potos

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POTOS, o deus dos desejos, dos filtros de amor e das poções mágicas, por arturjotaef Figura 1: Pothos ("longing") orHimeros ("desire"). Later mythology made him the constant attendant of his mother,Aphrodite, goddess of love (In this version he represented lust). In most stories he was the son of Aphrodite and Ares and was represented as a winged youth armed with bow and arrows with which he shot darts of desire into the bosoms of gods and men. Em algumas versões de mito, Pothos é o filho de Eros, ou é retratado como um aspecto independente deste. Contudo outros o chamaram o filho de Zephyrus e Íris. Ele era parte do acompanhamento de Afrodite, e levou uma videira, enquanto indicando uma conexão com o vinho ou com o deus Dionísio. Potos representa as ânsias do desejo apaixonado. [1] Pothos = "Desire". Phoenician personification of desire as a divine primeval force. Este deus, como muitos outros, deve ter sido copiados dos fenícios pois que existiu ali o deus Podos, em tudo idêntico ao Potos grego. A etimologia, pela sinuosidade dos seus caminhos esta cheia de surpresas que por vezes não deixam de ser prenhes de sugestões irónicas, sobretudo quando roçamos as fraldas dos deuses do erotismo caricato por natureza! Assim, se a deusa latina Puta era, por uma estranha forma de pronunciar o «efe», a mestra da poda, Podo / Potos era o Puto “deus menino”, filho da rainha das «putas», Afroditeou Eos?

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POTOS, o deus dos desejos, dos filtros de amor e das poes mgicas, por arturjotaefFigura1: Pothos("longing") orHimeros("desire"). Later mythology made him the constant attendant of his mother,Aphrodite,goddess of love (In this version he represented lust).In most stories he was the son of Aphrodite and Ares and was represented as a winged youth armed with bow and arrows with which he shot darts of desire into the bosoms of gods and men.Em algumas verses de mito, Pothos o filho de Eros, ou retratado como um aspecto independente deste. Contudo outros o chamaram o filho de Zephyrus e ris. Ele era parte do acompanhamento de Afrodite, e levou uma videira, enquanto indicando uma conexo com o vinho ou com o deus Dionsio. Potos representa as nsias do desejo apaixonado.[1]Pothos= "Desire". Phoenician personification of desire as a divine primeval force.

Este deus, como muitos outros, deve ter sido copiados dos fencios pois que existiu ali o deusPodos, em tudo idntico aoPotosgrego.A etimologia, pela sinuosidade dos seus caminhos esta cheia de surpresas que por vezes no deixam de ser prenhes de sugestes irnicas, sobretudo quando roamos as fraldas dos deuses do erotismo caricato por natureza!Assim, se a deusa latinaPutaera,por uma estranha forma de pronunciar o efe, a mestra da poda,Podo / Potosera oPutodeus menino, filho da rainha das putas,AfroditeouEos?A experincia precoce da relao das bebidas alcolicas com a dependncia e os desejos imperiosos pode ter sido uma das causas da relao mtica dePotoscom os desejos violentos e inapelveis que poderiam ocasionalmente levar a morte por exesso de paixoIt is likely that the motif ofpothoswas introduced to the Alexandrian literature by Aristobulus.Pothosmeans 'longing', and this was believed to be a good way to describe Alexander's inner drive. So, our sources mention that Alexander was longing to cross the Danube, untie the legendary knot atGordium,found an Egyptian city, go to the oracle of Ammon, capture the Aornus, visit Nysa, sail the Ocean, or see the Persian Gulf (all these examples in Arrian).Figura5:Pothos / Delphinium (Photo Jan Pieter van de Giessen)The word - or its Latin translationingens cupido- became a standard description of Alexander, and perhaps one of the attractions of the idea was thatpothoscould also signify a desire to die:pothoswas the name of theflower that Greeks placed on someone's tomb. An author who had used this word, could leave Alexander's behavior during battles and sieges andhis drinking habits unexplained. Like Achilles, Alexander had chosen to be famous and die young.[2]

