que currículo para o século xxi?

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QUE CURRICULO PARA O SÉCULO XXI? A FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR E AS APRENDIZAGENS ESSENCIAIS

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Page 1: Que Currículo para o Século XXI?

QUE CURRICULO PARA O SÉCULO XXI?

A FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR E AS APRENDIZAGENS ESSENCIAIS

Page 2: Que Currículo para o Século XXI?

O projeto consagra a possibilidade de as escolasvoluntariamente aderirem ao projeto, atendendoaos os princípios e regras orientadores da conceção,operacionalização e avaliação do currículo

Este projeto é aplicado em regime de experiênciapedagógica, o que permite um acompanhamento,monitorização e avaliação essenciais à suareformulação e que sustentará o processo de revisãodo quadro legal, tendo em vista a sua generalização.

O acompanhamento do projeto de cada estabelecimento de ensino é assegurado a nível

central e regional por equipas dos serviços e organismos do Ministério da Educação,

adotando um modelo de proximidade, em que se recorre a diferentes dinâmicas, entre elas,

a realização de encontros nacionais e regionais, redes de partilha, apoio a distância, visitas

às escolas e formação.

Page 3: Que Currículo para o Século XXI?

«Entende-se por currículo dos ensinos básico e secundário, o conjunto de conhecimentos, capacidades e atitudes constantes

nos documentos curriculares, designadamente nas Aprendizagens essenciais, a partir dos quais as escolas definem

as suas opções curriculares com vista à aquisição do conjunto de competências definidas no Perfil dos alunos à saída da

escolaridade obrigatória

Page 4: Que Currículo para o Século XXI?

Autonomia, confiança e responsabilidadeConferir às escolas a possibilidade de participar no desenvolvimento curricular, na apropriação

contextualizada do currículo que melhor se adeque aos desafios do seu projeto educativo

Autonomia e flexibilidade

curricular dos ensinos básico e

secundário

Princípios orientadores

Matrizes curriculares base

Opções curriculares

Práticas pedagógicas

Page 5: Que Currículo para o Século XXI?

Princípios

orientadores

… de entre outros destacamos:

Alcançar o perfil dos alunos à saída da escolaridade

Garantir uma escola inclusiva;

Promover a articulação dos três ciclos do ensino básico e secundário;

Valorizar a gestão e lecionação interdisciplinar e articulada do currículo através do desenvolvimento de projetos;

Valorizar a complementaridade entre os processos de avaliação interna e externa das aprendizagens;

Valorizar a língua e a cultura portuguesas e, as línguas estrangeiras, enquanto veículos de identidade e de facilitação do acesso à informação e à tecnologia;

Assunção das artes, da ciência e tecnologia, do desporto e das humanidades como componentes estruturantes da matriz curricular das diversas ofertas educativas e formativas;

Page 6: Que Currículo para o Século XXI?

As opções curriculares da escola concretizam-se, entre outras, nas seguintes possibilidades:

Combinação parcial ou total de disciplinas;

Alternância, ao longo do ano letivo, de períodos de funcionamento disciplinar com períodos de funcionamento multidisciplinar, em trabalho colaborativo

Desenvolvimento de trabalho prático ou experimental com recurso a desdobramento de turmas ou outra organização;

Integração de projetos desenvolvidos na escola em blocos que se inscrevem no horário semanal, de forma rotativa ou outra adequada;

Redistribuição da carga horária das disciplinas das matrizes curriculares-base, promovendo tempos de trabalho de projeto interdisciplinar, com partilha de horário entre diferentes disciplinas.

Organização do funcionamento das disciplinas de um modo trimestral ou semestral, ou outra organização;

Criação de disciplinas, de espaços ou de tempos de trabalho para o desenvolvimento de componentes de currículo local, entre outras, com contributo interdisciplinar.

Opções

curriculares

As escolas podem gerir até 25% da carga horária semanal inscrita nas matrizes

curriculares-base, por ano de escolaridade, podem ser criados domínios de autonomia

curricular ou novas disciplinas, não prejudicando a existência das áreas disciplinares e

disciplinas previstas nas matrizes curriculares-base. (Artigo 6.º)

Page 7: Que Currículo para o Século XXI?

