pontuar É preciso - rnp
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PONTUAR É PRECISO
6Fernanda Fonseca Pessoa Rossoni
e-Tec Brasil – Redação e Expressão Oral
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Meta
Apresentar a importância de saber pontuar corretamente
um texto para tornar possível o entendimento por parte do
interlocutor; demonstrar quando e como usar os diversos
sinais de pontuação.
Objetivos
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
1. identificar os casos de utilização do ponto final e da
vírgula;
2. distinguir a necessidade do uso e da aplicação dos
pontos de exclamação e de interrogação, do ponto-e-
vírgula, do travessão e dos dois-pontos;
3. reconhecer a função e a aplicação das reticências, das
aspas e dos parênteses.
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139Introdução
Esta aula marca o início de uma nova unidade da disciplina “Redação e
Expressão Oral”. Você já conhece os princípios básicos para a construção de
um bom texto e redação técnica. A partir de agora, você poderá aperfeiçoar
sua redação ao aprender a pontuar corretamente. Esse é um requisito básico
para que seu texto seja coeso, coerente e claro. A importância de saber
pontuar corretamente não se manifesta somente na escrita de um texto, mas
também na interpretação pelo leitor. Veja um exemplo:
Um fazendeiro tinha um bezerro e a mãe do fazendeiro era também o pai
do bezerro.
Você entendeu a oração apresentada? Ela tem sentido? O que a faz
parecer absurda?
Quando uma frase não é pontuada corretamente, pode perder o sentido.
No caso de nosso exemplo, a oração ficou sem coesão e sem clareza.
Duas formas de corrigir essa frase apenas com pontuação seriam as
seguintes:
1. Um fazendeiro tinha um bezerro e a mãe; do fazendeiro, era também o
pai do bezerro.
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1412. Um fazendeiro tinha um bezerro e a mãe. Do fazendeiro, era também o
pai do bezerro.
Ficou claro agora?
Tudo graças a uma correta pontuação.
Função da pontuação
Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita
para tentar recuperar recursos específicos da língua falada, tais como:
entonação, jogo de silêncio e pausas.
Quando falamos, fazemos pausas maiores ou menores, acompanhadas
de determinadas entonações. Essas pausas e entonações servem para
marcarmos as relações entre as palavras ou segmentos que constituem as
orações, de modo a dar mais clareza à mensagem.
Daí a função da pontuação: dar clareza ao texto escrito, que é a maior
qualidade para apreensão da mensagem pelo receptor.
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141Quando pontuar?
É quase impossível estabelecer regras para pontuação, pois ela está
ligada ao sentido que o emissor quer dar à mensagem. Além disso,
pode depender também do estilo de quem escreve, pois há casos em
que o uso da vírgula, por exemplo, é facultativo. O conhecimento
dos componentes de uma frase (sujeito, predicado, verbos,
complementos verbais etc.) é um precioso auxiliar para a correta
pontuação. Sendo assim, sugerimos alguns princípios de pontuação,
não como regras propriamente ditas, mas como um roteiro norteador.
A seguir, então, os casos em que são usados o ponto final, a vírgula, o
ponto de exclamação, o ponto de interrogação, o travessão, o ponto-e-
vírgula, o dois-pontos, as reticências, as aspas e os parênteses.
Ponto final
A freqüência do ponto final é muito alta em qualquer texto escrito.
Ele determina o final do pensamento assertivo (positivo ou negativo),
delimitando uma mensagem ou estrutura sintática completa.
Veja as funções do ponto final:
1. Marcar estruturas completas, formando pensamentos assertivos
Exemplo:
O estilo de vida se identifica com o que a pessoa pensa de si, o que
pretende ser, ou como pretende ser conhecida. As pessoas originárias
de uma mesma classe social ou ocupação podem apresentar estilos
de vida marcadamente diversos. A identificação de grupos de
consumidores com estilos de vida semelhantes implica na possibilidade
de se realizarem bem-sucedidas ações de comunicação a esse público.
(MINADEO, 2008).
Neste caso, há três estruturas (frases) completas, marcadas pelo ponto
final. Dizer que a estrutura está completa é o mesmo que dizer que as
frases têm sentido, e por isso foram marcadas quando completaram a
mensagem pretendida.
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1432. Estabelecer uma seqüência de tópicos, características ou fatos que se
deseja realçar
Exemplo:
“O maior escândalo financeiro da história do País. Quatro edições esgotadas
em dez dias. A narração do desvio e malversação de significativos valores
pela Centralsul e BNCC.”
Este é um exemplo retirado de um anúncio promocional de um livro. Os
pontos finais marcam um fato ou uma característica de cada vez, de
modo a realçá-los e chamar a atenção para cada um. Essa seqüência
pretende criar um suspense e despertar a curiosidade pela leitura e,
conseqüentemente, provocar a compra do livro.
3. Estilizar e individualizar fatos
Exemplo:
“Anos 70. O sonho acabou. Copa do mundo. Brasil, tricampeão de futebol.
Milagre. Transamazônica. Presidente de rádio de pilha no ouvido. Nos
porões, o terror. O país mergulha numa negra noite. Enquanto isto, os
meninos dos anos 70 ainda sonham.”
Neste caso, algumas das frases poderiam vir entre vírgulas, mas, para realçar
cada fato, as frases foram individualizadas. Trata-se de um estilo, uma forma
de pontuar para causar mais impacto ao que é transmitido. Afinal, trata-se de
uma seqüência que se refere ao período de ditadura militar no Brasil: vitória
na copa de 1970, período de suposto desenvolvimento (chamado “milagre
econômico”), projeto “faraônico” da estrada Transamazônica, período áureo
do rádio, perseguições e tortura dos inimigos do governo militar.
4. Marcar abreviaturas
Exemplos:
V. Exa. (Vossa Excelência) etc. (do latim: et coetera), pág. (página), ap.
(apartamento), D. F. (Distrito Federal).
As siglas das Unidades de Federação (Estados), excetuando-se o
Distrito Federal, não levam ponto. Todas são escritas com apenas
duas letras, por exemplo: PA (Pará), MA (Maranhão), PR (Paraná),
SC (Santa Catarina), RS (Rio Grande do Sul), AM (Amazonas).
ATENÇÃO!
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Vírgula
A vírgula é o sinal de pontuação mais freqüentemente usado. E
também o de uso mais complicado. Mais que qualquer outro sinal
de pontuação, ela requer um bom ouvido para variações melódicas
da fala e conhecimento de estruturas da oração.
