prevenção e tratamento de lesões
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Nos dias 22 e 23 de março, foi realizado o curso de Curativos, Protocolo: Peles e Coberturas, onde a Enfª Andréa Trennepolh Conrad, deu uma palestra sobre prevenções e tratamento de lesões para os Enfermeiros, Acadêmicos, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.TRANSCRIPT
Prevenção e tratamento de lesões
Andréa Trennepolh Conrad
GPTF
2007
P
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E
MAIOR ÓRGÃO QUE REVESTE
E DELIMITA O CORPO
15% DO PESO
CORPORAL
03 CAMADAS: EPIDERME,
DERME E HIPODERME
Controlar a temperatura corporal – TERMORREGULAÇÃO
Temperatura de equilíbrio: 37ºC [ 36,1ºC – 37,2ºC ]
Refletir o estado de saúde;
GPTF 2007
Perceber – sensação tátil;
Secretar – glândulas sebáceas e
sudoríparas;
EPIDERME
DERME
SUBCUTÂNEO
Epiderme
Características:
10% da massa total da pele
Presença dos anexos cutâneos
Possui queratinócitos (impermeabilização), melanócitos (pigmentação e proteção) e células de Langerhans (defesa imunológica).
Derme
Características:
Composta de tecido conjuntivo (fibras colágenas e elastina)
Aproximadamente 90% da massa da pele
Vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e terminações nervosas, folículos pilo-sebáceos e glândulas sudoríparas.
Função: Resistência e elasticidade da pele
Hipoderme (tecido celular subcutâneo)
Camada de tecido conjuntivo frouxo que conecta a derme com a fáscia dos músculos subjacentes.
Adipócitos
Raízes das glândulas sebáceas e sudoríparas
Função: Proteção contra choques mecânicos,isolamento térmico, reserva energética.
Prevenção de úlcera de pressão
Definição
Lesões causadas por pressão não aliviada, ou seja, quando determinadas partes do corpo são sobrecarregadas por um longo período, o que provoca uma necrose compressiva.
Acomete indivíduos acamados, com mobilidade reduzida ou que permanecem muito tempo sentados ou deitados.
Compressão
Osso
Suporte
As úlceras por pressão são causadas
por suprimento sanguíneo insuficiente no local onde se instalam.
(Prazeres e Silva, 2009)
Áreas mais afetadas
Áreas mais afetadas (continuação)
Plano de tratamento e prevenção
Avaliar a lesão pelo menos uma vez por dia
Higienização (sempre que necessário)
Não massagear, não friccionar
Evitar cisalhamento
Manter a pele hidratada
Evitar a umidade
Posicionamento, transferência, mudanças de decúbito (2 em 2 horas)
Uso de colchão especial (ar ou água)
Tratamento e prevenção (continuação)
Usar superfícies redutoras de pressão no leito e cadeira.
Se for capaz de andar ou exercitar-se, auxiliar a pessoa a faze-lo.
Praticar o protocolo de troca de curativo conforme orientação do enfermeiro.
Saber como avaliar a ferida quanto aos sinais de infecção e cicatrização.
Estágio I: Pele íntegra com eritema em uma área localizada
Geralmente em proeminência óssea
A área pode ser dolorosa , rígida , amolecida, mais quente ou mais fria
em comparação a área adjacente
Pessoas de pele com tonalidades escuras, pode ser difícil a identificação neste estágio. Descoloração da pele pode indicar que este indivíduo está em
risco.
Categoria (Estágio I):
• Perda parcial da espessura da derme,
apresenta uma lesão superficial rasa com leito
de coloração vermelha vivo, sem tecido
desvitalizado.
• Pede apresentar bolhas intacta ou
aberta/;rompida com presença de exsudato
seroso ou soro hemático.
• Lesão úmida ou seca
• Esta categoria ou estágio não deve ser usada
para descrever fissuras de pele, queimaduras
por adesivos, dermatites , maceração ou
escoriação.
• Hematomas indicam lesão profunda.
Categoria/Estágio II:
Categoria/Estágio III:
• Perda total da espessura tecidual ,com tecido
adiposo subcutâneo podendo estar visível .
• Exposição ossos , tendão ou músculos.
• Tecido desvitalizado pode aparecer , mas não
esconde profundidade
• Lesão cavitária e exsudativa
Categoria/Estágio IV:
• Perda total da espessura dos tecidos comexposição
do osso ,tendão ou músculo.
• Tecido necrótico úmido ou seco
• Exsudativas e cavitárias.
