utilizou as seguintes
variáveis para a área urbana: o índice de atendimento, o índice de perdas e o
consumo per capita. Já para a área rural, tendo em vista a ausência de dados
quantitativos confiáveis, optou-se pela análise de variáveis qualitativas, a saber:
universalização do acesso, tecnologia apropriada e qualidade da solução adotada ou
do serviço prestado. As variáveis supracitadas foram combinadas para a elaboração
de três cenários alternativos, os quais foram analisados e discutidos.
Quanto à definição do cenário de referência, explica-se: o Cenário 01 não foi
escolhido por possuir metas pessimistas, isto é, desconsidera as melhorias
apropriadas no serviço de abastecimento de água, contrariando, assim, a Lei
11.445/07; o Cenário 03, por abarcar metas idealistas para um município que ainda
não possui ferramentas suficientes para alcançá-lo, também foi rejeitado. Então,
considerou-se, como referências, o Cenário 02 para a área urbana e o Cenário 01
para a rural, haja vista que ambos foram os mais satisfatórios e apropriados para o
planejamento de Camaçari, com vislumbre de um futuro favorável e possível de
ocorrer, estando, ainda, em consonância com a Política Nacional de Saneamento e
com as metas estabelecidas no Plansab.
Isto porque o Cenário 02, escolhido para a área urbana, considera a elevação do
índice de atendimento até a universalização em médio prazo (2024), a manutenção
do consumo per capita – de valor não elevado, comparado àqueles dispostos na
literatura – e a redução do índice de perdas até a meta do Plansab, para a região
nordeste. Logo, é o que apresenta maior plausabilidade de ser alcançado em prazo
escalonados, objetivando a sustentabilidade econômica, financeira e ambiental do
serviço. Nessa situação, portanto, o poder público e a concessionária devem fazer
investimentos em ações estruturais (a exemplo da ampliação dos sistemas) e
estruturantes (como programas continuados de educação ambiental), a fim de
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ampliar a cobertura dos sistemas e diminuir o índice de perdas. Paralelo a isso,
espera-se que a população permaneça consumindo o mesmo volume de água ao
longo do horizonte de planejamento. Esta inferência baseia-se no testemunho da
tendência mundial, em virtude da escassez de recursos hídricos com qualidade para
abastecimento humano.
Para o Cenário 01, definido como referência para a área rural, no que concerne a
variável universalização do acesso, adotou-se a hipótese de ampliação da cobertura
com universalização em atendimento, preconizada pela PNSB como um dos seus
princípios fundamentais. Das variáveis “tecnologia apropriada” e “qualidade da
solução adotada ou do serviço prestado”, ambas associadas à garantia da qualidade
da água e quantidade suficiente para suprir as necessidades básicas, tem-se a
definição do responsável pela operação dos sistemas coletivos, pelo controle e pela
vigilância da qualidade da água proveniente de soluções alternativas, sejam elas
individuais ou coletivas.
Com intento de viabilizar os cenários de referência, foram descritas as alternativas
de mananciais para atendimentos das demandas de água, assim como as
alternativas técnicas para atender as demandas pelo serviço, no horizonte de 20
anos. Para tanto, fez-se seu agrupamento em programas, projetos e ações, que
consistem em instrumentos de viabilização dos objetivos e das metas traçadas no
cenário adotado, buscando implementar medidas estruturantes e estruturais no
âmbito do serviço de abastecimento de água. Nesse sentido, os programas
articularam um conjunto de ações que concorrem para um objetivo comum pré-
estabelecido, cuja finalidade é a superação das fraquezas identificadas na matriz
swot, referente ao serviço de abastecimento de água em Camaçari.
Logo, foram definidos três eixos de organização dos programas, que foram: gestão
sustentável; recuperação, preservação e proteção dos mananciais; e universalização
do abastecimento de água. Todos eles buscam contemplar, cada um, propostas
adequadas à realidade do município e aos aspectos social, ambiental e econômico,
com vistas a concretizar as aspirações da população, registradas nos eventos
participativos nos setores de mobilização previamente definidos no início dos
trabalhos. Ressalta-se que a educação ambiental, sendo transversal a todos os
componentes do saneamento, não deve ser realizada de forma fragmentada, uma
vez que a deficiência em um serviço influencia diretamente no outro, sobretudo na
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qualidade ambiental. Por tal razão, este tópico foi apreciado como um programa do
Tomo I, que aborda os elementos comuns a todos os componentes do saneamento
básico.