Obviamente que as flores depothos / delphiniumque os gregos colocavam nos tmolos s poderiam significar as nsias do desejo da primeira fase do luto que a morte dos entes queridos deixam nos apaixonados que ficaram entre os vivos.Picusdeve ter sido uma variante latina deste deus da fertilidade agricula, to belo que todos se apaixonavam por ele, clara metfora das setas do olhar fulminante deCupido.A verdade que a planta que leva o nome depothospode tambm chamar-seemLatimficus < Phicus > Picus!A sua relao deste deus silvestre com o pica-pau quase sexualmente to explcita como a veemncia insistente da paixo!*PotPico.Picus= Ancient Roman deity of agriculture. He also possessed the powers of prophecy. Circe changed him into awoodpeckerwhen he did not requite her passion.He was Son ofSaturnand Father ofSylvanus. He was so beautiful that all who saw him fell in love.Este poderoso deus que metia de modo estranho os ps pelos o efes (porque fode quem pode) era o deus dos desejos imperiosos prprios de Eos, a deusa da aurora pelo que muito mais etimologicamente correcto seria se tivera sido filho dela, mas calhou-lhe s-lo da deusa do amor e do deus da guerra.Ver:EOS (***)Este deus, que foi to primordial comoEros, era afinal*PotPtaTot, variantes nominais deEnki, que teve a variante conhecida dos russos dePotenkino, o divino puto deTiamat, aDeusa Meprimordial.= Lat.quanti? =copo de vinho >/= bebida > = dar de beber=> , apocop. para(q.v.).Aeol. para, asfor= bebedor, beberro, bbado; = bebendo, competio de bebida, patuscada de comes e bebes.= potvel = rio < = Vento Este > = alado , epith. de Hades.=vento Este; extenso, largo.[5]= bom fluxo, passagem livre, Plat. II. fluncia, id=Plat. III. Bom, id=Plat.[6]Sabemos que antigamente os rios eram deuses pelo que muito pouco provavelmente este importante rio da Lacnia derivaria o seu nome da mera humidade comum nas margens dum rio pantanoso como parece ter sido este rio da Lacnia, mas que no sul mediterrnico nem sequer seria intensa e, por isso, relevante, pelo que o mais provvel seria derivar esta local de temporria humidade do nome do rioEurotas, largo e extenso e por isso de bom fluxo e de passagem livre ou deEuros, o vento Estese que no seriam a mesma entidade.Se o vento Este eraEurosque era o Sr. doKurcomo todos os restantes deuses dos infernos e da aurora, ento era uma variante deEnkique, enquantoHormaku,foiHermes.Mas-significava tambm Vento Este!Another summit near Taletum was calledEvoras(, Belvedere, Paus. l.c.), which Leake identifies with Mt. Paximdhi, the highest summit next to St. Elias, from which it is distant 5 1/2 geographical miles. The ancient names of none of the other heights are mentioned.--[7]Evoras < E-wa-uras > Ew(a)ruas >Euros deus= *Euro-te>Erotes.De*Euro-teaEurotaster ido um pequeno passo que ter sido dado por este rio ser de facto identificado e por isso denominado em tempos arcaicos como Himeras, seguramente variante fontica deHimeros, o Erote dos desejos, ou seja,Potos. A relao dos rios com a sede e os desejos nem preciso explica-la bastando apelar para ela em tempo de sequia e cancula como era o Vero mediterrnico.No foi possvel encontrar a etimologia deBomycas podendo no entanto ser tentada.=[definition unavailable] ureas > Euro.A relao do deus das guas doces com a cerveja seria inevitvel, embora quase que seguramente esta tenha sido uma inveno culinria da deusa Me.Ver:CERES (***)No entanto, no deixa de ser um facto que todas estas realidades andaram sempre mais ou menos relacionadas. No havia boa vinha sem boa poda, nem boa foda sem bom vinho e boa puta, que, na origem no era to prostituta quanto isso, mesmo quando se dedicava prostituio sagrada em nome da potinija das potinijas que foiIstar, a deusa que embebedou o pai para lhe roubar os segredos divinos, tal como as filhas deNo! Assim, ficamos com a suspeita de que as mulheres inventaram as bebidas alcolicas num delrio de artes culinrias para soltarem a lngua aos homens e deles aprenderam os segredos de estado! De qualquer modo, depois das noites de bacanal vinham, nove meses depois, a dores de parto que, quem sabe se no seriam aliviadas por uma boa bebedeira! O certo que em tempos arcaicos tudo teria sido possvel pois que ainda at