psicologia-cirurgia plástica2

8/8/2019 psicologia-cirurgia plstica2

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Filipe Pereira de Alencar

CIRURGIA PLSTICA E PSICOLOGIA: A HISTRIA DA CIRURGIA PLSTICA

E UMA ANLISE SOBRE O VCIO EM CIRURGIA PLSTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

INSTITUTO DE CINCIAS HUMANAS, COMUNICAO E ARTE - ICHCA

COMUNICAO SOCIAL - COS

HABILITAO: JORNALISMO

MACEI, ALAGOAS

2008

Filipe Pereira de Alencar


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CIRURGIA PLSTICA E PSICOLOGIA: A HISTRIA DA CIRURGIA PLSTICA

E UMA ANLISE SOBRE O VCIO EM CIRURGIA PLSTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

INSTITUTO DE CINCIAS HUMANAS, COMUNICAO E ARTE - ICHCA

COMUNICAO SOCIAL - COS

HABILITAO: JORNALISMO

MACEI, ALAGOAS

Novembro/2008

SUMRIO

Trabalho apresentado ao curso de graduao em Comunicao

Social com habilitao em Jornalismo como requisito para

obteno de nota para a disciplina de Psicologia da Comunicao

ministrada pela Prof.Janala Silva.


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Parte I: A Histria da Cirurgia Plstica...........................................................................04

Parte II: A Psicologia Por Trs do Vcio em Cirurgias Plsticas....................................09

Referncias Bibliogrficas...............................................................................................12


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PARTE I: A HISTRIA DA CIRURGIA PLSTICA

A cirurgia plstica uma especialidade da medicina e da cosmtica na correo

ou melhora de algum tipo de defeito fsico nascido com o paciente (cirurgia plstica

corretiva) ou algo que o paciente queira mudar em seu corpo por achar que aquilo que

deseja modificar est fora do padro de beleza imposto pela sociedade (cirurgia plstica

cosmtica).

Cirurgia plstica antes da do sculo XX

O termo cirurgia plstica vem do grego plastikos, que significa modificar,

transformar a forma de algo, neste caso do corpo humano. H indcios que cirurgias

plsticas j eram realizadas na ndia por volta do ano 2000 A.C. Sushruta Samhita

(Sculo VI A.C.) foi pioneiro no ramo e alm de contribuir

com vrios avanos para o campo, tambm contribuiu para o

desenvolvimento da cirurgia da catarata (fato plausvel, pois

os mdicos da antiguidade costumavam realizar no uma,

ou duas, mas vrias especialidades ao mesmo tempo,

diferente do que ocorre atualmente). Os trabalhos mdicos de

Sushruta Samhita e Charak (uma espcie de curandeiro, que

viveu na mesma poca de Sushruta Samhita) foram

traduzidos para o idioma arbico por volta de 750 A.C., que

chegaram Europa por meio de intermedirios. Na Itlia, a famlia Branca, da Siclia, e

Gaspare Tagliacozzi, da Bologna, se familiazaram com as prtticas de SushrutaSamhita.

Fsicos britnicos para a ndia para presenciar cirurgias de Rinoplastia sendo

realizadas utilizando mtodos locais, das quais relatrios sobre a Rinoplastia Indiana

foram publicados na revista Gentleman's Magazine no ano de 1974. Joseph Constantine

Carpue passou vinte anos na ndia estudando os mtodos locais de cirurgia plstica e foi

capaz de realizar a primeira grande cirurgia do campo no Ocidente no ano de 1815.

Instrumentos utilizados por Sushruta Samhita foram, a partir da, aproveitados emodificados para serem usados no Ocidente.

Sashruta, o cirurgio indianopioneiro no ramo da cirurgiaplstica, ainda 2000 anos A.C.Fonte: Wikipdia
http://en.wikipedia.org/wiki/Sushrutahttp://en.wikipedia.org/wiki/Gentleman's_Magazinehttp://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Constantine_Carpuehttp://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Constantine_Carpuehttp://en.wikipedia.org/wiki/Gentleman's_Magazinehttp://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Constantine_Carpuehttp://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Constantine_Carpuehttp://en.wikipedia.org/wiki/Sushruta


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Voltando um pouco no tempo, os Romanos eram capazes de realizar pequenos

procedimentos, como reparar orelhas danificadas por volta do Sculo I D.C. Por

motivos religiosos, eles no aprovavam a dissecao de humanos e animais, ento todos

os seus conhecimentos e procedimentos eram apenas baseados no que lhes tinha

ensinado pelos seus ancestrais gregos. H tambm relatos de que os egpcios j

praticavam cirurgias cosmticas ainda antes da era Crist, durante o pice de seu

imprio.

