relatório i fisica
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Eletricidade e EstaticaTRANSCRIPT
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FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE ITUVERAVA-SP
Airton Pereira de Carvalho Neto
ELETROSTÁTICA
Experimento I - Eletrização
Fevereiro de 2015.
Ituverava – SP
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AIRTON P. CARVALHO NETO
ELETROSTÁTICA
Experimento I - Eletrização
O presente relatório está fundamentado em
experimentos práticos desenvolvidos em laboratório,
solicitado pelo Sr. Prof. Leonardo, como parte da
avaliação da disciplina de Física Geral e
Experimental III, do curso de Engenharia Mecânica,
da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de
Ituverava – FFCL. Sob coordenação do Sr. Prof.
Tadeu Tomio.
Fevereiro de 2015.
Ituverava – SP2
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RESUMO
O presente relatório teve por objetivo identificar e analisar as reações eletrostáticas
através do atrito, contato e indução estudando assim seus princípios fundamentais.
Da mesma forma analisa o funcionamento da chamada gaiola de Faraday
(Blindagem eletrostática) e como ela pode desestruturar ondas eletromagnéticas,
podendo até mesmo interferir no funcionamento de um aparelho celular. Também
através deste relatório é feito uma correlação da eletrização por atrito com os raios e
relâmpagos, explicando seu significado, formação e descarga, conforme solicitado
pelo professor Leonardo.
Palavras-chave: Reações eletrostáticas. Gaiola de Faraday. Blindagem
eletrostática.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 5
2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................7
2.1 MODELO ATÔMICO .............................................................................................7
2.2 CARGA ELÉTRICA ...............................................................................................9
2.3 ELETRIZAÇÃO ....................................................................................................10
2.3.1 PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO ...................................................................10
2.4 BLINDAGEM ELETROSTÁTICA (GAIOLA DE FARADAY) ................................12
3 EXPERIMENTOS ...................................................................................................14
3.1 MATERIAL UTILIZADO .......................................................................................14
3.1.1 ATIVIDADE I – ELETRIZAÇÃO POR ATRITO .................................................14
3.1.2 ATIVIDADE II – BLINDAGEM ELETROSTÁTICA (FARADAY) .......................14
3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ..................................................................14
3.2.1 ATIVIDADE I – Eletrização por atrito ................................................................14
3.2.2 ATIVIDADE II – Blindagem eletrostática (FARADAY) ......................................15
4 CONCLUSÃO ........................................................................................................16
5 REFERÊNCIAS ......................................................................................................17
6 ANEXOS ................................................................................................................18
6.1 RELÂMPAGOS ...................................................................................................18
6.1.1 TIPOS DE RELÂMPAGOS ...............................................................................19
6.2 RAIOS .................................................................................................................19
6.2.1 VOLTAGEM, CORRENTE E ENERGIA DE UM RAIO ....................................19
6.2.2 FASES DE UM RAIO .......................................................................................20
6.2.3 RAIOS ASCENDENTES ..................................................................................21
6.3 OS TROVÕES .....................................................................................................22
6.3.1 FORMAÇÃO .....................................................................................................22
6.3.2 CARACTERÍSTICAS ........................................................................................23
6.3.3 DURAÇÃO ........................................................................................................23
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1. INTRODUÇÃO
A eletrostática é a parte da Física responsável pelo estudo das cargas
elétricas em repouso. Ao longo da história, grandes pesquisadores como Tales de
Mileto conseguiram verificar a existência das cargas elétricas. Segundo Maurício
Ruv Lemes, foi Tales quem primeiro conseguiu verificar, em 600 a. C., que o âmbar,
após atritado, consegue atrair fragmentos de palha. Em 1672 o pesquisador alemão
Otto Von Guericke (1602 – 1686) conseguiu inventar a primeira máquina
eletrostática. Já por volta de 1729, Stephen Gray descobre que alguns corpos tem
propriedades condutoras de eletricidade. Charles Augustin de Coulomb (1736 –
1806) conseguiu medir a intensidade das forças de atração ou de repulsão entre as
cargas elétricas por volta de 1777, usando uma balança de torção e enunciou a Lei
de Coulomb tratando desta força.