h bem pouco tempo a cerveja era utilizada como tnico peditrico. No admira portanto que a deusa romana das poes peditricas fossePotina, uma potinija seguramente especializada nas sopas de cavalo cansado!Potina= The Roman goddess associated with the first drink of children or children's potions. "Drink"Potinais the goddess of drink.Micenic.Potinija> Crec.Potinia> Lat. Potina.A descoberta da fermentao alcolica das uvas de que com muito trabalho resulta o vinho e sobretudo da cevada de que mais facilmente resulta a cerveja, pela sua prpria natureza qumica teria que se tornar inevitvel na histria humana. Mesmo assim este facto histrico deve ter tido um impacto social de tal magnitude que quase todos os povos antigos tm um mito qualquer que reportam o incio da cultura da vinha aos sobreviventes do dilvio.Uma possibilidade explicativa simples para este mito pode ser a que resultaria da aceitao do facto virtual de entre os refugiados da catstrofe telrica que destruiu a civilizao minica se encontrarem os primeiros enlogos na qualidade de xamans possuidores dos mistrios bquicos ou mais seguramente de sacerdotisas da deusa me dos mistrios do vinho e da agua e do fogo,Potkina,antecessora da deusa micnicaPotinijae da deusa do fogo hitita,Tapkina,esposa deEnki!Potinija< Potinisha < *Pot-Anat= *Pot-Atan < Pot-A(n)kinaPot-(En)KinaTaukina> Tapkina.Porm, muito tempo antes a poo mgica inicial no ter passado duma qualquer bebida fermentada com poderes mais espirituosos do que espirituais. certo que a urina de veado era uma forma natural de obter uma bebida psico-modificadora com fins xamnicos mas as migraes para sul deixaram os xamans sujeitos importao do cogumelo seco e logo necessidade de lhe arranjar substituto o que s ter vindo a acontecer com a descoberta da gua-ardente.A verdade que a histria antiga nos revela o encontro de duas tradies religiosas distintas no incio da histria. Uma, matriarcal de origem mediterrnica, ou talvez mais arcaica ainda e de origem africana, centrada nos cultos flicos da cobra e da deusa me sem casta sacerdotal hierarquizada e na qual se enrazam as tradies civilistas e outra, patriarcal centrada no culto dum deus da guerra representado primitivamente pelo veado e depois por animais substitutos de tipo taurino representada pelo xamanismo de que resultaram todas as castas sacerdotais.Pois bem, foi na promiscuidade do xamanismo com o culto dos ideais guerreiros que surgiu a primeira fundamentao socialmente funcionante do primeiro uso abusivo das drogas enquanto poes mgicas. Do mesmo modo que a estratgia do culto dos trofus de guerra, alicerado na filosofia do sucesso social a qualquer preo, serviu para que a sociedade conseguissem prender os guerreiro aos desgnios polticos das sociedades hericas tambm a poo mgica, enquanto capazes de anestesiarem o guerreiro, dando-lhe iluso de imunidade dor e aumentando a resistncia fadiga, acabariam por se tornarem em poes mgicas de omnipotncia. Logo que tecnicamente possveis e disponveis, surgiram como risco de perverso inevitvel para em urgncias de tempo de guerra ajudarem o guerreio a ter fora e coragem muito para alm do que lhe seria humanamente exigvel.O abuso destas poes na calmaria da caserna em prolongado tempo de paz acabaria inevitvel! Quer isto dizer que a questo do doping no de facto uma questo marginal decorrente da degenerescncia do ideal Olimpo a no ser na medida em que este foi introduzido nas sociedades modernas de forma artificialmente sublimada e revelia da tradio social vigente. De facto, nem o esprito olmpico grego ter sido to angelical e tico como se pretende que o seja na modernidade nem as elites aristocrticas onde foi introduzido correspondiam alma social vigente. O resultado foi que com a massificao desportiva moderna as vantagens inerentes s vitrias deixaram de ser um mero ramo de loureiro a engalanar de forma diletante o rosto de, nem sempre belos, meninos bem para passarem a ser o ouro que permite comprar o sucesso social tanto ao mais comum dos mortais quanto aos mais mal paridos pela sorte!A filosofia da estratgia dos trofus regressou s arenas da vida social moderna e o risco da necessidade das poes mgicas