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FACULDADE REGIONAL DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS - FAC
JAMILE DOS SANTOS ARAUJO
SUZANA LOPES TEIXEIRA
RELATÓRIO CIENTÍFICO: Dificuldades no desenvolvimento da leitura e escrita.
SÃO DOMINGOS 2015
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JAMILE DOS SANTOS ARAÚJO SUZANA LOPES TEIXEIRA
RELATÓRIO CIENTÍFICO: Dificuldades no desenvolvimento da leitura e escrita.
Relatório Científico apresentado como requisito parcial para conclusão do Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia da Faculdade Regional de Filosofia, Ciência e Letras de Candeias, sob a orientação da professora Cristina Santiago.
SÃO DOMINGOS 2015
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Dedicamos este trabalho primeiro a Deus criador de todas as coisas que nos permitiu realizar o mesmo, dando-nos coragem força e perseverança, aos nossos familiares e amigos que sempre tem nos incentivado a adquirir novos conhecimentos e a nunca desistir de lutar.
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AGRADECIMENTO
Agradecemos em primeiro lugar a Deus pelo dom da vida, pela paz, amor e
tranquilidade e por iluminar o nosso caminho, dando-nos força para concretizar
estes desafios.
A diretora Solange da Silva Matos Rios que nos acolheu com carinho e
cordialidade abrindo as portas do Educandário para que pudéssemos realizar o
nosso estágio.
A professora Cristina Santiago, pela sua contribuição e orientação nos
momentos de dúvidas.
Aos nossos colegas de sala que sempre esteve compartilhando saberes e
apoiando-nos mutuamente.
As crianças que foi a razão da realização de todo trabalho, sempre
carinhosas, nos abraçavam, beijavam e davam um novo sentido para as secções
que realizávamos, tudo tornou-se mais belo e colorido com a presença e amor dos
mesmos.
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AGRADECIMENTO
A Deus, autor e consumador de minha fé, e por me fazer, de certo modo,
compreender que o impossível não e o fim, mas o início de uma trajetória
desafiadora.
A minha filha, Eloá que, gerada juntamente com este curso, vem ao mundo
para iluminar os meus dias e renovar minha expectativa de vida. Aos meus
queridos sobrinhos questionadores Sophia e Keviton Ravy.
Ao meu cônjuge, Gilmar, por ter compreendido esta nova etapa da minha
vida, pois o mesmo tem uma cultura divergente da minha.
Aos meus pais, Floreni e Julia (in memorian), exemplo de mulher que sigo e
norteia minha vida. Os valores como: dignidade, honestidade e humildade os
definem bem. Às minhas irmãs: Florenilda e Geisa, por estarem sempre por perto.
Minha avó paterna Grigorina (in memorian), por ter me incentivado a leitura através
de uma revistinha da turma Mônica que até hoje eu tenho esta revista guardada,
porém eu já tinha passado do período da alfabetização.
A professora Cristina Santiago, pela sua capacidade como orientadora,
dando-me apoio, compreensão, nas minhas dificuldades, transformado a tarefa de
elaboração desse trabalho numa caminhada de prazer.
A todos os professores do Curso de Especialização em Psicopedagogia
Institucional e Clínica que foram capazes de repassar os conhecimentos,
favorecendo a minha aprendizagem e a certeza de que fiz uma ótima escolha ao
iniciar essa especialização a qual , me apaixonei.
Aos teóricos Visca e Bossa, pelas provocações deixadas acerca da
linguagem, as quais iluminaram o meu olhar na trajetória desta pesquisa,
confortando-me sempre com a leitura prazerosa de sua escrita.
A todos os meus colegas pela amizade e companheirismo, que durante os
estágios: Institucional e Clínica, pelo conhecimento compartilhado.
Enfim, agradeço a todos que de algum modo fizeram parte deste período
nos quais, apesar de ter enfrentado inúmeros desafios e desalentos, preferi e
consegui ver as flores que estavam no caminho ao invés dos espinhos. Tempo em
que me realizei enquanto mulher e aprendi a ser mais forte e compreensiva.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................... 6
2. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DA PRÁTICA DE ESTÁGIO..... 10
2.1 SITUAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA....................................................... 10
2.2 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS............................................ 12
2.3 GESTÃO DA ESCOLA....................................................................... 12
3. DESENVOLVIMENTO.................................................................................... 14
4. ENCAMINHAMENTOS SUGESTÕES/RESULTADOS.................................. 18
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................... 19
6. CONCLUSÃO................................................................................................. 22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 24
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1 INTRODUÇÃO
Esse relatório final do curso de psicopedagogia tem por objetivo descrever
o percurso de observação, docência e atividades realizadas no sentido de alinhar
as teorias estudadas no módulo e encontros presenciais à pratica do
psicopedagogo.