O trabalho colaborativo, valorizando-se o intercâmbio de saberes e de experiências, através de práticas de: Coadjuvação entre professores, de vários ciclos e níveis de ensino e de diversas áreas disciplinares;(no que respeita ao 1.º ciclo, as práticas de coadjuvação devem privilegiar as áreas da Educação Artística e da Educação Física,

mobilizando professores de outros ciclos que pertençam aos grupos de recrutamento destas áreas.)

Permuta temporária entre professores da mesma área ou domínio disciplinar.

A organização de alunos em grupos de trabalho para: Aquisição, desenvolvimento e consolidação de aprendizagens específicas, com vista à promoção da articulação entre áreas disciplinares, a funcionar, em regra, de forma temporária; Apoio às aprendizagens, com base numa metodologia de integração de várias áreas disciplinares, privilegiando a pesquisa, tratamento e seleção de informação; Desenvolvimento de trabalho autónomo, interpares, com mediação de professores.

A implementação de tutorias, visando a orientação do processo educativo, nomeadamente através da autorregulação das aprendizagens e da adaptação às expectativas académicas e sociais dos alunos; …

Opções

curriculares

Planeamento curricular visa a consolidação, o

aprofundamento e ou o enriquecimento das

Aprendizagens essenciais

Page 8: Que Currículo para o Século XXI?

No 1.º ciclo áreas disciplinares que permitem a articulação curricular numa abordagem globalizante do ensino e da aprendizagem assente na prática da monodocência, (Inglês por um professor com formação específica; desenvolvimento de projetos inovadores de coadjuvação)

No 2.º ciclo, diferentes disciplinas agregadas em áreas disciplinares, privilegiando abordagens interdisciplinares potenciadas pela organização bidisciplinar dos grupos de recrutamento desse ciclo, (disciplinas que podem funcionar numa organização semestral, anual ou outra)

No 3.º ciclo, diferentes disciplinas agregadas em áreas disciplinares, privilegiando abordagens interdisciplinares.

- A matriz curricular-base dos cursos de educação e formação (CEFs) de jovens dos 2.º e 3.º ciclos, integra as componentes de formação sociocultural, científica, tecnológica e prática, sendo as duas últimas estruturantes da qualificação profissional do curso.- As componentes do currículo Cidadania e Desenvolvimento (CD) e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) integram, em regra, as matrizes de todos os anos de escolaridade do ensino básico.

Matrizes

curriculares base

Nas matrizes curriculares-base das ofertas em que a carga horária apresenta uma

organização semanal, esta constitui uma referência para cada componente do currículo,

área disciplinar e disciplina. (Artigo 5.º)

Page 9: Que Currículo para o Século XXI?

Estudo do Meio, integra conceitos e métodos de

várias áreas de saber ( História, Geografia,

Biologia, Geologia, Física, Química, Tecnologia)

Área artística reforço da carga horária (com

potencial de realização de projetos integrados

(artes performativos)

Coadjuvação com professores do 2º ciclo – falta

decisão normativa ou grupo de recrutamento

Page 10: Que Currículo para o Século XXI?

Atomização da Educação Artística e

Tecnológica contrária à integração

TIC (anual /semestral, reforço 50min),

neste ciclo deveria ser área de natureza

transdisciplinar, tal como a Cidadania.

Oferta Complementar para trabalho

interdisciplinar / articulação curricular /

novas disciplinas

Reforço 50min

Menos 100min

Reforço 50min

Page 11: Que Currículo para o Século XXI?

Expressões e Tecnologia tinham 850 para

EV; TIC e OE (ET); EF.

Reforço de 125 mas é EF que aumenta

de 40 para 500 min

Extinção da ET que anteriormente estava

em OE com TIC, (ideia que a tecnologia

se esgota nas TIC)

Quebra de sequencialidade nos ciclos de

estudo incoerência com os princípios

(projeto, experimental …)

Remete a componente Tecnológica e

práticas para CEFs

No ensino secundário - Adoção de percurso formativo próprio com permutas de disciplinas da componente de formação (artigo 9º)

Page 12: Que Currículo para o Século XXI?