regressou na forma de drogas diversas! Por estas e por outras regresses histricas deste tipo que as sociedades ps-modernas se debatem com o problema do dopingdos desportistas e dadrogadas estrelas decadentes, dos falhados do sistema educativo e de todos os vencidos da vida!Pois bem, a droga e o doping, que faz hoje parte dum fenmeno to cnica, hipcrita e ingenuamente malvisto, chamar-se-ia a poo mgica dasPotinijasnos primrdios da histria!Seja como for, o denominador comum destes fenmenos culturais trans-histricos tem residido na necessidade mtica que a decadncia da juventude, quando sujeita presso alienante da competitividade social desenfreada, acreditar na existncia de tnicos de juventude. Como corolrio, so os homens de saber, outrora xamans e hoje profissionais da sade e das indstrias qumica e farmacolgica, que acabam por ceder s angustias da juventude com solues mediadoras, outrora ritualizadas em torno do caldeiro mgico e hoje medicalizadas quando no piquiatrizadas. Porm os mesmos recursos legais ou socialmente aceitveis, medicamentos legais ou drogas leves, podem acabar por descambar no abuso que outros sabedores de menores escrpulos que facilitam seno mesmo substituem por drogas mais activas e duras no pressuposto de que o que importa de facto o resultado imediato em termos competitivos. Se certas substncias psico-modificadoras, ao produzirem ainda que apenas a sensao de vigor anmico ou a iluso de fora fsica, estimulam e auxiliam o atleta na busca da vitria que tendncia estatstica lhe poderia resistir por muito tempo se certo que tudo o que possvel acaba por acontecer independentemente da insensatez dos resultados?Aceitando que o timo*pot deriva etmicamente dum deus flico protgono de toda a epifania mstica e a quem se reporta o paradigma da potncia sexual enquanto referncia mtica do poder e da fora em geral a verdade que a poo mgica veio a receber um reforo tmico adicional que fez com que este se viesse a reportar ao conceito de tudo o que corresponde ao elemento lquido e gua, porque poderosos eram os deuses manda chuva das tempestades e dos mares!O uso xamnico vulgarizou-se a tal ponto que ter levado a que o consumo de poo magica em formas comuns de bebidas espirituosas do tipo da gua ardente ou a cristianssima gua viva (Franc. au de vie) se tornasse to comum que o termo poo passou a ser sinnimo tanto de gua como de fora. Esta dualidade no foi generalizada a todas as lnguas e pode permitir utiliza-lo como marcador da propagao geogrfica de fenmenos culturais. De facto*pot-tem conotaes com a fora na tradio latina e com a gua na tradio grega mas o nome dos deuses das guas destes dois povos manifesta uma ntida reunio desses dois significantes no timo*pot-=fora + gua = gua-ardente.Ora, o nico semantema que conjuga estes dois sentidos (*pot- =fora + gua) a poo mgica cuja existncia real s pode corresponder s bebidas espirituosas, particularmente gua ardente!Claro que as misteriosas guas quentes termais tambm podem ter tido a sua influncia no correlacionamento entre os deuses do fogo e a gua e do uso balsmico que estes teriam no repouso reparador bem merecido do guerreiro.No entanto, o primeiro bice a estas especulaes reside na dificuldade da obteno de bebidas de alto teor alcolico apenas por fermentao. Dito de outro modo, estariam as civilizaes pr-histricas apetrechadas com tecnologias rudimentares de destilao? A arte refinada de perfumaria reconhecida aos egpcios parece exigi-lo. A arqueologia confirma-o.L'invention de l'alambic est attribue aux arabes, aux alentours du Xe sicle. Ainsi Abu Al-Qasim (Aboulcassis), un des plus grands chirurgiens arabes, passe pour en tre l'inventeur. Mais le principe existait dj bien avant, et les grecs le connaissaient. Le mot alambic vient d'ailleurs de l'arabe al anbiq, lui-mme emprunt au grec tardif ambix (= vase).On aurait mme retrouv des traces de l'invention de l'alambic par les gyptiens en msopotamie vers -3500 avant JC.L'alambic fut d'abord utilis pour fabriquer des parfums ou des mdicaments, avant de permettre la production d'eaux-de-vie par distillation de jus de fruits ferments. --WikipdiaObviamente que as poes mgicas ou elixires foram, como as tisanas e os cremes os primeiros medicamentos da humanidade.A maioria dos termos portugueses com radical*pot-reportam para conceitos de poder mas alguns existem que guardam velhas referncias aos lquidos que sugerem a poo mgica.Pote, (lat.