De todos os fenômenos naturais, as tempestades repletas de raios,
relâmpagos e trovões é o que mais tem despertado interesse nas pessoas devido
não só ao espetáculo de luzes e fortes estrondos, más também ao seu grande poder
energético de destruição. Desde os tempos mais remotos, até os dias de hoje muitas
pessoas e cientistas buscam compreender e explicar tais fenômenos, essa busca
que passa por crenças religiosas, onde civilizações acreditavam que os raios eram o
sinal da ira dos deuses sobre os povos, também era demonstrada em histórias que
passavam de geração em geração outra crença muito difundida na Europa Medieval,
que, dizia que o badalar dos sinos das igrejas durante as tempestades afastaria os
raios. A superstição perdurou por muito tempo. Muitos campanários de igreja foram
atingidos e mais de uma centena de tocadores de sino foram mortos acreditando em
tal ideia. A superstição perde força somente no início do século XVIII.
Foi só a partir do século XVIII, com o experimento realizado pelo cientista
norte-americano Benjamin Franklin (1706-1790), que esses fenômenos passaram a
ser explicados através de uma visão científica, pois até então pouco ou quase nada
se sabia a respeito. O raio é uma demonstração natural de energia elétrica. Ele pode
destruir construções, queimar árvore e matar animais, inclusive pessoas. Os raios
representam descargas elétricas entre nuvens e o solo. Essa forte descarga de
energia produz calor, luz (relâmpago) e som (trovão).
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O relâmpago é um exemplo comum más espetacular de fenômeno elétrico. As
interações eletromagnéticas mantêm os elétrons e os núcleos unidos para formar
átomos; mantém os átomos unidos para formar moléculas; e mantêm estas unidas
para formar objetos macroscópicos. As tempestades elétricas são perigosas por
várias razões: (1) se um relâmpago atingir o leitor ou um objeto que o leitor esteja
segurando, poderá produzir um choque fatal; (2) se um relâmpago atingir um objeto
próximo, parte da carga poderá saltar e atingir o leitor (um efeito conhecido como
descarga lateral); (3) se um relâmpago atingir o solo nas proximidades do leitor,
parte da carga produzida no solo poderá atravessar o corpo do leitor.
A pergunta que fica no ar é: Será que alguém pode ficar seguro contra raios
dentro de um carro durante uma tempestade? A blindagem eletrostática mostra que
sim, uma pessoa dentro de um carro atingido por um raio nada sofrerá, pois a
estrutura metálica do carro isola o seu interior das influencias elétricas externas.
O primeiro cientista a praticar esse fenômeno foi o físico experimental inglês
Michael Faraday (1791-1867). Para mostrar que em um condutor metálico, as
cargas se distribuem apenas em sua superfície externa, não exercendo, portanto
nenhuma ação nos pontos internos, Faraday mandou construir uma gaiola metálica,
que passou a ser conhecida como gaiola de Faraday. Ele Próprio colocou-se dentro
da gaiola e mandou seus assistentes eletrizarem-na intensamente.
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2.REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 – MODELO ATÔMICO
Toda a matéria que conhecemos é formada por moléculas. Esta, por sua vez,
é formada de átomos. Na antiguidade, acreditava-se que o átomo era indivisível e
maciço, mas no começo deste século ficou provado que ele é descontínuo, sendo
formado por partículas menores e estas, ainda, por subpartículas.
Um átomo é constituído de três partículas tidas como “elementares”, tal
conceito atualmente não é mais válido, visto que foi constatado por meio do Grande
Colisor de Hádrons, que existem partículas menores que os prótons. Entretanto,
ainda assim, por questões didáticas um átomo mantém-se como sendo composto
por três partículas elementares, caracterizadas pelas suas cargas elétricas e
massas, são elas:
Próton – partícula de carga elétrica positiva (+) situada no núcleo do átomo,
junto aos nêutrons. Tem massa convencionada em 1, sendo sua carga real
1,673·10−27 Kg. É constituído de dois quarks up e um quark down. Possui carga de
1,6·10-19 Coulombs (C), assim como os elétrons, porém estes possuem carga
contrária aos prótons.
Nêutron – partícula de carga elétrica neutra, encontra-se no núcleo junto com
os prótons. Tem massa convencionada em 1, sendo sua massa real 1,675·10−27 Kg.
É constituído por dois quarks down e um quark up. Possui carga de (-0,4±1,1)·10−21,
sendo esta teoricamente nula. Indispensável em todos os núcleos atômicos, pois
este é responsável por mantê-lo estabilizado, não estando presente apenas no
núcleo do isótopo de Hidrogênio 1H.
Elétron – partícula de carga elétrica negativa (-), que se dispõe em orbita ao
redor do núcleo, na eletrosfera, o que gera o denominado campo eletrônico, o qual
pode ser eletrostático ou eletrodinâmico. Tem massa real de 9,1093897·10-31 Kg,
que é teoricamente descartada. A carga dos elétrons é oposta a dos prótons,
entretanto é numericamente igual à carga dos últimos em módulo, sendo igual a --
1,6·10-19 C.