At o desenvolvimento das tcnicas de anestesia, todas as cirurgias em tecidos

saudveis geravam dores insuportveis naqueles que passavam pelos procedimentos.

Infeces eram comuns at que foram reduzidas quando tcnicas de esterilizao e

desinfetao foram introduzidas. A inveno e utilizao de antibiticos, comeando

por drogas de enxofre e penicilina foram outros importantes passos para que as cirurgias

comeassem a ser feitas por vontade do paciente, no por necessidade, como no caso de

um ferimento ocorrido durante uma guerra, por exemplo.

Em 1792, Chopart realizou um procedimento de

reconstituio dos lbios utilizando tecido do pescoo e,

posteriormente, em 1814, Joseph Carpue realizou uma

bem-sucedida cirurgia de reconstituio facial num militar

britnico que tinha perdido seu nariz por causa dos efeitos

colaterais de um tratamento utilizando mercrio. Em

1818, o cirurgio alemo Carl Ferdinand von Graefe

publicou seu primeiro grande ensaio intitulado

Rhinoplastik (ttulo original em alemo). Von Graefe

modificou o mtodo italiano utilizando um enxerto livre

do brao em vez de dobras do tecido. Em 1845, Johann

Friedrich Dieffenbach escreveu um abrangente texto sobre arinoplastia, intitulado Operative Chirurgie, e introduzindo o conceito de uma segunda operao

para melhorar a aparncia cosmtica do nariz reconstrudo. Em 1891, o otorrinolaringologista

americano John Roe apresentou um experimento de seu trabalho: uma jovem em que ele havia

retirado a protuberncia frontal do nariz por recomendaes cosmticas. J em 1889, o

americano George Monk, e, posteriormente, James Isreal, um cirurgio urologista alemo, em

1896, descreveram o uso bem-sucedido de ossos livres heterogneos para reconstituio nasal.

Sculo XX: Os avanos da cirurgia plstica e o desenvolvimento das especialidades

Walter Yeo, um soldado britnicoque teve seu rosto modificado pelacirurgia efetuada por Sir HaroldGilles em 1917. Yeo comumentecitado como a primeira pessoarealmente beneficiada por umacirurgia plstica. A foto mostra oantes da cirurgia (esquerda) edepois (direita) do enxerto de peleter sido colocado em seu rosto.Fonte: Wikipdia.
http://en.wikipedia.org/wiki/Carl_Ferdinand_von_Graefehttp://en.wikipedia.org/wiki/Johann_Friedrich_Dieffenbachhttp://en.wikipedia.org/wiki/Johann_Friedrich_Dieffenbachhttp://en.wikipedia.org/wiki/Carl_Ferdinand_von_Graefehttp://en.wikipedia.org/wiki/Johann_Friedrich_Dieffenbachhttp://en.wikipedia.org/wiki/Johann_Friedrich_Dieffenbachhttp://en.wikipedia.org/wiki/Johann_Friedrich_Dieffenbach


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Lidando com objectivos to vastos, o mbito das cirurgias realizadas pelos

cirurgies plsticos extraordinariamente alargado. Conforme definido pelo American

Board of Plastic Surgery, a especialidade de Cirurgia Plstica Reconstrutiva e Esttica

lida com a exciso, reparao, substituio e reconstruo de defeitos da forma e funo

dos tegumentos e sistema musculoesqueltico subjacente, com nfase nas estruturas

craniofaciais, orofaringe, membros superior e inferior, tronco, mamas e com alteraes

no desejveis da forma exterior.

Entre os problemas tratados pelos cirurgies plsticos esto as anomalias

congnitas da cabea e pescoo. As fendas do lbio ou do palato so as mais comuns,

mas existem muitas outras deformidades congnitas da cabea e pescoo. Alm disso, o

cirurgio plstico trata leses traumticas da face incluindo fraturas dos ossos da

mandbula, nariz e face em geral.