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Instrumentos de planeamento curricular

As escolas podem adotar outros instrumentos de planeamento curricular, designadamente, planos

curriculares de ano de escolaridade, a gerir por equipa educativa docente responsável, em cada

ano de escolaridade, pelas aprendizagens a desenvolver pelos alunos.

O conselho de turma pode, fundamentado em razões de natureza pedagógica, propor ao conselho pedagógico

opções curriculares complementares às inscritas no projeto educativo da escola. Artigos 15º,16º

Planeamento

curricular

https://www.youtube.com/watch?v=XDGMvl3kls4

https://www.youtube.com/watch?v=Nun2VGRTHGU

As práticas interdisciplinares e o projeto estão na natureza da nossa própria área, que sempre se situou no currículo de forma aberta e flexível

Page 13: Que Currículo para o Século XXI?

Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória afirma-se, comodocumento de referência para a organização de todo o sistema educativo...No momento de equacionar e de fundamentar o que é relevante,adequado e exequível no contexto dos diversos níveis de decisão, épossível e desejável encontrar no perfil orientações significativas.

Constitui, assim, a matriz para decisões a adotar por

gestores e atores educativos ao nível dos organismos

responsáveis pelas políticas educativas e dos

estabelecimentos de ensino. A finalidade é a de contribuir,

para a organização e gestão curriculares e, ainda, para

a definição de estratégias, metodologias e

procedimentos pedagógico-didáticos a utilizar na

prática letiva

Saber científico,

técnico e

tecnológico

Sensibilidade

Estética e

Artística

Page 14: Que Currículo para o Século XXI?

« Aprendizagens essenciais, o conjunto comum de conhecimentos a

adquirir, isto é, os conteúdos de conhecimento disciplinar estruturado,

indispensáveis, articulados concetualmente, relevantes e significativos,

bem como de capacidades e atitudes a desenvolver obrigatoriamente por todos

os alunos em cada área disciplinar ou disciplina, tendo, em regra, por referência

o ano de escolaridade ou de formação; »

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Aprendizagens Essenciais Domínio /

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INTERPRETAÇÃO / COMUNICAÇÃO

Observa diferentes universos visuais em diversos contextos (físico e digital);

Identifica diferentes manifestações culturais do património local e global (obras e artefactos de arte – pintura, escultura, desenho, assemblage, colagem, fotografia; instalação, land´art, banda desenhada, design, arquitetura, artesanato, multimédia e linguagens cinematográficas);

Reconhece o quotidiano como um potencial criativo para a construção de ideias, mobilizando as várias etapas do processo artístico (investigação e pesquisa, experimentação e reflexão);~

Explora uma diversidade de propostas e fazer escolhas na resolução de problemas, relacionando respostas com as suas vivencias (do meio envolvente, de obras e artefactos da cultura artística, arquitetura, design, artefactos, de projetos pedagógicos de escola).

Inventa soluções para a resolução de problemas no processo de produção artística;

Recorre a vários processos de registo de ideias (ex: diários gráficos), de planeamento (ex: projeto, portfólio) de trabalho individual, em grupo, e em rede;

Desenvolve individualmente e em grupo projetos de trabalho, recorrendo a cruzamentos disciplinares (artes performativas, multimédia, instalações, happening, entre outros);

Interpreta os objetos da cultura visual em função do (s) contexto (s) e dos (s) públicos (s);

Compreende significados, processos e intencionalidade (s) dos objetos artísticos;

Confronta ideias e perspetivas distintas sobre abordagem de um dado problema e ou maneira de o resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, sejam de incidência local, nacional ou global.