É comum as pessoas tentarem resolver problemas de má redação por meio
do uso de vírgulas. No entanto, é preciso ter em mente que somente pelo uso
deste sinal não é possível dar clareza a um pensamento mal formulado.
Para compreender o emprego da vírgula é necessário saber quais são as
funções básicas dela: separar termos e isolar termos intercalados (ou seja,
fora de sua posição normal na ordem direta da frase) dentro do período.
Vejamos, então, com mais detalhes, os casos em que a vírgula deve ser
usada.
1. Separação de elementos de uma seqüência ou enumeração com a
mesma função
Exemplos:
1. “(...) Chamar pelo nome e amar as paineiras, as sibipirunas, as magnólias,
os pinheiros, as mangueiras, as pitangueiras, os jequitibás, os ipês, as
quaresmeiras... (...)”
(Alves, Rubens, O amor que acende a lua)
Etc. ,como abreviatura da expressão latina et coetera
(significa “e as demais coisas”), deve vir acompanhada de ponto, mesmo quando for necessário
colocar vírgula em seguida. Caso a abreviatura ocorra no final da frase,
evidentemente não é necessário colocar outro ponto para marcar o final da oração – o mesmo ponto
exercerá as duas funções.
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145 2. Pai, mãe, filhos e avós foram à Igreja.
Nestes dois exemplos anteriores, a vírgula separa termos que vêm em
seqüência e que têm uma mesma função.
No Exemplo 1, “as paineiras, as sibipirunas, as magnólias, os pinheiros,
as mangueiras, as pitangueiras, os jequitibás, os ipês, as quaresmeiras”
têm função sintática de objeto direto. No segundo exemplo, “pai, mãe,
filhos e avós” têm a função de sujeito. Todos são separados por vírgula,
exceto o último elemento da seqüência, que vem somado aos anteriores
pela conjunção e.
2. Intercalação de termos no período
Exemplo:
A LOREMZETTI implantou, a partir de 4 de fevereiro, a refeição matinal,
que está sendo servida no restaurante a todos os funcionários, bastando
apresentar o crachá até quinze minutos antes do início do expediente.
Neste exemplo, a vírgula separa a expressão “a partir de 4 de fevereiro”
do resto da frase. Esse fragmento está entre vírgulas porque se trata
de um ‘elemento intruso’ entre o verbo (implantou) e seu complemento
(refeição matinal).
3. Separação dos indicativos de tempo e lugar (advérbios)
Exemplos:
1. São Paulo, 25 de janeiro de 2007.
2. Maradona, quando recebeu o troféu, beijou-o solenemente.
3. Esmeralda Freitas, no Campeonato de Atletismo-menores, em Quito,
ganhou uma medalha de ouro.
Nos casos apresentados, a vírgula está separando os indicativos de
tempo e lugar do restante da frase (sujeito e predicado).
No Exemplo 1, que é uma indicação de tempo e lugar, usado
principalmente em correspondências, a vírgula é empregada na
separação de duas informações: uma de lugar e outra de tempo.
No Exemplo 2, a expressão “quando recebeu o troféu” foi intercalada,
pois está separando o sujeito do predicado na ordem direta (“Maradona
beijou-o solenemente”). Como a expressão de tempo está como
elemento intruso, ela deve vir entre vírgulas.
O Exemplo 3 mostra duas indicações de lugar. Essas circunstâncias
devem ser isoladas da seqüência sujeito/predicado (“Esmeralda Freitas
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145ganhou uma medalha de ouro.”). As duas circunstâncias de lugar são:
“no Campeonato de Atletismo-menores” e “em Quito”, por isto vieram
entre vírgulas.
4. Isolamento do vocativo
Exemplos:
1. Bom dia, senhores.
2. Sim, senhora.
3. Pare com isso, cara!
4. Senhoras e senhores, boa noite.
5. Veja, Watson, o cartão do professor.
5. Separação de expressões intercaladas de caráter explicativo ou corretivo
Exemplos:
1. Aureliano como Brizola, aliás, foram os únicos nomes citados como
presidenciáveis.
2. E, depois, política não se faz pensando apenas no presidente.
3. Quando ocorrem aumentos, por exemplo, em produtos alimentícios...
4. A pirataria industrial, ou seja, o emprego de meios fraudulentos para
captar o mercado de produtos tradicionais...
5. O ministro descartou com alguma rispidez, todavia, sugestões mais
ousadas...
As expressões explicativas, nos exemplos que acabam de ser
apresentados, são as conjunções: ‘aliás’, ‘depois’, ‘por exemplo’ e ‘ou
seja’. Já a conjunção “todavia”, do Exemplo 5, é classificada como
conjunção adversativa (exprime idéia de contraste). Estas conjunções,
como são explicativas e corretivas, devem vir intercaladas por vírgulas.
6. Indicação da ELIPSE de um termo
Exemplos:
1. O pai sobe pelo elevador. O filho, pela escada.
2. Os ricos ficam tristes. Os pobres, alegres.
3. Eu viajo para Manaus e tu, para Belém.
No Exemplo 1, a vírgula substituiu o verbo “sobe” na segunda oração.
Sem a elipse, ficaria assim: O pai sobe pelo elevador. O filho sobe
pela escada.
No segundo exemplo, a vírgula indica a elipse do verbo “ficam” na
segunda oração. Caso contrário, o enunciado seria: Os ricos ficam
tristes. Os pobres ficam alegres.
ELIPSE
Figura de linguagem
que indica a omissão de
parte de uma sentença,
subentendida com base
na estrutura gramatical.
Exemplo: “Jantei sozinho.
E quando voltei a casa, fui
direto ao atelier, destapei
o retrato, lancei uma
pincelada ao acaso, tornei
a cobrir a tela” (José
Saramago).
Observe que, nesse
exemplo, houve a elipse do
pronome eu depois de cada
uma das vírgulas.
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147 No Exemplo 3, houve a elipse do verbo “viajar”. Sem a vírgula a mensagem
seria: Eu viajo para Manaus e tu viajas para Belém.