O estágio foi realizado no período de 28 de maio de 2015 à 18 de julho de
2015, no Educandário Elza Rios Costa instituição de ensino que atua com o ensino
infantil e turmas iniciais do fundamental I.
Uma das maiores preocupações da instituição na atualidade está
relacionada com as questões relativas à qualidade no ensino.
O Estabelecimento oferece o ensino de educação infantil, primeira etapa da
educação básica, que tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança
de até cinco anos, atende também crianças do 1º ano do Ensino Fundamental I
com o Programa PNAIC.
O Educandário Elza Rios da Costa atende uma comunidade de diversos
segmentos da sociedade. Possuí uma clientela de crianças oriundas de famílias
economicamente desfavorecidas, trabalhadores rurais, domésticas, professores,
servidores públicos. A escolaridade da maioria dos pais e/ou responsáveis é baixa,
muitos deles possuem apenas o ensino fundamental I, outros são analfabetos ou
semianalfabetos, alguns possuem nível superior e outros estudantes.
Cerca de 30% dos alunos são provenientes de comunidades rurais, utilizam
transporte escolar oferecido pela Secretaria Municipal de Educação, sendo uma
média de 70% da zona urbana.
A relevância dessa prática de estágio consiste na necessidade de
capacitação integral do profissional psicopedagogo que deve, ao final do curso, ser
capaz de intervir, integrar e enfrentar as diferentes situações que surgirem no
exercício da profissão e assim ter competência para lidar com o conhecimento
demonstrando preparo significativo para um mercado de trabalho cada vez mais
exigente.
O relatório tem como objetivo geral descrever a problemática observada
sendo ela dificuldade no desenvolvimento da leitura e escrita; Para que o
desenvolvimento de um trabalho científico possa beneficiar em primeiro momento
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os sujeitos investigados e investigadores é preciso que todos estejam envolvidos e
cientes da sua importância, numa perspectiva de impactar a comunidade
acadêmica local.
Em relação aos objetivos específicos temos como meta: proporcionar
mudanças no ato de aprender analisando a aplicação das metodologias do ensino
que contribua para sanar a problemática dificuldade de aprendizagem de leitura e
escrita encontrada durante a realização dos estágios clínicos e institucional.
Promover mudanças positivas no contexto da escola e no âmbito familiar,
favorecendo uma aprendizagem significativa.
Os procedimentos metodológicos necessários à realização deste relatório
partem da abordagem qualitativa, permitindo descrever, analisar os mesmos,
objetivando compreender com o tema as dificuldade no desenvolvimento da leitura
e escrita afetam a vida das pessoas. Utilizar-se-ão fontes de pesquisa existentes
em literaturas afins, livros de metodologia cientifica, sites da internet. Bem como, os
autores que tratam de modo específico do tema mencionado neste relatório a fim
de efetivar uma construção do conhecimento significativa para nossas vidas
acadêmicas. Os autores supracitados são importantes para descrever a temática
dificuldade no desenvolvimento da leitura e escrita, e que suas obras continuam
sendo objeto de estudos para a nossa civilização moderna, gerando conhecimento
científico significativo que podem auxiliar futuramente outros acadêmicos no estudo
do tema.
“A metodologia qualitativa empregada neste relatório é com base em Oliveira
(2000), que aborda o método qualitativo, pois o mesmo tem subsídios analítico e
interpretativo e sempre” foi considerado como método exploratório e auxiliar na
pesquisa cientifica.
Utilizamos como teoria a epistemologia convergente de Jorge Visca, no qual
menciona que os fatores afetivos e sociais possuem uma grande influência no
desenvolvimento da aprendizagem do ser humano.
Jorge Visca conseguiu constituir um modelo de análise efetivamente
dinâmico, permitindo compreender a interação dos aspectos cognitivos e afetivos
no processo de aprendizagem e foi justamente isso que identificamos a cada
sessão, o quanto a aprendizagem e afetividade estão interligadas. Todo o processo
diagnóstico é estruturado de modo a observar a dinâmica de interação entre o
cognitivo e o afetivo, de onde resulta o "funcionamento do sujeito”, na prática.