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Figura 1: Modelo do átomo
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/figuras/carga2.gif
Para um átomo ser “estável” é indispensável que o número de carga dos
prótons e elétrons seja igual, é importante salientar que apesar de cargas iguais, as
massas são distintas. A eletrosfera é atraída pelo núcleo devido às cargas elétricas
opostas. A eletrosfera é atraída pelo núcleo devido às cargas elétricas opostas. A
eletrosfera tem carga elétrica negativa equivalente à carga elétrica positiva dos
prótons do núcleo. Por isso, quando há uma mesma quantidade de prótons e
elétrons diz-se que o átomo é eletricamente neutro.
De acordo com a Mecânica Quântica ainda há algumas propriedades
inerentes a todo átomo. Sendo alguma delas:
Os prótons e nêutrons devem estar agrupados em uma massa central
(núcleo) onde equilibram-se as forças de repulsão elétrica (+) e as forças de
atração gravitacionais (massas).
Os elétrons, por não terem massa, movimentam-se em órbitas ao redor deste
núcleo (região chamada eletrosfera).
A quantidade de elétrons deve ser igual à de prótons, para manter a
neutralidade elétrica do átomo.
Na eletrosfera os elétrons distribuem-se em 7 camadas (denomina- das K, L,
M, N, O, P, Q), que são análogas as "cascas de uma cebola".
Cada camada pode conter um limite máximo de elétrons, conforme seu
"tamanho" (K = 2, L = 8, M = 18, N = 32, O = 32, P = 18, Q = 2).
As camadas são preenchidas a partir do núcleo e a última não tem mais que
8 elétrons.
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O diâmetro do átomo chega a ser até 100.000 vezes maior que o diâmetro do
núcleo.
2.2 – CARGA ELÉTRICA
Se pudéssemos separar os prótons, nêutrons e elétrons de um átomo, e
lançá-los em direção à um imã, os prótons seriam desviados para uma direção, os
elétrons a uma direção oposta à do desvio dos prótons e os nêutrons não seriam
afetados. Esta propriedade de cada uma das partículas é chamada carga elétrica.
Os prótons são partículas com cargas positivas, os elétrons tem carga
negativa e os nêutrons tem carga neutra.
Um próton e um elétron têm valores absolutos iguais embora tenham sinais
opostos. O valor da carga de um próton ou um elétron é chamado carga elétrica
elementar e simbolizado por .
A carga elétrica de um corpo pode ser descrita como sendo o desequilíbrio
entre a quantidade de prótons e elétrons deste, afinal quando estes estão em
equilíbrio a carga elétrica será nula. E em caso contrário, quando há desequilíbrio,
estes podem ter carga positiva, quando houver um número menor de elétrons, ou
negativa, quando o número de elétrons for maior que o número de prótons.
A unidade de medida adotada internacionalmente para a medida de cargas
elétricas é o coulomb (C).
A carga elétrica elementar é a menor quantidade de carga encontrada na
natureza, comparando-se este valor com coulomb, têm-se a relação:
A unidade coulomb é definida partindo-se do conhecimento de densidades de
corrente elétrica, medida em ampère (A), já que suas unidades são
interdependentes.
Um coulomb é definido como a quantidade de carga elétrica que atravessa
em um segundo, a secção transversal de um condutor percorrido por uma corrente
igual a 1 ampère.
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A falta e/ou o excesso de elétrons em um corpo é consequência do fato dos
elétrons, que diferente dos prótons, são dinâmicos, possuindo capacidade de
transferir-se de um corpo a outro, assim como locomover-se na eletrosfera do
próprio átomo. Então, quando um corpo que estava originalmente neutro passa a ter
carga negativa ou positiva, significa que ele ganhou ou perdeu elétrons,
respectivamente. Quando isto corre este passará a possuir uma carga Q, a qual
pode ser calculada por meio da equação 1.
(1)
onde n, é o número de elétrons; e, é a carga elementar de valor |e| = 1,6·10 -19 C.
Sendo Q representado pela unidade de medida Coulomb (C).
2.3 – ELETRIZAÇÃO
Eletrizar um corpo significa transferir ou retirar elétrons deste, de modo que
seja possível gerar uma alteração em suas cargas elétricas originais, um exemplo
disto, é fazer com que um corpo neutro torne-se eletricamente negativo.
2.3.1 – PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO
Existem três modos principais de eletrização: por contato, por atrito e por
indução.
