relatório dos resíduos sólidos gerados na pbh

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RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO QUANTITATIVO E QUALITATIVO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA PBH - SECRETÁRIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE Elaborado por: Guilherme Ricoy Leão

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Secretaria Municipal de Meio Ambiente comemora os primeiros números do Programa AmbientAÇÃO.

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RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO QUANTITATIVO E QUALITATIVO DOS

RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA

PBH - SECRETÁRIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

Elaborado por: Guilherme Ricoy Leão

1. INTRODUÇÃO

O “Ambientação - Educação Ambiental em Prédios do Governo de MG”, coordenado pela

Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM, tem como objetivo promover a sensibilização para

a mudança de comportamento e a internalização de atitudes ambientalmente corretas,

proporcionando a melhoria contínua do bem estar dos funcionários públicos do Estado de Minas

Gerais.

Fundamentado nos principais aspectos ambientais encontrados nas instituições públicas, que

geram impactos negativos ao meio ambiente, como o consumo de água, de energia elétrica e de

material de escritório, além da geração de resíduos e de ruídos, o Programa possui duas linhas de

ação, “Consumo Consciente” e “Gestão de Resíduos”.

Dentro das linhas de ações, o Programa visa fomentar a prática dos 5R’s (repensar, recusar, reduzir,

reutilizar e reciclar) e orientar na implantação da coleta seletiva, por meio de ações contínuas de

sensibilização e mobilização dos funcionários da administração pública de Minas Gerais. A linha de

ação “Consumo Consciente” visa a conscientizar e a sensibilizar os funcionários para a redução do

desperdício e para a importância do reaproveitamento dos materiais, levando-os a repensar sobre os

hábitos de consumo. A “Gestão de Resíduos” tem como objetivo fazer com que os servidores

públicos assumam o papel de co-responsáveis pela gestão dos resíduos por meio da redução do

consumo, do reaproveitamento dos materiais e da identificação e separação dos recicláveis no

ambiente de trabalho.

Para a implantação da campanha de Coleta Seletiva é necessário que se faça a caracterização

dos resíduos da instituição. A caracterização de resíduos sólidos é uma ferramenta de trabalho que

permite recolher informações relevantes no estudo e aplicação de modelos de gestão adequados e

eficientes dos resíduos gerados. Este processo identifica de forma qualitativa e quantitativa todo o

resíduo gerado na instituição. Os dados apresentados servem de subsídio para o planejamento das

ações de sensibilização e mobilização dos servidores públicos.

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2. METODOLOGIA DO TRABALHO

Para a realização do diagnóstico foi solicitado à Comissão Setorial que providenciasse, junto

à equipe de limpeza, a coleta e o armazenamento dos resíduos sólidos gerados, por um período de

cinco dias úteis e consecutivos. Com exceção do lixo coletado nos banheiros e copas, os resíduos

foram armazenados entre os dias 12 a 19 de novembro de 2009 e acondicionados em sacos

plásticos, previamente identificados com etiquetas fixadas nos sacos (Figura 1), informando data e o

local onde o resíduo foi gerado.

Figura 1: Resíduos acondicionados e identificados.

Os sacos plásticos com resíduos foram transportados, no dia 19 de novembro, para uma

área externa, para análise quantitativa e qualitativa. (Figura 2).

Figura 2: resíduos na área externa

Para a execução do trabalho foi improvisada uma bancada utilizada na segregação e análise

dos resíduos. Esse trabalho foi realizado por Priscila Vieira e Guilherme Ricoy, gestores do

Ambientação, Francisco Jorge Mello, Gerente de Articulação e Mobilização para Educação 3

Ambiental - GEAMED/SMMA e pela equipe de limpeza da Secretária Municipal de Meio

Ambiente. Todas as pessoas envolvidas nesse trabalho estavam devidamente protegidas pelos

Equipamentos de Proteção Individual - EPI (Figura 3).

Figura 3: Equipe de trabalho

Os sacos plásticos foram abertos e, em seguida, os resíduos foram minuciosamente

segregados nas seguintes frações: papel, papelão, jornal, plástico, metal e materiais não recicláveis.

Não houve resíduos de vidro. Essa segregação teve por objetivo determinar a composição

gravimétrica (análise qualitativa) dos resíduos. Cada fração foi pesada, sendo registrada a

quantidade média diária de resíduos gerados (análise quantitativa) (Figura 4).