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Empregamos ainda a técnica de investigação diagnóstica iniciada com a
Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem E.O.C.A, de onde se extraiu um
sistema de hipóteses e se definiu a linha de pesquisa, foram aplicadas as provas
piagetianas para o diagnóstico operatório, as provas projetivas e outros
instrumentos de pesquisas complementares. A partir da análise dos dados
elaborou-se o sistema de hipóteses, e se definiu a linha de pesquisa para a referida
pesquisa, (entrevistas com os pais, escola, professores etc...) por fim os
psicopedagogos concluíram seu sistema de hipótese, levantando as causas das
dificuldades e, posteriormente realizou-se a devolutiva aos professores, diretores e
demais pessoas envolvidas no processo, indicando-se os agentes corretores ideais
e possíveis. Importante destacar que este trabalho exige uma metodologia
multidisciplinar com a participação de outros profissionais como: médico
Neurologista, Psicólogo, Fonoaudiólogo e Terapeuta Educacional.
Após essa breve apresentação serão expostos em cada sessão à
caracterização da instituição de campo, fundamentação teórica, a descrição das
atividades desenvolvidas no estágio, a apresentação dos resultados obtidos após a
análise dos referenciais teóricos e, finalmente a conclusão.
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2 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DA PRÁTICA DE ESTÁGIO
O Educandário Elza Rios da Costa foi fundado no dia 04 de Julho de 1988
por iniciativa de Izaque Pinheiro da Costa. Como o objetivo era fundar uma
instituição que atendesse as crianças carentes sem fins lucrativos, seria necessário
buscar apoio de uma associação ou Instituição.
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Valente tornou-se parceiro,
iniciou um Projeto via MEC que repassava recurso contribuindo para a manutenção
e para a remuneração das professoras Maria de Lurdes Pinheiro e Yone Rios, que
contribuíram significativamente para que esse Projeto se efetivasse na prática.
Sua primeira denominação foi Mundo da Criança. Em 2001 na gestão da
diretora Solange Rios e no novo espaço, a Equipe Escolar juntamente com a
Secretaria Municipal de Educação na pessoa do Secretário Antônio José Rios Nery,
decide homenagear a primeira dama do município Elza Rios, dando seu nome ao
novo espaço, visto que a mesma tinha como sonho a construção de uma creche.
A escola é mantida pela Prefeitura Municipal de São Domingos, com INEP
29419883. A Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009, Fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. O Educandário Elza Rios da Costa
ministra a Educação Infantil e preocupa-se em manter sua organização funcional
dentro do que é norteado pelas leis educacionais.
2.1 SITUAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA
A escola está situada numa área pavimentada com bastante movimento e
próxima do centro da cidade. Possui um pátio com área pequena para o
desenvolvimento das atividades recreativas e culturais, que não deixam de
acontecer por esse motivo, porém, com dificuldades devido ao número de alunos
que atendem.
A escola apresenta alguns aspectos negativos em relação ao seu estado
de conservação: Instalações elétricas e ventiladores sem manutenção, baixa
luminosidade, pouca ventilação, paredes sem pinturas retocadas, telhado bom,
porém falta manutenção, piso das salas em péssimo estado de conservação,
instalações sanitárias inadequadas, pois, os banheiros são únicos para meninos e
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meninas, não possui biblioteca, sala de informática, sala de professores, auditório,
refeitório, brinquedoteca.
A escola ainda necessita de ampliação de algumas salas para um melhor
funcionamento. É urgente a construção de um refeitório para melhor atender as
crianças e uma área de lazer para o desenvolvimento de atividades que exigem
espaço. No tocante ao material didático a escola possui os recursos oriundos do
MEC PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola), no que refere-se a literatura na
escola para pesquisa e dispõe de livros oriundos do FNDE. Na verdade, tudo que
se encontra no ambiente onde ocorre o processo ensino-aprendizagem pode se
transformar em um ótimo recurso didático, desde que utilizado de forma adequada
e correta. Dispomos de um computador e um notebook para os trabalhos
burocráticos e pedagógicos. Os professores tem acesso aos computadores para a
realização de suas atividades, com o suporte da internet do MEC e de Empresa
contratada pela prefeitura.