Adicionalmente, importa sublinhar que a estimativa dos recursos necessários aos
investimentos específicos para o abastecimento de água foi contemplada neste tomo
com fito de auxiliar o órgão responsável pela gestão dos serviços de saneamento no
planejamento da implementação dos programas, projetos e ações propostos. Para
isto, utilizou-se, como metodologia, a consulta de preços praticados no mercado,
além de experiências similares divulgadas por prefeituras e prestadoras de serviços,
tabelas de serviços e insumos (como o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e
Índices da Construção Civil - SINAPI), indicadores de custos do Ministério das
Cidades (Plansab), e publicações especializadas. Para aferir maior
representatividade e proximidade dos valores à realidade ao longo dos anos,
considerou-se, também, o Índice de Preço do Consumidor Amplo (IPC-A).
Dessa forma, conclui-se que a componente abastecimento de água, apesar de os
déficits municipais não serem tão elevados quanto os de esgotamento sanitário,
ainda carece de muitos investimentos para atender às disposições da Política
Nacional de Saneamento Básico, como ratifica o comparativo dos investimentos,
onde o programa de universalização do acesso responde a 76,2% dos investimentos
totais.
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REFERÊNCIAS
A TRIBUNA. Prêmio Comunidade em Ação. Parceria entre A Tribuna e a
Ultracargo. 2015. Disponível em: <http://www.atribuna.com.br/hotsites/projeto-
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Forças Fraquezas
Existência de diversos mananciais
superficiais (Ex.: Rio Pojuca, Rio
Joanes, Rio Jacuípe, Rio Capivara
grande e Pequeno, entre outros),
nascentes e subterrâneo (Aquífero
Recôncavo e Aquífero Cristalino);
Os atuais mananciais (Aquífero
Recôncavo, Rio Pojuca e Barragem de
Santa Helena) utilizados para
atendimento das demandas também
representam os mananciais potenciais
para atender as demandas estimadas
para o horizonte de 20 anos;
Degradação dos mananciais devido:
Retirada de matas ciliares e ocupação
irregular as APPs; Lançamento de
esgotos in natura em afluentes (Ex.: Rio
Camaçari) devido a inexistência e/ ou
deficiências nos sistemas de
esgotamento sanitário; Ligações
clandestinas de esgotos na rede de
drenagem; Utilização de soluções
individuais inadequadas construídas
sem critérios técnicos (Ex.: fossas
rudimentares); Descarte inadequado de
resíduos as margens de mananciais;
Cobertura do serviço de abastecimento
de água por rede geral segundo o IBGE
(2010) contemplava aproximadamente
96% da população total, através de 5
sistemas (SLAA Sede, SLAA Parafuso,
SIAA Machadinho, SIAA de Jordão e
SIAA de Barra do Pojuca);
A maioria dos sistemas da Embasa
possuem captação em poços, o que
reduz os custos com tratamento da
água, visto que naturalmente as aguas
subterrâneas são de melhor qualidade;
SIAA Barra do Pojuca, único com
captação superficial e tratamento
convencional, possui certificação de
qualidade, destacando que esta possui
Estação de Tratamento de Lodo - ETL;
A Embasa executa o Plano de
Amostragem da Qualidade da Água,
conforme exigência da Portaria MS nº
2914/11;
Cobertura do serviço de abastecimento
de água por rede geral segundo IBGE
(2010) abrangia 43% da população
rural, sendo que nos distritos de
Abrantes e Monte Gordo essa cobertura
decai para 30% e 32% respectivamente,
certamente devido as áreas rurais
dispersas;
Existem locais que utilizam água de
poços construídos por eles mesmos
sem critérios técnicos adequados, como
forma de complementar o
abastecimento, visto que a intermitência
é uma realidade em praticamente todos
os sistemas da Embasa, devido a estes
funcionarem por manobras;
Situação crítica de intermitência no
abastecimento de água no período do
verão na região da orla marítima;
O Sistema denominado Estádio que faz
parte do SLAA Camaçari, e abastece
cerca de 40% da sede municipal
bombeia diretamente para a rede de
abastecimento, pois não possui
reservatório;
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Forças Fraquezas
As infraestruturas dos sistemas da
Embasa são alvo constante das ações
de vandalismo, como roubo de fiação
elétrica, entre outros;
Elevado índice de perdas em todos os
sistemas da Embasa, sendo estas
físicas (rompimento de tubulações,
vazamentos) e aparentes (ligações