Atrito: Processo conhecido desde a Antiguidade, pelos gregos, e que
consiste em se atrair corpos inicialmente neutros; durante a fase do atrito ocorre a
transferência de elétrons de um corpo para outro. O corpo que perde elétrons fica
eletrizado positivamente e aquele que ganha elétrons, eletriza-se negativamente.
Figura 2: Eletrização por atrito entre lã e bastão de vidro
http://servlab.fis.unb.br/matdid/1_1999/Vildinei/atrito.jpg
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Na eletrização por atrito os corpos sempre se eletrizam com cargas iguais
mas de sinais contrários. Os sinais que as cargas irão adquirir depende, dos tipos de
substâncias que serão atritadas.
Contato: Um corpo é eletrizado pelo contato com outro corpo previamente
carregado.
Figura 3: Eletrização por contato
http://servlab.fis.unb.br/matdid/1_1999/Vildinei/contato.jpg
Na eletrização por contato os corpos sempre se eletrizam com cargas de mesmo
sinal.
Indução eletrostática: Um corpo é eletrizado apenas pela aproximação de
um outro corpo previamente eletrizado, todavia, para que esta eletrização se
mantenha é necessário de utilizar de um simples artifício, sem o qual o corpo volta
ao seu estado anterior.
Figura 4: Eletrização por indução eletrostática
http://servlab.fis.unb.br/matdid/1_1999/Vildinei/inducao.jpg
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![Page 12: Relatório I Fisica](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022081503/55cf9188550346f57b8e3138/html5/thumbnails/12.jpg)
Na eletrização por indução, o corpo induzido sempre se eletriza com carga de
sinal contrário à do corpo indutor.
2.4 – BLINDAGEM ELETROSTÁTICA (GAIOLA DE FARADAY)
A blindagem eletrostática foi comprovada, em 1936, por Michael
Faraday (1821-1867) através de um experimento que ficou conhecido como
a gaiola de Faraday.
A Gaiola de Faraday, nada mais é, do que uma blindagem elétrica.
Resumindo, seria uma superfície condutora que envolve e delimita uma região do
espaço, impedindo em certas situações a entrada de perturbações produzidas por
campos elétricos ou eletromagnéticos externos. A blindagem é feita com um material
condutor, que funciona impedindo a entrada de campos eletrostáticos ou
eletromagnéticos de onda que sejam superiores ao tamanho da malha. Quanto mais
o comprimento da onda se aproximar do tamanho da malha, a blindagem vai
deixando de ser eficaz. Um condutor, quando carregado, tende a espalhar suas
cargas uniformemente por toda a sua superfície. Se esse condutor for uma esfera
oca, por exemplo, as cargas irão se espalhar pela superfície externa, pois a repulsão
entre as cargas fazem com que elas se mantenham o mais longe possível umas das
outras. Os efeitos de campo elétrico criados no interior do condutor acabam se
anulando, obtendo assim um campo elétrico nulo. O mesmo acontece quando o
condutor não está carregado, mas está em uma região que possui um campo
elétrico causado por um agente externo. Seu interior fica livre da ação desse campo
externo, fica blindado. Esse efeito é conhecido como blindagem eletrostática. Alguns
dos princípios eletromagnéticos envolvidos estão nas leis de Faraday:
1ª lei de Faraday - Nos condutores em equilíbrio a eletricidade é distribuída
apenas na superfície externa; no seu interior não há traço de eletricidade.
2ª lei de Faraday – No equilíbrio elétrico a força elétrica no interior dos
condutores completamente fechados e desprovidos de corpos eletrizados é nula.
A gaiola de Faraday produz uma “blindagem eletrostática” pois o campo
elétrico externo produz uma redistribuição dos elétrons livres do condutor, resultando
no acúmulo de cargas negativas sobre uma parte da superfície e cargas positivas
sobre outra parte. Isto produz um campo elétrico que se superpõe ao campo inicial,
de tal modo que o campo total é igual a zero em todos os pontos da gaiola, 12
![Page 13: Relatório I Fisica](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022081503/55cf9188550346f57b8e3138/html5/thumbnails/13.jpg)
produzindo também uma alteração da forma das linhas de campo nas vizinhanças
da caixa. Aplicações Ela serve para proteger instrumentos e aparelhos de grande
sensibilidade, garantir a segurança de instalações perigosas como locais de
preparação de explosivos, é usada como proteção de edifícios contra descargas
atmosféricas. Também outras aplicações são: o gabinete de um computador, um
forno de microondas, um carro, um avião.