A escola dispõe de profissionais habilitados e com experiência na área de
Educação Infantil. Há uma participação significativa das famílias na escola, tanto
nos eventos promovidos quanto nas reuniões de pais e mestres. No que se refere à
limpeza, o entorno da escola é conservado limpo. Não temos a cultura de uma
coleta de lixo diária, e, portanto, o lixo é armazenado e guardado num terreno
vizinho à escola. A higienização dos banheiros e da cantina é feita com água e
sabão e conta com um processo de desinfecção com água sanitária e água e/ou
álcool para matar as bactérias que não são removidas apenas com a água e o
sabão.
A escola possui Caixa Escolar que conta com a participação dos pais,
funcionários, professores e membros da comunidade, onde o controle e a
fiscalização de todo o processo conta com a participação ativa dos membros.
O compromisso do corpo diretivo e demais funcionários é com o
desenvolvimento integral das crianças, procurando oferecer condições para as
aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de situações
pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos. É importante
ressaltar, porém, que essas aprendizagens, de natureza diversa, ocorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil.
A equipe diretiva juntamente com os educadores procura desenvolver
atividades lúdicas que promovem o aprendizado de forma prazerosa, buscam
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participar ativamente de capacitações e encontros que promovem a qualificação
profissional, mantendo-os atualizados e buscando a cada dia inovar procurando
conhecer novos métodos e técnicas de ensino. A pré-escola é um momento
principal do aprendizado, pois é através dele que se constrói o alicerce do
conhecimento por toda a vida.
2.2 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
A escola possui professores especializados na área em que atuam.
Possuem auxiliares de sala nas turmas de 3 anos. O corpo administrativo conta
com direção, vice-direção, coordenação pedagógica e auxiliar de secretaria.
O pessoal de apoio é insuficiente, o que obriga alguns auxiliares de sala
desempenhar duas funções, situação que tem causado sérios constrangimentos.
O imobiliário usado nas salas é adequado à idade das crianças, porém,
muitas cadeiras estão necessitando de reformas. Não possuí cadeiras plásticas
para reuniões de pais e/ou eventos. Quando necessitam, pegam emprestadas do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais, que são parceiros.
Verifica-se mesas para professores na maioria das salas, os armários são
insuficientes, as estantes das salas em péssimo estado, arquivos insuficientes,
necessita também de bebedouros para oferecer aos nossos alunos e profissionais
uma água de qualidade.
O quadro de funcionários da escola é suficiente em relação à equipe
gestora, suficiente em relação ao número de professores, insuficiente o número de
auxiliares de sala, insuficiente o número de serventes, que acaba sobrecarregando
outras pessoas e obrigando auxiliares de sala revezar suas atividades para dar
conta da limpeza da escola.
2.3 GESTÃO DA ESCOLA
A origem da palavra Gestão advém do verbo latino gero, gessi, gestum,
gerere, cujo significado é levar sobre si, carregar, chamar a si, executar, exercer e
gerar. Desse modo, gestão é a geração de um novo modo de administrar uma
realidade, sendo, então, por si mesma, democrática, pois traduz a ideia de
comunicação pelo envolvimento coletivo, por meio da discussão e do diálogo.
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O Educandário Elza Rios da Costa funciona com direção, vice - direção,
coordenação pedagógica, buscando trabalhar de forma democrática, visto que, a
gestão democrática na escola só será real e efetiva se puder contar com a
participação da comunidade, no sentido de fazer parte, inserir-se, participar
discutindo, refletindo e interferindo como sujeito, nesse espaço. É preciso fazer com
que a gestão democrática se realize concretamente na prática do cotidiano escolar,
pois, “só participa efetivamente quem efetivamente exerce a democracia”.
(ANTUNES, 2002, P. 98).
A escola existe para servir a comunidade onde se situa. Ela precisa ser um
fórum aberto de participação, onde a democracia se efetiva. E, esta, somente se
concretizará, de fato, quando a comunidade (o povo) tomar as rédeas e decidir
ousada e corajosamente os rumos da sua história. Portanto, é indispensável que o
Educandário Elza Rios chegue à família e a conduza para dentro da escola
formando um grupo para discutirem problemas de interesse comum e
comprometerem-se com o desenvolvimento integral de seus alunos, a fim de
encaminhá-los para tomar decisões e compreender a complexidade da realidade
social, cultural, econômica, política e científica do mundo a sua volta.