Figura 4: Segregação dos resíduos

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3. RESULTADOS

3.1 Avaliação qualiquantitativa dos resíduos sólidos gerados na PBH - SMMA

De acordo com a caracterização de resíduos realizada na PBH – SMMA detectou-se uma

geração semanal 54,350 kg de resíduos, estimando uma geração mensal de 217,400 kg. Destes

54,350 kg de resíduos gerados, 53,350 kg, ou seja, 98,1 % são materiais potencialmente recicláveis

(Tabela 1).

Tabela 1: Quantidade e distribuição percentual dos resíduos gerados na PBH-SMMA

Papel Plástico Metal Vidro Jornal Papelão Não Reciclável

TOTAL

6º andar Fiscalização

5,500 0,800 0,200 8,200 0,600 15,300

6º andar Gabinete

21,800 5,000 0,100 1,200 0,350 0,200 28,650

7º andar 7,400 1,100 0,800 0,900 0,200 10,400TOTAL 34,700 6,900 0,300 0 10,200 1,250 1,000 54,350

(Unidade: Kg)

3.2 Avaliação dos resíduos sólidos gerados na PBH-SMMA por andar

6º andar Fiscalização

Em Kg Porcentagem

0,6

8,2

0,20,8

5,5

0123456789

Papel

Plástico Meta

lVidro Jor

nal

Papelão

Não rec

iclável

36%

5%

1%

0%

54%

0%

4%

Papel

Plástico

Metal

Vidro

Jornal

Papelão

Não reciclável

5

6º andar Gabinete

0,20,351,20,1

5

21,8

05

10152025

Papel

Plástico Metal

Vidro

Jornal

Papelão

Não re

cicláve

l

77%

17%0%

0%

4%

1%

1%

PapelPlásticoMetalVidroJornalPapelãoNão reciclável

7º andar

7,4

1,10,8 0,9

0,2

012345678

Papel

Plástico Metal

Vidro

Jorna

l

Papelão

Não re

cicláve

l 70%

11%

9% 2%8%

0%

0%

Papel

Plástico

Metal

Vidro

Jornal

Papelão

Não reciclável

Total Geral

34,7

6,9

0,3

10,2

1,250 1

05

10152025303540

Papel

Plástic

oMeta

lVidr

oJo

rnal

Papelã

o

Não re

cicláv

el 63%

13%

1%

0%

19%

2%

2% Papel

Plástico

Metal

Vidro

Jornal

Papelão

Não reciclável

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3.3 Descarte de materiais considerados como rejeitos

O Programa Ambientação preconiza duas linhas de ação, “Consumo consciente” e “Gestão

de resíduos”, cujos resultados a serem alcançados visam, dentre outras coisas, a redução no uso de

papel A4, copos descartáveis, água, energia elétrica e o aumento do envio de resíduos produzidos

para reciclagem. Justificando a implantação do programa, durante a avaliação foi constatado o

desperdício de copos descartáveis limpos, livros, fio de impressora, jornais que não foram lidos,

pães novos, dentre outros materiais (Figura 6).

Figura 6: Desperdício de materiais

Um flagrante de desperdício também foi verificado com um número considerável de

envelopes que poderiam ser reaproveitados. (Figura 7).

Figura 7 – Outros objetos descartados

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os dados obtidos na caracterização de resíduos da PBH-SMMA, a

quantidade de material gerado refere-se, praticamente, aos resíduos potencialmente recicláveis

(papel e plástico), totalizando 84 % dos resíduos ou 53.050 Kg.

O papel é o mais gerado na instituição, estimando uma geração semanal de 46,150 kg,

alcançando um percentual de 97 % da geração total dos resíduos. A geração de plástico fica em

torno de 6,900 kg semanais, representando 13% da geração da instituição. De acordo com a

caracterização percebeu-se que a maior parte desse material corresponde a copos descartáveis.

Da geração total desses materiais 10,200 kg ou 19% são de jornal e 1,250 kg ou 2% de

papelão. Toda quantidade de jornais e papelão foi destinada para o lixo. A porcentagem de resíduos

não recicláveis é de 1 Kg ou 2%. Foi desconsiderada no gráfico de percentual, a geração de metal

que foi insignificante e a de vidro que não foi detectada.

Todo o material que não puder ser reutilizado (papel, plástico e metal) deverá ter uma

destinação adequada, como doação para associações de catadores presentes na cidade, evitando o

descarte em aterros sanitários. O sucesso da coleta seletiva e de outras práticas ambientalmente

sustentáveis depende, diretamente, do envolvimento dos servidores, razão pela qual considera-se

como grande desafio a persistência pela inserção de valores socioambientais, sensibilizando

funcionários da administração pública de Minas Gerais para a mudança de comportamento e

internalização de atitudes ecologicamente corretas em seu cotidiano.

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