Uma aplicação mais prática é o uso de para-raios em edifícios. São formados
por uma ligação metálica de cobre ou alumínio que liga a extremidade superior de
um edifício, (formando a gaiola de Faraday), e aos condutores enterrados no solo,
dissipando a descarga e desviando-a de possíveis alvos. Outra aplicação prática é o
forno microondas, que também funciona como uma gaiola de Faraday. Ele não deixa
sair as microondas que esquentam os alimentos, pois tem as suas superfícies
metálicas, e na porta, onde geralmente há um vidro para observar os alimentos, há
uma malha metálica que no conjunto total com as outras paredes, impede a
passagem das ondas.
Dizem os historiadores que, quando Faraday revelou a sua descoberta à
comunidade científica da época, os seus colegas zombaram da sua teoria. Faraday
acabara de se tornar pai de um saudável bebê. Para provar as suas convicções, ele
pegou no seu filho e, cobrindo-lhe os olhos com um pano escuro, colocou-o dentro
de uma gaiola metálica. Diante das autoridades científicas, Faraday ligou um
autotransformador, cujo secundário estava próximo da gaiola aterrada. Após elevar
a tensão para milhares de Volts, várias descargas (raios) atingiram a gaiola. Quando
o transformador foi desligado, retirou o seu filho ileso da gaiola, para espanto de
todos. O princípio de Faraday é utilizado tanto para alta quanto para baixa tensão.
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![Page 14: Relatório I Fisica](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022081503/55cf9188550346f57b8e3138/html5/thumbnails/14.jpg)
3. EXPERIMENTOS
3.1 – MATERIAL UTILIZADO
3.1.1 – ATIVIDADE I – ELETRIZAÇÃO POR ATRITO
- Duas moedas (ex. R$ 0,50)
- Um palito de fósforo comum
- Um copo descartável
- Uma bexiga
3.1.2 – ATIVIDADE II – BLINDAGEM ELETROSTÁTICA (FARADAY)
- Dois celulares habilitados em estado de funcionamento normal
- Um pedaço de papel alumínio (aprox. 20x20 cm)
3.2 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.2.1 – ATIVIDADE I – Eletrização por atrito
O experimento da atividade I consiste em equilibrar uma moeda sobre a outra
de forma que uma permaneça deitada e a outra em pé sobre ela, em seguida é
necessário equilibrar também o palito de fósforo sobre a moeda superior. Feito isso
coloca-se o copo com a “boca” virada para baixo sobre o conjunto moedas-palito
para protegê-los de qualquer influência de ventos próximos.
A bexiga deve ser enchida e atritada no cabelo por várias vezes, quanto
menos umidade existir no ambiente melhor será. Feito isso, aproxima-se a bexiga do
copo sem empurrá-lo, e verifica-se a reação do conjunto que está dentro do copo.
1. Depois de observar a reação do conjunto que está dentro do
copo, o que se pode notar?
Após atritar a bexiga no cabelo e aproximá-la do copo, nota-se que o conjunto se
move.
2. Porque isso acontece?
Com o atrito da bexiga no cabelo, acontece um processo de eletrização onde ocorre
uma troca eletrônica, de modo que a bexiga e o cabelo terão cargas opostas. Por
convenção, considera-se que o cabelo doa elétrons à bexiga, ou seja, a bexiga
14
![Page 15: Relatório I Fisica](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022081503/55cf9188550346f57b8e3138/html5/thumbnails/15.jpg)
passa a ter excesso de cargas negativas, e ao aproximar do copo, isso fará com que
o palito seja atraído por conter suas cargas positivas.
3.2.2 – ATIVIDADE II – Blindagem eletrostática (FARADAY)
O experimento da atividade II consiste em fazer primeiramente uma ligação
entre os dois celulares para se ter certeza de que estão em pleno funcionamento e
se comunicando normalmente. Em seguida, após encerrar a ligação de teste, faz-se
uso da folha de papel alumínio embrulhando um dos aparelhos de forma que fique
totalmente coberto sem partes à mostra.
Com o outro celular, efetua-se uma ligação para o aparelho celular que está
embrulhado, e verifica-se as reações encontradas.
1. Depois de efetuar a ligação qual o resultado observado?
Ao efetuar uma ligação com um dos celulares embrulhado no papel alumínio
é recebido uma resposta da operadora de telefonia informando que o celular
chamado está fora da área de cobertura, mesmo o celular estando ainda ligado
dentro da proteção de alumínio.