7. Isolamento de verbos que dão idéia de “dizer”, “anunciar”, “contestar”
etc., vindos depois ou no meio da citação
Exemplos:
1. Devia bastar, disse ela.
2. Dizer que estamos apressados é um exagero, contesta o tenente.
3. Vésperas de eleições, ponderou, são datas de agudas disputas.
Verbos que dão idéia de citação devem vir entre vírgulas se estiverem no
meio da frase. Trata-se de um caso de isolamento para enfatizar o verbo
(Exemplo 3) ou para indicar o autor da citação (Exemplos 1 e 2).
8. Separação das circunstâncias que acrescentam informação ao foco
do assunto
Exemplos:
1. Política à parte, Cumbica começará a funcionar a plena carga no dia 21
de abril, com o início das operações das linhas domésticas.
2. Interessado em manter boas relações com a Câmara Federal, o senador
Moacyr Dalla também distribuiu empregos entre os parentes e amigos de
deputados.
3. Como em todos os anos, um capítulo especial foi reservado ao jornalismo
profissional.
4. A cena mostra o jovem Bolívar em viagem pela Europa, desesperado com
a morte prematura da esposa adorada.
As sentenças destacadas dos exemplos indicam as circunstâncias que
foram acrescentadas às informações principais. Sendo assim, devem vir
entre vírgulas, estejam elas nos extremos da frase ou no interior.
9. Separação de qualquer conjunto explicativo, mesmo que ocorra no final
da oração
Exemplos:
1. As crianças adoraram o bolo, que era de chocolate.
2. O resultado, que será conhecido nesta segunda-feira, aponta na direção
de uma mudança decisiva.
3. O totalitarismo, que sitiou nosso universo político dos últimos vinte anos,
habituou-nos à passividade.
Os fragmentos destacados nos exemplos citados consistem em
explicações, referentes a “bolo” (objeto direto), “resultado” (sujeito) e
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147“totalitarismo” (sujeito), respectivamente. Devem vir entre vírgulas, pois
se trata de expansão da informação, não de restrição.
Observe que uma oração explicativa, se retirada da frase, não faz com
que esta perca o sentido. Ela apenas explica determinada expressão.
Veja como ficariam os exemplos sem o conjunto explicativo:
1. As crianças adoraram o bolo.
2. O resultado aponta na direção de uma mudança decisiva.
3. O totalitarismo nos habituou à passividade.
Veja que, sem as expressões explicativas, não há necessidade de vírgula
alguma.
Cuidado!
Para utilizar corretamente a vírgula, você tem que saber a diferença entre
oração explicativa e oração restritiva.
A oração explicativa não restringe a significação do nome, mas
acrescenta-lhe uma característica.
Exemplo:
As crianças adoraram o bolo, que era de chocolate.
Nesse caso, você está informando uma característica do bolo.
A oração restritiva restringe o significado da expressão a que se refere.
Exemplo:
As crianças adoraram o bolo que era de chocolate.
Sem a vírgula antes da conjunção que, a idéia é de que não se trata
de qualquer bolo. Dentre várias opções de bolos, as crianças gostaram
daquele que era de chocolate, apenas ele.
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14910. Regra negativa: Não separe o sujeito do predicado
Em vez de escrever:
Três irmãos de Laídes, seguiram no final de semana a Buenos Aires.
Escreva:
Três irmãos de Laídes seguiram no final de semana a Buenos Aires.
Como o sujeito de “seguiram” é “os três irmãos de Laídes” e não há
nenhuma oração intercalada entre eles, não se deve colocar vírgula.
1. Um homem, sentindo-se morrer, pegou papel e caneta, e escreveu:
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO A MEU SOBRINHO
JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO ALFAIATE NADA AOS
POBRES
Morreu sem tempo de pontuar. Cada um dos possíveis beneficiários
fez a pontuação que mais lhe convinha (utilizando somente ponto
final e vírgula), de modo a sair ganhando alguma coisa. O juiz,
porém, ao estudar o impasse, pontuou com a intenção de beneficiar
os pobres.
Agora responda:
a. Qual foi a pontuação feita pelo sobrinho?
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO A MEU SOBRI-
NHO JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO ALFAIATE NADA
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b. Qual foi a pontuação feita pela irmã?
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO A MEU SOBRI-
NHO JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO ALFAIATE NADA
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ATIVIDADE 1 – ATENDE AO OBJETIVO 1
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c. Qual foi a pontuação feita pelo alfaiate?
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO A MEU SOBRI-
NHO JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO ALFAIATE NADA
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d. Qual foi a pontuação feita pelo juiz para beneficiar os pobres?
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO A MEU SOBRI-
NHO JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO ALFAIATE NADA
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Ponto de exclamação
O ponto de exclamação tem a função básica
de traduzir entonações de ordem, espanto ou
admiração.
Exemplos:
1. Ei, amigo! Olha uma esmola!
2. Não se esqueça! Não é polido apontar para
os outros!
3. Silêncio!
4. Ai! Doeu!
5. Oba! Passei!
Outros casos de utilização da exclamação
Fonte: www.sxc.hu
Sig
urd
Dec
roos
O ponto de exclamação pode indicar também uma reação de surpresa.
Fonte: www.sxc.hu
INTERJEIÇÕES
Palavras invariáveis
que exprimem estados
emocionais, sensações
e estados de espírito.
Servem como auxiliador
expressivo para o
interlocutor, já que
permite a ele a adoção
de um comportamento
que pode dispensar
estruturas lingüísticas mais
elaboradas. Costumam ser
classificadas de acordo com
o sentimento
que traduzem.
Exemplos:
Alegria: oba!, viva!, oh!, ah!,
uhu!, eh! , gol!
Saudação: oi!, olá!, salve!,
adeus!,
viva!, alô!
Alívio: ufa!, uf!, ah!, ainda
bem!, arre!
Aprovação, aplauso: bravo!,
bis!, viva!,
muito bem!
Desejo: tomara!, oxalá!,
queira deus!,
oh!, pudera!
Dor: ai!, ui!
Espanto, surpresa,
admiração: ah!, chi!, ih!, oh!,
uh!, ué!, puxa!,
uau!, caramba!
Impaciência: hum!, hem!,
raios!, diabo!, puxa!, pô!
Invocação, chamamento,
apelo: alô!, olá!, psiu!,
socorro!, ei!, eh!
1. A exclamação é utilizada quando aparece
a INTERJEIÇÃO, como nos exemplos 4 e 5
anteriores.