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3 DESENVOLVIMENTO (DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA
PRÁTICA DO ESTÁGIO)
Diante das atividades descritas e realizadas verificamos que há um vasto
caminho a percorrer, pois os comportamentos de agressividade, violência e a
dificuldade de aprendizagem demonstrada por alguns alunos são reflexos da
família na qual estão inseridos, nas entrevistas realizadas percebe-se muitos casos
de alcoolismo e violência no seio familiar o que reflete diretamente nos aspectos
cognitivos afetivos e no processo de aprendizagem.
Portanto um dos objetivos deste trabalho foi deixar clara a finalidade básica
de suscitar algumas questões acerca dos problemas psicopedagógicos. Assim, terá
cumprido sua função de contribuir para o entendimento de que as graves
dificuldades da educação brasileira não serão superadas de modo especifico ou por
meio de soluções aparentemente novas, pelos métodos e técnicas aplicadas por
educadores, e sim pelo envolvimento e integração de multiprofissionais envolvidos
pela mesma causa.
Verificamos que para solucionar os problemas comportamentais e de
aprendizagem existentes exigem esforços conjugados de investigações e
intervenções de profissionais bem qualificados e comprometidos da educação bem
como da competência multiprofissionais inseridos neste processo.
Se família e escola mantivessem comprometidas para resolução dos
problemas psicopedagógicos como o fracasso escolar, dando a mesma importância
que se dá aos problemas de saúde que causam o sofrimento psíquico de tantas
crianças, jovens, professores e pais, teríamos uma sociedade mais justa, igualitária
e com mais condições de acesso.
Foram realizadas 10ª sessões e desenvolvidas as seguintes atividades:
1º sessão: Entrevista inicial foi firmada neste momento o contrato com a Instituição
e os estagiários, os mesmos esclareceram a que se propõe a Avaliação
Diagnóstica Psicopedagógica na Instituição. Houve a identificação das possíveis
queixas existentes na instituição sobre o processo de aprendizagem dos alunos,
nas diversas disciplinas, a conversa deu-se de forma cordial das diversas partes
corpo diretivo da Instituição, professores e estagiários, então foi acordado data e
horário para realização da próxima sessão.
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O objetivo desta sessão foi conhecer a instituição e o corpo diretivo onde foi
realizado o estágio, entregar a carta de apresentação, realizar o preenchimento da
pesquisa exploratória para o mapeamento das áreas e contextos que demandam
intervenções psicopedagógicas. Houve um diálogo de apresentação dos estagiários
com equipe diretiva da Escola Educandário. Todos saíram satisfeitos com os
resultados.
2º sessão: Realizamos nesta sessão o alinhamento com educador e diretor da
Instituição para definição de dias e horários em que seriam realizados a sessões
com os alunos, foi um momento propicio para conhecermos melhor a instituição e
verificamos qual seria a turma identificada para realizar as sessões.
Plano de Trabalho e enquadre com a gestão, neste momento os estagiários
apresentaram uma proposta com sugestão de dias, horários e locais dos Grupos de
trabalho, houve uma conversa harmoniosa e foi firmado o plano de enquadre nos
quais todos ficaram satisfeitos com os resultados.
3º sessão: Ao chegarmos à instituição nos dirigimos à sala de aula e nos
apresentamos para as crianças para desenvolvermos o nosso primeiro encontro
com o grupo de trabalho, incialmente realizamos uma dinâmica de relaxamento e
alongamento para observarmos a participação, interação e o comportamento do
grupo. Em seguida realizamos música: “Quem é você?”, dando continuidade a
dinâmica “coelhinho na toca”.
Análise da Problemática realizou-se dinâmica para perceber como se dá a
integração sujeito-instituição e a sua atenção na construção das aprendizagens do
grupo.
4º sessão: Consolidamos a EOCMEA (Entrevista Operativa Centrada na
Modalidade ensino-aprendizagem).Utilizamos diversos materiais de sucata em
geral, materiais didáticos como Cartolina, tinta guache, ofício, hidrocor, cola,
tesoura, papel metro, etc. No momento dessa sessão percebemos a empolgação
das crianças ao trabalharem com arte, todos ajudaram-se mutuamente, Foram
momentos bastante produtivo pois, as crianças se envolveram bastante até mesmo
os mais inquietos.