2. Porque isso acontece?
Quando um corpo condutor de eletricidade é eletrizado por meio de algum
dos processos de eletrização, as cargas elétricas são distribuídas uniformemente em
sua superfície. Isso acontece porque as cargas elétricas tendem a afastar-se, de
acordo com o princípio da repulsão entre cargas de mesmo sinal, até atingirem uma
condição de repouso, o equilíbrio eletrostático.
Uma das propriedades de um condutor em equilíbrio eletrostático é que o campo
elétrico em seu interior é nulo justamente pela sua distribuição de carga. Esse
fenômeno é conhecido como blindagem eletrostática
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![Page 16: Relatório I Fisica](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022081503/55cf9188550346f57b8e3138/html5/thumbnails/16.jpg)
4. CONCLUSÃO
Muitos efeitos que presenciamos ao redor de nós são, no fundo, o resultado
de forças eletromagnéticas e ações eletrostáticas. Por exemplo, as plantas verdes
absorvem a luz solar, uma forma de onda eletromagnética, e convertem a energia
em energia potencial eletromagnética sob a forma de moléculas de carboidrato – a
base de quase toda vida na Terra.
O atrito causado pela colisão de diferentes tamanhos de partículas de gelo
dentro das nuvens são responsáveis por haver transferências de cargas.
Os fenômenos eletrostáticos, como o campo, forças e cargas eletroestática
foram constatados ao longo da prática laboratorial. Esta prática possibilitou uma
melhor aplicação e compreensão da Lei de Coulomb, assim como dos princípios
básicos da eletrostática. Sendo ainda possível trabalhar com o Potencial Elétrico e
com o campo elétrico, que recebeu especial ênfase devido a sua importância e
complexidade. Analisando por fim os efeitos da blindagem eletrostática e das Leis de
Faraday, e sua importante aplicação no nosso dia a dia.
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![Page 17: Relatório I Fisica](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022081503/55cf9188550346f57b8e3138/html5/thumbnails/17.jpg)
5. REFERÊNCIAS
[1] - http://www.infoescola.com/fisica/eletrostatica/
[2] - http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/
[3] - http://www.mundoeducacao.com/fisica/blindagem-eletrostatica.htm
[4] - http://www.brasilescola.com/fisica/blindagem-eletrostatica.htm
[5] - http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/noticias/release.php?id=16
[7] - HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física 3.
8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
[8] – KELLER, Frederick J.; GETTYS, W. Edward; SKOVE, Malcolm J. Física,
volume 2. Ed. São Paulo: Makron Books, 1999.
Figura1. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/.../Eletrostatica/figuras/carga2.gif>.
Figura2. Disponível em: <http://servlab.fis.unb.br/matdid/1_1999/Vildinei/atrito.jpg>.
Figura3. Disponível em: <http://servlab.fis.unb.br/matdid/1_1999/Vildinei/contato.jpg>.
Figura4. Disponível em: <http://servlab.fis.unb.br/matdid/1_1999/Vildinei/inducao.jpg>.
Figura5. Disponível em: <http://www.ghcc.msfc.nasa.gov/images/lightning.gif>.
Figura6. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/.../15373>.
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6 – ANEXOS
6.1 – RELÂMPAGOS
De uma forma geral, os relâmpagos consistem de uma descarga elétrica
transiente de elevada corrente elétrica através da atmosfera. Em geral, essas
descargas são consequências das cargas elétricas acumuladas (C) nas cúmulo-
nimbos e ocorrem quando o campo elétrico excede localmente o isolamento
dielétrico do ar (>3 milhões de volts por metro) (MENDES e DOMINGUES, 2002).
Os relâmpagos não ocorrem apenas nas nuvens de tempestades, eles
também acontecem nas tempestades de neve, tempestades de areia, e nas
erupções vulcânicas. Acontecem também na atmosfera, em explosões nucleares, no
fundo dos oceanos e nos longos cabos condutores levados próximos as nuvens por
foguetes ou aviões, porém esses relâmpagos são gerados artificialmente. Nesses
últimos anos tem-se utilizado bastante este processo afim de estudos das
características dos relâmpagos, que ajudam a prever o instante e o local provável de
sua queda. No entanto os resultados obtidos através desse processo devem ser
visto com bastante cuidado, pois se deve levar em consideração que os relâmpagos
artificiais podem divergir dos relâmpagos naturais.