A cirurgia craniofacial uma rea desenvolvida para reposicionar e remodelar os

ossos da face e crnio atravs de incises dissimuladas. Deformidades severas do crnio

e da face que no passado eram ou impossveis de corrigir ou corrigidas com grande

dificuldade, so hoje melhor reconstrudas utilizando novas tcnicas cirrgicas. Essas

deformidades podem resultar da resseco de tumores, de defeitos congnitos, de

cirurgias ou de traumatismos prvios. O tratamento e exrese dos tumores da cabea e

pescoo bem como a reconstruo nestas reas anatmicas fazem parte do mbito da

Cirurgia Plstica, Reconstrutiva e Esttica.

Outra rea de interveno dos cirurgies plsticos a relacionada com a cirurgia

da mo, incluindo o tratamento de leses traumticas agudas, correo de deformidades

ou ainda a reconstruo da mo. A micro cirurgia vascular , tcnica que permite a sutura

de vasos sanguneos de um milmetro ou menos de dimetro, uma competncia hoje

indispensvel em Cirurgia Plstica Reconstrutiva e Esttica nomeadamente para a

reimplantao de partes amputadas da mo, de outras reas anatmicas ou ainda para a

transferncia de grandes reas tecidulares de uma parte do corpo para outra.

Deformidades da superfcie corporal resultantes de queimaduras ou outras leses

traumticas, de tratamentos cirrgicos prvios ou de deformidades congnitas tambm

so habitualmente tratados pelo cirurgio plstico.

Um dos problemas hoje mais freqentemente colocado ao cirurgio plstico a

reconstruo da mama aps mastectomia devida a neoplasia. As mamas podero


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tambm ser reduzidas, aumentadas ou modificadas na sua forma no sentido de melhorar

a aparncia esttica. As cirurgias deste tipo tm por vezes um objetivo cosmtico, mas

em casos de assimetria marcada ou em casos de defeitos cirrgicos prvios, o objetivo

ter sobretudo fins teraputicos relacionados com a alterao da imagem corporal, tal

como nos casos de mamas volumosas em que o principal objetivo a reduo do peso e

conseqentemente reduzir ou evitar leses ao nvel da coluna vertebral.

A rea mais divulgada da Cirurgia Plstica a cirurgia esttica e cosmtica,

incluindo a ritidectomia cervicofacial (face lift), cirurgia nasal, aumento ou reduo da

mama, melhoria do contorno corporal e outros procedimentos similares para melhorar a

aparncia (lipoaspirao, dermolipectomia abdominal, dermoabraso, etc.).

A Cirurgia Plstica Reconstrutiva e Esttica uma especialidade nica peladiversidade de patologias tratadas, intervindo praticamente em todas as reas

anatmicas, que obriga a uma preparao diversificada e cujo futuro se adivinha

promissor. O implemento de tcnicas de cirurgia endoscpica, com a utilizao de

novos biomateriais, com o advento de tcnicas de engenharia tecidular so desse fato

exemplo. Merece igualmente realce a possibilidade de transplante de tecidos e rgos de

doadores, o que, com o aparecimento de novos agentes imunossupressores, so j hoje

em dia uma realidade, o que faz com que se feche um ciclo e, de novo, a Cirurgia

Plstica regresse rea em que foi pioneira, a introduo na prtica clnica dos

transplantes cutneos. A diversidade das tcnicas cirrgicas utilizadas, das patologias e

dos grupos etrios tratados, a par duma estreita e freqente colaborao com diferentes

especialidades cirrgicas justifica inclusivamente o fato do cirurgio plstico, pela sua

formao polivalente, ser hoje por muitos considerados como o ltimo dos cirurgies

gerais.

PARTE II: A PSICOLOGIA POR TRS DO VCIO EM CIRURGIAS

PLSTICAS

Os seres humanos so indivduos complexos e todos ns temos nossos gostos e

desgostos, mas algumas pessoas levam esses seus desgostos em relao ao seu


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prprio corpo a um nvel completamente novo e, muitas vezes, muito preocupante. Esse

tipo de pessoa so aqueles que, por uma razo ou outra, tem vrios aspectos em sua

personalidade, desequilibrados entre si. Muitas pessoas sabem e tm conscincia de seu

problema, e mesmo assim, resistem em procurar ajuda mdica.

H tambm muitas pessoas que so obcecadas em transformar seus rostos e

corpos em, no que eles acham, o mais prximo do perfeito, utilizando mtodo cirrgicos

para tal. Essas pessoas so comumente chamadas de viciadas em cirurgia plstica.