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2. Usa-se o ponto de exclamação em vez do ponto simples quando se deseja
indicar que a entonação do período é enfática, emocionada, intensa. Trata-
se de um artifício para induzir a leitura do período de forma diferenciada,
supondo um estado emocional compatível com o sentido portado.
Exemplos:
Retire-se imediatamente!
Independência ou morte!
3. Também se usa o ponto de exclamação no lugar da vírgula quando se quer
indicar entonação enfática para a palavra que antecede a vírgula.
Exemplos:
Áurea! Não esqueça de trancar a porta.
Amigo! Que saudade de você!
O ponto de exclamação também
usado na Matemática!
Ele serve para indicar o “Fatorial”, que é
a notação que significa a multiplicação
de número natural, diferente de zero,
por todos seus antecessores.
SAIBA MAIS...
SINTÁTICO
O que obedece às regras
gramaticais de disposição
das palavras na frase e
a das frases no discurso,
bem como a relação
lógica das frases entre si;
construção gramatical.
RETÓRICA
Implica eloqüência, dom
da oratória. Consiste,
também, no estudo do uso
persuasivo da linguagem,
em especial para o
treinamento de oradores.
É, ainda, o nome que se dá
aos adornos empolados ou
pomposos de um discurso.
No entanto, um discurso
de forma primorosa, se
mal elaborado, pode ser
vazio de conteúdo.
Do ponto de vista SINTÁTICO, a função do ponto de
exclamação é a mesma do ponto ou da vírgula que
substitui. No entanto, o uso do ponto de exclamação
é orientado para fins RETÓRICOS, ficando a cargo do
redator sua utilização ou não, mas o abuso do ponto de
exclamação costuma soar melodramático.
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151Ponto de interrogação
O ponto de interrogação tem a função de
induzir o leitor a entoar a frase em que ele é
colocado como uma pergunta ou uma dúvida.
Sem pontos de interrogação, uma frase não pode
ser entendida como pergunta, transformando-se
em afirmação e prejudicando a comunicação.
Este sinal é colocado no final de frases
interrogativas. No discurso oral, a principal
indicação de que temos uma frase interrogativa é dada pela entonação vocal
típica das frases interrogativas. No discurso escrito, essa indicação é feita
simplesmente pelo ponto de interrogação.
Exemplos:
Tem alguém em casa?
Quem tem medo de Virginia Woolf?
Eu? Nem pensar.
Fonte: www.sxc.hu
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Fonte: www.sxc.hu
O ponto de interrogação indica dúvida, procura por uma resposta.
Eventualmente, o ponto de interrogação pode ser seguido pelo
ponto de exclamação. Usa-se esse recurso para indicar que a frase,
além de interrogativa, deve ser lida com entoação mais intensa.
Exemplo:
Como pode fazer isso?!
ATENÇÃO!
Do ponto de vista sintático, a interrogação indica
o fim da frase e sinaliza que ela é interrogativa.
Ao contrário do ponto final, que geralmente
é omitido no final de títulos, manchetes e textos
de comunicação visual, o ponto de interrogação
(assim como o de exclamação) não pode ser
eliminado nesses casos, sob pena de alterar o
sentido da mensagem.
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153Pergunta direta x pergunta indireta
O ponto de interrogação marca uma pergunta direta. Mas quando a
pergunta é indireta, usa-se um simples ponto.
Exemplo de pergunta direta:“– Homossexual?
– Hein?
– O senhor é homossexual?
– Não, não sou.”
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Outras do Analista de Bajé)
Exemplo de pergunta indireta:
– A moça quer saber se o senhor é homossexual.
Travessão
O travessão é um sinal de pontuação que desempenha
diversas funções. Vamos a elas:
1. Se aparecer no início da linha, é usado para reproduzir diálogos. A cada
mudança do falante, coloca-se o travessão.
Exemplo:“– Realmente, é uma pena. E neste ano tivemos um verão excepcional. Mas
posso ser-lhes útil em alguma coisa?
– Sim, por favor – respondi. – Meu amigo gostaria que o senhor tivesse a
bondade de me vender uma caixa de fósforos.
– Pois não, com muito prazer – tornou o homem, e dirigiu-se para trás do
balcão.”
(SABINO, Fernando, A Inglesa deslumbrada)
Não confunda uma simples citação de declarações, que devem
ser indicadas entre aspas (que veremos a seguir), com o
travessão.
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1532. Aparecendo no interior da oração, o travessão pode substituir a vírgula
e os parênteses. Eis algumas situações:
a. antes de verbos com sentido de dizer, declarar, responder ou perguntar.
Exemplo:
“– O que você ia me dizer, no outro carnaval? – perguntou ela.
– Esqueci – mentiu ele.” (Luis Fernando Veríssimo)
b. para introduzir um aposto, uma explicação, uma circunstância que
quer dizer ou declarar.
Exemplos:
1. Mas não é oportuno – e muito menos justo – tratá-lo como se fosse um
acordo partidário...
2. Matos e Salmito, porém, dizem que ele fazia as aplicações às
escondidas – ele sempre arranjava uma desculpa para tratar Figueiredo
às escondidas – e que elas foram notadas quando...
3. Ainda não vislumbrava seu destino – agora nas mãos da polícia.
O aposto é o termo da oração que se liga a um substantivo ou palavra com valor de substantivo com a função de explicá-lo, esclarecê-lo, identificá-lo ou discriminá-lo.
Geralmente vem separado do nome a que se refere por sinais de pontuação.
Exemplos:1. Lúcia – aluna do colegial – foi bem na prova.
2. Desejo-lhe uma coisa: felicidade.3. Roubaram tudo: discos, jóias,
dinheiro, documentos.4. Garfield, gato irônico, odeia
segunda-feira.
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155 c. para introduzir um elemento estranho à oração.
Exemplos:
1. – Mas – será que a idade está chegando? – não me lembro de quem é.
2. Niemeyer preferiu ficar de fora da discussão – “eu não estou interessado
em discutir o passado” –, mesmo quando o ortopedista de São Paulo
declarou aos jornais...
Ponto-e-vírgula
O ponto-e-vírgula serve para marcar uma pausa mais longa que
a da vírgula e menor que a do ponto final. Em um período com
muitas vírgulas, por exemplo, o ponto-e-vírgula é útil para delimitar
os segmentos maiores do período.
De modo geral, suas funções são:
1. Separar itens de uma enumeração
Para dar mais clareza a uma enumeração cujos itens contêm subitens
separados por vírgulas, podemos recorrer ao sinal em questão. Isso é
comum na escrita jurídica.