EXPERIMENTAÇÃO / CRIAÇÃO

Utiliza os conceitos específicos da comunicação visual (luz, cor, espaço, forma, movimento, ritmo; proporção, desproporção, entre outros) com intencionalidade e sentido crítico na análise dos trabalhos individuais e de grupo;

Expressa ideias, utilizando diferentes meios e processos (pintura, escultura, desenho, fotografia, multimédia, entre outros);

Descreve com vocabulário adequado (qualidades formais, físicas e expressivas) dos objetos artísticos;

Analisa criticamente narrativas visuais, tendo em conta as técnicas e tecnologias artísticas (pintura, desenho, escultura, fotografia, banda desenhada, artesanato, multimédia …)

Transforma narrativas visuais, criando novos modos de interpretação.

Utiliza diferentes materiais, suportes e diferentes técnicas, (desenho, pintura, colagens, técnicas mistas e acidentais, assemblage, modelagem, meios digitais simples), adequando o seu uso a diferentes contextos e situações

Cria produções plásticos justificando a intencionalidade das produções plásticas, referindo a organização dos elementos no espaço de representação;

Page 15: Que Currículo para o Século XXI?

« Documentos curriculares, o conjunto dedocumentos em que estão expressos osconhecimentos a adquirir, as capacidades eatitudes a desenvolver pelos alunos,designadamente os programas, metas,orientações, perfis profissionais ereferenciais do Catálogo Nacional deQualificações, bem como as Aprendizagensessenciais de cada área disciplinar edisciplina, constituindo estas últimas asorientações curriculares de base naplanificação, realização e avaliação doensino e da aprendizagem; »

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Processos tecnológicos

Distingue as fases de realização de um projeto: identificação, pesquisa, realização e avaliação;

Identifica e representa as necessidades e oportunidades tecnológicas decorrentes da observação e investigação de contextos socias e comunitários;

Identifica requisitos técnicos, condicionalismos e recursos para a concretização de projetos;

Reconhece a importância dos protótipos e teste para o desenvolvimento e melhoria (aplicações de criação e tratamento de imagem 2D e 3D) dos projetos;

Comunica, através do desenho, formas de representação gráfica das ideias e soluções, utilizando: esquemas, codificações e simbologias, assim como meios digitais com ferramentas de modelação e representação.

Diferencia modos de produção (artesanal, industrial), analisando os fatores de desenvolvimento tecnológico;

Compreende a importância dos objetos técnicos face às necessidades humanas.

Recursos e utilizações tecnológica

Produz artefactos, objetos e sistemas técnicos, adequando os meios materiais e técnicos, à ideia ou intenção expressa;

Aprecia as qualidades dos materiais (físicas, mecânicas e tecnológicas), através do exercício sistemático dos diferentes sentidos; estabelecendo relações com a utilização de técnicas específicas de materiais: madeiras, papeis, plásticos, fios têxteis, pastas entre outros.

Seleciona materiais de acordo com as suas características físicas e mecânicas;

Investiga, através de experiências simples, algumas características de materiais comuns (dureza, flexibilidade, resistência, elasticidade, plasticidade);

Manipula operadores tecnológicos, (de energia, movimento/mecanismos, estruturas resistentes) de acordo com as suas funções, princípios e relações com as produções tecnológicas;

Cria soluções tecnológicas através da reutilização ou reciclagem de materiais tendo em atenção a sustentabilidade ambiental;

Utiliza as principais técnicas de transformação dos materiais utilizados, (união, separação-corte, assemblagem, conformação) identificando os utensílios e as ferramentas na realização de projetos;

Identifica fontes de energia e os seus processos de transformação (elétrico, térmico, mecânico e sonoro), relacionando-as com soluções tecnológicas aplicáveis aos projetos.

Tecnologia e sociedade

Reconhece o potencial tecnológico dos recursos do meio ambiente, explicitando as suas funções, vantagens e impactos (positivos ou negativos) pessoais, sociais e ambientais;

Compreende a evolução dos artefactos, objetos e equipamentos, estabelecendo relações entre o presente e o passado, tendo em conta contextos sociais e naturais que possam influenciar a sua criação, ou reformulação;

Analisa situações concretas como consumidor prudente e defensor do património cultural, natural da sua localidade e região manifestando preocupações com a conservação da natureza e respeito pelo ambiente;

Page 16: Que Currículo para o Século XXI?

Desequilíbrio

da matriz

curricular

600

2017

725

825

475

500