*pottu); potabilidade (= que pode ser bebido); potrio (greco-latino = copo); potassa! Para uns deriva do germnicopotasch, =cinza do pote?[8]. Porm, bem possivel que este termo constitua uma palavra fssil falante por j ter significado eventualmentepotash= gua de fogo, conceito que tanto pode ser reportado gua ardente como soluo aquosa de potssio. Na verdade, estas semnticas j andaram juntas na Sumria, como se v nos termos seguintes:Sumer. Na, na: =to drink; to water, irrigate; drink.Naa:=alkali, potash (used as soap) (na + a).Em boa verdade estes exemplos sumrios so ainda dum maior arcasmo do que o termo germnicopotaschporque nos reportam directamente para o nome do deus das guas primordiaisNa < NaunEgipt.Nun.Este deus*Nanuno seria senoEnki, o filho da deusa me primordial que por ter sido um deus lunar foi tambm conhecido comoNanana caldeia.Ver:NUN (***)Potreia (= bebida desagradvel); potra (= bolha de gua); potagem (sopa francesa). certo que o portugus revela influencias lingusticas poliglticas mas, para que em tantas destas referncias, sejam elas francesas germnicas ou gregas, surjam indcios de que o timo*pot-significou tanto o continente quanto o contedo de lquidos, ou seja tanto o pote quanto a bebida, necessrio pressupor uma situao em que ambos os conceitos possam ser permutveis. Ora, isto costuma acontecer quando a bebida de tal modo importante que nem sequer necessrio referi-la j que para bom entendedor meia palavra (e um bom contexto retrico) bastam! A expresso to vulgar de andar nos copos com o significado de andar a beber...vinho o exemplo acabado desta figura de estilo e do poder que ela pode ter tido na perverso dos sentidos semnticos ao longo da histria! Claro que o falso purismo lingustico ajuda a manter o equvoco pois quem usar a simplificaobeber um copo de vinhorecebe por reprimenda a indicao de que os copos podem ser de vidro, ou de outro material, mas nunca de vinho!Nada obsta a pressupor que a copa castelhana (< lat.cupa), tal como o copo portugus tenham tido em latim o pote equivalente que degenerou no moderno pote de barro tambm eufemismo do bacio (< lat.baccino).De facto, Dioniso andava sempre nos copos e de copo na mo. Como tinha tambm o nome de Baco, ao seu cntaro de libaes passou a chamar-se bquico (< baquiano=>baccino) e com a queda em desgraa do paganismo degenerou no bacio de mesinha de cabeceira ou vaso de noite! Porque seguramente os copos latinos eram de barro e seguramente de maior capacidade do que os actuais, pois que ento os vinho serias mais baptizados, os potes (Prov.Pot-< Lat.* pottu, s. m. = grande cntaro para conter lquidos) referir-se-iam no cratera das libaes mas ao continente da bebida! Pelo menos no caso dos copos assim foi pois as cubas de que descendem tinha a capacidade de mais de duas pipas (cupaKarm-=> Carmenta.No entanto,Artemiscom quemAtenasse assemelha, teve tambm o epteto deBritomartis(=Brito-| MartisMatris), de que se destaca o sobrenome Brito, gentlico muito comum entre os portugueses mas, qui, mais ainda o deveria ser entre os bretes franceses e britnicos...Obrimopais,having mighty children,Nonn.D.10.277.Obrimo-patr, filha de um antepassado poderoso, epith. de Athena, Il.5.747, al., Hes. Th.587, Sol.4.3: Obrimos = forte, poderoso.Obrimopaterressoa em portugus a obra de mo do pai o que em conjunto com o mito s poderia ser piada de caserna...ou delrio de homossexual (J!) De facto, muita etimologia anda feita com a mesma facilidade com que se tm destes arrotos por indigesto de m cultura. Tal possibilidade transpareceria sobretudo no facto deObrimopaterparecer um pai de soldados to poderoso e machista quo fanaticamente patriarcal que at conseguiu o supremo desejo dum patriarca misgino: parir um filhoDionsio,mas...pela barriga da perna!Claro que, enquantoKor,Atenateria sido filha deDemetere da relao incestuosa desta com o prprio filho (ou neto, conforme a gerao divina em que colocarmos a deusa me!)Zeus! Atena