Exemplos:
1. Neste exercício, a declaração de rendimentos das pessoas jurídicas
deverá ser feita utilizando-se os seguintes formulários:
Formulário I;
Formulário II;
Formulário III;
Anexos A, B e C;
Anexos 1, 2 e 3.
2. Será tributado (...) no total do lucro resultante:
a. da venda de imóveis;
b. das receitas decorrentes de giro normal (...), desde que auferidas sem
habitualidade;
c.... ;
d.... ;
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1552. Separar orações com maior extensão e que dificultem a compreensão
e respiração
Exemplo:
Outros casos do emprego de ponto final dependem muito do estilo de
quem escreve; são aspectos bastante subjetivos.
3. Separar orações que sejam quebradas por vírgula, para marcar pausa
maior entre elas
Exemplo:
Deste discurso se segue uma conclusão tão certa como ignorada; é
que os homens não amam aquilo que cuidam. Por quê? Ou porque o que
amam não é o que cuidam; ou porque amam o que verdadeiramente não
há. Quem estima vidros, cuidando que são diamantes, diamantes estima,
e não vidros; quem ama defeitos, cuidando que são perfeitos, perfeições
ama, e não defeitos. Cuidais que amais diamantes de firmeza, e amais
vidros de fragilidade; cuidais que amais perfeições angélicas, e amais
imperfeições humanas. Logo, os homens não amam o que cuidam que
amam. Donde também se segue que amam o que verdadeiramente não
há; porque amam as coisas, não como são, senão como as imaginam, e
o que se imagina, e não é, não o há no Mundo.
(VIEIRA, Antônio, Sermão do Mandato)
4. Alinhar uma sequência de informações explicativas, principalmente
quando no interior de cada uma delas ocorre a vírgula.
Veja os casos em que isto ocorre:
a. Seqüências que têm uma origem
Exemplo:
Muito têm se falado da estagnação da oferta de alimentos básicos
no Brasil desde a safra de 1977. As razões são bem conhecidas:
as disparidades tecnológicas entre as culturas de exportação e as
de mercado interno; a subvenção, garantia de compra e de preços
reais para o álcool; a demanda por alimentos reprimida pela recessão
econômica; e, a partir de 1983, uma política cambial extremamente
favorável às exportações aliada a um aumento dos preços internacionais
para os produtos agrícolas exportáveis.
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157 Nesta seqüência, a origem é: ‘As razões são bem conhecidas’.
b. Seqüências com “fecho”
Exemplo:
No Brasil, onde as crianças dependem alimentarmente da comida que
recebem na escola, seja da FAE ou da Secretaria de Educação, através
da merenda escolar; onde a maioria das gestantes e das nutrizes não
têm meios de se alimentar adequadamente, nem aos seus filhos após o
desmame, precisando ser assistidas e alimentadas por órgãos como LBA
e similares; em nosso país, no qual um terço das internações hospitalares
são de crianças de até dois anos de idade, devido à desnutrição ou a
doenças decorrentes dela; onde os salários, corroídos pela inflação, e
a desinformação do povo levam-no a se alimentar mal, o Concentrado
Protéico de Pescado pode ser uma das grandes soluções estratégicas
para o problema da fome no Brasil.
Nesta seqüência, o fecho é ‘o Concentrado Protéico de Pescado pode
ser uma das grandes soluções estratégicas para o problema da fome no
Brasil’.
Dois-pontos
Os dois-pontos servem para indicar um prenúncio, ou seja, comunicar
que se aproxima um enunciado. Correspondem a uma pausa breve
na linguagem oral, com uma entonação descendente. Anunciam uma
citação, uma enumeração, um esclarecimento ou uma síntese do que
se acabou de dizer.
Os dois-pontos também estão na Matemática!
Em matemática, os dois pontos são utilizados
como símbolo da divisão.
Exemplo:
16 : 4 = 4
SAIBA MAIS...!
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157Vejamos os casos em que os dois-pontos devem ser usados:
1. Introduzir uma explicação
Exemplos:
1. Mas, justiça seja feita: nem só de parentes de parlamentares compôs-
se a longa relação de agraciados com cargos públicos...
2. Schlesinger parece ter escolhido o caminho de carregar no suspense de
“A Traição do Falcão” (o título do filme alude ao divertimento principal do
Boyce: treinar falcões) para manter a atenção da platéia.
Observe que, depois dos dois-pontos, em ambos os exemplos, há uma
explicação do enunciado anterior a este sinal.
2. Dar exemplo ou introduzir uma citação ou opinião de outrem
Exemplos:
1. A revista traz a opinião de psiquiatras e psicólogos que deixam claro uma
coisa: “Nada relaxa mais o corpo e a alma do que um gesto amoroso”.
2. Funaro passou instruções para o superintendente da Sunab: “Pegue
um punhado de fiscais, chame a imprensa, vá ao supermercado e esmiuce
tudo”.
3. Sarney então perguntou: “E quando vocês podem entrar com a reforma?”
Funaro respondeu: “Precisamos de mais dois dias. Vamos rechear os planos
e depois voltamos a informá-lo”.
Observe que, no Exemplo 3, além de haver citação e opinião de outras
pessoas, há a presença de verbos que indicam citação (perguntar e
responder). Veja que isto também aconteceu no Exemplo 2, no entanto,
de forma mais discreta. Já no Exemplo 1, há uma fala que pode também
ser considerada uma explicação.
Nesse sentido, pode-se dizer que os dois-pontos são usados para
anunciar a mudança de foco de narrador para personagem ou de narrador
para citação. Nesse caso, esse sinal é empregado conjuntamente com
travessão ou aspas, pois eles indicam citações ou expressões alheias.
3. Mudar o foco do assunto
Exemplo:
Após parar de correr, ele concordou: – Tudo bem, desta vez você venceu.
Neste caso, além de mudar o foco do assunto, há uma citação e, antes
dos dois-pontos, um verbo que indica fala.
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1594. Mostrar itens de uma seqüência
Exemplo: Quando um navio está prestes a afundar, entram no bote salva-vidas:
crianças, idosos, adultos e, por último, o capitão.
