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JUNHO/2016 JUNHO/2016 RELATÓRIO ECONÔMICO

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Page 1: RELATÓRIO ECONÔMICO · 2016-06-13 · mercado de trabalho, que apontaram para uma criação de novas vagas de emprego muito abaixo do esperado pelos analistas. Nesse sentido, acreditamos

JUNHO/2016

JUNHO/2016

RELATÓRIO

ECONÔMICO

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JUNHO/2016

SANTANDER ASSET MANAGEMENT

ÍNDICE

Indicadores FinanceirosPág. 3

ProjeçõesPág. 4 - 5

Cenário ExternoPág. 6

Cenário DomésticoPág. 7

Renda Fixa e Renda VariávelPág. 8

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JUNHO/2016

SANTANDER ASSET MANAGEMENT

INDICADORES FINANCEIROS

Fonte: Santander Brasil Asset Management

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JUNHO/2016

SANTANDER ASSET MANAGEMENT

PROJEÇÕES ECONOMIA

GLOBAL

Fonte: Santander Brasil Asset Management

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JUNHO/2016

SANTANDER ASSET MANAGEMENT

PROJEÇÕES ECONOMIA

BRASILEIRA

Fonte: Santander Brasil Asset Management

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JUNHO/2016

SANTANDER ASSET MANAGEMENT

CENÁRIO EXTERNO

Após dois meses de uma maior calmaria nos

mercados, dados os menores riscos de recessão

global e as expectativas de um ciclo mais ameno

de alta de juros nos EUA, o mês de maio foi

marcado por algumas surpresas que colocaram um

ponto de interrogação nas perspectivas de uma

continuidade de melhora nos ativos de economias

emergentes.

A primeira destas surpresas veio da economia

chinesa, cujos dados de atividade, após forte

desempenho em março, decepcionaram as

expectativas em abril, colocando novas dúvidas em

relação à efetividade dos mais recentes estímulos

do governo à economia do país. O arrefecimento

na abertura do segundo trimestre reforça o quadro

desafiador que as autoridades chinesas enfrentam.

Há maior pressão por mais estímulos econômicos

para se evitar uma forte desaceleração. No

entanto, o elevado endividamento do país acaba

dificultando medidas mais expansionistas nas

áreas fiscal e de crédito. Apesar destas

preocupações, segue prevalecendo a perspectiva

de que os esforços do governo para estimular o

crescimento irão se materializar nos próximos

meses e, consequentemente, que a atividade

econômica do país irá voltar a mostrar sinais mais

positivos.

A segunda, e principal, surpresa foi a abrupta

mudança de comunicação executada pelo Banco

Central Americano (Fed), que passou a adotar um

tom mais “hawkish”, sinalizando que os mercados

estavam em um ciclo de altas demasiadamente

ameno e que já se criavam condições para uma

nova alta de juros no curto-prazo. Com isso, os

mercados voltaram a precificar uma maior

probabilidade de elevação dos juros já nas

próximas reuniões. Consequentemente, os ativos

de risco se enfraqueceram, afetando

principalmente as economias emergentes.

Apesar desta mudança de comunicação do Fed,

parece improvável uma elevação dos juros na

próxima reunião de política monetária, que

acontecerá em junho, especialmente após a forte

decepção observada nos dados mais recentes de

mercado de trabalho, que apontaram para uma

criação de novas vagas de emprego muito abaixo

do esperado pelos analistas. Nesse sentido,

acreditamos que o Fed será mais cauteloso e

esperará pela divulgação dos dados de mais

alguns meses, a fim de confirmar que a surpresa

de maio foi meramente pontual e que o cenário de

atividade e mercado de trabalho de fato dá espaço

para a continuidade do ciclo de altas.

É importante notar também que a inflação nos EUA

permanece dando sinais muito tímidos de

aceleração. Assim, ainda que a precificação de

mercado em relação aos juros nos EUA estivesse

de fato excessivamente baixa, também é difícil

acreditar em um cenário no qual o Fed executará

um ciclo de altas mais forte do que o previsto

atualmente por ele próprio, que aponta para

apenas mais duas altas nos juros neste ano.