passou a ser filha unignita de Zeus apenas quando a politica matriarcal de Atenas, em litgio com o matriarcado cretense, assim o exigiu!Ver:NASCIMENTO DE ATENA (***)Ora bem, tudo isto deixa-nos na suspeita de queObrimopatercorresponde a uma tosca corruptela por semelhana dum epteto deZeus,EnkiBrito-pater, termo prximo do de...Brito-martis*Brito-MatrisWrito MarthisMertseguer, lit. me do deus menino que era o sol nascente,HrusCarpocrata,Britomartissimbolizado no filho queIsisalimentava ao peito e tambmMertseguerera a me do sol nascente, variante do canaanitaSacar!Ver:ERITNIO(***) &BRGIDA (***)&AS DEUSAS "MACHAS"(***)[At Sparta, Lakedaimon is] a sanctuary ofArtemis Issoria. They surname her alsoLimnaia(Lady of the Lake), though she is not reallyArtemisbutBritomartisof Krete. Pausanias 3.14.2Como era de Creta esta deusa seria:Limnaia Hartimisha>Artemisa..............................................< *Kartu-Ma(ur)tis Eufemnia> St. Eufmiados portugueses de Trs-os-Montes.Brigantia Sr.Afrodite.Ainda na LusitniaBritomartisdeve ter sidoBrigantia, a deusa meAntu, protectora da cidade. Ora, esta variante do nome desta deusa reporta-nos para a confirmao de queAfroditeeAtenapodero ter sido a mesma deusa na origem da mitologia por terem tidoBrigantiacomo antepassada comum, e ambas filhas / esposas deEnki. Ora, precisamente a possibilidade deBrighidter sidoBrigantia,por ter sido antes*Ki-Phur-Enki-Ki,que ento se compreende a razo porque queBrighidfoi uma deusa tripla do fogo dos infernos deVulcano / Hefesto e Enki / Iscur, deuses dos ferreiros, do fogo da terraKi, e do fogo da sabedoria potica deEnki.Possivelmente estamos perante uma nova variante galica de deusa do fogo da idade do ferro, uma vez que adiante se encontraro outras deusas nrdicas do fogo, apelando tambm para as lides militares, onde era necessrio que estas deusas fossem enfermeiras, poetisas e caldeireiras.Brito-marteObrimo-pater =>=> *Brito-Mater> Brito-marte/*Brito-pater Obri(ma-pa)ter =>Obrimo-pater! espantoso como as regras da matemtica se podem aplicar,mutatis mutandise sem grandes sobressaltos, s equaes semnticas virtuais. Tal facto s vem demonstrar que a evoluo lingustica no essencial uma realidade que obedece aos princpios da economia energtica presente em universos probabilsticos de grandes nmeros como so os que dizem respeito grande dimenso geogrfica dos fenmenos culturais e ao tempo histricos em que eles se desenvolvem. A retrica costumava chamar a esta evidncia emprica, princpio do menor esforo!ATENA APATURIADos arcaicos cultos desta Sr. do Branco Luar ficou a reminiscncia nos contos infantis da Branca Flor e da Branca de Neve. Neste ultimo caso seria flagrante a analogia dos sete anes com os sete sbiosapkallufilhosdeEnki, enquantoEreshkingalseria a bruxam.Ora, um dos cognomes deAtenafoiApaturian.The transitional stage between the orders of mother-right and father-right was characterized in Greece by male societies, which in the course of history more and more lost their character (well-known in ethnology) as secret societies. What remained in the end were classifications of men into "brotherhoods," the phratries. In this final, purely formal condition, the phratriai of Athens had practically no other task than assuming responsibility for the early maturational ceremonies, by now very faded in form, for young boys at the feast called Apaturia, and then for leading them step by step toward the stage of marriage. They also registered the marriageable maidens and accepted them into the phratrie as wives.As Phratria and Apaturia, Athena is the Goddess of these ancient male societies.Among the male Deities,Zeus Phratriusstands in the first position beside her.Hephaestuswas especially revered among them, being also a"marriage candidate" for Pallas Athena. We will often meet representatives of the male sex in the realm of this virginal, and in a special way also maternal, Goddess. For now, just one particularly instructive example has been selected.There is the cultic legend from a small island not far fromAthens, across from Troezen.Appearing as an apparition,Athenasent the maidenAithrathere, where she could be taken byPoseidon.