• A profundidade de uma UP de categoria/estágio IV
varia de acordo coma localização anatômica.
Lesão / ferida
Descontinuidade
do tecido
corpóreo
Intencional – cirúrgica
Acidental - trauma
Processo de
reparação
Reestruturação
da ferida
Fase inflamatória
Fase proliferativa
Fase de maturação
Cicatrização
Processo de cicatrização
migração celular
FASE INFLAMATÓRIA - ruptura da pele, dos vasos sanguíneos
e o sangramento. É uma reação local não-específica à lesão do
tecido e/ou invasão bacteriana. Após, ocorre a ativação da
agregação plaquetária e a cascata de coagulação, que resultam na
formação de moléculas de fibrina e na hemostasia.. Ocorre
também a ativação do complemento, gerando uma seqüência de
eventos de inflamação, com recrutamento de macrófagos e
neutrófilos.
Processo de cicatrização
migração celular
FASE PROLIFERATIVA - a reepitelização, responsável pela
proteção e a formação do tecido de granulação, que
preenche a falha no tecido através de uma matriz de fibrina,
fibronectina, colágeno, ácido hialurônico e outros
glicosaminocans. De acordo com Irion (2005), a
reepitelização começa em 24 horas após a lesão, mas só
pode ser notada geralmente depois de 3 dias de evolução.
Segundo ele, a formação do tecido de granulação começa em
3 a 5 dias aproximadamente.
Cicatrização
Processo de cicatrização
migração celular
FASE DE MATURAÇÃO - é compreendida como uma
resposta a longo prazo do ferimento. Neste processo a
feridas ficam menos vascularizadas pela falta de
necessidade de levar células até o local da lesão. O
tecido remodela-se gradualmente, através da matriz
extracelular podendo levar mais de um ano até formar
uma matriz estável.
Cicatrização
Fatores que Atrasam a Cicatrização
LOCAIS
• Isquemia
• Estase venosa
• Bordas não adaptadas
• Deiscência da sutura
• Reação de corpo estranho
• Infecção
• Mobilidade excessiva
local (articulações)
SISTÊMICOS
• Idosos
• Obesos
• Tabagismo
• Imobilidade
• Desnutrição
• Câncer, caquexia
• Drogas
• Radioterapia
• Diabetes
1ª INTENÇÃO bordas podem ser
aproximadas por sutura
2ª INTENÇÃO
bordas não podem ser
aproximadas
GPTF
2007
Incisão
Perfuração Contusão
Escoriação
Mordedura
de
animais
Térmicas
AGENTE
GPTF
2007
Infectada Limpa CONTEÚDO
GPTF
2007
Secas
Moderado
exsudato
Muito ou alto
exsudato
EXSUDATO Pouco
exsudato
CURATIVO
Enfermeiro
Técnico de enfermagem
É o ato de limpar a
ferida/lesão
R
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N
S
Á
V
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Como aprendemos a fazer curativos?
Material necessário
Pacote de curativo
Gazes
SF 0,9% ( 125 ml )
Álcool 70ºgl + algodão
Agulha 40x12
Fita adesiva / atadura
Álcool gel – anti-sepsia
mãos
EPIS: luvas de procedimento;
avental; protetor de face
SACO PLÁSTICO para os
resíduos biológicos
LIMPEZA DA FERIDA (cont.)
• Fornecer isolamento térmico.
Em torno de 4 horas
34ºC
37ºC
Descrição das atividades
1. HIGIENIZAR as MÃOS
Descrição das atividades
1.Levar o material já preparado para junto do paciente
2.Informar o procedimento e pedir a colaboração do paciente
3. Posicionar o paciente
4.Proteger o leito, se for necessário
Descrição das atividades
ANTI-SEPSIA COM ÁLCOOL GEL
6. Realizar
Abrir o pacote de curativo em mesa auxiliar
Com auxílio da cobertura, elevar a pinça com dente sem
contaminar a face interna do pacote
Descrição das atividades
Com auxílio da pinça com dente,
distribuir as outras pinças
sobre a borda da cobertura
Descrição das atividades
Abrir pacotes de gazes e deixar outros
reservados
Descrição das atividades
Realizar a assepsia do frasco de SF 0,9% ( 125ml ) e
perfurar com uma agulha 40x12
Descrição das atividades
Descrição das atividades
Colocar EPIs – LUVA DE PROCEDIMENTO
Retirar os adesivos do curativo com cuidado para não lesar a
pele
Descrição das atividades Retirar o curativo sujo e desprezá-lo no SACO PLÁSTICO
junto com a luva de procedimento – em casos de feridas
profundas o curativo primário deverá ser retirado com
auxílio da pinça com dente
( este saco com resíduos será descartado no posto como RESÍDUO BIOLÓGICO - BRANCO )
Descrição das atividades
Reservar a pinça com dente fora do campo estéril
Inspecionar a ferida observando: extensão, profundidade,
quantidade e tipo de secreção e condição do tecido (
necrose, desvitalizado, granulação,...) - solicitar o
acompanhamento da enfermeira
Descrição das atividades
Realizar
ANTI-SEPSIA COM ÁLCOOL GEL
Descrição das atividades
Lavar a ferida com jato de SF 0,9% - aquecida
LOGO
Descrição das atividades Curativo primário - cobrir a área da ferida com gaze embebida em SF 0,9%
LOGO
Curativo secundário – colocar mais gazes secas
sobre as primeiras umedecidas
LOGO
Descrição das atividades
Fixar com fita adesiva ou atadura
LOGO
Descrição das atividades
Deixar o paciente confortável
Recolher o material e encaminhá-lo para local adequado
29. HIGIENIZAR as MÃOS
Checar na prescrição ( P,M,G e medicamentos )
Anotar, na pasta, o aspecto e as características da ferida
FERIDAS LIMPAS E PLANAS
( SEM EXSUDATO )
FERIDAS LIMPAS E PLANAS ( SEM EXSUDATO )
Tipo cobertura Freqüência de troca
Filme Transparente Cada 07 dias
Gaze não aderente Diárias ou a cada 48h; Tela de
silicone poderá ser reutilizado até
15dias
Hidrocolóides Cada 07 dias
AGE Cada 24 horas
LOGO
FERIDAS LIMPAS E PLANAS
( COM EXSUDATO )
LOGO
FERIDAS LIMPAS E PLANAS ( COM EXSUDATO )
Tipo cobertura Freqüência de troca
Gazes não aderentes Diárias ou a cada 48h; o Mepitel
poderá ser reutilizado até 15dias
AGE* Cada 24 horas
FERIDAS LIMPAS CAVITÁRIA
FERIDAS LIMPAS CAVITÁRIA
Tipo cobertura Frequência de troca
Alginato de cálcio 24 a 48 horas
AGE* Cada 24 horas
FERIDAS INFECTADAS PLANAS E CAVITÁRIAS
FERIDAS INFECTADAS PLANAS E CAVITÁRIAS
Tipo cobertura Frequência de troca
Placas de absorção:
Alginatos
Observar saturação de 24 a 48 horas
Placas de absorção:
Hidrofibras
Observar saturação de 24 a 48 horas
Carvão ativada Observar saturação de 24 a 48 horas
AGE* Cada 24 horas
FERIDAS INFECTADAS COM NECROSE SECA
FERIDAS INFECTADAS COM NECROSE SECA Tipo cobertura Freqüência de troca
Hidrogéis 1ºdias – cada 24 horas, após a cada
48 horas.
Papaína Cada 24 horas
Colagenase Cada 24 horas
FERIDAS INFECTADAS COM NECROSE ÚMIDA
FERIDAS INFECTADAS COM NECROSE ÚMIDA e/ou ESFACÉLO
Tipo cobertura Freqüência de troca
Placas de absorção:
Alginatos
Observar saturação de24 a 48 horas
Placas de absorção:
Hidrofibras
Observar saturação de 02 a 03 dias
Carvão ativado Observar saturação de 24 a 48 horas
Compressa impreganada em sódio
hipertônicos
cada 24 horas,
Hidrogéis cada 24 horas.
Referências:
MARTINS, Margareth Linhares et al. A virtualidade do cuidado no tratamento de pessoas com úlceras por pressão. Res. Estima, São Paulo , V.9 n. 4, p. 36-41 out/nov/dez, 2011
PAULA , Maria Ângela Boccara de. Aspectos da assistência domiciliar à pessoa com Feridas. Res. Estima, São Paulo , V.9 n. 2, p. 39-44, abr/mai/jun, 2011.
PRAZERES, Silvana Janning , SILVA , Ana Cristina Beust . Úlceras por pressão.In: PRAZERES, Silvana Janning et al (Org). Tratamento de feridas . Teoria e prática. Porto Alegre: Moriá /Editora , 2009. p.112-138.
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“Para ser bem sucedido no trabalho, a primeira coisa a fazer é apaixonar-se
por ele.”
Mary Lauretta