Assim, em um contexto em que diversas

economias avançadas, com destaque para Japão

e Europa, seguem mantendo políticas monetária

altamente acomodatícias, enquanto prevalecerem

as perspectivas de um ciclo ameno de elevação

dos juros nos EUA e de uma desaceleração

apenas gradual no crescimento chinês, ainda

haverá espaço para um ambiente global mais

calmo e menos volátil.

Mudança de comunicação do banco central americano surpreende os

mercados

“Prêmio Broadcast Projeções” ¹Conte com a expertise da Santander Asset

Management que foi reconhecida, mais uma

vez, com o “Prêmio Broadcast Projeções”

(produzido pela Agência Estado, sendo

premiada nas duas categorias avaliadas:

• 3º lugar no Top 10 básico, que considera

as projeções de inflação, taxa de juros e

dólar e;

• 3º lugar no Top 10 Geral, que inclui,

adicionalmente, PIB, Balança Comercial,

relação Dívida Pública/PIB.

www.ae.com.br/rankingaeprojecoes

(1) Fonte: Estado de São Paulo, publicado em 01 de Junho de 2016. Mais informações sobre o ranking, acesse o site: www.ae.com.br/rankingaeprojecoes

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JUNHO/2016

SANTANDER ASSET MANAGEMENT

CENÁRIO DOMÉSTICO

Os acontecimentos políticos permanecem sendo o principal

determinante para as perspectivas futuras da economia

brasileira. Em meados de maio, o Senado aprovou a

admissibilidade do processo de impeachment e,

consequentemente, a presidente Dilma Rousseff foi

afastada de seu cargo durante um período máximo de 180

dias, durante o qual o Senado conduzirá julgamento para

determinar se a presidente cometeu ou não um crime de

responsabilidade.

Assim, o vice-presidente Michel Temer assumiu

interinamente a presidência e prontamente começou a

executar mudanças significativas na administração do país,

reduzindo o número de ministérios e nomeando uma nova

equipe econômica. Para o Ministério da Fazenda, o nome

escolhido foi Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco

Central e forte defensor do ajuste fiscal e de reformas

estruturais. Ademais, Meirelles anunciou que terá a

companhia de uma equipe muito forte, composta por

diversos profissionais bastante conhecidos e qualificados.

O desafio fiscal a ser enfrentado pela nova equipe é muito

grande e dificilmente enxergaremos alguma melhora neste

ano. De acordo com as primeiras declarações de Meirelles,

após assumir a Fazenda, o governo inicialmente

concentrará seus esforços para endereçar questões mais

estruturais, tais como a elevada rigidez do gasto público e

os diversos desequilíbrios do sistema de previdência social

brasileiro. Assim, medidas mais focadas em melhorar os

resultados fiscais no curto-prazo serão menos prioritárias.

Nesse sentido, a nova equipe econômica conseguiu

aprovar junto ao Congresso uma nova meta fiscal, que

agora permite um déficit primário de R$ 170,5 bilhões, ou

2,75% do PIB. Acreditamos que o novo governo optou por

trabalhar com este elevado déficit primário para acomodar

apropriadamente as possíveis surpresas negativas de

curto-prazo, sem precisar revisar novamente a meta fiscal

em um futuro próximo. Ainda assim, as reformas buscadas

pela nova equipe econômica serão fundamentais para

melhorar as contas públicas no médio-prazo, revertendo a

trajetória crescente da dívida pública do país.

Acreditamos que perspectivas mais claras de que o país

será capaz de resolver seu desequilíbrio fiscal e de

melhorar seus fundamentos no médio-prazo irão provocar

uma recuperação na confiança dos agentes econômicos,

permitindo um cenário de crescimento mais favorável, em

especial a partir do último trimestre deste ano. Já foi

possível observar um sinal bastante incipiente de melhora

na confiança, após a divulgação dos dados referentes a

maio, que apontaram altas espalhadas por todos os

setores da economia (indústria,

serviços, comércio, construção, consumidor). No entanto,

serão necessários mais meses de resultados positivos

nestes indicadores, para que nossa visão mais construtiva

em relação ao crescimento do PIB se confirme.