Preencha as lacunas deste texto do Luis Fernando Veríssimo com a
pontuação correta:
O PRESENTE
ACONTECE ( ) VÉSPERA DE NATAL ( ) O OUTRO ABRE O SEU
PRESENTE E VOCÊ NOTA SEU DESAPONTAMENTO ( ) FOI O QUE
DEU PARA ARRANJAR NA ÚLTIMA HORA ( ) VOCÊ EXPLICA ( )
( ) É JAPONÊS ( )
ELE ESTÁ OLHANDO O RÓTULO ( ) VOCÊ CONTINUA ( )
( ) LICOR DE PÊSSEGO ( ) COISA FINÍSSIMA ( )
ELE SORRI ( ) SEM CONVICÇÃO ( ) VOCÊ SENTE QUE PRECISA
ELABORAR ( )
( ) MUITO DIFÍCIL DE ACHAR ( )
( ) É MESMO ( )
( ) DIFICÍLIMO( ) ENCONTREI NUMA LOJINHA DE ARTIGOS
JAPONESES QUE NINGUÉM CONHECE ( ) NÃO SEI QUEM ME
FALOU A RESPEITO ( ) ERA A ÚLTIMA GARRAFA ( )
( ) AH ( )
( ) O CARA DA LOJA ATÉ ME CONTOU UMA HISTÓRIA ( ) PARECE
QUE O LICOR É USADO NUM ANTIGO RITUAL JAPONÊS ( ) NA
PRIMAVERA ( ) OU É OUTONO ( ) NÃO ( ) NA PRIMAVERA
ATIVIDADE 2 – ATENDE AO OBJETIVO 2
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( ) PORQUE TEM ALGUMA COISA A VER COM FERTILIDADE ( )
PARECE QUE O LICOR É AFRODISÍACO ( )
( ) SEI ( )
VOCÊ COMEÇA A SE DESESPERAR ( ) AFINAL ( ) UMA AMIZADE
PODE ESTAR EM JOGO ( )
( ) DIZEM QUE A MELHOR MANEIRA DE TOMAR É DENTRO DE
UMA PISCINA DE ÁGUA QUENTE ( ) DE PREFERÊNCIA COM UMA
GUEIXA ( )
( ) CERTO ( )
( ) OU DUAS ( )
( ) EU COMPREI NO SUPERMERCADO ( )
( ) O QUE ( )
( ) A GARRAFA QUE EU LHE DEI NO ANO PASSADO ( )
SILÊNCIO ( ) AGORA VOCÊ SE LEMBRA ( ) ERA POR ISTO
QUE TINHA ENCONTRADO AQUELA GARRAFA ESQUECIDA NO
FUNDO DE UM ARMÁRIO ( ) COM O LICOR DE PÊSSEGO QUE
( ) OBVIAMENTE ( ) NINGUÉM IA TOMAR ( ) ERA O PRESENTE
DO OUTRO ( )
DO OUTRO NATAL ( )
( ) FUI EU QUE INVENTEI A TAL LOJINHA DE ARTIDOS
JAPONESES ( ) CONTINUA O OUTRO ( ) ( ) E CONTEI A
HISTÓRIA DO RITUAL DA FERTILIDADE ( )
O QUE ELE ESTÁ DIZENDO É QUE O LICOR DE PÊSSEGO
PODIA SER O MESMO ( ) MAS AO MENOS A MENTIRA PODIA
SER OUTRA ( ) VOCÊ PROTESTA ( )
( ) PÉRA AÍ ( ) A PARTE DO BANHO QUENTE É MINHA ( )
MAS EM VÃO ( )
(Luis Fernando Veríssimo, Crônicas brasileiras de verão)
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161Reticências
As reticências são formadas por três pontos
seguidos. Elas são mais utilizadas em redações de
caráter subjetivo, ou seja, os textos literários.
Colocam-se reticências no texto quando se quer indicar que naquela
posição há uma pausa adicional sugerindo hesitação ou suspense.
O uso desse tipo de pontuação indica:
1. Pausa adicional não-sintática na elocução, causada por hesitação,
suspense ou outra razão PRAGMÁTICA.
Exemplos:
1. Não sei se devia lhe dizer, mas... o caso é grave.
2. E o prêmio vai para... a equipe azul.
2. Interrupção brusca no discurso
Exemplos:
Para bom entendedor...
Você me enganou, seu...
Nesse caso, os enunciados geralmente apresentam-se sintaticamente
incompletos.
Os casos típicos em que se empregam as reticências, dessa forma, são
aqueles em que a continuação omitida do discurso é subentendida e
não vai ser dita para atenuar o impacto do enunciado.
3. Suspensão de uma citação cuja repetição se torna desnecessária.
Exemplos:
No início de uma frase:
…O garoto escova os dentes e vai para o colégio. Lá ele joga futebol.
No meio de uma frase:
Fulano acorda às sete da manhã para ir à escola (...) Lá ele joga futebol.
No fim de uma frase:
Fulano acorda às sete da manhã para ir à escola. O garoto escova os
dentes e vai para o colégio…
Nesse caso, as reticências equivalem a “etc.”.
PRAGMÁTICA
Fatores contextuais que
determinam os usos
lingüísticos nas situações
de comunicação.
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1614. Omissão de uma parte de um original que está sendo citado, se as
reticências vierem entre parênteses
Exemplos:
1. Será tributado (...) o total do lucro resultante de ...
2. “(...) E o mais é que nós estamos num sarau. (...) alegre, numerosa e
escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra em toda
parte borbulhar o prazer e o bom gosto (...).”(Joaquim Manuel de Macedo, A
moreninha)
3. “Se é para o bem de todos (...) diga ao povo que fico.” (D. Pedro I)
Nas citações, as reticências são empregadas para indicar trechos
omitidos por serem desnecessários ao contexto. Trata-se de um emprego
pragmático que equivale à pausa no discurso oral.
Aspas
As aspas, de modo geral, servem para indicar citação ou
transcrição de expressões alheias, para ironizar um termo,
para indicar palavra estrangeira ou nova no vocabulário,
títulos de obras ou filmes ou mesmo expressões de
significado especial.
Veja os exemplos:
1. Citação
“O que é duro é ver aqueles que possuem terra e não dependem dela
para sobreviver, pouco se preocupam em produzir nela.” (Integrante do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST de Corumbá, MS)
2. Ironia
Esses mesmos caras, que hoje “defendem” essas liberdades,
estiveram vinte anos no poder e não as consentiram.