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Realização da EOCMEA (Entrevista Operativa Centrada na Modalidade
Ensino-Aprendizagem), durante a realização desta atividade deu para perceber
como se organizam as relações interpessoais no grupo e como estas influenciam
na dinâmica Instituição e no seu processo de aprendizagem e na ação prática da
Instituição, foram utilizados diversos materiais de sucata em geral, materiais
didáticos como Cartolina, tina guache, oficio, hidrocor, cola, tesoura, papel metro,
etc., e solicitou que as crianças representassem o grupo e sua atuação na
Instituição.
5º sessão: Ao chegarmos à sala de aula cantamos a música do „‟boa tarde‟‟
fizemos dinâmicas de alongamento envolvendo as partes do corpo, logo depois
contamos a história „‟rosa e a roseira‟‟. Em seguida pedimos para as crianças
desenharem algo que mostrasse quem ensina e quem aprende.
Testes projetivos “O aprender e o ensinar na Instituição”. Reconhecer como
os integrantes da Instituição percebem a aprendizagem: como um processo
continuo e coletivo ou se individual estagne. Nessa sessão solicitamos que os
alunos desenhassem uma pessoa que ensina e uma pessoa que aprende, em
seguida identificassem as mesmas e contassem histórias com as pessoas
desenhadas.
6º e 7 sessões: Concretizamos a Entrevista Individual para sensibilização, a
mesma foi apresentada através de um vídeo “A formiguinha e a neve‟‟ com objetivo
de mostrar para as crianças que para convivermos em grupo necessitamos sempre
uns dos outros. Em seguida fomos para uma sala reservada onde realizamos a
entrevista individual. durante essas sessões houve a aplicação das entrevistas
tendo como base a entrevista diretiva, que foi realizada com todos que fazem parte
do grupo e que tem relação com eles dentro da instituição.
Durante essas sessões houve a aplicação das entrevistas tendo como base
a entrevista diretiva, que foi realizada com todos que fazem parte do grupo e que
tem relação com eles dentro da instituição.
8º sessão: Nesta sessão tivemos a oportunidade de observar a dinâmica do grupo
de trabalho. Percebemos como se dá a relação entre alunos e professor, alunos e
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alunos, verificando como se relacionam todos envolvidos no processo, corpo
diretivo, educadores, alunos e pessoal de apoio.
Observou-se a dinâmica do grupo de trabalho e da atuação dos integrantes
do mesmo e da instituição como um todo, visando perceber o funcionamento e o
comportamento de todos que estão inseridos no ambiente observado. Neste
momento percebeu-se como era atuação de todos envolvidos no processo, corpo
diretivo, educadores, alunos e pessoal de apoio, verificando como se dá a inter-
relação entre todos.
9º sessão: Foi um momento no qual tivemos a oportunidade de conhecer toda a
parte burocrática da escola, nos apresentaram o regimento interno da instituição, o
Projeto Politico Pedagógico (PPP) fez uma análise entre o que está escrito nos
documentos e comparamos com a prática pedagógica do professor.
Realizou-se uma análise documental verificou-se nesta sessão a
documentação existente na Instituição, conhecemos a história da Instituição sua
estrutura funcional, a filosofia que norteia a proposta de trabalho e suas ações, o
Projeto Politico Pedagógico da Escola (PPP), e todos os documentos existentes na
Instituição.
10º sessão: Momento oportuno para darmos retorno a professora e a diretora
diante das queixas apresentadas, mostrando a necessidade de encaminharmos
algumas crianças para o tratamento com multiprofissionais, deixando todos cientes
da necessidade de acompanhamento por parte da família de alguns alunos.
Entrevista devolutiva momento no qual apresentamos os resultados do
Diagnóstico Psicopedagógico Institucional, fazendo as indicações necessárias e
sugerimos as possíveis intervenções psicopedagógicas.
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4 ENCAMINHAMENTOS SUGESTÕES/RESULTADOS
O grupo no qual realizamos o trabalho foi à turma da pré-escola que tem
como professora regente Magnólia Santana Dias que é composto 17 alunos sendo:
09 meninas e 08 meninos, na faixa etária de 04 anos de idade, as mesmas estão
sendo alfabetizadas e participam ativamente das atividades psicomotoras e
interagem umas com as outras criando vínculos de afetividade.
O encaminhamento deu-se por conta comportamentos de agressividade e
indisciplina e dificuldades na leitura e escrita dos alunos da turma e quem indicou a
turma foi à diretora professora Solange da Silva Matos Rios que percebeu a
necessidade de uma intervenção para que pudéssemos ajudar e/ou encaminhar as
crianças para multiprofissionais.
