reações nucleares marcelo g. munhoz setembro, 2006
TRANSCRIPT
![Page 1: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/1.jpg)
Reações Nucleares
Marcelo G. MunhozSetembro, 2006
![Page 2: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/2.jpg)
Um pouco da história da Física Nuclear Como o núcleo atômico foi descoberto? Virada do século XIX para o século XX:
Mecânica; Termodinâmica; Eletromagnetismo.
Disputa entre atomistas e energeticistas;
![Page 3: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/3.jpg)
Radioatividade Através de trabalhos de vários físicos, como
Röentgen, Becquerel, os Curies, etc. sabia-se que certos materiais podiam emitir partículas como elétrons (radiação β) e partículas-;
Não demorou muito para os físicos perceberem que uma maneira muito útil de estudar a estrutura atômica da matéria era através do “bombardeamento” dessas radiações em diversos materiais.
![Page 4: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/4.jpg)
1904 - O Modelo Atômico de Thomson Philosophical Magazine,
7 (1904), 237 A partir da descoberta
dos elétrons (carga negativa corresponde a corpúsculos), Thomson propõe um modelo atômico, chamado de “pudim de passas”.
![Page 5: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/5.jpg)
Como testar o modelo de Thomson? Através do
“bombardeamento” do átomo com diferentes partículas;
No caso do modelo de Thomson, se espera que as deflexões sejam pequenas: massa do elétron << massa da partícula-
![Page 6: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/6.jpg)
Dados observados Geiger e Marsden (1909)
observam o resultado do bombardeamento de elétrons e partículas- em finas folhas de certos materiais;
Para a surpresa de todos, eles observam partículas espalhando em ângulos bastante traseiros
![Page 7: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/7.jpg)
1911 - Rutheford propõem a existência do núcleo atômico Rutherford demonstra quantitativamente que
os resultados de Geiger e Marsden seriam obtidos a partir de novas hipóteses para o modelo atômico.
A partir dessas novas hipóteses, ele calcula quantas partículas- deveriam ser vistas em função do ângulo de espalhamento.
![Page 8: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/8.jpg)
1911 - Rutheford propõem a existência do núcleo atômico As hipóteses para o modelo
atômico e a sua interação são: O átomo contém um núcleo de carga
+Ze e Z életrons orbitando a sua volta; O núcleo alvo não sofre recuo; A mecânica clássica é válida; O núcleo e a partícula incidente são
pontos; Somente a força Coulombiana agindo; Nenhuma mudança ocorre no estado
do alvo ou da partícula incidente;
![Page 9: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/9.jpg)
Rutherford (1911)
Objetivo: calcular o número de partículas espalhadas em função do ângulo.
1o passo: o ângulo de espalhamento da partícula incidente depende da proximidade da colisão. Portanto, é preciso calcular o ângulo de espalhamento em função da proximidade, ou parâmetro de impacto, da colisão.
![Page 10: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/10.jpg)
Mecânica Clássica (H. Goldstein, capítulo 3) Força central
que varia com o inverso da distância: órbita hiperbólica, onde O é o centro e S é o foco (localização da força central)
![Page 11: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/11.jpg)
Rutherford (1911)
2o passo: Qual a probabilidade de uma partícula interagir com o núcleo e ser espalhada em um ângulo ?
![Page 12: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/12.jpg)
Dados observados
Geiger e Marsden, em nova e mais precisa medida (1911), observaram que: A distribuição angular variava com 1/sen4(/2),
para 5o< <150o; A intensidade de partículas espalhadas era
proporcional a espessura da folha; A intensidade de partículas espalhadas era
proporcional a ao quadrado do peso atômico (medido para Al, Cu, Ag, Sn e Au).
![Page 13: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/13.jpg)
Dimensões nucleares
A partir deste trabalho, Rutherford foi capaz de estimar o raio do núcleo, a partir da distância de maior aproximação:
Ele obteve valores da ordem de 10-15 m !!!