A ironia é uma figura de linguagem que consiste em utilizar uma palavra,
expressão ou frase em sentido diverso do literal, obtendo-se, com isso,
conotação depreciativa ou satírica.
Observe que a palavra “defendem” usada entre aspas sugere uma
mudança em seu sentido original. Na linguagem falada, essas palavras,
geralmente, recebem entonação especial e são, muitas vezes,
acompanhadas de gestos indicativos de “entre aspas”.
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1633. Indicação de termo estrangeiro
A fervilhante epidemia das bandas de “heavy metal” invade o país.
4. Indicação de termos novos ou expressão com significado especial
1. Igualmente inédito foi o conceito de “aeroporto verde”.
2. Quando Geisel fez o “pacote de abril”, (...).
5. Nome de obra ou filme
A frase de Guimarães Rosa poderia servir de epígrafe para a terceira
seqüência de “Jornada nas Estrelas”.
Parênteses
A função dos parênteses é inserir uma unidade verbal
que interrompe o fluxo da frase. Veja os casos em que
isso ocorre:
1. Inserção de termos ou explicações não exigidas pela oração
1. O desenvolvimento ou a argumentação desenvolve um ponto de vista
(para convencer o leitor, é preciso usar uma sólida argumentação, citar
exemplos, recorrer a opiniões de especialistas, fornecer dados etc.).
2. Nascida, como ela mesma confessa, “provavelmente de mau humor”,
a paulista (de Assis) Ledusha vem enriquecer uma nova tendência de
literatura brasileira: a poesia feminina.
Lembre-se das regras do travessão. Nesses casos, esse símbolo também
poderia ser utilizado no lugar dos parênteses.
2. Referências a datas e indicações bibliográficas e autorais
1. Com 20 pontos numa escala de 0 a 40 (leia o quadro a seguir),
Carlos Alberto está muito adiantado na faixa...
2. Oliveira (2005, p. 29) destaca que apenas a partir da década de 1940
o Brasil passou a investir progressivamente em pesquisas científicas.
3. “... códigos especializados, a um público seleto, formado por
especialistas” (BUENO, 1984, p. 16).
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1. Nas frases a seguir, identifique qual é a função que o uso das
reticências desempenha.
a. Não é bem assim...
Função:
b. No Brasil, onde as crianças dependem alimentarmente da
comida que recebem na escola, seja da FAE ou da Secretaria
de Educação, (...), o Concentrado Protéico de Pescado pode
ser uma das grandes soluções estratégicas para o problema da
fome no Brasil.
Função:
c. – Mas, senhorita...
Função:
2. Agora, lembre-se dos motivos da utilização das aspas. Identifique,
nas frases a seguir, qual foi a função desse sinal de pontuação:
a. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de “culinária literária”.
Função:
b. Parafraseio Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir
o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.”
Função:
c. A “excelente” Dona Inácia era mestre na arte de judiar de
crianças.
Função:
d. Até prancha de “surf” havia naquela sala.
Função:
e. Ela gosta de ler e reler “Senhora”, de José de Alencar, em todas
as férias.
Função:
ATIVIDADE 3 – ATENDE AO OBJETIVO 3
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3. Mostre, nas frases a seguir, qual é a função dos parênteses e a que
termo eles se referem.
a. Concordei com a Carolina (esse era o nome da mulher – jovem
de oitenta anos).
b. O novo tribalismo (MAFFESOLI, 1998) é percebido nas novas
dinâmicas presentes nas relações construídas dentro da socie-
dade, com o surgimento de grupos que se constituem também a
partir de referências estéticas.
c. O ponto determina o final de um pensamento assertivo, infor-
mativo ou negativo, de mensagem ou estrutura sintática completa
(salvo em casos estilísticos).
Para terminar...
Nesta aula, você pôde perceber o quanto é
importante pontuar corretamente um texto; afinal,
disso depende a compreensão do que foi escrito.
Por isso, nunca se esqueça do que você aprendeu
na hora em que for fazer uma redação!
Fonte: www.sxc.hu
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• A importância de saber pontuar corretamente não se manifesta
somente na escrita de um texto, mas também na interpretação
pelo leitor.
• A função do ponto final é determinar o final do pensamento
assertivo (positivo ou negativo). Além disso, ele também serve
para fechar sequências, realçar fatos e marcar abreviaturas.
• A vírgula tem a função de separar termos em sequências dentro
do período, isolar expressões intercaladas (advérbios de lugar e
tempo, vocativo, aposto e outras expressões explicativas e orações
coordenadas e subordinadas) e indicar a elipse de palavras.
• Existe também uma regra negativa muito importante no caso da
vírgula: ela não pode separar sujeito e predicado nem verbo e
complemento verbal.
• O ponto de exclamação tem a função básica de traduzir
entonações de ordem, espanto ou admiração. Esse ponto
também acompanha interjeições e serve para enfatizar e
transmitir emoção pelo enunciado.
• O ponto de interrogação tem a função de mostrar ao leitor que a
frase é uma interrogação ou representa uma dúvida.
• A presença do travessão em uma frase indica diálogo ou citação,
ou substitui a vírgula e os parênteses em caso de explicação e
também introduz o aposto na frase.
• O ponto-e-vírgula serve para marcar uma pausa mais longa que
a da vírgula e menor que a do ponto final. Ele serve para separar
itens em uma enumeração e para separar orações longas ou
quebradas por vírgulas.
• Os dois-pontos indicam o anúncio de uma citação, uma enu-
meração, um esclarecimento ou uma síntese do que se acabou
de dizer.
RESUMINDO...
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• Colocam-se reticências no texto quando se quer indicar que
naquela posição há uma pausa adicional não-sintática na
elocução, causada por hesitação ou suspense; quando se quer
inserir uma interrupção brusca num enunciado; quando se faz
uma suspensão de determinada parte da mensagem e quando
se omite parte de uma citação.
• As aspas podem indicar citação ou transcrição de expressões
alheias; dar sentido irônico de um termo e marcar palavra
estrangeira ou nova no vocabulário, assim como títulos de obras
ou filmes ou mesmo expressões de significado especial.
• A função dos parênteses é inserir uma unidade verbal que
interrompe o fluxo da frase, podendo ser para: inserção de
explicações, referências a datas ou indicação de bibliografia ou
de autores.
Informação sobre a próxima aula
Na próxima aula, vamos estudar os pronomes: classificação, diferenciação
e colocação numa frase.