Verifica-se então que é necessário realizar-se diversas sessões clinica com
alguns participantes do grupo para que haja uma maior interação e melhoria nos
desenvolvimentos cognitivos e afetivos para que consequentemente ocorra uma
melhor aprendizagem efetiva. Sugere-se também que seja montado uma equipe
multidisciplinar para atender a demanda existente.
Percebe-se a necessidade de encaminhar algumas crianças para
atendimento com multiprofissionais como: Psicólogo, Psicopedagogo, Assistente
social, Neurologista, faz-se necessário realizar em primeiro lugar um trabalho
intensivo referente a sensibilização da família quanto a necessidade de tratamento
destas crianças e acompanhamento dos mesmos, os professores e a equipe
diretiva da escola deverá também realizar em conjunto projeto pedagógicos nos
quais contemple temas relativo a incentivo de leitura e escrita.
Sugere-se que seja realizado sarau de poesia, oficinas de leitura e
produção textual, dentre outras atividades.
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5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O conceito de dificuldade de aprendizagem, por vezes referida como
desordem de aprendizagem ou transtorno de aprendizagem, é um tipo de desordem
pela qual um indivíduo apresenta dificuldades em aprender efetivamente. Começou
a ser usada na década de 60 e até hoje é confundido por genitores e docentes como
uma simples distração das crianças em sala de aula.
Afim de um melhor entendimento, a dificuldade de aprendizagem refere-se a
um distúrbio que pode ser gerado por uma cadeia de problemas cognitivos ou
emocionais que poderá afetar qualquer área do desempenho escolar.
Na visão de Scoz (2002) a realidade educacional brasileira ainda não
conseguiu uma política clara e segura de intervenção que torne a escola capaz de
ensinar e contribuir com a superação de problemas de aprendizagem. Para isso
acontecer “seria necessário que os educadores adquirissem conhecimentos que
lhes possibilitem compreender sua prática e os meios necessários para suscitar o
progresso e sucesso dos alunos”.
Neste sentido, é importante o papel da escola na vida dos discentes com
dificuldade de aprendizagem, pois a mesma tem que oferecer um espaço propício
para que possa sanar as dificuldade de aprendizagem apresentando condições
condizente que favoreça o processo de aprendizagem.
O meio escolar deve ser um lugar que propicie determinadas condições que facilitem o crescimento, sem prejuízo dos contatos com o meio social externo. Há dois pressupostos de partida: primeiro, é que a escola tem como finalidade inerente a transmissão do saber e, portanto, requer-se a sala de aula, o professor, o material de ensino, enfim, o conjunto das condições que garantam o acesso aos conteúdos; segundo, que a aprendizagem deve ser ativa e, para tanto, supõe-se um meio estimulante (LANE E CODO, 1993, p. 174)
Partindo desses dois pressupostos, percebemos que o ambiente escolar tem
que propiciam condições que facilitem a aprendizagem, juntamente com o professor
através de sua metodologia de ensino.
Para Strick e Smith (2001) a rigidez na sala de aula para as criança com
dificuldade de aprendizagem é fatal. Para progredirem, tais estudantes devem ser
encorajados a trabalhar ao seu próprio modo. Se forem colocados com um professor
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inflexível sobre tarefas e testes, ou que usa matérias e métodos inapropriados as
suas necessidades, eles serão reprovados.
Strick e Smith através desta citação ilustra muito bem o papel do professor
como elemento chave para que a criança com dificuldade de aprendizagem possa
aprender, o mesmo tem que ter preparo e bom senso.
Assim, tem-se no educador um dos principais responsáveis pelo sucesso ou
insucesso do aprendiz, a peça chave, que tem em mãos o poder de trabalhar não
apenas o aprendizado de conhecimentos teóricos, mas também a afetividade dos
alunos, pois quando a criança aprende a lidar com as diferentes emoções aprenderá
a superar as diferentes dificuldades que enfrentará durante o percurso não só
escolar, mas também na vida profissional e social (FERNANDÉZ, 2001 e INOUE,
1999). Fernández (1991) que também considera as dificuldades de aprendizagem
como sintomas ou “fraturas” no processo de aprendizagem, onde necessariamente
estão em jogo quatro níveis: o corpo, a inteligência, o organismo e o desejo. As
dificuldades para aprender, segundo a autora, seria o resultado da anulação das
capacidades e do bloqueamento das possibilidades de aprendizagem de um
indivíduo e, a fim de ilustrar essa condição, utiliza o termo inteligência aprisionada.