Um relâmpago dura em média um terço do segundo, embora tenha sido
notados valores variando de um a dois décimos de segundos. Dentro deste intervalo
de tempo, a corrente elétrica sofre grandes variações, podendo ser atingidos picos
de 30 mil ampères durante períodos menores que um décimo de milésimos de
segundo. O resultado disto é a transferência ao longo do canal de uma carga elétrica
com uma média de 20 coulombs. Em alguns casos, menos de 1% ultrapassa a
corrente excede 200 mil ampères. Esta corrente passa por um canal com um
diâmetro de poucos centímetros e um comprimento em média de 3 quilômetros, e a
temperatura chega a atingir cerca de 30 mil graus Celsius, com valor igual a cinco
vezes a temperatura na superfície do Sol, e a pressão, valores de 10 atmosferas, ou
seja dez vezes a pressão atmosférica ao nível do mar.
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6.1.1 – TIPOS DE RELÂMPAGOS
Existem diferentes tipos de relâmpagos eles ocorrem: a) da nuvem para o
solo, b) do solo para a nuvem, c) dentro da nuvem, d) da nuvem para qualquer ponto
da/na atmosfera, denominados descargas no ar, e) entre as nuvens e f) da nuvem
para cima.
6.2 – RAIOS
“Raio é o caminho luminoso da descarga atmosférica, às vezes utilizada, mais
formalmente, para designar uma descarga para o solo” (MENDES e DOMINGUES,
2002).
A energia eletromagnética produzida pelo raio, está numa faixa de frequência
que vai de algumas dezenas de hertz até o visível, sua intensidade máxima está por
volta de 5 quilohertz. Mesmo sendo um valor pequeno, essa radiação é grande o
suficiente para produzir vários fenômenos. Por exemplo, na faixa de algumas
centenas de quilohertz até algumas centenas de mega-hertz, estas ondas acabam
dando interferências em alguns aparelhos, principalmente em radio e televisão. A
emissão de radiação na faixa do visível, de uma região de até 1 metro de diâmetro
ao redor do canal, tem energia luminosa suficiente que daria para iluminar por volta
de um minuto, uma cidade com uma população de aproximadamente 200 mil
habitantes.
6.2.1 – VOLTAGEM, CORRENTE E ENERGIA DE UM RAIO.
Uma das características do raio é que em pouco tempo, por volta de 2
segundos, ele pode emitir várias descargas elétricas. Se várias descargas ocorrem
em um curto período de tempo, logo o tempo de duração de uma única descarga é
muito menor, chegando a ser frações de milésimos de segundos.
Um raio tem uma voltagem de 100 milhões a 1 bilhão de volts, já a sua
corrente é suficientemente para fazer com que 30 mil lâmpadas de 100 W funcionem
ao mesmo tempo, e em alguns casos a corrente do raio chega até 30 mil ampères.
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De toda a energia produzida pelo raio, apenas uma pequena parte dela é
transformada em energia elétrica, a grande maioria desta energia é destinada para a
luz que é emitida, no som e no calor produzido por ele. Mesmo o raio tendo valores
elevados de corrente e voltagem, a sua duração é muito pequena, sendo assim a
energia elétrica gasta por ele e em torno de 300 kWh, energia suficiente para
apenas alimentar uma lâmpada de 100W por um período de 4 meses.
6.2.2 – FASES DE UM RAIO
Um raio começa com pequenas descargas dentro da nuvem. Estas descargas
liberam os elétrons que começarão seu caminho de descida em direção ao solo.
Esse caminho de descida é tortuoso e truncado em passos de 50 metros, como que
buscando o caminho mais fácil. Esta busca de uma conexão com a terra é muito
rápida (3x 108 m/s) e pouco luminosa para ser visto a olho nu (SABA, 2001).
Figura 5: Fases de um raio.
http://www.ghcc.msfc.nasa.gov/images/lightning.gif
A figura 5 mostra uma descarga elétrica liberada por uma nuvem de
tempestade que é conhecida como líder escalonado. Quando o líder escalonado
está a certa altura do solo, ele atrai uma outra descarga elétrica de carga oposta,
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chamada de descarga conectante. A união dessas duas cargas dá origem ao canal
do raio, caminho esse que por ser ionizado é altamente condutor. A descarga de
retorno, neste mesmo instante, dá-se então origem a uma grande potência onde
muita luz é liberada, temos então um raio.
6.2.3 – RAIOS ASCENDENTES
Os raios ascendentes são em geral artificiais, no sentido de responder às
alterações ambientais produzidas pela atividade humana. Eles se originam devido a
construções elevadas, como torres de telecomunicação, ou pára-raios de edifícios
altos. Em função de suas altitudes, essas estruturas podem concentrar em seus
topos uma grande quantidade de carga elétrica induzida e de sinal oposto à carga
da base de uma nuvem de tempestade que passa sobre ela. Com isso, durante uma
tempestade, inicia-se uma descarga na estrutura que se propaga em direção à
nuvem.