Geralmente, as pessoas que manifestam essa patologia so pessoas influentes dentro de

sua comunidade e possuem meios de financiar tranquilamente o seu vcio em primeiro

lugar. No entanto, isso no significa que existem pessoas que vo parar no SPC por

causa de sua busca pela perfeio;

Algumas pessoas podem pensar que a maioria dos viciados em cirurgia plstica

so mulheres, o que, na verdade, as estatsticas comprovam que um problema

igualmente dividido entre homens e mulheres. As mulheres que tm uma obsesso desse

tipo geralmente focalizam seus objetivos (e investimentos) em cirurgias como aumenta

de mama, lipoaspirao eface lift.

Referindo-se ao mundo das celebridades, o nome que vm a cabea de muitos

o de Jocelyn Wildenstein, uma rica socialite que, um dia decidiu que queria que seurosto ficasse igual ao de um gato. No toa que ela popularmente conhecida como

mulher-gato. Ento, ela decidiu que queria que seus olhos fossem inclinados para um

ngulo mais felino, alm de vrios implantes no queixo, face lifts e outros

procedimentos que at Donatela Versace duvidaria que existissem. O resultado algo

bastante assustador, diga-se de passagem, mas no tanto quento o fato que ela continua

realizando cirurgias para aperfeioar seu look felino. Demonstraremos a sua

transformao de uma forma, digamos, um pouco mais grfica, posteriormente. Por

enquanto, vamos ver se conseguimos entender o que se passa pela cabea de uma

pessoa que se submete a uma mudana to radical.

Devemos primeiro levar em considerao o fato de que ela provavelmente no

deveria (nem deve estar) contente com que ela ver no espelho, at porque se tivesse ela

no estaria parecendo o que ela parece hoje (seja l o que for isso). Segundo, o fato dela

ser rica no ajuda muito a cabea da dona Jocelyn. Pessoas com muito dinheiro no so

conhecidas pelo comportamento mais comum ou normal, pelo contrrio, a grande

maioria bem extravagante quanto aos seus gostos e atos. Isso tem muito a ver com


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falta de motivao, j que tudo o que ela lhe entregue de bandeja, ento essa certa

forma de frustrao acaba por motivando o comportamento manaco.

Vamos dar uma olhada nas vrias transformaes que a mulher-gato passou e

como ela est (se que j no mudou algo mais) hoje em dia?

A imagem da esquerda na primeira linha como ela estava

muitos anos atrs e a da direita tambm na linha de cima a imagem

mais recente dela que se tem registro. As outras so os registros das

varas etapas de sua transformao felina. Um pouco triste, no?

Talvez no to triste quanto o caso do rei do pop, Michael Jackson.

Quando ele era criana, seu pai costumava bater nele com um cinto e

zombar do seu nariz grande. Michael uma pessoa sensvel, ento possvel contrastar os abusos que sofreu quando era criana com o forte abalamento

emocional e a destruio de sua alta-confiana. No por acaso que ele decidiu mudar

completamente sua aparncia chegando ao ponto de at clarear drasticamente a cor de

sua pele.

Entretanto, interessante notar que seu

nariz foi a primeira coisa em que ele mexeu. Ento

o nariz foi progressivamente diminuindo, at queagora ele s se mantm no rosto com o auxlio de

Michael Jacksonem sua infncia.Fonte: BBB.com

esquerda, Michael ainda nos anos 80, com apele j um pouco clareada, mas ainda parecendosaudvel. direito, Michael atualmente depoisde tantas cirurgias. Fonte: Google Images.

Fonte: Google Images


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uma fita prosttica. O que Michael e Jocelyn deviam fazer? Antes de tudo, procurar

ajuda de um profissional psicolgico, at mesmo psiquitrico j que os casos, como se

viu, so to graves. Eles precisam trabalhar atravs, com e sobre a imagem que eles tm

de si mesmo e s realizar mais algum tipo de cirurgia se for pra ajudar a restaurar seus

rostos para o que eles eram antigamente. No, no algo fcil a se fazer, mas a nica

soluo.

Algumas pessoas conseguem sim aumentar sua auto-estima com cirurgias

plsticas, mas como j vimos, algo muito difcil de conseguir e requer do paciente

extremo controle sobre si mesmo e principalmente saber quando e onde parar.


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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

The Psychology Behind Plastic Surgery Addicts Article. Encontrado em:

Acessado em: 25nov.2008 (Traduzido e adaptado livremente)

Wikipedia Acessado em: 25 nov.2008 (Traduzido e adaptado livremente)

Acessado em: 25 nov.2008

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