Neste contexto a autora descreveu que as dificuldades ou problemas de
aprendizagem não se relacionam apenas à estrutura individual da criança, mas
também à estrutura familiar que a criança está vinculada.
Portanto, atuar neste campo, necessariamente, faz-nos rever modelos presentes em
nossas próprias formações, promover o encontro saudável e necessário.
Alícia Fernández afirma que: Entre o ensinante e o aprendente abre-se um campo de diferenças onde se situa o prazer de aprender. O ensinante entrega algo, mas para poder apropriar-se daquilo o aprendente necessita inventá-lo de novo. É uma experiência de alegria, que facilita ou perturba, conforme se posiciona o ensinante. Ensinantes são os pais, os irmãos, os tios, os avós e demais integrantes da família, como também os professores e os companheiros na escola. (2001, pg 29).
Sendo assim, a psicopedagogia contribuiu com o trabalho de minimizar
alguns problemas de aprendizagem, tanto dos alunos que tem dificuldade de
aprendizagem, como também, daqueles que na visão da escola, são considerados
“normais” para apender, ou seja, bastam dominar a leitura, a escrita e situações
matemáticas. Quando as ações pedagógicas não são organizadas, resultam em
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desarmonia e podem causar no aluno, situações problemas que requererão
encaminhamentos de intervenção específica com profissionais da área.
Conclui-se, portanto que a metodologia utilizada no trabalho da
psicopedagogia permite que professores busquem ter um olhar psicopedagógico
para que tenham melhor desenvolvimento da sua prática pedagógica, de maneira a
contribuir com o desempenho da aprendizagem dos alunos e consequentemente se
obtenha bons resultados.
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6 CONCLUSÃO
A psicopedagogia tem por objetivo compreender, estudar e pesquisar a
aprendizagem e as dificuldades humanas. Na concepção do termo busca-se o
resultado de uma investigação sobre o homem e suas multifaces: biológica, afetiva-
intelectual, como objeto de estudo da Psicopedagogia. Bem como suas
características relacionais com a aprendizagem, tendo ainda como meta
compreender a complexidade dos múltiplos fatores envolvidos neste processo, uma
vez que a aprendizagem é entendida como decorrente de uma construção coletiva
do processo o qual leva ao questionamento, pesquisas e a diagnóstico, podendo
levar ao tratamento e prevenção das dificuldades na aprendizagem.
Dessa forma ao se desenvolver um olhar e uma escuta para com a
singularidade do sujeito, é preciso que este seja acompanhado em seu movimento
de construção de conhecimento, podendo ser observado à urgência de questões
referente ao processo de aprendizagem, visando trabalhar nas dificuldades que
permeia esse processo e demandas, principalmente, resgatar a relação com o
conhecimento.
Como se sabe, existem inúmeros meios de se detectar problemas de
aprendizagem e instrumentos para se prevenir tais percalços na trajetória escolar.
Para que isso ocorra, é essencial como psicopedagoga desenvolver uma
compreensão acerca do sujeito singular, desvencilhando-o de rótulos e patologias.
Ou seja, ver o mesmo realmente como ele se apresenta, único em sua totalidade,
compreendendo que ele traz uma história de vida enquanto ser humano, assim
poderá entender a grande maioria das dificuldades que ele apresenta, seja elas de
aprendizagem, de conduta, afetiva, motora, e alfabetização.
Ao psicopedagogo não interessam as questões de estrutura da
personalidade, enquanto estas não afetam de forma que manifesta o vínculo do
individuo com a aprendizagem. Da mesma forma, o psicopedagogo não trabalha
específica e unicamente com conteúdos escolares e formas. Mas antes com
situações cognitivas, com o próprio processo de pensamento, de construção do
conhecimento e solução de problemas. Procura-se o resgate do prazer em aprender,
não para a escola, ou para a família, mas para a vida da criança. Concluímos que
uma vez que o sujeito tem a oportunidade do acompanhamento de um
psicopedagogo poderá ter a oportunidade de compreender de forma única e integral,
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vencer seus obstáculos na dificuldade de aprendizagem, ou seja, resgatar suas
questões relacionadas à aprendizagem.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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