Figura 6: Descargas atmosféricas, que partem do solo e se propagam em
direção a nuvens, podem causar grandes prejuízos para estruturas elevadas, como
geradores de energia eólica (Elat/Inpe).
http://agencia.fapesp.br/raios_ascendentes_sao_registrados_pela_primeira_vez_no_brasil/15373
Os pesquisadores afirmam que estudos poderão estimar qual a frequência e
quais as condições (como a altura das estruturas e os tipos de nuvens e
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tempestades) para que o fenômeno ocorra. A pesquisa também poderá aprimorar os
sistemas de detecção de descargas atmosféricas que monitoram a incidência de
raios no Brasil. Em alguns países, como o Japão, raios ascendentes têm trazido
grandes prejuízos quando atingem turbinas de geração eólica, e em um cenário em
que este tipo de geração de energia tem grandes chances de expansão e aplicação
no Brasil, torna-se relevante intensificar as pesquisas no país que apresenta a maior
incidência de raios do mundo.
Poucos países possuem imagens deste fenômeno, entre eles os EUA, o
Canadá, o Japão e a Áustria. Ainda assim, há pouco conhecimento sobre a física e
as características dos raios ascendentes, o que torna este registro ainda mais
importante para as pesquisas.
A equipe do ELAT responsável por este estudo é composta pelo pesquisador
Dr. Marcelo Saba e os mestrandos Carina Schumann e Jeferson Alves.
6.3 – OS TROVÕES
As ondas sonoras geradas pelo movimento das cargas elétricas na atmosfera
são denominadas trovões. Resultado do aumento da temperatura do ar por onde o
raio passa, os trovões podem ser perigosos, nas proximidades de onde o fenômeno
acontece. Entretanto, na maioria dos casos, causam apenas medo aos mais
sensíveis.
6.3.1 – FORMAÇÃO
O trovão é uma onda sonora provocada pelo aquecimento do canal principal
durante a subida da Descarga de Retorno. Ele atinge temperaturas entre 20 e 30 mil
graus Celsius em apenas 10 microssegundos (0,00001 segundos). O ar aquecido se
expande e gera duas ondas: a primeira é uma violenta onda de
choque supersônica, com velocidade várias vezes maior que a velocidade do som
no ar e que nas proximidades do local da queda é um som inaudível para o ouvido
humano; a segunda é uma onda sonora de grande intensidade a distâncias maiores,
essa constitui o trovão audível.
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6.3.2 – CARACTERÍSTICAS
Os meios de propagação dos trovões são o solo e o ar. A frequência dessa
onda sonora, medida em Hertz, varia de acordo com esses meios, sendo maiores no
solo. A velocidade do trovão também varia com o local onde se propaga.
O trovão ocorre sempre após o relâmpago, já que a velocidade da luz é bem
maior que a do som no ar. O que escutamos é a combinação de três momentos da
propagação da descarga no ar: primeiro, um estalo curto (um som agudo que pode
ensurdecer uma pessoa) gerado pelo movimento da Descarga de Retorno no ar.
Depois, um som intenso e de maior duração que o primeiro estalo, resultado
da entrada ou saída da descarga no solo e por último, a expansão de sons graves
pela atmosfera ao redor do canal do relâmpago. Podemos ter uma percepção do
som diferente, mas essa ordem é a mesma. Por isso, é muito perigoso ficar próximo
ao local de queda de um relâmpago. A energia acústica ou energia sonora gasta
para provocar esses estrondos é proporcional a frequência do som. A maior parte
dela, cerca de 2/3 do total, gera os trovões no solo e o restante (1/3) provoca som do
trovão no ar. Mesmo assim, eles costumam ser bem violentos, como podemos
perceber. Por causa da frequência, os trovões no ar são mais graves (como batidas
de bumbo). Aqueles estalos característicos dos trovões, os sons bastante agudos,
além de dependerem da nossa distância à fonte, se relacionam com as deformações
do canal e de suas ramificações. Quanto mais ramificado o canal, maior o número
de estalos no trovão. Se o observador estiver próximo do relâmpago (a menos de
100 metros, por exemplo) o estalo será parecido a de uma chicotada. Isso está
associado a onda de choque que antecede a onda sonora.
6.3.3 – DURAÇÃO
A duração dos trovões é calculada com base na diferença entre as distâncias
do ponto mais próximo e do ponto mais afastado do canal do relâmpago ao
observador. Por causa dessa variação de caminhos, o som chega aos nossos
ouvidos em instantes diferentes. Em média, eles podem durar entre 5 e 20
segundos.
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