Atividade 1
a. Qual foi a pontuação feita pelo sobrinho?
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO, A MEU
SOBRINHO. JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO ALFAIATE.
NADA AOS POBRES.
Ou:
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO. A MEU
SOBRINHO. JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO ALFAIATE.
NADA AOS POBRES.
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES
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b. Qual foi a pontuação feita pela irmã?
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ, NÃO A MEU SOBRINHO.
JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO ALFAIATE. NADA AOS POBRES.
Ou:
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ. NÃO A MEU SOBRINHO.
JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO ALFAIATE. NADA AOS POBRES.
c. Qual foi a pontuação feita pelo alfaiate?
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO. A MEU SOBRINHO,
JAMAIS. SERÁ PAGA A CONTA DO ALFAIATE. NADA AOS POBRES.
Ou:
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO, A MEU SOBRINHO,
JAMAIS. SERÁ PAGA A CONTA DO ALFAIATE. NADA AOS POBRES.
d. Qual foi a pontuação feita pelo juiz para beneficiar os pobres?
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO. A MEU SOBRINHO,
JAMAIS. SERÁ PAGA A CONTA DO ALFAIATE NADA. AOS POBRES.
Atividade 2
O PRESENTE
ACONTECE ( . ) VÉSPERA DE NATAL ( . ) O OUTRO ABRE O SEU
PRESENTE E VOCÊ NOTA SEU DESAPONTAMENTO ( . ) FOI O QUE DEU
PARA ARRANJAR NA ÚLTIMA HORA ( . ) VOCÊ EXPLICA ( : )
( – ) É JAPONÊS ( . )
ELE ESTÁ OLHANDO O RÓTULO ( . ) VOCÊ CONTINUA ( : )
( – ) LICOR DE PÊSSEGO ( . ) COISA FINÍSSIMA ( . )
ELE SORRI ( , ) SEM CONVICÇÃO ( . ) VOCÊ SENTE QUE PRECISA
ELABORAR ( . )
( – ) MUITO DIFÍCIL DE ACHAR ( . )
( – ) É MESMO ( ? )
( – ) DIFICÍLIMO ( . ) ENCONTREI NUMA LOJINHA DE ARTIGOS JAPO-
NESES QUE NINGUÉM CONHECE ( . ) NÃO SEI QUEM ME FALOU A
RESPEITO ( . ) ERA A ÚLTIMA GARRAFA ( . )
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( – ) AH ( . )
( – ) O CARA DA LOJA ATÉ ME CONTOU UMA HISTÓRIA ( . ) PARECE
QUE O LICOR É USADO NUM ANTIGO RITUAL JAPONÊS ( . ) NA
PRIMAVERA ( . ) OU É OUTONO ( ? ) NÃO ( , ) NA PRIMAVERA
( , ) PORQUE TEM ALGUMA COISA A VER COM FERTILIDADE ( . )
PARECE QUE O LICOR É AFRODISÍACO ( . )
( – ) SEI ( . )
VOCÊ COMEÇA A SE DESESPERAR ( . ) AFINAL ( , ) UMA AMIZADE
PODE ESTAR EM JOGO ( . )
( – ) DIZEM QUE A MELHOR MANEIRA DE TOMAR É DENTRO DE
UMA PISCINA DE ÁGUA QUENTE ( . ) DE PREFERÊNCIA COM UMA
GUEIXA ( . )
( – ) CERTO ( . )
( – ) OU DUAS ( . )
( – ) EU COMPREI NO SUPERMERCADO ( . )
( – ) O QUÊ ( ? )
( – ) A GARRAFA QUE EU LHE DEI NO ANO PASSADO ( . )
SILÊNCIO ( . ) AGORA VOCÊ SE LEMBRA ( . ) ERA POR ISTO
QUE TINHA ENCONTRADO AQUELA GARRAFA ESQUECIDA NO
FUNDO DE UM ARMÁRIO ( , ) COM O LICOR DE PÊSSEGO QUE
( , ) OBVIAMENTE ( , ) NINGUÉM IA TOMAR ( . ) ERA O PRESENTE DO
OUTRO ( . )
DO OUTRO NATAL ( . )
( – ) FUI EU QUE INVENTEI A TAL LOJINHA DE ARTIDOS JAPONESES
( – ) CONTINUA O OUTRO ( . ) ( – ) E CONTEI A HISTÓRIA DO RITUAL
DA FERTILIDADE ( . )
O QUE ELE ESTÁ DIZENDO É QUE O LICOR DE PÊSSEGO PODIA
SER O MESMO ( , ) MAS AO MENOS A MENTIRA PODIA SER OUTRA
( . ) VOCÊ PROTESTA ( : )
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( – ) PÉRA AÍ ( . ) A PARTE DO BANHO QUENTE É MINHA ( ! )
MAS EM VÃO ( . )
(Luis Fernando Veríssimo, Crônicas brasileiras de verão)
Observação: Essa é a pontuação original do texto de Luis Fernando
Veríssimo. No entanto, pode haver algumas variações, desde que não
prejudiquem o sentido do que foi escrito.
Atividade 3
1.
a. Função: pausar o discurso para causar suspense e hesitação
b. Função: omitir trechos da citação
c. Função: interromper bruscamente um discurso
2.
a. Função: uso de expressão que representa um novo conceito
b. Função: inserir uma citação alheia
c. Função: ironia
d. Função: termo estrangeiro
e. Função: indicar o nome de um filme
3.
a. Os parênteses, aqui, desempenham a função de explicar o termo
“Carolina”.
b A função dos parênteses é indicar a autoria da afirmação. Sendo assim,
esse sinal de pontuação se refere à informação transmitida em todo este
trecho.
c. Os parênteses fazem, nesse caso, inserção de expressão corretiva. Tal
inserção se refere à expressão “o ponto final determina o final de um
pensamento assertivo”.
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170 Referências bibliográficas
FARACO, C. A. ; MANDRID, D. Prática de redação para estudantes
universitários. 5.ed. Petrópolis: Vozes, 1987.
HOLANDA, Aurélio Buarque de. Dicionário Aurélio. São Paulo: Ática,
2001.
MINADEO, Roberto. Gestão de Marketing: fundamentos e aplicações. São
Paulo: Atlas, 2008.
TERRA, Ernani; NICOLA, José de. Português de olho no mundo do trabalho:
volume único. São Paulo: Scipione, 2004.