Figura4:Atena & Poseidon.Having celebrated her involuntary wedding, which had been desired by the Goddess, she founded a temple there toAthena Apaturiaand gave the island a new name. Earlier the island had been calledSphairia, "the round," but since that event it was calledHiera, "the holy." This legend explains the custom of the Troezen maidens offering their girdles toAthena Apaturiabefore their weddings. --- Excepts from Athena, Virgin and Mother in Greek Religion (1952) Karl Kerenyi.Esferica< Sphairia Phra-ter-ia / (A)pa-ter-ia => Ama-ter =>Mat-|(a)pa- |fra- |*ter-ia.O timo*terdo poder deriva da sua relao com o nome dos deuses do poder das armas, ou seja dos Deus Sabaoth dos exrcitos dos infernos do Kur,Kaurano.Ver:KAURANO (***)Ora bem, se os timosma-de me epa-de pai derivam de arcaicos termos universais, j utilizados pelos sumrios, o timofra-s pode derivar do nome de irmo gmeo deInana/Istar,que eraIscur, o sol e um dosApkallu! Na verdade,Fra-Fara.Ver:FARA (***)Apaturian (Paus. 2.33.1) Apaturia< Apa-Kurya > Apa-Kur(u)ja[3]< *Apacarulia,epteto que a ter circulado acabaria por serhojeobscenidade incestuosa Taur-Anu(a)> Turan.Ver:THERA (***)

Figura4:Neste vaso em queAfroditeacolheHelenana sua corte celestial podemos vislumbrar uma subtil identificao entre ambas. Pela forma como Helena representada vestida de amazona podemos suspeitar de que esta o alter ego aguerrido deAfrodite,a prostituta sagrada que na origem seria simultaneamente, esposa, amante e companheira de armas, ou seja a Deusa Me (Grec.Demter) na nica forma orientar deInana/Istar,de que, depois das guerras religiosas decorrentes da reviso do panteo hitita derivaram, derivaram por lgica trifuncional as deusas: esposaHera,a amanteAfrodite,e a companheira de armas,Artemisa / Bentisna caa eAtenana guerra.Outside the Peloponnese, Artemis' most familiar form was asMistress of Animals. Poets and artists usually pictured her with the stag or hunting dog, but the cults showed considerable variety. For instance, theTauropoliafestival at Halae Araphenides in Attica honouredArtemis Tauropolos(Bull Goddess), who received a few drops of blood drawn by sword from a man's neck. -- 1999-2000 Britannica.com Inc.Figura5:Potnia Teron, num selo micnico.

A arqueologia lingustica do nome deAfroditereporta-nos para os deuses do fogo que foram tambm da gua e ambos da esfera deEnkialm de nos permitir suspeitar que esta deusa foi afinal,Potnia Teron,um dos eptetos mais arcaicos deArtemsia.Na verdade, este epteto parece significar literalmente a patrona (dspota// despoina) dos animais (particularmente dos touros cretenses como a coroa taurina deste selo da fig. anterior parece sugerir!)Dspota< Dis-Puta < Dis-Putana potinija.

Figura6:Female Divinity betwkkn Lions on Amygdaloid Gem, Mycenae,Arthur J. Evans, The Jouknal Of Hellenic Studies, Volume Xxi,(1901)Figura7:Potnia Teron.Figura8:Potnia Teron num selo cretense(Corpus of the Minoan and Mycenaean Seals)

No entanto, o ttulo deve ter-lhe sido dado por ter sido a deusa me dos cretenses, a deusa do fogo das cozinhas onde foram descobertas as bebidas fermentadas como complemento alimentar e que os alvores da agricultura permitiram s mulheres fabricar em larga escala. Enquanto sacerdotisas dedicadas ao seu fabrico e distribuio sagrada eram chamadas nos tempos micnicos porPotinijas*Atena Quitria.Como corolrio teremos tambm:Potnia Teron = Potinija Teron =Pot-An-ija Ter-an=>PutanaTuran-eija> (An) puta Teresa.Asherahisthe Tree of Life, alife-giving goddess of well-being. The palm tree, particularly the female date palm which bears clusters of dates, is the tree of life in the arid Near Eastern desert - having shallow roots, it must grow near a source of water; it provides shelter from the sun; its leaves make thatch for roofs; its trunk can be used for building; its sap can make sugar (like maple syrup) and even be fermented into an alcoholic beverage; and the fruit of the date, both fresh and dried, is a commonly eaten food. was honored as a sacred tree and worshipped in sacred groves, sometimes depicted in a tree of life stance between two animals.Since She is "upright" and "straight," upright posts or living trees represent Her.TABITIARTEMISA DOSCITAS E OS CULTOS DO FOGO.They worship only the following gods, namely,Vesta,whom they reverence beyond all the rest,Jupiter, andTellus, whom they consider to be the wife ofJupiter;and after theseApollo, CelestialVenus,Hercules, andMars. These gods are worshipped by the whole nation: the Royal Scythians offer sacrifice likewise to Neptune. In the Scythic tongue Vesta is calledTabiti,Jupiter (very properly, in my judgment) Papaeus, TellusApia,ApolloOetosyrus,Celestial VenusArtimpasa, and NeptuneThamimasadas. --IV livro, MELPOMENE,DA HISTORIA DE HERODOTO,translated by George Rawlinson.Figura11:Tabiti.