clandestinas);
A agua da saída dos reservatórios do
SLAA Camaçari e SIAA Machadinho
não são analisadas, afim de verificar se
estão de acordo ao estabelecido pela
Portaria MS nº 2914/11
Existência de sistemas implantados
pela Cerb (SIAA Lagoa Seca, SIAA
Rancho Alegre, SSAA de Maracaiúba e
SSAA Canto dos Pássaros);
A Embasa assumiu o SSAA Canto dos
Pássaros que atende a localidade rural
Canto dos Pássaros e os Condomínios
Caminho do Mar I, II e III do PMCMV;
A Embasa, apesar de não ser
oficialmente responsável pelo sistema
está tomando as providencias para
restabelecer o abastecimento de água
para a população das localidades de
Lagoa Seca, Baratas, Santo Antônio;
A Seinfra responsável pelos sistemas
não disponibiliza funcionário para fazer
a operação e a manutenção, nem
recursos para em caso de danos nos
equipamentos;
SIAA de Rancho Alegre está desativado
desde 2014, devido ligação clandestina
na rede elétrica, dessa forma, a
população consome agua bruta sem
tratamento;
Todas as infraestruturas do SIAA
Rancho alegre estão comprometidas
evidenciando o abandono total por parte
do poder público;
Desde que foi implantado o SIAA Lagoa
Seca, o abastecimento nunca ocorreu
na localidade de Cajazeiras do
Visconde;
O SIAA Lagoa Seca, ficou desativado
durante 9 meses, estando ainda em
fase de teste pela Embasa para
restabelecer o abastecimento.
Os locais onde ficam as estruturas do
SSAA Maracaiúba estão tomados por
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vegetação invasora, evidenciando a
falta de manutenção;
Os operadores destes sistemas são
voluntários da comunidade,
normalmente presidente de associação,
que recebe apenas um treinamento
básico realizado por técnico da Cerb;
O município possui oferta hídrica,
possibilitando a quem não tem acesso a
rede pública, obtenção de água
proveniente de fontes alternativas
(poços, rios, nascentes);
A SEOPS através da Defesa Civil
realiza o abastecimento de água por
carros-pipa para hospitais, escolas,
creche, prédios públicos e algumas
comunidades como: Pião Manso,
Sucupira, Cordoaria, Parque Verde II e
Massaranduba;
Apesar das fontes alternativas, como
predomina o tratamento domiciliar
(filtração, fervura, aplicação de
hipoclorito de sódio quando a Visa
fornece), não há garantia que a água
atinja condições adequadas para
consumo humano, visto que não é feito
o acompanhamento da qualidade da
água por soluções individualizadas;
O fornecimento de água através de
carro – pipa deve ser uma solução de
caráter emergencial em caso de
interrupção do fornecimento e não
continua como vem ocorrendo para
algumas localidades;
A Visa após detectada contaminação
dos poços iniciou um trabalho preventivo
na localidade Massaranduba fornecendo
hipoclorito de sódio e orientando a
população a não consumir a água desses
poços para beber;
A Visa realizou Feira de Saúde em
Lagoa Seca, dentre as ações, ocorreu o
fornecimento de hipoclorito de sódio e
orientação de como utilizar;
A Visa está iniciando o
acompanhamento da qualidade da água
dos sistemas implantados pela Cerb;
A Visa iniciou o georreferenciamento
das soluções alternativas (até o momento
tem cadastrado os poços existentes em
.A Visa só realizou análise da qualidade
da água dos poços da localidade de
Massaranduba, onde foi detectada
contaminação bacteriológica, após
solicitação da associação de Moradores;
A Visa não possui o cadastramento de
todas as soluções alternativas e não faz o
monitoramento da qualidade da água
através de analises dos parâmetros
recomendados pela Portaria 2914/2011
do MS, expondo a população ao risco de
doenças;
Plano Municipal de Saneamento Básico
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Massaranduba e Areias);
Existência de reservatórios para o
armazenamento de água potável na
maioria dos domicílios;
Foi observado um decaimento na taxa
de incidência da maioria das doenças
relacionadas ao saneamento;
Existência da Lei nº 977/2009 que
determina responsabilidades aos
proprietários de imóveis do município no
combate aos mosquitos Aedes aegypti e
Aedes allbopictus, transmissores da
dengue;
PIB alto do município, devido ao Polo
Industrial de Camaçari;
O município dispõe de quadro técnico
efetivo capacitado para atuar na
consolidação da Entidade Metropolitana
da Região Metropolitana de Salvador
(EMRMS).