242
0
2
mvZzep
![Page 14: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/14.jpg)
Unidades nucleares
![Page 15: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/15.jpg)
Este é o fim da história? O modelo de Rutherford é apenas uma
aproximação; O núcleo como um sistema quântico:
Em experiências com Al, Rutherford já observa que seu modelo não é mais válido:
242
0
2
mvZzep
![Page 16: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/16.jpg)
Como podemos estudar o núcleo? Interações eletromagnéticas:
Campos eletromagnéticos; Elétrons;
Observação do comportamento natural e dinâmico do núcleo;
Reações nucleares;
![Page 17: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/17.jpg)
Reações Nucleares
Conceitos básicos para o estudo de reações nucleares: Seção de choque Cinemática de reações
Tipos de reações nucleares observadas;
![Page 18: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/18.jpg)
Seção de choque
A seção de choque ( ) é tal que:
N = Número de partículas espalhadas ; I = intensidade do feixe; n = centros espalhadores por unidade de área;
ou seja, ela fornece o número de partículas espalhadas na interação.
nIN
![Page 19: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/19.jpg)
Seção de choque
A seção de choque diferencial (d/d) fornece o número de partículas espalhadas em um dado elemento de ângulo sólido d , ou seja:
I = intensidade do feixe; n = centros espalhadores por unidade de área;
dnIdddN
![Page 20: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/20.jpg)
Seção de choque
![Page 21: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/21.jpg)
![Page 22: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/22.jpg)
![Page 23: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/23.jpg)
0 20 40 60 80 100 120 140 160 1800
20
40
60
80
100
120
ERES
(MeV)EOUT
(MeV)
ELAB
= 100 MeV 208Pb(16O,16O) 40Ca(16O,16O) 28Si(16O,16O) 20Ne(16O,16O) 16O(16O,16O) 12C(16O,16O) 6Li(16O,16O)
LAB
![Page 24: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/24.jpg)
COLISÃO DISTANTE
![Page 25: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/25.jpg)
COLISÃO RASANTE
![Page 26: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/26.jpg)
COLISÃO FRONTAL
![Page 27: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/27.jpg)
ESPALHAMENTO ELASTICO
ESPALHAMENTO INELASTICO“STRIPPING”
“PICK-UP”
REAÇÕES DIRETAS
QUEBRA NUCLEAR (”BREAK-UP”)
NUCLEO COMPOSTO
FUSÃOFUSÃO INCOMPLETA
FISSÃO
TRANSFERENCIA DE NUCLEONS
FUSÃO COMPLETA
![Page 28: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/28.jpg)
Aa
antes depois
A
A
A
AReações diretas (rápidas)
![Page 29: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/29.jpg)
Aa
antes depois
A
A
A
AReações diretas (rapidas)
![Page 30: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/30.jpg)
Aa
antes depois
A
A
A
AReações diretas (rapidas)
![Page 31: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/31.jpg)
Aa
antes depois
A
A
A
AReações diretas (rapidas)
![Page 32: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/32.jpg)
A
A
Aa
antes depois
N.CA+a
Fusão completa
N.C´A+x
N.CA+a
F 1
F2
Fusão Incompleta
FissãoProcessos estatísticos (lentos) via Núcleo Composto (N.C.)
![Page 33: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/33.jpg)
A
A
Aa
antes depois
N.CA+a
Fusão completa
N.C´A+x
N.CA+a
F 1
F2
Fusão Incompleta
FissãoProcessos estatísticos (lentos)
![Page 34: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/34.jpg)
A
A
Aa
antes depois
N.CA+a
Fusão completa
N.C´A+x
N.CA+a
F 1
F2
Fusão Incompleta
Fissão
Processos estatísticos (lentos)
![Page 35: Reações Nucleares Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006](https://reader036.vdocuments.net/reader036/viewer/2022062502/5706384b1a28abb8238f5b2c/html5/thumbnails/35.jpg)
Sumário
O estudo de reações nucleares é a melhor maneira se investigar e compreender o núcleo atômico e seus constituintes;
O entendimento de como ocorrem as reações nucleares pode elucidar muitos fenômenos que ocorrem na natureza, como aqueles ligados a astrofísica;
Ainda existem muitos problemas para serem resolvidos...