SegundoHerdotoos citas eram um povo que permanecia na fase arcaica da adorao do fogo na pessoa duma deusa me de nomeTabiti,nos arrabaldes da cultura sumria e anatlica.Segundo o contedo expresso desta figuraoTabitiera uma deusa do fogo muito parecida com a forma dePtnia Teron/Artemisa.Claro que,deTabitise poderia chegar a um virtual feminino deTaur,a deusa egpciaTaweret,que por ser uma deusa hipoptamo seria uma manifestao local do culto da deusa me dos animais, caso no fora etmicamente mais plausvel o seguinte:Tabiti Hepatu >Hebat.Apia Kahia> Gaia.Hebatpoder telrico da terra em fogo por altura das grandes queimadas naturais ou de fenmenos de vulcanismo. Com este nome andou relacionado o nome deHebee deKiwel.ComoApiaest mais prxima deGaiae daOphiaminoica (de que resultou o estranho nomeOp(i)sda deusa me latina) do que daTellushitita obvio que estamos perante dvidas sugeridas ou pela traduo ou pelos sistemas de comparao mtica usados por Hirduto. Em qualquer dos casos tratar-se-ia duma deusa telrica muito arcaica que comprova o carcter arcaico da cultura cita, alis em concordncia com o que conhecemos da sua civilizao ainda pr-histrica em plena poca clssica. Porm, no ter sido apenas pelo facto de os citas terem sido inimigos dos Persas que se tornaram amigos dos gregos segundo o princpio universal da geopoltica de que os inimigos dos meus inimigos meus amigos so. A ligao dos gregos com os citas deve ter tido razes e antecedentes to remotos como a inimizade destes com os Persas.SendoApiaparedro dePapeu(/Jpiter) era tambm a deusa suprema o que se revela em contradio com o facto de a deusa do fogoTabiti/Hebatser a deusa mais reverenciada dos citas.Ora,Apiapoderia ser uma variante evolutiva ainda muito prxima deKakao que deixa a suspeita de que ouTabitiera apenas tenimo da rainha dos citas ou era muito simplesmente o nome da Me ou da filha desta.A verdade queTabiti/Hebats poderiam ser uma variante fontica muito arcaica deHekate.In the later poems Artemis became associated with another goddess,Hecate, the dark and awful goddess of the lower world.Hecatewas the Goddess of the Dark of the Moon, the black nights when the moon is hidden. She was associated with deeds of darkness, the Goddess of theCrossways, which were held to be ghostly places of evil magic and awful divinity.Thus she became "the goddess with three forms,"Selenein the sky,Artemison earth andHecatein the lower world as well as in the world above, when it is wrapped in darkness. InArtemisis shown most vividly the uncertainty between good and evil which exists in every god. Ironically, this contrast is least apparent in her brother, the God of Light, Apollo.[4](...)Sendo assim,Tabitiseria aHecatecita, forma arcaica deHesta/Vesta,e variante tmica antecessora de Artemisa. Na verdade, a deusa cita mais prxima deArtemisaetimologicamente seriaArtimpasa.Sendo assim, o trio feminino dos citas formavam uma espcie de tridiva do fogo, segundo uma tradio de queHecateseria a expresso mais taxativa,pois tambmArtimpasase manifesta relacionada com a etimologia gnia, quanto mais no fosse por ser esta funo implcita doa deusa do amor. De facto,sea CelestialVnusouArtimpasano senoAfrodite Urnia,o que nos interessa reter agora a relao deste nome comashacom que se alimentam os deuses do fogo.O ento, porque jTeaeraEuryphaessa.Theia Euryphaessa()brings overtones of extent(eurys"wide", root:-/-)and brightness(phaos"light", root:-).Aspalis= West Semitic hunting goddess.Apa+asha> Apha-urta>Apha-rta> Aphaisha >Aphaessa.Artimpasa= Artim + | phasa