Programa de Incentivos Ambientais,
regulamentado pelo Decreto Municipal nº
5657/2014 (Conhecido popularmente
como IPTU Verde)
Manejo inadequado de reservatórios de
armazenamento de água, como não
regularidade na limpeza, falta de tampas,
entre outros;
Levantamento realizado pela Sesau
apontou que os reservatórios ao nível do
solo respondem pela maior parte dos
criadouros do mosquito Aedes Aegypti,
que transmite a dengue, febre
chikungunya, zika vírus;
Surto de zika vírus, dengue e febre
chikungunya no município de Camaçari
em 2015;
Inexistência do Decreto regulamentador
da Lei n° 977/2009;
Apesar do quadro técnico capacitado, o
município no âmbito da EMRMS é
representado por funcionários com
cargos políticos e não efetivos
Falta de publicização da legislação de
incentivos ambientais.
Plano Municipal de Saneamento Básico
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Oportunidades Ameaças
Programa de Recomposição das Matas
Ciliares do Governo da Bahia (Decreto nº
7.969/2001);
Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica
Recôncavo Norte e Inhambupe, no qual o
município de Camaçari está
integralmente inserido, em fase de
elaboração;
Programa Água Para Todos (Recursos do
PAC 2);
Programa Viguiagua, da Sesab, tendo
como base legal a Portaria 2914/11 do
Ministério da Saúde.
Possibilidade de aporte de recursos
financeiros pela União após aprovação do
PMSB de Camaçari, conforme
preconizado na Lei Federal nº
11.445/2007;
Criação e consolidação da Entidade
Metropolitana da Região Metropolitana de
Salvador;
Ações do Ministério das Cidades (MC)
com recursos do Orçamento Geral da
União (OGU), “Planejamento Urbano –
Pró-Municípios e “Desenvolvimento
Institucional e Estudos, Planos e Projetos
de Saneamento”;
Tendência Nacionais e Internacionais em
priorização de ações de preservação dos
mananciais e ecossistemas associados;
Tendência Nacionais e Internacionais em
ações de minimização do desperdício no
uso da água
O Plano de Abastecimento de Água da
Região Metropolitana de Salvador, Santo
Amaro e Saubara está em fase de
conclusão;
Plano de Gestão da Bacia
Hidrográfica do Recôncavo Norte e
Inhambupe ainda não está concluído;
Crise econômica no país e redução de
investimentos federais a curto prazo,
ou seja, dificuldade no alcance da
sustentabilidade financeira da área;
Crise econômica no país e redução de
investimentos Estadual, dificuldade o
alcance da universalização;
Dependência de aporte de recursos
federais e estaduais para ampliação
dos sistemas de abastecimento de
água;
Lentidão na implantação da Entidade
Metropolitana da Região Metropolitana
de Salvador;
Desfacelamento das políticas públicas
estaduais de meio ambiente e
recursos hídricos, evidenciando a
precariedade do órgão ambiental
estadual (Inema);
Desintegração da gestão do
saneamento no estado visto que estão
em secretarias diferentes.
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APÊNDICE B - MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE INTERESSE AO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA