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Rev. Educ. Espec., Santa Maria, v. 25, n. 42, p. 143-166, jan./abr. 2012 Disponível em: <http://www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial> 143 Produção científica sobre avaliação da visão em crianças: um estudo bibliométrico na base de dados LILACS Produção científica sobre avaliação da visão em crianças: um estudo bibliométrico na base de dados LILACS Raquel Cristina Pinheiro* Luciana Pizzani** Claudia Maria S. Martinez*** Maria Cristina P. I. Hayashi**** Resumo Este estudo teve por objetivo realizar análise bibliométrica da produção científi- ca sobre avaliação da visão em crianças disponível na base de dados Lilacs. A metodologia da pesquisa observou os seguintes passos: revisão de literatura sobre avaliação da visão e bibliometria; coleta de dados na base de dados Lilacs; organização, tratamento bibliométrico e análise dos dados coletados utilizando o software MS Excel. Utilizando as expressões de busca “avaliação visual”, “avaliação da visão”, “avaliação funcional da visão”, “portadores de defici- ência visual”, “baixa visão” e “transtornos da visão”, foram selecionados 27 arti- gos. Como resultados foram produzidos os seguintes indicadores: os idiomas predominantes das produções científicas foram o português e o espanhol; o artigo original escrito em coautoria é o tipo de publicação predominante, as temáticas mais abordadas foram: “baixa visão”, “acuidade visual”, “ambliopia” e “glaucoma”. Ficou constatado também que nem todos os autores trataram es- pecificamente sobre avaliações da visão, sendo proposta também a avaliação cognitiva e da qualidade de vida de deficientes visuais. Torna-se recomendável a realização de novas pesquisas que demonstrem a importância da avaliação precoce da visão em crianças, visando que a intervenção, quando necessária, ocorra o mais cedo possível e previna os possíveis atrasos ocasionados pela deficiência visual. Deve-se também garantir que estes achados oftalmológicos se complementem com avaliações que caracterizem em quais situações os indivíduos que já possuem algum tipo de deficiência possam utilizar com maior eficácia sua visão. Palavras-chave: Baixa visão. Transtornos da visão. Bibliometria. * Mestranda do Programa de Pós Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Paulo, Brasil. ** Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Paulo, Brasil. *** Docente do Programa de Pós Graduação em Terapia Ocupacional e Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Paulo, Brasil. **** Docente do Departamento de Ciência da Informação e do Programa de Pós Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Paulo, Brasil.

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Rev. Educ. Espec., Santa Maria, v. 25, n. 42, p. 143-166, jan./abr. 2012Disponível em: <http://www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial>

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Produção científica sobre avaliação da visão em crianças: um estudo bibliométricona base de dados LILACS

Produção científica sobre avaliação da visão em crianças: umestudo bibliométrico na base de dados LILACS

Raquel Cristina Pinheiro*Luciana Pizzani**

Claudia Maria S. Martinez***Maria Cristina P. I. Hayashi****

Resumo

Este estudo teve por objetivo realizar análise bibliométrica da produção científi-ca sobre avaliação da visão em crianças disponível na base de dados Lilacs. Ametodologia da pesquisa observou os seguintes passos: revisão de literaturasobre avaliação da visão e bibliometria; coleta de dados na base de dadosLilacs; organização, tratamento bibliométrico e análise dos dados coletadosutilizando o software MS Excel. Utilizando as expressões de busca “avaliaçãovisual”, “avaliação da visão”, “avaliação funcional da visão”, “portadores de defici-ência visual”, “baixa visão” e “transtornos da visão”, foram selecionados 27 arti-gos. Como resultados foram produzidos os seguintes indicadores: os idiomaspredominantes das produções científicas foram o português e o espanhol; oartigo original escrito em coautoria é o tipo de publicação predominante, astemáticas mais abordadas foram: “baixa visão”, “acuidade visual”, “ambliopia” e“glaucoma”. Ficou constatado também que nem todos os autores trataram es-pecificamente sobre avaliações da visão, sendo proposta também a avaliaçãocognitiva e da qualidade de vida de deficientes visuais. Torna-se recomendável arealização de novas pesquisas que demonstrem a importância da avaliaçãoprecoce da visão em crianças, visando que a intervenção, quando necessária,ocorra o mais cedo possível e previna os possíveis atrasos ocasionados peladeficiência visual. Deve-se também garantir que estes achados oftalmológicosse complementem com avaliações que caracterizem em quais situações osindivíduos que já possuem algum tipo de deficiência possam utilizar com maioreficácia sua visão.

Palavras-chave: Baixa visão. Transtornos da visão. Bibliometria.

* Mestranda do Programa de Pós Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federalde São Carlos (UFSCar), São Paulo, Brasil.** Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Educação Especial da Universidade Federalde São Carlos (UFSCar), São Paulo, Brasil.*** Docente do Programa de Pós Graduação em Terapia Ocupacional e Educação Especial daUniversidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Paulo, Brasil.**** Docente do Departamento de Ciência da Informação e do Programa de Pós Graduação emEducação Especial da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Paulo, Brasil.

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Raquel Cristina Pinheiro – Luciana Pizzani – Claudia Maria S. Martinez –Maria Cristina P. I. Hayashi

Production scientific on the evaluation of children’s vision: abibliometric study in the database LILACS

Abstract

This study aimed to perform bibliometric analysis of scientific literature onevaluation of vision available in the database Lilacs. The research methodologyhas observed the following steps: review of literature on the evaluation of visionand bibliometrics, collection of data in the database Lilacs, organization,processing and bibliometric analysis of data collected using the software MSExcel. Using the search terms “visual assessment”, “assessment of vision”,“functional assessment of vision”, “visually impaired”, “low vision” and “disordersof vision”, being selected 27 articles. As a results were produced the followingindicators: the predominant languages ??of scientific productions were Portugueseand Spanish, the original article written in co-authorship is the predominant typeof publication, the themes discussed were: low vision, visual acuity, amblyopiaand glaucoma. It was also noted that not all authors have specifically or onassessments of vision, and proposed the cognitive assessment and quality oflife of visually impaired. It is advisable to conduct further research to demonstratethe importance of early assessment of vision in children, to ensure that theintervention, when necessary, take place as soon as possible and prevent thedelay caused by visual impairment. It should also ensure that these visual findingsare complementary with assessments that characterize situations in whichindividuals who already have some type of disability can use their vision moreeffectively.

Keywords: Vision low. Vision disorders. Bibliometrics.

Introdução

Prevenção implica ações antecipadas destinadas a impedir a ocorrên-cia de fatos ou fenômenos prejudiciais à saúde, e na ocorrência destes, evitar aprogressão de seus efeitos (BRASIL, 1992). Pensando-se nos problemas visu-ais, o trabalho realizado em função da prevenção se relaciona em prol da nãoocorrência do fator prejudicial, a tentativa de reduzir um déficit apresentado eimpedir o agravamento de uma deficiência já instalada (CARVALHO, 2005).

A visão é um instrumento que acentua as habilidades mentais, umconstrutor de conceitos espaciais, um instrumento quando se adquire a lingua-gem e um meio para desenvolver as relações emocionais; ela fornece o relatomais minucioso do mundo externo, registrando simultaneamente posição, dis-tância, tamanho, cor e forma; uma síntese imediata dos acontecimentos, obje-tos de interesse e pessoas que estão ao redor (KNOBLOCH; PASSAMANICK,1990; KANDEL; SCHWARTZ; JESSEL , 1997; LINDSTEDT, 2000; GAGLIARDO,2003).

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As funções visuais estão intimamente relacionadas ao desenvolvimentoinfantil global e constituem-se numa evidência do funcionamento neurológicoadequado. Acredita-se que a maior parte das aquisições motoras, intelectuais ede personalidade são favorecidas, em maior ou menor intensidade, pela entradasensorial, especialmente a visual (HYVARINEN, 1989; COELHO, 1999).

A partir da relação existente entre a boa visão e as possibilidades depromoção do desenvolvimento infantil torna-se fundamental na atualidade a rea-lização da avaliação da visão das crianças para que ocorra a identificação pre-coce das alterações visuais, a prescrição de recursos ópticos econsequentemente uma inclusão educacional de sucesso (HYVARINEN, 1989;BRUNO, 1999; CARVALHO, 2005).

Gagliardo e Nobre (2001) afirmam que detectar oportunamente altera-ções visuais por meio da avaliação do comportamento visual significa oferecer àcriança a oportunidade de participar de programas de habilitação infantil, emque serão motivados o seu desejo e a sua curiosidade, necessários para queela possa agir sobre o ambiente e realizar seu processo de aprendizagem.

A avaliação visual da criança, respeitando a faixa etária em que amesma se encontra, com todas as suas características biológicas, sociais epsicológicas é muito relevante. Esta avaliação visual deve ser levada em consi-deração, prioritariamente do nascimento a idade escolar, momentos em queconstituem os anos formativos da criança. É durante este período que todos osestímulos advindos dos que lhe rodeiam, vão contribuir para a sua saúde bio-psico-social-afetiva (CARDOSO; LUCIO; CAMPOS, 2002).

O exame de rotina da acuidade visual tem por objetivo assegurar boasaúde visual, colaborar na atenuação dos elevados índices de evasão escolarou repetência, e prevenir diversas complicações oculares de maior âmbito(GIANNINI et al., 2004). Já a avaliação do uso funcional da visão para atividadesescolares, de vida diária, de orientação e mobilidade, e outras necessidadesespecíficas como contrastes, iluminação, adaptação de recursos ópticos, sãoinformações básicas essenciais para o processo ensino-aprendizagem que oprofissional especializado deve compartilhar com o professor do ensino regular(BRUNO, 1999).

Segundo Ruas et al. (2006) a possibilidade de detectar oportunamen-te alterações no desenvolvimento visual está ligada a um diagnóstico oportuno ea um pronto encaminhamento a serviços de habilitação infantil, favorecendoassim, um melhor desenvolvimento e uma melhor qualidade de vida. Quantomais os profissionais da área da saúde forem eficazes em acompanhar o de-senvolvimento visual no primeiro ano de vida, maiores serão as possibilidadesde evitar alterações que possam prejudicar a trajetória da criança e colaborarpara que as mesmas possam atravessar de forma adaptada as tarefas evolutivasde cada fase de seu desenvolvimento.

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Diante da importância dos procedimentos de avaliação visual, esteartigo tem como objetivo analisar as produções acadêmicas sobre essa temáticana base de dados da LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciên-cias da Saúde), disponibilizada pela Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utili-zando a bibliometria como metodologia de pesquisa.

Estudos dessa natureza são importantes porque oferecem subsídiosaos pesquisadores revelando não só os grandes avanços na área ao longo dotempo, mas também apontam as lacunas existentes cuja solução depende dainvestigação científica e de intervenções que estejam embasadas cientificamen-te.

Caminho metodológico

Uma das possibilidades de fazer avaliações da produção científica é autilização de métodos que permitam medir a produtividade dos pesquisadores,grupos ou instituições de pesquisas. Para tanto, torna-se fundamental o uso detécnicas quantitativas e qualitativas, ou mesmo uma combinação entre ambaspara a produção de indicadores que representem o estado da arte da produçãocientífica em estudo.

Para as diversas áreas do conhecimento estão sendo realizados es-forços para se quantificar os fenômenos: econometria, para a economia;sociometria, para as ciências sociais; psicometria, para a personalidade e cer-tas habilidades do ser humano; e cienciometria, informetria, webmetria ebibliometria, para a produção e difusão do conhecimento. Na área de Oftalmolo-gia, por exemplo, a bibliometria foi aplicada para analisar a produção científicabrasileira, argentina, chilena, paraguaia e uruguaia em Oftalmologia e Ciênciasda Visão, relativa a um período de 10 anos (1995-2004) para conhecer a evolu-ção e tendências nesse campo de investigação (RAGGHIANTI et al., 2006).

O termo bibliometria foi definido pela primeira vez por Otlet, em 1934no seu “Traité de Documentation”, como parte da bibliografia “que se ocupa damedida ou da quantidade aplicada ao livro” (OTLET, 1986). Mas foi em 1969 queAlan Pritchard sugeriu a utilização do termo Bibliometria(7) em substituição aotermo “bibliografia estatística”. Assim, bibliometria foi definida como aplicaçãode tratamentos quantitativos à comunicação escrita, produto tangível da investi-gação científica (DÁVILA RODRÍGUES et al., 2009).

A fonte de pesquisa é a base de dados LILACS, disponível na Bibliote-ca Virtual em Saúde administrada pelo sistema Bireme. A LILACS - LiteraturaLatino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde é uma base de dadoscooperativa que compreende a produção científica relativa às Ciências da Saú-de, publicada nos países dessa Região, a partir de 1982. Contém artigos decerca de 670 revistas mais conceituadas da área da saúde, atingindo mais de350 mil registros, e outros documentos tais como: teses, capítulos de teses,

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livros, capítulos de livros, anais de congressos ou conferências, relatórios técni-co-científicos e publicações governamentais. Está disponível em três idiomas:Português, Espanhol e Inglês.

Metodologia

Segundo Marconi e LaKatos (2008), a presente pesquisa é de nature-za exploratória e descritiva, pois tem como propósito descobrir, com precisão, afrequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com os de-mais, sua natureza e características.

O trabalho foi desenvolvido em quatro etapas: 1.constituição da funda-mentação teórica da pesquisa - revisão de literatura sobre avaliação funcionalda visão, com o objetivo de subsidiar teoricamente a pesquisa; 2.coleta dedados no site da LILACS sobre a presença da temática nas bases de dados;3.organização e tratamento bibliométrico dos registros coletados utilizando osoftware MS Excel, 4.apresentação, análise e interpretação dos resultadosencontrados, recuperando-se os conceitos expostos no referencial teórico.

Vale ressaltar que os dados coletados e analisados são de domíniopúblico – bases de dados públicas de produção científica, disponibilizadas noendereço eletrônico: www.bireme.br. Portanto, este estudo não foi submetidoao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Todavia, os pesquisa-dores seguiram todos os preceitos éticos necessários para a análise e divulga-ção dos dados da pesquisa.

Primeiramente, foram estabelecidos dois critérios para a recuperaçãodos registros. 1) faixa etária compreendendo: recém-nascido, criança, lactentee pré-escolar; 2) disponibilidade de acesso ao texto completo para realizaçãoda leitura dos objetivos e procedimentos de coleta de dados. Em seguida foramdefinidos os seguintes termos de busca para a pesquisa na base de dadosLILACS: “avaliação visual”, “avaliação da visão”, “avaliação funcional da visão”,“portadores de deficiência visual”, “baixa visão” e “transtornos da visão”. A coletade dados foi realizada em fevereiro de 2011.

A expressão “avaliação visual” resultou em 665 registros, sendo com339 textos completos. Utilizando o delimitador de limite na faixa etária “crian-ças” os resultados apontaram 26 artigos, dos quais foram considerados cincopertinentes para a pesquisa. Nas faixas etárias “pré-escolar”, “recém-nascidos”e “lactentes” foram recuperados respectivamente 12, 17 e 4 registros, porém,os registros encontrados ou eram duplicados ou não se enquadravam aos crité-rios adotados.

A próxima expressão utilizada foi “avaliação da visão”, resultando em17 registros, quatro com textos completos e apenas a faixa etária “crianças”continha dois artigos, mas eram iguais aos selecionados anteriormente.

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Posteriormente foi utilizada a expressão “portadores de deficiênciavisual” sendo encontrados 124 registros e 52 textos completos. Com a faixaetária “criança” foram recuperados 16 registros e selecionados 9. Na faixa etária“pré-escolar” foram encontrados 10 artigos e apenas um foi selecionado. Nasfaixas etárias “lactente” e “recém-nascido” foram encontrados três registros, masnenhum foi selecionado.

A outra expressão utilizada foi “baixa visão” sendo recuperados 127registros e 60 textos completos. Na faixa etária “criança” o número de registrosresultou em 25 sendo selecionados 15. A faixa etária “pré-escolares” resultouem 12 registros e as faixas etárias “lactentes” e “recém-nascido” apontaramrespectivamente oito e quatro artigos, porém também não se enquadravam nosobjetivos da presente pesquisa ou eram duplicados.

E por fim foi utilizada a expressão “transtornos da visão”, encontrando-se 279 registros com 80 textos completos. Na faixa etária “criança” foram en-contrados 23 registros e selecionados sete artigos. Na faixa etária “pré-escolar”foram encontrados 10 registros, sendo selecionado apenas um artigo. As faixasetárias “lactentes” e “recém-nascido” resultaram, respectivamente em seis re-gistros cada, mas apenas da faixa etária “recém-nascido” foi selecionado umartigo.

Com isso, a coleta final apontou 40 artigos selecionados. No entanto,antes de iniciar a pesquisa, esses artigos foram submetidos à leitura maisaprofundada verificando-se que 13 não se enquadravam nos requisitos acima e,portanto foram descartados. Assim, o corpus final da pesquisa totalizou 27 arti-gos que contemplaram todos os requisitos propostos.

Resultados e discussão

Após a seleção dos 27 registros, foi realizada a leitura completa dosartigos para a produção dos seguintes indicadores bibliométricos: distribuiçãodas publicações ao longo dos anos, idioma das publicações, tipo de documen-to, tipo de autoria, periódicos, descritores e objetivos dos estudos.

Com relação à ocorrência dos estudos, pode-se verificar a sua distri-buição ao longo do tempo observando a Figura 1.

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Figura 1 – Distribuição da produção científica ao longo do tempo

Os resultados revelam que o primeiro estudo sobre avaliação funcio-nal da visão em crianças foi registrado em 1993 e somente três anos apóshouve o aparecimento de mais um estudo. Nos anos de 1998, 2000, 2005, 2007e 2008 verifica-se a existência de um artigo para cada ano. Em 2002 registra-sea presença de dois artigos, nos anos de 2004 e 2009 três publicações, no anode 2003 um artigo e em 2006 oito artigos.

Esses resultados apresentam distribuição uniforme, evidenciandopouca variação até 2005. Em 2006 há um relativo aumento no número de traba-lhos revelando que a produção científica envolvendo essa temática vem cres-cendo paulatinamente ao longo dos anos, porém não é observada uma tendên-cia em relação a este crescimento.

Indicadores de idioma

Verificou-se que dos 27 artigos analisados, 18 são em Português, 7em Espanhol e 2 em Inglês. A Figura 2 ilustra esses achados.

Figura 2 – Indicadores de idioma dos registros

Indicadores de Idioma

18

7

2

PortuguêsEspanholInglês

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Esses dados corroboram os objetivos da base de dados LILACS, queé promover maior acesso à produção científica produzida nos países da AméricaLatina e do Caribe. Por isso o idioma português e o espanhol são encontradoscom maior frequência.

Indicadores da tipologia documental

Com relação à tipologia dos documentos, foram encontrados 26 arti-gos originais e um ensaio clínico.

Isto se deve ao fato de que as bases de dados foram criadas para daruma maior visibilidade à produção científica publicada em periódicos. Assim,foram estabelecidos critérios de seleção para inclusão dessas revistas nas inú-meras bases criadas. No caso da base de dados LILACS as revistas que fazemparte do sistema possuem uma preocupação com relação ao item “conteúdo”,pois há uma pontuação quanto à natureza dos artigos, e a pontuação maior épara o item “artigos originais” (SOUZA; PAULA, 2002).

Seguindo essas orientações, os periódicos preocupam-se em publi-car predominantemente artigos originais resultantes de pesquisa científica e/ousignificativas para a área específica do periódico, conforme constatado pela pes-quisa.

Indicadores de frequência de aparecimento dos periódicos

Com relação a frequência de aparecimento dos periódicos, é consta-tado que os Arquivos Brasileiros de Oftalmologia se destacam com 16 citações,seguido pelas revistas Clinics e Archivos Argentinos de Pediatría, com duasfrequências respectivamente. Com uma frequência de aparecimento destacam-se os periódicos: Interação em Psicologia, Psicologia USP, Repertório de Medi-cina y Cirurgía, Revista Chilena de Pediatría, Revista Cubana de Oftalmologia ea Revista de Saúde Pública, conforme descritos na Tabela 1.

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Periódicos Frequência de citaçõesArquivos Brasileiros deOftalmologia

16

Clinics 2CES Medicina 2Archivos Argentinos dePediatría

1

Interação em Psicologia 1Psicologia USP 1Repertorio de Medicina yCirugía

1

Revista Chilena de Pediatria 1Revista Cubana deOftalmologia

1

Revista de Saúde Publica 1Total 27

Tabela 1 – Indicadores dos periódicos

Observando os periódicos encontrados, verifica-se a intersecção dotema “avaliação visual” com o campo da saúde e da educação. Isso ocorreporque os profissionais dessas áreas possuem embasamento teórico suficien-te para auxiliar as pessoas com necessidades especiais e também em lidarcom as dificuldades encontradas durante o desenvolvimento.

No âmbito da inclusão social de pessoas com necessidades especi-ais, o papel dos profissionais destes dois campos do conhecimento é praticar oenfrentamento, orientá-los a lidar com a exclusão, tentando introduzir principal-mente a afetividade e funcionalidade no cotidiano dessas pessoas (COELHO,2009).

Para Gesell (2000) a percepção visual está profundamente integradaa todos os sistemas infantis, influenciando na postura, aquisição de habilidadesmotoras, cognição e personalidade da criança. Pode-se constatar, desta forma,que a visão influencia direta e indiretamente na aquisição de diversas habilida-des psicomotoras, como no aprendizado da linguagem, movimentação automá-tica e espontânea, imagem e esquema corporal, motivação, segurança, auto-estima, objetividade auditiva (localização e sentido de distância), entreoutros (BEZERRA, 2001).

A ausência da visão priva a criança de aspectos importantes do apren-dizado, de modo que esta passa a confiar o início de seu desenvolvimento aoutros canais de comunicação. Logo, se verifica o quão são importantes asações de cunho preventivo e as estratégias que podem facilmente ser estendi-das ao lar e a escola, como a estimulação visual (CARDOSO; LUCIO; CAM-POS, 2002).

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Assim, a utilização adequada das funções visuais pode ser extrema-mente benéfica no intuito de auxiliar o educador a introduzir conteúdos quemotivem a criança para o aprendizado dos conceitos propostos, necessitando oprofissional conhecê-las e saber intervir adequadamente junto ao sistema sen-sorial visual a partir do reconhecimento da etapa de desenvolvimento em que acriança se encontra (BEZERRA, 2001).

Indicadores de tipo de autoria

Com relação à autoria, os resultados indicaram que os 27 artigos fo-ram elaborados por 73 autores.

Pode-se aferir, pelo número de autores encontrados, que todos osartigos foram escritos em coautoria, o que revela a colaboração científica entreautores, instituições e grupos de pesquisas. A coautoria já é uma realidade napesquisa científica contemporânea, agregando habilidades, interesses e deman-das da estrutura do campo científico. Um dos aspectos positivos da coautoria éque os grupos ou instituições se juntam em torno de metas, objetivos e esforçoscoletivos, aumentando a produtividade científica de uma determinada área doconhecimento (OLIVEIRA; GRACIO, 2008).

Indicadores das temáticas dos artigos

Na Tabela 2 são apresentados os indicadores das temáticas dos arti-gos. Os resultados revelam que os temas que se sobressaem ao se tratar daavaliação da visão são: “baixa visão”, “acuidade visual”, “ambliopia” e “glaucoma”em crianças. Foram encontrados também 108 descritores que demonstram osdemais temas que foram mencionados com menor frequência.

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A partir dos descritores selecionaram-se aqueles que poderiam, a prin-cípio, relacionar-se com a avaliação da visão por relacionar medidas ou instru-mentos conforme tabela abaixo:

Tabela 3 – Temáticas relacionadas com avaliação da visão

Indicadores dos objetivos dos estudos

Nos 27 registros recuperados foram encontrados os seguintes objeti-vos:

– 40% relatam e descrevem distúrbios visuais em populações especí-ficas como: portadores de múltiplas deficiências; bebês; crianças; crianças ca-rentes; pré-escolares; escolares; população em geral (OLIVEIRA et al., 2009;RINCÓN, RODRÍGUES, 2009; VERRONE; SIMI, 2008; COSTA, 2007; HADDADet al., 2006, 2009; REMIGIO et al., 2006; ALBUQUERQUE; ALVES, 2003; DÍAZ;RAIMANN; FARIÑA, 2003; BRITO; VEITZMAN, 2000; LASSO BERNAL, 1998;BOLADO GARCÍA et al., 1996).

– 11% avaliam a visão de portadores de distúrbios visuais específicos,como distrofia de cones, colobomas oculares e distrofias retinianas (SATO et

Temáticas relacionadas com avaliação da visão FrequênciaBaixa visão 15Acuidade visual 7Ambliopia 4Testes visuais 3Distúrbios da visão 2Erros de refração 2Validação de programas de computador 2Defeitos da visão cromática 1Avaliação psicológica 1Teste de Bender 1Seleção visual 1Erros de refração 1Deficiências do desenvolvimento 1Triagem de massa 1Psicometria 1Eletrorretinografia 1Percepção de cores 1Valor preditivo dos testes 1Estudo de avaliação 1Observação/métodos 1Fotorreceptores de vertebrados 1Total 48

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al., 2003; MAESTRINI; FERNANDES; OLIVEIRA, 2004; TZELIKIS; FERNANDES,2004).

– 14% avaliam a visão e o desempenho funcional de sujeitos que jáapresentavam algum tipo de deficiência (MALTA et al., 2006; LUCAS et al.,2003; CARVALHO et al., 2002; MENDÉZ SÁNCHEZ et al., 2002).

– 18% validam ou elaboram instrumentos específicos para avaliaçãovisual (ARIPPOL et al., 2006; SUEHIRO; SANTOS, 2006; CASTRO; KALLIE;SALOMÃO, 2005; MATSUHARA; FERNANDES, 2004; FIGUEIREDO et al.,1993).

–14% determinam, avaliam e identificam concepções a respeito dosauxílios ópticos (CASTRO et al., 2006; MONTEIRO; TEMPORINI; CARVALHO,2006; MONTILHA et al., 2006).

No Quadro 1, a seguir, podemos identificar os objetivos dos estudosrelacionados à avaliação funcional da visão.

Quadro 1 – Indicadores dos objetivos dos estudos

REFERÊNCIA OBJETIVOMÉTODO OU INSTRUMENTODE AVALIAÇÃO DA VISÃOEMPREGADO

ALBUQUERQUE, R.C.;ALVES, J.G.B. Afecçõesoculares prevalentes emcrianças de baixa rendaatendidas em um serviçooftalmológico na cidadede Recife-PE, Brasil. Arq.Bras. Oftalmol., v.66, n.6,p.831-834, 2003.

Descrever os distúrbiosvisuais diagnosticadosem um grupo de criançascarentes, assistidas noserviço oftalmológico doInstituto Materno-Infantil dePernambuco.

O exame oftalmológico constou doexame do exame esterno e dapupila, motilidade ocular,determinação da acuidade visual,biomicroscopia, oftalmoscopia etonometria.

ARIPPOL, P.K.K.;SALOMÃO, S.R.;BELFORT JUNIOR, R.Método computadorizadopara medida da acuidadevisual. Arq. Bras.Oftalmol., v.69, n.6, p.907-914, 2006.

Elaborar e validar testecomputadorizado paramedida da acuidadevisual de escolares.

Foi elaborado testecomputadorizado paradeterminação da acuidade visualutilizando os padrões das tabelaslogarítmicas impressas adotadasna clínica oftalmológica.

BOLADO GARCÍA, E. etal. Modelo de vigilânciaepidemiológica em saludvisual e ocular: umapropuesta. CES Med.,v.10, n.1, p.12-16, 1996.

Desenhar um Modelo deVigilância Epidemiológicaem Saúde Visual eOcular.

O diagnóstico inicial realizado porintermédio de estudo deprevalência que levou ainformações de fontessecundárias (SIS-I) utilizando abase para o desenho do modelode vigilância epidemiológica. Ainformação utilizada correspondeà consulta de 1994.

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Raquel Cristina Pinheiro – Luciana Pizzani – Claudia Maria S. Martinez –Maria Cristina P. I. Hayashi

BRITO, P.R.; VIETZMAN, S.Causas de cegueira e baixavisão em crianças. Arq.Bras. Oftalmol., v.63, n.1,p.49-54, 2000.

Identificar e analisar asprincipais causaspreveníveis e tratáveis dacegueira e baixa visão nainfância.

Crianças de três instituições deduas cidades brasileiras foramexaminadas e os dados foramregistrados em protocolopadronizado pela OMS, ondeos protocolos forampreenchidos após exames dascrianças ou análise dosprontuários médicos.

CARVALHO, K.M.M. et al.Avaliação da conduta emescolares portadores devisão subnormal atendidosem sala de recursos. Arq.Bras. Oftalmol., v.65, n.4,p.445-449, 2002.

Identificar melhora nodesempenho visual deescolares portadores devisão subnormal apósavaliação e condutarealizadas no Serviço deVisão Subnormal daDisciplina deOftalmologia/FCM/UNICA-MP.

Os escolares foram submetidosà avaliação oftalmológicaespecializada completa eintervenção pedagógica. Naavaliação oftalmológica foirealizado exame oftalmológicocompleto incluindo a avaliaçãodo funcionamento visual, quecobriu a acuidade visual, aavaliação de cores e contratese testes dos auxílios ópticos enão ópticos. Na intervençãopedagógica foram realizadostreinamentos do uso do auxílioóptico, adaptação de recursosnão ópticos, orientações aosprofessores de sala comum,orientações aos familiares eportadores de deficiênciavisual.

CASTRO, C.T.M. et al.Reabilitação visual empacientes com retinosepeigmentária. Arq. Bras.Oftalmol., v.69, n.5, p.687-690, 2006

Determinar quais auxíliosde visão subnormal podemser úteis na reabilitação depacientes com retinosepigmentária e osbenefícios adquiridos como programa de reabilitaçãovisual baseado emmedidas de acuidadevisual nas tarefas da vidadiária.

Participaram deste estudopacientes com retinosepigmentária. Foram realizadostestes de acuidade visual e defunção visual (perimetriamanual, eletrorretinograma decampo total) e testes deadaptação de auxílios de visãosubnormal. Um histórico visualfoi pesquisado e perguntasespecíficas da utilização davisão foram feitas. Foi efetuadoprograma de treinamento doauxílio óptico a ser adaptado ede manuseio do mesmo antesde sua prescrição final.

CASTRO, C.T.M.; KALLIE,C.S.; SALOMÃO, S.R.Elaboração e validação detabela MNREAD para oidioma português. Arq. Bras.Oftalmol., v.68, n.6, p.777-783, 2005.

Construir e validar a tabela"Minnesota Low VisionReading Test" - MNREADna versão do idiomaPortuguês.

A tabela de acuidade e leiturado "Minnesota Low VisionReading Test" contem 19sentenças e com 60 caracteresimpressos em três linhas. Assentenças foram testadas e otempo de leitura e os erroscometidos foram apurados e amédia de velocidade de leiturae os erros foram analisados.

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Produção científica sobre avaliação da visão em crianças: um estudo bibliométricona base de dados LILACS

COSTA, M.F. Movimentosoculares no bebê: o que elesnos indicam sobre o statusoftalmológico e neurológico.Psicol. USP, v.18, n.2, p.47-61, 2007.

Oferecer esclarecimentossobre os diferentes tipos demovimentos oculares, comointerpretá-los nos bebêssaudáveis e quais os tiposde alterações encontradasnas diferentes doençasvisuais e neurológicas.

Este trabalho está dividido emduas partes: uma inicial, emque se faz uma revisão dosmovimentos oculares no bebêsaudável associados a cadaum desses sistemas, e umasegunda, em que se trata decomo as diversas patologiasoftalmológicas e neurológicasalteram a resposta de cadasistema em particular.

DIAZ, U.R.; RAIMANN, S.R.;FARINA, B.A. Pesquisa deambliopía em pré-escolaresdel Centro de Salud FamiliarBernardo Leighton. Rev.Chil. Pediatr., v.74, n.6,p.595-598, 2003.

Quantificar a prevalência edeterminar as causas deambliopia em pré-escolaresde 4 a 5 anos.

Realizou exame oftalmológicocompleto, registrando aacuidade visual e refraçãocom melhor visão corrigida,determinado-se a existênciade ambliopía.

FIGUEIREDO, R.M. et al.Proposição de procedimentode detecção sistemática deperturbações oftalmológicasem escolares. Rev. SaúdePública, v.27, n.3, p.204-209, 1993.

Proposição de umprocedimento de detecçãosistemática deperturbaçõesoftalmológicas emescolares, comparticipação do pessoal daescola.

A partir de levantamentorealizado em escolasestaduais que oferecem ociclo básico, foi proposta arealização de testes deacuidade visual. Osprofessores das escolas foramtreinados e realizaram ostestes de acuidade visual eestrabismo nos seus alunos,de forma padronizada.Finalizada a aplicação dostestes, cada escolaapresentou propostas paraaplicação sistemática doteste.

HADDAD, M.A.O. et al.População infantil comdeficiência visual: estudo de385 casos. Clinics, v.61, n.3,p.239-246, 2006.

Analisar resultados dapopulação pediátricaatendida na ClinicaOftalmológica de BaixaVisão da Faculdade deMedicina de São Paulo.

Avaliação oftalmológica debaixa visão, de abril de 1998à dezembro de 2003, de 385crianças e adolescentes comidade a partir de 7 anos. Osresultados analisados foramidade, diagnostico, localizaçãoanatômica de lesão ocular,acuidade visual e prescriçãode auxílios ópticos.

HADDAD, M.A.O. et al.Visual impairment secondaryto congenital glaucoma inchildren: visual responses,optical correction and use oflow vision AIDS. Clinics,v.64, n.8, p.725-730, 2009.

Analisar os dados relativosà resposta visual, o uso decorreções ópticas eprescrição de auxíliosópticos para umapopulação de crianças comglaucoma congênito.

Os autores analisaramresultados de 100 criançascom glaucoma congênito paraavaliar a melhor correção deacuidade visual, prescrevercorreções ópticas e auxílios debaixa visão.

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LASSO BERNAL, E.J.Prevalencia de problemasvisuales em menores de 12años. Santo Domingo -Antiqua 1998. CES Med.,v.12, n.1, p.26-33, 1998.

Descrever o perfil demorbidade visual edeterminar os fatoresambliogênicos dosmenores de 12 anos domunicípio de SantoDomingo.

Consultas de optometriacompleta.

LUCAS, M.B. et al. Condutasreabilitacionais em pacientescom baixa visão. Arq. Bras.Oftalmol., v.66, n.1, p.77-82,2003.

Determinar os principaisdiagnósticos etiológicosdos pacientes com baixa-visão e apresentar ascondutas reabilitacionaismais indicadas de acordocom a idade, acuidadevisual e necessidades decada grupo de acordocom a doença de base.

Os dados analisados foram aidade, sexo, motivo de procurado serviço de visão subnormal,diagnóstico, acuidade visualpara perto e para longe com esem auxílio óptico, recursoóptico indicado, se houveindicação para adaptação deauxílio óptico e estimulaçãovisual.

MAESTRINI, H.A.;FERNANDES, L.C.;OLIVEIRA, A.C.M. Distrofiasretinianas da infância:análise retrospectiva. Arq.Bras. Oftalmol., v.67, n.3,p.867-876, 2004.

Descrever o quadro clínicoe os resultados dosexames complementaresdos pacientes portadoresdas seguintes distrofiasretinianas: amaurosecongênita de Leber (ACL),acromatopsia, distrofia decones e distrofia mista.

Análise retrospectiva dosprontuários de 40 pacientes,sendo 10 portadores de ACL,17 com acromatopsia, 6 comdistrofia de cones e 7 comdistrofia mista.

MALTA, J. et al.Desempenho funcional decrianças com deficiênciavisual, atendidas noDepartamento deEstimulação Visual daFundação Altino Ventura.Arq. Bras. Oftalmol., v.69,n.4, p.571-574, 2006.

Traçar o perfil funcional decrianças portadoras dedeficiência visual.

Foi utilizado o teste funcionalpadrão PEDI, em crianças come sem deficiência visual.

MATSUHARA, M.L.;FERNANDES, L.C. Estudocomparativo de três métodosde localização de escotomascentrais. Arq. Bras.Oftalmol., v.67, n.1, p.93-96,2004.

Comparar a sensibilidadede três métodos delocalização de escotomascentrais.

Foram estudados pacientescom diagnóstico prévio dedoenças com escotoma central.Como métodos foram utilizadosa carta de Asmler, observaçãoda face e observação da tabelade leitura para perto.

MENDÉZ SÁNCHEZ, T.J. etal. Resultados de larehabilitación visual emambliopes del CentroOftalmológico Infantil. Rev.Cuba Med., v.15, n.2, p.1-6,2002.

Avaliar a efetividade dotratamento de reabilitaçãocujo universo de estudo éconstituído por 40pacientes que realizaramtratamento de reabilitaçãovisual no CentroOftalmológico Infantil deKolhy.

As fontes de informação foramas histórias clínicas dospacientes de onde sereconheceram as seguintesvariáveis: idade, acuidadevisual inicial e final, defeitosrefrativos, fixação inicial e finale tipo de tratamento.

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Produção científica sobre avaliação da visão em crianças: um estudo bibliométricona base de dados LILACS

MONTEIRO, G.B.M.;TEMPORINI, E.R.;CARVALHO, K.M. Uso deauxílios ópticos porescolares com deficiênciavisual: fatores socioculturais.Arq. Bras. Oftalmol., v.69,n.4, p.503-507, 2006.

Identificar concepções,fatores sociais e culturais,sobre o uso de auxíliosópticos para alunosdeficientes visuais eapresentar informaçõespara profissionais dasaúde e educação.

Utilizou-se pesquisa qualitativamediante aplicação da técnicado teatro espontâneo. Paraanálise das informaçõescolhidas, foi adaptada atécnica de análise do discursodo sujeito coletivo, conjunto deprocedimentos deorganização de dadosdiscursivos de natureza verbal.

MONTILHA, R.C.I. et al.Utilização de recursosópticos e equipamentos porescolares com deficiênciavisual. Arq. Bras. Oftalmol.,v.69, n.2, p.207-211, 2006.

Verificar percepções econduta de escolaresportadores de deficiênciavisual, em relação aosrecursos ópticos eequipamentos utilizados noprocesso deescolarização.

Estudo descritivo transversalem população de escolaresde 12 anos e mais,portadores de deficiênciavisual, congênita ou adquirida,em processo deescolarização. Aplicou-sequestionário por entrevista,elaborado com base emestudo exploratório.

OLIVEIRA, C.A.S. et al.Erros de refração comocausas de baixa visual emcrianças da rede de escolaspúblicas da regional deBotucatu - SP. Arq. Bras.Oftalmol., v.72, n.2, p.194-198, 2009.

Estudar a ocorrência doserros refracionais emescolares de nosso meio.

Estudo transversal avaliandocrianças da pré-escola e doensino básico, quanto aosexo, tipo de erro refracional,acuidade visual e tratamentorealizado.

REMIGIO, M.C. et al.Achados oftalmológicos empacientes com múltiplasdeficiências. Arq. Bras.Oftalmol., v.69, n.6, p.929-932, 2006.

Relatar os achadosoftalmológicos emportadores de múltiplasdeficiências

Foi realizado exameoftalmológico constando de:inspeção, acuidade visual,exame de motilidade ocularextrínseca, teste de cobertura,refração sob cicloplegia,biomicrocopia e fundoscopia.

RINCÓN, I.A.; RODRIGUES,N.C. Tamización de saludvisual em población infantil:prevención de la ambliopía.Repert Med Cir., v.18, n.4,p.210-217, 2009.

Descrever a confirmar afrequência de alteraçõesvisuais em crianças entre6 meses e 11 anos deidade.

Aplicaram-se provas detriagem para defeitos visuais.

SATO, M. et al. Avaliação dafunção visual em pacientescom distrofia de cores. Arq.Bras. Oftalmol., v.66, n.3,p.293-297, 2003.

Avaliar a função visual pelaeletrorretinografia decampo total e pelaacuidade visual empacientes com distrofia decones.

A avaliação constou de: sinaise sintomas, acuidade visualmedida pela tabela ETDRS oude Snellen e função retinianapela eletrorretinografia decampo total. As amplitudespico-a-pico (µV) e o tempo deculminação da onda-b (ms)foram comparadas comnormas descritas na literatura.

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Observando as temáticas dos artigos e os objetivos propostos foi pos-sível perceber que os 27 artigos analisam e avaliam aspectos gerais da visão,corroborando com os estudos da Organização Mundial da Saúde e da Organiza-ção Panamericana de Saúde, que desde a década de 1980, vem indicando queas ações promocionais e preventivas em saúde ocular seriam necessárias parase reduzir o índice mundial de “cegueira evitável”.

Os artigos selecionados também avaliaram o desempenho funcionaldos indivíduos que já possuíam algum tipo de deficiência visual, facilitando seudesempenho em diferentes ambientes, mas principalmente seu melhor desem-penho nas tarefas e cotidiano escolar. Esse tipo de estudo está em consonân-cia com os que visam à avaliação do uso funcional da visão para atividadesescolares, de vida diária, de orientação e mobilidade, e outras necessidadesespecíficas como a adaptação de recursos ópticos. Verifica-se que essas ativi-dades são básicas e essenciais para o processo ensino-aprendizagem do alunocom deficiência visual (BRUNO, 1999, 1997).

SUEHIRO, A.C.B.; SANTOS,A.A. Evidência de validadede critérios do Bender:sistema de pontuaçãogradual. Interação Psicol.,v.10, n.2, p.217-224, 2006.

Buscar evidências devalidade para o Bender-Sistema de PontuaçãoGraudal (B-SPG).

Participaram crianças, ambos ossexos, idade média de 8,48 anos,de segundas e terceiras séries deescolas públicas e particulares doEstado de São Paulo. As novefiguras do Bender, desenhadas emtransparência, foram aplicadascoletivamente em uma únicasessão nas salas de aula.

TZELIKIS, P.F.M.;FERNANDES, L.C.Coloboma ocular: alteraçõesoculares e sistêmicasassociadas. Arq. Bras.Oftalmol., v.67, n.1, p.147-152, 2004.

Avaliar e comparar coma literatura o perfil dospacientes portadores decolobomas oculares,bem como verificar aacuidade visual,alterações ocularesassociadas e alteraçõessistêmicas apresentadaspelos mesmos.

Foram avaliados: sexo, idade,raça, história familiar de anomaliasoculares, história gestacional, tipode coloboma, localização,bilateralidade, presença demicroftalmia ou anoftalmia,alterações oculares concomitantese associação com doençassistêmicas e acuidade visual.

VERRONE, P.J.; SIMI, M.R.Prevalência de agudezavisual baja y transtornosoftalmológicos en niños deseis años de la cuidad deSanta Fé. Arch. Argent.Pediatr., v.106, n.4, p.328-333, 2008.

Determinar a baixaacuidade visual ediagnosticar ostranstornosoftalmológicos emcrianças de seis anos dacidade de Santa Fé,Argentina.

Avaliou-se a acuidade visualatravés da tabela de Snellen.Àqueles que apresentaram baixaacuidade visual foi realizadaavaliação oftalmológica completa eentrevistas com as mães paraconhecer os antecedentespatológicos dos filhos.

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Produção científica sobre avaliação da visão em crianças: um estudo bibliométricona base de dados LILACS

Considerações finais

A visibilidade da produção científica em bases de dados é fundamen-tal para avaliar a produção do conhecimento nas diversas áreas do conhecimen-to. É nesse contexto que a Biblioteca Virtual em Saúde, elaborada pela Bireme,oferece acesso às diversas bases de dados com a finalidade de atender à de-manda crescente em literatura científica e atualizada na área da Saúde.

Para o estudo relatado foi selecionada a base de dados LILACS, poisesta representa toda a produção científica na área das Ciências da Saúde daAmérica Latina e do Caribe, se tornando uma importante fonte de informaçãopara os pesquisadores da área.

Por intermédio da análise bibliométrica foi possível produzir diversosindicadores que permitiram verificar que os idiomas predominantes das publica-ções são o português e o espanhol, os artigos originais escritos em coautoria éo tipo de publicação predominante e as temáticas mais abordadas foram: baixavisão, acuidade visual, ambliopia e glaucoma.

Ficou constatado que os autores se preocuparam em realizar exa-mes oftalmológicos, principalmente em relação à avaliação da acuidade visual edas funções visuais em portadores de múltiplas deficiências, bebês, crianças,crianças carentes, pré-escolares, escolares e população em geral.

Houve também a preocupação em avaliar a visão de indivíduos que jápossuíam distúrbios visuais específicos, tais como pacientes com distrofias decones, portadores de colobomas oculares e com distrofias retinianas. E tam-bém a avaliação da visão e do desempenho funcional de sujeitos que apresen-tavam algum tipo de deficiência visual, incluindo a visão subnormal e a baixavisão.

Observou-se validação e elaboração de instrumentos específicos paraavaliação visual, tais como: a tabela MNREAD; métodos de localização deescotomas centrais (carta de Asmler, observação da face e observação de leitu-ra para perto); Bender – sistema de pontuação gradual; um métodocomputadorizado para avaliação da acuidade visual.

E por fim, ficou constatado que os autores se preocuparam em deter-minar, avaliar e identificar concepções a respeito dos auxílios ópticos, com oobjetivo de melhorar a qualidade de vida de portadores de deficiência visualassim como informar e qualificar profissionais da saúde e educação.

Assim, torna-se recomendável a realização de novas pesquisas quedemonstrem a importância da avaliação precoce da visão em crianças, visandoque a intervenção, quando necessária, ocorra o mais cedo possível e previna ospossíveis atrasos ocasionados pela deficiência visual. Deve-se também garantirque estes achados oftalmológicos se complementem com avaliações que ca-

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racterizem em quais situações os indivíduos que já possuem algum tipo dedeficiência possam utilizar com maior eficácia sua visão.

Referências

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ARIPPOL, P. K. K.; SALOMÃO, S. R.; BELFORT JUNIOR, R. Métodocomputadorizado para medida da acuidade visual. Arquivos Brasileiros deOftalmologia, São Paulo, v. 69, n. 6, p. 907-914, 2006.

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Produção científica sobre avaliação da visão em crianças: um estudo bibliométricona base de dados LILACS

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Raquel Cristina Pinheiro – Luciana Pizzani – Claudia Maria S. Martinez –Maria Cristina P. I. Hayashi

CorrespondênciaRaquel Cristina Pinheiro – Av. P13, n. 265 – CEP:13506-825 – Vila Paulista. Rio Claro – SãoPaulo, Brasil.E-mail: [email protected][email protected][email protected][email protected]

Recebido em 02 de dezembro de 2011Aprovado em 05 de março de 2012