Após apresentar uma alta mais amena em abril, a inflação

voltou a se acelerar em maio, devido a choques pontuais

nos preços de alimentos e na tarifa de água e esgoto em

São Paulo. A despeito dessa surpresa para cima em maio,

continuamos observando sinais de alívio nos preços ao

consumidor nos próximos meses. Primeiramente, e mais

importante, a inflação de serviços tem surpreendido para

baixo nossas expectativas durante todo o ano e parece que

finalmente está reagindo com mais força à fraqueza na

atividade econômica. Além disso, as perspectivas de uma

menor desvalorização do Real neste ano também

contribuem para um cenário de inflação mais amena nos

próximos meses.

Em relação ao Real, acreditamos que as perspectivas são

favoráveis, à medida que o cenário global permaneça mais

benigno para as economias emergentes e que o novo

governo do país continue avançando na agenda de ajuste

fiscal e reformas estruturais.

Neste contexto, no qual o governo exibe um maior

comprometimento com a disciplina fiscal e a inflação

começa a dar sinais mais claros de desaceleração,

acreditamos que o Banco Central Brasileiro finalmente

encontrará condições para iniciar um ciclo de cortes na

taxa Selic. No momento, esperamos um ciclo de redução

de 350 pontos base nos juros, sendo 150 pontos neste

ano, a partir da reunião de 31 de agosto, e outros 200

pontos no ano que vem.

Melhora na confiança poderá levar a um cenário de crescimento mais

favorável nos próximos trimestres

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JUNHO/2016

Neste mês, o destaque do cenário

internacional foi a alteração na

comunicação do banco central

americano, que passou a adotar um tom

mais "hawkish". Na ata de sua última

reunião, o Fed destacou que a

probabilidade de alta na reunião de junho

estava subestimada pelo mercado. Com

isso, o mercado passou a atribuir uma

maior chance de alta nos próximos

meses, fazendo com que as moedas e os

títulos soberanos sofressem com essa

mudança.

No cenário doméstico, o destaque foi a

posse do governo interino e o anúncio da

nova equipe econômica. O Ministério da

Fazenda, logo em seus primeiros dias,

anunciou algumas medidas de ajustes

para a situação fiscal do país no longo

prazo. No entanto, ainda permanecem as

dúvidas sobre o apoio efetivo a essas

medidas no Legislativo, e se haverá

condições para aprovar as medidas

adicionais que devem ser anunciadas.

Essa incerteza tem impactado

negativamente os mercados.

SANTANDER ASSET MANAGEMENT

MERCADORenda Fixa

Renda VariávelO Ibovespa encerrou o mês de maio com

forte queda de 10% em reais, ou 13,70%

em dólar, contra uma queda de 3,7% em

média dos outros mercados emergentes

(também medidos em dólar). No Brasil, os

recentes acontecimentos na política

nacional estão gerando alguma

volatilidade, mas também animam os

investidores, que consideram haver agora

uma chance maior de que reformas

estruturais na economia do país

avancem, beneficiando o ambiente de

negócios. No cenário externo, a mudança

mais significativa veio nos sinais enviados

ao mercado pelo banco central

americano, que indicou não descartar

uma alta dos juros em breve.

Dentre as ações que compõem o

Ibovespa, os destaques de desempenho

foram as empresas com receitas

atreladas ao dólar, como JBS (+15,8%),

Suzano (+11,7%) e Fibria (+9,9%), devido

ao desempenho negativo do real frente

ao dólar no mês. Do lado negativo,

destacamos mineração e siderurgia: CSN

(-50,2%), Gerdau (-28,7%), Usiminas (-

33,2%) e Vale (-28.6%) devolveram os

ganhos do mês anterior, principalmente

devido à queda de 24% nos preços

internacionais do minério de ferro.

CIOEduardo Castro

Departamento EconômicoRicardo Denadai

Danilo Passos

Clayton Calixto

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JUNHO/2016

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